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ESTADOS DE CONSCIÊNCIA

Ana Paula de Melo Martins


CONSCIÊNCIA
 Consciência:
“estar ciente” de nós
mesmos e do ambiente que nos
cerca.

 Estar
conciente nos permite exercer
controle voluntário e comunicar o
nosso grau de consciência.
CONSCIÊNCIA
 Levanta informações para
refletirmos e planejarmos.

 Novas tarefas exigem atenção


consciente.

 “Estarciente” varia com o nosso


foco atentivo.
CONSCIÊNCIA
 Algumas tarefas requerem atenção de
forma consciente, o que só pode ocorrer
de forma individualizada.
◦ Pé direito em um círculo anti-horário + 3
com a mão direita.

 A cosciência é a forma de a natureza faça


com que pensamentos e açoes se
sucedam um de cada vez.
Devaneios e Fantasias
 Planejamento futuro saudável e
adaptatível para a espécie:
◦ Antecipa eventos futuros;
◦ Norteiam o desenvolvimento social e
cognitivo de crianças;
◦ Podem substituir comportamentos
impulsivos;
 Cameron & Biber, 1973: 95% de homens e mulheres
dizer ter fantasias sexuas;
 Singer, 1975: praticamento todas as pessoas têm
devaneios ou fantasias todos os dias..
Ritmos Biológicos
 Processos biológicos ocorrem na vida
ciclicamente.
◦ Ciclos anuais: pássaros migram, ursos hibernam
e seres humanos alteram apetite, humor, tempo
de sono.
◦ Ciclo 28 dias: ciclo menstrual
◦ Ciclo 24 horas: serer humanos apresentam
ciclos de temperatura, secreção, hormônios,
sono/vigília.
◦ Ciclo 90 minutos: estágios do sono.
Ritmo Circadiano
Ritmo Circadiano
 Performances individuais:

◦ Pessoas vespertinas: performace melhora


relativamente com o decorrer do dia;
◦ Pessoas matutinas: performace piora com o
decorrer do dia.

 A luz faz o relógio biológico funcionar pela


ativação de proteínas fotossensíveis na retina,
alterando o relógio interno.
SONO
 Dormimos uma média de 25 anos de
nossas vidas (1/3);

 Média de 8 horas por noite, variando para


cada indivíduo;

 Há uma função fisiológica;


vídeo
Sono e vital para a saude
Função do sono
 Proteção: aumento da procura por
proteção e esconderijo.
 Recuperação:
◦ Ajuda a reestabelecer os tecidos corporais;
◦ Produção de hormônios;
◦ Consolidação dos conteúdos de memória;
 Crescimento: liberação de hormônios de
crescimento.
ESTÁGIOS DO SONO
 A cada 90 a 100 minutos passamos por 5
estágios do sono.

◦ Estágio 1:
 5 minutos iniciais: imagens fantásticas e alucinações
(sensações como cair ou flutuar).
 Duração: cerca de 20 minutos
ESTÁGIOS DO SONO
 Estágio 2

◦ Sono de profundidade intermediária


◦ 45% a 55% do tempo
◦ Fusos do sono: surtos de atividade cerebral
rítmica.
◦ Sonilóquio: fala murmurada e sem nexo.
ESTÁGIOS DO SONO
 Estágio 3

◦ Sono profundo;
◦ Ondas lentas;
◦ Destinada a produção de hormônios
(por ex. crescimento)
◦ Duração em torno de 3% a 8% do tempo
ESTÁGIOS DO SONO
 Estágio 4

◦ Sono profundo
◦ Ondas lentas
◦ Duração de 10 à 15% do tempo
◦ Cortex auditivo responde a alguns estímulos
◦ Enurese noturna
◦ Episódios de sonambulismo
ESTÁGIOS DO SONO
 REM (sono paradoxal)
◦ 1 hora depois de termos dormido
◦ Retorna-se aos estágios 3 e 2
◦ Cerca de 10 minutos:
 ondas cerebrais rápidas,
 frequência cardíaca se acelera,
 respiração mais rápida e irregular,
 olhos se movimentam em espasmos rápidos,
 órgãos genitais se ativam,
 músculos relaxados,
 sonhos
ESTÁGIOS DO SONO
Privação do sono
 Sintomas:
◦ Dificuldades nos estudos;
◦ Diminuição da produtividade;
◦ Facilita erros;
◦ Irritabilidade;
◦ Fadiga;
◦ Supressão do sistema imunológico;
◦ Altera metabolismo;
◦ Acelera o envelhecimento;
◦ Causa hipertensão;
◦ Obsesidade;
◦ Transtorno de memória;
◦ Diminuição da criatividade;
◦ Diminuição concentração;
◦ Diminuição da comunicação
 Indique verdadeiro ou falso em cada uma das seguintes afirmações:
 ( ) Preciso de um despertador para conseguir acordar na hora certa.
 ( ) Muitas vezes é uma luta para sair da cama de manhã.
 ( ) Quando o despertador toca, costumo apertar a função soneca várias vezes, para dormir
mais alguns minutos.
 ( ) Frequentemente, sinto-me cansado e estressado durante a semana.
 ( ) Frequentemente, sinto-me mal-humorado, irritado e qualquer coisa me chateia.
 ( ) Muitas vezes tenho dificuldade de concentração e memória.
 ( ) Frequentemente, sinto-me lento na hora de desenvolver um pensamento crítico, resolver
um problema ou ser criativo.
 ( ) Preciso de cafeína para começar a manhã ou me manter desperto durante a tarde.
 ( ) Costumo acordar e consumir junk food, açúcares e carboidratos.
 ( ) Costumo cair no sono assistindo à TV.
 ( ) Às vezes, adormeço em reuniões chatas, palestras ou salas quentes.
 ( ) Costumo dormir após as refeições pesadas ou depois de uma dose de álcool.
 ( ) Costumo cair no sono enquanto relaxo após jantar.
 ( ) Depois de cinco minutos deitado, caio no sono.
 ( ) Costumo sentir sonolência quando dirijo.
 ( ) Durmo horas extras nos fins de semana.
 ( ) Muitas vezes, preciso tirar uma soneca durante o dia.
 ( ) Tenho olheiras.
 ( ) Caio no sono com facilidade ao assistir a um filme.
 ( ) Eu confio em bebidas energéticas ou medicamentos para me manter acordado durante
Resultado
 Se você respondeu “verdadeiro”a três ou
mais itens, provavelmente não está
dormindo o suficiente.
 Para determinar sua necessidade de sono,
Maas(1999) recomenda que você “vá” para
cama 15 minutos antes do habitual todas as
noites na próxima semana;
 Continue essa prática adicionando 15 a
cada semana, até acordar sem despertador
e se sentir desperto durante todo o dia.
Transtorno do sono
 Problemas persistentes em adormecer ou
permanecer dormindo;

 Dificuldade ocasionais por conta de


ansiedade ou excitação excessiva NÃO é
insônia;

 10 a 15% reclamam de insônia


Transtorno do sono
 Uso de drogas:

◦ Dependência física e psicológica;

◦ Reduzem o sono REM “lapsos de


memória” ao longo do dia;

◦ Aumento progressivo das doses;

◦ Quando a droga é suspensa a insônia pode


piorar.
Transtorno do sono
 Alternativas naturais:
◦ Relaxar antes de dormir;
◦ Evitar cafeína;
◦ Leite pode ajudar (matéria-prima para
serotonina);
◦ Ter um padrão regular do sono;
◦ Evitar cochilos ao longo do dia;
◦ Exercitar-se regularmente até o meio da tarde;
◦ Assegurar-se que uma perda temporária não
trará grandes problemas;
◦ Deitar quando estiver com sono.
Transtorno do sono
 Apnéia:
◦ é uma desordem do sono caracterizada pela
obstrução das vias respiratórias durante o
sono, que inibe a passagem de ar por pelo
menos 10 segundos.
◦ O processo pode se repetir por mais de 400
vezes na noite
◦ Queda de oxigênio leva a pessoa a acordar.
Vídeo
Ronco e apneia
Transtorno do sono
 Narcolepsia:
◦ Distúrbio do sono caracterizado por
sonolência excessiva durante o dia, mesmo
quando a pessoa dormiu bem à noite.
◦ Os ataques de sono podem ocorrer a
qualquer momento e em situações inusitadas.
◦ Os portadores de narcolepsia saltam a etapa
do sono de ondas lentas e entram direto,
subitamente, na de sono REM.
Transtorno do sono
 Terror noturno:
◦ Pode sentar-se ou andar;
◦ Não há coerência na fala;
◦ Expressão aterrorizante
◦ Há aumento da frequência cardíaca e respiratória;
◦ Raramente acorda totalmente durante o episódio;
◦ Não se lembra do episódio;
◦ Ocorre nas primeiras horas do estágio 4
◦ Crianças são mais propensas a ter esse tipo de
transtorno;
Transtorno do sono
 Sonambulismo: desajuste entre os níveis de
despertar, quando somente uma parte das
funções cerebrais desperta, mas não se tem
uma consciência semelhante a quando
estamos acordados, com memórias e
planejamento consciente.
 exerce atividades como falar e caminhar
 no dia seguinte não se recorda do episódio
 Fase 4 do sono.
Transtorno do sono
 Sonilóquio: fala que ocorre durante o
sono.
 É considerado um distúrbio do sono,
benigno
 Freqüente na infância e sua ocorrência
diminui na idade adulta
 Não há lembranças ao despertar
SONHOS
 Ocorrem na fase REM;
 Conteúdo variado com ou sem significado;
 Explicação biológica e psicológica
 Mamíferos passam pela fase REM
 8 em cada 10 sonhos contém emoções
negativas;
 É mais comum sonharmos sobre eventos
da vida quotidiana (amigos, parentes,
eventos, trabalho, preocupações, eventos do
dia anterior).
SONHOS
 Mulheres: sonham com homens e mulheres
na mesma quantidade;
 Homens: 65% dos personagens são homens;
 Após sofrer um trauma; relatam ocorrência
de pesadelos;
 Sono protetor: manifestações biológicas
algumas vezes correspondem com
necessidades biológicas.
SONHOS
 Freud, 1900: conteúdo manifesto censurado
e simbólico do conteúdo latente que
consiste em atitudes e desejos inconsciente
que poderiam ser perigosos se expressados
diretamente.

 Freud considerava os sonhos como sendo a


chave para o entendimento de nossos
conflitos internos.
SONHOS
 Pesquisas científicas: modalidade de
processamento de informação.
◦ Ajudam a selecionar e fixar as experiências do
dia em nossa memória
◦ Sono REM facilita a memória
 Pesquisa 1: jogo de memória com sujeitos que foram
acordados no sono REM
 Pesquisa 2: áreas cerebrais são ativadas nos mesmos
locais que as áreas ativas durante uma atividade
acordado.
 Pesquisa 3: estudantes com conceitos A e B dormem
mais.
SONHOS
 Função fisiológica:

◦ Fornecer estimulação periódica ao


cérebro que dorme (experiências
estimulantes desenvolvem e
preservam as vias neurais).
SONHOS
 Função fisiológica:
◦ Teoria da síntese-ativação: a atividade neural é
aleatória, e os sonhos são uma tentativa do
cérebro de organizá-la, dar sentido a ela.
◦ Ativa-se áreas de processamento visual e do
sistema límbico
◦ Lobos frontais (inibição e raciocínio lógico) ficam
inativas

Áreas visuais + Sintema líbico = SONHOS


Vídeo
Para sonhar
HIPNOSE
 Interação social em que uma
pessoa (hipnotizador) sugere a
outra (sujeito) que certas
percepções, sentimentos,
pensamentos ou comportamentos
ocorrerão espontaneamente.
HIPNOSE
 Não é um estado fisiológico específico;

 Comportamentos produzidos pela


hipnose também podem ser produzidos
na sua ausência;

 O estado de consciência fica normal


neste momento.
HIPNOSE
 Fenômeno social: consciência normal e
poder da influência social.
◦ Nossas interpretações e nosso foco
intencional influenciam nossas percepções
comuns.

 Consciência dividida: a hipnoe causou uma


ruptura na conciência e desvia a atenção.
◦ Atenção seletiva: dissociam sensação e
percepção
HIPNOSE
 Poder da hipnose: reside não no
hipnotizador, mas na abertura do sujeito à
sugestão (Bowers, 1984).
◦ Escala de Suscetibilidade Hipnótica: Oscilação
postural
 Uma pessoa autoritativa em um contexto
legítimo pode induzir, hipnotizados ou não,
a cometer atos improváveis.
◦ Experimento (Orne e Evans, 1965):“ácido”.
HIPNOSE: Mito ou Verdade?

hipnose.
MITO
Qualquer um pode experimentar a

 A hipnose pode aprimorar a memória de


MITO
eventos esquecidos.
 A hiponose pode forçar as pessoas a agir
VERDADE
contra a própria vontade.
 A hipnose pode ser terapêutica.
VERDADE
(sugestão pós-hipnótica)
VERDADE
 A hipnose pode aliviar a dor.
DROGAS E COSNCIÊNCIA

 Drogas Psicoativas: substâncias


químicas que mudam as
percepções e os humores
mediante suas ações nas
sinápses neurais.
Drogas que atravessam a barreira hemato encefalica atingindo o
SNC
Drogas Psicoativas
 Tolerância: efeito reduzido propiciado
pelo uso regular da mesma dose de
uma droga, levando o usuário a
necessitar de doses cada vez mais altas
para experimentarem o mesmo efeito.

 Neuroadaptação: adaptação química


para suportar sobredoses
Drogas Psicoativas
 Adicção: desejo e uso compulsivo de uma
droga, a despeito das consequências
adversas.
 Síndrome de abstinência: indesejáveis
efeitos colaterais experimentados após
pararem de engerir drogas.
◦ Dependência física: dor física e intensas fissuras.
◦ Dependência psicológica: necessidade
psicológica de usar droga (por ex.: alívio de
emoções negativas).
Drogas Psicoativas
 Depressores: drogas que reduzem a
atividade neural e desaceleram as funções
corporais.
◦ Álcool: aumenta tendências nocivas e
aumentam tendências generosas
◦ Barbitúricos (tranquilizantes): reduz a
ansiedade, prejudica a memória e o julgamento;
◦ Opioides (morfina, heroína): baixam a dor e a
ansiedade
Drogas Psicoativas
 Estimulantes: excitam a atividade neural e
aceleram as funções corporais: aumento da
energia e autoconfiança.

◦ Anfetamina; classe de droga


◦ Metanfetamina; droga
◦ Cafeína;
◦ Nicotina;
◦ Cocaína;
◦ Ecstasy
Drogas Psicoativas
 Alucinógenos: distorcem a percepção e
evocam imagens sensoriais na ausência de
estímulos sensoriais.

◦ LSD (artificial)
◦ Maconha (THC) - tetrahidrocanabinol
Influências Biológicas
 Filhos adotivos que tem um dos pais com
histórico de dependência alcoólica são
mais suscetíveis à dependência alcoólica.

 Gêmeos idênticos que sofra de


dependência alcoólica aumenta o risco de
ter problemas com álcool. O mesmo é o
caso com a maconha.
Influências Biológicas
 Meninos que aos 6 anos são facilmente
exitáveis, impulsivos e destemidos (traços
geneticamente influenciados) são mais
propensos a fumar, beber e usar outras
drogas.

 Já começaram a identificar genes que são


mais comuns entre pessoas e animais
predispostos ao alcoolismo.
Influências Psicológicas e
Socioculturais
 Sentimento que a vida não tem significado
nem direção;
 Comum entre os que abandonaram a
escola e subsistem sem habilidades
profissionais
 Baixa renda econômica;
 Índices aumentam entre jovens solteiros
que saem de casa
 Índices diminuem quando se casam e têm
filhos.
Influências Psicológicas e
Socioculturais
 Experiência de estresse ou fracasso e estão
deprimidos.

 Mulheres: histórico de depressão,


transtornos alimentares ou abuso sexual
ou físico.

 Macacos separados da mãe desenvolvem


gosto pelo álcool mais facilmente
Influências Psicológicas e
Socioculturais
 Taxas de adicção baixas no país entre
judeus ortodoxos, mórmons, amish e
menonitas.

 Uso maior em regiões urbanas;

 Influência de amigos, relacionamentos


amorosos, parentes;
Influências Psicológicas e
Socioculturais
 Educar os jovens acerca dos custos de
longo prazo dos prazeres temporários da
droga;

 Ajudá-los a encontrar outras formas de


elevar sua autoestima e seu propósito de
vida.

 Tentar modificar as relações os jovens


contra pressões do círculo social treinando
sua capacidade de dizer não.

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