Você está na página 1de 2

ORAÇÕES COORDENADAS

As orações coordenadas são introduzidas por conjunções e locuções coordenativas (que ligam elementos sintática e
semanticamente independentes).

Ligam termos ou orações de idêntica função.


Copulativas: e, nem, mas também, não só... mas
Ex.: Chora e ri. O invejoso nem faz nem deixa fazer. Não só trabalhou como
também
também se divertiu.
Ligam termos ou orações de idêntica função, mas estabelecem uma ideia de
Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no oposição.
entanto Ex.: O Pedro sabe mas não diz. Sopra uma aragem, contudo, o calor
continua intenso.
Marcam uma alternativa ou dissociação.
Disjuntivas: ou, ora, quer, nem, seja (repetidas
Ex.: Vendeu o carro ou ainda o tem? Ora vamos ao teatro, ora vemos
ou não: ou... ou)
televisão
Ligam termos ou orações, estabelecendo uma relação de conclusão,
Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, por consequência ou dedução.
isso, assim Ex.: Sou homem portanto posso errar. Sopra uma aragem, por conseguinte,
está fresco.
Ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia
Explicativas: pois, porquanto nela contida. Expressam a relação de explicação, razão ou motivo .
Ex.: Está doente, pois andou à chuva.

ORAÇÕES SUBORDINADAS
As orações subordinadas são introduzidas por conjunções e locuções subordinativas (que ligam elementos sintática e
semanticamente dependentes). Podem ser adverbiais, substantivas e adjetivas, conforme a sua função na frase.

Orações subordinadas adverbiais – funcionam como modificadores.


Iniciam uma oração subordinada que indica causa.
Causais: porque, pois, porquanto, como (com
Ex.: Não vou à praia visto que está a chover. Como está a chover, não vou
valor de porque), pois que, por isso que, já que,
à praia. Dado que está a chover, não vou à praia. Não vou à praia, uma vez
uma vez que, visto que...
que está a chover.
Admitem uma ideia de oposição à da oração subordinante, mas não
Concessivas: embora, conquanto, ainda que, impeditiva à sua concretização.
mesmo que, se bem que, apesar de... Ex.: Ainda que tenha fome, não como. Nem que tenha fome, não como.
Mesmo que tenha fome, não como. Por mais que tenha fome, não como.
Iniciam uma oração subordinada que supõe a existência de um determinado
condicionamento ou hipótese para que se realize o facto principal.
Condicionais: se, caso, salvo se, contanto que,
Ex.: Se vais ao cinema, vê o último filme de Coppola. Se fores ao cinema, vê
exceto se...
o último filme de Coppola. Se fosses ao cinema, verias o último filme de
Coppola.
Ligam orações que exprimem a ideia de consequência do que foi enunciado
Consecutivas: que (associado às palavras tal,
na anterior.
tanto, tão), de forma que, de maneira que, de
Ex.: Comi tanto ao almoço que não me apetece jantar. Foi tão violento que
modo que...
provocou desacatos.

Comparativas: como, assim como, bem como, Estabelecem uma comparação entre as orações subordinante e subordinada.
como se, que e do que (depois de mais, menos, Ex.: Lutar é mais belo do que vencer. O trabalho, como as férias, deve ser
maior, menor, melhor, pior) ... encarado com alegria.

Indicam a finalidade da oração principal.


Finais: para que, a fim de que, porque (com valor
Ex.: Façamos o projeto de modo a que se torne viável. Organizou-se uma
de para que)
festa para que todos ficassem contentes.

Ligam orações que indicam a circunstância de tempo.


Temporais: quando, enquanto, antes que, depois
Ex.: Mal eles cheguem, vamos jantar. Cada vez que fores à praia, não te
que, até que, desde que, sempre que, assim que,
esqueças de levar o chapéu. Agora que chegaste, já podemos conversar.
cada vez que...
Desde que as férias começaram, não tenho tido sossego.
Orações subordinadas substantivas – funcionam como argumento de um verbo, nome ou adjetivo da frase superior.

Completivas Relativas sem antecedente


Exercem a função de completar (podem ser completivas São introduzidas pelos pronomes e quantificadores relativos
verbais, adjetivais e nominais) e são introduzidas pelas (que, o que, onde, quem, a quem, quanto), desempenhando
conjunções subordinativas completivas (que, se, para ou por uma função sintática de sujeito, complemento direto,
um elemento omisso), desempenhando, entre outras, a função complemento indireto.
de sujeito e complemento direto.

Exemplos: Exemplos:
• É importante que a paz volte. (sujeito) • Quem vai ao mar perde o lugar. (sujeito)
• Mostrou que a justiça existe. (c. direto) • Os alunos procuram quem os ajude no jornal da
• Ela afirmou adorar música jazz. (c. direto) escola. (c. direto)
• Disse para virdes aqui. (c. direto) • O miúdo pede dinheiro a quem passa. (c. indireto)
• Perguntei se tens aquele livro. (c. direto)

Orações subordinadas adjetivas relativas com antecedente


– desempenham uma função sintática própria de um adjetivo, constituindo-se modificador do nome restritivo ou apositivo.
– introduzidas por um pronome relativo ou por um quantificador relativo associado a um antecedente que ocorre na subordinante.

Relativas explicativas Relativas restritivas

São introduzidas pelas palavras relativas que, quem, o/a qual, São introduzidas pelas palavras relativas que, quem, o/a qual,
os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, os/as quais, cujo(a), cujos (as), onde, quanto, tendo a função
desempenhando a função sintática de modificadores apositivos de restringir a informação dada sobre o antecedente, ou seja,
do nome. (A omissão da relativa explicativa não altera o identificar a parte do domínio denotado pelo antecedente,
sentido da subordinante.) desempenhando a função sintática de modificador restritivo do
nome. (A omissão da relativa restritiva implica uma alteração
do sentido da subordinante.)

Exemplos: Exemplos:
• Este escritor, que nasceu no Brasil, foi nomeado para • O romance que foi escrito por Miguel Sousa Tavares
o Nobel. tornou- -se num campeão de vendas.
• Aquele Presidente, a quem todos chamam padrinho, • A maioria das pessoas a quem se telefona não
continua a surpreender. responde aos inquéritos.
• Os alunos, onde quer que estejam, sentem as • A nódoa de pêssego onde cai fica.
dificuldades do acesso ao Ensino Superior.

Você também pode gostar