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OUT 2001 NBR 11370


Equipamento de proteção individual -
Cinturão e talabarte de segurança -
ABNT – Associação Especificação e métodos de ensaio
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
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www.abnt.org.br CE-32:004.03 - Comissão de Estudo de Cinturão de Segurança
NBR 11370 - Personal protective equipment - Safety belt and lanyard -
Specification and test methods
Descriptors: EPI. Safety belt. Lanyard
Esta Norma cancela e substitui a NBR 11371:1990
Esta Norma substitui a NBR 11370:1990
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ABNT–Associação Brasileira
Válida a partir de 30.11.2001
de Normas Técnicas
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Impresso no Brasil
Palavras-chave: EPI. Cinturão de segurança. Talabarte 12 páginas
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Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos
5 Métodos de ensaio
6 Aceitação e rejeição
7 Marcação e rotulagem
ANEXOS
A Tabela
B Defeitos críticos

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma contém o anexo A, de caráter normativo, e o anexo B, de caráter informativo.

1 Objetivo

Esta Norma especifica os requisitos e os ensaios dos cinturões e talabartes de segurança.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão, re-
comenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e procedimento na inspeção por atributos - Procedimento

NBR 14629:2000 - Equipamento de proteção individual - Absorvedor de energia - Especificação e métodos de ensaio
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2 NBR 11370:2001

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 cinturão de segurança tipo abdominal: Equipamento com uma ou mais argolas, ajustáveis por meio de fivela, usado
somente para limitação de distância.

3.2 cinturão de segurança tipo pára-quedista: Equipamento aju stável, fixado ao corpo do trabalhador de forma a distri-
buir as forças de sustentação e de parada sobre as coxas, cintura, peito e ombros, e que permite a fixação do talabarte à
argola das costas, do peito, ombros ou cintura, utilizado para trabalhos em atividades com mais de 2,00 m de altura, onde
haja risco de queda.

3.3 cinto: Parte ajustável do cinturão de segurança que envolve o corpo do trabalhador.

3.4 sobrecinto: Parte do cinturão de segurança que possui argola s metálicas presas nas extremidades destinadas à fixa-
ção de talabartes.

3.5 suspensório e porta-coxas: Partes reguláveis do cinturão de segurança, que envolvem o tórax e coxas do trabalha-
dor.

3.6 almofadas: Parte mais larga do cinturão de segurança, que c ontorna a região lombar até a frente dos ápices do ilíaco.

3.7 porta-ferramentas: Acessório preso ao cinto, para colocação de ferramentas.

3.8 talabarte: Equipamento componente de conexão de um sistem a de segurança, regulável ou não, para sustentar, posi-
cionar e limitar a movimentação do trabalhador.

3.9 cabos de segurança: Elementos ou componentes de conexã o de um sistema de segurança contra quedas, para reter
ou limitar a queda.

3.10 absorvedor de energia de queda: Dispositivo utilizado em co njunto com sistema de segurança contra quedas, desti-
nado a limitar o valor da força de frenagem, no caso de uma queda, e que obedece às especificações constantes na
NBR 14629.

3.11 argola: Peça metálica fixada ao cinturão de segurança para o engate de dispositivos de retenção ou limitação de que-
das.

NOTA - As argolas colocadas na linha da cintura no cinturão de segurança devem ter o seu uso restrito ao posicionamento de trabalho e
para limitação de distância.

3.12 mosquetão: Elemento conector, metálico, com trava de segu rança simples ou dupla, para engate do cinturão de se-
gurança a um dispositivo de posicionamento, retenção ou limitação de queda.

3.13 trava de segurança simples: Dispositivo do mosquetão, des tinado a impedir sua abertura do ponto de fixação.

3.14 trava de segurança dupla: Dispositivo do mosquetão, destin ado a impedir a abertura acidental do ponto de fixação.

3.15 fivela: Peça metálica, para ajustar o cinturão de segurança ao corpo do trabalhador.

3.16 suporte da bolsa para luvas: Argola metálica, opcional, pres a ao cinturão de segurança, que não faz parte do siste-
ma de segurança.

3.17 passador: Peça integrante do cinturão de segurança, localiza da após a fivela, destinada à passagem da ponta do cin-
to.

3.18 cinto auxiliar: Parte acessória, para suporte do cinturão de segurança, que não faz parte do sistema de segurança.

3.19 argola para suporte do cinto auxiliar: Peça metálica, fixada ao cinturão de segurança e em número de quatro, que
não faz parte do sistema de segurança.

4 Requisitos

4.1 Partes de couro

As partes de couro que são aplicadas na fabricação dos cinturões e talabartes de segurança, devem ser isentas de cortes,
furos ou defeitos de qualquer natureza, curtidas ao cromo ou tanino, retiradas da parte do grupão, e devem suportar os en-
saios descritos em 5.3, 5.4 e 5.5.

4.2 Partes metálicas

Qualquer componente metálico (tais como: argolas, mosquetões, fivelas, rebites, arruelas, ilhoses, correntes e cabos de
aço) deve suportar os ensaios prescritos em 5.5.3 e, quando em material ferroso, deve ser revestido com zinco com espes-
sura mínima de 25 µm.

4.3 Materiais sintéticos

Os materiais sintéticos são semelhantes às fibras de poliamida e poliéster e devem suportar os ensaios prescritos em 5.3,
5.4 e 5.5.
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4.4 Cinturão de segurança em couro

O cinturão de segurança em couro deve ser fabricado com espessura mínima de (4,5 ± 0,5) mm e largura de (50 ± 5) mm
em toda a sua extensão e atender ao especificado em 4.1.

4.4.1 Fivela para cinturão de segurança em couro

A fivela para cinturão deve ser fixada na extremidade esquerda do cinto e juntamente com um passador de couro de 3 mm
a 4 mm de espessura por 20 mm de largura e em uma dobra de no mínimo 110 mm, costurada em ambos os lados, ficando
afastada no mínimo de 5 mm das bordas e, para efeito de arremate, ultrapassar 20 mm da dobra, presa por um rebite de
cobre de 4 mm e arruela de latão.

4.4.2 Furação

A furação deve começar distanciada no mínimo de 100 mm da extremidade direita do cinto e ter nove furos, de 5 mm a
7 mm de diâmetro, com um espaçamento de 25 mm entre centros, de modo que os orifícios de ajuste sejam de tamanhos
que evitem separação acidental do pino da fivela.

4.4.3 Argolas e fixação à almofada

As argolas e a sua fixação à almofada devem obedecer os requisitos de 4.2 e 4.6 bem como aos ensaios prescritos nesta
Norma.

4.4.4 Cinto auxiliar, fivela e furação

O cinto auxiliar deve ser fabricado conforme 4.1. Quando houver fivela e furação estas devem obedecer ao prescrito em 4.2
e 4.3.

4.4.4.1 Mosquetão do cinto auxiliar

O mosquetão do cinto auxiliar deve ser de liga metálica, com acabamento niquelado ou oxidado.

4.4.5 Correia reguladora do cinto auxiliar

A correia reguladora do cinto auxiliar deve ser fabricada de acordo com o prescrito em 4.1, com 400 mm de comprimento,
medidos da borda inferior do cinto auxiliar até a extremidade da correia reguladora e possuir espessura mínima de
(4,5 ± 0,5) mm e largura de (24 ± 1) mm.

4.4.6 Passador

O passador deve constituir-se de uma passagem ou abertura que permita a livre movimentação do cinto auxiliar.

4.5 Cinto de segurança de material sintético

O cinto de segurança de material sintético deve ser fabricado com no mínimo 40 mm de largura.

4.5.1 Fivelas para o cinturão de segurança de material sintético

As fivelas para o cinturão devem ser constituídas de tal forma que não permitam a abertura ou o deslizamento das tiras do
cinto, permitindo ajuste fácil ao vestir e constante durante seu uso.

4.6 Linhas para costura

As linhas para costura devem ser de material sintético com características semelhantes às fibras de poliamida ou poliéster,
em cores contrastantes ao material básico utilizado, para facilitar a inspeção visual.

4.7 Suspensórios e porta-coxa

Os suspensórios e porta-coxa devem ser fabricados em materiais semelhantes às características do poliéster e poliamida.
As tiras que envolvem o tórax e a pelve do usuário devem ser providas de um sistema de regulagem que permita um ajuste
perfeito ao corpo do usuário, não permitindo folgas durante o uso ou sobras, devendo atender ao prescrito em 4.3. As tiras
que suportam impacto em caso de queda devem ter no mínimo 40 mm de largura e devem resistir aos ensaios prescritos
nesta Norma.

4.8 Almofada

A almofada, quando fabricada em couro, de acordo com o prescrito em 4.1, deve ter espessura de (3,5 ± 0,5 mm) e, quan-
do em material sintético, deve ser conforme prescrito em 4.3.

4.8.1 Dimensões

As almofadas devem ter largura entre 70 mm e 120 mm e comprimento que se prolongue até 10 mm além das argolas,
atendendo ao prescrito na tabela A.1 do anexo A.

4.8.2 Forro

O forro deve ser em espuma sintética ou em material equivalente e recoberta ou não com raspa curtida ao tanino ou ao cro-
mo em material sintético, ambos colocados e costurados à almofada com afastamento mínimo de 10 mm da borda.
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4.9 Dimensões e numeração dos cinturões de segurança

As dimensões prescritas em 4.4 e 5.5 e numeração do cinturão de segurança devem atender aos limites indicados na tabe-
la A.1 do anexo A, devendo permitir ajuste total ao corpo do usuário, criando condições de conforto e diminuindo agravos
decorrentes de queda.

4.10 Talabarte e cabos de segurança

Dispositivos em comprimento regulável ou não, usados em conjunto com o cinturão de segurança, com ou sem absorvedor
de energia de queda acoplado, podendo ser de couro, material sintético, corrente ou cabo de aço, devem resistir aos en-
saios prescritos nesta Norma.
O talabarte de couro deve ser fabricado em couro duplo de acordo com o prescrito em 4.1. Quando fabricado em tecido sin-
tético vulcanizado, deve ter ao longo de toda sua largura e no meio das camadas constituintes da correia, uma outra cama-
da, em tecido ou borracha vermelha viva, que indique o limite de sua vida útil.

Quando fabricado em fibras sintéticas, cabo de aço ou corrente (zincado ou inoxidável), deve possuir terminais adequados,
podendo ser um conector ou um olhal trançado ou costurado de tal forma fixado ou arrematado que não permita a saída
acidental do equipamento regulador de comprimento e suporte os ensaios previstos nesta Norma.
4.10.1 Dimensões

O comprimento dos talabartes e cabos de ancoragem, utilizados como componentes dos cinturões de segurança, que não
possuem dispositivos de regulagem de distância, devem ser limitados a 2 000 mm e ter dimensões que atendam aos en-
saios prescritos nesta Norma.

Os talabartes em couro ou tecido vulcanizado devem ter o comprimento útil de 1 800 mm, largura mínima de 45 mm e es-
pessura mínima de 6 mm. Os talabartes de corrente devem ter elos com dimensões de no mínimo 6 mm.

4.10.2 Fivela

A fivela deve ser fixada em uma extremidade do talabarte de couro ou tecido vulcanizado, por meio de chapa de aço nº 20,
zincada, com espessura mínima da camada de 25 µm, com quatro rebites e arruelas de material não-ferroso, que permita a
regulagem para a posição de trabalho.

Outras fivelas devem ser constituídas de tal maneira que não permitam a abertura involuntária e devem obedecer às espe-
cificações prescritas em 4.5.1 e resistir aos ensaios desta Norma.
4.10.3 Furos para regulagem

A quantidade de furos para regulagem dos talabartes de couro ou tecido vulcanizado deve ser de no mínimo 11 furos com
diâmetro de (6 ± 1) mm e espaçamento médio de 100 mm, estando o primeiro furo a (400 ± 20) mm do eixo do mosquetão
fixo.

4.10.4 Mosquetões ou conectores para talabartes e cabos de ancoragem de couro

Os mosquetões ou conectores para talabartes e cabos de ancoragem de couro devem ser em número de dois, sendo um fi-
xado em uma das extremidades por meio de chapa de aço nº 20, zincada, com espessura mínima da camada de 25 µm,
através de quatro rebites e arruelas de material não-ferroso ou costurado e o outro mosquetão deve ter posição variável de
acordo com o comprimento desejado; este caso é aplicável para talabartes de couro, tecido sintético e tecido sintético vul-
canizado.

A fixação de mosquetões ou conectores para outros tipos de talabartes deve ser de tal modo a atender aos requisitos pres-
critos em 4.10.

4.10.5 Montagem dos talabartes

Para a montagem dos talabartes em couro ou tecido vulcanizado, estes devem ter uma dobra de 90 mm para fixação de
uma fivela e do mosquetão. Na montagem dos talabartes deve ser observado que o pino da fivela e a abertura do gancho
dos mosquetões estejam no mesmo sentido.

Para os talabartes ou cabos de ancoragem de outros materiais, os requisitos devem ser os prescritos em 4.2 e 4.10 e resis-
tir aos ensaios desta Norma.

4.10.6 Costuras

Nos talabartes confeccionados em couro, as costuras do lado interno, que ficam em contato com o poste, devem ser embu-
tidas em sulcos e variar de 15 a 20 pontos a cada 100 mm.

Para talabartes ou cabos de ancoragem de outros materiais, os requisitos devem ser os prescritos em 4.6 e 4.10 e resistir
aos ensaios desta Norma.

4.10.7 Argolas
As argolas devem obedecer ao prescrito em 4.2.

4.10.8 Mosquetões para talabartes de couro


Os mosquetões para talabartes de couro devem obedecer ao prescrito em 4.2.
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4.10.8.1 Roletes

Os roletes devem ser de chapa de aço nº 20, zincado, com espessura mínima da camada de 25 µm.
4.10.8.2 Trava de segurança

A trava de segurança deve ser de chapa de aço nº 16, zincada, com espessura mínima da camada de 25 µm.
4.10.8.3 Dupla trava

A dupla trava deve ser de chapa de aço nº 16, zincada, com espessura mínima da camada de 25 µm.

4.10.8.4 Rebite da trava dupla trava

O rebite da trava dupla trava deve ser de aço, zincado, com espessura mínima da camada de 25 µm, e ser fixado ao mos-
quetão com diâmetro de 3 mm.

4.10.8.5 Mola

A mola deve ser do tipo helicoidal, de arame de aço nº 1, tipo corda de piano, com diâmetro de 1,2 mm.

4.10.9 Mosquetões para talabartes diversos, tecidos sintéticos, cabos e correntes

Os mosquetões para talabartes diversos, tecidos sintéticos, cabos e correntes devem obedecer ao prescrito em 4.2.

4.10.10 Fivelas

As fivelas devem obedecer ao prescrito em 4.2.

4.10.11 Suporte da bolsa para luvas

O suporte da bolsa para luvas em couro deve ser de liga metálica zincada, niquelada ou oxidada, com espessura mínima da
camada de 25 µm e com diâmetro de (4 ± 1) mm.

O suporte da bolsa para luva em materiais sintéticos deve obedecer às especificações do prescrito em 4.5.

4.10.11.1 Forma e fixação

Quando em couro, este deve ter forma em D, com 25 mm em sua base, fixado na dobra de uma chapa de aço de nº 20, ni-
quelada ou oxidada, com espessura mínima da camada de 25 µm, com 60 mm de comprimento, dobrada ao meio e fixada à
almofada.

4.11 Material acabado

O material acabado dos cinturões de segurança, talabarte e cabos de segurança, deve suportar, sem apresentar deforma-
ções estruturais, os ensaios prescritos em 5.

5 Métodos de ensaio

5.1 Plano de amostragem

Para o plano de amostragem para os ensaios de inspeção dimensional, resistência estática, resistência dinâmica e verifica-
ção da camada de zincagem, são adotados o nível especial de inspeção S1 e NQA de 0,65%, conforme a NBR 5426.

5.2 Defeitos críticos

Os equipamentos constantes nesta Norma devem ser examinados quanto à existência de defeitos e imperfeições, confor-
me anexo B.

5.3 Execução dos ensaios

5.3.1 Inspeção visual e dimensional

Na inspeção visual deve ser observada a ocorrência de defeitos críticos conforme anexo B. Na inspeção dimensional de-
vem ser utilizados fita métrica e paquímetro para verificação das dimensões.

5.3.2 Ensaio de resistência estática no cinturão abdominal e/ou talabarte de segurança

Para a execução dos ensaios de resistência estática do cinturão e/ou talabarte de segurança, as seguintes orientações de-
vem ser seguidas:

a) a velocidade de elevação da carga a ser aplicada deve ser de 100 mm/min, aproximadamente;

b) a carga deve ser aplicada progressivamente nos equipamentos e o máximo esforço deve ser obtido em 2 min. A car-
ga deve ser então retirada e os equipamentos devem ser examinados quanto à ocorrência de fissuras ou ruptura de
qualquer parte de seus componentes ou deformação estrutural;

c) o equipamento a ser submetido à tração deve estar de acordo com o esquema da figura 1;
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d) aos equipamentos a serem submetidos a ensaios de tipo deve ser aplicada uma carga de 7 kN;

e) os equipamentos submetidos aos ensaios de tipo descritos na alínea d) devem ser destruídos após as realizações
destes ensaios.

Figura 1 - Esquema para ensaio de resistência estática

5.4 Ensaio de ruptura

Para a execução deste ensaio, as seguintes orientações devem ser seguidas:

a) aplicar carga crescente entre as argolas ou mosquetões. O valor mínimo da carga de ruptura do cinturão de segu-
rança ou travessão deve ser de 3,5 kN. Para este valor, as argolas e os mosquetões não podem apresentar nenhuma
deformação;

b) aplicar carga crescente somente nas argolas e mosquetões. O valor mínimo da carga de ruptura deve ser de 20 kN.
O ensaio de ruptura deve ser de recebimento e efetuado em amostra igual a 1% do lote.

5.5 Ensaio de resistência dinâmica

5.5.1 Ensaio de resistência dinâmica no cinturão tipo abdominal e talabarte

Deve ser feito utilizando-se um dispositivo para içamento e queda livre de um boneco, de uma altura de 600 mm, de acordo
com o esquema da figura 2, observando-se as seguintes orientações:

a) o boneco simulado deve ter uma massa de 100 kg e suas dimensões de acordo com a figura 3;

b) o cinturão de segurança deve ser afivelado ao redor do boneco e o talabarte deve ser passado sobre uma barra com
diâmetro de 50 mm, firmemente apoiado e preso por meio de mosquetões às argolas do cinturão de segurança;

c) o boneco deve ser erguido e deixado cair livremente de uma altura de 600 mm, até ser retido pelo cinturão e talabar-
te de segurança;

d) o ensaio deve ser repetido em três quedas sucessivas. Após a terceira queda, as partes do cinturão e talabarte de
segurança devem ser examinadas minuciosamente, não devendo apresentar qualquer deformação estrutural;

e) os equipamentos submetidos aos ensaios descritos nesta seção devem ser destruídos após a realização dos en-
saios.
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Figura 2 - Montagem para o ensaio de resistência dinâmica do cinturão tipo abdominal e talabarte
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Figura 3 - Dimensões do boneco para o ensaio de resistência dinâmica dos cinturões tipo pára-quedista e talabarte

5.5.2 Ensaio de resistência dinâmica nos cinturões tipo pára-quedista e talabarte

5.5.2.1 O ensaio deve ser feito utilizando-se um dispositivo para içam ento e queda livre de um boneco da uma altura de
4 000 mm, de acordo com o esquema da figura 4 e observando-se as seguintes orientações:

a) o boneco simulado deve ter massa de 100 kg, olhais para a sustentação superior e inferior e dimensões de acordo
com a figura 3;

b) o cinturão de segurança deve ser ajustado e devidamente afivelado ao boneco. Seu talabarte em uma das extremi-
dades deve ser conectado a um dos elementos de fixação do cinturão de segurança e a outra extremidade, por meio do
mosquetão, ao dispositivo de ensaio;

c) o boneco deve ser erguido pelo seu olhal superior a 2 000 mm do seu ponto de fixação e máximo de 300 mm de
afastamento horizontal da linha central;

d) soltar o boneco, deixando-o cair livremente por 4 000 mm e, após estabilizar os movimentos, sem interferência, me-
dir o ângulo entre o eixo longitudinal do plano dorsal do boneco e o eixo vertical, que não deverá ser superior a 50°, sem
soltar o boneco;
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e) após 15 min, repetir o procedimento erguendo o boneco pelo olhal de fixação inferior;

f) após a segunda queda as partes do cinturão devem ser examinadas minuciosamente, não devendo apresentar qual-
quer deformação estrutural; os equipamentos submetidos aos ensaios descritos nesta seção devem ser destruídos após
a realização destes ensaios.

Figura 4 - Montagem para o ensaio de resistência dinâmica dos cinturões tipo pára-quedista e talabarte

5.5.2.2 Os ensaios de resistência estática e dinâmica não devem ser aplicados em uma mesma amostra.

5.5.3 Ensaios de resistência estática para argolas e mosquetões

5.5.3.1 A máquina a ser usada no ensaio de resistência estática deve ter a velocidade de elevação da carga aplicada de
100 mm/min.

5.5.3.2 As argolas e os mosquetões devem ser submetidos a uma tração aplicada progressivamente e o máximo esforço
deve ser obtido em 2 min e mantido neste valor durante 3 min. A carga de 20 kN é retirada e as argolas são examinadas
quanto à ocorrência de trincas, fissuras, rupturas ou ainda, deformação estrutural. Para as fivelas a carga deve ser de
18 kN.
NOTA - As ferragens a serem submetidas ao ensaio de tração estática devem ser retiradas de maneira aleatória de cinturões, talabartes e
cordas de segurança que sofreram tração dinâmica ou estática.

5.6 Ensaio de verificação da espessura do revestimento de zi nco, por método não-destrutivo, no caso de materiais
ferrosos

O método para verificação da espessura do revestimento deve ser por meio magnético, medido em micrômetros.
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5.7 Resultados

Os resultados dos ensaios devem satisfazer os requisitos constantes nesta Norma.

6 Aceitação e rejeição
6.1 Condições de aceitação

6.1.1 Aceita-se o lote se a amostra retirada deste satisfizer os requisitos desta Norma.

6.1.2 Devem ser rejeitados individualmente os cinturões, talabartes ou cordas de segurança que não satisfizerem os en-
saios prescritos nesta Norma.

7 Marcação e rotulagem

Cada cinturão de segurança e talabarte devem ser indentificados na sua parte externa com uma gravação visível e inde-
lével, contendo o seguinte:

a) número do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho (CA);

b) código e tamanho do cinturão de segurança;

c) data de fabricação e lote;

d) logotipo e/ou nome do fabricante, nacional ou importado.

7.1 Manual de recomendações e utilização

O manual de recomendações e utilização deve sempre acompanhar cada produto comercializado e deve estar acompanha-
do de instrução de uso, em português, contendo todas as informações necessárias para pessoas treinadas e qualificadas
sobre:

a) aplicações e limitações de uso;

b) inspeção prévia;

c) modo de colocação e ajuste;

d) advertência sobre risco no uso incorreto;

e) manutenção;

f) armazenagem e guarda;

g) outras informações que o fabricante julgar convenientes.

_______________

/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Tabela

Tabela A.1 - Dimensões e numerações dos cinturões de segurança


Dimensões em centímetros
Tipo Numeração Cintura Perna
Abdominal 1 De 70 a 100 De 50 a 65
Abdominal 2 De 80 a 140 De 50 a 75
Pára-quedista 1 ≤ 100 De 50 a 65
Pára-quedista 2 De 95 a 1200 De 60 a 75

_________________

/ANEXO B
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Anexo B (informativo)
Defeitos críticos

Os equipamentos constantes nesta Norma devem ser examinados quanto à existência de defeitos e imperfeições

Relação de defeitos críticos

1 Costura aberta ou incorreta

2 Ausência de partes componentes

3 Partes deformadas, partidas, fendidas ou frouxas

4 Arrebitamento malfeito ou inadequado

5 Dimensões dos cinturões, talabartes e cordas de segurança em desacordo com o especificado

6 Qualquer componente fabricado em desacordo com o material especificado

7 Montagem incorreta

8 Defeito ou enfraquecimento da mola dos mosquetões

9 Falta de identificação conforme prescrito na seção 7 desta Norma

10 Confrontação do cinturão, talabarte ou corda de segurança com descrição apresentada para ensaio na obtenção do
Certificado de Aprovação pelo Ministério do Trabalho e Emprego

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