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Aula 7 Cenários de Desenvolvimento

Socioeconômico
Profa. Dra. Carolina Ferreira Galdino
• Como as crises econômicas afetam o ciclo de crescimento dos
Estados?

• 1929 – crença na teoria clássica da autorregulação econômica.


• Causas que concorreram para a principal crise econômica no séc.
XX:

- superprodução de bens manufaturados e agrícolas


norte-americanos no pós-Primeira Guerra;
- subconsumo dos países europeus, principal mercado americano, no
pós-Primeira Guerra;
- desregulamentação do mercado de capitais, que permitiu forte
especulação e manobras contábeis de empresas doentes.
• Fragilidades do modelo liberal
Desigualdades
Poder econômico/poder político
Desregulamentação – fraudes
Crises
• 2007-2009 = crise financeira.

• Economias mais integradas em função do fenômeno


da globalização em difusão desde a década de 1990.

Causas: intenso processo de financeirização desde os


anos 2000.
Desregulamentação dos mercados e os avanços da
tecnologia da informação.

• Efeito dominó.
• A financeirização da economia permitiu
ganhos extraordinários para os especuladores
do mercado financeiro, ao passo que a
economia real (aquela de bens e serviços) não
acompanhou esse crescimento.

• Em função disso, houve a formação do que se


costuma chamar de "bolha".
Conceitualmente

A crescente dominância de agentes,


mercados, práticas, métricas e narrativas
financeiros, nas múltiplas escalas, tem gerado
uma transformação estrutural das economias,
das corporações (incluindo instituições
financeiras), dos Estados e das
famílias(AALBERS ,2015, p. 214).
• O processo de financeirização mobiliza
diversas escalas.

• Agentes (financeiros – não financeiros;


públicos e privados), práticas (materiais e
discursivas) e institucionalidades na
transformação das economias.

• Afeta a própria vida quotidiana.


• três grandes vertentes entrelaçadas na
literatura mais recente sobre o tema, a saber:
• (1) marxismo, regulacionismo e economia
política;
• (2) governança corporativa, contabilidade
crítica e capitalismo.
• (3) financeirização e a vida quotidiana:
economia cultural, performatividade e os
estudos sociais sobre as finanças.
• Vertente: marxismo

Prioriza as grandes transformações


macroestruturais que ocorreram no sistema
de acumulação (a economia) e no modo de
regulação (a atuação do Estado nas múltiplas
escalas, a relação salarial, o regime monetário,
as formas de competição e de inserção no
sistema internacional).
• Processo de Financeirização:

1990/2000

Rápido enriquecimento

Ganhos do mercado superando ganhos de produção

Proliferação de empresas financeiras

Proliferação de produtos

Facilidades tecnológicas
• No processo de financeirização as relações dívida/patrimônio
aumentam e, consequentemente os serviços financeiros passam a
ocupar papel importante na renda nacional.

• Em linhas gerais, haverá o desenvolvimento de atividades voltadas


à gestão do crédito, do dinheiro.

• Diferentes canais financeiros viabilizam a alteração da estrutura


econômica e política considerando um modelo de acumulação de
ganhos.

• Especulação em detrimento de expansão e crescimento regular.


• Crises Capitalismo:

Bolha: preço do ativo supera o valor real.


Excesso de endividamento.
Oferta de crédito em alta.
Regulamentação negligente.
• O que podemos fazer para lidar com as crises?

• Argumentos de David Harvey:


**capital como o "motor econômico” do
capitalismo.

** capitalismo abordaria uma série de questões


(como a racial, a de gênero etc.) que não
necessariamente tocariam os elementos
estruturais de contradição econômica do capital.
• Karl Marx= as contradições que até hoje
tencionam e conformam a materialidade da
vida sob a égide do capital.

• Elas atravessam o modo de produção


capitalista nos mais diversos países, pois
dizem respeito à sua própria engrenagem.
• Compreender como o desenvolvimento do
capital pressupõe a criação de contradições
que são insolúveis, ínsitas ao movimento do
capital, gerando crises que afetam a vida de
pessoas ao redor de todo o globo.
• Caráter inerentemente cíclico do processo de
acumulação de capital.

• A atual crise pela qual passa o capitalismo


contemporâneo só pode ser um
desdobramento dialético das contradições
que foram desenvolvidas nesta fase histórica.

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