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Tema: FORMAS NATURAIS da LITERATURA

Aluno: ___________________________________________; Turma: ________________________; Nº: _____

Professora: Fátima Maria Silva Pereira: _________________________________________________________

Primeira página de Poética, de Aristóteles.

A linguagem é o veículo utilizado para se escrever uma obra


literária. Escrever obras literárias é trabalhar com a linguagem. Os
Géneros Literários são as várias formas de trabalhar a linguagem, de
registar a história, e fazer com que essa linguagem seja um instrumento
de conexão entre os diversos contextos literários que estão dispersos ao
redor do mundo. Os géneros literários dividem-se, geralmente, desde a
Antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico, lírico e dramático.
Essa divisão partiu dos filósofos da Grécia antiga, Platão e Aristóteles.
Essas três classificações básicas englobam inúmeras categorias
menores, denominadas subgéneros. O género lírico, na maioria das
vezes, é feito em versos e explora a musicalidade das palavras.
Entretanto, os outros dois também podem ser escritos nessa forma.

O termo provém do latim litteratura, "arte de escrever, literatura",


a partir da palavra latina littera, "letra".

GÉNERO NARRATIVO
O género narrativo relata, através de um narrador, um
acontecimento, imaginário ou não, situado num tempo e num lugar
determinados, envolvendo uma ou mais personagens.

Quanto à estrutura, ao conteúdo e à extensão, podem classificar-


se as obras narrativas em romances, contos, novelas, poemas épicos,
crónicas, fábulas e outros. Quanto à temática, as narrativas podem ser
histórias policiais, de amor, de ficção, entre outras.

Textos narrativos

 Romance: é um texto completo, com narrador, acção,


personagens, tempo e espaço bem definidos, de carácter
verosímil.
 Fábula: é um texto de carácter fantástico que busca ser
inverosímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). As
personagens principais são animais ou objectos, e a finalidade é
transmitir alguma lição de moral.
 Epopeia ou Épico: é uma narrativa feita em versos, num longo
poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um
povo. Quatro belos exemplos são, por exemplo, O Senhor dos
Anéis, de J. R. R. Tolkien, Os Lusíadas, de Luís de Camões, a
Ilíada e a Odisseia, de Homero.
 Novela: é um texto caracterizado por ser intermedio entre a
longevidade do romance e a brevidade do conto.
 Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em
prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores
(conto popular).
 Crónica: é uma narrativa informal, ligada à vida quotidiana, com
linguagem coloquial, breve, com um toque de humor e crítica.
 Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o
didáctico, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas
a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o
tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal
e subjectivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político,
social, cultural, moral, comportamental ou literário.), sem que se
paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou
dedutivas de carácter científico.

O GÉNERO NARRATIVO
 
Constituem elementos essenciais da narrativa:
 
1. Narrador
Quem conta a história.
Atenção: não confunda o narrador com o autor da história. O
autor é um escritor, com uma biografia civil, um ser humano como
qualquer outro de nós, cujo ofício é contar histórias. O narrador é o
contador da história, um ser ficcional a quem o autor transfere a tarefa
de contar determinada história. Um mesmo escritor pode construir
diferentes narradores, um para cada história que deseja contar.
Há textos narrativos quase totalmente ou totalmente dialogados.
Nesse caso, a figura do narrador participa pouco ou fica subentendida.
Pelos diálogos, nós, leitores, montamos a narrativa em nossa mente.
 
2. Foco narrativo
O narrador pode optar pela primeira pessoa (nesse caso é uma
personagem que participa da narrativa ou a personagem central, que
conta sua própria história) ou pela terceira pessoa (alguém que observa
os fatos e está fora da história).
 
3. Acção
É o conjunto encadeado de factos, organizado de acordo com a
vontade do escritor.
Todo enredo supõe um conflito.
É importante lembrar que factos sempre ocorrem numa sequência:
começo, meio, fim. No entanto, o escritor pode alterar essa ordem,
começando a contar pelo meio ou pelo fim, dependendo do efeito que
pretende alcançar.
 
4. Personagens
São seres ficcionais que vivem os factos. Lembre-se: qualquer tipo
de ser – gente, bicho, criaturas inanimadas – pode ser personagem de
uma narrativa.
 
5. Espaço
É o lugar onde acontecem os factos narrados. Em algumas
narrativas o espaço não é mencionado, pois não tem importância
fundamental. Em outros casos, o espaço é muito importante e o escritor
dedica a ele extensos trechos da obra.
 
6. Tempo
É o momento em que ocorrem os factos narrados. O tempo pode
ser cronológico ou psicológico.
 

GÉNERO LÍRICO
Na maioria das vezes expresso pela poesia, é no entanto de
grande importância realçar que nem toda a poesia pertence ao género
lírico. Este género preocupa-se principalmente com o mundo interior de
quem escreve o poema, o Eu-lírico, que pode ser também chamado de
Sujeito Lírico ou Poeta. Os acontecimentos exteriores funcionam como
estímulo para o poeta escrever. O que é fundamental num poema é o
trabalho com as palavras, que dá margem à compreensão da emoção,
dos pensamentos, sentimentos do eu-lírico e, muitas vezes, levam à
reflexão, portanto, sendo geralmente escrito na primeira pessoa do
singular.

Na poesia moderna encontram-se muitas manifestações poéticas


que criticam a realidade social em que ela está. Um dos papéis mais
importantes do poema é manter viva a experiência histórica da
humanidade e registar os preceitos das épocas que vão se
transformando.

No entanto, mesmo quando na poesia o escritor fala da sua


experiência e/ou do seu tempo, ele fá-lo de uma forma diferenciada
daquela que geralmente se encontra nos registos dos outros géneros
textuais; nesse caso, o poeta faz uso da memória da linguagem de um
passado presente, que se alimenta, entre outras coisas, do inconsciente.
A importância da palavra no poema é tão relevante que é possível
aproveitar toda a riqueza fonética, morfológica e sintáctica da língua e,
através dela, constroem-se várias maneiras de provocar sensações no
íntimo do leitor.

Devido a essa intensidade de expressão, as obras líricas tendem a


ser breves e a acentuar o ritmo e a musicalidade da linguagem.

Textos líricos

 Ode: é um texto de cunho entusiástico e melódico, em geral, uma


música.
 Hino: é um texto de cunho glorificador ou até santificador. Os
hinos de países e as músicas religiosas são exemplos de hinos.
 Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois
quartetos e dois tercetos, com rima geralmente em A-B-A-B A-B-
B-A C-D-C D-C-D.
 Haicai ou haiku: é uma forma de poesia japonesa, sem rima,
constituídos normalmente por três versos na ordem de 5-7-5
sílabas.

GÉNERO DRAMÁTICO
É composto de textos que foram escritos para serem encenados
em forma de peça de teatro.

É muito difícil ter definição de texto dramático que o diferencie


dos demais géneros textuais, já que existe uma tendência actual muito
grande em teatralizar qualquer tipo de texto. No entanto, a principal
característica do texto dramático é a presença do chamado texto
principal, composto pela parte do texto que deve ser dito pelos actores
na peça e que, muitas vezes, é induzido pelas indicações cénicas,
rubricas ou didascálias, texto também chamado de secundário, que
informa os actores e o leitor sobre a dinâmica do texto principal. Por
exemplo, antes da fala de um personagem é colocada a expressão: «com
voz baixa», indicando como o texto deve ser falado.

Já que não existe narrador nesse tipo de texto, o drama é dividido


entre as duas personagens locutoras, que entram em cena pela citação
de seus nomes.

"Classifica-se de drama toda peça teatral caracterizada por seriedade, ou


solenidade, em oposição à comédia propriamente dita"

Textos dramáticos

 Elegia — é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a


morte é elevada como o ponto máximo do texto. Um bom exemplo
é a peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare.
 Epitalâmia — é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou
seja, noites românticas com poemas e cantigas. Um bom exemplo
de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas Noites Nupciais.
 Sátira — é um texto de carácter ridicularizador, podendo ser
também uma crítica indirecta a algum facto ou a alguém. Uma
piada é um bom exemplo de sátira.
 Farsa — é um texto onde as personagens principais podem ser
duas ou mais pessoas diferentes e não serem reconhecidos pelos
feitos dessa pessoa.
 Tragédia — representa um fato trágico e tende a provocar
compaixão e terror.

Outros: Comédia; Comédia musical; Drama; Tragicomédia; Teatro de


marionetes; Teatro de máscaras

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

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