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JANEIRO
Bianca Passos
Giovanna Verra
Maria Eduarda Teofilo
Mariana Rocha
Pedro Henrique Bastos
Thamires Maciel
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Introdução:
A cromatografia em camada delgada de lipídios tem como princípio a diferença de polaridade
e solubilidade da amostra. Essa amostra vai se dispersar entre a fase estacionária, que foi
utilizado sílica gel por ser uma material insolúvel e polar, e uma fase móvel, que é formada
por um sistema de solventes. A fase estacionária reveste a placa inerte, que pode ser de
vidro, plástico ou alumínio. É colocada a amostra em uma extremidade da placa e posta
verticalmente em uma câmara fechada com a fase móvel (solvente). A partir de capilaridade,
a fase móvel, também chamada de eluente, se direciona para o topo da placa. As substâncias
com menor afinidade com a fase estacionária percorrem mais rapidamente. Já as
macromoléculas polares se aderem ao ácido siálico da placa. Quando a fase móvel chega no
topo, a placa é retirada, o solvente é evaporado e os componentes separados são visualizados.
Caso os compostos fossem corados, a visualização pode ser feita a olho nu. Mas, geralmente,
os compostos não são corados e, com isso, são analisados sob luz UV. Para o sistema de
eluição, é necessário que se leve em consideração parâmetros como: toxicidade, custo e
inflamabilidade É um método considerado simples, rápido e barato para a obtenção de
resposta rápida quanto à composição química de uma dada mistura.
Objetivo:
O objetivo prática em questão foi utilizar os conceitos e técnicas de cromatografia utilizadas
muitas vezes para análise de diversas amostras com potencial para uso em ambientes
laboratoriais. Dito isto, o exemplo escolhido foi a gema de ovo de galinha, possibilitando a
posterior análise qualitativa dos lipídios presentes.
Materiais e métodos:
Algumas soluções foram utilizadas durante a prática, dentre elas: solvente de extração,
solução corante e solução descorante. Para a fase móvel sugerida para ocorrer a separação de
lipídeos de polaridade mista: Hexano/ Éter Dietílico/ Ácido acético (90:10:1) que é apolar, foi
preciso realizar um cálculo que se encontra na parte denominada de “resultados e discussão”.
A fase estacionária foi representada por um material polar e insolúvel denominado sílica gel.
Primeiro se ativou a placa de TLC na estufa por 2 horas a 100ºC. Após isso, foi preparado 50
mL do sistema de solventes. Foi depositada a fase móvel no interior da cuba cromatográfica,
de forma que cubra o fundo da cuba com 1 cm de altura. A cuba foi fechada hermeticamente
por 1 hora, para que ocorra a sua saturação com os solventes. Para manusear a placa de TLC
é necessário uma cautela para que não arranhe a camada de sílica, por isso, foi utilizado
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luvas. Recortou-se a placa e foi feita a marcação da linha de origem de aplicação da amostra e
padrões. A linha foi feita 2 cm acima da base da placa. Foi feita a marcação de 4 pontos
equidistantes para a aplicação da amostra e dos três padrões de lipídeos sendo: fosfolipídeos,
colesterol e triglicerídeo. Após isso, realizou-se a pré-corrida da placa (ou seja, uma eluição
inicial sem aplicação da amostra e nem dos padrões). Com isso, eluiu-se a fase móvel até a
parte final da placa de TLC. Enquanto ocorria a pré-corrida, foi preparado a amostra em
duplicata. A gema, separada da clara, foi colocada em um becker de 100 mL e adicionou-se
40 mL de água. Foi feita a homogeneização e avolumou-se a 100 mL em um cilindro. Em um
tubo de ensaio, foi colocado 2 mL da gema de ovo diluída. Adicionou-se 4 mL da solução de
extração clorofórmio/metanol e foi agitado para que ocorresse a extração dos lipídios da
gema. Após isso, foi realizada uma centrifugação a 3300 rpm por 10 minutos. Coletou-se 0,5
mL da amostra com um pipeta Pasteur, inserida até a fase orgânica. Esse volume foi
transferido para um eppendorf. Quando a pré-corrida se encerrou, foi retirada a placa da cuba
e colocada para secar no interior da capela. Após a secagem, aplicou-se os padrões de lipídios
e, por último, a amostra. Foram realizadas 3 aplicações por amostra, esperando o tempo de
secagem entre elas. Posteriormente, foi colocado a placa de TLC novamente no interior da
cuba, de forma que a base de cada fase móvel estivesse imersa. Esperou-se até que a frente da
fase móvel atingisse 2 cm do topo da placa. Ao final da eluição, retirou-se a placa e
realizou-se a marcação do front. Foi colocado na capela para que ocorresse a secagem. Após
isso, coloca-se a placa, com a parte da sílica voltada para baixo, em uma bacia com corante
(cobrindo a placa) e agitou-se por 5 minutos. Transferiu-se a placa para outra bacia com
solução descorante e agitou-se até que as manchas de lipídios estivessem bem definidas.
Resultados e discussão:
Cálculo realizado na fase móvel sugerida para ocorrer a separação de lipídeos de polaridade
mista: Hexano/ Éter Dietílico/ Ácido acético (90:10:1):
90/101 = 10/101 = 1/101
90/101 = X/50
X ≅ 44,55 mL → Hexano
10/101 = X/50
X ≅ 4,95 mL → Éter Dietílico
50/101 = X
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X ≅ 0,495 mL → Ácido acético
Somatório ≅ 50 mL
Análise qualitativa:
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eluição do front (ds) = 7 cm
Rf= eluição da amostra (dc) / eluição do front (ds)
Rf= 0,28
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4) Quais as modificações necessárias no sistema cromatográfico para realizar uma TLC
de fase reversa?
R: A cromatografia de fase reversa é uma técnica de cromatografia líquida que envolve a
separação de moléculas com base em interações hidrofóbicas entre as moléculas de soluto na
fase móvel e os ligantes fixados na fase estacionária. São empregues substâncias polares
quimicamente ligadas e os eluentes mais utilizados são: água, metanol e acetonitrilo. Nesse
método, o componente mais polar elui primeiro por ter maior solubilidade na fase móvel,
aumentando a polaridade da fase móvel, aumenta-se o tempo de eluição. A fase estacionária é
apolar.
5) Discuta os resultados hipotéticos caso utilize nesse ensaio uma TLC de fase reversa.
R: A cromatografia de fase reversa é um processo que envolve a separação de moléculas com
base na interação de uma fase móvel (solvente) com características polares, mais comumente
água, metanol, acetonitrila e tampão, além de uma fase estacionária apolar, caracterizada pela
presença de sílica ligada a hidrocarbonetos. Dito isto, os componentes com características
mais polares deveriam ser eluídos primariamente, com o aumento do tempo dessa eluição por
conta do constante aumento de polaridade da fase móvel.
Se fosse o caso do presente ensaio, o ácido acético deveria ser eluído primeiro, deixando o
hexano como último, neste caso, ou nem seria eluído, devido ao aumento de polaridade da
fase móvel.
6) Uma mancha única de área bem grande foi obtida a partir de uma TLC de fase
normal. Como se certificar da presença de um único lipídio ou aminoácido na
preparação?
R: Utilizando o presente ensaio como exemplo, é necessário uma medição dos valores da
mancha em questão e, para medir a mancha é utilizada uma forma estatística, utilizando o
ponto que ela tem início e o de final, realizando a medição do ponto médio e calculando o
raio. Isso faz com que seja possível a estimativa de que apenas um lipídio ou aminoácido
esteja naquela região.
7) Como proceder para melhorar a resolução de duas amostras distintas que após a
revelação apresentaram Rf(s) próximos?
R: Visto que o fator de retenção é definido como uma razão entre a distância percorrida pela
mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente, caso ocorra a presença de
valores de Rf próximos, é necessário uma avaliação entre os compostos utilizados, já que
existem vários que apresentam o mesmo Rf. Entretanto, caso não seja esta a situação,
algumas condições podem ter afetado os valores obtidos e seria necessário a revisão das
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mesmas, como por exemplo: o sistema do solvente utilizado; o adsorvente usado; a espessura
da camada adsorvente ou a quantidade relativa do material.
Conclusão:
Portanto, através da aula prática e da leitura da apostila de apoio, foi possível obter uma
melhor compreensão dos conceitos a respeito da cromatografia de camada delgada, o que
permitiu um melhor entendimento e análise dos resultados. Nesse sentido, foi possível
construir o cromatograma e a curva de calibração dos dois corantes. Além disso, a confecção
do relatório auxiliou na elaboração das respostas para as perguntas da apostila.
Referências bibliográficas:
Foram utilizados os materiais de apoio disponibilizados pelas professoras.