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CONFLITO LESTE-OESTE

A ORDEM GEOPOLÍTICA PÓS-GUERRA

A partir do momento em que a União Soviética passou existir como potência mundial e
outras nações adotaram o socialismo, o capitalismo deixou de ser o único sistema econômico
do mundo. Inicia o conflito leste-oeste.

Tudo começou com a derrota dos países do Eixo (Itália, Japão e Alemanha) e as
conferências de Yalta e Potsdam, realizadas pelas potências vencedoras. Nessas reuniões ficou
claro que as relações entre as duas potências – EUA e URSS não seriam cordiais. À União
Soviética caberia expandir a área sob a influência socialista; e aos Estados Unidos, impedir que
essa influência se expandisse.

O primeiro ministro britânico Winston Churchill usou pela primeira vez a expressão
CORTINA DE FERRO, que seria citada frequentemente durante a Guerra Fria para designar a
separação entre o mundo socialista e o mundo capitalista.

Em 1947, o presidente norte-americana Harry Trumann declarou em seu discurso no


congresso que os “Estados Unidos deveriam apoiar os povos livres que resistiam à tentativa de
servidão por minorias armadas ou pressões externas”. Essa declaração ficou conhecida como
DOUTRINA TRUMANN e norteou toda a política norte-americana de contenção do socialismo
durante a Guerra Fria.

Uma das primeiras medidas dos Estados Unidos foi o Plano Marshall – plano de
recuperação dos países da Europa ocidental que visava afastar a influência soviética.

Em 1949, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – aliança militar
que pretendia garantir a segurança mútua contra uma expansão maior do socialismo na Europa.

Com o fim do mundo bipolar, os objetivos da OTAN mudaram, pois já não havia o inimigo
soviético para ser combatido. Hoje a OTAN é uma organização que tem como objetivo a
segurança dos países membros.
A resposta da União Soviética à criação da OTAN foi o Pacto de Varsóvia (1955) – aliança
militar entre a potência soviética e os países socialistas do Leste europeu. Extinto em 1911, esse
pacto funcionou mais como um instrumento de manutenção do regime nos países satélites do
que como um meio de defesa contra o capitalismo.

Para fortalecer sua atuação em nível global, países socialistas europeus e capitalistas
também procuraram se organizar em blocos econômicos.

Em 1949, a União Soviética reuniu os países socialistas no conselho para Assistência


Econômica Mútua, a COMECON, com o objetivo de garantir a integração e cooperação
econômica entre a União Soviética e os países do Leste Europeu, incluindo mais tarde nações
que adotaram esse sistema em outros continentes. Faziam parte do COMECON: União Soviética,
Albânia, que se desligou em 1962, Bulgária, Hungria, Polônia, República Democrática Alemã
(1950-1990), Romênia e Tchecoslováquia. Posteriormente aderiram ao sistema Mongólia, Cuba
e Vietnã. Um exemplo do funcionamento do bloco está nas relações comerciais entre União
Soviética e Cuba. A potência comprava a altos preços o açúcar cubano e fornecia petróleo a
preços baixos, auxiliando a economia do país socialista americano. O COMECON foi extinto em
1991.
Do outro lado, Bélgica, Holanda e Luxemburgo já haviam se unido em 1947 com o
objetivo de obter melhor resultado no comércio com seus vizinhos. Esse foi o germe da criação
do Mercado Comum Europeu, formado pelos três primeiros países mais Alemanha Ocidental,
França e Itália, com finalidade de garantir a livre circulação de mercadorias, serviços e pessoas
entre seus membros. O Mercado Comum Europeu evoluiu para a formação da União Europeia.

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