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a Gore Visca. Chewirn, [A Eaqueme sei tational . Eagpema sync propet (becado Eyer eels 1. Anamese 1. Entrevista operative centeada na sprendizasems 2 Testes 2 Testes (segundo linbas de investi- acto) 3. Provas pedagSpicas 3. Anamnese (aberta, sitvacional © se- ‘Bundo Tinhas de investigagio) 4. Elaboragéo do informe (escrito ou no) 4. Elaboraso de informe (1.'eomo ima- sett, 27 como formlasfo oma hipétese a comprovar) 5. Devolugio da informasio aos pais e/ou 20 paciente Em primeiro lugar, desejo esclarecer que a seqiiéncia que proponho nao € uma formula rigida e inalterével, que pode muito bem variar segundo as circunstancias, que me levaram a aplicd-Ia como modalidade habitual pela utilidade que me oferece. Contrariamente & modalidade tradicional em que a abertura do diagnés~ tico se inicia com anamnese, eu o inicio com a EOCA (entrevista operativa centrada na aprendizagem). Isto responde a diferentes motivos. Um deles € que os pais, invariavelmente ainda que com intensidades diferentes, du- ante a anamnese tentam impor Sua opinido, sua dtica, consciente ou incons- cientemente. Isto impede que o agente corretor se aproxime ““ingenuamente”” do paciente para vé-lo tal como ele € para descob Duas criticas me foram feitas a esse respeito: a primeira diz que ido dos pais € a segunda que este 10, dos sentimentos, etc. dos Bais e instrumenté-lo eficazmente em proveito do diagnéstico do paciente, nem por isto deixaré de perder sua per jingénua do que proponho no diagnéstico individual. Paralelamente, 2 meu 0 do profissional responde @ uma que Ihe permiti nagéo? Minhas razoes sio outras. Ci ; mais ingénua que a primeira, embora a determinacio Gue 0 grupo familiar recorta para o paciente me parega fundamental, se 70 gate Ambito ¢ estéve, poder-s-4 detectar a qualquer momento ao longo © julgamento prévio ow preconceito d ie fe deixe fecundar pela realidade do paciente,servindo te “esque eee eee eee saul tatters wl ss) a ee eee See ee ie ts ane ont b BOE ae degen dan eae ee a coahory eae. ee © Geen oe acca oon OPCS nao existe uma bateria de testes preestabelecida, fixa, que deva ser adminis Sade eae nseunettn dvcnbesier 8 Este segundo sistema de hipéteses, configurado pela decantagéo do histéricas (ou etiolégicas e suas cadeias caust e 0 contexto, O meio privilegiado de constatagao € a anamnese, cujas notas sao: aberta (ou seja, nao dirigids (vale dizer voltando-se para pontos nodais ¢ hipéteses diretrizes), ¢ situa~ ional (que leva em consideracao a importéncia da dinimica com que Os fendmenos do passado e presente sac I ainda que experimental vidos no ‘aqui — agora — comigo"). n Os dados assim recolhidos sobre “‘o primeiro na ordem da génese”” s causais colaboram para a formulacao do terceiro sistema de Recapitulando terfamos: ESQUEMA SEQUENCIAL PROPOSTO Ages do entrevistador Procedimentos internos do entrevstador 1, BOCA 1, sistema de hipétese Tinhas de investigesS0 2. Testes 2, Bscotha de instruments 22 sistema de hipéteses Linhas de investigagio 3. Anamnese 3, Verificagio © dacantarfo do 2, sistema de hipstese Fermulagio do 3, sstems de hip6tese. do sujet (ire- 44, Blaborago do informe Resumirei agora os principais aspectos do instrumento que denomino entrevista operativa centrada na aprendizagem e que minha equipe abreviou para EOCA, sigla com a qual & conhecida atualmente. Este instrumento inspira-se, por um lado, na psicologia social de Pichon Rivitre e, por outro, nos pos jomando também & modalidade experimental do método ‘de Genebra, Mas, Giferente de todas elas, se focaliza sobre a aprendizagem, ou melhor dizendo, sobre a investigaco do modelo de aprendizagem, vale alguém aprende ¢ aprende a aprender. ‘A EOCA pretende ser um instrumento simpl fem seus resultados, Consiste simplesmente, em seus a: fem por-se em contato com o entrevistado através de uma instrucio: Tia que vocé me mostrasse o que sabe fazer, o que te ensinaram ¢ 0 {que aprendeu”” ¢ um material também simples que se encontra sobre = mesa ¢ que se oferece 20 entrevistado dizendo-Ihe mais ou menos como Continuagao do que se falou antes: “este material € para que vocé o use se precisar para mostrar-me 0 que te falei que queria saber de voce”. Evidentemente, tanto na instrugo quanto nos materiais haverd diferen~ gas segundo se trate de uma crianca na fase pré-escolar, de escolaridade Briméria, de um adolescente ou de um adulto. Para a presente exposigie, Centrar-me-ei na crianga na fase escolar. espontineo ¢ rico n Os materiais que geralmente apresento para esta idade sio: = folhas Tisas tamanho papel de carta = folhas pautadas = lépis novo sem ponta — apontador —caneta esferogrética —borracha = tesoura — papel fantasia (em quadrados de 10 x 10 em) = régua — marcadores —livro ou revista Conforme os casos, podem ser acrescentados outros materiais e, em situagdes muito especiais numa segunda entrevista, que geralmente nfo $ necesséria, podem-se incluir alguns jogos com seus regulamentos, etc. ‘Uma ver proposta a instrusio inicial, o entrevistado pode ter diversas formas de reacio: = comecar a falar: — comegar a desenhar, escrever, fazer contas, ete; = pedir que The digam o que pode fazer; = ficar paralisado. Esta primeira forma de resposta jf é um dado muito importante que Tmuito sobre 0 sujeito, Se se verificasse um tipo das enuimeradas, depois de animar a crianga -se empregar tim recurso que denomino modelo Este modelo consiste numa enumeracéo néo taxativa cuja intengfo é unicamente a de desencadear respostas por parte do sujeito; por exemplo, “iyoce pode desenhar, escrever, fazer alguma coisa de matemética ou qual- quer outra coisa que Ihe venha a cabesa. Em todo momento, a intengéo é permitir ao sujeito construir a entre= vista de maneira mais espontanea, porém dirigida de forma experimental. Imeressa observar seus conhecimentos, atitudes, destrezas, mecanismos de defesa, ansicdades, areas de expressio da conduta, niveis de operatividade, mobilidade horizontal ¢ vertical, etc. De modo algum se espera um determinado resultado ou se espera que néo ocorra determinada situacéo, mas simplesmente se esté diante de uma situagio por descobrir ou revelar. ‘Uma vez que 0 entrevistado mostrou como opera em relacao a algo, o entrevistador se limita a pedir-Ihe que Ihe mostre outra coisa: “voce j& me mostrou como desenha, agora eu gostaria que me mostrasse outra B joa que © mesmo situagées como: “3 vezes 3 sio 9” (diante de uma conta) ou “a régua desliza quando vocé traga um gue vocé ia expor o problema de mancira diferent tém por intengio observar: 4 possibilidade de modificagio da condut: = 8 desorganizacdo ou reorganizagao do sujeito; = as justificagées verbais ou pré-verbais: iccitaco ou a recusa do outro (assimilaga go, projecao), etc. Durante a OCA, 6 importante observar trés aspectos: 2) a temética; b) a dinamica; c) 0 produto. A temitica’ consiste em tudo 0 que o sujeito diz, toda conduta humana, um aspecto manifesto e outro Ver como ao lado de uma perfeita organizacao sintati justificagéo légica pode coexistir um mundo de fantasia: @ aprendizagem e as situagdes em que esta ocorre. linha” ou “eu pensei ete. Tais intervencies acomodagao, introje- © que teré, como tente. E interessante fe uma adequada 18 que distorcem A dindmica consiste em tudo que 0 sujeito faz que nio € estritamente verbal: gestos, tons de voz, postura corporal, ete, Freqiientemente, a posicio na “ponta” da cadeira, a maneira de pegar os materiais, etc. sio téo ov mais reveladoras que 0s comentirios e, até mesmo, 0 produto. © produto € 0 que o sujeito deixa plasmado no papel, etc, incluindo até, conforme 0 caso, a mesma seqiéncia com que se foram produzindo 08 resultados. i Estes trés niveis de observacio sio os que dario o primeiro sistema de hipétese, o qual estard formado pelos sintomas (com seus indicadores) © certas idéias de quais so as causas atuais que 0 provocam. Com as criangas menores, os materiais podem tender a ser do tipo da massa de modelar, fichas, cubos, etc. ¢ com os adultos a EOCA pode adotar as caracteristicas de uma conversagio, que pode ser complementada com outras atividades. Quando um adulto comenta 0 que faz revela, entre Outros aspectos, seu nivel de competéncia ¢ desempenho, seus temores © satisfagses, etc. Em todos os casos € necessirio levar em conta que o que se obtém nesta primeira entrevista € um conjunto de observacdes, que deverio ser submetidas a uma verificagdo mais rigorosa, do processo diagnéstico. qual constitui o passo seguinte 74

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