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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E MEIO AMBIENTE

BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL


FÍSICA EXPERIMENTAL II

CARLOS HENRIQUE MOREIRA

HENRIQUE ALVES SANTOS

THIAGO EMANUEL DE BARCELOS

RELATÓRIO DE PRÁTICA
PRATICA 3(PÊNDULO SIMPLES)

CURVELO
AGOSTO - 2018
1) INTRODUÇÃO

Iniciando o estudo de movimento harmônico simples, as oscilações de um


pêndulo simples, fornecem uma boa base de como se comporta
experimentalmente esse modelo de fenômeno físico.
Tomando um objeto de massa m, com volume relativamente pequeno, suspenso
por um fio de massa e volume desprezível, é possível perceber como ocorre
esse tipo de movimento oscilatório, sendo plausível fazer uma análise do torque
relativo à componente perpendicular ao fio, do período (tempo de uma
oscilação), do módulo da aceleração da gravidade e do comprimento do fio que
suspende o objeto.
A análise que é comumente feita é do módulo do período que é dado pela
equação abaixo:
L
T  2 (1)
g

Sendo que nessa equação, T representa o período, L o comprimento do fio e g


a aceleração da gravidade.
Com essa mesma fórmula é possível encontrar experimentalmente o valor da
aceleração da gravidade, que é dada por:
.
𝑔= (2)
²
Por fim, como todo experimento há incertezas, é necessário calcular a
propagação dela pelas fórmulas que serão utilizadas, e para fazer esse cálculo
será utilizada a fórmula representada abaixo:

(3)

2) OBJETIVO

O objetivo do experimento foi analisar de que maneira se comporta um pêndulo


simples, quando este é submetido a diferentes comprimentos de fio (L) e como
esses comprimentos influenciaram no período (T) das oscilações.
Depois de feita essa análise preliminar e teórica, com os dados, foi possível
plotar um gráfico T² versus L, e analisá-lo para poder concluir sobre o valor da
aceleração da gravidade encontrado experimentalmente.

3) MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais utilizados na prática foram:


 Base delta;
 Haste metálica de 1m;
 Mufa;
 Haste em L (18cm);
 Trena;
 Fio;
 Esfera com furo central;
 Cronômetro

Inicialmente foi colocada a haste metálica sobre a base delta, e esse sistema foi
locado sobre a bancada, feito isso, para continuar a montagem, foi estabelecida
uma altura suficiente na haste metálica para fixar a mufa juntamente com a haste
em L, que servriam base para o experimento.
Depois da montagem da base por completo, foi necessário “pendurar” o fio em
diferentes alturas pré-estabelecidas com a trena. Em cada altura, o objeto foi
abandonado num ângulo pequeno com a vertical, e simultaneamente foi feita a
medição do tempo gasto para o pêndulo oscilar 10 vezes. Por fim, para
compilação e análise dos dados, um gráfico foi feito
utilizando o software Origin Pro 8 ®.

4) RESULTADOS
Os resultados encontrados com a prática foram relatados abaixo seguido pelas
respectivas incertezas, a do comprimento do fio relativo à incerteza da trena, a
do tempo relativo à incerteza do cronômetro e por último a incerteza do período
das oscilações ao quadrado foi calculado com a fórmula da propagação de
incerteza.
Comprimento do Tempo para 10 Período das oscilações
fio (m) oscilações(s) ao quadrado(s²)
0,7500 ± 0,0005 16,79 ± 0,01 2,82 ± 0,03
0,6000± 0,0005 15,27 ± 0,01 2,33 ± 0,03
0,4500 ± 0,0005 12,76 ± 0,01 1,63 ± 0,03
0,3900 ± 0,0005 12,25 ± 0,01 1,50 ± 0,03

Com os dados acima, foi plotado um gráfico utilizando o software Origin Pro 8 ®,
e a melhor forma para a realização do mesmo foi linearizar o período,
relacionando o período ao quadrado a uma equação linear. Assim, foi possível
aplicar o ajuste próprio para esse tipo de função (ajuste linear), esse gráfico está
representado abaixo:

Esse gráfico é definido pela seguinte equação: T2 = KL + C, e sabemos que


. 2
𝑔= portanto tem-se que 𝑇² = 4𝜋𝑔 .𝐿 então o coeficiente angular é
²
dado por .
Para encontrar o valor experimental da gravidade, é necessário ver que esse

coeficiente angular é igual a 3,75809 e ele pode ser igualado a , obtendo-

se g =10,505 m/s2.
Agora, por meio da teoria de propagação de incertezas, é possível associar uma
incerteza ao valor encontrado: os cálculos desse resultado estão presentes no
memorial de cálculo.
O valor obtido para a gravidade foi de (10,5 ± 0,2) m/s2. Comparando esse valor
com o módulo da gravidade tabelado, obteve-se um valor 7% maior.

5) DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Para iniciar a discussão dos resultados, é importante analisar as fontes de erro


do experimento. Houveram erros ligados à falta de linearidade no movimento
descrito pelo pêndulo, erros ligados à falta de precisão com relação a altura do
fio na haste, este ocorreu por causa da distância em que o pêndulo se
encontrava da haste, tiveram também erros relacionados à marcação do tempo,
principalmente porque o experimento foi coordenado por duas pessoas, sendo
que uma era responsável por abandonar o pêndulo, enquanto a outra se
responsabilizava pela marcação do tempo gasto para o mesmo oscilar 10 vezes,
esse fato fez com que o tempo de percepção e o tempo de reação humano
influenciasse diretamente nas medições feitas.
Quanto aos valores encontrados, pode-se considerar que foram satisfatórios
para fins educacionais, uma vez que o valor encontrado para aceleração da
gravidade foi próximo do valor real da mesma. Outro ponto nesse quesito que
vale ressaltar é com relação a linearidade dos valores encontrados no gráfico,
uma vez que a precisão com relação a reta diretriz foi de 99,3%.

6) CONCLUSÃO

Para uma análise inicial, podemos concluir que a prática cumpriu com seus
objetivos. Além disso, foi possível observar que o desvio padrão se mostrou uma
maneira eficiente de mensurar uma incerteza única, para representar as diversas
incertezas obtidas durante as medidas para cada altura relacionada ao fio que
constituía o pêndulo e o tempo relacionado a oscilação. Podemos citar que a
principal fonte de erro foi a obtenção do tempo, que gerou incertezas e erros no
período e em todos os dados obtidos a partir do mesmo. Por fim, pode-se
concluir também que o pêndulo é uma ótima exemplificação das oscilações e do
movimento harmônico simples.

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