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Oxidação em Serpentina de Fancoil:

Guilherme Marques Frias; Cauã Ribeiro Ferreira; Eric Vinicius Delgado Ribeiro; Wagner
Henrique Rodrigues; Matheus Borges de Lima; Elcio Coimbra Rocha

Resumo: Tratamento para oxidação das serpentinas de fancoils, com expansão direta e
indireta mitigando a quebra prematura dos equipamentos de climatização. Simularemos as
reações de oxidação nos tubetes de cobre para posteriormente fazer o tratamento desse
matérias através de processo abrasivo e químico.
Palavra-chave: Tratamento, Oxidação, Serpentina

1.Introdução
Nos dias atuais é cada vez mais crescente a importância de equipamentos
de climatização para uso nos mais distintos mercados. Quando relacionado a
sistemas de data center, esses equipamentos são considerados como críticos, pois
todos os sites dependem de ambientes climatizados para a operação adequado
dos sistemas de TI e até mesmo os sistemas elétricos.
Tais equipamentos, chamados comumente de fancoils, fazem uso de
serpentinas construídas com tubetes de cobre devido sua excelente capacidade de
troca de calor. Contudo, devido a operação constante dos facoils e suas
serpentinas estarem úmidas e em contato com o fluxo constate de ar, acabam
apresentando sinais de oxidação. Esse processo de oxidação quando não tratado,
pode gerar a quebra prematura dos equipamentos, o que acarreta sérios
problemas e gastos maiores em manutenções, sem mencionar a perda de
redundância dos sistemas de climatização.
Dessa forma, esse trabalho visa apresentar, situações de oxidação do cobre
durante os processos de climatização, as possíveis soluções para mitigar esses
problemas e prolongar o tempo de utilização dos equipamentos sem a necessidade
de uma parada prematura para manutenção.

1.1 Justificativa
O processo de oxidação de serpentinas em fancoils é um problema que
afeta não só sistema de climatização, mas todos os sistemas envolvidos tais como
elétricos, prediais e TI. Dessa forma, pretendemos apresentar as principais
deteriorações do equipamento e as principais formas para tratar e mitigar esses
problemas. Esse processo de tratamento de oxidação é destinado aos mais
distintos mercados, sejam eles industriais, hospitalares ou data centers, desde que
façam uso de tais equipamentos.
Usaremos como base para o desenvolvimento desse trabalho metodologias
aplicadas para tratamento de corrosão de cobre e manutenção preventiva em
fancoils de expansão direta e indireta.

1.2 Objetivos (Geral e específicos)


O objetivo geral do projeto é fazer com que o tubete de cobre utilizado em
fancoils, reaja em soluções que agridam o material, simulando assim o processo de
oxidação ocorrido em campo. O material será exposto em 3 soluções distintas
forçando uma deterioração mais rápida do que a real encontrada para que
possamos tratar as peças. O tratamento será feito através de modo abrasivo
(escovação e lixamento da peça) e químico que se dá através do uso de um
produto conhecido como convertedor de ferrugem, onde ele reage com os pontos
oxidados.

2. Revisão Bibliográfica
NBR 16401 – Projeto de instalações de ar-condicionado (parte 1),
parâmetros de conforto térmico em ambientes condicionados.
A NR 32 – em sistema de climatização, essa norma exige que sejam
efetuadas as manutenções preventivas e corretivas destes sistemas com a
finalidade de preservar a integridade e eficiência de todos os seus componentes e
equipamentos
NR 17 – Determina as condições ambientais e estipula que a temperatura
deve ficar entre 20ºC e 23ºC, com velocidade do ar em 0,75 m/s e umidade relativa
mínima de 40%.
NBR 5674/2012 – Está norma estabelece requisito para manutenção de
edificações evitando a perda de desempenho devido a depreciação de sistemas.
NBR 7256 – Estipula os limites de qualidade do ar interno, como
consequência influência diretamente no modo de construção de equipamentos,
exigindo uma maior qualidade dos componentes para atingir os requisitos da norma
além de exigir uma melhor qualidade da manutenção e operação desses sistemas.

3. Materiais e Métodos
Para obtermos os resultados da oxidação nas serpentinas, usamos alguns
produtos para acelerar esse processo e conseguirmos obter um resultado
considerável dentro do prazo disponível. Na aplicação real desses equipamentos, é
improvável que estejam expostos a condições tão agressivas. O agente NaCl, na
prática, é o que mais se aproxima da realizada.

3.1 Soda Cáustica


A Soda cáustica (Hidróxido de Sódio), é uma substância alcalina originada a
partir da eletrólise aquosa do cloreto de sódio (NaCl). Se não manuseada
corretamente pode causar danos irreparáveis às serpentinas e afetar seu
funcionamento, reduzir seu valor estimado, alterar o seu desempenho, além de
reduzir drasticamente sua vida útil e proporcionar uma estética desagradável.
(POCHTECA COREMAL, disponível em https://brasil.pochteca.net/soda-caustica-o-
que-e-e-para-que-serve/. Acesos em: 17 de abril de 2023).
Figura 1 - Amostra de soda cáustica - NaOH

Fonte: Amostra de soda cáustica utilizada nos experimentos descritos nesse


documento (POCHTECA COREMAL, disponível em
https://brasil.pochteca.net/soda-caustica-o-que-e-e-para-que-serve/. Acesos em: 17
de abril de 2023).

Além de todos esses problemas e malefícios da má utilização da soda


cáustica, ela pode também ser nociva para a saúde de quem está fazendo o seu
tratamento, sendo assim causando queimaduras na pele e olhos, e pode causar
danos as meio ambiente. Por isso é de extrema importância ser utilizada por
profissionais e pessoas preparadas com o uso de equipamento de proteção
pessoal (POCHTECA COREMAL, disponível em https://brasil.pochteca.net/soda-
caustica-o-que-e-e-para-que-serve/. Acesos em: 17 de abril de 2023).

3.2 Convertedor de Ferrugem


A oxidação é um processo químico prejudicial aos materiais metálicos,
resultante da reação entre um composto orgânico e um agente oxidante. Com os
problemas resultados pela oxidação, é imprescindível um tratamento adequado
para que a estrutura ou o corpo não perca suas características mecânicas, com
isso o convertedor de ferrugem visa ganhar tempo, ser prático, evitar trabalhos
manuais pesados e fadigosos como o lixamento e jateamento, contratação de mão
de obra qualificada, uso e aplicação de primer como fundo, e depois pintura.
Portanto o tratamento com convertedor de ferrugem é a solução mais rápida,
prática e pode ser um bom recurso para economia de dinheiro além de ser de fácil
aplicação evitando o gasto com mão de obra qualificada, é ideal para tratamento de
ferro, aço, ferro fundido e no caso em específico da serpentina de Fancoil, que tem
o tubo capilar em cobre (QUIMATIC, disponível em
https://www.quimatic.com.br/blog/2022/07/como-funciona-o-pcf-convertedor-de-
ferrugem-da-quimatic/. Acesso em: 20 de abril de 2023).
Figura 2 - Convertedor de ferrugem QUIMATIC (usado nos experimentos)

Fonte: Convertedor de ferrugem PCF (QUIMATIC, disponível em


https://www.quimatic.com.br/produtos/uso-domestico/pcf/. Acesso em: 11 de junho
de 2023).

3.3 Como tratar os sinais de corrosão


A corrosão é um processo natural de deterioração dos materiais metálicos
causado pela interação com o ambiente. Tratar os sinais de corrosão é
fundamental para prevenir danos mais graves e prolongar a vida útil dos objetos ou
estruturas metálicas. Os tratamentos podem ser classificados da seguinte forma:
Avaliação inicial: Faça uma inspeção detalhada dos objetos ou estruturas
metálicas para identificar os sinais de corrosão. Observe áreas com manchas,
descamação, rugosidade, mudança de cor ou formação de pó.
Remoção mecânica: Utilize ferramentas como escovas de arame, lixas ou
esponjas abrasivas para remover as camadas de corrosão soltas ou levemente
aderidas à superfície metálica. Certifique-se de usar equipamentos de proteção,
como luvas e óculos de segurança. (NORTEL, disponível em
https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/. Acesso em: 17 de maio de 2023).
Figura 3 - Escova de aço usada para tratamento abrasivo

Fonte: Escova de aço manual usada no processo de tratamento abrasivo


dos corpos de prova (ROPAN, disponível em https://www.ropan.com.br/escova-
aco-manual. Acesso em: 11 de junho de 2023).
Limpeza química: Em alguns casos, pode ser necessário utilizar produtos
químicos para remover a corrosão. Selecione um removedor de corrosão adequado
para o tipo de metal e o grau de corrosão. Siga as instruções do fabricante e tome
precauções para garantir a segurança durante o manuseio dos produtos químicos.
(NORTEL, disponível em https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/. Acesso em:
17 de maio de 2023). A figura 1 ilustra o convertedor utilizado no experimento do
projeto.
Neutralização: Após a remoção da corrosão, é importante neutralizar
qualquer resíduo químico restante na superfície metálica. Utilize água limpa para
enxaguar completamente a área tratada e remova qualquer vestígio de produto
químico. (NORTEL, disponível em https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/.
Acesso em: 17 de maio de 2023).
Figura 4 - Água desmineralizada utilizada para limpeza e preparo das soluções

Fonte: Água desmineralizada utilizada para a limpeza dos corpos de prova e


para o preparo das soluções para os ensaios (VARIMAX, disponível em
https://www.varimax.com.br/produto/agua-deionizada-desmineralizada-1l-radnaq-
83000?
gclid=CjwKCAjw4ZWkBhA4EiwAVJXwqd8XAioomruXGWMnIl4wn9jFBfaYO5pT48j
9__yJoX49gGDHZICHcRoCViAQAvD_BwE. Acesso em: 11 de junho de 2023).
Proteção: Para prevenir a recorrência da corrosão, é recomendável aplicar
um revestimento de proteção na superfície metálica. Isso pode incluir a aplicação
de tintas anticorrosivas, vernizes, ceras ou revestimentos especiais projetados para
proteger o metal contra a ação corrosiva do ambiente (NORTEL, disponível em
https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/. Acesso em: 17 de maio de 2023).
Figura 5 - Primer para aplicação após a limpeza

Fonte: Primer anticorrosivo utilizado para finalização após a limpeza dos


corpos de prova (RAPIDPAINT, disponível em https://rapidpaint.com.br/spray-
primer-branco-metal-protection-430ml-rust-oleum-tubo.html. Acesso em: 11 de
junho de 2023).
Manutenção regular: A prevenção da corrosão é um processo contínuo.
Realize inspeções periódicas para identificar sinais de corrosão emergentes e trate-
os prontamente. Além disso, siga as recomendações de manutenção do fabricante
para garantir a integridade dos objetos ou estruturas metálicas a longo prazo
(NORTEL, disponível em https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/. Acesso em:
17 de maio de 2023).
Lembre-se de que a gravidade da corrosão pode variar dependendo do tipo
de metal, ambiente de exposição e outros fatores. Em alguns casos, pode ser
necessário buscar a assistência de profissionais especializados em tratamento de
corrosão para garantir uma abordagem adequada e eficaz (COPPER METAL,
disponível em https://www.coppermetal.com.br/blog/corrosao-de-metais/. Acesso
em: 17 de maio de 2023).
Figura 6 - Tipos de corrosão metálicas

Fonte: Exemplos de corrosões metálicas (RIJEZA METALURGIA, disponível


em https://rijeza.com.br/blog/tipos-de-corrosao-metalica-e-como-evita-las/. Acesso
em: 11 de junho de 2023).

3.4 Cobre
O cobre foi o único metal conhecido usado por mais 5000 anos. Suas
primeiras aplicações se resumiam a utensílios domésticos (8 mil a.C. a 4 mil a.C.).
Atualmente, nas construções em geral a aplicabilidade do cobre é usado em larga
escala. Isso se dá devido a sua elevada resistência a oxidação, boa condutibilidade
elétrica e por ser um excelente trocador de calor (JESUS, A. C. N. J, Estudo dos
Parâmetros: Teor de NaCl e Acabamento Superficial, na Resistência à Corrosão
por Pite em Tubos de Cobre, 2008, 15 – 28 f, INSTITUTO DE PESQUISAS
ENERGÉTICAS E NUCLEARES, 2008).
Propriedades do cobre:
Símbolo: Cu;
Massa Atômica: 63,546u;
Número Atômico: 29;
Ponto de Fusão: 1357,77 K;
Ponto de Ebulição: 2835 K;
Eletronegatividade: 1,9 (Pauling);
Configuração eletrônica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1 3d10; e
Série Química: metal de transição.
(MANUAL DA QUIMICA, disponível em
<https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/cobre-cu.htm#:~:text=
%C3%89%20um%20metal%20d%C3%BActil%20e,condutor%20de%20eletricidade
%20e%20calor>. Acesso em: 29 de maio de 2023).

Figura 7 - Mineral de cobre

Fonte: (MANUAL DA QUIMICA, disponível em


<https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/cobre-cu.htm#:~:text=
%C3%89%20um%20metal%20d%C3%BActil%20e,condutor%20de%20eletricidade
%20e%20calor>. Acesso em: 29 de maio de 2023)

Devido esse último ponto, ser um excelente trocador de calor, o cobre é


usado na construção de sistemas de água, inclusive no ponto focal do nosso
projeto, serpentinas de fancoils. (DUFRIO, disponível em
https://www.dufrio.com.br/blog/ar-condicionado/ar-condicionado-serpentina-de-
cobre/#:~:text=Vantagens%20da%20serpentina%20de%20cobre&text=Consome
%20menos%20energia%20el%C3%A9trica%2C%20j
%C3%A1,%C3%A9%20indicado%20para%20regi%C3%B5es%20litor
%C3%A2neas. Acesso em: 29 de maio de 2023).
Fancoils são equipamentos voltados para climatização de ambientes. Sua
função é realizar a troca de calor do ar presente em determinado local.
Resumidamente falando, fancoils pode ser definido como FAN – Ventilador e Coil –
Serpentina. O sistema de ventilação força a passagem do ar pela serpentina que
por sua vez estarão geladas devido um material (água, gás, ou qualquer outro
agente para tal finalidade) que circula em seu interior possibilitando assim a troca
de calor.
Figura 8 - Fancoil de precisão

Fonte: Fancoil de precisão utilizados em sistemas críticos (VERTIV,


disponível em https://www.vertiv.com/4a068e/globalassets/products/thermal-
management/room-cooling/liebert-liebertds-br-bp-latam--18810-sp-r0814.pdf.
Acesso em: 11 de junho de 2023).

Dois tipos de fancoils comumente encontrados no mercado são como


expansão direta (quando o agente refrigerante circula diretamente em sua
serpentina, ex: gás refrigerante R134) ou de expansão indireta (quando existe um
equipamento antes do fancoils que refrigere o fluído e esse fluído posteriormente
passa pela serpentina do fancoil) (INDUSTRIAS TOSI, disponível em
https://www.industriastosi.com.br/artigo/fancoil-tudo-que-voce-precisa-saber/.
Acesso em: 20 de maio de 2023).
Figura 9 - Fancoil de expansão direta

Fonte: Representação de um fancoils em sistema de climatização de


expansão direta (MERCATO AUTOMAÇÃO, disponível em
https://www.mercatoautomacao.com.br/blogs/novidades/voce-sabe-o-que-sao-
sistemas-de-expansao-direta. Acesso em: 11 de junho de 2023).

Figura 10 - Fancoil de expansão indireta

Fonte: Representação de um fancoils em sistema de climatização de


expansão indireta (MERCATO AUTOMAÇÃO, disponível em
https://www.mercatoautomacao.com.br/blogs/novidades/saiba-mais-sobre-
sistemas-de-expansao-indireta. Acesso em: 11 de junho de 2023).

A respeito da oxidação do cobre, quando o cobre está exposto a meios


aquosos em temperatura ambiente, o produto de oxidação resultante é o óxido
cuproso (CU2O). Os dois tipos mais comuns de oxidação do tipo pite que ocorrem
no cobre são do tipo I e tipo II. Oxidação por pite é a formação de pontos de
oxidação localização onde se formam pontos de deterioração no material (JESUS,
A. C. N. J, Estudo dos Parâmetros: Teor de NaCl e Acabamento Superficial, na
Resistência à Corrosão por Pite em Tubos de Cobre, 2008, 15 – 28 f, INSTITUTO
DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES, 2008).
Figura 11 - Oxidação PITE tipo I

Figura 12 - Oxidação por PITE tipo II

A maior causa dos vazamentos em serpentinas e tubos de cobre em todo está


diretamente ligada a oxidação por pite. Os primeiros estudos sobre esse assunto são de
meados de 1950 e foram realizados por Campbell, onde fazia questionamentos do porquê
a corrosão por pite nos tubos de cobre apenas em certas regiões do Reino Unido
(JESUS, A. C. N. J, Estudo dos Parâmetros: Teor de NaCl e Acabamento Superficial, na
Resistência à Corrosão por Pite em Tubos de Cobre, 2008, 15 – 28 f, INSTITUTO DE
PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES, 2008).
Figura 13 – Serpentina

Fonte: (INDÚSTRIAS TOSI, disponível em https://www.industriastosi.com.br/wp-


content/uploads/2021/02/Catalogo_Serpentina.pdf>. Acesso em: 10 de junho de 2023)
A imagem acima é um exemplo de serpentina usada em sistemas de climatização.

Figura 14 – Serpentina Oxidada

Fonte: Ordem de serviço – Manutenção corretiva de Fancoil – SMARTFIELD.


A imagem acima é um exemplo na prática de como a oxidação pode afetar a
estrutura de uma serpentina de fancoils.

3.4 Tratamento
Existem algumas opções de anticorrosão que podem ser aplicados nas serpentinas
de fancoils, dependendo do tipo de material das serpentinas e das condições de operação
do equipamento, sendo importante o tratamento para durabilidade. Algumas opções
comuns incluem:
1. Revestimentos epóxi: é um revestimento resistente à corrosão que podem
ser aplicados nas serpentinas para protegê-las do contato com o ar e a umidade. Este tipo
de tratamento é muito eficaz em serpentinas de cobre;
2. Tratamentos galvânicos: É o tratamento que usa uma reação eletroquímica
para proteger as serpentinas de fancoils. É adequada para serpentinas de alumínio, que
são mais propensas à corrosão do que as de cobre; e
3. Tratamentos de limpeza: Uma limpeza regular das serpentinas pode
prevenir a corrosão, removendo os contaminantes que podem acelerar o processo de
corrosão. É um tipo de tratamento recomendado para serpentinas em ambientes muito
poluídos.
É importante que o tratamento seja aplicado por um profissional especializado, que
saiba como lidar com os diferentes materiais e condições de operação das serpentinas de
fancoils. É essencial que as serpentinas sejam inspecionadas regularmente para
identificar sinais de corrosão e tomar medidas necessárias para correção do problema.

3.5 Galvanização a frio


A galvanização a frio é um processo semelhante ao da galvanização a quente onde
ocorre uma reação química entre o zinco (presente no aplicador) e o metal tratado (no
nosso caso, o cobre da serpentina). A diferença entre esses tipos de galvanização, é que
no processo a frio a aplicação ocorre através de spay ou pincéis. De modo geral, a
galvanização a frio pode ser definida pelo revestimento de peças metálicas por tintas ricas
em zinco, devido a ação corrosiva ocorrer com maior facilidade no zinco do que nos
outros metais, pois o zinco possui uma maior propensão para capitação de elétrons do
outro átomo envolvido no processo de oxidação (LEIDINGER, disponível em
https://leidinger.com.br/oque-e-galvanizacao-a-frio/. Acesso em: 11 de junho de 2023).
Figura 15 - Spray de galvanização a frio

Fonte: Spray utilizado no processo de galvanização a frio (QUIMATIC, disponível


em https://www.quimatic.com.br/produtos/anticorrosivos/galvalum/. Acesso em: 11 de
junho de 2023).

4. Resultados e Discussão
Para início do experimento, deixamos as amostras de cobre imersas em uma
solução aquosa de NaCL, uma segunda solução de NaOH e uma terceira de H2SO4 por
um período de 10 dias para obtenção de um resultado satisfatório.

Figura 16 - Amostras dos ensaios realizados.


Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –
POLO JABAQUARA.

4.1 Oxidação do cobre em solução NaCl


Essa solução foi a que apresentou um menor resultado relacionado a oxidação.
Como o agente oxidante não é tão agressivo quanto os demais, o cobre apresentou leve
sinais de oxidação, que se confundiam com um simples escurecimento do material. Não
foi possível observar a formação de pites na superfície do material.

Figura 17 - Ensaio realizado com tubo de cobre e NaCl (resultado após 1 dia ensaio)

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.

Na sequência podemos observar como o tubete de cobre ficou após ficar imerso
por um período de 5 dias na solução de NaCl.
Figura 18 - Ensaio realizado com tubo de cobre e NaCl (resultado após 5 dias ensaio)

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.

Resultado obtido após os ensaios com a solução de NaCl:

Figura 19 - Ensaio realizado com tubo de cobre e NaCl (resultado após 5 dias ensaio)

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.

As imagens a seguir apresentam o resultado do ensaio após o tratamento com o


convertedor de ferrugem e na sequência após o tratamento abrasivo:

4.2 Oxidação do cobre em solução H2SO4


Essa solução apresentou um resultado mais significativo comparado a solução
anterior. Esse reagente iniciou uma superfície maior de oxidação no cobre e em alguns
pontos é possível observar a formação de pequenos pites.

Figura 20 - Ensaio realizado com tubo de cobre e H2SO4 (resultado após 1 dia ensaio)

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.

Após 5 dias de imersão da vareta de cobre, o resultado obtido foi o seguinte:


Figura 21 - Ensaio realizado com tubo de cobre e H2SO4 (resultado após 4 dias ensaio)

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.

A seguir podemos observar a oxidação do cobre e formações de pites após a


finalização dos ensaios com a solução de H2SO4:

Figura 22 - Aparecimento de pites após a finalização dos ensaios

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.

Apesar da vareta de ensaio ter apresentado uma colocação mais escura, o cobre
não sofreu grande deterioração.
As imagens a seguir apresentam o resultado do ensaio após o tratamento com o
convertedor de ferrugem e na sequência após o tratamento abrasivo:

4.3 Oxidação do cobre em solução NaOH


A terceira solução do ensaio foi a que apresentou uma maior e mais significativo
resultado comparada com as demais. Devido essa solução ser mais agressiva, o cobre
apresentou formação de vários pontos de pites e escurecimento de quase um todo na
superfície imersa.
Figura 23 - Ensaio realizado com tubo de cobre e NaOH (resultado após 1 dia ensaio)

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.

Esse ensaio foi o que apresentou um resultado mais significativo devido a solução
ser a mais agressiva de todas as 3. Após 5 dias de imersão da vareta de cobre, o
resultado obtido foi o seguinte:
Figura 24 - Ensaio realizado com tubo de cobre e NaOH (resultado após 5 dias ensaio)

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.

A seguir podemos observar a oxidação do cobre e formações de pites após a


finalização dos ensaios com a solução de NaOH:

Figura 25 – Aparecimento de pites após a finalização dos ensaios

Fonte: Experimento realizado dentro da UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU –


POLO JABAQUARA.
As imagens a seguir apresentam o resultado do ensaio após o tratamento com o
convertedor de ferrugem e na sequência após o tratamento abrasivo:

5.Considerações Finais/Conclusões
As amostras de cobre usadas para os experimentos sofreram ensaios de oxidação
mais agressivos do que as condições reais de trabalho das serpentinas de fancoils
independente da aplicabilidade na indústria. Os ensaios foram realizados dessa forma
para maximizar a ação do tempo causada na prática.
Mesmo que a serpentina de fancoils sofra deterioração devido a oxidação,
pudemos observar que se obtiver o tratamento adequado é possível não apenas a
restauração estética do equipamento, mas também o prolongamento de sua vida útil
concedendo assim propriedade mecânicas necessárias para um bom desemprenho,
durabilidade e condição para ser funcional novamente.
Vale salientar que todas as considerações levadas quanto a serpentina do fancoils
e ensaios realizados estão voltadas a manutenção corretiva do equipamento. Todavia,
esse tipo de manutenção é a que se deve evitar devido seus custos mais elevados e a
indisponibilidade que causará no equipamento. O recomendado é que haja uma rotina de
inspeção nos equipamentos afim de evitar que o dano causado pela oxidação chegue a
um ponto irreversível sendo necessária a substituição de componentes. Dessa forma, um
plano de manutenção efetivo se faz necessário para o bom funcionamento da instalação.

6. Referências Bibliográficas
NBR 16401 – Projeto de instalações de ar-condicionado (parte 1),
parâmetros de conforto térmico em ambientes condicionados.
NR 32 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE
SAÚDE.
NR 17 – ERGONOMIA.
NBR 5674/2012 – GESTÃO DE MANUTENÇÃO.
NBR 7256 – TRATAMENTO DE AR.
LEI 13.589 – MANUTENÇÃO DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS DE
SISTEMAS DE CLIMATIZAÇÃO DE AMBIENTES
POCHTECA COREMAL, disponível em https://brasil.pochteca.net/soda-
caustica-o-que-e-e-para-que-serve/. Acesos em: 17 de abril de 2023.
QUIMATIC, disponível em https://www.quimatic.com.br/blog/2022/07/como-
funciona-o-pcf-convertedor-de-ferrugem-da-quimatic/. Acesso em: 20 de abril de
2023.
ROPAN, disponível em https://www.ropan.com.br/escova-aco-manual.
Acesso em: 11 de junho de 2023.
NORTEL, disponível em https://nortel.com.br/blog/tipos-de-corrosao/. Acesso
em: 17 de maio de 2023.
VARIMAX, disponível em https://www.varimax.com.br/produto/agua-
deionizada-desmineralizada-1l-radnaq-83000?
gclid=CjwKCAjw4ZWkBhA4EiwAVJXwqd8XAioomruXGWMnIl4wn9jFBfaYO5pT48j
9__yJoX49gGDHZICHcRoCViAQAvD_BwE. Acesso em: 11 de junho de 2023.
COPPER METAL, disponível em
https://www.coppermetal.com.br/blog/corrosao-de-metais/. Acesso em: 17 de maio
de 2023.
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metal-protection-430ml-rust-oleum-tubo.html. Acesso em: 11 de junho de 2023.
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corrosao-metalica-e-como-evita-las/. Acesso em: 11 de junho de 2023.
JESUS, A. C. N. J, Estudo dos Parâmetros: Teor de NaCl e Acabamento
Superficial, na Resistência à Corrosão por Pite em Tubos de Cobre, 2008, 15 – 28
f, INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES, 2008.
MANUAL DA QUIMICA, disponível em
<https://www.manualdaquimica.com/quimica-geral/cobre-cu.htm#:~:text=
%C3%89%20um%20metal%20d%C3%BActil%20e,condutor%20de%20eletricidade
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%20cobre&text=Consome%20menos%20energia%20el%C3%A9trica%2C%20j
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%C3%A2neas>. Acesso em: 29 de maio de 2023.
INDÚSTRIAS TOSI, disponível em
https://www.industriastosi.com.br/artigo/fancoil-tudo-que-voce-precisa-saber/>.
Acesso em: 20 de maio de 2023.
VERTIV, disponível em
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