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NETTO E BRAZ

AS CRISES E AS CONTRADIÇÕES DO CAPITALISMO


⤷ história marcada por sucessivas crises econômicas
⤷ dinâmica capitalista instável, já deu sinais desde os primeiros séculos
⤷ caráter ineliminável das crises
⤷ conjuntura específica ou estrutural
No MPC a crise é constitutiva do capitalismo, não existiu e não existirá capitalismo sem crise

CRISES CAPITALISTAS E O CICLO ECONÔMICO


⤷ eles não estão naturalizado
⤷ os capitalistas tentam transformar as crises em algo imprevisível, como um acidente
natural.
⤷ é viável uma organização da economia estruturalmente diferente da capitalista capaz de
suprir as causas da crise
⤷ não só a sociedade capitalista fundam em crise- sociedades pré- capitalistas também
sofriam com crises, mas há uma diferença ⇾ Sociedades pré capitalistas- crises como a
peste negra, gafanhotos, guerras. ⇾ causas externas ao modo de produção.Geração de
carência de bens necessários ⇾ crise de subprodução.
⤷ as crises capitalistas são de superprodução

Fórmula geral do movimento do capital


⤷ D-M-D´, o capitalista investe dinheiro para produzir mercadorias com o objetivo de obter
mais dinheiro. a mercadoria só se realiza com a compra- se isso não acontece o ciclo é
interrompido.
detonadores, elemento desse ciclo de produção, pode faltar ou não se realizar-
incidente econômico ou político.

Por que sempre entra em crise?


⤷ dinâmica contraditória do capital
-Produção cada vez mais socializada
⤷ Apropriação da riqueza⇾ permanece privada
- Anarquia de produção, direcionamento incerto das mercadorias.
- a queda das taxas de lucros
-subconsumo das massas de trabalhadores
⇾ nas crises são funcionais ao MPC, pois restaura em nível complexos e instáveis as
condições necessárias a sua continuidade.
As contradições do capitalismo
⤷ o preço da crise sempre é mais caro para a classe trabalhadora, mas também para alguns
pequenos e médios capitalistas. ⇾ fator de concentração e centralização
⤷contradição entre produção social e apropriação capitalista (privada) - antagonismo entre
proletariado e burguesia.

ELIZABETE MOTA
Crise contemporânea e as transformações na produção capitalista
As crises na dinâmica da acumulação capitalista

Crises ⇾ Através delas o capital se recicla, reorganizando suas estratégias de


produção e reprodução social.
⤷As crises expressam um desequilíbrio entre a produção e o consumo,
comprometendo a realização do capital.
⤷Elas deflagram um período histórico de acirramento das contradições fundamentais
do modo capitalista de produção que afetam sobremaneira o ambiente político e as
relações de força entre as classes.
⤷Para os capitalistas, trata‐se do seu poder ameaçado; para os trabalhadores, da
submissão intensificada.
⤷Na intervenção do Estado⇾ se redefinem as relações entre Estado, sociedade e
mercado, determinando medidas de ajustes econômicos e de reformas e contra‐
reformas sociais, que continuem garantindo a acumulação capitalista, em conformidade
com as particularidades de cada formação social.

As particularidades da crise contemporânea e da restauração capitalista

●fordista keynesiano⇾ período pós guerra até os anos 70, marcado por uma longa onda
expansiva de desenvolvimento do capital, centralização também e das forças produtiva,
avanços tecnológicos.
●intervenção do Estado⇾ políticas keynesianas
●Pacto-keynesiano⇾ mobilizações sindicais e partidárias dos trabalhadores que, em torno
de reivindicações sociais legítimas,atendimento de parte das suas necessidades
sociais, operando mudanças nas legislações trabalhistas e nas medidas de proteção
social.
⤷constituição do Welfare State⇾sustentação institucional
●A incorporação dessas demandas⇾ favoreceu a ampliação do consumo por parte dos
trabalhadores: ao tempo em que desmercantilizar o atendimento de algumas das
necessidades sociais através de salários indiretos.
No Brasil⇾ era um processo de modernização conservadora ⇾a inexistência da
experiência welfareana no Brasil apesar da criação de algumas políticas de proteção
socia- pois não eraa repassado para a classe trabalhadora.
Os países subdesenvolvidos transformam‐se em campo de absorção de investimentos
produtivos dec70
credito externo cria crise da divída externa, exportar capitais para o pagamento
●crise orgânica, marcada pela perda dos referenciais erigidos sob o paradigma do
fordismo, do keynesianismo, do Welfare State e das grandes estruturas sindicais e
partidárias.
NEOLIBERALISMO 70-80 / RESTAURAÇÃO CAPITALISTA DEC80-70⇾ CHEGA NO
BRASIL DEC80 /INTENSIFICA 90 COM O TOYOTISMO

Crise Capitalista Contemporânea (pós 1970), chamada crise estrutura


l⤷em 1974/75 ocorre a primeira recessão generalizada da economia capitalista
internacional desde a II Guerra Mundial, ⇾queda da taxa média de lucro,
subutilização da capacidade produtiva.
⤷ pleno emprego, classe trabalhadora organizada,movimento sindicais⇾ dificuldade da
extração da mais valia
⤷de reversão da onda longa expansiva e o estabelecimento de uma onda longa de
estagnação

Crise Conjuntural⇾ acontecimento, como querem fazer parecer aqueles que


identificam na alta do preço do petróleo, ou nos movimentos de libertação nacional,
ou na mudança do padrão ouro-dólar, as causas da crise.
⤷ esses fatores, pela sua externalidade, podem ser considerados no máximo
detonadores da crise, fatores adicionais que vieram se somar às condições já
instaladas para o desencadear da crise.
Daí vem as séries de estratégias do capitalismo para o enfrentamento à crise⇾. A
reestruturação produtiva, a mundialização financeira e o neoliberalismo.
REDEMOCRATIZAÇÃO BRASILEIRA NOS ANOS 1980- NAILSA

Golpe de 64-contra revolução


Objetivos: adequar os padrões de desenvolvimento nacionais ao novo quadro da economia
capitalista no aprofundamento da fase de internacionalização do capitalismo
- golpear e imobilizar os protagonistas sócio-políticos
- dinamizar as tendências que podiam agir contra a revolução e o socialismo
Apesar que a contra revolução acontecia de modo global, o significado do golpe nos
movimentos da formação sócio-histórica do Brasil, e o êxito na particularidade histórica.
Particularidades ⇾ uma economia voltada para o mercado mundial, desde o período
colonial.
⇾ ausência de uma radical ruptura com o estatuto colonial ⇾ a constituição de uma
burguesia que não tinha fundamento político.

A crise dos anos 1980 tem como base o esgotamento do modelo até então desenvolvido,
baseado no tripé Estado-capital-estrangeiro-capital-nacional. ⇾ Insumos de fora, o país
crescia mas a riqueza ia para fora.
⇾ não foi possível a instauração do neoliberalismo no brasil por conta da crise
política(redemocratização) que estava acontecendo. Diretas já(1984), retarda a crise.
1980 permite a formação de partidos independentes.
⇾ nascimento de organizações trabalhistas, novo sindicalismo⇾ colarinho branco.
Nova república Tancredo⇾ Sarney
⇾ crise social-econômica, dívida privada mas foi socializada

NEOLIBERALISMO: NOVA PROGRAMÁTICA DE AÇÃO/REGULAÇÃO ESTATAL NO


NEOIMPERIALISMO
A época neoliberal.Coutinho

Revolução passiva( welfare state) ⇾ implica sempre a presença de dois momentos: o da


"restauração" (trata-se sempre de uma reação conservadora à possibilidade de uma
transformação efetiva e radical proveniente "de baixo") e da "renovação" (no qual algumas
das demandas populares são satisfeitas "pelo alto", através de "concessões" das camadas
dominantes).
Contra-Reforma[ neoliberalismo(restauração plena da economia política do
capital)].⇾, [...] de resto, como todas as restaurações, não foi um bloco homogêneo, mas
uma combinação substancial, se não formal, entre o velho e o novo⇾ simples restauração.

⤷Podemos supor assim que a diferença essencial entre uma revolução passiva e uma
contra-reforma resida no fato de que, enquanto na primeira certamente existem
"restaurações", mas que "acolheram uma certa parte das exigências que vinham de baixo",
como diz Gramsci, na segunda é preponderante não o momento do novo, mas precisamente
o do velho.
a prática do transformismo como modalidade de desenvolvimento histórico, um processo
que, através da cooptação das lideranças políticas e culturais das classes subalternas,
busca excluí-las de todo efetivo protagonismo nos processos de transformação social.

Reestruturação Produtiva do Capital como ofensiva anti-crise

O capital entra em ofensiva, e procura revolucionar seu modelo de acumulação através de


transformações na organização, na gestão e no controle da produção.⇾necessidades de o
capital restabelecer o crescimento das taxas de lucro.

Sob o fordismo, com características rígidas e sólidas e sustentado numa forte e crescente
organização da classe operária por meio dos sindicatos e partidos, a tarefa parecia
impossível.
⤷romper com aquela rigidez, parte-se para um modelo de produção baseado na chamada
acumulação flexível⇾ tecnologia
Novo regime de acumulação flexível ⇾ toma como suporte o Toyotismo⇾ descentralização
da produção. A produção de massa passa a economia de escopo, estoque mínimo,
responde a demanda.⇾ kanban e just in time.
Cria-se, assim, uma flexibilidade e uma mobilidade que põem em patamar de força superior
os detentores do capital, em detrimento do trabalho. As inovações tecnológicas possibilitam
a economia de trabalho vivo e um crescimento da produtividade do trabalho, só que numa
situação em que suas capacidades de luta estão enfraquecidas pelo forte desemprego.
⤷Aumento do exército industrial de reserva

Consequência a classe trabalhadora


redução salarial, aliada à articulação daquelas novas formas precárias de contratação acima
citadas.

Está nos alicerces dos fundamentos da reestruturação produtiva esse objetivo de fraturar a
consciência de classe e consolidar a hegemonia burguesaneoliberal, pois a flexibilização
busca a adesão dos trabalhadores ao projeto do capital, através do envolvimento
manipulatório novas formas de domínio sobre o trabalho através de uma verdadeira reforma
intelectual e moral,

Veja-se, portanto, que a reestruturação produtiva não se configura somente (e já seria muito)
em um
movimento de flexibilização das bases da produção material do trabalho, mas implica uma
“restauração” (expressão devida a Braga) também, das bases políticas e ideológicas que
dão legitimidade a esse processo. Ou seja, implica um verdadeiro movimento de
restauração ofensiva do capital.

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