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ÍNDICE
2.3 SOLDAGEM TIG (Tungsten Inert Gas) - produz uma solda limpa de alta qualidade.
Como não gera escória não necessita de limpeza, apresenta excelente acabamento e
menor risco de corrosão.
Pode ser usada para quase todos os metais podendo ser manual ou automática. É
largamente utilizada para solda com alumínio e com ligas de aço inoxidável onde a
integridade da solda é de extrema importância. É utilizada para juntas de alta qualidade
em indústrias nucleares, químicas, aeronáuticas e de alimentos.
Utiliza um gás inerte para a proteção da poça de fusão dos efeitos deletérios do ar, os
gases mais indicados são argônio, hélio ou a mistura dos dois gases.
O eletrodo utilizado é de tungstênio e não se consome no processo. Pode ser realizado
com ou sem metal de adição, quando necessário este deve ser manualmente alimentado
com um arame específico para cada tipo de solda.
2.4 OXICORTE - é a separação de metais utilizando-se calor e uma violenta reação de
oxidação com oxigênio puro. Basicamente consiste em aplicar uma chama de
aquecimento ao metal até atingir seu ponto de ignição. Neste instante aplica-se um jato
de oxigênio puro nesta área provocando a formação de óxidos líquidos do metal. A reação
é altamente exotérmica, gerando calor que sustentará o próprio processo na sequência. A
velocidade mecânica do jato de oxigênio promove a remoção do metal líquido separando
assim a base metálica em duas partes.
É aplicado em todos os aços, porém, como é baseado na oxidação com oxigênio, metais
com baixa reatividade ao oxigênio, ou não oxidantes, como cobre, latão, alumínio, aço
inoxidável, não podem ser manipulados por este processo.
2.6 CORTE PLASMA - o plasma é uma variação do estado da matéria, quando o nível de
energia fica tão elevado que produz a dissociação das moléculas de um gás, que se
ionizam e se tornam condutores de corrente elétrica, capazes de cortar seções de metais.
Esse procedimento utiliza o calor liberado por uma coluna de plasma, resultante do
aquecimento via arcos elétricos do gás ionizado em alta temperatura, até que possa ser
utilizado para cortar seções de metais, como o aço-carbono, aço inox, alumínio, cobre e
outros metais eletricamente condutores. O plasma funde a parte do metal que será
cortada, sendo expulsa pelo gás.
3. NORMA E REGULAMENTADORA
A importância da saúde dos trabalhadores faz com que muitos países adotem normas e
regulamentos para a proteção dos trabalhadores expostos a riscos ocupacionais.
No Brasil a NR-18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção, estabelece diretrizes administrativas, de planejamento e organização, com o
objetivo de implementar medidas de controle e sistemas de segurança preventiva para
cada uma das atividades desenvolvidas em um canteiro de obras.
Os artigos relativos as operações de soldagem e corte a quente, apresentam os seguintes
requisitos:
18.7.6.1 Para fins desta NR, considera-se trabalho a quente as atividades de soldagem,
goivagem, esmerilhamento, corte ou outras que possam gerar fontes de ignição, tais
como aquecimento, centelha ou chama.
18.7.6.2 Deve ser elaborada análise de risco específica para trabalhos a quente quando:
a) Houver materiais combustíveis ou inflamáveis no entorno;
b) For realizado em área sem prévio isolamento e não destinada para este fim.
18.7.6.3 Quando definido na análise de risco, deve haver um trabalhador observador para
exercer a vigilância da atividade de trabalho a quente até a conclusão do serviço.
18.7.6.5 Nos locais onde se realizam trabalhos a quente, deve ser efetuada inspeção
preliminar, de modo a assegurar que o local de trabalho e áreas adjacentes:
a) Estejam limpos, secos e isentos de agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e
contaminantes;
b) Sejam liberados após constatação da ausência de atividades incompatíveis com o
trabalho a quente.
18.7.6.6 Devem ser tomadas as seguintes medidas de prevenção contra incêndio nos
locais onde se realizam trabalhos a quente:
a) Eliminar ou manter sob controle, possíveis riscos de incêndios;
b) Instalar proteção contra o fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras, de modo a evitar o
contato com materiais combustíveis ou inflamáveis, bem como evitar a interferência em
atividades paralelas ou na circulação de pessoas;
c) Manter sistema de combate a incêndio desobstruído e próximo à área de trabalho;
d) Inspecionar, ao término do trabalho, o local e as áreas adjacentes, a fim de evitar
princípio de incêndio.
18.7.6.8 Sempre que ocorrer mudança nas condições ambientais, as atividades devem
ser interrompidas, avaliando-se as condições ambientais e adotando-se as medidas
necessárias para adequar a renovação de ar.
18.7.6.9 Nos trabalhos a quente que utilizem gases, devem ser adotadas as seguintes
medidas:
a) Utilizar somente gases adequados à aplicação, de acordo com as informações do
fabricante;
b) Seguir as determinações indicadas na Ficha de Informação de Segurança de Produtos
Químicos – FISPQ;
c) Utilizar reguladores de pressão e manômetros calibrados e em conformidade com o
gás empregado;
d) Utilizar somente acendedores apropriados, que produzam somente centelhas e não
possuam reservatório de combustível, para o acendimento de chama do maçarico;
e) Impedir o contato de oxigênio a alta pressão com matérias orgânicas, tais como óleos e
graxas.
18.7.6.10 É proibida a instalação de adaptadores entre o cilindro e o regulador de
pressão.
18.7.6.14 Sempre que o serviço for interrompido, devem ser fechadas as válvulas dos
cilindros, dos maçaricos e dos distribuidores de gases.
Soldadores estão diariamente expostos a uma variedade de fatores de riscos quanto aos
agentes químicos/fumos, radiação em excesso, ruídos, vibrações, desconforto térmico
(altas temperaturas), dentre muitos outros.
Em razão destes riscos, o soldador não pode ser um simples profissional capaz de soldar
peças com eficiência. Ele também precisa ter conhecimento dos riscos no trabalho.
Somente assim ele saberá trabalhar com a máxima segurança e sempre com bons
equipamentos.
Conheça os principais Riscos Ambientais a que estão expostos os soldadores:
4.1.1 Fumos de Soldagem - são partículas sólidas que são produzidas em consequência
da vaporização e derretimento do eletrodo consumível, apresentando tamanhos
reduzidos, entre 0,01 e 1,0 mícron, compõem os fumos de soldagem. Parte da poluição
ambiental é provocada pelo material base, principalmente quando coberto por impurezas,
como resíduos de óleo, revestimentos como tintas, ou camadas de zinco, no caso de
recobrimento galvanizado, que aumentam significativamente a emissão de fumos durante
a soldagem.
Entre os elementos que têm sido associados aos problemas de saúde dos soldadores
estão o zinco, o níquel, o manganês, o cobre, o cádmio e o cromo.
Efeitos agudos da exposição a cobre também incluem irritação do nariz e da garganta e
náusea.
A exposição crônica a manganês pode causar problemas no sistema nervoso central.
Os efeitos agudos da exposição a níquel incluem irritação nos olhos, nariz e garganta.
A exposição ao cádmio pode causar efeitos agudos como irritação pulmonar grave e, mais
tarde, edema pulmonar, e efeitos crônicos podem incluir enfisema e danos nos rins.
Os problemas de saúde associados aos fumos de soldagem são, na sua maioria, de curto
prazo, como irritação do trato respiratório ou febre por fumos metálicos.
No entanto, também podem ocorrer efeitos de longo prazo, como siderose.
4.1.2 Gases - os gases liberados durante a soldagem podem ser tanto os gases
utilizados para proteger a poça de soldagem, como gerados por influência do processo de
soldagem sobre a atmosfera. Um dos gases produzidos durante os processos de
soldagem é o ozônio produzido pela influência da radiação ultravioleta. Sua presença é
mais relevante nos processos que utilizam gases de proteção, como MIG/MAG e TIG.
Outros gases formados pelos processos de soldagem são os óxidos de nitrogênio e
monóxido de carbono – CO, que pode causar falta de coordenação e confusão mental.
Este gás pode ser formado em consequência do uso de gás de proteção, no caso do
processo MAG, que contenha dióxido de carbono – CO2.
4.1.3 Partículas - Alguns processos de acabamento que ocorrem muitas vezes no posto
de soldagem podem produzir, também, partículas sólidas de tamanho maior que o
respirável. Estas partículas maiores são produzidas, geralmente, na preparação e
finalização de trabalhos de soldagem, quando também são usados equipamentos como
esmeris, rebolos e outros abrasivos. As partículas produzidas por este tipo de
equipamento podem atingir os olhos ou produzir irritação na pele.
4.4.3 Queimaduras por faíscas e respingos de solda - outros fatores de risco que
existem no ambiente de soldagem são as faíscas e respingos provenientes da soldagem.
Os respingos de solda são pequenas porções de metal derretido que podem desprender-
se do ponto onde se realiza a solda. Em geral, estes respingos caem ou são projetados
em outras direções, atingindo os soldadores.
4.4.4 Visão - Deve-se prestar atenção à questão da visão dos soldadores, pois problemas
com visão podem causar tontura e dor de cabeça, além de diminuir a capacidade de
realização de tarefas pelo soldador, pela sua menor acuidade visual e consequente
redução da atenção.
Entre os problemas de visão encontrados nos soldadores, podem-se citar problemas de
convergência, queratite por UV, siderose ocular, corpos estranhos intraoculares. Além
disso, os soldadores apresentam córnea embaçada e granular, podendo-se identificar um
soldador pelos olhos, principalmente aquele que atua por muitos anos na profissão.
5. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
avental de raspa
óculos proteção
máscara p/ solda proteção
respiratória
abafador
perneira de raspa
luva de raspa
manguito de raspa
bota de segurança
5.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA -EPC
Para garantir a segurança de funcionários próximos, alguns equipamentos adicionais
devem estar presentes. O uso de cortina e barreira mecânica visa bloquear os efeitos da
radiação, bem como a projeção de partículas. Essas proteções devem circular ou ser
posicionadas de forma a não permitir que pessoas fora das atividades sejam alcançadas.
Se a atividade for realizada em ambiente fechado, gases de exaustão, fumos e partículas
produzidos através de um sistema de exaustão geral ou local devem ser garantidos.
Os tipos mais usados de EPC são:
a) Placas de Sinalização;
b) Sensores de presença;
c) Cavaletes;
d) Fita de Sinalização;
e) Chuveiro Lava olhos;
f) Sistema de Ventilação e Exaustão;
g) Proteção contra ruídos e vibrações; e
h) Sistema de Iluminação de Emergência.
6. MEDIDAS DE CONTROLE AMBIENTAL
6.4 CALOR
Para minimizar os problemas relativos à exposição ao calor sugerem-se as seguintes
medidas:
7. FINALIZAÇÃO
REFERÊNCIAS