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DOCENTE
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Clemente Kassai
BENGUELA, 2023
INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE BENGUELA
CURSO DE ELECTRÓNICA INDÚSTRIAL E AUTOMAÇÃO
Integrantes do Grupo:
Joaquina Tch. Quarenta
João Manuel Costa
Inês Kachi Paulo
Maria Camundo
Marcelina Nestor
Teresa Mundjanga
Turma: C
Disciplina: Empreendedorismo
ÍNDICE
INTRODUÇÃO..................................................................................................4
EMPREGO..........................................................................................................5
TRABALHO.......................................................................................................6
OCUPAÇÃO.......................................................................................................6
MERCADO DE TRABALHO............................................................................7
CONCLUSÃO..................................................................................................12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................13
INTRODUÇÃO
Durante aproximadamente 30 anos, após a Segunda Guerra Mundial, as
sociedades industrializadas conviveram com crescimento econômico, progresso
material, avanço da ciência, da tecnologia e melhoria geral das condições de vida, talvez
nunca imaginada. O avanço tecnológico atingiu um patamar sem precedentes na história
da civilização ocidental. Nos últimos 25 anos, no entanto, vive-se um processo de crise,
em decorrência, principalmente, do processo de mundialização do capital. Os governos
estão endividados, e as economias estão cada vez mais longe de proporcionarem
condições de emprego àqueles que já estão ou entram no mercado de trabalho.
Paradoxalmente, esses factos estão acontecendo em um período de crescimento e de
elevada produtividade.
Por outro lado, são poucos os países que fogem dessa condição crítica, pois
quase todos enfrentam a crise do desemprego e a degradação social por ela causada. O
declínio do emprego retrata, portanto, a possibilidade objectiva de um cenário social
caótico nos países em que ele se torna agudo, a não ser que surjam alternativas que
permitam às pessoas o exercício do trabalho autônomo e outras formas de ocupação que
lhes propiciem meios de vida. Essas foram as alternativas consagradas ao longo da
história, uma vez que o emprego é um fenômeno da modernidade.
Nos últimos vinte anos muitos países africanos tiveram altas taxas de
crescimento, sendo Angola um dos países que mais cresceu particularmente entre o fim
da guerra em 2002 e o abrandamento que se verificou depois de 2015.
Neste período surgiu um certo optimismo sobre a possibilidade de África
encetar a tão desejada transformação estrutural podendo assim fugir da dependência dos
produtos voláteis, como os minerais petróleo e diamante, ou de produtos agrícolas
sujeitos aos efeitos nefastos dos termos de troca. Assim sendo, a diversificação
económica, para além do crescimento económico e a redução da pobreza, é um desafio
fundamental para Angola e muitos outros países africanos.
O emprego é a relação, estável, e mais ou menos duradoura, que existe entre
quem organiza o trabalho e quem realiza o trabalho. É uma espécie de contrato no qual
o possuidor dos meios de produção paga pelo trabalho de outros, que não são
possuidores do meio de produção.
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EMPREGO
A palavra emprego, da língua inglesa, tem sua origem em 1400 d.C. Até o
início do século XVIII, se referia a alguma tarefa ou determinada empreitada; nunca se
referia a um papel ou a uma posição numa organização. A partir do século XIX, passou
a ser entendida como o trabalho realizado nas fábricas ou nas burocracias das nações em
fase de industrialização. BRIDGES (2015, p.19)
A conotação moderna do termo emprego reflete a relação entre o indivíduo e a
organização onde uma tarefa produtiva é realizada, pela qual aquele recebe
rendimentos, e cujos bens ou serviços são passíveis de transações no mercado (SOUZA:
2019, p.26).
O emprego é um fenômeno da Modernidade. Em tempo anterior ao advento da
sociedade centrada no mercado, não era:
"[...] o critério principal para definir a significação
social do indivíduo, e nos contextos pré-industriais as pessoas
produziam e tinham ocupações sem serem, necessariamente,
detentoras de empregos" (RAMOS: 2020, p.101).
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sucesso e para a satisfação das necessidades de sobrevivência. "Agora, porém, estão
desaparecendo da paisagem econômica. Igual a muitas espécies pegas no fluxo e refluxo
da evolução, os empregos emergiram sob um conjunto de condições e agora começaram
a desvanecer-se sob outro" (BRIDGES: 2015, p.36-37).
TRABALHO
Na Antiguidade, o trabalho era entendido como a actividade dos que haviam
perdido a liberdade. O seu significado confundia-se com o de sofrimento ou infortúnio.
O homem, no exercício do trabalho, sofre ao vacilar sob um fardo. O fardo pode ser
invisível, pois, na verdade, é o fardo social da falta de independência e de liberdade.
(KURZ: 2017, p.3).
O Trabalho é um processo de transformação da natureza para responder àquilo
que é um desejo do ser humano, emprestando-lhe certa permanência e durabilidade
histórica. Na sociedade grega, berço da civilização ocidental, o trabalho era visto em
função do produto, e este, por sua vez, em função de sua utilidade ou capacidade de
satisfazer à necessidade humana. O que contava era o valor de uso e não o valor de
troca, isto é, o valor de uma mercadoria em relação às outras. O valor do produto como
mercadoria não passava do valor de uso para outra pessoa. É possível perceber que a
concepção de valor e de riqueza tinha alicerces diferentes dos que norteiam, atualmente,
a produção e a distribuição no Ocidente. (ALBORNOZ: 2018, p.23).
OCUPAÇÃO
Na Antiguidade, as pessoas livres eram ocupadas. Para os gregos, havia as
ocupações de carácter inferior e as de carácter superior. As actividades superiores
estavam vinculadas à participação do homem na pólis.
As ocupações eram entendidas como actividades que visavam à satisfação
pessoal e eram desenvolvidas por escolha própria. O aparecimento da economia
monetária acentua a distinção entre ocupação como meio de ganhar a vida e ocupação
como meio de manter o status. Cada sociedade, na sua dinâmica estrutural e conjuntural,
cria e recria a ocupação humana.
A estrutura das ocupações nas sociedades modernas é resultante do avanço e da
aplicação da ciência ao processo de produção; é consequência, portanto, do
desenvolvimento da tecnologia, da divisão e organização do trabalho, da expansão dos
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mercados e do crescimento de pólos comerciais ou industriais. Por isso, diferencia-se o
fluxo das ocupações nas sociedades tradicionais e modernas, cujo ritmo de
aparecimento, maturação e obsolescência das mudanças é extremamente rápido nestas e
mais estabilizado naquelas.
O principal uso do termo ocupação, em Ciências Sociais, segue o sentido
comum, que é o de emprego, negócio ou profissão. "A ocupação de uma pessoa é a
espécie de trabalho feito por ela, independente da indústria em que esse trabalho é
realizado e do status que o emprego confere ao indivíduo" (Dicionário de Ciências
Sociais: 1986, p.829).
MERCADO DE TRABALHO
O mercado de trabalho ou mercado de emprego em que os indivíduos oferecem
ou vendem os seus serviços e/ou trabalho enquanto as empresas procuram – nos. Assim
o mercado de trabalho relaciona a oferta e a procura de trabalho, deste confronto resulta
a formação do salario e a determinação do nível de emprego. Em termos de
oportunidade, o mercado de trabalho engloba as ofertas de emprego e as procuras de
emprego (vagas) dos indivíduos. Expressando de um modo diferente, o mercado de
trabalho é área da qual os candidatos devem ser recrutados. Isto implica a amplitude do
mercado de trabalho para determinados cargos exigindo altas habilidades nas pequenas
áreas geográficas: (Kiamvu, 2008).
O mercado é uma das instituições mais importantes do capitalismo, assim
como o dinheiro, a empresa, o capital e o Estado. Os mercados mais importantes são: os
mercados de capital, o mercado de trabalho, os mercados produtivos onde são
negociados os bens de produção e os bens de consumo e os mercados financeiros
(INGHAM, 2009).
A ferramenta básica dos mercados é a demanda e oferta, no caso do mercado
de trabalho a demanda e a oferta da força de trabalho que vão determinar os preços do
trabalho, isto é, os salários e a quantidade de trabalho disponibilizados para o processo
produtivo. A estrutura do mercado de trabalho tem relação com o desenvolvimento
econômico, visto que a divisão do trabalho em cada país é determinada pelo
desenvolvimento dos grandes centros hegemônicos em regiões com crescimento
substancial. Tendo em vista essa posição dos grandes centros, a absorção das inovações
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tecnológicas pela foça de trabalho nos mais variados espaços dominados pelo
capitalismo vão repercutir os padrões tecnológicos de produção presentes nesses
diferentes espaços (KON, 2015).
Em Angola, a estrutura e a dinâmica do mercado de trabalho foram
determinadas pela sua inserção na divisão internacional do trabalho que se mostrou
dependente e subalterna, assim como muitas nações que passaram por um processo de
escravidão e colonização, e pela sua especificidade histórica, social e econômica. Essa
forma como Angola se inseriu na divisão internacional do trabalho determinou a
dinâmica do seu mercado de trabalho, um mercado de trabalho não estruturado, onde os
mecanismos de oferta e demanda da força de trabalho não funcionam de acordo com a
regra capitalista de produção, que nosso entender é próprio deste sistema de produção
criar uma dualidade sistêmica para uma melhor valorização da mais-valia.
A dinâmica actual da economia angolana é uma herança do desenvolvimento
capitalista que se apresentou, neste país, em um primeiro momento através de um
processo de escravização, em seguida através de um processo de colonização para então
se tornar uma economia dependente de commodities, isto é, primário exportador. A
estes elementos de ordem externas se adicionam os elementos internos como a guerra
civil, com duração de 27 anos, que destruiu boa parte do aparelho produtivo do país,
aspectos culturais como a função social atribuída ao salário que se manifesta de uma
forma diferentes das grandes economias capitalistas. (MENEZES, 2000)
Esses elementos históricos, econômicos e sociais da sociedade angolana, vão
dar forma a característica básica da organização do mercado de trabalho e sua dinâmica
em Angola a informalidade. Os elementos já vistos vão permitir a coexistência de dois
sistemas: o formal e o informal, sendo o primeiro regulamentado e pouco dinâmico e o
segundo dotado de uma flexibilidade extraordinária (ROCHA, 2014).
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formação e isso faz com que muitos deles não consigam sequer uma entrevista de
emprego.
É importante entender que o mundo é dinâmico a evolução tenológica
acarretou consigo mudanças significativas no modo como vivemos e principalmente no
universo dos empregos. Terminar uma formação hoje em dia não significa que os
empregos estarão bem aos nossos pés como era, é necessário ir a luta, neste artigo irei
mostrar algumas formas importantes que de certeza servirão de ajuda para a conquista
de um novo emprego quer seja para um jovem recém formado quanto para profissional
experiente. Procurar emprego não é tarefa fácil. Afinal, quem está desempregado
enfrenta não apenas a falta de dinheiro, mas também a falta de uma ocupação ou seja,
sentir-se útil. Por isso que algumas atitudes são imprescindíveis nessa fase para manter
a autoestima. Coisas simples como acordar cedo, exercitar-se e encarar a sua
recolocação com um trabalho podem ajudar muito.
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de Emprego em Inglês. sobretudo faça mesmo um curso presencial de
inglês. Quanto a Informática, faça cursos e pratica em caso no seu
computador, é importante ter o dominio do pacote Microsoft Oficce.
Esteja atento às redes sociais: Cuide da sua imagem nas redes sociais. É cada
vez mais habitual os recrutadores fazerem uma análise das mesmas para conhecer um
pouco melhor os candidatos.
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diga aos seus amigos que procura trabalho: As oportunidades podem surgir
a qualquer momento e em qualquer lugar. Não hesite em dizer aos seus amigos e
contactos de que está à procura de emprego. Actualmente, com as redes sociais são mais
fácil.
Espere pacientemente: Depois de tudo isso é hora de esperar pacientemente a
resposta da empresa. Nesta hora a paciência é muito importante mesmo, pois você pode
acabar pensando que foi esquecido, porém, nem sempre acontece isso, as vezes a sua
resposta está preste a chegar.
Mas, espere um pouco antes de pensar em procurar outro emprego.
Contudo, fique atento em sua caixa de e-mails, mensagem e ligações telefónicas ou
qualquer outro meio de comunicação possível.
Não fique parado: Sempre que possível, envie um e-mail para saber como
está indo as coisas, principalmente logo após cada entrevista, é necessário entrar em
contacto para saber sobre a próxima fase e saber se você passou para lá ou não.
CONCLUSÃO
Depois de uma breve pesquisa sobre o tema, foi possível apresentar de forma
breve alguns conteúdos fruto da pesquisa bibliográfica efectuada. Sendo assim,
conseguimos concluir que emprego é uma ocupação remunerada exercida por alguém
com alguma qualificação específica para tal, envolvendo a figura do patrão e
trabalhador.
O mercado de trabalho em angolano é caracterizado por baixos salários,
ausência de emprego, segregação espacial, baixa escolaridade da população,
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distribuição geográfica desproporcional da oferta de emprego, fraca mobilidade social e
ausência de perspectiva em relação à melhoria de vida.
Com tudo alguns autores afirmam que para se obeter emprego em Angola é
necessário (confie em si mesmo, decida o seu objectivo, aumente os conhecimentos,
aprenda inglês e saiba a inforamática básica, demonstre responsabilidade, tenha um
currículo muito bem elaborado, prepare bem as entrevistas, inscreva-se numa empresa
de trabalho temporário, esteja atento às redes sociais, diga aos seus amigos que
procura trabalho, espere pacientemente, não fique parado).
Distante disso, observa-se que para se conseguir em emprego nos dias de hoje,
não basta so ter um bom curriculo, mais sim ter ajuda de pessoas ligadas as tais
organizações, como se diz na giria (padrinhos na cozinha).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. 3.ed. São Paulo: Brasiliense, 2018.
BRIDGES, William. Mudanças nas relações de trabalho: como ser bem
sucedido em um mundo sem empregos. São Paulo: Makron Books, 2015.
DICIONÁRIO de Ciências Sociais. Rio de Janeiro: FGV, 1986.
KURZ, Robert. A origem destrutiva do capitalismo: modernidade econômica
encontra suas origens no armamentismo militar. Folha de São Paulo. 30.3.2017, p.3
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KIAMVU, T. (2008). Gerir os Recursos Humanos - Entre constrangimentos e
Alternativas. Capaté - Publicaçoes Lda.
KON, Anita. A economia do trabalho: qualificação e segmentação no Brasil.
Rio de Janeiro: Atlas Books, 2015.
MENEZES, Solival. Mamma Angola: sociedade e economia de um país
nascente. São Paulo: Edusp/FAPESP, 2000.
RAMOS, Alberto Guerreiro. A nova ciência das organizações: uma
reconceituação da riqueza das nações. 2.ed. Rio de Janeiro: FGV, 2020.
ROCHA, José Alves da. Salários, distribuição de rendimento e crescimento
equitativo. Luanda, Mayamba, 2014.
SOUZA, Paulo Renato. O que são empregos e salários. São Paulo: Brasiliense,
2019.
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