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Processos de ligação

Ruben Fernandes Nº3819 19MIb


Princípios básicos da soldadura

Equipamentos e utensílios:

Não importa o tipo de componente, desde um avião até um portão de


garagem há a necessidade de se utilizar elementos para soldagem de
metais. Afinal, esse mecanismo é usado para unir, preencher ou
recuperar partes de vários tipos de materiais, principalmente na área
industrial.

Para isso, existem muitos equipamentos para soldagem que devem


ser observados por quem atua no ramo. Cada processo exige uma
série de itens, tanto para proteção quanto para produção.

Os Equipamentos de Proteção Individual são requisitos básicos na


hora da soldagem. Por isso, confira, a seguir, itens indispensáveis
para esse caso.

Máscara de solda
A máscara de solda é usada com o objetivo de assegurar proteção,
garantindo que a luz forte não provoque danos nos olhos do
profissional. Entre elas, há tanto a versão manual quanto a
automática.

O modelo manual deve ser ajustado para escurecer o visor quando for
feito o processo de soldagem. Já o automático permite uma maior
produtividade ao usuário, modificando o nível de escurecimento do
visor automaticamente conforme a luz gerada no arco elétrico.

Além disso, o óculos de solda é um EPI que tem a mesma função da


máscara, pois protege os olhos do brilho e da radiação do arco
elétrico.

Proteção auditiva
Outro equipamento para soldagem muito importante para segurança
do trabalhador é o de proteção auditiva. Os protetores auriculares e os
abafadores de ruído são excelentes opções para garantir eficiência ao
trabalho.

Antes de tudo, é essencial entender qual o nível da exposição de ruído


em que os trabalhadores se encontram, a fim de decidir qual deles é o
mais adequado para tais atividades.
Luvas de Segurança
Elas têm como objetivo proteger as mãos do soldador. O modelo mais
comum é a luva de vaqueta ou raspa. Elas garantem segurança ao
usuário contra todos os agentes escoriantes, perfurações, abrasivos,
cortes e respingos de solda.

Há diversos tipos de luvas de segurança, as quais são típicas para


soldas feitas em temperatura mais elevada.

Botas de segurança
Também conhecidas como bico de aço, as botas de segurança são
feitas para a prevenção de potenciais acidentes que podem acontecer
quando se está trabalhando com peças grandes ou quando há a
existência de peças no chão. Assim, elas se tornam essenciais nesses
casos.
Máscara para fumos de solda
Diferente da máscara de solda, esse modelo tem como função
proteger o sistema respiratório do colaborador. Ela impede a inalação
de fumos de solda e partículas de poeira existentes no processo de
soldagem, que poderiam acarretar muitos problemas a longo prazo.

Avental
Os aventais são usados para a proteção do corpo do usuário contra
detritos e respingos durante a soldagem. O uso desse equipamento
também pode ser feito em conjunto com mangas e casacas, a fim de
garantir uma segurança ainda maior do tronco e dos braços.

Toucas de algodão
Essas toucas têm o objetivo de proteger a cabeça, as orelhas e o
pescoço de respingos, faíscas e detritos, que ocorrem nos processos
de soldagem. Ela também empenha o papel de proteger o trabalhador
contra o calor excessivo no decorrer desse tipo de atividade

Fatores de soldabilidade:

A soldabilidade dos aços carbono baixa e média liga está bastante


associada à presença de trinca a frio induzida por hidrogênio. Como estão
relacionadas à microestrutura na junta soldada, essas trincas são
determinadas pela composição química do material. Em outras palavras, a
soldabilidade é relacionada com a temperabilidade de um aço; assim,
quanto maior for a temperabilidade do aço, maior a probabilidade de
ocorrência dessas trincas.
A temperabilidade é ditada basicamente pelo teor de carbono e pelos
elementos de liga; quanto menores esses teores, menos cuidados serão
necessários para soldar um aço. A prática adotada atualmente é a de
reduzir o teor de carbono. Essa solução funciona bastante para o metal de
solda mas não para o metal de base, uma vez que este é especificado pela
aplicação do equipamento.
O efeito de outros elementos químicos, além do carbono, também é
utilizado no metal de solda para aumentar a resistência e a tenacidade.
Essa melhora nas propriedades mecânicas no metal pode ser conseguida
com adições de manganês ou níquel, associadas a elementos químicos
como boro, titânio, nióbio e molibdênio. Esses elementos de liga em
conjunto com o oxigênio favorecem a formação de um microconstituinte
chamado ferrita acicular, presente nos aços ARBL ou aços de alta
resistência e baixa liga.

ferrita acicular

A ferrita acicular forma-se durante o resfriamento, na faixa de


temperatura entre 650 e 500°C e tem fator de forma entre 1:2 e 1:5
(proporção largura/comprimento). A nucleação deste microconstituinte
ocorre geralmente de forma intragranular e na interface de micro-inclusões
de escória.
As micro-inclusões de escória têm composição química específica (TiO)
e são mais efetivas na faixa de 10mm (micro metro) de tamanho. Por este
motivo, o oxigênio dissolvido no metal de solda é também importante para a
formação da ferrita acicular; neste caso, seu teor deve ser controlado ao
redor de 400 ppm (partes por milhão) e a fração volumétrica de ferrita
acicular no metal de solda na faixa de 60%. A ferrita acicular pode ser
circundada por martensita e outros microconstituintes que deterioram a
tenacidade; assim, teores ao redor de 80% não são recomendáveis.
Pode-se minimizar a ocorrência de trincas a frio induzidas por hidrogênio
e também otimizar a tenacidade da ZAC (zona afetada pelo calor)
controlando-se no metal de base alguns fatores que favorecem a formação
da trinca a frio. Estes fatores são: a martensite, o hidrogênio, as tensões
residuais e a temperatura próxima da temperatura ambiente.

martensita
Para reduzir a presença de martensita é comum pré-aquecer a chapa e
controlar a temperatura interpessoal. Estes recursos visam basicamente a
minimizar a presença de martensita na ZAC, quando possível, por meio de
uma redução na velocidade de resfriamento. A velocidade lenta alivia as
tensões residuais introduzidas pela transformação de fase e favorece a
evolução do hidrogênio do aço para a atmosfera. Em aço temperável ao ar
não é possível evitar a formação da martensita; assim, para estes materiais,
é imprescindível a redução da velocidade de resfriamento da junta.

hidrogênio
É possível controlar o teor de hidrogênio desde que sejam conhecidas
suas fontes como: fluxos ou revestimentos úmidos, gases de proteção
contaminados, superfície da chapa contaminada, vazamento da água de
refrigeração em tochas, pistolas, cabeçotes de soldagem e outras. Os
revestimentos e fluxos devem ser secos e armazenados em local com
umidade relativa controlada para evitar a absorção de umidade do ar. Do
mesmo modo, deve-se cuidar para que os eletrodos sejam mantidos em
estufas portáteis, também chamadas cochichos.
Para remoção do hidrogênio podem-se empregar, ainda, cuidados
adicionais como o pré ou pós-aquecimento da junta soldada. Entre outros
efeitos, o pós-aquecimento reduz o teor de hidrogênio dissolvido no aço e
as tensões residuais geradas pela transformação martensítica, tanto
reduzindo o teor de hidrogênio como diminuindo as tensões residuais.
Também é possível controlar o hidrogênio dissolvido na junta utilizando um
metal de adição completamente austenítico. Como a austenita dissolve mais
hidrogênio que a ferrita, o hidrogênio difunde-se em maior quantidade para
o material austenítico e diminui seu teor na zona afetada pelo calor.

tensões residuais
As tensões residuais podem ser minimizadas por meio de técnicas como:
a deposição do cordão com aquecimento balanceado da chapa, o pré-
aquecimento e o tratamento térmico. A deposição do cordão com
aquecimento balanceado da chapa diminui as tensões residuais durante a
soldagem. Já o tratamento térmico pós-soldagem alivia as tensões residuais
após a soldagem.

temperatura
Com relação ao efeito da temperatura, a fragilização por hidrogênio
ocorre geralmente abaixo de 150°C. Assim, ocorrendo a fragilização por
hidrogênio, deve-se tentar manter a peça em temperaturas superiores a
150°C. Neste caso, o pós-aquecimento é bastante útil, para difundir o
hidrogênio remanescente.

Preparação de peças:

Dicas rápidas para limpeza de metais antes da soldagem de metal

A preparação do metal depende do tipo de soldagem que você planeja


fazer. Existem dois tipos de processos de soldagem - soldagem com gás
inerte de metal (MIG) e soldagem com gás inerte de tungstênio (TIG).
Ambas as técnicas fazem uso de um arco elétrico; no entanto, eles diferem
em sua abordagem. Na soldagem MIG, as folhas de metal não são
completamente limpas. Por outro lado, na soldagem TIG, as partes
metálicas são devidamente limpas antes de serem soldadas. As seguintes
dicas fáceis de seguir ajudarão a preparar metais para qualquer tipo de
soldagem:

● Use uma escova de arame para remover impurezas espessas: este é


um dos métodos mais fáceis de preparação de metal. Uma escova de
arame é uma ferramenta básica usada para remover impurezas
espessas em qualquer peça de metal. Essas escovas de arame estão
facilmente disponíveis na maioria das instalações de soldagem
porque são usadas para remover o fluxo da peça acabada. Certifique-
se de usar escovas de arame específicas para metais diferentes. Por
exemplo, você precisa usar uma escova de aço para remover
impurezas de um pedaço de alumínio.

● Use um esmeril : A folha pode ser preparada para soldagem TIG ou


MIG usando uma rebarbadora e um disco flap. Qualquer revestimento
existente em uma folha espessa pode ser facilmente removido
usando um disco flap. No entanto, esta ferramenta não é
recomendada para chapas de metal finas porque pode remover
muitos outros materiais. A remoção do revestimento é seguida de
limpeza com acetona. Essa técnica funciona perfeitamente para
peças de chassi que requerem soldagem pesada.
● Use o cortador de plasma para fazer cortes frequentes em metal
espesso: Muitos projetos de soldagem exigem o corte de metais
grossos nos ângulos desejados antes da soldagem. Isso pode ser
feito facilmente usando um cortador de plasma . Esses cortadores
podem exigir um alto investimento inicial; no entanto, eles são
benéficos de várias maneiras. Os cortadores de plasma ajudam você
a economizar em custos de combustível e tempo de pré-
aquecimento, além de fazer cortes rápidos em metais grossos com
pequenos recortes. Esses cortadores são a escolha ideal em
instalações de soldagem que desejam economizar em seus custos de
material, bem como em tempos de funcionários.

● Use Jateamento Abrasivo para Materiais Enferrujados: Se a folha de


metal estiver enferrujada e não puder ser limpa com nenhum dos
métodos discutidos acima, então ela é perfeita para prosseguir com o
jateamento abrasivo. Essa técnica ajuda a remover as impurezas do
metal, após o que ele precisa ser limpo com acetona para remover os
contaminantes químicos restantes. Um dos principais desafios
enfrentados por esse tipo de preparação de metal é que uma
superfície abrasiva pode prender peças de metal, o que pode
posteriormente iniciar a corrosão da peça de metal. Assim, é sempre
recomendável evitar este método de limpeza para o alumínio, pois é
sensível aos contaminantes que podem permanecer sobre a chapa
mesmo após a limpeza com acetona.
Processos de soldadura:

Numa indústria cada vez mais competitiva existe sempre uma constante
procura de novos processos, em que o balanço entre a produtividade,
qualidade, custos e segurança estejam equilibrados. Por este motivo, neste
sector de atividade, a formação é tão importante.
Consciente da importância de promover essa formação atualizada e de dar
uma resposta eficaz ao mercado de trabalho, a Pipe Masters Academy,
disponibiliza cursos nos principais processos de soldadura. Estes visam
responder às necessidades do mercado e capacitar os formandos em
diferentes áreas da soldadura.

Soldadura MIG MAG


A Soldadura MIG MAG é uma tecnologia por arco elétrico com gás de
proteção e consiste em estabelecer um arco elétrico entre a peça e um
consumível (arame), que será fundido continuamente enquanto um fluxo de
gás inerte ou ativo protege o metal. A soldadura MIG (Metal Inerte Gás)
utiliza árgon, para soldar aços inoxidáveis, entre outros. Já a soldadura
MAG (Metal Active Gas) aplica uma mistura de C02 e árgon para
soldadura de aço carbono.
As principais vantagens deste processo são a possibilidade de aumento de
produtividade, utilização mais económica e a possibilidade de o processo
ser executado em várias posições.
Soldadura TIG
Este processo utiliza energia produzia por um arco elétrico, que tem a sua
origem entre o elétrodo não consumível e a peça a soldar. A temperatura
gerada pelo arco permite criar um banho de fusão que junta a peça ao metal
de adição. Todo este procedimento ocorre num ambiente de gás inerte
(árgon ou hélio), que protege a região onde se efetua a solda.
A Soldadura TIG (Tungsten Inert Gas) é frequentemente utilizada,
principalmente porque permite controlar a entrega térmica. Este fator
possibilita a utilização em diferentes situações.
Destaca-se algumas vantagens, tais como, não gerar salpicos tornando o
processo mais limpo e seguro, probabilidade reduzida de existência de
defeitos, resultados com bastante qualidade e bom acabamento, entre
outras.

Soldadura SER
A Soldadura SER, Soldadura por Eléctrodo Revestido, é uma técnica
baseada na utilização de um eletrodo revestido que se funde com a peça a
soldar, devido ao banho de fusão criado pelo calor de um arco elétrico.
Durante a soldadura, são produzidos gases que protegem da contaminação
atmosférica. Este é um procedimento que requer perícia, prática e
conhecimento por parte do soldador, pois trata-se de uma técnica
exclusivamente manual.
A soldadura SER é um processo manual que permite adquirir destreza e
aperfeiçoar a técnica enquanto profissional de soldadura.
Oxiacetilénica

Soldagem Oxicombustível e Corte Oxicombustível (também conhecidos


como Solda Oxiacetilênica, Solda a Gás e Oxicorte, em inglês
OxyAcetylene Welding - OAW) é um processo de fusão ou erosão de
materiais metálicos que ocorre por meio de uma chama proveniente da
queima de uma mistura de gases. A AWS (American Welding Society)
define o processo oxicombustível como “grupo de processos onde o
coalescimento é devido ao aquecimento produzido por uma chama, usando
ou não metal de adição, com ou sem aplicação de pressão”.

Arame tubular
O processo de soldagem com Arame Tubular é bastante semelhante
ao processo MIG/MAG, inclusive no que se refere aos equipamentos
utilizados.

Porém, o arame utilizado na soldagem é tubular, sendo o interior


preenchido por um fluxo, o que garante a este processo
características especiais.

O arame é revestido e ocorre a alimentação constante como na


soldagem MIG. Isto acaba por resultar numa solda de alta qualidade,
com arco estável e baixo nível de respingos.

O uso deste tipo de solda tem aumentado significativamente nos


últimos anos. As altas taxas de deposição e o desenvolvimento de
novos consumíveis têm levado as empresas a migrar para este
processo.

É importante ressaltar que independente dos processos de soldadura


adotados, é fundamental que seja realizado por pessoal capacitado.
Isto porque é importante seguir todas as regras de segurança quanto
ao uso de equipamentos de solda.
Arco elétrico
O processo de soldadura por Arco Elétrico necessita de um
eletrodo, material protetor para evitar a oxidação e contaminação
do cordão de solda durante o estado líquido. Também é preciso
uma fonte de tensão e corrente (responsável pelo fornecimento de
energia para fusão e alimentação do circuito).

Os processos de soldagem a arco elétrico mais utilizados são com:


elétrodo revestido, TIG, MIG/MAG e arame tubular.

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