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Qual a relação entre as duas superpotências: (EUA e a URSS) após a Segunda Guerra
Mundial?
Apesar de vencedoras do conflito, estas duas potências evidenciaram grandes divergências e
representavam caminhos políticos-ideológicos, antagónicos, nesse sentido, o mundo dividiu-se
entre a influência comunista da URSS e a influência capitalista dos EUA, na nova ordem
internacional bipolar, os EUA e a URSS procuraram expandir a sua influência, começando pela
Europa.
O Mundo Capitalista
Nos anos da Guerra Fria confortaram-se duas conceções opostas de organização política, vida
económica e estruturação social: de um lado, o modelo capitalista e liberal, do outro, o modelo
comunista.
O conceito de democracia adquiriu uma maior abrangência, o regime democrático, para além de
garantir as liberdades individuais deveria assegurar o bem-estar dos cidadãos e a justiça social.
Sobressaem no panorama político europeu a Social Democracia e a Democracia Cristã.
Social Democracia
• Defende a construção da sociedade socialista por processos reformistas e democráticos;
• Constituiu-se como uma via alternativa ao socialismo e ao capitalismo;
• Rejeitou a herança marxista e procurou reformar o capitalismo, mediante a negociação de
reformas que assegurassem um compromisso entre os assalariados, os sindicatos e o patronato;
• Propõe conciliar a livre concorrência com a intervenção do Estado na regulamentação da
economia e promoção do bem-estar dos cidadãos;
• Defende que o governo deve controlar os setores-chave da economia e adotar políticas fiscais
que permitam uma melhor distribuição da riqueza;
• Os governos promoveram uma política intervencionista que atribuiu ao Estado um papel
fundamental no desenvolvimento económico, com a promoção dos investimentos públicos e de
nacionalizações de empresas-chave da economia.
Democracia Cristã
• Corrente política inspirada pela doutrina social da Igreja;
• Defende políticas regidas pelos princípios humanistas;
• Pretende aplicar à vida política os princípios da justiça, entreajuda e valorização da dignidade
do Homem;
• Defende a promoção do bem-estar social, num quadro mais liberal da economia de mercado;
• Aceita a promoção da justiça social e da solidariedade como funções do Estado, de forma
menos interventiva;
• Assumiu-se como mais conservadora e defensora de uma menor intervenção do Estado na
economia e na sociedade.
A prosperidade económica
Entre 1945 e 1973, a produção mundial mais do que triplicou. Estes cerca de trinta anos de uma
prosperidade material sem precedentes ficaram na História como os “Trinta Gloriosos”.
Houveram vários fatores que desencadearam esta época, entre eles:
• As decisões de Bretton Woods, com vista a manter a ordem económica e a estabilização
financeira;
• A criação do FMI e do Banco Mundial para a cooperação entre os diferentes países europeus;
• A ajuda económica e financeira dos EUA, sobretudo através do Plano Marshall;
• A redução das tarifas alfandegárias e a cooperação comercial internacional, implementada pelo
GATT;
• O aumento demográfico conhecido como baby-boom contribuiu para o rejuvenescimento da
população e possibilitou o crescimento do mercado interno, devido ao aumento de
consumidores;
• A disponibilidade de mão de obra beneficiou não só do crescimento populacional e da
emigração, mas também do facto de a mão de obra feminina se ter afirmado no mercado de
trabalho;
• O aumento do consumo, devido à subida dos salários, constituiu um estímulo à produção;
• O aumento da escolaridade contribuiu para a existência de uma mão de obra mais qualificada e
produtiva.
A sociedade de consumo
Caracteriza-se por elevados níveis de consumo quer de bens e serviços estritamente necessários
a uma sobrevivência de boa qualidade, mas também de bens e serviços supérfluos.
É característica dos períodos de prosperidade em que o aumento do consumo estimula o
aumento da produção, que por sua vez fomenta o pleno emprego com salários elevados.
As famílias veem aumentando o seu poder de compra provocando um aumento efetivo da
procura, proporcionando um forte estímulo à produção.
O consumo é fomentado por sofisticadas técnicas de publicidade e marketing e pelas vendas a
crédito.
Os bloqueios económicos
Implementou-se, nos anos 60, um vasto conjunto de reformas, praticamente em todos os países
da Europa socialista. O impulso veio, mais uma vez, da URSS, pela mão de Nikita Kruschev:
investe-se na produção agrícola, reduzem-se os horários de trabalho (de 48 para 42 horas),
aumenta-se a autonomia dos gestores face aos funcionários do Estado (a chamada
Nomenklatura), premeiam-se os operários mais produtivos.
• Denunciam o colonialismo;