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Douglas Juarez Kliutsnicoff

A contabilidade para a Tomada de Decisão

Resenha crítica apresentada na disciplina

de Fundamentos de contabilidade, do Curso de

Logística UNIVATES, para complementação

da avaliação da 2ª nota do semestre.

Professora: Elaine Gorgen Strehl

Lajeado, 02 de novembro de 2014


INTRODUÇÃO

Num ambiente de incerteza, a racionalidade é apresentada como um dos


fatores essenciais para a tomada de decisão. O comportamento racional faz com que
os indivíduos tratem as informações de forma objetiva e não tenham tendências,
propensões ou aversões. Porém, a capacidade cognitiva do tomador de decisão e a
própria complexidade dos problemas, limitam o processo decisório e torna rara as
condições necessárias para o uso da perfeita racionalidade.

Assim sendo, ao se supor que o indivíduo apresente uma racionalidade


limitada, torna-se indispensável o conhecimento dos aspectos psicológicos ou
cognitivos que o limitam, para uma maior compreensão do efeito das preferências
individuais na tomada de decisão.
A contabilidade, como ciência social aplicada, tem a capacidade para captar,
registrar, acumular, resumir e interpretar os acontecimentos que afetam o
patrimônio econômico financeiro de qualquer ente. Estas características da
contabilidade estão relacionadas à metodologia das partidas dobradas que permite
um registro constante e assertivo dos fatos contábeis, além do embasamento nos
Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade.
A partir do correto registro dos fatos contábeis, a contabilidade passa a ser um
ferramental que permite a emissão de relatórios contábeis que têm como objetivo
fornecer a posição financeira da empresa para os grupos de pessoas e de interesses
que necessitam da informação contábil - como: sócios, acionistas, administradores,
bancos, governo, entre outros. (IUDÍCIBUS, 2008).
Estes demonstrativos contábeis são elaborados a partir da interpretação e registros
dos fatos econômicos (SILVA, 2010). Para que os demonstrativos financeiros possam
cumprir o objetivo de informar de forma completa, clara e transparente as
informações devem ser preparadas de acordo com os princípios contábeis de
contabilidade e preservando seus atributos de forma que tornam as demonstrações
úteis ao seu usuário (SUZUSTER, 2008).
A contabilidade assume então uma forma ampla e abrangente apoiando
constantemente a administração das empresas através do fornecimento de
informações que subsidiam a tomada de decisão.
Apesar da amplitude da função contábil, as microempresas ainda a utilizam apenas
com o objetivo de apurar o recolhimento de impostos e tributos, focando somente
suas relações com o fisco. Por desconhecerem ou não se interessarem pelos
benefícios que podem ser proporcionados pela contabilidade, a acabam por não
enviar a documentação completa que permita uma escrituração confiável que possa
gerar informações verídicas sobre a saúde financeira da empresa.
De acordo com o Portal de Contabilidade – COSIF, às pequenas, média e
microempresas “(...) geralmente operam no paralelo (na informalidade), sem a
emissão de documento fiscal e sem nenhuma escrituração contábil ou extra contábil
(...)”. Esta forma de gerir as empresas pode justificar a insolvência, já que por falta da
escrituração não conseguem obter a informação financeira, desconhecendo se a
empresa gera lucro ou acumula prejuízos.
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Desta forma, reconhece-se que o registro dos atos e fatos das transações econômicas
da empresa é de vital importância, necessitando basear-se em documentação
adequada sobre as transações negociadas pela empresa. Somente a partir de uma
documentação completa e hábil os registros poderão ser feitos em conformidade
com as normas de contabilidade, resultando na divulgação de informações
transparentes e de grande utilidade aos administradores, investidores e demais
setores envolvidos com a empresa como governo, instituições financeiras,
fornecedores, credores em geral, empregados e até mesmo a sociedade civil.
CONCLUSÃO

O mundo atualmente passa por constantes mudanças, sejam elas culturais ou mesmo
tecnológicas, área do conhecimento humano tem sofrido as maiores transformações,
pois o homem cada vez mais vencendo as barreiras que eram intransponíveis. As
mudanças sempre em primeiro instante atingem as organizações e seus integrantes,
que precisam estar preparados para as mais diversas reações que exigem respostas de
retorno ao mercado para não ser superadas por outras organizações.

Atualmente, a preocupação das organizações empresariais é entender quais os fatores


de riscos que podem afetar o seu negócio e gerar prejuízos ou impossibilitar o alcance
de metas e objetivos desejados. De posse deste entendimento, é possível se precaver
contra estes acontecimentos, direcionando os controles e políticas internas para
assegurar a integridade das operações.

O emprego das informações geradas pela contabilidade aplicadas nas empresas, deva
ser entendida como valiosa ferramenta de gestão para o desenvolvimento e
competitividade das empresas, que sugere redução de custos aumentando a
produtividade, possibilitando melhorias de serviços e satisfação dos clientes.
REFERENCIAS

ALENCAR, Eunice M.L. Soriano de. A Gerência da Criatividade. São Paulo: Makron Books, 1996.

ALVES, Sônia Cristina Lopes e ASSUNÇÃO, Jean Ferreira, A utilização da Informação Contábil na
Tomada de Decisões em Empresas de Pequeno Porte. Revista Brasileira de Contabilidade,
Brasília, nº 171, maio/junho,2008, p.57.

ARAUJO, Antonio Carlos Porto, Guia para as Demonstração Contábeis 2008 – 2007, São Paulo:
Trevisan Editora Universitária, 2008.

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