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A novela intitulada aventura de Ngunga de Pepetela narra a historia de um menino de 13 anos

órfão de pai e mae que vivia com um Senhor chamado Nossa Luta, por vezes, e outras vezes
com amigos e conhecidos pelos kimbos em que ele ia passear. Nossa Luta era um guerrilheiro
cujo paradeiro Ngunga desconhecia durante algum tempo e soube dele, soube tambem que
ele morrera numa emboscada do inimigo, ou seja o colono. Nossa Luta era uma pessoa
especial para Ngunga pois foi ele que cuidou dele quando os pais foram assassinados.

Com a morte de Nossa Luta Ngunga ficou sem ninguém, uma vez que todas as pessoas por
quem ele nutria afecto haviam desaparecido nomeadamente os seus pais , o Nossa Luta e a
velha Ntumba, uma velha que em vida sempre se importou com ele, recomedando às suas
filhas que lhe dessem sempre comida.

Depois da morte de Nossa Luta Ngunga vai viver na secção, uma área ocupada
maioritariamente por militares, é lá onde ouve falar do Comandante Mavinga, um homem
admirado pela sua coragem e decisão. Acontece que um dia o tal comandante foi fazer
inspecção no sector onde Ngunga estava e ai foi a oportunidade de conhecê-lo. A admiração
que Ngunga tinha pelo comandante Mavinga foi a mesma que este veio a ter por ele, primeiro
por vê-lo a beber e depois pela sua historia de vida, acreditando que no futuro Ngunga seria
um bom guerrilheiro.

Mesmo contra a vontade de Ngunga convence-o a ir a uma escola estudar, pois ainda era
criança para a guerra. Mavinga decide então levar Ngunga para uma aldeia onde houvesse
escola. A viagem de dois dias fazem-a em quatro por causa das paragens em todos os kimbos
ao longo do percurso onde era sempre bem recebido devido a fama de que gozava e o seus
sucessos militares conhecidos por todos. Ngunga por estar a andar com Mavinga acabava
tambem por ser admirado pelas crianças da sua idade, pensando elas que ele tambem já
participou em vários combates e outras proezas militares, mas ele no seu jeito humilde tratava
sempre de dizer a verdade e não enche-las de mentiras como qualquer um que fosse objecto
de admiração faria.

Uma das coisas que convenceu Ngunga a aceitar ir a escola era conhecer a escola e saber
quem é o professor. A figura do professor criou muita espectativa em si, imaginava o
professor, “um velho com cara séria”. O que veio a saber sobre a escola e o professor, todavia,
colidiu com tudo o que imaginara e pensara. Encontrou uma escola que mais não era que
“uma cubata de capim para o professor e, numa sombra, alguns bancos de pau e uma mesa”, e
o professor era afinal um jovem mais novo que o comandante, sorridente e falador. Ngunga
perguntava-se a si mesmo se o tal jovem sabia mesmo para ensinar aos outros.

O seu respeito pelo professor começou quando o viu a ler uns papeis que o comandante o
entregara para ler em voz alta, dando conta naquele momento de que afinal o comandante
não sabia ler.

Abre-se um novo capitulo na vida de Ngunga com a sua ida para escola, apesar de ele na altura
não pensar assim uma vez que estava lá na escola só para ver como era, e até achava que não
ia aguentar por muito tempo. Ngunga passou a viver com o professor, chamado União, e
tambem com um outro aluno do professor vindo do Kuando, o Chivuala. Os restantes alunos
eram externos ou seja vinham dos kimbos próximos da localidade onde estava a escola. Com o
professor Ngunga ia aprendendo não a escrever e a ler como também sai com ele para o rio a
busca de agua para larvar a roupa, para pescar e até tambem acabou por aprendera caçar e a
fazer disparos com as armas que o professor tinha. A par disso ia sabendo mais sobre a vida
tanto do professor como do Chivuala e sobre outras questões não menos importantes como o
facto de na aldeia do presidente Kafuxi onde vivia a Imba a menina que ele havia conhecido,
não se ter instalado lá a escola por o presidente se ter recusado a dar alimento ao professor.

Entre Ngunga e Chivula começa um mau clima no seu relacionamento quando este último
come a comida reservada para professor e recusa-se a confessar que foi ele que fez tal acção,
Ngunga não gostando acusa-o em particular, brigam, mas Ngunga nada diz ao professor até
que num dia Chivuala provoca outra rixa, que o professor vê a distancia e decide puni-lo,
mandado de volta ao Kuando.

Depois da saída de Chivuala começam os ataques a escola do professor União. Este foge para
uma trincheira juntamente com Ngunga e em resposta abrem fogo contra os colonialistas,
conseguem abater alguns, mas por falta de munições e com o professor atingido na cabeça por
uma bala que lhe deixou ferimentos e a cara toda ensanguentada rende-se e são levados para
o Posto de Cangamba

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