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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFBV WYDEN

RESUMO DO CAPÍTULO 18 (TEMPERATURA) DO LIVRO:


FUNDAMENTOS DE FÍSICA Volume dois: Gravitação, Ondas e Termodinâmica
Halliday e Resnick

ALUNOS: Alex Bernardino de Oliveira (202212047141)

Felipe Diniz dos Santos (202202639991)

RECIFE,
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 2

CAPÍTULO 18 TEMPERATURA, CALOR E A PRIMEIRA LEI DA


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TERMODINÂMICA

18.1 - TEMPERATURA 3

18.2 - AS ESCALAS CELSIUS E FAHRENHEIT 6

18.3 - DILATAÇÃO TÉMICA 6

18.4 - ABSORÇÃO DE CALOR 7

18.5 - A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA 7

18.6 - MECANISMO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR 10

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INTRODUÇÃO:

O presente resumo foi elaborado pelos alunos Alex Bernardino de Oliveira


graduando do curso de Engenharia de Controle e Automação e Felipe Diniz dos
Santos, graduando do curso de Engenharia Elétrica, tem como finalidade explanar os
principais pontos e tópicos do capítulo 18 do livro Fundamentos de Física, volume dois
e foi solicitado pelo professor Ives Ribeiro, da disciplina Física Teórica e Experimental
– Fluidos, Calor e Oscilações como parte de fixação de conteúdo e estudo da
disciplina.

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CAPÍTULO 18 - TEMPERATURA, CALOR E A PRIMEIRA LEI DA
TERMODINÂMICA

18.1 – TEMPERATURA

A temperatura é uma das sete grandezas fundamentais do SI. Os físicos


medem a temperatura na escala Kelvin, cuja unidade é o kelvin (K). Embora não exista
um limite superior para a temperatura de um corpo, existe um limite inferior; essa
temperatura limite é tomada como o zero da escala Kelvin de temperatura. A
temperatura ambiente está em torno de 290 kelvins (290 K).

A Lei Zero da Termodinâmica

As propriedades de muitos objetos mudam consideravelmente quando são


submetidos a uma variação de temperatura. Eis alguns exemplos: quando a
temperatura aumenta, o volume de um líquido aumenta; uma barra de metal fica um
pouco mais comprida; a resistência elétrica de um fio aumenta e o mesmo acontece
com a pressão de um gás confinado. Quaisquer dessas mudanças podem ser usadas
como base de um instrumento que nos ajude a compreender o conceito de
temperatura.

Em uma linguagem menos formal, o que a lei zero nos diz é o seguinte: “Todo
corpo possui uma propriedade chamada temperatura. Quando dois corpos estão em
equilíbrio térmico, suas temperaturas são iguais, e vice-versa.” .

Usamos a lei zero constantemente no laboratório. Quando desejamos saber se


os líquidos em dois recipientes estão à mesma temperatura, medimos a temperatura
de cada um com um termômetro; não precisamos colocar os dois líquidos em contato
e observar se estão ou não em equilíbrio térmico. A lei zero, considerada uma
descoberta tardia, foi formulada apenas na década de 1930, muito depois de a
primeira e a segunda leis da termodinâmica terem sido descobertas e numeradas.
Como o conceito de temperatura é fundamental para as duas leis, a lei que estabelece
a temperatura como um conceito válido deve ter uma numeração menor; por isso o
zero.

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Medida da Temperatura

Vamos primeiro definir e medir temperaturas em escala Kelvin para, em


seguida calibrar um termoscópio e transformá-lo num termômetro.

Para criar uma escala de temperatura, escolhemos um fenômeno térmico


reprodutível e, arbitrariamente, atribuímos a ele uma temperatura. Poderíamos, por
exemplo, escolher o ponto de fusão do gelo ou o ponto de ebulição da água, mas, por
questões técnicas, optamos pelo ponto triplo da água. A água, o gelo e o vapor d’água
podem coexistir, em equilíbrio térmico, para apenas um conjunto de valores de
pressão e temperatura. Por acordo internacional, foi atribuído ao ponto triplo da água
o valor de 273,16 K como a temperatura-padrão para a calibração dos termômetros,
ou seja, T3=273,16 K (Temperatura do ponto triplo), em que o índice 3 significa “ponto
triplo”. O acordo também estabelece o valor do kelvin como 1/273,16 da diferença
entre o zero absoluto e a temperatura do ponto triplo da água. Ao se expressar a
temperatura em Kelvin, não utilizamos o grau, como por exemplo para expressar 300
Kelvins, escrevemos 300K e não 300°K (graus kelvins). Os prefixos do SI como por
exemplo o mili (m) podem ser usados, como por exemplo: 300mK, significando
0,003K.

Termômetro de gás a volume constante

O Termômetro de Gás a Volume Constante O termômetro-padrão, em relação


ao qual todos os outros termômetros são calibrados, se baseia na pressão de um gás
em um volume fixo. A figura abaixo mostra um termômetro de gás a volume constante;
ele é composto por um bulbo cheio de gás ligado por um tubo a um manômetro de
mercúrio. Levantando ou abaixando o reservatório R, é sempre possível fazer com
que o nível de mercúrio no lado esquerdo do tubo em U fique no zero da escala para
manter o volume do gás constante (variações do volume do gás afetariam as medidas
de temperatura

A temperatura de qualquer corpo em contato térmico com o bulbo (como, por


exemplo, o líquido em torno do bulbo na figura acima, é definida como T= cp , em que
p é a pressão exercida pelo gás e C é uma constante. A pressão p é dada por p=p0 -

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ρgh em que p0 é a pressão atmosférica, ρ é a massa específica do mercúrio e h é a
diferença entre os níveis de mercúrio medida nos dois lados do tubo.

Se o bulbo for introduzido em uma célula de ponto triplo, a temperatura medida


será T3 = Cp3 , em que p3 é a pressão do gás. Eliminando C nas Eqs. 18-2 e 184,
obtemos uma equação para a temperatura em função de p e p3 :

T = T3 (p/ p3) = (273,16K) (p/ p3)

Ainda temos um problema com esse termômetro. Se o usamos para medir,


digamos, o ponto de ebulição da água, descobrimos que gases diferentes no bulbo
fornecem resultados ligeiramente diferentes. Entretanto, quando usamos quantidades
cada vez menores de gás no interior do bulbo, as leituras convergem para uma única
temperatura, seja qual for o gás utilizado. A Fig. 18-6 mostra essa convergência para
três gases.

Assim, a receita para medir a temperatura com um termômetro de gás é a


seguinte:

De acordo com a receita, uma temperatura T desconhecida deve ser medida


da seguinte forma: Encha o bulbo do termômetro com uma quantidade arbitrária de
qualquer gás (nitrogênio, por exemplo) e meça p3 (usando uma célula de ponto triplo)
e p, a pressão do gás na temperatura que está sendo medida. (Mantenha constante
o volume do gás.) Calcule a razão p/p3 . Repita as medidas com uma quantidade
menor do gás no bulbo e calcule a nova razão. Repita o procedimento usando

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quantidades cada vez menores de gás até poder extrapolar para a razão p/p3 que
seria obtida se não houvesse gás no bulbo. Calcule a temperatura T substituindo essa
razão extrapolada na fórmula acima (A temperatura é chamada de temperatura de
gás ideal.)

18.2 AS ESCALAS CELSIUS E FAHRENHEIT

Até agora, consideramos apenas a escala Kelvin, usada principalmente pelos


cientistas. Em quase todos os países do mundo, a escala Celsius (chamada
antigamente de escala centígrada) é a escala mais usada no dia a dia. As
temperaturas na escala Celsius são medidas em graus, e um grau Celsius tem o
mesmo valor numérico que um kelvin. Entretanto, o zero da escala Celsius está em
um valor mais conveniente que o zero absoluto. Se TC representa uma temperatura
em graus Celsius e T a mesma temperatura em kelvins,(TC=T-273,15°).

Quando expressamos temperaturas na escala Celsius, usamos o símbolo de


grau. Assim, escrevemos 20,00°C (que se lê como “20,00 graus Celsius”) para uma
temperatura na escala Celsius, mas 293,15 K (que se lê como “293,15 kelvins”) para
a mesma temperatura na escala Kelvin. A escala Fahrenheit, a mais comum nos
Estados Unidos, utiliza um grau menor que o grau Celsius e um zero de temperatura
diferente. A relação entre as escalas Celsius e Fahrenheit é:

em que TF é a temperatura em graus Fahrenheit.

A conversão entre as duas escalas pode ser feita com facilidade a partir de dois
pontos de referência (pontos de congelamento e de ebulição da água). A posição do
símbolo de grau em relação às letras C e F é usada para distinguir medidas e graus
nas duas escalas. Assim, 0°C = 32°F.

18.3 DILATAÇÃO TÉMICA

A dilatação térmica é uma característica dos materiais quando são submetidos


a um aumento de temperatura. Se a dilatação for linear o material terá aumentado o
seu comprimento.

Por exemplo, se a temperatura de uma haste de metal de comprimento L é


aumentada por uma quantidade ∆T (Variação de Temperatura), o seu comprimento
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também aumenta por uma quantidade ∆L=α L ∆T . O termo α é conhecido como o
coeficiente de expansão linear e depende do material da haste.

Quando todas as três dimensões do material sólido se expandem com o


aumento da temperatura, o volume também expande e neste caso teremos a
expansão volumétrica, dada por ∆V=βV ∆T. O termo β é conhecido como p coeficiente
de expansão volumétrica.

18.4 ABSORÇÃO DE CALOR

Temperatura e Calor

Se dois objetos interagem entre si, um é chamado sistema e o outro é chamado


de meio ambiente. Se a temperatura do sistema TS é maior do que a temperatura do
meio ambiente TE , a energia conhecida como calor (Q) é passada do sistema para o
meio ambiente (TS > TE ) dizemos que o calor é cedido ou perdido pelo sistema, calor
negativo. Se a energia ou calor (Q) é passada do meio para o sistema (TS < TE)
dizemos que o calor é positivo, pois o sistema recebeu calor. Quando TS = TE , não
há transferência de energia, portanto Q=0.

CAPACIDADE TÉRMICA

A capacidade térmica C de um objeto é dada por: Q=C∆T = C(Tf-Ti). A


capacidade térmica C é medida em unidades de energia por graus ou energia por
kelvin.

18.5 A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA

Calor e Trabalho

Estamos considerando um sistema de gás confinado em um cilindro com um


êmbolo, onde a transferência de energia ocorre na forma de calor e trabalho. O
sistema parte de um estado inicial, caracterizado por uma pressão (pi), um volume
(Vi) e uma temperatura (Ti), e deseja-se levá-lo a um estado final, com uma pressão
(pf), um volume (Vf) e uma temperatura (Tf).

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Durante o processo, a energia pode ser transferida do reservatório térmico para
o sistema (calor positivo) ou do sistema para o reservatório térmico (calor negativo).
Além disso, o sistema pode realizar trabalho sobre as esferas de chumbo, levantando
o êmbolo (trabalho positivo) ou receber trabalho das esferas de chumbo (trabalho
negativo).

Supõe-se que todas as mudanças ocorram lentamente para que o sistema


esteja sempre em equilíbrio térmico. O trabalho realizado pelo gás durante um
deslocamento infinitesimal é dado pelo produto da pressão (p) do gás pela área do
êmbolo (A) vezes o deslocamento infinitesimal (d):

A variação infinitesimal do volume do gás (dV) devido ao movimento do êmbolo


está relacionada ao deslocamento infinitesimal (d). Quando o volume varia de Vi para
Vf, o trabalho total realizado pelo gás é dado pela integral:

Para calcular essa integral, seria necessário conhecer como a pressão varia com o
volume durante o processo do estado inicial ao estado final.

A primeira lei da termodinâmica

A primeira lei da termodinâmica é um princípio fundamental que descreve a


conservação da energia em sistemas termodinâmicos. Ela estabelece que a variação
da energia interna de um sistema é igual à diferença entre o calor fornecido ao sistema
e o trabalho realizado pelo sistema.

A Primeira Lei da Termodinâmica, que estabelece que a diferença entre o calor


transferido (Q) e o trabalho realizado (W) em um sistema depende apenas dos estados
inicial e final, independentemente da trajetória percorrida. Essa diferença é chamada
de energia interna (Eint) e representa uma propriedade intrínseca do sistema.

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A Equação acima é a expressão matemática da primeira lei da termodinâmica.
Se o sistema sofre apenas uma variação infinitesimal, podemos escrever a primeira
lei na forma:

A energia interna tende a aumentar quando o sistema recebe energia na forma


de calor e diminuir quando energia é removida na forma de trabalho realizado pelo
sistema. A primeira lei da termodinâmica é uma extensão da lei de conservação da
energia para sistemas não isolados, nos quais energia pode entrar ou sair na forma
de calor ou trabalho.

A primeira lei da termodinâmica pode ser aplicada a diferentes casos especiais:

Processos adiabáticos: Nesses processos, não há troca de calor entre o sistema e


o ambiente (Q = 0). Portanto, a variação da energia interna é igual ao trabalho
realizado pelo sistema:

Processos a volume constante: Nesses processos, o trabalho realizado pelo


sistema é nulo (W = 0). Portanto, a variação da energia interna é igual à quantidade
de calor fornecida ao sistema:

Processos cíclicos: Nesses processos, em que o sistema retorna ao seu estado


inicial, a variação da energia interna é nula (ΔEint = 0). Portanto, a quantidade de calor
fornecida ao sistema é igual ao trabalho realizado pelo sistema:

Expansões livres: Nesses processos, não há transferência de calor nem realização


de trabalho, e a variação da energia interna é nula.

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18.6 MECANISMO DE TRANSFERÊNCIAS DE CALOR

Os três mecanismos de transferência de calor são:

Condução: A condução ocorre quando a transferência de calor acontece


através de um meio sólido, como um objeto metálico. Nesse processo, a energia
térmica é transferida de partícula para partícula por meio de colisões. A taxa de
condução de calor é determinada pela área da superfície, pela diferença de
temperatura entre os dois lados da placa e pela condutividade térmica do material. A
condutividade térmica é uma propriedade do material e indica a facilidade com que
ele conduz o calor. Materiais com alta condutividade térmica, como metais, transferem
calor de forma eficiente.

Considere uma placa de área A e de espessura L, cujos lados são mantidos a


temperaturas TQ e TF por uma fonte quente e uma fonte fria, como na Fig. 18-18.
Seja Q a energia transferida na forma de calor através da placa, do lado quente para
o lado frio, em um intervalo de tempo t. As experiências mostram que a taxa de
condução Pcond (a energia transferida por unidade de tempo) é dada por:

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Convecção: A convecção ocorre em fluidos, como líquidos e gases. Nesse
mecanismo, o calor é transferido pelo movimento do próprio fluido. Quando uma parte
do fluido é aquecida, ela se expande, torna-se menos densa e sobe. Ao mesmo tempo,
o fluido mais frio desce para ocupar o lugar da parte aquecida. Esse processo cria
correntes de convecção que transferem calor. A convecção é responsável por muitos
fenômenos naturais, como a formação de padrões climáticos e correntes oceânicas.

Radiação: A radiação térmica ocorre por meio de ondas eletromagnéticas,


como a luz visível e o infravermelho. Diferentemente da condução e da convecção, a
radiação não requer um meio material para se propagar, podendo ocorrer no vácuo.
Todo objeto com temperatura acima do zero absoluto emite radiação térmica. A taxa
de radiação depende da área da superfície do objeto, da diferença de temperatura
entre o objeto e o ambiente e da emissividade da superfície. A emissividade é uma
medida da eficiência com que um objeto emite radiação eletromagnética.

A taxa Prad com a qual um objeto emite energia por radiação eletromagnética
depende da área A da superfície do objeto e da temperatura T dessa área (em kelvins)
e é dada por:

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em que σ = 5,6704 × 10^–8 W/m2

σ é uma constante física conhecida como constante de Stefan Boltzmann, em


homenagem a Josef Stefan (que descobriu a Eq. 18-38 experimentalmente em 1879)
e Ludwig Boltzmann (que a deduziu teoricamente logo depois). O símbolo ϕ
representa a emissividade da superfície do objeto, que tem um valor entre 0 e 1,
dependendo da composição da superfície. Uma superfície com a emissão máxima de
1,0 é chamada de radiador de corpo negro, mas uma superfície como essa é um limite
ideal e não existe na natureza.

A taxa Pabs com a qual um objeto absorve energia da radiação térmica do


ambiente, que supomos estar a uma temperatura uniforme Tamb (em kelvins), é dada
por:

Como um objeto irradia energia para o ambiente enquanto está absorvendo


energia do ambiente, a taxa líquida Plíq de troca de energia com o ambiente por
radiação térmica é dada por:

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