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A Guerra Fria foi uma luta político-militar entre o socialismo e o capitalismo liderada pela União Soviética e Estados
Unidos .
Esta conflagração teve início após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mais precisamente em 1947, quando o
presidente americano Henry Truman faz um discurso no Congresso americano, afirmando que os Estados Unidos
poderia intervir em governos não democráticos.
Esta época ficou assim conhecida porque ambos os países nunca se enfrentaram diretamente num conflito bélico.
A Guerra Fria termina com a Queda do Muro de Berlim (1989) e o fim da União Soviética, em 1991. Os Estados
Unidos foram os vencedores deste peculiar conflito, pois sua situação econômica era superior à russa.
Corrida Espacial
Outra característica da Guerra Fria foi a Corrida Espacial iniciada no final da década de 50.
Muito dinheiro, tempo e estudo foram investidos pela URSS e pelos EUA para saber quem dominaria a órbita
terrestre e o espaço.
Os soviéticos saíram na frente, em 1957, com os satélites Sputnik, mas os americanos os alcançaram e fizeram o
primeiro homem caminhar em solo lunar, em 1969.
A corrida espacial não incluía somente o objetivo de levar pessoas ao espaço. Também fazia parte do projeto
desenvolver armas de longo alcance, como mísseis intercontinentais e escudos espaciais.
História da OTAN
Durante a Segunda Guerra Mundial, Estados Unidos e União Soviética uniram suas forças para derrotar um inimigo
em comum: o poder nazista. Entretanto, com o fim da Segunda Guerra Mundial as duas grandes potências passaram
a protagonizar uma disputa territorial e ideológica dando início a Guerra Fria.
O avanço do poder da União Soviética em território europeu preocupava os Estados Unidos. Enquanto o leste
europeu era dominado pelo poder soviético, a Europa Ocidental havia se tornado um importante espaço de
influência do Estados Unidos por meio do Plano Marshall, o plano de financiamento da reconstrução da Europa pós-
guerra.
Para impedir o avanço do socialismo, em 04 de abril de 1949 foi assinado em Washington o Tratado do Atlântico
Norte que deu origem à OTAN. Os países signatários do tratado na época eram a Bélgica, França,
Noruega, Canadá, Islândia, Países Baixos, Dinamarca, Portugal, Itália, Estados Unidos, Luxemburgo e Reino Unido.
O Tratado acordava que qualquer ataque armado contra um dos países signatários seria considerado uma agressão a
todos os demais, que imediatamente deveriam enviar reforços militares para combater a invasão. Como resposta, a
União Soviética formulou o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar celebrada entre os países alinhados
ideologicamente à União Soviética e que tinham por objetivo se unir contra o avanço da influência norte-americana.
Pacto de Varsóvia
O Pacto de Varsóvia, também conhecido como Tratado de Amizade, Cooperação e Assistência Mútua, foi um acordo
assinado, em 14 de maio de 1955, entre a União Soviética e seus países satélites. O seu nome se deve ao local onde
o pacto foi assinado: Varsóvia, capital da Polônia.
Esse acordo foi uma reação da União Soviética à criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), um
acordo militar liderado pelos Estados Unidos. Essas duas alianças militares foram uma das principais características
da Guerra Fria. O Pacto de Varsóvia durou até 1991, quando a União Soviética foi extinta, enquanto a Otan continua
em atividade até hoje
China, Coreia do Norte, Egito e Índia não fizeram parte do pacto, mas foram convidados para serem países
observadores.
A crise do socialismo
Em 1979 a aproximação entre Estados Unidos e União Soviética, ocorrida na década anterior, foi interrompida
quando a união Soviética invadiu o Afeganistão. Chegava ao fim o período da Détente (distensão). No entanto, em
1985 os ventos de mudanças voltaram a soprar em território soviético. Nesse ano assumiu o poder em Moscou
Mikhail Gorbatchev. Preocupada com a ineficiência da economia soviética e com a ausência de democracia nos
órgãos de poder, ele propôs uma série de reformas ao país. Entre elas esteve a Perestroika (reestruturação),
destinada a descentralizar a economia e torná-la mais eficiente e a Glasnost (transparência), uma política de
abertura e diálogo no trato das questões políticas e sociais, contra a corrupção e a ineficiência na administração e
com propostas de maior liberdade nas diversas esferas da vida soviética.
Em oposição aos stalinistas, Gorbatchev defendia o abandono do rígido planejamento econômico central, a abolição
do sistema de preços ditados pelo governo, a autogestão das empresas estatais e certa liberdade de mercado.
Queria também que o poder fosse devolvido aos sovietes e que o Partido Comunista fosse separado do Estado.
Essas mudanças abalavam a estrutura do Estado burocrático e feriam interesses há muito sedimentados. As forças
conservadoras não tardaram a se articular. Eram formadas por altos funcionários do Partido e do Estado que temiam
perder seus cargos e privilégios. Oposta a essa tendência, se desenvolveu também uma corrente ultra reformista,
formada por militantes do partido, queriam que Gorbatchev acelerasse e aprofundasse as reformas em andamento.
Seu principal representante era Boris Ieltsin.
Em agosto de 1991, as forças conservadoras tentaram reassumir o poder promovendo um golpe de Estado liderado
pelos ministros do Interior e da Defesa e pelo chefe da KGB (polícia secreta soviética). Gorbatchev foi afastado do
governo e submetido a prisão domiciliar. A reação do população foi imediata. Em Moscou, o povo saiu às ruas em
defesa de Gorbatchev. Após três dias de impasse, os golpistas foram presos e Gorbatchev reconduzido ao seu posto.
Logo depois desse período de tensões, em setembro de 1991, as república bálticas – Letônia, Lituânia e Estônia –
proclamaram sua independência. A partir de então, o processo de esfacelamento da União Soviética se tornou
irreversível. No natal de 1991, Gorbatchev antecipou a data marcada para a extinção oficial da União Soviética
renunciando o cargo de presidente e comandante-chefe das forças armadas. Era o fim do Império Vermelho. Dessa
ruptura foi formada a CEI - Comunidade dos Estados Independentes.
Quando a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim, o mundo viu nascer um novo conflito. Este seria travada entre os
dois principais vencedores da guerra, Estados Unidos e União Soviética. A diferença é que, a partir de então, a
disputa seria baseada em ideologia. Os Estados Unidos eram o país mais poderoso como representante do
sistema capitalista, enquanto a União Soviética era a grande representante do socialismo. Ambos desfrutavam de
grande poderio militar e de prestígio por esmagar e derrotar as tropas nazistas. É justamente por essa capacidade
tão similar de poderio militar que os dois países sabiam que não poderiam entrar em conflito direto, sob o risco de
destruição mútua. Essa nova fase da história mundial marcada por um conflito declarado, porém impossibilitado de
se tornar concreto em batalhas passou a ser chamada de Guerra Fria.
A União Soviética, por sua vez, era a grande representante do sistema socialista. Possuía uma estrutura poderosa e
uma grande capacidade militar que rivalizava equitativamente com os Estados Unidos. A disputa ideológica
constituía-se em grandes investimentos para tentar angariar mais seguidores do sistema soviético no mundo. Um
dos grandes projetos que sofreram investimento financeiro foi a corrida espacial, que rendeu muito prestígio aos
soviéticos. Foram eles que enviaram o primeiro ser vivo ao espaço – a cadela Laika – e também os primeiros a fazer a
primeira viagem espacial tripulada por um homem. Durante as décadas de 1950 e 1960, a União Soviética conseguiu
se equiparar aos Estados Unidos e, inclusive, apresentar momentos de superioridade, como os exemplos da corrida
espacial. Mas, a partir da década de 1970, a União Soviética apresentaria traços de crise que se tornariam cava vez
mais agudos até culminar em sua fragmentação.
A década de 1970 demonstrou ao mundo que a União Soviética já não era mais a grande rival dos Estados Unidos,
sua capacidade já havia sido reduzida consideravelmente. Os sinais de esgotamento econômico começaram a
aparecer e isso se tornou evidente com a divulgação de problemas graves, como a falta de alimentos. A partir daí,
seguiram-se uma série de estratégias erradas que só piorariam sua situação. Logo depois, a União Soviética invadiria
o Afeganistão, aumentando a crise. Esta se consolidava, pois a maior parte dos recursos estava sendo consumida
pelo setor militar, a capacidade industrial – especialmente no que se refere aos bens de consumo – não dava conta
de atender à população, população esta que não era consultada em momento algum e, por isso, perdia a atração
pelo sistema. A falta de liberdade para expressão do povo refletia-se diretamente na produtividade do país, pois os
indivíduos sentiam-se desmotivados com a realidade que viviam.
O acúmulo de problemas ao longo da década de 1970 estourou como uma bomba na década de 1980. A situação
ficou ainda pior quando a população passou a ter extremas dificuldades para adquirir produtos básicos como pão ou
vestimentas. Já estava muito claro que a capacidade da União Soviética de se contrapor aos Estados Unidos na
Guerra Fria não era a mesma do final da Segunda Guerra Mundial. Em 1985, Mikhail Gorbatchev assume o poder na
União Soviética e dedica-se a uma possível solução dos problemas. Para conseguir algum resultado, o líder soviético
tenta conquistar sua população e lança dois projetos: a Perestroika e a Glasnost. O primeiro deles tratava-se de uma
tentativa de restruturação econômica. Já o segundo, propunha a transparência política. A população, contudo, já
estava saturada dos problemas e parte dela queria o fim por completo do regime socialista soviético. Essa falta de
apoio de uma população desconfiada serviu para impossibilitar mais ainda a tentativa de reorganização.
A Crise Soviética se expandiu pelos países que integravam o bloco socialista. A União Soviética estava saturada de
problemas militares e políticos. A população se rebelava em vários países pedindo democracia e o fim do sistema
socialista. Assim foi que, progressivamente, os países deixaram de integrar a União Soviética. Sua completa
fragmentação já não deixava dúvidas ou qualquer esperança sobre seu futuro, a definitiva dissolução da mesma. No
auge da crise, vários países abandonaram a União Soviética. Na Rússia, Boris Yeltsin assumiria o cargo de presidente,
em 1991, e decretaria o final da União Soviética, permitindo a criação de novos países.
A Crise Soviética levou à dissolução da União Soviética e, por consequência, ao término da Guerra Fria. Neste
conflito, os Estados Unidos consagraram-se como vencedores e o sistema capitalista tomou seu posto de liderança
incontestada no mundo