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Os textos dramáticos definem-se geralmente pela característica dialogai por que sãocompostos bem como
pelo seu objectivo último: a representação mediante um público (o destinatário coexistente no tempo e no
espaço da representação, com quem épartilhado todo um conjunto de efeitos de natureza visual, auditiva,
além de umarealidade interpretativa marcada pela singularidade que os actores imprimem aostextos que
fala, transmitem uma história, uma ação desenvolvida num determinado tempo e num determinado
espaço
Tipos de fala
Aos actos de fala das personagens (as réplicas) cabe o núcleo fundamental do textodramático; daí serem
considerados, por alguns estudiosos, como o texto principal,constituído pelos diálogos (discurso em
interacção entre personagens), monólogos (discurso não interactivo da personagem) e pelos apartes
apresentado entre parêntesis, com caracter tipográfico diferente ou destacado do texto principal, e
corresponde às indicações cénicas fornecidas pelo autor. Através delas dão-se pistas para a
forma como foi imaginada a representação pelo próprio dramaturgo. Entre as indicações contam-se: a
identificação das falas e o modo como devem ser ditas; a caracterização das personagens e suas
entre outras.
A estrutura externa mais frequente na abordagem do texto dramático é a que o divide em atos (associada
frequentemente a mudanças de cenário ou, então, a fases cruciais no desenvolvimento da ação) e cenas
(cada uma das partes em que se divideum ato, determinadas pela entrada e/ou saída de personagens).
Classificação dos textos dramáticos
Certos períodos histórico-literários classificaram os textos dramáticos segundo dife-
rentes géneros literários, fazendo aparecer
as tragédias (com personagens aristocráticas, de tom sublime, escritas em versoe com intrigas
submetidas à fatalidade, evoluindo para situações finais marcadas pela morte, pelo suicídio, pela
punição);
as comédias (com personagens menos aristocráticas, com tom mediano e deintrigas centradas num
os dramas (com personagens de vários estratos sociais, de tom e estilo media-nos, sem o formalismo
Hoje em dia, contudo, as fronteiras entre os géneros não só se esbateram como aindapermitiram a mistura,
para não falar nas classificações que os autores, desde GilVicente, iam já atribuindo especificamente aos
seus textos, mercê das características temáticas, do tom, do tipo de intriga que iam revelando (farsa,