Você está na página 1de 18

MICROECONOMIA

Xavier Cunha – 2022/2023


Microeconomia UCP 2022/2023

Conteúdos
CUSTO DE OPORTUNIDADE ........................................................................................................................ 2
TIPOS DE BENS ........................................................................................................................................... 4
Grau de rivalidade (no consumo) ...................................................................................................................4
Grau de exclusão (no acesso) .........................................................................................................................4
BENS PÚBLICOS ........................................................................................................................................................4
Free-riding.......................................................................................................................................................4
BENS PRIVADOS .......................................................................................................................................................4
BENS DE CLUBE ........................................................................................................................................................4
BENS DE LIVRE ACESSO..............................................................................................................................................5
EXTERNALIDADES....................................................................................................................................... 5
EXTERNALIDADE POSITIVA ..........................................................................................................................................5
EXTERNALIDADE NEGATIVA .........................................................................................................................................5
RELAÇÃO DE MERCADO .............................................................................................................................. 5
VANTAGENS ABSOLUTAS ............................................................................................................................................5
VANTAGENS COMPARATIVAS ......................................................................................................................................5
ESPECIALIZAÇÃO.......................................................................................................................................................6
NATUREZA EXPANSIVA DA RELAÇÃO DE MERCADO ...........................................................................................................7
TEORIA NEOCLÁSSICA DO CONSUMIDOR .................................................................................................... 7
Pressupostos ...................................................................................................................................................7
Facto económico .............................................................................................................................................7
CABAZ DE CONSUMO.................................................................................................................................................7
CONJUNTO DAS POSSIBILIDADES DE CONSUMO ..............................................................................................................7
Reta do orçamento .........................................................................................................................................7
Declive da reta do orçamento ........................................................................................................................8
PREFERÊNCIAS DO CONSUMIDOR.................................................................................................................................8
Monotonicidade positiva ................................................................................................................................8
Convexidade....................................................................................................................................................8
Racionalidade .................................................................................................................................................8
TAXA MARGINAL DE SUBSTITUIÇÃO .............................................................................................................................8
EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR .....................................................................................................................................9
Equilíbrio interior ............................................................................................................................................9
Equilíbrio de canto ..........................................................................................................................................9
ANÁLISE CUSTO-BENEFÍCIO ........................................................................................................................................9
CURVA CONSUMO-PREÇO........................................................................................................................................10
CURVA DA PROCURA (INVERSA) ................................................................................................................................10
CURVA CONSUMO-RENDIMENTO ..............................................................................................................................11
CURVA DE ENGEL ...................................................................................................................................................11
CLASSIFICAÇÃO DE BENS – CURVA DA PROCURA E DE ENGEL ..........................................................................................11
Bens Ordinários.............................................................................................................................................12
Bens de Giffen ...............................................................................................................................................12
FUNÇÃO DE UTILIDADE ............................................................................................................................................12
Utilidade Total ..............................................................................................................................................12
Utilidade Marginal........................................................................................................................................12
Taxa Marginal de Substituição e Utilidade Marginal ...................................................................................13
DEDUÇÃO DA FUNÇÃO PROCURA ..............................................................................................................................13
DECOMPOSIÇÃO DO EFEITO-PREÇO DIRETO..................................................................................................................13
Bens ordinários e normais ............................................................................................................................14
Bens ordinários e inferiores ..........................................................................................................................14
Bens de Giffen (inferiores) ............................................................................................................................14
CURVA DA PROCURA INDIVIDUAL INVERSA ..................................................................................................................15
Preço de Reserva...........................................................................................................................................15

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

CURVA DA PROCURA INDIVIDUAL DIRETA ....................................................................................................................15


Deslocações ao longo da curva ....................................................................................................................15
Deslocações da curva ...................................................................................................................................15
FUNÇÃO DE PROCURA INDIVIDUAL.............................................................................................................................16
CURVA DA PROCURA AGREGADA ...............................................................................................................................16
De curvas de procura individual para curva da procura agregada ..............................................................16
Deslocações ao longo da curva ....................................................................................................................17
Deslocações da curva ...................................................................................................................................17
FUNÇÃO DE PROCURA AGREGADA .............................................................................................................................17
ELASTICIDADE ........................................................................................................................................................17
ELASTICIDADE DA PROCURA......................................................................................................................................17
Elasticidade-preço direta ..............................................................................................................................17
Elasticidade-preço cruzada ...........................................................................................................................17
Elasticidade-rendimento...............................................................................................................................18
CLASSIFICAÇÃO DE BENS – ELASTICIDADE ....................................................................................................................18

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Custo de oportunidade
Valor/Quantidade dos bens e serviços y que o agente tem que deixar de produzir para
aumentar a produção do bem ou serviço x numa unidade (recursos fixos e em pleno
emprego).

Tipos de Bens
O modo de apropriação dos bens e serviços dá-se em dois momentos: acesso ao consumo e
ato do consumo. Geram-se então os critérios de classificação:
Grau de rivalidade (no consumo)
Refere-se à quantidade e/ou qualidade do bem ou serviço disponível para consumo das
outras pessoas após o consumo pela pessoa em questão.
Grau de exclusão (no acesso)
Refere-se à disponibilidade ou condicionantes prévias do acesso ao consumo do bem ou
serviço por parte dos consumidores em geral.
Mecanismos de exclusão: preço, normas legais, idade, notas, etc.

Ausência total de rivalidade Rivalidade total

Exclusão total Bens de clube Bens privados


Ausência total de
Bens públicos Bens de livre acesso
exclusão

Bens Públicos
Ausência total de exclusão e de rivalidade no consumo do bem. (free-riding)

Free-riding
Dada a falta de mecanismo de exclusão no acesso ao consumo, toda a gente pode
consumir o bem sem cumprir nenhuma condição prévia. Não há, assim, necessidade de
contribuir para os custos de produção do bem.
Enquanto que há consumidores que contribuem voluntariamente para pagar os custos
de produção, outros não contribuem: os designados free riders.
Dado que a maioria dos consumidores são, geralmente, free riders, o produtor do bem
público terá problemas de sustentabilidade económica para manter a produção.
Soluções: incentivo às contribuições voluntárias, mecanismos de contribuição coerciva,
produção conjunta com bens privados, instituição de mecanismos de exclusão.

Bens Privados
Exclusão e rivalidade totais no consumo desse bem. (pobreza)

Bens de Clube
Exclusão total e ausência total de rivalidade no consumo desse bem.

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Bens de Livre Acesso


Ausência total de exclusão e rivalidade total no consumo desse bem. (sobre-
exploração)

Externalidades
Ações (produção, consumo de um bem, etc.) de um agente com efeitos sobre as outras
pessoas não previamente acordados entre as duas partes.
Podem ser objeto de mecanismos preventivos (negativa) ou compensatórios (positiva).

Externalidade positiva
Tem efeitos positivos sobre as outras pessoas, aumentando o seu bem-estar.
Benefício social > Benefício privado
Para internalizar a externalidade, são implementados mecanismos compensatórios,
que visam aumentar o benefício privado do produtor da externalidade. Procura-se estimular
os efeitos positivos da externalidade.

Externalidade negativa
Tem efeitos negativos sobre as outras pessoas, diminuindo o seu bem-estar.
Custo social > Custo privado.
Para internalizar a externalidade, são implementados mecanismos compensatórios,
que visam diminuir o custo social das pessoas afetadas pela externalidade, e preventivos, que
visam aumentar o custo privado do produtor da externalidade. Procura-se diminuir os efeitos
negativos da externalidade.

Relação de mercado
Relação social que inclui processos de transação voluntários, livremente negociados entre as
partes, caracterizados pela reciprocidade material (cada parte tem o dever de ceder um bem
ou serviço à outra e o direito de receber um bem ou serviço da outra).

Vantagens absolutas
Maior produtividade de um indivíduo, empresa, região ou país, face a outro, na produção de
um certo bem ou serviço.
Os produtores especializam-se nos bens ou serviços nos quais são mais produtivos (vantagens
absolutas recíprocas).

Vantagens comparativas
No caso de não existirem vantagens absolutas recíprocas, mesmo assim, os agentes
beneficiam da especialização.
Menor custo de oportunidade da produção de um bem ou serviço por parte de um indivíduo,
empresa, região ou país, face a outro.

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

X Y
País A 10 12
País B 5 10
Produtividade (unidades por hora)

CO XY CO YX
País A 1,2 0,83
País B 2 0,5
País A deve especializar-se na produção do bem X e o país B deve especializar-se na produção
do bem Y.

Cálculo
CO XY (A)
1 hora : +10X
z horas : +1 X
z = 0,1

-1 hora : -12Y
-0,1 horas : -1,2Y

CO xy (A) = 1,2

Especialização
Processo pelo qual um agente económico transfere recursos produtivos que estão a ser
usados ou não numa atividade para outra atividade, voluntariamente.
A principal vantagem subjacente à especialização é a obtenção de vantagens absolutas ou
comparativas face aos competidores.

X Y
País A 75*10 = 750 75*12 = 900
País B 100*5 = 500 100*10 = 1000
Produção total 1250 1900
s/ especialização

Especialização de 10% na vantagem comparativa

150*0,1 = 15 horas
135/2 = 67,5 horas

200*0,1 = 20 horas
180/2 = 90 horas

X Y
País A 82,5*10 = 825 67,5*12 = 810
País B 90*5 = 450 110*10 = 1100
Produção total 1275 1910

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

c/ especialização (+25 do que (+10 do que


s/especialização) s/especialização)

Natureza expansiva da relação de mercado


Capacidade da relação de mercado para gerar uma quantidade e uma diversidade cada vez
maiores de bens e serviços.
Esta capacidade, para se traduzir efetivamente na realidade, precisa de ser complementada
por mudanças tecnológicas, sociais e políticas.
Revoluções industriais

Teoria Neoclássica do Consumidor


Pressupostos
Individualismo metodológico (todo = soma partes)
Racionalidade instrumental (comportamento otimizador)
Tecnologia (melhores práticas)

Facto económico
Quantidade total de um bem ou serviço de consumo final que os consumidores estão
dispostos a adquirir tende a variar em sentido contrário ao seu preço, ceteris paribus.

Cabaz de consumo
Combinação de quantidades de vários bens ou serviços de consumo final que o consumidor
pode optar por consumir.

Conjunto das Possibilidades de Consumo


Conjunto dos cabazes de consumo que o consumidor pode adquirir, dados os meios de que
dispõe para esse feito (rendimento).
Bens em número fixo e finito e perfeitamente perecíveis e divisíveis. Bens privados. Mercado
de concorrência perfeita.

∑ 𝑝𝜒 𝑞𝜒 ≤ 𝑚

Reta do orçamento
Fronteira superior do conjunto das possibilidades de consumo.
Representa o conjunto dos cabazes de consumo que esgotam o rendimento do consumidor.

∑ 𝑝𝜒 𝑞𝜒 = 𝑚

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

É uma reta porque p1, p2 e m têm valores fixos (variáveis exógenas).

Declive da reta do orçamento


𝑷𝟏
𝒎=− = ∆ 𝒒𝟐
𝑷𝟐

Custo de oportunidade do bem 1 em termos do bem 2.


Quantidade do bem 2 tem de deixar de consumir para poder aumentar a quantidade
consumida do bem 1 em uma unidade

Preferências do Consumidor
O consumidor decide o cabaz a consumir de acordo com as suas possibilidades de consumo e
preferências.
O consumidor escolhe entre combinações de quantidades dos vários bens.

Monotonicidade positiva
O consumidor prefere sempre consumir mais do que consumir menos.
Declive negativo da curva de indiferença.
Quanto mais alta a curva de indiferença, maior o seu nível de satisfação.

Convexidade
O consumidor prefere sempre diversidade. Dados dois cabazes indiferentes e um
terceiro que é uma combinação linear destes dois, ele prefere este a qualquer um dos dois.
Quanto mais consome de um determinado bem, menos disposto está a reduzir o
consumo de outros bens para aumentar o consumo desse bem sem diminuir a sua satisfação.
TMS decrescente, em valor absoluto, ao longo da curva de indiferença.

Racionalidade
Curvas de indiferença não se intersetam.

Curvas de indiferença “mal-comportadas”


- Bens substitutos perfeitos
TMS constante ao longo das curvas. Retas, violando o princípio da convexidade.

- Bens complementares perfeitos


Violação da monotonicidade positiva. (curvas = mini referenciais cartesianos)
TMS nula ou infinita.
Taxa Marginal de Substituição
Quantidade de um bem que o consumidor está disposto a deixar de consumir para consumir
mais uma unidade de outro bem, de tal maneira que lhe é indiferente consumir o cabaz inicial
ou o cabaz final.
Declive da reta tangente à curva de indiferença.

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Δ𝑞
𝑇𝑀𝑆  =
Δ𝑞

Equilíbrio do Consumidor
De entre os cabazes possíveis, o consumidor vai escolher aquele que melhor satisfaz as suas
preferências.
O cabaz escolhido corresponde à interseção da reta de orçamento com o conjunto de
possibilidades de consumo.
Enquanto as variáveis exógenas (preços, rendimentos e preferências) se mantiverem
inalteradas, o equilíbrio do consumidor mantém-se inalterado.

Equilíbrio interior
Escolha de um cabaz que contém quantidades não nulas de todos os bens e serviços.
Ponto de tangência entre a reta de orçamento e a curva de indiferença mais alta.

𝜕 𝑝
𝑇𝑀𝑆  = 𝐶𝑂  =
𝜕 𝑝

Equilíbrio de canto
Escolha de um cabaz que contém uma quantidade nula de um dos bens ou serviços.
Contidos num dos eixos.
Nos bens substitutos, o cabaz de equilíbrio do consumidor corresponde a um
equilíbrio de canto.

Análise Custo-Benefício
No processo de convergência para uma situação de equilíbrio, o consumidor compara os
ganhos adicionais de consumir mais uma unidade do bem ou serviço em questão com as
perdas adicionais de outros bens que tal implica.
Compara o benefício marginal e o custo marginal – raciocínio marginalista.

O benefício marginal pode ser visto como a Taxa Marginal de Substituição e o custo marginal
como o Custo de Oportunidade.

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Δ𝑦(𝐴𝐸)
C.O. 12 = Δ𝑥(𝐴𝐸)

Δ𝑦(𝐴𝐷)
T.M.S. 21 = , D como o ponto da mesma curva de indiferença de A com abcissa igual à
Δ𝑥(𝐴𝐸)
de E

𝑻𝑴𝑺 𝟐𝟏 (𝑨) = 𝑪𝑶 𝟏𝟐 (𝑨) → 𝑺𝒊𝒕𝒖𝒂çã𝒐 𝒅𝒆 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒍í𝒃𝒓𝒊𝒐

Curva Consumo-Preço
Curva que relaciona os cabazes de equilíbrio de um consumidor, para diferentes preços de
um dos bens.

Curva da Procura (inversa)


Curva que relaciona a quantidade procurada de um certo bem em função do seu preço.

q1

Declive negativo Declive positivo


∆ + 𝑃1 → ∆ − 𝑄1 ∆ + 𝑃2 → ∆ + 𝑄2

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Curva Consumo-
Rendimento - +
Relaciona os vários + Giffen – Inferior Impossível (Giffen - Normal)
níveis de - Ordinário - Inferior Ordinário - Normal
rendimento do consumidor com os seus cabazes de equilíbrio.

Curva de Engel
Relaciona o rendimento do consumidor com a quantidade consumida de um bem no cabaz
de equilíbrio correspondente a esse nível de rendimento.

Classificação de Bens – Curva da Procura e de Engel

Declive da Curva de Engel (m – q)

Declive da Curva
da Procura (p – q)

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Bens Ordinários
Bens cujo efeito preço direto (variação da quantidade consumida quando varia o
preço do bem, ceteris paribus) é negativo (∆ + 𝑃𝑥 → ∆ − 𝑄𝑥 ).

Bens de Giffen
Bens cujo efeito preço direto (variação da quantidade consumida quando varia o
preço do bem, ceteris paribus) é positivo (∆ + 𝑃𝑥 → ∆ + 𝑄𝑥 ).
Não pode nunca ser um bem normal pois o efeito de rendimento influencia o consumo
do bem em sentido contrário ao do efeito de substituição, ao contrário dos bens normais, em
que os efeitos de substituição e de rendimento têm o mesmo sentido.

Função de Utilidade
Exprime a ordem de preferências de um consumidor (utilidade ordinal), representando-a
matematicamente.

𝐴 → 𝑈(𝐴)
𝐴 ≻ 𝐵 → 𝑈(𝐴) > 𝑈(𝐵)
𝐶 = 𝐷 → 𝑈(𝐶) = 𝑈(𝐷)

Utilidade Total
Utilidade que o consumidor obtém do consumo de n unidades de um bem.

Utilidade de x
400
350
300
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12

Utilidade Marginal
Utilidade Marginal de x
Utilidade que o consumidor obtém do consumo de uma unidade adicional de um bem.
120

100

80

60

40

20

0
0 2 4 6 8 10 12
Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Δ 𝑈𝑥
𝑈𝑀 𝑥 =
Δ Q𝑥

Taxa Marginal de Substituição e Utilidade Marginal


Entre dois cabazes na mesma curva de indiferença:

Δ𝑞2 𝑈𝑀 1
= − = 𝑇𝑀𝑆 21
Δ𝑞1 𝑈𝑀 2

Dedução da Função Procura


A partir da função utilidade, com rendimento e preços exógenos, deduz-se a função procura
através da resolução do problema matemático de otimização:

Maximizar U (x,y) sujeita à restrição Px x + Py y = m

𝐿 (𝑥, 𝑦, 𝜆) = 𝑥𝑦 + 𝜆 (𝑃𝑥 𝑥 + 𝑃𝑦 𝑦 − 𝑚)

𝜕𝐿
=0
𝜕𝑥

𝜕𝐿
=0
𝜕𝑦

𝜕𝐿
=0
𝜕𝜆
Significado: consumidor esgota o seu rendimento

obtém-se

𝑦 𝑃𝑥
TMS yx (módulo) 𝑥
= 𝑃𝑦
CO xy (modulo)

obtém-se

𝑚 𝑚
𝑥= 𝑒𝑦=
2 𝑃𝑥 2 𝑃𝑦

Decomposição do efeito-preço direto


Quando o preço de um bem varia, ceteris paribus, acontecem duas coisas:

Efeito de substituição
Δ CO

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Efeito rendimento
Δ Poder de compra

Ao resultado combinado destes dois efeitos designa-se efeito-preço direto, isto é, aumento
ou redução no consumo.

Bens ordinários e normais

ER +
ES +

Bens ordinários e inferiores

ER –
ES +

ES +
ER -

Bens de Giffen (inferiores)

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

ES +
ER -

Curva da Procura Individual Inversa


Relação entre cada quantidade consumida de um bem ou serviço e o preço mais alto que o
consumidor está disposto a pagar para aumentar o seu consumo desse bem ou serviço numa
unidade, ceteris paribus (preferências, rendimento e preços de outros bens complementares
ou substitutos).

𝑃𝑥 = 𝑓(𝑄𝑥, 𝑃𝑦, 𝑚)

Bem ordinário – Declive negativo (quantidade consumida e preço variam em sentidos


opostos)
Bem de Giffen – Declive positivo (quantidade consumida e preço variam no mesmo sentido)

Preço de Reserva
Preço mais alto que o consumidor está disposto a pagar por uma unidade adicional de
um certo bem ou serviço.

Curva da Procura individual Direta


Relação entre cada preço possível de um bem ou serviço e a quantidade que o consumidor
está disposto a consumir a esse preço. ceteris paribus (preferências, preço de bens
complementares e substitutos e rendimento)

𝑄𝑥 = 𝑓(𝑃𝑥, 𝑃𝑦, 𝑚)

Deslocações ao longo da curva


Quando varia o preço do bem ou serviço e não varia mais nada (preferências, preços
de bens substitutos ou complementares e rendimento).

Deslocações da curva
• Quando aumenta o rendimento (ceteris paribus):
o Direita – bens normais
o Esquerda – bens inferiores

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

• Quando aumenta o preço de um bem substituto (ceteris paribus):


o Direita
• Quando aumenta o preço de um bem complementar
o Esquerda

Função de Procura Individual


As quantidades que um consumidor de um determinado bem ou serviço está disposto a
consumir dependem do:
- preço do bem
- preferências do consumidor
- rendimento do consumidor
- preços dos bens substitutos ou complementares

𝑄𝑥 = 𝑓(𝑃𝑥, 𝑃𝑦, 𝑚)

Curva da Procura Agregada


Relação entre cada um dos preços possíveis desse bem ou serviço e a quantidade que os
consumidores, no seu conjunto, estão dispostos a consumir para cada um desses preços,
mantendo-se tudo o resto constante.

𝑸𝑿 (𝒑𝒙) = 𝑞𝑥1(𝑝𝑥) + 𝑞𝑥2(𝑝𝑥) + ⋯ + 𝑞𝑥𝑛(𝑝𝑥)

Procura agregada do bem x quando o preço é igual a px.


Graficamente, obtém-se a partir da soma horizontal das curvas de procura inversa individuais.

De curvas de procura individual para curva da procura agregada


1. Curva da procura inversa individual
2. Curva da procura direta individual
3. Multiplicação pelo número de consumidores
4. Curva da procura direta agregada
5. Curva da procura inversa agregada
6. Analisar gráfico e verificar curva da procura agregada

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

Deslocações ao longo da curva


Quando varia o preço do bem ou serviço e não varia mais nada (preferênciase
rendimento dos consumidores, preços de bens complementares ou substitutos).

Deslocações da curva
• Quando aumenta o número de consumidores e não varia mais nada:
o Direita

• Quando aumenta o rendimento dos consumidores e não varia mais nada:


o Bem normal: direita
o Bem inferior: esquerda

• Quando aumenta o preço de um bem substituto


o Direita

• Quando aumenta o preço de um bem complementar


o Esquerda

Função de Procura Agregada


Relação entre cada combinação possível de preços de um bem, preços de bens substitutos e
complementares e rendimentos desses consumidores e a quantidade que, no conjunto, uma
determinada população de consumidores está disposta a consumir.

Elasticidade
Mede a variação percentual de uma determinada variável (“efeito”) em resultado da variação
de 1% numa outra variável que a influencia (“causa”).
Quociente entre duas variações percentuais:

Δ 𝐸𝑓𝑒𝑖𝑡𝑜
Δ 𝐶𝑎𝑢𝑠𝑎
Elasticidade da Procura
Mede a variação percentual da quantidade procurada de um bem ou serviço em resultado da
variação de 1% de uma das variáveis exógenas que a influenciam (preço do bem, preço de
bens substitutos ou complementares, rendimento).
Elasticidade-preço direta
Variação percentual da quantidade procurada do bem ou serviço em resultado da variação de
1% do seu preço, mantendo-se tudo o resto constante.

εxx = Δ𝑝𝑥
Δ𝑞𝑥
×
𝑝𝑥
𝑞𝑥

Elasticidade-preço cruzada
Variação percentual da quantidade procurada do bem ou serviço em resultado da variação de
1% do preço de um bem substituto ou complementar, mantendo-se tudo o resto constante.

Xavier Cunha
Microeconomia UCP 2022/2023

εxy = Δ𝑝𝑦
Δ𝑞𝑥 𝑝𝑦
× 𝑞𝑥

Elasticidade-rendimento
Variação percentual da quantidade procurada do bem ou serviço em resultado da variação de
1% do rendimento do consumidor, mantendo-se tudo o resto constante.
ηx = Δ𝑝𝑥
Δ𝑞𝑥
×
𝑝𝑥
𝑞𝑥

Classificação de bens – Elasticidade

Elasticidade Sinal Classificação


Elasticidade-preço direta da - Ordinário
procura de x + Giffen
Elasticidade-preço cruzada da - Complementares
procura de x por y (y ordinário) 0 Independentes
+ Substitutos
Elasticidade-rendimento da - Inferior
procura de x + Normal

Xavier Cunha

Você também pode gostar