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MANUAL
SALVAMENTO EM ALTURA
2021
COMPÊNDIO REALIZADO E ATUALIZADO POR
1.2 DEFINIÇÕES.................................................................................................... 1
2.12 TALABARTE................................................................................................. 33
3.2.3 Artificiais................................................................................................... 39
4 NÓS E AMARRAÇÕES......................................................................................... 51
6 RAPEL .................................................................................................................. 77
7 ASCENSÃO .......................................................................................................... 86
16 REFERÊNCIAS................................................................................................. 164
1 FUNDAMENTOS BÁSICOS DE SALVAMENTO EM ALTURAS
1.1 INTRODUÇÃO
1.2 DEFINIÇÕES
Acochar: apertar.
Arremate: arranjo feito no final de um cabo para reforçar o nó principal e evitar que
se desfaça aumentando a segurança.
Ascensão: subida.
1
Autoblocante: que bloqueia por si só. Termo usado para nos referirmos aos nós que
se apertam quando submetidos à tração, por exemplo, Prussik, Marchand entre
outros.
Backup: termo inglês que significa voltar atrás, ter uma segunda chance. Na escalada
e em técnicas verticais o termo é usado para designar um segundo sistema de
segurança independente do primeiro.
Cadeirinha: conjunto de fitas costuradas nas pernas e cintura formando uma espécie
de “arreio” o qual é vestido pelo usuário, ajustando-se às pernas e cintura. Existem
modelos diversos de acordo com as várias atividades existentes. Também chamado
de cinto de segurança.
Carga de Ruptura (CR): é a carga máxima “real” que o equipamento pode suportar,
segundo testes de laboratórios. É a carga na qual o equipamento se romperá.
2
Cocas: torções indesejáveis do cabo.
Coçar: atritar o cabo em alguma estrutura ou nele próprio. Mesmo que roçar.
Corda Semi-estática: cabo que está no meio termo entre um cabo estático e um
dinâmico. Estica-se cerca de 1 a 5% do seu comprimento (depende da referência). É
usada em técnicas verticais para içamento de cargas, em sistemas de redução,
tirolesa entre outras.
Cordelete: mesmo material da corda, contudo com diâmetro menor (geralmente entre
4 a 8mm). É usado normalmente com um nó de Pescador Duplo para a confecção de
nós autoblocantes, para tracionamento de cabos ou para autosegurança durante o
rapel. Também conhecido por cordim.
Equalização: arranjo feito com anéis de fitas ou fitas tubulares onde o peso da carga
é dividido igualmente entre as ancoragens.
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Fita Plana: fita que não é tubular, ou seja, não é “oca”. Trata-se de uma fita única
costurada.
Fita Tubular: fita “oca”. Quando apertamos suas bordas ela fica com o formato de um
“tubo”, daí o nome.
Gatilho: parte móvel do mosquetão por onde é clipado o cabo. Também conhecido
como “portal”, “dedo”, “mola”.
Grampo: modelo de proteção fixa feita de aço. Normalmente em forma de “P”. É fixada
perpendicularmente à rocha por pressão e à “marreta” ou ainda encaixe.
Rapel: “termo que vem do francês, é usado mundialmente nos círculos Alpinistas e
significa descer com auxílio de um cabo fixo”.
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Segurança: é aquele que faz a proteção de quem está escalando ou rapelando,
cuidando para que não caia, tensionando o cabo e, consequentemente, travando o
equipamento de frenagem.
UIAA: União Internacional das Associações de Alpinistas. Órgão oficial que realiza
testes em equipamentos de escalada emitindo uma homologação que é mundialmente
conhecida como sinônimo de qualidade, confiança e segurança.
1.3 GENERALIDADES
1.3.1 Salvamento
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1.4 PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA
1.4.8 Simplificar
7
Controle da situação;
Controle dos materiais;
Controle de vítimas;
Executar as atividades com convicção do que está fazendo;
Dispor os materiais em local seguro e de fácil acesso.
Desta maneira, toda operação em ambiente elevado deve ser realizada por um
membro da equipe de salvamento e observada por outro membro que estará
“CONFERINDO” se todos os passos (nós, ancoragens, cadeiras, etc.) foram
metodicamente seguidos, o que possibilitará uma segurança maior da Operação.
Essa prática é conhecida como Regra dos quatro olhos.
O estudo da segurança pode ser divido para ser melhor compreendido. Segue
a divisão utilizada no CBMES.
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A segurança coletiva é determinada a partir da avaliação prévia da situação,
onde serão tomadas as decisões de como assegurar a realização da operação, que
dependem basicamente do número de vítimas envolvidas, condições e características
do local, e proporções do evento.
Os bens deverão ser protegidos desde que sua proteção não coloque em risco
vidas alheias. Para tanto, é importante verificar as condições do local, a existência de
materiais adequados para a proteção, fatores adversos que impossibilitem a proteção
e identificar os principais pontos a serem protegidos.
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1.7 FASES TÁTICAS DE UM SALVAMENTO EM ALTURAS
1.7.1 Preparação
Como tudo isso antecede o chamado, algumas doutrinas não classificam como
uma das fases do salvamento, contudo, devido a sua importância, no CBMES entra
no escopo do salvamento, justamente para ser lembrado e massificado.
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Altura;
Natureza da ocorrência;
Número de vítimas e grau de lesão;
Idade das vítimas;
Hora do acidente;
Lugar exato, ou o mais aproximado possível.
Uma vez no local da ocorrência, devemos lembrar e ser rigorosos nos seguintes
pontos: segurança do local e avalição 360°, prioridade do atendimento médico,
acesso, estabilização e remoção da vítima com segurança.
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1.7.3 Operações de pré-salvamento
Nessa fase ocorre toda a preparação para o resgate e só deve ser iniciada após
a garantia de cena segura. O briefing com a equipe para passar o Plano de Ação é
primordial.
b) O Plano de Ação deve ser bem estruturado, porém deve ser flexível
diante de situações inesperadas que exijam modificações no plano original. Por
exemplo, um edifício colapsado com bombeiros atuando no salvamento, um novo
desabamento pode fazer com que tenhamos que resgatar os resgatadores. É latente
a necessidade de nos anteciparmos a tais situações;
12
1.7.4 Salvamento
e) Uma vez que tenhamos acesso à vítima, devemos avaliar a sua situação
e verificar a necessidade de uma equipe de APH ou se a operação se resume em
retirá-la do local de perigo. Importante ressaltar o apoio psicológico que a vítima
deverá receber por parte da equipe de salvamento durante todo o desenrolar da
ocorrência;
1.7.5 Desmobilização
Término do salvamento.
13
b) Após o recolhimento de todo o material, é feita uma reunião com todos
os bombeiros participantes da ocorrência para que o comandante da operação possa
levantar os acertos e as falhas da atuação de sua equipe. A análise de tais aspectos
é de suma importância para aumentar a segurança, coordenação e eficiência em
ocorrências futuras.
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2 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE SALVAMENTO EM ALTURA
2.1 CORDAS
Fibras naturais: as cordas de fibras naturais não são mais utilizadas para
realização de salvamento em alturas, tendo em vista que se decompõem com mais
facilidade e não suportam muita carga de trabalho.
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Existem, ainda, as cordas fabricadas em ARAMIDA, um novo tipo de fibra
sintética, que pode ser comparada a fibras de aço em razão de sua grande resistência
à ruptura.
As cordas simples são aquelas com diâmetro igual ou superior a 11mm e são
empregadas no serviço de salvamento em alturas.
As cordas de apoio/cordas duplas são aquelas entre 10,5mm a 8mm, que são
utilizadas sempre de maneira permeada ou dobrada para aumentar seu poder de
frenagem. Essas cordas não são muito utilizadas em atividades de bombeiro.
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Atualmente são as mais utilizadas em operações de resgate e algumas literaturas
entendem que a porcentagem da elasticidade um pouco maior ainda será considerada
como semiestática. Reduzem o “efeito ioiô” e permitem a armação de cabos de
sustentação.
As cordas dinâmicas são aquelas com elasticidade superior a 5%. São cabos
que se alongam quando sob tensão, com o objetivo de absorver choque em caso de
quedas, dissipando a tensão por toda corda. Por esse motivo é principalmente usada
para a prática de escalada.
2.1.4 Nomenclatura
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2.2 FITAS
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2.3.1 Malha rápida/ maillon
2.3.2 Mosquetão
Trata-se de um anel com abertura e trava, pelo qual são conectados objetos e
cordas, podendo ter trava de segurança com molas/roscas ou não. É comumente
fabricado em aço ou alumínio e se apresenta em vários formatos, sendo mais comuns
os simétricos (oval), assimétricos (“D”) e HMS.
19
Fonte: salvamentobrasil.com.br
20
Mosquetão de trava automática (trava rápida)
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2.3.2.3 Mosquetão HMS
2.4 DESCENSORES
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encontrados o freio oito de salvamento, freio descensor em barras (tipo rack) e o
descensor autoblocante tipo ID – industrial descender.
O freio rack funciona pelo atrito na corda e possibilita que o operador controle
a quantidade de atrito através da retirada ou colocação das barras móveis. Tem como
benefício o fato de não torcer a corda, de permitir o uso com corda de grandes
diâmetros de ser eficiente no controle de grandes cargas.
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2.4.3 Autoblocante (tipo ID industrial descender)
2.5 ASCENSORES
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2.5.1 Ascensor de punho
2.6 BLOQUEADORES
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2.6.1 Blocante estrutural
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2.7.2 Macas
As macas tipo cesto, também conhecidas como macas rígidas, possuem uma
estrutura metálica fabricada normalmente em aço tubular, que corre por todo seu
perímetro. As partes que envolvem a estrutura metálica normalmente são fabricadas
em PVC, envolvendo a vítima como um cesto. Essas macas podem ser inteiriças ou
desmontáveis em duas partes.
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Classe III – são conhecidas como “cinto de três pontos”, pois se ajustam em
torno da cintura, das coxas e do peito, através de um suspensório. Esse cinto é o mais
utilizado pelo CBMES para a realização de salvamento em alturas.
2.8.2 Capacetes
29
2.8.3 Luvas
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Fonte: adaptado do Manual do CBMGO
31
2.10 POLIAS
2.11 ESTRIBO
32
2.12 TALABARTE
O talabarte tipo Y é formado por uma fita de material sintético e dois ganchos
metálicos nas pontas, ideal para subida em estruturas metálicas.
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também mangueiras de incêndio descartadas, lonas ou algum material similar para
proteção.
Fonte: https://blogdescalada.com
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2.16 ESCADA
Algumas partes básicas da ESCADA: Banzo, degraus, pés, topo, lanço ou parte
prolongável, cabo de extensão, carretilha e clique.
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3 SISTEMAS DE ANCORAGENS DE SEGURANÇA (SAS)
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eficiência na execução de uma manobra pelo profissional, principalmente, no que diz
respeito à segurança.
● Resistência
● Localização
3.2.1 Naturais
São aqueles advindos da própria natureza, podendo ser encontrados tanto no meio
urbano quanto no meio rural. Exemplos de ancoragens desse tipo: árvores, pedras e
raízes, etc.
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3.2.2 Estruturais
3.2.3 Artificiais
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Chapeletas: A chapeleta é uma chapa de aço dobrada, muito parecida com
uma orelha humana, de aproximadamente 10 mm de espessura, geralmente
acompanhada de um parafuso rosca, uma arruela e uma luva de expansão.
Tipos de chapeleta
chapeleta e parabolt
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Ao utilizar um chumbador, esse deverá suportar uma carga ou força de
cisalhamento igual ou superior à resistência do material da chapeleta (22KN), a fim de
garantir as condições mínimas de segurança do sistema de proteção.
Grampo P
São as ancoragens que são fixadas por um dos escaladores e retiradas pelo
outro. A seguir serão apresentados alguns equipamentos utilizados na ancoragem
móvel.
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Nuts/ Nuts entalado na fissura da pedra
Friends
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3.3 CLASSIFICAÇÃO DAS ANCORAGENS
PONTO SECUNDÁRIO: diz respeito a uma segunda segurança, que deve ser
utilizada para um ponto de ancoragem ou um equipamento. Sua função é garantir a
segurança de todo o sistema.
- O ponto secundário de ancoragem não deve receber carga e somente será utilizado
em caso de falência do ponto principal;
- Não deverá haver folga entre os dois pontos de ancoragem, para evitar o aumento
da força de choque em caso de rompimento do ponto principal;
- O ponto secundário sempre deverá ser mais forte e resistente do que o principal.
3.3.1.1 Tradicional
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Ancoragem tradicional em linha
3.3.1.2 Contraposta
Ancoragem contraposta
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Secundário. Nessas ancoragens, normalmente os pontos de fixação estarão dispostos
horizontalmente, facilitando dessa forma a equalização da ancoragem. Essa técnica
consiste em dividir, em partes iguais, a carga sustentada pelo sistema entre os pontos
de ancoragem. As ancoragens distribuídas podem ser de dois tipos: Equalizada e
Equalizável.
3.2.2.1. Equalizada
Ancoragem equalizada
3.2.2.2 Equalizável
Pode-se dizer que é o mais prático tipo de ancoragem existente, pois permite
variar o ponto de descida de acordo com a necessidade da operação. Uma vez que
essas ancoragens são realizadas, normalmente com o emprego de fitas tubulares,
tem-se uma grande mobilidade da ancoragem, sem perder a segurança, bem como
agilidade na sua confecção.
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Ancoragem equalizável em dois e três pontos utilizando fitas
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Esforço na ancoragem de acordo com os ângulos
RECOMENDAÇÕES GERAIS
- Os mosquetões, quando em contato direto com paredes, devem ter sua abertura
(rosca) voltada para o lado oposto à parede;
- É preferencial o uso de fitas tubulares para fazer a união dos mosquetões nos SAS;
- Reforçar a segurança dos SAS, quando for verificado que a integridade estrutural é
duvidosa.
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“Ponto-Bomba”, qualquer reforço, ancoragem de segurança ou back-up da ancoragem
se tornará obsoleto, pois a resistência do ponto de ancoragem é superior à resistência
de qualquer outro componente do sistema de ancoragem e, a seu respeito, não paira
qualquer dúvida sobre sua resistência. Ao encontrarmos um “ponto-bomba”,
partiremos para a confecção de uma ancoragem simples utilizando fitas tubulares,
mosquetão, cordeletes e cordas.
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Montagem Final de Ancoragem Simples
Efetue o segundo prússico Clipe o mosquetão aos cordeletes Mantenha ambos tensionados
Faça um oito duplo com a corda Clipe o mosquetão à corda Trave o mosquetão
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Figura: Passo a passo do plug fusível
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4 NÓS E AMARRAÇÕES
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2- Nós de Emenda: Direito com arremate, Escota Simples com arremate, Escota
Dupla com arremate, Nó de Fita ou Nó D’água, Pescador-Duplo.
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Simples ou Pescador Simples: Nó comumente utilizado para arrematar
outros nós, confeccionado pelo chicote da corda com a finalidade de impedir que o nó
principal se desfaça, pode ainda ser utilizado como base para confeccionar outros
nós, como o Nó-de-Fita, por exemplo. Perda de resistência de aproximadamente 30%.
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Confecção do nó escota simples com arremate
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Nó-de-Fita: Utilizado para emendar fitas, pois é o único em que a estrutura da
fita se encaixa. Pode deslizar quando submetido a cargas cíclicas, perda de
resistência de 36%.
Confecção Nó de Fita
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4.1.3 Nós de fixação
PELO SEIO
PELO CHICOTE
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Confecção do nó Volta do Fiel Pelo Chicote com arremate
ou
Confecção do nó Voltas-sem-Tensão.
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Confecção do nó Aselha Simples
58
Confecção do nó Aselha em oito. (Fonte: CBMGO)
59
ou
Confecção do Nó de Borboleta.
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Balso pelo seio: Nó formador de alça, cuja finalidade específica está no
resgate de vítimas de modo geral. Também empregado no salvamento aquático pelos
socorristas.
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Confecção do nó Marchard com uma alça.
PELO SEIO:
PELO CHICOTE:
Cadeirinha Japonesa: Tem esse nome por ter origem nos corpos de
bombeiros japoneses. Inicia-se a cadeirinha passando a corda pela cintura,
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lembrando-se de partir com ela permeada da lateral esquerda do corpo, em seguida
se faz um nó direito bem no centro da cintura; passe ambos os chicotes por baixo das
pernas realizando um cote na corda que esta envolvendo a cintura, isso na parte das
costas; passe pela frente novamente apenas o chicote que vem da direita, entrando
por dentro do seio formado logo abaixo do nó direito; junte os dois chicotes na lateral
esquerda finalizando com um nó direito e o arremate com dois cotes envolvendo as
duas cordas que estão junto ao corpo do bombeiro.
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lateral esquerda finalizando com um nó direito e o arremate com dois cotes
envolvendo as duas cordas que estão junto ao corpo do bombeiro.
Catau: Nó que serve para encurtar um cabo ou para isolar um puído de uma
corda danificada em caso de necessidade de continuar a operação sem possibilidade
de substituir a corda avariada.
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Confecção do nó Catau
Cote: Nó que é uma variação do nó simples, não sendo seguro por si só,
contudo, é um valioso componente de uma vasta variedade de engates, dobras e nós
úteis e confiáveis.
Confecção Nó cote
66
Confecção Nó Paulista
Confecção do Nó UIAA
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Volta-da-Ribeira: Esse nó é muito utilizado por Corpos de Bombeiros no
serviço de corte de árvore por ser um nó muito útil para se fazer segurança individual,
além de ser rápido e fácil de confeccionar e de desfazer após o uso. É muito utilizado
para prender um chicote a um mastro, árvore ou barra, ficando mais apertado e firme
à medida que sofre tensão por carga. Como é feito por um dos chicotes, não é possível
utilizá-lo como safa-cabo.
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5 CUIDADOS E ACONDICIONAMENTOS DE CORDAS
● Não pisar ou permitir que grandes pesos sejam postos sobre as cordas;
● Evitar que a corda tenha contato prolongado com areia ou terra, uma vez que
os grãos se incrustam entre as fibras da corda e podem causar o cisalhamento
da mesma;
● Não deixar a corda sob o sol por intervalos de tempo prolongados;
● Não permanecer a corda sob tensão desnecessariamente. Após o
encerramento das atividades com as cordas, os sistemas de ancoragens
devem ser desmontados ou afrouxados;
● Não sobrecarregar os nós e as amarrações;
● Não trabalhar, dentro do possível, com as cordas molhadas;
● Evitar o aquecimento da capa da corda, com uma descida rápida de rapel, por
exemplo, pois tal aquecimento pode cristalizar as fibras da capa e diminuir sua
resistência (lembrar que 15 a 20% da resistência de uma corda se concentra
em sua capa);
● Não permitir que as cordas entrem em contato com produtos químicos,
incluindo os derivados de petróleo, como querosene, gasolina ou diesel;
● Se as cordas estiverem sujas, lavá-las com detergente neutro, e secá-las
estendidas sob a sombra, sem tensão;
● E, principalmente, evitar a abrasão das cordas com arestas vivas, o que pode
causar inesperadamente a sua ruptura. As cordas são mais vulneráveis ao
corte sob tensão do que as fitas.
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5.1.1 Que antecedem seu uso
70
● Evitar o armazenamento com cocas;
● Acondicionar em locais com sombra, secos e ventilados (a temperatura de uso
e de armazenagem jamais poderá ultrapassar a 80ºC);
● Secar sempre à sombra e sem tração;
● Cortar a corda na altura de uma avaria e remarcar o seu comprimento;
● Lavar a corda em água fresca e limpa e, se necessário, adicionar sabão neutro
e usar escova de fibras sintéticas (lavador de cordas).
A vida útil de uma corda não pode ser definida pelo tempo de uso. Ela depende
de vários fatores como o grau de cuidado e manutenção, frequência de uso, tipo de
equipamentos com que foi empregada, velocidade de descida, tipo e intensidade da
carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios ultravioletas, entre
outros.
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Fonte: Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros-CBPMSP
● Tenham sido utilizadas para fins para os quais não tenham sido destinadas
(salvamento de vidas humanas) como rebocar veículos, movimentação de
cargas, progressão em ambientes confinados, etc.
● Tenham sido submetidas a grandes forças de choque, como em balancinhos
de cortes de árvores.
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Anote todos os usos, lavagens, cortes, abrasões, etc., pelos quais a corda
tenha passado. A identificação de cada corda é primordial.
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5.4 MÉTODOS DE ACONDICIONAMENTO
5.4.1 Oito
Acondicionamento em oito
74
5.4.3 Andina ou Charuto
5.4.4 Corrente
Acondicionamento em corrente
75
5.4.5 Sacola
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6 RAPEL
O rapel consiste em uma descida controlada por uma corda. É utilizado o atrito
da corda com o corpo ou aparelho de frenagem.
6.1.1 Equipagem
Com o freio oito clipado ao mosquetão pelo olhal maior, faça uma alça na corda,
deixando o chicote da corda para a direita (socorrista destro) ou com o chicote para a
esquerda (socorrista canhoto). Passe a alça, de cima para baixo, pelo olhal maior e
envolva o olhal menor com alça formada. Retire o oito do mosquetão e clipe o olhal
menor ao mosquetão para então travá-lo.
Equipagem do oito
6.1.2 Blocagem
Trava do oito
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Eleve a mão de comando, mantendo a corda tesada, fazendo uma trajetória
circular imaginária. Segure então a corda com a mão de apoio para completar a
trajetória, posicionando o chicote entre a corda tesada e a peça oito, puxando-o para
baixo com as duas mãos, para realizar a primeira trava. Em seguida, faça uma alça
passando-a por dentro do mosquetão, repetindo a sequência anterior, a fim de realizar
uma segunda trava, finalizando o procedimento. Para desfazer a trava, repita as ações
em ordem contrária, prestando especial atenção no momento de desfazer a última
trava com segurança.
Sequência de blocagem
6.1.3 Segurança
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Nesse tipo de segurança deve haver comunicação entre o socorrista e o
segurança antes da descida. Os comandos de “atenção segurança” e a resposta
“segurança pronta” devem ser claros.
6.1.3.2 Autosseguro
O nó blocante abaixo do descensor é mais cômodo, pois deixa a mão fraca livre
para realizar outros procedimentos (proteger a vítima, por exemplo) e ao ser acionado
é de fácil soltura. Contudo, vale ressaltar que a utilização do nó abaixo do descensor
não necessariamente precisa ser montado na perna. Conhecer os pontos estruturais
do cinto de segurança e saber os limites de ruptura é importante para escolher em
quais pontos podemos montar o autosseguro.
80
6.2 RAPEL COM ID: EQUIPAGEM E POSICIONAMENTO DE DESCIDA
Posições da alavanca:
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A (store): Transporte ou armazenamento: nessa posição a alavanca ficará
totalmente fechada, para transportar ou armazenar o I’D. Jamais deixe assim com
corda instalada, pois forçará o mecanismo da came e poderá danificar a corda;
Trabalhador com as mãos livre. Posição de block correta. Posicionamento errado (A) para block
82
Posicionamento de descida
83
posicionamento de belay
Equipagem do ID na corda
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Posição de descida ou também denominada posição de trabalho
85
7 ASCENSÃO
Montagem do sistema
Execução
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Ascensão utilizando cordeletes (detalhe do longe no estribo)
São dispositivos que, quando engatados em uma corda, permitem que ela
deslize livremente através deles apenas em uma direção, podendo também deslizar
no sentido oposto, quando o equipamento for liberado manualmente. Servem para o
deslocamento vertical em corda fixa e para autossegurança. Os ascensores são
destinados ao uso para chegar até a vítima quando não há outro acesso fácil.
● Ascensor Ventral
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O ascensor ventral é fixado com o mesmo mosquetão que une a parte inferior
e superior do cinto tipo paraquedista; no olhal superior do blocante ventral iremos usar
uma fita ou corda bem fina (pode ser utilizado também um mosquetão) para prender
no ponto de ancoragem do cinto localizado na altura do tórax para não atrapalhar no
decorrer do trabalho/atividade, melhorando o desempenho na ascensão.
89
7.2.2 Montagem do sistema para operação
Figura
90
7.2.3 Técnica de subida
91
8 MUDANÇA NO SENTIDO DE DESLOCAMENTO E TRANSPOSIÇÃO DE NÓS
Este é o último subitem do capítulo que trata da ascensão, até agora você
aprendeu a subir por um cabo utilizando cordeletes e equipamentos blocantes. Mas,
como mudar o sentido de deslocamento, uma vez que você chegou à altura desejada
e realizou seu trabalho ou salvamento?
Sequência procedimental:
Você está fazendo a ascensão em cabo e chegou à altura desejada. Você está
ancorado à corda pelos nós inferior (com uma alça para estribo e apoio dos pés) e
outro superior (preso à sua cadeirinha, com espaço para correr para cima e para
baixo). A partir daí, para iniciar sua descida, faça:
1. Com o peso no prusik inferior (estribo), fique com o corpo na posição ereta,
esticando as pernas para alcançar o prusik superior (cadeirinha);
2. Enquanto uma mão segura no cabo logo acima do nó (superior), com o objetivo
de se equilibrar, a outra afrouxa o nó prusik superior (cadeirinha), para que esse
possa correr livremente para baixo;
6. Deslocar o peso para o prusik inferior novamente, para que possa repetir os
passos anteriores.
Caso queira mudar para subida basta seguir os procedimentos inversos, conforme
já visto no item ascensão com cordeletes.
Sequência procedimental:
93
- Mudança de descida para subida
Sequência procedimental:
2. Colocar o blocante de punho com o estribo a dois palmos acima da peça oito;
3. Apoiar-se no estribo e colocar o blocante ventral, que deverá estar aberto, entre
a peça oito e o blocante de punho;
É importante frisar que quando o socorrista tem por objetivo realizar uma
emenda de cabos a fim de executar a técnica de transposição de nó, seja na
ascensão ou na descensão, ele já pode aproveitar e confeccionar essa emenda a
partir de um nó de alça na extremidade de um dos cabos a ser emendado - (sugestão
do nó aselha em oito) e com o segundo cabo realizar a costura desse nó e assim
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concluir a emenda. Criando uma alça de segurança na construção do nó de emenda
de cabos, de forma que durante a transposição o resgatista possa clipar seu longe.
Entretanto, vale ressaltar que há outras formas de realizar a segurança quando estiver
a realizar a transposição de nó, vale destacar aqui a passagem do longe acima do nó
de emenda, de forma a fazer o entalamento da própria segurança ao nó de emenda,
por exemplo.
Sequência procedimental:
95
3. Passe o punho para cima do nó. Suba mais um pouco até que o blocante
ventral fique bem próximo do nó, com distância suficiente para conseguir tirar
o peso e abrir o blocante (entre 5 e 10 cm, por exemplo). Nesse momento, caso
tenha um mosquetão de sustentação do blocante ventral, abra o mosquetão
superior e já deixe pronto para abrir o blocante ventral ao tirar o peso;
4. Depois pise no estribo, abra o blocante ventral e equipe acima do nó;
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8.2.2 Transpondo o nó na descensão
Sequência procedimental:
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2. Quando a mão tocar o nó descer com cuidado até o ascensor ficar
aproximadamente a um palmo (10cm aproximadamente) do descensor;
3. Fechar a trava do punho e fazer com que o peso caia no blocante de punho;
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segurança alternativa por meio do cordelete "safa-onça" fazendo um prússico
acima do nó.
Observação:
Dependendo do FREIO que se utiliza, a saber: Oito, Rack, ID, vale considerar que a
manobra de blocar e desblocar deverá ser por mecanismos diferentes.
99
100
9 VANTAGEM MECÂNICA
101
Vm < 1: temos uma desvantagem mecânica. Nesse caso não haverá interesse em se
utilizar ou empregar o sistema.
102
Outro fator importante a ser observado na confecção do sistema de
Multiplicação de força é o ângulo formado entre as cordas. Quanto mais se retirar a
corda do contato com a polia, aumentando o ângulo que se forma entre a posição
original da corda e a posição que o operador do sistema está utilizando a mesma,
maior será a força necessária para movimentar a carga. Quanto menor o ângulo, maior
será o ganho do operador no momento de tracionar a carga. O ÂNGULO IDEAL É 0º.
Sistema 1:1
103
9.1.2 Sistemas Pares
104
9.3 SISTEMA DE CAPTURA DE PROGRESSO (AUTO BLOCANTE)
105
Para se chegar ao quociente da vantagem mecânica atingida, basta somar o
número de ramais de corda que saem da carga ou do bloqueador.
Neste sistema a corda percorre todo o espaço entre o ponto fixo e o ponto
móvel (carga);
106
Sistemas 3:1 (sem desvio) e 3:1 (com desvio)
Observação: Os dois sistemas possuem captura de progresso
107
9.4.2 Sistema simples reduzido
108
Sistema 3:1 Simples Reduzido Vertical. Nó Prússico como bloqueador
estrutural (vermelho) e captura de progresso (verde)
Neste caso se tem dois ou mais sistemas que trabalham juntos de forma
independente.
109
Sistema Simples Independente 5:1, Vertical com captura de progresso na
corda principal
110
9.5 SISTEMA INTEGRADO DESCIDA/SUBIDA – ID
111
112
10 MONTAGEM DE TIROLESA (HORIZONTAL E INCLINADA)
A tirolesa pode ser empregada para o resgate em diversos locais, tais como:
prédios, pontes, vales, cachoeiras, rios, ribanceiras, pedreiras, dentre outros.
Verifique o grau de inclinação (deve variar entre 25º a 30º), o qual também
poderá atingir uma inclinação bem maior, às vezes, atingindo 45º, porém, o cuidado
deverá ser extremo, pois vários são os fatores que influenciarão no sistema: distância,
altura entre um ponto e outro, preparação dos materiais e dos pontos de fixação e as
técnicas que serão empregadas.
É importante saber identificar, por meio de uma inspeção prévia, que a distância
a ser percorrida em um sistema no plano inclinado não poderá ser superior a 70
(setenta) metros para uma altura média de 30 (trinta) metros, razão pela qual teremos
que observar: velocidade, atrito e desgaste do material empregado e sistema de freio
ineficiente em função do ângulo de visão.
113
Todo sistema inclinado deverá ter um sistema de segurança partindo sempre
do ponto superior, para impedir a velocidade excessiva, pois se deve manter sempre
uma velocidade lenta e constante e, principalmente, isenta de trancos durante todo o
percurso.
Esteja sempre atento aos mosquetões para que não permaneçam destravados
durante a operação, pois, em decorrência do atrito deles com o cabo de sustentação,
podem destravar por si só. Observar também a saída das vítimas, para que não ralem
em cantos ou quinas vivas e venham a sofrer escoriações.
Vantagens
Possibilitar o transporte de vítimas por trechos não percorríveis por via terrestre.
Maior eficiência e velocidade no transporte de vítimas de um ponto a outro se
comparadas com o transporte terrestre. Ex. evacuação de vitimas em prédios.
Desvantagens
MONTAGEM DA TIROLESA
114
Ponto de ancoragem
115
Militar utilizando a tirolesa para o resgate de uma vítima na maca rígida
116
paralelos. Passar o cabo duplo por dentro do mosquetão no freio oito, prendendo-o
no mosquetão do ponto fixo, a fim de evitar o retorno do cabo que será tracionado.
Obtém-se um sistema de vantagem mecânica de 3:1.
Ressaltamos que, em serviços de salvamento, recomenda-se tão somente
sistemas de vantagem mecânica movidos por força humana, jamais utilize aparatos
mecânicos como viaturas, talhas ou tifor para tensionar o cabo e utilize no máximo a
força de quatro homens.
Feito o tracionamento do cabo, deve ser realizado o arremate com o cabo
sobressalente, através da confecção de dois cotes e um pescador simples.
As imagens a seguir mostram, de maneira elucidativa, a montagem da tirolesa
com o oito blocado, essa técnica é comumente utilizada pela equipe de salvamento
em altura durante a montagem da tirolesa horizontal. Vale ressaltar que para o
tracionamento dos cabos é necessária uma quantidade maior de militares, haja vista
que o atrito nas peças metálicas é maior do que o atrito quando utilizamos o sistema
independente.
117
equipamentos mecânicos, logo, deve-se utilizar, observando a regra dos 12, quatro
militares, a fim de que a tensão dos cabos seja ideal para se realizar o resgate.
Nas imagens a seguir, optamos por fazer a tração dos cabos utilizando o
sistema 3:1 independente, mas pode-se utilizar outros sistemas independentes, tais
como: 4:1, 5:1, 6:1, porém, deve-se lembrar que quanto mais aumentamos a
passagem da corda pelas roldanas, aumentamos também o atrito e,
consequentemente, temos mais dificuldade em tracionar os cabos.
118
11 PADRÃO DE TRABALHO POR CORDAS NO CBMES – RESGATE EM
INCLINAÇÃO
119
Esquema do uso de cordas no CBMES de acordo com a inclinação e tipo de terreno
EXCEÇÕES:
Para que um resgate por cordas em terreno de ângulo alto entre na exceção
do Regate Técnico Individualizado, algumas perguntas devem ser respondidas.
120
Se a resposta for sim para todas as perguntas: Está
autorizado o uso de 01 Corda!
121
lembrar que isso é a exceção da exceção. Uma boa organização do cenário e um bom
plano de ação, na grande maioria das vezes, são fundamentais para que possamos
utilizar todos os equipamentos e técnicas com a maior segurança.
122
O trabalho com duas cordas tensionados também já é bastante utilizado em
regate e está previsto em normas e manuais, seguindo certos tipos de regras, contudo
não será objeto de exposição nesse material didático.
123
12 DESCENSOR FIXO
Vale ressaltar que o padrão utilizado pelo CBMES para salvamento em alturas
envolve uma operação com duas cordas (principal e backup). As exceções são
trabalhadas em outro capítulo.
124
b) Um cabo backup - (secundário) - cabo de salvamento que garante a segurança
do sistema em uma eventual falha.
Vale destacar que a técnica do oito fixo pode ser utilizada usando outros
descensores como o rack ou mesmo o ID na corda primária.
126
O equipamento ID deverá ser fixado em um ponto que ofereça condições
suficientes de segurança.
Para descer cargas de até 150-200 kg, basta utilizar o mosquetão auxiliar. Para
cargas maiores deverá ser realizado um nó dinâmico (ou Nó UIAA) no mosquetão
auxiliar e o I’D deverá ser operado por duas pessoas, sendo que uma controlará a
liberação da alavanca e a outra controlará o atrito com o nó, conforme figura a seguir:
127
Progressão em torres com I’D
128
13 SALVAMENTO COM MACAS
129
ID: é mais versátil na mudança do sentido de deslocamento, mas deve ser
verificado a carga aplicada no sistema e o diâmetro da corda;
Freio oito: é o menos indicado nas operações com macas, devido ao atrito com
a corda, formando cocas, mas em uma emergência pode ser utilizado.
130
Obs: Em ambos os procedimentos deve-se realizar a recuperação do sistema de
backup para manter a segurança da operação.
3° passo: com o SLC pronto, arrematar com a corda que sai do sistema com um nó
de mula.
131
4° passo: se finaliza o SLC com um pescador e o restante da corda acondicionar em
forma de corrente. No final da corrente devemos ter uma aselha em oito, conforme
dito no 1° passo.
132
13.3.4 Possibilidade de deixar o SLC pronto da VTR
13.3.5 Cuidados
3º passo: Desblocar o descensor, descer a carga até que fique no SLC e desequipar
o descensor;
3º passo: Clipar uma roldana no blocante passando o cabo principal por ela voltando
em uma outra roldana clipada na placa onde está o ID, se necessário;
Obs: Nesse caso o próprio ID faz a função de uma roldana e captura de progresso;
134
Obs: A diferença entre o reduzido para o estendido, e que não se faz necessário o
uso do blocante, pois o cabo principal é clipado diretamente na carga. Porém a
quantidade de corda deve ser multiplicada pelo sistema de redução de força escolhido
(exemplo: 3x1 deve se ter três vezes o tamanho da corda).
135
2º passo: Inserir o sistema de redução de força, clipando-o na placa, e o blocante no
cabo tensionado;
4º passo: Retirar o descensor e colocar uma roldana com um blocante para a captura
de progresso;
2º passo: Deixar o cabo principal cair no SLC (puxar o sistema de redução de força
e liberar o blocante);
136
3º passo: Retirar o sistema de redução de força e montar o descensor, fazendo a
blocagem do mesmo;
4º passo: Liberar o SLC para fazer com que o cabo principal caia no descensor
blocado ;
Obs: No caso do sistema estendido basta equipar a corda principal que está sendo
puxada em um descensor devidamente blocado e clipado na placa de ancoragem,
realizar uma puxada a frente do descensor para liberar o blocante do sistema de
redução de força. Liberado e retirado o blocante, desbloca o descensor e realiza a
descida. (lembrando da necessidade da quantidade de corda suficiente para a
chegada ao ponto almejado).
137
5º passo: Desblocar o descensor e realizar a descida da carga.
Obs: Lembrar de ir liberando o backup para não travar. Vale lembrar que existem
outras maneiras de transferir essa carga para transpor o nó. O SLC pode ser
138
substituído por um descensor blocado num cabo de no mínimo 10 metros, por
exemplo.
2º passo: Passar o blocante para frente do nó, continuar a subida até o nó chegar
próximo a roldana da placa de ancoragem;
3º passo: Inserir uma roldana na corda tensionada após o nó, com um blocante para
a captura de progresso usando um alongador até a placa de ancoragem, através de
uma fita tubular ou SLC (ou sem esse alongador, mas devendo puxar o sistema de
vantagem até a cordar afrouxar e a nova roldana conseguir clipar na placa);
4º passo: Puxar o máximo até que o sistema fique no blocante da roldana após o nó;
1º passo: Passar o blocante para frente do nó, continuar a subida até o nó chegar
próximo a roldana ou ID clipado na placa de ancoragem;
2º passo: Puxar o sistema independente com captura própria, até a corda principal
formar um volume que seja suficiente para transpor a roldana ou ID;
139
14 SALVAMENTO COM ESCADAS E TRIPÉ
14.1 ESCADAS
Componentes da escada
140
14.1.1 Técnica da escada rebatida (dobradiça)
Demonstração didática da Técnica da Escada Rebatida com variações (Fonte: figura 1.7, MTB 26 –
PMESP).
141
Montar sistema de ancoragem seguro utilizando o descensor - ID, freio oito ou
rack em barras – (Figuras A e B ). Não havendo um local confiável, a fixação
pode ser feita utilizado os socorristas como ponto de fixação (Figura C);
Obs.: O cabo de descida deve ser ancorado na parte INFERIOR da maca (região dos
pés), de forma a equalizá-la para que não haja movimentação lateral, o que pode ser
feito com um nó lais de guia ou um fiel em cada lado do equipamento (Figura D);
Figuras A e B
Figuras C e D
Figuras E e F
143
Dois socorristas se posicionam na parte inferior da escada, para controlar a
direção do rebatimento da maca, e outro socorrista (Chefe de guarnição) fica
responsável pela visualização/ comunicação entre os socorristas debaixo e o
socorrista que está com o freio;
Assim que todo o sistema estiver pronto e seguro o chefe autoriza a liberação
do freio e orienta o socorrista sobre o controle da velocidade da descida.
A descida é feita de modo que a vítima esteja sempre paralela ao solo ou com
a cabeça ligeiramente mais alta em relação ao corpo, até que a escada esteja
completamente apoiada no solo. Os socorristas “caminham” segurando a
escada em direção à cabeça da vítima ou utilizam cabos de estaiamento para
direcionar a descida do sistema.
144
2. Nunca confeccionar a ancoragem, da maca ou da escada, através do último
banzo superior da escada, visto que é o elemento mais frágil do
equipamento;
3. É muito importante que haja espaço para o total tombamento ou içamento
da escada, estando o local livre de obstáculos (fios, veículos etc.).
4. Utilizar cabo de backup, assim como o controle de quinas;
145
utilizado os socorristas como ponto de fixação (mesmas figuras da técnica da
escada rebatida;
Obs.: O cabo de descida deve ser ancorado na parte SUPERIOR da maca (região da
cabeça), de forma a equalizá-la para que não haja movimentação lateral, o que pode
ser feito com um nó lais de guia para envolver toda a parte superior;
146
Dois socorristas se posicionam na parte inferior da escada e recebem os cabos
de estaiamento para controlar a direção da maca e um socorrista (Chefe de
guarnição) fica responsável pela visualização/ comunicação entre os
socorristas debaixo e o socorrista que está com o freio;
Assim que todo o sistema estiver pronto e seguro, inclusive a ancoragem da
escada, muito importante nessa técnica de salvamento, o sistema é
tensionado, os socorristas levantam a maca para que ela ultrapasse a altura da
escada;
O chefe autoriza a liberação do freio e orienta o socorrista sobre o controle da
velocidade de descida;
A maca transpõe a escada e é posicionada, ficando as duas no mesmo plano;
A descida é feita de modo que a vítima esteja sempre com a cabeça mais alta
em relação ao corpo, deslizando sobre os “trilhos” (banzos), até que a maca
chegue ao solo sob os cuidados dos socorristas;
147
Liberar a maca da escada.
Demonstração da Técnica Escada Mão Francesa com croque (Fonte: figura 1.4, MTB 26 – PMESP).
148
Essa técnica consiste em utilizar a escada como ponto de ancoragem e
proporcionar um vão para realizar uma descida segura, seja para salvamento com
maca ou utilizando o triângulo de salvamento.
149
14.2 TRIPÉ
Ele é constituído por três pernas tubulares feitas de liga de alumínio aeronáutico
que estão unidas por um cabeçote de aço. Este cabeçote apresenta olhais para a
montagem do sistema de ancoragem de segurança. As pernas do tripé possuem
pontos de regulagem que permitem alterar o tamanho conforme a necessidade da
missão, variando de 1,8 m até 3,1m (dependendo da marca, pode ser uma amplitude
maior ou menor). Ao final de cada perna há patas de articulação feitas de aço que
permitem a acomodação em terrenos planos e irregulares, além de possuir orifícios
que permitem a sua fixação no chão, bem como a passagem de uma fita para impedir
sua abertura de forma indesejada. Existem tripés de vários tamanhos e pesos, o que
o CBMES possui atualmente, todo o conjunto pesa cerca de 32 kg (TASK).
150
Este recurso segue especificações nacionais e internacionais que lhe garante
os requisitos mínimos de segurança e empregabilidade nas atividades de salvamento
em altura. Como, por exemplo, o fator de multiplicação de 15 x 270 kg para
equipamentos de uso coletivo (CBMSC, 2017). Ou seja, um equipamento de uso geral
deve ser capaz de suportar uma massa de 4050 kg (15 x 270 kg = 4050 kg) em
operações de salvamento em altura. Esta é a grande diferença do tripé de salvamento
para o aparelho de poço utilizado usualmente nas viaturas do CBMES. Uma vez que
o aparelho de poço não possui as especificações citadas acima, o seu uso fica vedado
à atividade de salvamento em altura, sendo empregado em outras situações
corriqueiras como resgate de animal e afins.
151
15 APLICAÇÕES
152
Sequência procedimental:
1- No patamar superior, executar o rapel com a mão “fraca”, garantindo sua
segurança por terceiros (solicitando “Atenção Segurança”) ou autossegurado;
2- Ao acessar o patamar da vítima, deixe o freio oito meio blocado (ajudará a não
se atrapalhar na saída com a vítima);
153
9- Realize o rapel com o freio oito meio blocado, controlando a frenagem com a
mão “forte”;
Sequência procedimental:
1. Montar o aparelho ID na corda e acessar a vítima no patamar;
154
Rapel com vítima utilizando o ID
155
Rapel com vítima utilizando o mosquetão de reenvio após o ID
156
15.2 RESGATE DE VÍTIMA PRESA EM RAPEL
Sequência procedimental:
157
Observação:
Ao cortar o cabo da vítima, posicione a lâmina (fio) do canivete/faca fora da direção
da vítima
Sequência procedimental:
Observações:
1. Pode-se utilizar um sistema de vantagem mecânica independente;
2. Com o sistema de vantagem mecânica, elevar o cabo da vítima até que haja
espaço para a confecção de um aselha em oito neste cabo;
3. Com um mosquetão, unir o aselha em oito do cabo da vítima com o aselha do
cabo de resgate (emenda) equipado no ID fixo;
4. Cortar o cabo da vítima na altura da ancoragem (acima do aselha em oito
confeccionado pela equipe de salvamento);
159
15.2.2 Preservando o cabo da vítima
Existem várias técnicas e montagens para realizar este tipo de resgate. Iremos
apresentar a sequência da técnica conhecida como pêndulo e a técnica utilizando um
sistema de vantagem independente, preservando o cabo da vítima e terminando o
salvamento através de um rapel com vítima na técnica japonesa.
15.2.2.1 Pêndulo
Sequência procedimental:
160
14. Equipar o longe maior na cadeira da vítima;
161
19. Neste momento o peso da vítima pode ser liberado do estribo sendo transferido
para o ID (descensor);
20. Recuperar e retirar o ascensor de punho;
21. Retirar o descensor da vítima;
22. Deverá ser feito um desvio (reenvio) com um mosquetão clipado à alça lateral
de sustentação do cinto do socorrista, visando reduzir a carga no ID e aumentar
o controle da descida;
23. Retornar a alavanca para a posição “descent” e realizar uma descida
controlada, protegendo a vítima de possíveis obstáculos ao longo do percurso.
Sequência procedimental:
162
Socorrista usando um 3:1. Sistemas com VM maior, como um 4:1, por exemplo, ajuda no içamento.
163
16 REFERÊNCIAS
164
Santa Catarina, Corpo de Bombeiros Militar do (CBMSC)., Curso De Capacitação
Em Salvamento Em Altura, 1ª ed., Florianópolis – SC, 2017.
165
ANEXO: ANÁLISE DE RESISTÊNCIA DE NÓS
PERDA DE
CLASSIFICAÇÃO NOME E FIGURA DO NÓ REFERÊNCIAS
CARGA
Pescador simples
- Resgate Vertical
21% - CBMSC
- CBMSP
- Apostila BPC – CBMES
NÓ DE EMENDA OU DE
UNIÃO
25% - Resgate Urbano 3ª edição
- Resgate NFPA 1006- Apresentação
- Health and Safety Executive: Industrial Rope Access -
Pescador Duplo 30 a 35% Investigation into items of personal protective
equipment (IRATA)
1
15% - CBMSC
- Resgate Vertical
- Apostila BPC - CBMES
NÓ DE EMENDA OU DE
UNIÃO
36% - Resgate Urbano 3ª edição
Nó de Fita - Coletânea de Manuais 26 - CBMSP
- CBMSC
35% - CBMSC
Escota Dupla
36% - Resgate NFPA 1006- Apresentação
2
- Health and Safety Executive: Industrial Rope Access -
NÓ FORMADOR DE ALÇA
E FIXAÇÃO 32 a 42% Investigation into items of personal protective
equipment (IRATA)
Aselha Simples
Aselha em Sete
- Resgate Vertical
20% - CBMSC
3
NÓ FORMADOR DE ALÇA 10% - Resgate Vertical
E FIXAÇÃO
- Resgate Vertical
- Apostila BPC – CBMES
- Resgate Urbano 3ª edição
18% - Resgate NFPA 1006- Apresentação
- Coletânea de Manuais 26 - CBMSP
4
25% - Resgate Vertical
- Resgate Vertical
55% - Resgate Urbano 3ª edição
- CBMSC
- Resgate Vertical
45% - CBMSC
Volta do Fiel
- Resgate Vertical
NÓ DE FIXAÇÃO 1% - CBMSC
5
0% - Coletânea de Manuais 26 - CBMSP
Prússico
NÓ BLOCANTE
Machard
6
Health and Safety
Executive:
Resgate Apostila Resgate Manula Resgate NFPA Coletânea de
Industrial Rope
Resumo Vertical BPC - Urbano 3ª Resgate 1006-
Access -
CBMSC Manuais 26 -
2ª edição CBMES edição Vertical 8 Apresentação CBMSP
Investigation into
items of personal
EMENDA
PESCADOR SIMPLES 36% não consta não consta não consta não consta 35 a 40% não consta não consta
PESCADOR DUPLO 21% 25% 25% 44% 25% 30 a 35% 21% 21%
DIREITO COM ARREMATE não consta não consta não consta não consta 19% 15 a 20% 15% não consta
NÓ DE FITA 36% 36% 36% não consta não consta 35 a 45% 36% 36%
ESCOTA DUPLA 21% não consta não consta não consta 36% não consta 35% não consta
FORMADOR DE ALÇA
ASELHA SIMPLES 36% 41% 41% não consta não consta 32 a 42% não consta não consta
ASELHA EM SETE 27% não consta não consta não consta não consta não consta não consta não consta
ASELHA EM OITO 20% 20 a 30% 20 a 30% 30% 20 a 30% 20 a 25% 20% não consta
ASELHA EM NOVE 10% não consta 30% não consta não consta 16 a 32% não consta 30%
ASELHA OITO DUPLO
ALÇADO 18% 18% 18% não consta 18% 23 a 39% não consta 18%
LAIS DE GUIA 33% não consta não consta 48% não consta 26 a 45% não consta não consta
BORBOLETA 25% não consta 31% não consta 31% 28 a 39% não consta não consta
FIXAÇÃO
BOCA DE LOBO 55% não consta 55% não consta não consta não consta 55% não consta
VOLTA DO FIEL 45% não consta não consta não consta 40% 35 a 40% 45% não consta
TRAPA OU VOLTA SEM
TENSÃO 1% não consta não consta não consta não consta não consta 1% 0%
7
BLOCANTE
PRÚSSICO não consta não consta não consta não consta 25% não consta não consta não consta
MACHARD não consta 50% 50% não consta não consta não consta não consta não consta