Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ELIZABETE MOTA
Crise contemporânea e as transformações na produção capitalista
As crises na dinâmica da acumulação capitalista
●fordista keynesiano⇾ período pós guerra até os anos 70, marcado por uma longa onda
expansiva de desenvolvimento do capital, centralização também e das forças produtiva,
avanços tecnológicos.
●intervenção do Estado⇾ políticas keynesianas
●Pacto-keynesiano⇾ mobilizações sindicais e partidárias dos trabalhadores que, em torno
de reivindicações sociais legítimas,atendimento de parte das suas necessidades
sociais, operando mudanças nas legislações trabalhistas e nas medidas de proteção
social.
⤷constituição do Welfare State⇾sustentação institucional
●A incorporação dessas demandas⇾ favoreceu a ampliação do consumo por parte dos
trabalhadores: ao tempo em que desmercantilizar o atendimento de algumas das
necessidades sociais através de salários indiretos.
No Brasil⇾ era um processo de modernização conservadora ⇾a inexistência da
experiência welfareana no Brasil apesar da criação de algumas políticas de proteção
socia- pois não eraa repassado para a classe trabalhadora.
Os países subdesenvolvidos transformam‐se em campo de absorção de investimentos
produtivos dec70
credito externo cria crise da divída externa, exportar capitais para o pagamento
●crise orgânica, marcada pela perda dos referenciais erigidos sob o paradigma do
fordismo, do keynesianismo, do Welfare State e das grandes estruturas sindicais e
partidárias.
NEOLIBERALISMO 70-80 / RESTAURAÇÃO CAPITALISTA DEC80-70⇾ CHEGA NO
BRASIL DEC80 /INTENSIFICA 90 COM O TOYOTISMO
A crise dos anos 1980 tem como base o esgotamento do modelo até então desenvolvido,
baseado no tripé Estado-capital-estrangeiro-capital-nacional. ⇾ Insumos de fora, o país
crescia mas a riqueza ia para fora.
⇾ não foi possível a instauração do neoliberalismo no brasil por conta da crise
política(redemocratização) que estava acontecendo. Diretas já(1984), retarda a crise.
1980 permite a formação de partidos independentes.
⇾ nascimento de organizações trabalhistas, novo sindicalismo⇾ colarinho branco.
Nova república Tancredo⇾ Sarney
⇾ crise social-econômica, dívida privada mas foi socializada
⤷Podemos supor assim que a diferença essencial entre uma revolução passiva e uma
contra-reforma resida no fato de que, enquanto na primeira certamente existem
"restaurações", mas que "acolheram uma certa parte das exigências que vinham de baixo",
como diz Gramsci, na segunda é preponderante não o momento do novo, mas precisamente
o do velho.
a prática do transformismo como modalidade de desenvolvimento histórico, um processo
que, através da cooptação das lideranças políticas e culturais das classes subalternas,
busca excluí-las de todo efetivo protagonismo nos processos de transformação social.
Sob o fordismo, com características rígidas e sólidas e sustentado numa forte e crescente
organização da classe operária por meio dos sindicatos e partidos, a tarefa parecia
impossível.
⤷romper com aquela rigidez, parte-se para um modelo de produção baseado na chamada
acumulação flexível⇾ tecnologia
Novo regime de acumulação flexível ⇾ toma como suporte o Toyotismo⇾ descentralização
da produção. A produção de massa passa a economia de escopo, estoque mínimo,
responde a demanda.⇾ kanban e just in time.
Cria-se, assim, uma flexibilidade e uma mobilidade que põem em patamar de força superior
os detentores do capital, em detrimento do trabalho. As inovações tecnológicas possibilitam
a economia de trabalho vivo e um crescimento da produtividade do trabalho, só que numa
situação em que suas capacidades de luta estão enfraquecidas pelo forte desemprego.
⤷Aumento do exército industrial de reserva
Está nos alicerces dos fundamentos da reestruturação produtiva esse objetivo de fraturar a
consciência de classe e consolidar a hegemonia burguesaneoliberal, pois a flexibilização
busca a adesão dos trabalhadores ao projeto do capital, através do envolvimento
manipulatório novas formas de domínio sobre o trabalho através de uma verdadeira reforma
intelectual e moral,
Veja-se, portanto, que a reestruturação produtiva não se configura somente (e já seria muito)
em um
movimento de flexibilização das bases da produção material do trabalho, mas implica uma
“restauração” (expressão devida a Braga) também, das bases políticas e ideológicas que
dão legitimidade a esse processo. Ou seja, implica um verdadeiro movimento de
restauração ofensiva do capital.