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O séc. XVIII é considerado o “Século das luzes”, devido a uma nova corrente
ideológica “que veio iluminar o espírito das pessoas e mostrar-lhes o poder da
razão do racionalismo”. Certos filósofos europeus (tais como Jhon Lock,
Kant, Voltaire, Jean Jacques Rousseau, Diderot, Montesquieu,
D`Alambert, entre outros), defendiam o poder da razão e do progresso,
procuravam instruir os homens, combatendo a ignorância e a superstição;
defendiam a igualdade social, condenando o desequilíbrio social e os abusos
do poder. Foi então que o sofrimento dos escravos começou a despertar a
atenção dos intelectuais europeus e surgiram os movimentos a favor da
abolição da escravatura.
Esta obra agitou a opinião pública inglesa. Em 1772 foi proibida a escravatura
na Inglaterra. Posteriormente William Wibeforce desencadeou acções com
vista a abolição do tráfico de escravos e fundou em Londres, a “Sociedade
para Abolição do Tráfico de Escravos”
Esta luta teve uma certa política, como a luta económica da burguesia liberal
angolana contra a burguesia reaccionária do Brasil.
Mas, além disso, Portugal precisava também de fazer sair das suas terras e na
Europa os ladrões. Assim, para se livrar dos lúpen-proletariados. O rei de
Portugal foi mandando para as colónias todos os homens e mulheres que eram
tão desgraçados e malandros. Por isso, as povoações que se foram criando
chamavam-se presídios. Nesses presídios, os desterrados viviam como numa
prisão: não podiam sair todos os dias. Nas suas saídas, ou trabalhavam para o
presídio ou faziam seu comércio ou andavam na guerra com soldados. Grande
parte dos soldados que lutavam contra os Estados do interior; eram
desterrados homens sem piedade e sem moral.
A partir daí o trabalho dos colonos neste período foi de consolidar o domínio
sobre os povos africanos e integrados nas estruturas coloniais de forma que
perdessem sua unidade política. Para ocupação e colonização do actual
território, os colonos tiveram imensas dificuldades, atendendo a resistência dos
africanos. Os presídios eram os pontos de partida para a agressão e ocupação
do interior. A medida que a guerra de ocupação ia avançando os portugueses
construíam fortes para consolidar os territórios sob seu controlo. Os indígenas
resistira atendendo a supremacia da técnica militar, os colonos superiorizaram-
se até no início do séc. XX o actual território foi ocupado e passou a ser colónia
portuguesa.
O trabalho de contracto passou a ser obrigatório, todo africano que não tivesse
empregado era considerado como vagabundo, o controlo aumentou, os
desempregados era capturados e levados à administração; o chefe do posto
fazia a distribuição destes aos fazendeiros ou nas obras. Os camponeses
receberam ordens para abandonarem as culturas indígenas aderirem as
culturas de acordo à vontade dos portugueses como cana-de-açúcar, batata,
cebola, café, sisal, milho e outros produtos que servissem os interesses
coloniais.
Organização Territorial
Os reinos do planalto dividiam-se também em províncias, ao Tumbus, e estes
em distritos. Cada Tumbu era constituído por numerosas aldeias e cada uma
delas eram bairros. Os chefes de todas estas organizações eram os Muene. Os
da Província eram nomeados pelo rei, os restantes eram nomeados pelo povo,
A história dos muílas está ligada à história humbe. Não se pode estudar uma
sem ver também o que se passou na outra, porque os usos e costumes se
assemelham.
- Os ovahumbi (Quilengues);
- Os Ovatyipungo (Quipungo);
Organização económica
As principais actividades económicas eram: agricultura, criação de gado e
artesanato.
1.5.7. OS OVAMBO
O ciclo dos ovambo compreende a história de todos os povos que habitavam
na região que se situava Entre-Os-Rios kunene e kuvango. Estes povos
entraram no actual território no séc. XVIII vieram da região do baixo Kuvango.
Foi constituído por doze tribos: Donga, Kuambi, Gandjela, Kualuthi, Eunda,
Dombondola, Balantu Kolucatsi Kuamatu, Kuanhama, Evale e Katima.
a) Exploração geográfica
A África, cujas costas os portugueses navegavam desde o séc. XV, era ainda
nos meados do séc. XIX um continente quase ignorado pois, desconhecia-se
pouco mais que a orla litoral. Iniciada a exploração do interior na segunda
metade desse século, desvendaram-se a breve trecho os seus segredos
geográficos.
- Serpa Pinto dirigiu-se para a nascente do Kwanza, seguiu para sul, passou as
cataratas de vitória, Transval, Pretória e chegou a cidade de Durban (1879).
f) Conferência de Berlim
apresentadas
Pela Inglaterra
a Portugal
Exigindo
O racismo como forma de discriminação racial foi usado como arma para
convencer os africanos da supremacia do homem branco em relação ao
homem negro; tudo isso para impor respeito a sua maneira e evitar revoltas
destes com relação àquele. A discriminação racial fez-se sentir até mesmo nos
centros hospitalares, escolares etc. Nos hospitais de Angola havia salas de
operações separadas para europeus e para africanos.
De ensinar a fé cristã.
- Os assimilados;
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- Os indígenas.
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médio de emigrantes era de quinze mil portugueses tal política foi realizada sob
a forma de colonato. O Estado português fornecera aos emigrantes terras e
facilitava a construção de habitações, compra de quinto agrícola, gado, etc.
Tinha por objectivo a implantação de uma minoria branca que se oporia aos
negros e facilitaria assim a exploração colonial.
Para o governo português, a colónia rica era Angola por isto instalaram
monopólios para explorarem as suas riquezas em benefício da economia
portuguesa. Durante o período colonial Angola era considerada como a jóia
portuguesa por causa do contributo a economia colonial.
NOTAS PESSOAIS
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Alemanha, Médio Oriente, etc.). Estas centenas de milhares de negros tinham
visto destruir “o mito da supremacia” e encontravam em África condições muito
duras para os povos africanos agravadas pelas guerras, e a medida que
aumentava a prosperidade económica dos colonos viam intensificar a
exploração e a fome dos povos colonizados e pior a situação política com a
introdução de medidas de repressão policial.
Desde essa data as lutas sucederam-se umas as outras, foram tornando cada
vez mais perfeitas, foram ganhando a experiencia umas das outras com essa
acumulação de experiencia, as lutas contra o invasor foram-se desenvolvendo
também noutros campos, no campo político no campo cultural, etc.
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territórios britânicos da África oriental e centro serão atingidos pelo sindroma
um pouco mais tarde. Longas e dolorosas serão as lutas, nas zonas ocupadas
pelos portugueses e racista da África do Sul os portugueses foram derrotados
em 1975.
Notas Pessoais
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Este ultra colonialismo foi trazido pelo fascismo que em Portugal subiu ao
poder em 1926. Em Angola os efeitos do ultra-colonialismo não se começaram
a sentir 1926, isso levou ainda alguns anos. Na verdade, só por volta de 1940
se instituíram as estruturas que vieram dar ao colonialismo português a forma
de ultra-colonialismo.
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e já nessa data ele pensou que era preciso enviar para Angola os excedentes
da população portuguesa, que viviam em Portugal com muita miséria. Essa
medida servia para libertar os capitalistas portugueses de um lúpen-
proletariados e de um campesinato miserável servia para colocar em Angola
muitos brancos com vida melhorada que fossem fiéis ao governo e portanto,
aos grandes capitalistas e servissem de meio de agressões aos africanos,
servia também para também para desenvolver em Angola uma pequena
indústria controlada pelos capitalistas.
Tudo que ficou da antiga burguesia africana foi um certo número de pequenos
funcionários e pequenos agricultores de café vivendo na angustia da
decadência.
subdesenvolvido.
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Em 1912 foi proibida a fabricação de aguardente para o comércio com
africanos. Isto causou muitos problemas aos pequenos comerciantes coloniais,
porque perdiam assim o melhor meio de troca que tinham. Era-lhes, por isso,
forçoso começar a comprar com dinheiro.
Em 1911, havia ainda em Santo António do Zaire (Soyo) uma grande frota de
navios grandes que faziam comércio no rio Zaire, entre os produtos que
comercializavam, estavam os escravos. Poucos anos depois, essa frota tinha
desaparecido por toda parte, em 1920, os pequenos comerciantes faliam, ao
mesmo tempo que começavam aparecer as grandes fazendas agrícolas do
café de açúcar, etc. e os monopólios de exploração mineira.
Em 1914 havia uma crise geral por falta de transportes, visto que estes
caminhos-de-ferro só serviam três direcções e não estavam acabados. No ano
seguinte começaram as construções de muitas estradas que duraram até cerca
de 1932. Para construir as estradas foi preciso aumentar o recrutamento de
mão-de-obra, a vítima era sempre o povo.
Sob orientação do Dr. Salazar, fez-se uma nova Constituição em 1933, a qual
aprovada em 11 de Abril do mesmo ano. A partir daí instaurou-se em Portugal
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um novo regime que se deu o nome de Estado Novo, que teve a duração de
40 anos (1933-1974).
Por outro lado, também não era autorizada a formação de partidos políticos.
Todos aqueles que queriam intervir nas actividades políticas do país, tinham de
pertencer a “União Nacional” criada em 1931, o único na altura, considerado
Partido do governo.
Em 1936 foi criada uma polícia que tinha informações secretas e perseguia
todos aqueles que manifestassem ideias contra o governo ou fossem
considerados opositores ao Estado Novo, policia essa, que passou a chamar-
se de Polícia internacional de defesa do Estado (PIDE). Os presos políticos
eram encaminhados para as cadeias consideradas de mais violenta,
nomeadamente Caxias, Peniche e Tarrifal (Cabo Verde).
Nos primeiros anos do Estado Novo, Salazar teve o difícil trabalho de efectuar
uma reorganização geral de Portugal, particularmente nas áreas políticas,
económicas, financeira, social e culturais. O seu principal objectivo era
estabelecer a ordem e estabilidade nacional. Mas, mesmo estas já estivessem
restauradas em Portugal, defendiam que ele iria continuar a Revolução
Por natureza, o Estado Novo é um regime colonialista por isso queria manter a
todo custo o seu ultramar, considerado por este uma das fontes do prestígio e
orgulho nacional.
- Indígena que não pudesse provar que trabalhava, pelo menos durante seis
meses no ano anterior, estava sujeito ao trabalho forçado em proveito do
Estado.
Tal política de fomento ultramarino foi realizada sob a forma de colonato (zonas
onde o Estado português fornecia aos emigrantes a terra e lhes facilitar a
construção de casas, aquisição de maquinas agrícolas, gado e outros apoios),
ou de uma emigração espontânea mas encarregada. Tinha por objectivo à
implantação de uma minoria branca que se oporia aos negros e facilitaria assim
a exploração colonial. Esta política inspirou-se nos exemplos da União Sul-
africana da Argélia.
Tudo isso, como não podia deixar de ser, provocou e alimentou o sentimento
nacionalista, visando a valorização e danificação do homem angolano, e o ano
de 1961 materializou esta corrente de emancipação, depois de algumas
tentativas políticas e culturais a arrogância portuguesa, provocou a
inevitabilidade da via armada para a conquista da dignidade humana,
procurando pôr fim a alienação cultural que as populações de Angola sofriam.
Notas Pessoais
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