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OUT 2001 NBR 14751


Equipamento de proteção individual -
Cadeira suspensa - Especificação e
ABNT – Associação métodos de ensaio
Brasileira de
Normas Técnicas

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Rio de Janeiro
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www.abnt.org.br ABNT/CB-32 - Comitê Brasileiro de Equipamentos de Proteção Individual
CE-32:004.02 - Comissão de Estudo de Cadeira Suspensa
NBR 14751- Personal protective equipment - Suspended chairs - Specification
and test methods
Descriptors: EPI. Suspended chairs
Esta Norma foi baseada na BS 2830:1994
Copyright © 2001,
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 30.11.2001
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: EPI. Cadeira suspensa 5 páginas
Todos os direitos reservados

Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos
5 Métodos de ensaio
6 Marcação
7 Instrução de uso

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

1 Objetivo

Esta Norma especifica os requisitos e os ensaios, das cadeiras suspensas.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. A edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita a revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

NBR 5410:1997 - Instalações elétricas de baixa tensão

NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - Procedimento

NBR 6146:1980 - Invólucros de equipamentos elétricos - Proteção - Especificação


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2 NBR 14751:2001

NBR 8149:1983 - Máquina girante de tração elétrica - Especificação

NBR 11370:2001 - Equipamento de proteção individual - Cinturão e talabarte de segurança - Especificação e métodos
de ensaio

NBR 14626:2000 - Equipamento de proteção individual - Trava-queda guiado em linha flexível - Especificação e mé-
todos de ensaio

NBR 14628:2000 - Equipamento de proteção individual - Trava-queda retrátil - Especificação e método de ensaio

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 cadeira suspensa: Equipamento de movimentação vertical com ou sem acionamento, manual ou motorizado, cuja
estrutura e dimensões permitem a utilização por apenas uma pessoa e o material necessário para realizar o serviço.

3.2 trava-queda guiado em linha flexível: Equipamento automá tico de travamento que se desloca numa linha de anco-
ragem flexível, destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança quando ocorrer uma queda.

3.3 linha de ancoragem flexível: Cabo de aço ou corda de poliam ida, poliéster ou material equivalente, preso num ponto
de ancoragem superior. Destina-se a servir para movimentação dos trava-quedas em linha flexível.

3.4 trava-queda retrátil: Equipamento automático de travamento que permite movimentação retrátil de um cabo ou fita,
destinado a travar a movimentação do cinturão de segurança quando ocorrer uma queda.

3.5 cabo retrátil: Elemento retrátil do trava-queda que se liga ao cinturão de segurança. Pode ser de cabo ou fita de ma-
terial sintético ou aço galvanizado.

3.6 ponto de ancoragem: Ponto com resistência mecânica super ior a 15 kN, destinado a fixar cabo de sustentação da
cadeira suspensa, linha de ancoragem flexível ou trava-queda retrátil.

3.7 deslocamento vertical: Distância vertical percorrida pela cad eira suspensa, com aplicação da massa de ensaio, até a
sua imobilidade.

3.8 cinturão de segurança: Dispositivo posicionado, por meio de fivela, ao corpo do trabalhador, usado para sustentá-lo
ou evitar sua queda, através de cordas ou talabartes presos com mosquetões às argolas a ele fixadas (NBR 11370).

3.9 talabarte ou corda: Dispositivo, regulável ou não, para susten tar o trabalhador e limitar a sua queda (NBR 11370).

3.10 massa de ensaio: Cilindro metálico com massa de (100 ± 1) kg e olhal central, conforme figura 1.

Dimensões em milímetros

Figura 1 - Massa de ensaio

4 Requisitos

4.1 Projeto e ergonomia

A cadeira suspensa deve oferecer proteção adequada, a fim de impedir riscos e transtornos nas condições de uso.
Ela deve oferecer facilidade de posicionamento e ser tão leve quanto possível, sem prejudicar a resistência e a eficiência do
equipamento.

4.2 Materiais e construção

4.2.1 O dispositivo de movimentação vertical, manual ou motorizado deve possuir no mínimo duas travas de segurança.

4.2.2 O assento deve ter no mínimo 500 mm de comprimento e 250 mm de largura, e possuir os requisitos mínimos de
conforto.

4.2.3 A conexão da cadeira suspensa com o cabo deve estar no mínimo 500 mm acima do plano do assento.
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4.2.4 A cadeira suspensa deve resistir a uma força de 7 kN, aplicada entre sua conexão com o cabo e o centro do plano
do assento, sem deformar ou romper soldas.

4.2.5 Todos os componentes da cadeira suspensa devem ser isentos de rebarbas ou quinas vivas.
4.2.6 O cabo de sustentação da cadeira suspensa deve ter carga de ruptura de no mínimo 15 kN para aço e 20 kN para
fibra sintética e, no caso de cadeira motorizada, deve ser de aço com diâmetro de no mínimo 8 mm.

4.2.7 O dispositivo de movimentação vertical pode ser instalado junto ou distante do assento e, sendo motorizado, deve
obedecer às NBR 5410, NBR 6146 e NBR 8149.

4.2.8 Deve-se utilizar cinturão de segurança e trava-queda ligados em cabo independente do cabo de sustentação da
cadeira suspensa.

4.2.9 O sistema de fixação do cinturão de segurança à cadeira susp ensa deve estar a no mínimo 300 mm acima do plano
do assento.

4.2.10 A conexão do cabo da cadeira suspensa ao ponto de ancorag em deve ser feita com o uso de cabo independente,
corrente, mosquetão ou manilha, isto é, não se deve usar o próprio cabo da cadeira para amarração.

4.2.11 O cabo de sustentação da cadeira suspensa deve ser protegido das quinas vivas e saliências.

4.3 Carga de ruptura do cabo de sustentação da cadeira suspensa

No ensaio descrito em 5.2, a máxima força aplicada no cabo de sustentação da cadeira suspensa deve ser de 15 kN para
cabo de aço e 20 kN para cabo de fibra sintética.

4.4 Estrutura da cadeira suspensa

No ensaio descrito em 5.3, a máxima força aplicada na estrutura da cadeira suspensa deve ser de 7 kN.

4.5 Resistência à corrosão

As partes metálicas sujeitas à corrosão devem ser zincadas, com espessura mínima de 25 µm ou pintadas com fundo anti-
ferruginoso.

5 Métodos de ensaio

5.1 Amostragem
Nos ensaios de resistência estática e desempenho dinâmico são adotados o nível especial de inspeção S1 e NQA de
0,65%, conforme a NBR 5426.

5.2 Carga de ruptura do cabo de sustentação da cadeira suspensa


Para a execucão deste ensaio, deve-se proceder da maneira descrita a seguir:

5.2.1 Instalar a amostra do cabo a ser submetido ao ensaio, de acordo com o esquema da figura 2.

1. ponto de ancoragem
2. instrumento de medição de força (dinamômetro)
3. conexão entre o dinamômetro e a linha de ancoragem flexível
4. linha de ancoragem flexível
5. força aplicada (P)

Figura 2 - Esquema para o ensaio de ruptura do cabo de sustentação


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4 NBR 14751:2001

5.2.2 Aplicar a força P progressivamente, de forma que o valor máximo seja obtido em 2 min e mantido neste valor
durante 3 min.

5.2.3 A máxima força aplicada deve ser de 15 kN para cabo de aço e 20 kN para cabo de fibra sintética.

5.2.4 Rejeitar o lote se a amostra retirada deste lote não satisfizer os requisitos deste ensaio.

5.3 Resistência estática da estrutura da cadeira suspensa

Para a execução deste ensaio, deve-se proceder da maneira descrita em 5.3.1 a 5.3.5.

5.3.1 Retirar o cabo de sustentação da cadeira suspensa.

5.3.2 Instalar o equipamento a ser submetido ao ensaio, de acordo com o esquema da figura 3.

1. ponto de ancoragem
2. instrumento de medição de força (dinamômetro)
3. conexão entre o dinamômetro e a cadeira suspensa
4. cadeira suspensa
5. conexão entre a cadeira suspensa e a máquina de tração
6. força aplicada (P)

Figura 3 - Esquema para o ensaio de resistência estática da estrutura da cadeira suspensa

5.3.3 Aplicar a força P progressivamente, de forma que o valor máximo seja obtido em 2 min e mantido neste valor durante
3 min.

5.3.4 A máxima força aplicada deve ser de 7 kN.

5.3.5 Rejeitar o lote se a amostra retirada deste lote não satisfizer os requisitos descritos em 4.2.4.

5.4 Desempenho dinâmico das travas de segurança

Cada uma das travas de segurança deve ser ensaiada isoladamente, isto é, desativando-se as outras travas ou dispositivos
que impeçam seu bom funcionamento.

Para execução deste ensaio, deve-se proceder da maneira descrita a seguir.

5.4.1 Instalar a cadeira suspensa com seu cabo de sustentação de acordo com o esquema da figura 4.
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1. ponto de ancoragem
2. cabo de sustentação da cadeira suspensa
3. grampo
4. cadeira suspensa
5. conexão entre o centro do plano do assento a massa de ensaio
6. massa de ensaio de 100 kg
7. deslocamento vertical (H)
Figura 4 - Esquema para o ensaio de desempenho dinâmico das travas de segurança

5.4.2 Ativar a trava de segurança, quando seu funcionamento for manual.


5.4.3 Fixar no cabo de sustentação, junto à conexão com a cadeira suspensa, um grampo para referência de medição do
deslocamento vertical H.

5.4.4 Aplicar, por meio de um dispositivo de soltura rápida, uma massa de ensaio de 100 kg no centro do plano do assento
da cadeira suspensa.

5.4.5 Constatar e medir o deslocamento vertical H.

5.4.6 O deslocamento vertical (H) não deve exceder 1,0 m.

5.4.7 Rejeitar o lote se a amostra retirada deste lote não satisfizer os requisitos deste ensaio.

5.4.8 Após a realização dos ensaios (estático e dinâmico), os equipamentos devem ser revisados.

6 Marcação

A cadeira suspensa por cabo deve ser marcada de forma indelével com:

a) o nome do fabricante nacional ou importador;

b) o número do Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e Emprego;

c) o número de fabricação/série.

7 Instrução de uso

A instrução de uso da cadeira suspensa por cabo deve conter:

a) nome do fabricante nacional ou importador e número do Certificado de Aprovação (CA) do Ministério do Trabalho e
Emprego;

b) indicação da limitação de carga da cadeira suspensa: máxima de 100 kg (pessoa mais material de trabalho);

c) advertência de que a cadeira suspensa deve ser usada em conjunto com um trava-queda;

d) advertência sobre a necessidade de revisão anual pelo fabricante ou representante credenciado;

e) orientação sobre inspeção antes do uso, manutenção, limpeza e armazenagem;

f) advertência sobre os produtos químicos que possam danificar o equipamento e cabos.

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