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CUSTO DE OPORTUNIDADE ........................................................................................................................ 2
TIPOS DE BENS ........................................................................................................................................... 4
Grau de rivalidade (no consumo) ...................................................................................................................4
Grau de exclusão (no acesso) .........................................................................................................................4
BENS PÚBLICOS ........................................................................................................................................................4
Free-riding.......................................................................................................................................................4
BENS PRIVADOS .......................................................................................................................................................4
BENS DE CLUBE ........................................................................................................................................................4
BENS DE LIVRE ACESSO..............................................................................................................................................5
EXTERNALIDADES....................................................................................................................................... 5
EXTERNALIDADE POSITIVA ..........................................................................................................................................5
EXTERNALIDADE NEGATIVA .........................................................................................................................................5
RELAÇÃO DE MERCADO .............................................................................................................................. 5
VANTAGENS ABSOLUTAS ............................................................................................................................................5
VANTAGENS COMPARATIVAS ......................................................................................................................................5
ESPECIALIZAÇÃO.......................................................................................................................................................6
NATUREZA EXPANSIVA DA RELAÇÃO DE MERCADO ...........................................................................................................7
TEORIA NEOCLÁSSICA DO CONSUMIDOR .................................................................................................... 7
Pressupostos ...................................................................................................................................................7
Facto económico .............................................................................................................................................7
CABAZ DE CONSUMO.................................................................................................................................................7
CONJUNTO DAS POSSIBILIDADES DE CONSUMO ..............................................................................................................7
Reta do orçamento .........................................................................................................................................7
Declive da reta do orçamento ........................................................................................................................8
PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR.................................................................................................................................8
Monotonicidade positiva ................................................................................................................................8
Convexidade....................................................................................................................................................8
Racionalidade .................................................................................................................................................8
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO .............................................................................................................................8
EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR .....................................................................................................................................9
Equilíbrio interior ............................................................................................................................................9
Equilíbrio de canto ..........................................................................................................................................9
ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO ........................................................................................................................................9
CURVA CONSUMO-PREÇO........................................................................................................................................10
CURVA DA PROCURA (INVERSA) ................................................................................................................................10
CURVA CONSUMO-RENDIMENTO ..............................................................................................................................11
CURVA DE ENGEL ...................................................................................................................................................11
CLASSIFICAÇÃO DE BENS – CURVA DA PROCURA E DE ENGEL ..........................................................................................11
Bens Ordinários.............................................................................................................................................12
Bens de Giffen ...............................................................................................................................................12
FUNÇÃO DE UTILIDADE ............................................................................................................................................12
Utilidade Total ..............................................................................................................................................12
Utilidade Marginal........................................................................................................................................12
Taxa Marginal de Substituição e Utilidade Marginal ...................................................................................13
DEDUÇÃO DA FUNÇÃO PROCURA ..............................................................................................................................13
DECOMPOSIÇÃO DO EFEITO-PREÇO DIRETO..................................................................................................................13
Bens ordinários e normais ............................................................................................................................14
Bens ordinários e inferiores ..........................................................................................................................14
Bens de Giffen (inferiores) ............................................................................................................................14
CURVA DA PROCURA INDIVIDUAL INVERSA ..................................................................................................................15
Preço de Reserva...........................................................................................................................................15
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Custo de oportunidade
Valor/Quantidade dos bens e serviços y que o agente tem que deixar de produzir para
aumentar a produção do bem ou serviço x numa unidade (recursos fixos e em pleno
emprego).
Tipos de Bens
O modo de apropriação dos bens e serviços dá-se em dois momentos: acesso ao consumo e
ato do consumo. Geram-se então os critérios de classificação:
Grau de rivalidade (no consumo)
Refere-se à quantidade e/ou qualidade do bem ou serviço disponível para consumo das
outras pessoas após o consumo pela pessoa em questão.
Grau de exclusão (no acesso)
Refere-se à disponibilidade ou condicionantes prévias do acesso ao consumo do bem ou
serviço por parte dos consumidores em geral.
Mecanismos de exclusão: preço, normas legais, idade, notas, etc.
Bens Públicos
Ausência total de exclusão e de rivalidade no consumo do bem. (free-riding)
Free-riding
Dada a falta de mecanismo de exclusão no acesso ao consumo, toda a gente pode
consumir o bem sem cumprir nenhuma condição prévia. Não há, assim, necessidade de
contribuir para os custos de produção do bem.
Enquanto que há consumidores que contribuem voluntariamente para pagar os custos
de produção, outros não contribuem: os designados free riders.
Dado que a maioria dos consumidores são, geralmente, free riders, o produtor do bem
público terá problemas de sustentabilidade económica para manter a produção.
Soluções: incentivo às contribuições voluntárias, mecanismos de contribuição coerciva,
produção conjunta com bens privados, instituição de mecanismos de exclusão.
Bens Privados
Exclusão e rivalidade totais no consumo desse bem. (pobreza)
Bens de Clube
Exclusão total e ausência total de rivalidade no consumo desse bem.
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Externalidades
Ações (produção, consumo de um bem, etc.) de um agente com efeitos sobre as outras
pessoas não previamente acordados entre as duas partes.
Podem ser objeto de mecanismos preventivos (negativa) ou compensatórios (positiva).
Externalidade positiva
Tem efeitos positivos sobre as outras pessoas, aumentando o seu bem-estar.
Benefício social > Benefício privado
Para internalizar a externalidade, são implementados mecanismos compensatórios,
que visam aumentar o benefício privado do produtor da externalidade. Procura-se estimular
os efeitos positivos da externalidade.
Externalidade negativa
Tem efeitos negativos sobre as outras pessoas, diminuindo o seu bem-estar.
Custo social > Custo privado.
Para internalizar a externalidade, são implementados mecanismos compensatórios,
que visam diminuir o custo social das pessoas afetadas pela externalidade, e preventivos, que
visam aumentar o custo privado do produtor da externalidade. Procura-se diminuir os efeitos
negativos da externalidade.
Relação de mercado
Relação social que inclui processos de transação voluntários, livremente negociados entre as
partes, caracterizados pela reciprocidade material (cada parte tem o dever de ceder um bem
ou serviço à outra e o direito de receber um bem ou serviço da outra).
Vantagens absolutas
Maior produtividade de um indivíduo, empresa, região ou país, face a outro, na produção de
um certo bem ou serviço.
Os produtores especializam-se nos bens ou serviços nos quais são mais produtivos (vantagens
absolutas recíprocas).
Vantagens comparativas
No caso de não existirem vantagens absolutas recíprocas, mesmo assim, os agentes
beneficiam da especialização.
Menor custo de oportunidade da produção de um bem ou serviço por parte de um indivíduo,
empresa, região ou país, face a outro.
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
X Y
País A 10 12
País B 5 10
Produtividade (unidades por hora)
CO XY CO YX
País A 1,2 0,83
País B 2 0,5
País A deve especializar-se na produção do bem X e o país B deve especializar-se na produção
do bem Y.
Cálculo
CO XY (A)
1 hora : +10X
z horas : +1 X
z = 0,1
-1 hora : -12Y
-0,1 horas : -1,2Y
CO xy (A) = 1,2
Especialização
Processo pelo qual um agente económico transfere recursos produtivos que estão a ser
usados ou não numa atividade para outra atividade, voluntariamente.
A principal vantagem subjacente à especialização é a obtenção de vantagens absolutas ou
comparativas face aos competidores.
X Y
País A 75*10 = 750 75*12 = 900
País B 100*5 = 500 100*10 = 1000
Produção total 1250 1900
s/ especialização
150*0,1 = 15 horas
135/2 = 67,5 horas
200*0,1 = 20 horas
180/2 = 90 horas
X Y
País A 82,5*10 = 825 67,5*12 = 810
País B 90*5 = 450 110*10 = 1100
Produção total 1275 1910
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Facto económico
Quantidade total de um bem ou serviço de consumo final que os consumidores estão
dispostos a adquirir tende a variar em sentido contrário ao seu preço, ceteris paribus.
Cabaz de consumo
Combinação de quantidades de vários bens ou serviços de consumo final que o consumidor
pode optar por consumir.
∑ 𝑝𝜒 𝑞𝜒 ≤ 𝑚
Reta do orçamento
Fronteira superior do conjunto das possibilidades de consumo.
Representa o conjunto dos cabazes de consumo que esgotam o rendimento do consumidor.
∑ 𝑝𝜒 𝑞𝜒 = 𝑚
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Preferências do Consumidor
O consumidor decide o cabaz a consumir de acordo com as suas possibilidades de consumo e
preferências.
O consumidor escolhe entre combinações de quantidades dos vários bens.
Monotonicidade positiva
O consumidor prefere sempre consumir mais do que consumir menos.
Declive negativo da curva de indiferença.
Quanto mais alta a curva de indiferença, maior o seu nível de satisfação.
Convexidade
O consumidor prefere sempre diversidade. Dados dois cabazes indiferentes e um
terceiro que é uma combinação linear destes dois, ele prefere este a qualquer um dos dois.
Quanto mais consome de um determinado bem, menos disposto está a reduzir o
consumo de outros bens para aumentar o consumo desse bem sem diminuir a sua satisfação.
TMS decrescente, em valor absoluto, ao longo da curva de indiferença.
Racionalidade
Curvas de indiferença não se intersetam.
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Δ𝑞
𝑇𝑀𝑆 =
Δ𝑞
Equilíbrio do Consumidor
De entre os cabazes possíveis, o consumidor vai escolher aquele que melhor satisfaz as suas
preferências.
O cabaz escolhido corresponde à interseção da reta de orçamento com o conjunto de
possibilidades de consumo.
Enquanto as variáveis exógenas (preços, rendimentos e preferências) se mantiverem
inalteradas, o equilíbrio do consumidor mantém-se inalterado.
Equilíbrio interior
Escolha de um cabaz que contém quantidades não nulas de todos os bens e serviços.
Ponto de tangência entre a reta de orçamento e a curva de indiferença mais alta.
𝜕 𝑝
𝑇𝑀𝑆 = 𝐶𝑂 =
𝜕 𝑝
Equilíbrio de canto
Escolha de um cabaz que contém uma quantidade nula de um dos bens ou serviços.
Contidos num dos eixos.
Nos bens substitutos, o cabaz de equilíbrio do consumidor corresponde a um
equilíbrio de canto.
Análise Custo-Benefício
No processo de convergência para uma situação de equilíbrio, o consumidor compara os
ganhos adicionais de consumir mais uma unidade do bem ou serviço em questão com as
perdas adicionais de outros bens que tal implica.
Compara o benefício marginal e o custo marginal – raciocínio marginalista.
O benefício marginal pode ser visto como a Taxa Marginal de Substituição e o custo marginal
como o Custo de Oportunidade.
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Δ𝑦(𝐴𝐸)
C.O. 12 = Δ𝑥(𝐴𝐸)
Δ𝑦(𝐴𝐷)
T.M.S. 21 = , D como o ponto da mesma curva de indiferença de A com abcissa igual à
Δ𝑥(𝐴𝐸)
de E
Curva Consumo-Preço
Curva que relaciona os cabazes de equilíbrio de um consumidor, para diferentes preços de
um dos bens.
q1
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Curva Consumo-
Rendimento - +
Relaciona os vários + Giffen – Inferior Impossível (Giffen - Normal)
níveis de - Ordinário - Inferior Ordinário - Normal
rendimento do consumidor com os seus cabazes de equilíbrio.
Curva de Engel
Relaciona o rendimento do consumidor com a quantidade consumida de um bem no cabaz
de equilíbrio correspondente a esse nível de rendimento.
Declive da Curva
da Procura (p – q)
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Bens Ordinários
Bens cujo efeito preço direto (variação da quantidade consumida quando varia o
preço do bem, ceteris paribus) é negativo (∆ + 𝑃𝑥 → ∆ − 𝑄𝑥 ).
Bens de Giffen
Bens cujo efeito preço direto (variação da quantidade consumida quando varia o
preço do bem, ceteris paribus) é positivo (∆ + 𝑃𝑥 → ∆ + 𝑄𝑥 ).
Não pode nunca ser um bem normal pois o efeito de rendimento influencia o consumo
do bem em sentido contrário ao do efeito de substituição, ao contrário dos bens normais, em
que os efeitos de substituição e de rendimento têm o mesmo sentido.
Função de Utilidade
Exprime a ordem de preferências de um consumidor (utilidade ordinal), representando-a
matematicamente.
𝐴 → 𝑈(𝐴)
𝐴 ≻ 𝐵 → 𝑈(𝐴) > 𝑈(𝐵)
𝐶 = 𝐷 → 𝑈(𝐶) = 𝑈(𝐷)
Utilidade Total
Utilidade que o consumidor obtém do consumo de n unidades de um bem.
Utilidade de x
400
350
300
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12
Utilidade Marginal
Utilidade Marginal de x
Utilidade que o consumidor obtém do consumo de uma unidade adicional de um bem.
120
100
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Δ 𝑈𝑥
𝑈𝑀 𝑥 =
Δ Q𝑥
Δ𝑞2 𝑈𝑀 1
= − = 𝑇𝑀𝑆 21
Δ𝑞1 𝑈𝑀 2
𝐿 (𝑥, 𝑦, 𝜆) = 𝑥𝑦 + 𝜆 (𝑃𝑥 𝑥 + 𝑃𝑦 𝑦 − 𝑚)
𝜕𝐿
=0
𝜕𝑥
𝜕𝐿
=0
𝜕𝑦
𝜕𝐿
=0
𝜕𝜆
Significado: consumidor esgota o seu rendimento
obtém-se
𝑦 𝑃𝑥
TMS yx (módulo) 𝑥
= 𝑃𝑦
CO xy (modulo)
obtém-se
𝑚 𝑚
𝑥= 𝑒𝑦=
2 𝑃𝑥 2 𝑃𝑦
Efeito de substituição
Δ CO
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Efeito rendimento
Δ Poder de compra
Ao resultado combinado destes dois efeitos designa-se efeito-preço direto, isto é, aumento
ou redução no consumo.
ER +
ES +
ER –
ES +
ES +
ER -
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
ES +
ER -
𝑃𝑥 = 𝑓(𝑄𝑥, 𝑃𝑦, 𝑚)
Preço de Reserva
Preço mais alto que o consumidor está disposto a pagar por uma unidade adicional de
um certo bem ou serviço.
𝑄𝑥 = 𝑓(𝑃𝑥, 𝑃𝑦, 𝑚)
Deslocações da curva
• Quando aumenta o rendimento (ceteris paribus):
o Direita – bens normais
o Esquerda – bens inferiores
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
𝑄𝑥 = 𝑓(𝑃𝑥, 𝑃𝑦, 𝑚)
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
Deslocações da curva
• Quando aumenta o número de consumidores e não varia mais nada:
o Direita
Elasticidade
Mede a variação percentual de uma determinada variável (“efeito”) em resultado da variação
de 1% numa outra variável que a influencia (“causa”).
Quociente entre duas variações percentuais:
Δ 𝐸𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜
Δ 𝐶𝑎𝑢𝑠𝑎
Elasticidade da Procura
Mede a variação percentual da quantidade procurada de um bem ou serviço em resultado da
variação de 1% de uma das variáveis exógenas que a influenciam (preço do bem, preço de
bens substitutos ou complementares, rendimento).
Elasticidade-preço direta
Variação percentual da quantidade procurada do bem ou serviço em resultado da variação de
1% do seu preço, mantendo-se tudo o resto constante.
εxx = Δ𝑝𝑥
Δ𝑞𝑥
×
𝑝𝑥
𝑞𝑥
Elasticidade-preço cruzada
Variação percentual da quantidade procurada do bem ou serviço em resultado da variação de
1% do preço de um bem substituto ou complementar, mantendo-se tudo o resto constante.
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023
εxy = Δ𝑝𝑦
Δ𝑞𝑥 𝑝𝑦
× 𝑞𝑥
Elasticidade-rendimento
Variação percentual da quantidade procurada do bem ou serviço em resultado da variação de
1% do rendimento do consumidor, mantendo-se tudo o resto constante.
ηx = Δ𝑝𝑥
Δ𝑞𝑥
×
𝑝𝑥
𝑞𝑥
Xavier Cunha