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Teste Módulo 9 - História A

História A (Ensino Secundário (Portugal))

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Módulo 9
Alterações geoestratégicas, tensões políticas e transformações socioculturais
no mundo atual
História A
 Para cada resposta, identifique claramente o grupo e o item.
 Apresente as respostas de forma clara e legível.
 Apresente apenas uma resposta para cada item.
 Todos os itens são de resposta obrigatória.
 Utilize, de forma adequada, os conceitos específicos.

GRUPO I
O FIM DO MODELO SOVIÉTICO

Documento 1
A história da atual estrutura geopolítica da Europa começou em 12 de junho de 1989, em Bona,
capital da República Federal da Alemanha. O líder soviético Mikhail Gorbachev e o chanceler alemão
Helmut Kohl assinaram um documento que deu a todos os países europeus o direito de determinar os
seus sistemas políticos. O documento que os dois líderes assinaram naquele dia marcou o fim do
5 papel dominante da URSS na Europa Oriental.
De acordo com o documento, foram assegurados aos cidadãos da Polónia, Checoslováquia, Hungria,
Bulgária, Roménia e República Democrática da Alemanha, a possibilidade de uma posição contrária à
interferência da URSS nos seus assuntos internos. Portanto, os acordos sobre as esferas de influência
que Joseph Stalin assinara com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha em 1945 deixaram de estar em
10 vigor, o que mudou inteiramente o estado de coisas na Europa. Como é que o documento se tornou
possível? O papel-chave, obviamente, pertencia à União Soviética. Mikhail Gorbachev chegou ao
poder na URSS em 1985 e lançou o período da perestroika e da glasnost na nação. O próprio país
enfrentou dificuldades económicas significativas causadas pelo deslizamento dos preços mundiais do
petróleo.
15 A situação afetou os países da Europa Oriental, que dependiam da União Soviética. O regime
comunista na Polónia desabou na primavera de 1989. Gorbachev, posteriormente, decidiu aliviar a
URSS do seu papel dominante na Europa Oriental.
Todos os líderes comunistas da Europa Oriental perderam o seu poder imediatamente após a
assinatura do acordo Gorbachev-Kohl. Os reformistas chegaram ao poder na Hungria, Polónia e
20 Checoslováquia, em 1989, após uma série de revoluções “de veludo”. Ruiu o regime de Nicolae
Ceaucescu, na Roménia, o Muro de Berlim caiu na Alemanha. As tropas soviéticas começaram a deixar
a Europa Oriental e saíram completamente em 1994. A nova Alemanha apareceu no mapa do Mundo
em 3 de outubro de 1990. Não houve documentos de neutralidade da Alemanha assinados em 12 de
junho de 1989 ou depois. Portanto, a unificação da Alemanha desencadeou a expansão da OTAN para
25 o leste.
[…] Os líderes da União Soviética e do Ocidente tinham concordado em 1989 que os países do bloco
oriental seriam neutros e, portanto, abster-se-iam de ingressar na OTAN. No entanto, a URSS colapsou
em menos de um ano, o que mudou drasticamente a situação. Os antigos países socialistas
recusaram-se a manter a sua intenção original de neutralidade. Como resultado, os Estados satélites
30 da antiga União Soviética aderiram à União Europeia e à NATO. […]
É difícil dizer se os líderes soviéticos poderiam prever tal situação no momento em que o Sr.
Gorbachev assinou o documento em 12 de junho de 1989. O documento ajudou a NATO a atingir as
fronteiras da Rússia de forma absolutamente legal e dentro de um período muito curto de tempo.

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Testes sumativos

Para responder a cada um dos itens de 1. A 3., selecione a opção correta.


Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. A situação referida no acordo entre Gorbachev e Kohl (linha 2) pôs fim


(A) à “soberania limitada” dos países da Europa de Leste.
(B) ao Conselho de Assistência Económica Mútua.
(C) à perestroika e à glasnost.
(D) ao descontentamento internacional.

2. “Os acordos sobre as esferas de influência”, referidos na linha 7, permitiram


(A) a vitória dos Aliados na 2.ª Guerra Mundial.
(B) a vitória americana sobre o Japão.
(C) a expansão do comunismo na Europa.
(D) a implantação do comunismo em Cuba.

3. A neutralidade dos países do bloco oriental (linhas 22-23) implicava


(A) a não-ingerência dos assuntos internos da União Soviética.
(B) a não-participação na aliança militar do bloco contrário.
(C) a não-participação em organizações internacionais.
(D) o seu progressivo desarmamento.

4. Associe os elementos das colunas A e B relativos à União Soviética e às suas relações com os países de
Leste.

Escreva, na folha de respostas, apenas as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada
número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
1) KGB
(A) Transparência política 2) CEI
(B) Conselho de Assistência Económica Mútua 3) COMECON
(C) Aliança militar da União Soviética com os países do 4) Perestroika
Leste Europeu 5) Glasnost
(D) Restruturação do modelo económico soviético 6) Pacto de Varsóvia
(E) Comunidade de Estados Independentes 7) Soviete Supremo
8) Plano Molotov

Identificação da fonte
Mikhail Vovk em Jornal “Pravda”, Rússia, 14-06-2009. Texto disponível na Internet em língua inglesa.

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Testes sumativos

GRUPO II
OS POLOS DE DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO

Documento 1
A geografia económica dos Estados Unidos na viragem para o século XXI

Documento 2
Sobre o Tratado de Lisboa (2007)
O Tratado de Lisboa entrou em vigor em 1 de dezembro de 2009, pondo assim termo a vários anos de
negociações sobre questões institucionais. […] O Tratado confere à União o quadro jurídico e os
instrumentos necessários para fazer face a desafios futuros e responder às expectativas dos cidadãos.
1. Uma Europa mais democrática e transparente, com um papel reforçado para o Parlamento
Europeu e os parlamentos nacionais, mais oportunidades para que os cidadãos façam ouvir a sua
5 voz e uma definição mais clara de quem faz o quê aos níveis europeu e nacional. […]
2. Uma Europa mais eficiente, com regras de votação e métodos de trabalho simplificados,
instituições modernas e um funcionamento mais racional adaptados a uma União Europeia com 27
Estados-membros. […]
3. Uma Europa de direitos e valores, liberdade, solidariedade e segurança, com a defesa dos valores
10 da União, a introdução da Carta dos Direitos Fundamentais no direito primário europeu, a criação
de novos mecanismos de solidariedade e a garantia de uma melhor proteção para os cidadãos
europeus. […]
4. Uma Europa com maior protagonismo na cena mundial, através da articulação dos diferentes
instrumentos de política externa da União, tanto na elaboração como na adoção de novas políticas.
15 O Tratado de Lisboa permite à Europa assumir uma posição clara nas relações com os seus
parceiros e tirar maior partido das suas vantagens económicas, humanitárias, políticas e
diplomáticas a fim de promover os interesses e valores europeus em todo o mundo, no respeito
pelos interesses individuais dos Estados-membros em matéria de política externa. […]

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Documento 3
O dinamismo da ASEAN (2013)
Durante a última década, temos assistido a um aumento da prosperidade nos países da ASEAN. De
acordo com estatísticas da ASEAN 2011, a média do PIB per capita cresceu 75% em relação ao ano de
2000 […].
[…]
Como a educação desempenha um papel importante na redução das disparidades de desenvolvimento
5 nos países da ASEAN, isso mostra claramente a necessidade de investir mais no setor da educação.
[…]
Como parte desses esforços de integração, no último mês de novembro de 2012, os Estados-membros
da ASEAN assinaram o Acordo sobre Circulação de Pessoas.
[…]
10 A ASEAN também liberalizou as restrições à prestação de serviços educacionais em toda a sua região.
Em 2015, esperamos fazer mais, garantindo o livre fluxo dos serviços de educação e o livre fluxo de
profissionais em toda a região. Com todos esses esforços de integração, nós tornamo-nos uma peça
importante na cadeia de abastecimento global. […]

Documento 4
Os membros da APEC, na atualidade

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Testes sumativos

1. Refira, com base no documento 1, três características da economia americana, no final do século XX.

2. Desenvolva, a partir dos documentos 1 a 4, o seguinte tema:


Polos de desenvolvimento económico na viragem do século.
A sua resposta deve abordar, pela ordem que entender, três dos aspetos de cada um dos seguintes
tópicos de referência:
• supremacia económica dos Estados Unidos da América;
• realizações da União Europeia;
• fatores de crescimento dos países da ASEAN.

Identificação das fontes


Doc. 1 – Célia Pinto do Couto e Maria Antónia Monterroso Rosas, O Tempo da História, 3.ª parte, 12.° ano, Porto Editora, 2009.
Doc. 2 – Tratado de Lisboa em poucas palavras. Tratado de Lisboa, A Europa rumo ao século XXI, europa.eu/lisbon_treaty/índex_pt.htm.
Doc. 3 – Discurso de Sua Le Luong Minh, na Conferência British Council: Educar a próxima geração de força de trabalho: ASEAN. Texto
disponível na Internet.
Doc. 4 – Mapa disponível na Internet.

GRUPO III
A PERMANÊNCIA DE FOCOS DE TENSÃO EM REGIÕES PERIFÉRICAS

Documento 1
O conflito israelo-palestiniano, visto por Yasser Arafat, líder da OLP (1974)
Durante os últimos 30 anos, o nosso povo teve que lutar contra a ocupação britânica e a invasão
sionista que tinha a mesma intenção, ou seja, a usurpação das nossas terras. Seis grandes tumultos e
dezenas de revoltas populares se organizaram para impedir tais tentativas, para que o nosso país
pudesse permanecer o nosso. Mais de 30 000 mártires, em termos comparativos o equivalente a 6
5 milhões de americanos, morreram no processo.
[…] Nos últimos 10 anos da nossa luta, milhares de mártires […] pereceram para resistir à ameaça
iminente de liquidação, para recuperar o nosso direito à autodeterminação e nosso direito absoluto
de voltar à nossa pátria. […] Esta luta é pela mera existência e para preservar o carácter árabe da terra.
[…] Na minha qualidade de presidente da Organização para a Libertação da Palestina e líder da
10 revolução palestina, rogo-vos que apoiem o nosso povo na sua luta, […] o seu direito à
autodeterminação. Este direito está consagrado na Carta das Nações Unidas […].
Hoje eu vim com um ramo de oliveira e com a arma de combatente da liberdade. Não deixem que caia
o ramo de oliveira da minha mão. Repito: não deixem que ocorra a queda do ramo de oliveira da
minha mão.

Documento 2
O conflito israelo-palestiniano, visto por Amos Oz, pacifista judeu (2001)
(entrevista da revista VEJA)
Veja – Como é viver num país em estado de guerra permanente?
Amos Oz – Nasci em Jerusalém em pleno conflito (com os árabes) e tenho memórias amargas de
minha infância. Até hoje nunca pisei em certos bairros de Jerusalém porque, se for lá, esfaqueiam-
me. Na época da independência, em 1948, o setor judeu sofreu um cerco igual ao de Sarajevo. Fui
5 para a guerra em 1967 e em 1973. Apesar de ser pacifista militante há mais de trinta anos, sei que
um perigo mortal paira sobre Israel e nos faz

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Testes sumativos

viver constantemente encostados à parede. Tenho consciência de que os palestinianos vivem em


condições semelhantes. É uma tragédia, mas recuso-me a pintar o quadro a preto e branco. A
situação não é como na África do Sul do apartheid, onde era possível saber quem era herói e quem
era o bandido. O conflito aqui é entre o certo e o certo.
10 […]
Veja – O senhor acha que vai viver para ver a paz no Médio Oriente?
Amos Oz – Está muito claro que vamos acabar tendo, infelizmente, a criação de dois Estados. Digo
infelizmente porque nenhum dos dois lados vai ficar satisfeito com a paz que será alcançada. Não
será uma cena de Dostoievski*, de irmãos abraçando-se. Não haverá uma reconciliação, mas um
15 acordo mais parecido com um divórcio do que com uma lua de mel. Não posso dizer quanto tempo
vai demorar, mas sei que vai acontecer. Simplesmente porque não há alternativa.
* Fiedor Dostoievski, escritor russo do século XIX

Documento 3 Documento 4
A ajuda internacional a África, na viragem do Um muro separa dois mundos, no Rio de
século XXI (imagem satírica) Janeiro (c. 2000)

1. Compare as duas perspetivas sobre o conflito israelo-palestiniano apresentados documentos 1 e 2,


focando três aspetos em que se opõem.

2. Apresente três aspetos da situação denunciada no documento 3.

3. Indique, a partir do documento 4, três problemas da América Latina na viragem para o século XXI.

Identificação das fontes


Doc. 1 – Discurso na ONU de Yasser Arafat, 13 de novembro de 1974, Nova Iorque.
Doc. 2 – “O síndroma da paz”, entrevista ao escritor e pacifista judeu Amos Oz por J. E. Barella, em revista Veja online de 7 de fevereiro de
2001.
Doc. 3 – “A ajuda internacional”, imagem disponível na Internet.
Doc. 4 – “Um muro separa ricos e pobres”, imagem disponível na Internet.

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Testes sumativos

COTAÇÕES

GRUPO I

1. ................................................................................................................................................... 10 pontos
2. ................................................................................................................................................... 10 pontos
3. ................................................................................................................................................... 10 pontos
4. ................................................................................................................................................... 20 pontos
50 pontos

GRUPO II

1. ................................................................................................................................................... 20 pontos
2. ................................................................................................................................................... 60 pontos
80 pontos

GRUPO III

1. ................................................................................................................................................... 30 pontos
2. ................................................................................................................................................... 20 pontos
3. ................................................................................................................................................... 20 pontos
70 pontos

Total ................................................................................................ 200 pontos

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