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INTRODUÇÃO

Ao desenrolar da matéria e dos resultados obtidos nas diversas pesquisas


científicas, é de dar a instauração do nosso trabalho salientando que,

BIÉ Bailundo é uma das províncias situada a oeste de Angola e faz fronteira
com a província do Huambo entre os rios Kuvo e Kutato, seu povo é Ovimbundu.

Antiga mente contava – se com cerca de 450.000 habitantes dispersos pela mais
de 300 aldeias existente e faz parte na sociedade Africana.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A grande maioria, e especialmente as populações africanas, contudo, partilha a


convicção que as sociedades africanas, como todas as outras, devem ser desenvolvidas.

As sociedades hoje são todas constituídas como objetos de desenvolvimento.


Como Brecht já disse em meados do século passado: o mundo de hoje só pode ser
descrito às pessoas de hoje como um mundo que pode ser mudado. De fato, pensar
sociedades africanas sem pensar nas múltiplas intervenções externas com que estas têm
que lidar não nos leva muito longe. Ou dito de outra forma: as dinâmicas internas das
sociedades africanas não podem ser compreendidas se ignorarmos as condições externas
que as influenciam.

Ainda menos podem ser estudadas se as reduzirmos a objetos de


desenvolvimento ou a vítimas de processos de globalização. E ainda mais longe ficamos
de qualquer compreensão se as tratarmos como sociedades fundamentalmente iguais
que apenas se distinguem por algumas diferenças mais ou menos folclóricas.

O primeiro ataque do planalto foi em 1645, pelos portugueses quando ainda


estavam conservados em Massango e em luta aberta, com a rainha Njinga, da Mutamba.

Ao procurar uma passagem para aquela região, a perceberam – se da densidade


populacional existentes até da existência da arma de fogo que a rainha tinha distribuído
para evitar as tentativas de ataque e filtração dos território em causa.

O segundo ataque foi em 1660 nova mente recheado.

No meiado do século XVIII, os Portugueses atacaram o reino do Ngalangui,


prenderam o rei e estabeleceram em 1769, uma aliança com o rei do Kakonda, que
facilitaram a construção do forte do Kakonda-a-Nova.

As mudanças reais na maioria das sociedades africanas no último meio século não
são exatamente um testemunho de sucesso para as intervenções do complexo
desenvolvimentista.

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As estratégias do complexo perante estes fracassos são múltiplas: desde a negação
dos fatos à construção de cenários positivos, da mudança flexível das justificações, às
lamúrias sobre a falta de recursos adequados, até à montagem de debates globais como
exercício de marketing para garantir a continuação dos fluxos de recursos dos quais as
organizações deste complexo dependem.

A atenção redobrada que se dá, por exemplo, à avaliação dos projetos de


intervenção demonstra claramente a consciência da necessidade de aumentar a
credibilidade das justificações das intervenções. Os apelos aos sentimentos e aos valores
positivos das sociedades humanas (solidariedade, respeito pela dignidade, direitos
humanos, entre outros) acompanham as campanhas de marketing e conseguem
mobilizar muito boa vontade de muita boa gente.

BIÉ

Quando Ciyoka se tornou rei do Bié, estavam criadas as condições para uma
aliança contra os portugueses.

  Como resultado do seu reinado conquistou o reino do Ngolangui, construído o


forte do Kuango, no reino de Nganguela.

  Ciyoka morreu em 1888, sucedendo lhe o rei Ndunduma Iº do Bié, que renova
com a crescida a aliança anterior.

Em 1891, os portugueses decidiram fazer ataque. Dando comando ao Teixeira da


silva capitão das tropas, equipadas com artilharia e guiadas por batalhadores bóeres.
Ndunduma foi feito prisioneiro e desterrado para cabo – verde, onde morreu.

No Bié foi construído um forte de reino que perde a sua independência.

O Bié é habitado pelos Uvimbundus agricultores, caçadores de gados e ferreiros.


A sua agricultura prosperava permitindo produzir excentes, que foram utilizados no
comércio com os povos vizinhos. Essa prosperidade económica permitiu uma maior
consolidação do poder políticos dos diferentes reinos existentes, nomeadamente:

Huambo – fundada por Wambu Kalunga

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Tchiyaka- fundada por Tchilulu – e Ndulo ou Andulo, fundado por Kateculo –
mengo. Existiam ainda outros reinos no planalto do Bié, nomeadamente Ngalanga,
Sambu, Tchivula, Tchingola, Tchicomba, Tchitata, Ekekete, Tchicuma e Cululembe.

No final do século VIII, Bié foi o local onde negociava-se produtos alimentares,
a parece como um ponto estratégico no caminho que os portugueses encontraram e que
os leva até as terras do Lovale. Conhecido pelos africanos que forneciam indicações aos
portugueses, esta rede comercial atravessa as terras de poderosos sobas.

O acesso ao planalto do Bié efectuou-se através de Benguela fundada em 1617, e


que funcionou como escoador dos produtos transaccionado pelos povos ovimbundo. A
região em causa sofreu um surto de desenvolvimento durante o governado de Sousa
Coutinho, em que foi desenvolvido um esforço enorme de edificação de novas
localidades tentando fixar novas populações de origem europeia com base na
exploração agrícola.

No entanto, esta estratégia, devido a importância de que se revestia o tráfico de


escravos ao clima e as doenças, que transformavam a zona num autêntico cemitério de
Bié europeus não vingou e a presença portuguesa na zona foi-se diluindo
progressivamente. Parte das povoações tiveram que ser abandonados até ao meiado do
século XIX a independência dos povos locais não sofria constatação por parte das
autoridades portuguesas.

A origem e fundação do viye não são bem claras. As contradições sobre sua
fundação nem sempre coincidem. Mas existem visões que, atendendo a globalidade da
historia dos Ovimbundu e dos seus vizinhos Songos e Lumbes, e sobre tudo os
Tchokwe suscitam algumas credibilidade. De entre tantas podemos enfatizar a que
concerne o significado e a origem do termo Viye (Bié), que é um contacto que atesta a
proveniência do vocábulo «Viye» do imperativo na terceira pessoa do plural, do verbo
Umbundu Okwiya isto é, vir.

Em conformidade com esse conto, um soberano do Bié, para resolver o


contencioso ou para fazer pagar os súbdito e aos reinos subsidiários os tributos devido
ao seu reino, exigia, antes de mais bois. Os soberanos fazia as suas cobranças de
imposto ou taxas, usando apenas a expressão «Viye», isto é que venham os bois, depois
falamos».

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O plano do Bié foi ocupado pelos Ovimbundu, que se ocupavam
primordialmente da agricultura. Desde sempre foi a região território de Angola que
possuiu maior densidade populacional, o que se reflectiu nos altos níveis de produção
alcançados não só do ponto de vista agrícola, mas também artesanal e de exploração
mineiro especial do ferro extraído das minas do Andulo.

A mediada em que a produção foi desenvolvendo, foram – se excedentes, que no


inicio foram trocados internamente no âmbito do planalto, para mais tarde serem
transaccionados com as populações da costa oriental de África. Estes agricultores,
artesão, ferreiros, caraneiros de longo curso e grandes guerreiros só muito tarde se
organizaram em estruturas políticas autónomas.

Em 1671, nasceu o reino Ndulo (Andulo), organizado por Katekulo – Mengu, chefe.

Os reinos do bailundo, Bié e Kakonda, formaram – se respectivamente em 1750


e  1760 o primeiro pelo chefe Katiavala da Kibala, o segundo por Vie, guerreiro e
caçador do Humbe, e o ultimo por Kakonda, um escravo fugindo de Benguela. Alem
destes considerados os mais importantes, outros se formaram, sobre tudo no sul do
planalto formando um conjunto de pequenos estados, difíceis de identificar e
seguramente difíceis de controlar, tal como Ngalangui, Sambu Civula, Cingolo
Cikomba, Citata, Ekekete Cikuma, Kalukembe e outros.

REIS DO BIÉ ATÉ AO ANO DE 1890

Vyie (cerca de 1750);


Ueund
Eyambi I
Nzilaluilo I
Kangombe I (corado em 1795)
Kawewe I (1795)
Moma (vasovava II)
Mbandua  I(1833 a 1839);
Kakebembe I (1839 a 1842
Liambula I (1842 a 1847)

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Kayangula I (1847 a 1850)
Mukinda I (185 a 1857)
Nguvengue I (1857 a 1859)
Konya Cileno (1860 a 1883)
Njamba  Ya Mina I (1883 a 1886)
Cyioka (1886 a 1888)
Ndunduma I (1888 a 1890)

Em 1876 Ekuike II tornou – se rei no trono do reino do bailundo para se libertar


dos produtos agrícolas do Brasil, desenvolveu a agricultura na região.

Em 1876 Rei Ekuike II subiu no trono no reino de Bailundo para se libertar dos
produtos agrícolas do Brasil, desenvolveu a agricultura na região.

Aliando o comercio do milho aos dos escravos da cera, do marfim e então


também da borra, o bailundo tornou – se no grande potentado comercial do planalto
conhecido em toda África negra.

Em 1893, morreu Ekuike II, sucedendo assim Numa II. Em 1896, Teixeira da
Silva atacou a capital do Bailundo, deitando fogo, matou Numa II, e reduziu o reino a
situação do Bié.

BAILUNDO

Para controlar eficazmente o comercio no interior de Angola e melhor enfrentar


a residência dos Ovimbundo, as autoridades coloniais tinham aliado, a partir de 1620,
diversos decretos e leis proibindo o comercio e a penetração no interior de Angola para
fins comerciais, mais Sousa Coutinho revogou – os, considerando que a penas tinham
favorecido o contrabando.

Na sequência de tais reformas, os comerciantes europeus procuram penetrar


profundamente nas áreas rurais. Alguns deles chegaram de construir fortalezas
individuais guarnecidas por escravos e servos, recrutados entre os africanos que
encontravam nas áreas rurais.

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Em resposta a essa penetração e aos movimentos comerciais cada vez mais
intensa na sua região, os reis Ovimbundo que não reconheciam o poder e as leis e
direitos coloniais, passaram a exigir imposto de ocupação territorial e taxas aduaneiro
de circulação de bens comercias.

Face as exigências dos reis Umbundu de introduzir taxas de produção e de


impostos aduaneiros aos comerciantes europeus que quisessem atravessar o seu
território alguns desses comerciantes aceitaram as condições impostos pelos reis
Umbundu mas outros não aceitavam submeter – se ao pagamento de imposto de
presença no território e das taxas aduaneiras de penetração e de transacções comerciais
no território Umbundu e preferiam retirar-se outra vez para a costa, deixando mais uma
vez ao Ovimbundo o monopólio do controlo e do comercio dos produtos do interior
para a costa e vice e versa.

Os comerciantes que não aceitaram vivem sob as instituições dos reis africanos
levam uma vida muito difícil e uma situação económica muito precária. Os que
aceitavam pagar taxa de imposto chegavam inclusive a construir ou a consolidar as suas
fortalezas ou presídios guardados por escravos mas com o passar do tempo, e não
conseguindo engrenar perfeitamente na estrutura sócio económico Umbundu, esses
comerciantes europeus acabavam praticamente por tornar-se vassalos dos Reis
Umbundus que se encontravam na zona para melhor controlar o interior as autoridades
coloniais passaram a construir fortes.

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CONCLUSÃO

Contudo, chegamos a concluir que as sociedades africanas tradicionais (ou pré-


coloniais) tinham em suas atividades econômicas uma das formas de sobrevivência, de
acordo com o meio ambiente em que viviam, de suas necessidades materiais e
espirituais, e de toda uma tradição anterior de várias técnicas e tipos de produção.

A região do Bailundo era, anteriormente à organização política dos ovimbundos,


constituída de várias aldeias e ombalas (aldeia principal/cidade). Uma dessas ombalas
era a de Halã-Vala, assim denominada pela proximidade ao monte Halavala. Esta
ombala é a atual cidade do Bailundo

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Livro da 10ª e 11ª de História.


 Blog TV Navegante. Reinos do Bailundo e Bié. 2015
 Ceita, Constança do Nascimento da Rosa Ferreira de. Silva Porto na África
Central – VIYE / ANGOLA: história social e transcultural de um sertanejo
(1839-1890). Tese de Doutoramento. Universidade Nova de Lisboa,
Departamento de Estudos Portugueses, 2015.

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