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Referência:
OLIVEIRA, J. F. de; RIZEK, C. (Orgs.). A era da indeterminação. São Paulo:
Boitempo, 2007, p. 15-45.
categorias e os dados dessas ciências à análise e à compreensão crítica da realidade brasileira visando a
elaboração de instrumentos teóricos que permitam o incentivo e a promoção do desenvolvimento nacional”
(apud TOLEDO, 1975).
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século XX depois do Partido Comunista do Brasil, em 1922” (OLIVEIRA; RIZEK,
2007, p.22), e também destacam a constituição da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e a constituição do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
como grandes invenções desse período. Os autores avaliam que, com o surgimento
do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB) em 1988, representando as
novas classes médias, “as linhas entre classe e representação, interesses e
representação, pareciam tão claras como nunca estiveram na política brasileira”
(ibidem, p.23).
Oliveira e Rizek colocam que a Nova República já foi entendida como uma
ruptura, mas avaliam que ela seria na verdade uma consequência da sociabilidade e
do campo de forças desenvolvidas desde o golpe de 1964. Apontam que o governo
Sarney buscou retomar o dispositivo desenvolvimentista baseado no tripé empresas
estatais–empresas privadas nacionais–empresas multinacionais, porém agora já
seria necessário considerar o elemento do “sindicalismo cutista” na equação.
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financeirizada, é pensada como externalidade e não como componente estrutural
das novas relações e do novo lugar do Estado-nação” (ibidem, p.45).
Concluem marcando que
a metamorfose do capital produtivo em capital financeiro retira o conflito da
agenda entre os atores, sobretudo entre os trabalhadores e o empresariado,
para deslocá-lo para a Nação [...] Os trabalhadores não conseguem
enfrentar-se com o capital financeiro, pois não têm relações diretas com ele,
a não ser sobre a forma “nacional” ou como consumidores (OLIVEIRA;
RIZEK, 2007, p.45).
REFERÊNCIAS
RANCIÈRE, Jacques. O dano: política e polícia. Territórios de Filosofia. [online].
Disponível em:
<https://territoriosdefilosofia.wordpress.com/2015/04/30/o-dano-politica-e-policia-jacq
ues-ranciere/> Acesso em 24 abril 2022.