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PORTUGUÊS – 11.

º ANO
Ficha Informativa – Orações subordinadas

Uma frase complexa contém várias orações.


Subordinação (orações subordinadas)

Processo de articulação de elementos da frase no qual um se assume como subordinante e outro como
subordinado. O elemento subordinado está dependente do subordinante e desempenha uma função
sintática na frase.
De acordo com o tipo de função sintática que as orações subordinadas desempenham, estas classificam-se
em orações subordinadas adverbiais, adjetivas e substantivas.

►A oração subordinante contém a ideia principal da frase e tem um sentido mais ou menos completo.

► A oração subordinada depende da primeira

Exemplo: A Rita vai ao parque quando está bom tempo.


 
Subordinante Subordinada (tem menos sentido, depende da subordinante, é a que tem a conjunção ou locução)
(tem mais sentido)

Orações adverbiais: são geralmente introduzidas por conjunções ou locuções subordinativas e a sua classificação
depende desses elementos de subordinação. Podem ser:
1. Temporais
2. Causais
3. Condicionais
4. Finais
5. Comparativas
6. Concessivas
7. Consecutivas

1. Orações subordinadas temporais: orações introduzidas por uma conjunção (ou locução) subordinativa temporal,
que referem uma indicação de tempo.
Quando chegar a casa, vou fazer chocolate quente.
Oração subordinada temporal oração subordinante

2. Orações subordinadas causais: orações introduzidas por uma conjunção (ou locução) subordinativa causal, que
exprimem a razão, o motivo do acontecimento descrito na subordinante.
Abre a porta depressa porque está a chover.
Oração subordinante oração subordinada causal

3. Orações subordinadas condicionais: orações introduzidas por uma conjunção (ou locução) subordinativa
condicional. Introduzem uma relação de condição.
Se tu fores à festa, vais conhecer a Madalena.
Oração subordinada oração subordinante
Condicional

4. Orações subordinadas finais: orações introduzidas por uma conjunção (ou locução) subordinativa final. Exprimem
a finalidade da realização do acontecimento descrito na subordinante.
Para que conseguisse bater o recorde, treinei todos os dias.
oração subordinada final Oração subordinante

5. Orações subordinadas comparativas: orações introduzidas por uma conjunção (ou locução) subordinativa
comparativa. Introduzem uma relação de comparação.
O público divertiu-se com o espetáculo, bem como os atores.
Oração subordinante oração subordinada comparativa
6. Orações subordinadas concessivas: orações introduzidas por uma conjunção (ou locução) subordinativa
concessiva, que referem um contraste perante o que é dito na subordinante. A oração subordinada concessiva
exprime um facto que poderia impedir o que se afirma na subordinante, mas que não tem força superior para o
fazer.
Embora tenha teste amanhã, vou contigo ao café.
Oração subordinada concessiva oração subordinante

7. Orações subordinadas consecutivas: orações introduzidas por uma conjunção (ou locução) subordinativa
consecutiva, que exprimem a consequência de um facto referido na oração subordinante.
Ele é tão alto que não cabe na porta.
oração subordinante oração subordinada consecutiva

CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES CONJUNCIONAIS SUBORDINATIVAS (palavras invariáveis que servem para ligar frases
simples ou elementos da frase)

Temporais quando, enquanto, mal, apenas,


antes que, depois que, logo que, assim que, desde que, até que, primeiro que, sempre que, todas
as vezes que, cada vez que, à medida que, ao passo que, depois de1…
Causais porque, porquanto, como (= porque), que (= porque),
visto que, pois que, já que, por isso que, por isso mesmo que, uma vez que, dado que…
se, caso
Condicionais salvo se, exceto se, a não ser que, contanto que, desde que, a menos que…
Finais que ( = para que), para1
para que, a fim de que, de modo que, de maneira que…
Comparativas como, conforme, segundo,
como se, assim como, bem como, como … assim, mais/menos … do que, ao passo que, do
mesmo modo que, tão (tanto) … como
Concessivas embora, conquanto,
ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, apesar de que, por mais que, por menos que,
nem que, sem que…
Consecutivas2 que,
de sorte que, de tal modo que, de tal maneira que, tão… que…

Notas:
1
: com estas palavras o verbo está sempre no infinitivo (exemplo: falar, sorrir, comer).
2
: a conjunção subordinativa consecutiva “que” tem, normalmente, na oração subordinante, um elemento
correlativo a anunciá-la (os advérbios de quantidade “tanto” ou “tão”, ou o pronome ou determinante
demonstrativo “tal” ou “tais”).

Ex: Fiquei tão cansada que adormeci logo.


Oração subordinante Oração subordinada consecutiva

As orações subordinadas adverbiais:

 Desempenham a função sintática de modificador e podem ocupar diferentes posições relativamente à


oração subordinante.

 Sempre que precedem a oração subordinante, devem ser separadas desta por uma vírgula; quando
intercaladas, devem ficar entre vírgulas.
✓ Orações subordinadas adjetivas relativas
São orações que desempenham uma função comparável à do adjetivo. São introduzidas por um pronome relativo
(que, quem, o qual), por um determinante relativo (cujo) ou por um advérbio relativo (onde) que estabelece a
articulação com a oração subordinante. Podem ser:

1. Explicativas: explicam apenas o sentido da subordinante, podendo ser retiradas sem que se altere o sentido
desta. Costumam escrever-se entre vírgulas.
Exemplo: As bibliotecas, que têm livros de várias categorias, são bons locais para pesquisar.

2. Restritivas: limitam, restringem o sentido da frase a que se referem, não podendo, por isso ser omissas. Ligam-se
ao antecedente sem pausa e, portanto, não devem ser separadas por vírgulas.
Exemplo: Os alunos que gostam de futebol vão participar no torneio. (Somente aqueles alunos que gostam de
futebol vão participar no torneio)

✓ Orações subordinadas substantivas


▪ Têm a função de “completar” verbos, adjetivos e nomes.
▪ Assim, temos frases / orações subordinadas substantivas:
▪ Completivas
▪ Relativas sem antecedente

Orações subordinadas substantivas completivas


 Completam o sentido do elemento subordinante de que dependem.
 Podem ser introduzidas pela conjunção subordinativa completiva Que, Se ou Para.
 Desempenham, entre outras, a função sintática de complemento direto do verbo da oração subordinante.

Exemplo: A Margarida respondeu que estava bastante nervosa.


A Ana perguntou à Joana se estava nervosa.
A Ana disse para ela se acalmar.

 Podem ser substituídas pelo pronome demonstrativo “isso”.


Exemplo: A Joana respondeu que estava bastante nervosa.
A Joana respondeu isso.
OBSERVA
 A Marta respondeu que estava bastante nervosa. (isso)
A Marta respondeu o quê?
que estava bastante nervosa. (complemento direto)
Oração subordinada substantiva completiva

 A Diana perguntou à Marta se estava nervosa. (isso)


A Diana perguntou à Marta o quê?
se estava nervosa. (complemento direto)
Oração subordinada substantiva completiva

 O professor disse para os alunos fazerem o resumo. (isso)


O professor disse o quê?
para os alunos fazerem o resumo. (complemento direto)
Oração subordinada substantiva completiva
Orações subordinadas substantivas relativas sem antecedente
▪ São introduzidas por advérbios relativos (ONDE e COMO), pelo pronome relativo (QUEM) e pelo quantificador
relativo (QUANTO) sem antecedente:
Exemplo: Ela compra roupa onde calha.
Adoro como te vestes.
Quem vai ao mar perde o lugar.
Bebeu quanto havia na mesa.

A professora: Ana Maria Roque

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