Você está na página 1de 36

• Operativos – Cristianismo Católico

• Especulativos – Anderson -“De Deus


e Da Religião”
• Questão Religiosa no Brasil
• De onde vem a Maçonaria Mística?
• Posição da GLUI
• Conclusão
• Notas Bibliográficas
Corporações
Catedrais – Abadias
Mosteiros – Monumentos
Castelos

Lojas: Casa, Barracão ou


simples cercado

Planejamento da Obra ,Corte das


Pedras, Escultura de Adereços,
Iniciações, alojamento para obreiros
Os Estatutos de Bolonha – 1248
“Em nome do pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
No ano da graça de 1248, indicção sexto.
Estatutos e Regulamentos dos Mestres da Construção e da Carpintaria.
Vocês encontrarão neste documento os estatutos e regulamentos da
companhia dos mestres da Construção e carpintaria redigidos em honra a
Deus, seu filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, à bem-aventurada Virgem Maria
e a todos os Santos, para honra e prosperidade da cidade de Bolonha” (...)

O Manuscrito Cook – 1410


“Demos graças a Deus, Nosso Pai glorioso, Criador do Céu e da Terra e de
Todas as coisas neles existentes.”

Estatutos da Associação dos Trabalhadores


de Pedra de Ratisbonne – 1628
“Em Nome de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo, de Santa Maria, mãe de Deus
e de seus bem-aventurados santos servidores, os Quatro Santos coroados (...)”
Os “Mistérios” cristãos
As corporações tinham também compromisso de encenar peças
teatrais representando episódios bíblicos, chamados Encenação dos
Mistérios. A história de Adão e Eva era encenada pelos armeiros,
construtores de barcos e pescadores representavam a Arca de Noé e o
Dilúvio, etc.
14 de março de 1665:

“Nós, abaixo assinados, Doutores da sagrada


faculdade de Teologia de Paris, achamos:

1o) Que nessas práticas há pecado de


sacrilégio, de impureza e de blasfêmia contra os
mistérios de nossa religião.

2o) Que o juramento que fazem de não revelar essas


práticas, mesmo na confissão, não é justo nem legítimo,
e não os obriga de modo algum; pelo contrário, que eles
são obrigados a acusar a si próprios desses pecados,
e desse juramento na confissão.(...)

Jules Boucher – A Simbólica Maçônica, p. 229


Mutação: Ilhas britânicas
Aberdeen, Escócia - 1648
Doutor em Divindade

Grão Mestre : George Payne


19/09 /1720 – 16 Lojas-Taberna “Armas do Rei”

Três meses depois (27 de dezembro)- mesmo local

Novo Grão Mestre :


Comissão de 14 irmãos
Ano seguinte – 24 lojas
25 de março – Taberna “Fonte da Praia”

24 de junho de 1723 - publicação


Sobre Deus e Religião (James Anderson – 1723)

Um Maçom é obrigado, por dever de ofício, a obedecer


a Lei Moral; e se ele compreende corretamente a Arte,
nunca será um estúpido ateu nem um libertino
irreligioso.
Muito embora em tempos antigos os Maçons fossem
obrigados em cada país a adotar a religião daquele
país ou nação, qualquer que ela fosse, hoje pensa-se
mais acertado somente obrigá-los a adotar aquela
religião com a qual todos os homens concordam,
guardando suas opiniões particulares para si próprio.
Isto é, serem homens bons e leais, ou homens de
honra e honestidade,
qualquer que seja a denominação ou convicção que
os possam distinguir; por isso a Maçonaria se torna
um centro da união e um meio de conciliar uma
verdadeira amizade entre pessoas que de outra forma
permaneceriam em perpétua distância.
1751-“Grand Lodge of Free and Accepted Masons of
England according to the Old Constitutions”
• Mudança nos Processos de Reconhecimento

• Retirada das Orações nos Procedimentos


• Omissão dos Dias Santos
• Descristianização do Ritual
• Deslocamento do altar dos juramentos para o
Centro da Loja
• Corte da leitura dos antigos deveres na iniciação
“Homens de todas as religiões e
seitas, sob a aparência de
honestidade natural por um
pacto estreito e impenetrável
conforme leis e estatutos por eles
criados, obrigando-se por
juramento, pronunciado sobre a
Sagrada Escritura e sob penas
graves a ocultar, por um
silêncio inviolável, tudo o que
praticam na sombra do segredo”.
“Art. 5º A Religião Católica Apostólica Romana
continuará a ser a Religião do Império. Todas as
outras Religiões serão permitidas com seu culto
doméstico, ou particular em casas para isso
destinadas, sem forma alguma exterior de templo.”

• MANUTENÇÃO DO CULTO : TESOURO NACIONAL


• * “PLACET” IMPERIAL
• Contra o “Placet Regium”
• Anti maçom
• Proíbe missas encomendadas
por maçons

25 DE MARÇO DE 1873 –
pastoral sobre a maçonaria

Declara interdição da
Irmandade do Senhor Bom
Jesus dos Passos
• Plena Liberdade de Culto
• Não existência de uma “Igreja Oficial” com
suspensão de privilégios
• Ensino Público separado do Religioso
• Casamento Civil obrigatório
• Registro civil de nascimentos e Óbitos
• Administração dos cemitérios
pela Municipalidade
• Noviço
• Cavaleiro do
Templo
• Mestre
Escocês

• Ordem
Multissecular
 Ligação com
Escolas de
Mistérios
E Cruzados
Martinès de
Pasqually “Ordem dos
(1710 – 1774) Cavaleiros Maçons,
Sacerdotes Eleitos
do Universo".

complementava
os tradicionais
três graus
maçônicos
(Aprendiz,
Companheiro
e Mestre), com
sistema de
Altos Graus
(1743/1795)
1722 - 1776

1754
Charles W. Joseph Paul
Leadbeater Oswald Wirth
(1847— 1934)

1860 - 1943
19 de abril de 1897

“Travesseiro de Penas”
1) Enunciado Fundamental
A maçonaria não é uma religião nem substituto da religião. Ela exige
de seus adeptos a crença em um ser supremo do qual, todavia, não
oferece uma doutrina de fé. A maçonaria é aberta a homens de todas
as fés religiosas. Nos trabalhos de loja é proibido se discutir religião.
2) O Ser Supremo
Os nomes utilizados para indicar o Ser Supremo permitem a homens
de fés diferentes unirem-se em prece a Deus como cada um deles o
concebe, sem que o conteúdo da prece seja causa de discórdia. Não
existe qualquer deus maçônico.
O Deus do maçom é aquele da religião que ele
professa. Os maçons mantém respeito recíproco
pelo Ser Supremo definido como tal em sua
respectiva religião. Não é objetivo da Maçonaria
procurar unificar religiões diversas: não existe
portanto qualquer deus maçônico composto.
3) O Livro da Lei Sagrada
A Bíblia, considerada pelos maçons como o
Livro da Lei Sagrada, é sempre aberta durante
os trabalhos de Loja.
5) Confronto entre maçonaria e religiões
Na maçonaria NÃO EXISTEM os seguintes elementos
constitutivos de uma religião:

a) uma doutrina teológica; vetando-se as discussões


sobre religião, se deseja impedir o surgimento de uma
doutrina teológica maçônica;
b) oferta de sacramentos;
c) A promessa de salvação mediante obras, conhecimento
de segredos ou outros meios; os segredos da maçonaria
referem-se a métodos de reconhecimento e não à
salvação.
.
6) A maçonaria respeita a religião
A maçonaria não é, de modo algum, indiferente à
religião. Sem interferir com a prática religiosa, ela
incentiva seus adeptos a seguirem sua fé particular,
pondo seus deveres em relação a Deus (em todos os
nomes mediante os quais ele seja conhecido) acima de
todos os outros.
Os ensinamentos morais da maçonaria são aceitáveis por
todas as religiões. Desta maneira, a Maçonaria respeita
as religiões.

D. Del Bino, La Massoneria e il G.A.D.U. Un Dio massonico che non esiste. Massoneria Oggi, IV,N
5,1997, pp 20,21.
“A MAÇONARIA Tem por fim a investigação da Verdade,
o culto da Moral e a prática da solidariedade;
 incentivar o progresso intelectual e social da
Humanidade; estender a todos os homens os elos
fraternais que unem os maçons na superfície do Globo,
 lutando, incessantemente, contra todas as
manifestações de ignorância, fanatismo e superstição,
que são os maiores males que afligem a Humanidade”
• Religiões
• Escolas de Mistérios
• Instituições
Filosófico/Religiosas
ANDERSON, James. As Constituições dos Franco Maçons de 1723. São Paulo, A Fraternidade,
1982.
BLAVATSKY, H. P. A Doutrina Secreta, vol.5 - Ciência Religião e Filosofia. São Paulo, Pensamento,
1980.
BOUCHER, Jules. A Simbólica Maçônica. São Paulo, Pensamento, 1984.
COSTA, Frederico G. A Maçonaria Dissecada. Londrina, A Trolha, 1995.
COOPER-OAKLEY, Isabel. Maçonaria e Misticismo Medieval. São Paulo, Pensamento.
FERRÉ, Jean. A História da Franco-Maçonaria (1248-1782). Madras, 2003
GAMA, Rui. A Tecnologia e o Trabalho na História. São Paulo, Nobel/Edusp, 1986.
HOWARD, Michael. A Conspiração Ocultista. Rio de Janeiro, Campus, 1994.
LEADBEATER, C. W. Pequena História da Maçonaria. São Paulo,
Pensamento.
MELLOR, Alec. Os Grandes Problemas da Atual Franco-Maçonaria. São Paulo,
Pensamento, 1982.
OLIVIERI, M. Elementi del Misticismo Medievale. In: Hiram no 9/10. Roma, Grande Oriente
D’Itália, 1991.
PALOU, Jean. A Franco-Maçonaria Simbólica e Iniciática. São Paulo,
Pensamento.
RIFFARD, Pierre A. O Esoterismo. São Paulo, Mandarim, 1996.
WIEBENSON, Dora. Los tratados de Arquitetura— de Alberti a Ledoux. Espanha,
Herman Blume, 1988.

Você também pode gostar