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CURSO DE MEDIÇÃO DE RUÍDO

NBR 10151:2019

MÉTODO
SIMPLIFICADO

MEDIÇÃO EXTERNA
2022
Sumário

Introdução .................................................................................................................................................... 4
Apresentação do instrutor ....................................................................................................................... 4
O CURSO ................................................................................................................................................. 4
Conteúdo Programático ........................................................................................................................... 4
Contextualização do tema ............................................................................................................................ 5
Conceitos de poluição sonora .................................................................................................................. 5
Mas o que é poluição sonora? ............................................................................................................. 5
E perturbação do sossego? .................................................................................................................. 5
Mas o que é Ruído? ............................................................................................................................. 6
Fontes....................................................................................................................................................... 6
Efeitos da Poluição Sonora....................................................................................................................... 7
Efeitos no homem................................................................................................................................ 7
Efeitos nocivos ..................................................................................................................................... 7
Efeitos nos ecossistemas ..................................................................................................................... 8
Noções de acústica ....................................................................................................................................... 8
O que é o som? ........................................................................................................................................ 8
Ondas sonoras ..................................................................................................................................... 9
Frequência ........................................................................................................................................... 9
Comprimento da onda ......................................................................................................................... 9
Intensidade do som ........................................................................................................................... 10
Velocidade de propagação do som.................................................................................................... 10
Alcance do som .................................................................................................................................. 10
Mascaramento do Som ...................................................................................................................... 11
Propagação do som ........................................................................................................................... 11
Difração do som ................................................................................................................................. 12
Ondas estacionárias ........................................................................................................................... 13
Refração ............................................................................................................................................. 13
Efeito Doppler .................................................................................................................................... 13
Ressonância ....................................................................................................................................... 14
Eco ..................................................................................................................................................... 14
Inteligibildade .................................................................................................................................... 14
Reverberação ..................................................................................................................................... 14
Decibel ................................................................................................................................................... 14
Adição e Subtração de Ruído ................................................................................................................. 18
Curvas de ponderação ........................................................................................................................... 19
Legislação ................................................................................................................................................... 19
Resolução CONAMA 01/90 .................................................................................................................... 19
Lei nº 126, de 10 de maio de 1977......................................................................................................... 20
LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001 .............................................................................................. 20
LEI Nº 6.179, DE 22 DE MAIO DE 2017 ................................................................................................... 23
Decreto nº. 43372 de 30 de junho de 2017 ....................................................................................... 24
Exceções legais ....................................................................................................................................... 24
Construção civil -obras....................................................................................................................... 24
Templos religiosos ............................................................................................................................. 25
Bares, boates, clubes, restaurantes, casas de show e escolas de samba .......................................... 26
Sinaleiras ............................................................................................................................................ 27
Alarmes .............................................................................................................................................. 27
Fogos de artifícios e similares ............................................................................................................ 27
Pregões .............................................................................................................................................. 27
Propaganda Eleitoral ......................................................................................................................... 28
Eventos em logradouro público ......................................................................................................... 28
Quiosques .......................................................................................................................................... 28
Medição de Ruído....................................................................................................................................... 29
Aplicações .............................................................................................................................................. 30
Escopo .................................................................................................................................................... 30
Instrumentação (item 5) ........................................................................................................................ 31
Calibração............................................................................................................................................... 33
Ajustes .................................................................................................................................................... 33
Requisitos ambientais ............................................................................................................................ 34
Simbolos e nomenclaturas ..................................................................................................................... 34
Caracterização do Som ........................................................................................................................... 35
Som intrusivo ..................................................................................................................................... 35
Som continuo ..................................................................................................................................... 35
Som intermitente ............................................................................................................................... 36
Som impulsivo.................................................................................................................................... 36
Som de impacto ................................................................................................................................. 36
Som tonal ........................................................................................................................................... 36
Locais de Medição .................................................................................................................................. 37
Medição Externa ................................................................................................................................ 37
Medição Externa em área de fachada ............................................................................................... 37
Medição interna ................................................................................................................................ 37
Métodos de Medição ............................................................................................................................. 38
Método Simplificado ......................................................................................................................... 38
Método Detalhado ............................................................................................................................ 38
Método de monitoramento de longa duração .................................................................................. 38
Avaliações .............................................................................................................................................. 38
Periodos ............................................................................................................................................. 38
Determinação dos níveis de pressão ..................................................................................................... 39
Som especifico ................................................................................................................................... 39
Caracterização de som impulsivo ...................................................................................................... 39
Caracterização de som tonal ............................................................................................................. 40
Limites (RLAeq) .................................................................................................................................... 40
Avaliação pelo Método Simplificado:..................................................................................................... 41
Avaliação em Ambiente Interno Simplificado ........................................................................................ 41
Avaliação pelo Método Detalhado: ....................................................................................................... 41
Avaliação em Ambiente Interno detalhado ........................................................................................... 42
Avaliação em Ambiente Interno em Bandas Proporcionais ................................................................... 42
Estudos de Casos ........................................................................................................................................ 44
Estudo de Caso 1 – medição simplificada externa ................................................................................. 44
Medição Externa - Passo a passo ....................................................................................................... 44
Avaliação pelo metodo simplificado -medição externa ..................................................................... 46

Bibliografia.................................................................................................................................................. 48
Anexos ........................................................................................................................................................ 51
INTRODUÇÃO

APRESENTAÇÃO DO INSTRUTOR

John D. Cardoso

FORMAÇÃO :

Arquiteto e Urbanista

Engenheiro de Segurança do Trabalho

ATUAÇÃO: Acompanhamento de licenças ambientais de obras civis, industrias de pequeno porte,


fiscalização ambiental de atividades de pequeno porte e poluição sonora urbana.

Modelagem de dados e da informação da construção.

• WWW.LINKEDIN.COM/IN/JOHN-D-CARDOSO-9BAB24132

O CURSO

Segundo Ministério Público do Estado do Rio de janeiro, aproximadamente 90% das reclamações
dirigidas a Promotoria de Meio Ambiente são relacionadas a poluição sonora. Mas o que é a poluição
sonora? É qualquer alteração nas características do som ambiente, provocada por ruídos que prejudicam
a saúde, a segurança e o bem-estar da população. Mas como mensurá-la? Quais são os aspectos legais?
Como mediar conflitos de vizinhança com base em métodos quantitativos? Neste curso você aprenderá
os aspectos legais sobre poluição sonora, realizar medições de som e confeccionar laudos de medição
conforme a NBR 10151/2019, que poderão servir de base para perícias ambientais e mediação de
conflitos de vizinhança.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Neste curso

• Aspectos técnicos e legais do controle de ruído e poluição sonora

• Conceitos de Poluição Sonora

• Principais fontes de ruído

• Noções de Acústica

• Legislação

• Medição de som – NBR 10151/2019


• Confecção de Laudo conforme norma com diversos estudos de casos

Não será abordado neste curso

• Medição de ruído de fontes móveis- NBR 16425

• Laudo de conformidade de desempenho acústico de edificações-15575

• Ruído ocupacional – NR 15

• Projeto de tratamento acústico- apesar de abordamos ao final o laudo de adequação acústica


não é objetivo deste curso a acústica arquitetônica

CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA

CONCEITOS DE POLUIÇÃO SONORA

MAS O QUE É POLUIÇÃO SONORA?


• É qualquer alteração nas características do som ambiente, provocada por ruídos não
eventuais que prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população.

• A noção de poluição sonora considera, em geral, todos os ruídos capazes de ocasionar uma
perturbação passageira, mas, que repetidos durante um longo intervalo de tempo, podem ter
uma grave repercussão na saúde, na qualidade de vida e/ou sobre o funcionamento dos
ecossistemas.

• A noção de não-eventualidade consiste na necessidade de que haja o tempo suficiente para a


produção de um dano substancial e grave, não se verificando, por exemplo, no caso de odores
momentâneos ou ruídos eventuais

• A poluição sonora difere bastante da poluição do ar e da água quanto aos seguintes aspectos:

• O ruído é produzido em toda parte e, portanto, não é fácil controlá-lo na fonte como ocorre na
poluição do ar e da água;

• Embora o ruído produza efeitos cumulativos no organismo, do mesmo modo que outras
modalidades de poluição, diferencia-se por não deixar resíduo no ambiente tão logo seja
interrompido;

• Diferindo da poluição do ar e da água, o ruído é apenas percebido nas proximidades da fonte.

E PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO?
É uma linha tênue, entretanto, é provocada por ruídos eventuais

Ex: uma festa de aniversário onde o som está muito alto, Queimada de fogos na virada do
ano novo, festas eventuais e etc...
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
• Perturbação do trabalho ou do sossego alheios

• Art. 42 – Perturbar alguém, o trabalho ou o sossego alheios:

• I – com gritaria ou algazarra;


II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem guarda:
Pena – prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.

Necessidade de prova testemunhal de mais de uma pessoa. Imagine que alguém ligue ao 190
anonimamente informando que uma pessoa acabou de furtar um TV, por exemplo, a polícia aborda e
constata que a pessoa está realmente com uma TV, mas cadê a vítima para indicar ser dona da TV e que
o produto realmente foi furtado? Sem vítima é impossível se fazer alguma coisa

Se não houver prova testemunhal a ação policial é limitada a solicitar que o reclamado cesse a
produção do ruído, o reclamado volta a aumentar o som assim que a polícia sai do local.

CONFLITO DE VIZINHANÇA
Na lei 10406/2002 (Código Civil) estabelece:

CAPÍTULO V

Dos Direitos de Vizinhança

Seção I

Do Uso Anormal da Propriedade

Art. 1277. O proprietário ou o possuidor de um prédio tem o direito de fazer cessar as


interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que o habitam, provocadas pela utilização
de propriedade vizinha.
Parágrafo único. Proíbem-se as interferências considerando-se a natureza da utilização, a
localização do prédio, atendidas as normas que distribuem as edificações em zonas, e os limites ordinários
de tolerância dos moradores da vizinhança. (...)

Essas interferências citadas estão relacionadas ao ruído provocado entre as partes que em
muitas vezes não prejudicam a circunvizinhança e fica na esfera entre vizinhos de propriedade lindeira.

Cabe aqui o poder público apenas atuar quando haja interferências prejudiciais ao direito
coletivo.

MAS O QUE É RUÍD O?


Som indesejável, que perturba a segurança, o bem-estar e a saúde das pessoas que podem ter várias
causas

FONTES
Fontes pontuais mecânicas: ruído industrial e de atividades que possuam máquinas e
equipamentos que possam gerar ruído. Ex: maquinas industriais, sistemas de exaustão,

Fonte mecânica Móvel : Ruído aeroportuário, rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário


(gera impactos nos oceanos)

Fontes pontuais oriundas de Manifestações e eventos públicos (festas, fogos de artifícios,


festivais, concertos e locais públicos com grande freqüência).

EFEITOS DA POLUIÇÃO SONORA

EFEITOS NO HOMEM

O OUVIDO HUMANO

Figura 1- o ouvido humano

Fonte: Rosa, 2010

O ouvido externo o capta o som, o tímpano leva o som para o ouvido médio (martelo, bigorna e
estribo). Na orelha média encontra-se também uma extremidade da trompa de Eustáquio, cuja a
finalidade é equalizar a pressão do ar em ambos os lados do tímpano. Quando o som chega no ouvido
interno ele é amplificado de 30 a 60 vezes pela janela oval no início do labirinto e caracol. No ouvido
interno encontra-se três seções que são o vestíbulo, os canais semicirculares e a cóclea. Na cóclea
encontram-se células ciliadas que constituem o órgão de Corti. Nessas células ciliadas encontra-se os
terminais nervosos. As celulas do Corti possuem capacidade de transformar o estimulo mecânico
recebido em estímulos nervosos.

Essas células não se reproduzem, e sua falta leva a perda de audição

EFEITOS NOCIVOS

EFEITOS NO CORPO HUMANO


• zumbido;

• perda de atenção, concentração e memória;

• dores de cabeça, tonturas, constrição dos vasos sanguíneos periféricos; perturbações


circulatórias, taquicardia;

• dilatação da pupila ;
• gastrite, úlcera;

• alterações do apetite e do sono;

• Impotência;

• liberação de noradrenalina, adrenalina (hormônios do medo, da raiva e da ansiedade). É por


causa dessa liberação de hormônios que muitas pessoas acham que ouvir música em
intensidade moderada não dá “emoção” ou “não tem graça

• Perdas temporárias: - fadiga auditiva - elevação temporária do limiar inferior de audição.

EFEITOS PSICOSSOCIAIS
• nervosismo, ansiedade e agressividade; (verificado nos reclamantes de atividades ruidosas)(a
quantidade de ruído que alguém pode suportar sem se incomodar está na proporção inversa
da capacidade mental)

• - Perturbação na localização da fonte sonora - quanto mais intenso for o ruído, mais difícil se
tornará avaliar corretamente a aproximação de perigo.

• - Efeito de máscara - os sons muito intensos podem ocultar em determinadas condições os de


menor intensidade.

• - Sensação auditiva e tempo de reação - Um ruído de fundo prolongado no tempo pode


diminuir a sensação auditiva, aumentando o tempo de reação e expondo o indivíduo a um
maior risco de acidente.

EFEITOS NOS ECOSSISTEMAS

EFEITOS NOS ANIMAIS


Som dos motores dos barcos sobre o ecossistema marinho, principalmente atrapalhando a
comunicação dos mamíferos.

Na rodovia Dom Pedro I em Campinas, fizeram um estudo que os pássaros Troglodytes Aedon
definiram o seu habitat a 120 metros da rodovia, tolerando níveis de pressão sonora menores que 57
dB.

NOÇÕES DE ACÚSTICA

O QUE É O SOM?

é a sensação auditiva resultante da propagação de um movimento vibratório em um material


elástico. É uma forma de energia que é transmitida pela colisão das moléculas do meio (figura2).
Figura 2- propagação do som

Fonte-Russel,2002

ONDAS SONORAS

Elas originam-se a partir de vibrações do ar que são detectadas pelo tímpano com frequência e
amplitude definidas. A superfície de uma água (meio elástico) quando excitada, gera ondas: espaços de
pressão e depressão

FREQUÊNCIA
Exercida uma pressão em um meio elástico ocorram oscilações cíclicas de pressão e depressão, em
intervalos de tempo (período) maiores ou menores. A frequência é determinada número de vezes,
durante um determinado período, que a vibração dá impulsos ao ar

Figura 3 – Infrasons, gama audível e ultrasons

Fonte: Carvalho, 2010

COMPRIMENTO DA ONDA
É distância percorrida pela onda sonora em ciclo completo.
Figura 4 – Comprimento de onda ( ϒ)

Fonte: Carvalho, 2010

INTENSIDADE DO SOM

Figura 5 – intensidades diferentes com mesmo comprimento de onda ( ϒ)

Fonte: Carvalho, 2010

É a energia com que o som chega ao receptor (não altera a frequência do som)

VELOCIDADE DE PROPAGAÇÃO DO SOM


Depende do meio elástico no qual se propaga.

No ar a 20° C e ao nível do mar, a velocidade é igual a 343 m/s.

Tabela 1- velocidade do som e os meios de propagação

Meio Velocidade
Água 1498 m/s
Ferro 5200 m/s
Vidro 4240 m/s

E no vácuo? Não há meio elástico para propagação.

ALCANCE DO SOM
Figura 6 – Alcance do som pode variar conforme condições ambientais

Fonte: Carvalho, 2010

Experiência realizada sobre o Lago Lehman na França verificou-se que o som pode alcançar
distâncias de 1500 a 2500 metros dependendo das circunstâncias ambientais.

MASCARAMENTO DO SOM
Consiste na superposição de sons emitidos a mesmo tempo, embaralhando a sua percepção

O som de maior intensidade se sobrepõe aos demais de menor intensidade.

Figura 7 – sobreposição de duas fontes de mesma intensidade pode criar o efeito máscara de som

Fonte: Carvalho, 2010

PROPAGAÇÃO DO SOM

Figura 8 – parte do som é refletido pelo anteparo, outra absorvida e o restante transmitido através do anteparo.

Fonte: Matheus, 2008

A propagação do som se dá basicamente através da reflexão, absorção e transmissão sonora.


DIFRAÇÃO DO SOM
Capacidade do som de transpor obstáculos (reflexão, absorção e transmissão) e mudar de
direção e perder intensidade.

Figura 9 – parte da onda sonora muda de direção ao se chocar com o degrau.

Fonte: Carvalho, 2010

SOMBRA ACÚSTICA

Figura 10 – parte da onda sonora muda de direção ao se chocar com o degrau, formando uma sombra acústica

Fonte: Carvalho, 2010


A difração pode gerar áreas onde o som é percebido com menor intensidade.

ONDAS ESTACIONÁRIAS
Ocorre basicamente em recintos fechados com paredes convergentes. Consiste na
sobreposição nos nós e ventre de ondas sonoras opostas causando desconforto auditivo conhecido
como onda estacionária

Figura 11 – sobreposição de ondas oposta formam nos ventres, ondas estacionárias com o dobro da amplitude da onda original

Fonte: Carvalho, 2010

REFRAÇÃO
É a mudança de direção do som quando passa de um meio de propagação para outro.

Figura 12 – ondas sonoras a ser transmitida de um meio de propagação para outro, muda de direção

Fonte: Carvalho, 2010

EFEITO DOPPLER
Figura 13 – efeito doppler da passagem de uma ambulancia

Fonte:HTTPS://RENATAQUARTIERI.COM/LICAO-DE-CASA-3A-SERIE-AULA-11/

É o fenômeno pelo qual um observador percebe uma frequência diferente daquela emitida por
uma fonte, devido ao movimento relativo entre eles.

RESSONÂNCIA
A vibração de um corpo faz vibrar outro corpo na mesma faixa de frequência.

Era utilizado nos teatros gregos, vasos com água distribuídos para reforçar a ressonância do
som eu seus auditórios.

Cabe salientar que o fenômeno da ressonância da origem a ondas estacionária.

Pesquisar sobre Ponte de Tacoma

ECO
Ocorre quando a pessoa percebe o som por ela emitido duas vezes distintas.

INTELIGIBILDADE
É característica de um ambiente pois reflete o grau de entendimento das palavras no seu
interior. Tem a ver com o Tempo de reverberação

REVERBERAÇÃO
O tempo que leva para o nível de pressão sonora em um ambiente interno de uma edificação
decaia em 60 dB, quando interrompida a fonte.

DECIBEL

É a unidade universal de medida da amplitude é o decibel (dB). A 0 dB corresponde o limiar de


audição e a 130 dB corresponde o limiar da dor.

O Bel surgiu quando Alexander Graham Bell verificou que os cabos de telefonia sofriam uma
atuação de sinal da ordem de um decimo para cada uma milha de distância. Essa diminuição foi
chamada de inicialmente de TU (transmission unit) e mais tarde foi chamada de Bel.
Na prática o Bel era uma unidade muito grande e suas relações resultavam em valores
elevados. Para trabalhar melhor convencionou-se utilizar um décimo do bel. Por exemplo:

Bel

Ap=10 → Log 2 = 0,30


Melhor assim:

Bel

10Ap=10 →10. Log 2 = 3


Vamos ver a frente que por isso ao dobrar a energia, ocasiona um acréscimo de 3dB.

dB
0,00000000001=10I0

0,0000000001= 100I0

0,000000001= 1000I0

Tabela 2- fonte sonora x intensidade sonora em W/m²

Imagina se fossemos escrever nominalmente:

Limiar da audição ficaria 0,000000000001= I0 ou seja 100 I0


e assim por diante:

0,00000000001=10I0 ou seja 101 I0

0,0000000001= 100I0 ou seja 102 I0

0,000000001= 1000I0 ou seja 103 I0

Ou seja a variação se dá no expoente.

Tabela 3- intensidade sonora em W/m² X dB

Para melhor representar esta sensação utilizou-se da Lei de Webner-Fechner que estabelece a
relação entre a magnitude de um estimulo físico e a intensidade da sua percepção que tem em seu
enunciado “ a reposta a qualquer estímulo é proporcional ao logaritmo da intensidade do estimulo”.
Logo:

𝐼
dB=10.log(I ) 0

I0 – limiar da audibilidade

I – intensidade sonora observada

O som pode ser é mensurado pela variação de pressão em relação a pressão atmosférica local
(P = F/A => N/m2 ou Pascal → PA no S.I.)
Figura 14-a intensidade sonora diminui com o quadrado da distância entre a fonte e o observador

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/intensidade-timbre-altura.htm

E essa variação de pressão vai diminuindo conforme o som vai se propagando, a energia vai
diminuindo em função do aumento da área de dissipação, ou seja, pressão diminui em função do aumento
de área. Por isso que quando nos afastamos da fonte sonora, a intensidade do som diminui.

Ouvimos sons que variam de 20 µPa (0,00002 ou 2 x 10-5 Pa) até 200 Pa.

Figura 15 – relação entre os níveis de pressão sonora em Pascal e decibel

Fonte: Rosa, 2010

Lembrar que 10-15 = 0,000000000000001

Para facilitar utiliza-se a escala logarítmica.


NPS = 10 log (Po2/P2)

Nível de Pressão Sonora em dB

P: Pressão de referência 2 x 10-5 (0,00002Pa)

Po: Pressão medida em Pa

É uma referência de medida adimensional a sensação auditiva

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO DE RUÍDO

Figura 16 – soma logarítmica de som

Fonte: Matheus, 2008

● Soma de grandezas logarítmicas

● 60dB + 60dB ≠ 120dB

● 60dB + 60dB ≈ 63dB

● NPA + NPB = 10 Log (10 NPA /10 + 10 NPB/10)

● Subtração: NPA - NPB = 10 Log (10 NPA/10 – 10N PB/10)

03

03
Valor a Somar a NPS2(dB)

02

02

01

01

00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Diferença de Nível:NPS2-NPS1(dB)
Figura 17-Gráfico de subtração de ruído

Aplicação: Retirar efeito do ruído de fundo

● Dobrar a energia acústica: se traduz num aumento de 3 dB

● Redução de 10 dB => 10 vezes menos energia acústica

CURVAS DE PONDERAÇÃO

Figura 18 – curvas de ponderação A, C e Z

Fonte: Cysne, 2016

● O ouvido humano não percebe o som real da natureza e as curvas de ponderação simulam a
sensação auditiva

● A Curva “A” é largamente utilizada e foi convencionada para medir o NPS, mais próxima do
ouvido humano

● Um nível de ruído de 80dB a 50Hz é percebido como 50dB(A), ou seja, há uma atenuação de 30
dB.

● As curvas se encontram em 1000 Hz e não ultrapassam 20 kHz

● Vem dos gráficos de audibilidade

LEGISLAÇÃO

RESOLUÇÃO CONAMA 01/90


Os níveis excessivos de ruído estão sujeitos ao Controle da Poluição do Meio Ambiente

Os critérios e padrões serão abrangentes e de fácil aplicação em todo o Território Nacional

Resolve que são prejudiciais à saúde e ao sossego público os ruídos com níveis superiores aos
estabelecidos pela NBR 10151

Delega aos órgãos públicos Federais, Estaduais e Municipais competentes, no uso do poder de polícia, a
prerrogativa de dispor “sobre a emissão ou proibição da emissão de ruídos produzidos por qualquer meio
ou espécie, considerando sempre os locais, horários e a natureza das atividades emissoras, com vistas a
compatibilizar o exercício das atividades com a preservação da saúde e do sossego público”

LEI Nº 126, DE 10 DE MAIO DE 1977

DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO SONORA, ESTENDENDO, A TODO O ESTADO DO RIO DE
JANEIRO, O DISPOSTO NO DECRETO-LEI Nº 112, DE 12 DE AGOSTO DE 1969, DO EX- ESTADO DA
GUANABARA, COM AS MODIFICAÇÕES QUE MENCIONA.

Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança ou ao sossego públicos
quaisquer ruídos

I - atinjam, no ambiente exterior ao recinto em que têm origem, nível sonoro superior a 85 (oitenta e
cinco) decibéis, medidos na curva C do "Medidor de Intensidade de Som", de acordo com o método MB-
268, prescrito pela Associação Brasileira de Normas Técnicas;

II - alcancem, no interior do recinto em que têm origem, níveis de sons superiores aos considerados
normais pela Associação Brasileira de Normas Técnicas

LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001

Art. 1º. Ficam instituídas no Município do Rio de Janeiro as condições básicas de proteção da coletividade
contra a poluição sonora, na forma desta Lei.

Art. 2º. Para fins de aplicação da presente Lei, considera-se:

I - período diurno (PD) - o tempo compreendido entre 7 e 22 horas do mesmo dia, exceto os domingos e
feriados constantes do calendário oficial do Município, quando este período será entre 8 e 22 horas;

II - período noturno (PN) - o horário complementar ao período diurno, sendo o tempo compreendido
entre 22 horas de um dia e 7 horas do dia seguinte, respeitando a ressalva de domingos e feriados;

III - som - fenômeno físico capaz de produzir a sensação auditiva no homem;

IV - ruído - todo som que gera ou possa gerar incômodo;

V - ruído de fundo - todo e qualquer ruído proveniente de uma ou mais fontes sonoras, que esteja sendo
captado durante o período de medições e que não seja proveniente da fonte objeto das medições;

VI - decibel (dB) - escala de indicação de nível de pressão sonora;


VII - dB(A) - escala de indicação de nível de pressão sonora relativa à curva de ponderação "A";

VIII - dB(L) - escala de indicação de nível de pressão sonora relativa à curva de ponderação linear;

IX - poluição sonora - qualquer alteração adversa das características do meio ambiente causada por som
ou ruído e que, direta ou indiretamente, seja nociva à saúde, à segurança ou ao bem-estar da
coletividade e/ou transgrida as disposições fixadas nesta Lei.

Art. 3º. A emissão de sons e ruídos em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais,
religiosas ou recreativas, e outros, no Município do Rio de Janeiro, obedecerá aos padrões, critérios e
diretrizes estabelecidos por esta Lei, sem prejuízo da legislação federal e estadual aplicáveis.

Art. 4º. As atividades deverão obedecer aos níveis máximos de sons e ruídos preconizados pela NBR
10.151, conforme estabelecido na tabela I do Anexo, de acordo com os períodos e as zonas em que se
divide o Município.

Art. 5º O procedimento de medição dos níveis de pressão sonora será executado de acordo com a NBR
10.151 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, no que couber, com a utilização de
medidores de nível de pressão sonora do Tipo 0, 1 ou 2 conforme as especificações das normas IEC
60.651 - Classe 1 ou 2, norma IEC 61.672 ou de outra classificação que possa surgir após a edição desta
Lei e cuja normatização seja formalmente admitida pela ABNT. (Redação dada pela Lei nº 6491/2019)

§ 1º Os medidores de nível de pressão sonora e seus respectivos calibradores acústicos serão calibrados
em laboratório acreditado no âmbito da Rede Brasileira de Calibração - RBC ou do Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, nos prazos estabelecidos na NBR 10.151 - ABNT, ou a
cada dois anos, em caso de omissão da norma. (Redação dada pela Lei nº 6491/2019)

§ 2º. A medição de sons e ruídos será realizada a partir de um metro e cinquenta centímetros da divisa
do imóvel onde se encontra a fonte, respeitando-se o estabelecido pelo caput deste artigo.

§ 3º. O microfone do aparelho medidor de nível de pressão sonora deverá ficar afastado, no mínimo, um
metro e cinquenta centímetros de quaisquer obstáculos e um metro e vinte centímetros do solo, bem
como guarnecido de tela/filtro de vento, quando necessário, a critério do órgão competente.

As distâncias de medição elencadas nesta lei, diferem da NBR 10151, entretanto para fins de
fiscalização de poluição sonora vale o prescrito na legislação em vigor.

Art. 14. Verificada a existência de infração, será feita uma advertência e em caso de reincidência serão
aplicadas as seguintes penalidades: (Redação dada pela Lei nº 3342/2001)

I - multas: quando constatada a emissão de som e ruídos acima dos níveis permitidos por esta Lei,
podendo ser diárias, a critério da autoridade fiscalizadora;

II - intimação: o infrator será intimado a cessar a emissão de som e ruído ou a adequá-la aos níveis
permitidos por esta Lei, no prazo a ser estipulado pela autoridade fiscalizadora, que poderá ser no
máximo de trinta dias, prorrogáveis por até mais sessenta dias, quando as fontes geradoras de sons e
ruídos forem consideradas, pelo órgão competente, de difícil substituição ou acondicionamento acústico,
desde que sejam tomadas medidas emergenciais para redução do som e ruído emitidos;

III - interdição parcial da atividade: será interditada a fonte produtora de som e/ou ruído quando, após a
aplicação de três multas, persistir o fato gerador da intimação até o efetivo cumprimento da mesma;

IV - interdição total da atividade: será interditado temporariamente o estabelecimento, mediante lacre


de seus acessos, quando, após a aplicação de três multas e a interdição parcial da atividade, persistir o
fato gerador da intimação até o efetivo cumprimento da mesma;

V - apreensão da fonte produtora de som e ruído: poderá ocorrer nos casos em que a intimação, multa e
interdição parcial ou total da atividade forem inócuas para fazer cessar o som e/ou ruído;

VI - cassação do Alvará de Licença para Estabelecimento: no caso de descumprimento a interdição


administrativa, o estabelecimento poderá ter sua licença de funcionamento cassada.

Tabela 4: gradação de penalidade da Lei 3268/20011

1
As Penalidades do artigo 14 da Lei 3268/2001 foram derrogados pela Lei 6179/2017, não sendo mais
válidas
Tabela 5: gradação e valores de multas atualizados até 20152

Níveis valor multa


2015 (R$)

até 10 dBA 297,04

10<dBA<=15 445,55

15<dBA<=20 594,07

20<dBA<=25 742,59

25<dBA<=30 891,11

30<dBA<=35 1.039,63

>35dBA 2.970,36

LEI Nº 6.179, DE 22 DE MAIO DE 2017

Dispõe sobre medidas para o combate eficaz à poluição sonora no Município do Rio de Janeiro

Art. 4º A Guarda Municipal poderá fazer vistorias, apurar e aplicar sanções a toda perturbação ao
sossego, à saúde, ao meio ambiente ou à segurança pública produzida por barulho excessivo, nos
termos do art. 5º, III, IV, V, XII, XIII e XIV da Lei Federal n° 13.022, de 8 de agosto de 2014.

Art. 5º As pessoas físicas que infringirem qualquer dispositivo desta Lei, seus regulamentos e demais
normas dela decorrentes, ficam sujeitas às seguintes sanções, independentemente da obrigação de
cessar a transgressão:

I – notificação; e

II – multa, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais).

Art. 6º Os bares, restaurantes e demais pessoas jurídicas de direito privado assemelhadas que
infringirem qualquer dispositivo desta Lei, seus regulamentos e demais normas deles decorrentes, ficam
sujeitos às seguintes sanções, além da obrigação de cessar imediatamente a transgressão:

I - multa, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para cada ocorrência, que será́ sucessivamente
dobrada, em caso de reincidência;

2
Valores de multas da Lei 3268/2001 foram derrogados pela Lei 6179/2017
Derrogou aspectos da Lei 3268/01 relacionados as sanções administrativas

DECRETO Nº. 43372 DE 30 DE JUNHO DE 2017


Art. 1º. Fica a Guarda Municipal autorizada a fazer vistorias, apurar e aplicar sanções a toda perturbação
ao sossego, à saúde, ao meio ambiente ou à segurança pública produzida por barulho excessivo, nos
termos do art. 5º, III, IV, V, XII, XIII e XIV da Lei Federal nº 13.022, de 8 de agosto de 2014.

§ 1º A atuação da GM-Rio no combate à poluição sonora é concorrente à atuação da SECONSERMA e


não exclui os procedimentos de fiscalização previstos em legislação específica.

§ 2º Caberá à Subsecretaria de Meio Ambiente da SECONSERMA, em conformidade com os dispositivos


previstos na Lei nº 3.268 de 29 de agosto de 2001 e suas alterações, a atuação no combate à
poluição sonora oriunda dos seguintes casos:

I - De atividades passíveis de licenciamento ambiental.

II - De Instalações passíveis de licenciamento pela Gerência de Engenharia Mecânica da RIOLUZ.

Art. 132 do DECRETO 22281/02 estipula as máquinas e equipamentos que são licenciáveis pela GEM-
RIOLUZ:

§ 1.o Instalações de aparelhos domésticos (tipo de janela) não dependem de licença.

§ 2.o Instalações de sistema de AC3 com capacidade total inferior a 9000 Kcal/h, cuja instalação não seja
obrigatória por este Decreto e que não apresente interface com outro sistema de AC e/ou VM 4, não
dependem de licença.

§ 3.o As instalações de sistemas de EM5/IM6 para coifas e cozinhas instaladas em unidades residenciais
de edificações residenciais de uso permanente ou mistas não dependem de licença.

EXCEÇÕES LEGAIS

CONSTRUÇÃO CIVIL -OBRAS


Lei nº 126, de 10 de maio de 1977

Art. 4º - São permitidos - observado o disposto no art. 2º desta Lei - os ruídos que provenham:

VI - de explosivos empregados em pedreiras, rochas e demolições, no período das 7 às 12 horas;


VII - de máquinas e equipamentos utilizados em construções, demolições e obras em geral, no período
compreendido entre 7 e 22 horas;
* Parágrafo único – As serras dos tipos adotadas em construção de edificações, situadas em regiões
urbanas, no âmbito do Estado do Rio de Janeiro, só poderão operar em recintos devidamente
protegidos contra ruídos.

3
AC-Ar condicionado
4
VM-Ventilação Mecânica
5
EM-Exaustão Mecânica
6
IM-Insuflação Mecânica
VIII - de máquinas e equipamentos necessários à preparação ou conservação de logradouros públicos,
no período de 7 às 22 horas;

Parágrafo único - A limitação a que se referem os itens VI, VII e VIII deste artigo não se aplica quando a
obra for executada em zona não residencial ou em logradouro público, nos quais o movimento intenso
de veículos e ou pedestres, durante o dia, recomende a sua realização à noite.

LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001

Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:

III - cravação de estacas à percussão e máquinas ou equipamentos utilizados em obras públicas ou


privadas, desde que não passíveis de confinamento, atendidas as medidas de controle de ruídos, seja na
fonte ou na trajetória, nos dias úteis, e observada a melhor tecnologia disponível, respeitado o horário
entre 10 e 17 horas, nos dias úteis;

VIII - máquinas, equipamentos ou explosivos utilizados em obras de caráter emergencial, por razão de
segurança pública, a ser justificada pelo órgão responsável pelo serviço;

No caso, consideram-se obras de caráter emergencial, obras das concessionárias CEDAE, CEG, Light e
Asfalto zero.

TEMPLOS RELIGIOSOS
Lei nº 126, de 10 de maio de 1977

Art. 4º - São permitidos - observado o disposto no art. 2º desta Lei - os ruídos que provenham:

I - de sinos de igrejas ou templos e, bem assim, de instrumentos litúrgicos utilizados no exercício de


culto ou cerimônia religiosa, celebrados no recinto das respectivas sedes das associações religiosas, no
período das 7 às 22 horas, exceto aos sábados e na véspera dos dias feriados e de datas religiosas de
expressão popular, quando então será livre o horário;

II - de bandas-de-música nas praças e nos jardins públicos o em desfiles oficiais ou religiosos;

LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001

Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:

II - sinos e carrilhões acústicos de igrejas e templos, respeitado o horário entre 8 e 18 horas, exceto nas
datas religiosas de expressão popular, quando será livre o horário;
Foto 1- Os 47 sinos do carrilhão do Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração

Fonte: pinterest

VII - procissões ou cortejos de grupos religiosos em logradouros públicos, autorizados pelo órgão
competente, respeitado o horário compreendido entre 9 e 18 horas;

Art. 11. Os ruídos e sons que provenham de cerimônias, missas, reuniões, cultos e sessões religiosas no
interior dos respectivos recintos serão permitidos em qualquer área de zoneamento, desde que seja
respeitado o limite máximo de 75dB, medidos na curva “a” do decibelímetro, exclusivamente no
período diurno.

BARES, BOATES, CLUBES, RESTAURANTES, CASAS DE SHOW E ESCOLAS DE SAMBA


Lei nº 126, de 10 de maio de 1977

Art. 3º- São expressamente proibidos os ruídos:

VII - provocados por ensaio ou exibição de escolas-de-samba ou quaisquer outras entidades similares,
no período de 0 hora às 7 horas, salvo aos domingos, nos dias feriados e nos 30 (trinta) dias que
antecedem o tríduo carnavalesco, quando o horário será livre.

VIII - produzidos em Casas Noturnas, acima de 55 decibéis, a partir das 22 horas.

LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001

Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:

I - exibições de escolas de samba e de entidades similares de música de expressão popular, em desfiles


oficiais, em locais e horários autorizados pelo órgão competente;

“Art. 11. Os ruídos e sons que provenham de cerimônias, missas, reuniões, cultos e sessões religiosas no
interior dos respectivos recintos serão permitidos em qualquer área de zoneamento, desde que seja
respeitado o limite máximo de 75dB, medidos na curva “a” do decibelímetro, exclusivamente no
período diurno.”

Art. 12 O disposto no artigo anterior, estender-se-á da mesma forma aos parques de diversões ou
temáticos, casa de espetáculos, bares e restaurantes com apresentação de música ao vivo ou mecânica,
clubes e associações desportivas, estádios, academias de ginástica com ambiente fechado onde ocorram
eventos esportivos, artísticos ou religiosos.
SINALEIRAS
LEI Nº 5526, DE 25 DE SETEMBRO DE 2012

VEDA A INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE SINALEIRAS SONORAS DE ENTRADA E SAÍDA DE VEÍCULOS


EM EDIFICAÇÕES SITUADAS EM BAIRROS E LOGRADOUROS RESIDENCIAIS.

RESOLUÇÃO CONJUNTA SMAC/SMU Nº 13 DE 08 DE SETEMBRO DE 2009

Art. 1º Os dispositivos sonoros para sinalização das entradas e saídas de oficinas, estacionamentos e/ou
garagens de uso coletivo deverão estar ligados, prontos para acionamento, somente no período
compreendido entre 8 e 20 horas do mesmo dia, devendo a emissão de sinais sonoros estar desligada
no período entre 20 horas de um dia e 8 horas do dia seguinte, mantendo-se, neste último período,
somente o funcionamento da sinalização com luzes intermitentes.

Art. 2º.(...) § 1º O dispositivo sonoro deve ser acionado somente por ocasião da abertura do portão,
exclusivamente para passagem de veículos automotores, devendo cessar a emissão de sons
automaticamente após 30 segundos de funcionamento.

ALARMES
LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001

Art. 10 Os ruídos e sons que provenham de alarmes em imóveis e as sirenes, ou aparelhos semelhantes,
que assinalem o início ou o fim de jornadas de trabalho ou de períodos de aula nas escolas serão
permitidos desde que, predominantemente graves, não se alonguem por mais de 30 segundos,
respeitado o limite máximo de 70 dB.

FOGOS DE ARTIFÍCIOS E SIMILARES


Lei nº 126, de 10 de maio de 1977

Art. 3º- São expressamente proibidos os ruídos:

VI - provocados por bombas, morteiros, foguetes, rojões, fogos de estampido e similares;

LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001

Art. 13 Ficam proibidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e/ou sons que provenham
de:

II - fogos de artifício e similares, exceto em casos especiais, sempre por instituições e nunca por
indivíduos isolados, na forma que estabelecer ato do Prefeito, conforme artigo 33 da Lei Orgânica do
Município do Rio de Janeiro.

PREGÕES
Lei nº 126, de 10 de maio de 1977

Art. 3º- São expressamente proibidos os ruídos:

III - produzidos por buzinas, ou por pregões, anúncios ou propaganda, à viva voz, na via pública, em local
considerado pela autoridade competente como “zona de silêncio”;

LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001


Art. 13 Ficam proibidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e/ou sons que provenham
de:

I - pregões, anúncios ou propagandas no logradouro público, ou para ele dirigidos, de viva voz, por meio
de aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza, de fontes fixas ou móveis;

PROPAGANDA ELEITORAL
Art. 4º - São permitidos - observado o disposto no art. 2º desta Lei - os ruídos que provenham:

IX - de alto-falantes utilizados para propaganda eleitoral durante a época própria, determinada pela
Justiça Eleitoral, e no período compreendido entre 7 e 22 horas

LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001

Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:

V - propaganda eleitoral com uso de instrumentos eletroeletrônicos, respeitados o horário


compreendido entre 8 e 18 horas e a legislação eleitoral pertinente;

VI - passeatas, comícios, manifestações públicas ou campanhas de utilidade pública, respeitados o


horário compreendido entre 9 e 22 horas e a legislação eleitoral pertinente;

EVENTOS EM LOGRADOURO PÚBLICO

Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:

IV - eventos socioculturais ou recreativos e festas folclóricas, de caráter coletivo ou comunitário, em


logradouros ou áreas públicas autorizados pelo órgão competente7, que definirá a data, a duração, o
local e o horário máximo para o término, justificando no ato administrativo as decisões tomadas;

QUIOSQUES
LEI COMPLEMENTAR Nº 172, DE 29 DE JUNHO DE 2017

Dispõe sobre a apresentação de música ao vivo nos quiosques localizados na orla do Município do Rio
de Janeiro.

Art. 1º Fica autorizada a apresentação de música ao vivo nos quiosques localizados na orla do Município
do Rio de Janeiro.

Art. 2º As apresentações musicais ao vivo deverão destinar-se ao entretenimento do público. (...)

Art. 4º Os interessados em realizar apresentação de música ao vivo deverão cumprir as exigências


relativas ao regular funcionamento dos quiosques, responsabilizando-se por todos os eventos
realizados, em especial as descritas a seguir:

7
Deduz que o poder público que concede a autorização para eventos em logradouro público justifique o
atendimento à legislação de proteção de ruídos. É tecnicamente inviável, justificar que qualquer
amplificação mecânica em espaço aberto atenderá aos limites (RLaeq) de decibels elencados na
legislação.
I - respeitar os dias e horários autorizados pelo Poder Público, ressaltando que será possível realizar
apresentação todos os dias da semana das doze horas às vinte e duas horas;

II - respeitar o nível de ruído, que não poderá ultrapassar cinquenta e cinco decibéis no horário diurno
e cinquenta decibéis no período noturno, conforme lei específica;

III - possuir decibelímetro devidamente calibrado e aferir o nível de ruído por ocasião das
apresentações musicais, à disposição e de fácil visibilidade para qualquer cidadão.

IV - a fiscalização ficará a cargo do órgão municipal competente.

Art. 5º Poderão ser utilizadas duas caixas de som, obrigatoriamente direcionadas para a areia.

Art. 6º O descumprimento das normas contidas nesta Lei Complementar sujeitará o infrator às seguintes
sanções, aplicadas progressivamente:

I - será aplicada ao infrator a multa de R$ 1.000,00 (mil reais) em caso de descumprimento dos
dispositivos desta Lei Complementar;

II - multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) em caso de reincidência;

III - suspensão do alvará de licenciamento do estabelecimento na terceira constatação, até o completo


cumprimento desta Lei Complementar.

Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo e seus incisos serão corrigidas pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.

MEDIÇÃO DE RUÍDO

Todas medições se baseiam na NBR 10151:2019

Figura 19 – capa da NBR 10151:2019


APLICAÇÕES

• medições dos níveis de pressão sonora em ambientes externos às edificações,


independentemente das fontes sonoras contribuintes;

• medições de níveis de pressão sonora em ambientes internos às edificações decorrentes de


reclamações de fontes sonoras;

• avaliação sonora ambiental de empreendimentos, instalações e eventos em áreas habitadas,


independentemente da existência de reclamações;

• apoio ao poder público no processo de gestão e fiscalização de poluição sonora;

• elaboração de estudo e projeto acústico de empreendimento, instalação e evento a ser


implantado em uma delimitada área, compatibilizando sua inserção na paisagem sonora do
local;

• orientação ao planejamento urbano de uso e ocupação do solo para efeito de controle da


poluição sonora;

• orientação para classificação sonora de áreas destinadas a empreendimentos residenciais face


aos requisitos da ABNT NBR 15575-4

ESCOPO

• procedimento para medição e avaliação de níveis de pressão sonora em ambientes externos às


edificações, em áreas destinadas à ocupação humana, em função da finalidade de uso e
ocupação do solo; —

• procedimento para medição e avaliação de níveis de pressão sonora em ambientes internos às


edificações provenientes de transmissão sonora aérea ou de vibração da edificação, ou ambos;
— procedimento para avaliação de som total, específico e residual; —

• procedimento para avaliação de som tonal, impulsivo, intermitente e contínuo; —

• limites de níveis de pressão sonora para ambientes externos às edificações, em áreas


destinadas à ocupação humana, em função da finalidade de uso e ocupação do solo e
requisitos para avaliação em ambientes internos.

Obs: Compete aos municípios estabelecerem o ordenamento e a ocupação do solo e sua compatibilização
com esta Norma. Na ausência desta regulamentação legal, recomenda-se realizar levantamento das
características predominantes de ocupação do solo para aplicação desta Norma.
INSTRUMENTAÇÃO (ITEM 5)

Filtro de vento

Microfone

Pré amplificador

Tela

Teclas de comando

Foto 2: Sonômetro e suas partes

● Sonômetro: Medidor integrador do NPS, deve atender a IEC 61672 para Classe 1 ou 2

● Restrições da IEC 61672: Os acessórios que influenciam na medição (microfone, pré-


amplificador e cabo de extensão) devem ser homologados pelo fabricante e constar no manual

● Classe 2: Operar entre 0 a 40 °C

● Range de medição: Utilizar o medidor somente na faixa declarada no manual (máximo, mínimo
e faixa dinâmica)

● Filtro de banda 1/1 oitava: Apresentar, no mínimo, as bandas de 63 Hz a 8 KHz. Necessário p/


caracterizar o Som Estrutural nas Medições em Ambiente Interno às Edificações

● Filtro de banda 1/3 oitava: Apresentar, no mínimo, as bandas de 50 Hz a 10 KHz. Necessário


para caracterizar o Som Tonal

● Filtro do Histórico no Tempo: Recomendado para análise do som impulsivo

● Microfone: Deve atender à IEC 61672-1 ou IEC 61094-4


Foto 3- microfone

● Preferível ser do tipo capacitivo, ser do tipo Campo Livre para medições em área externa e do
tipo Incidência Randômica para ambientes interno ou fonte difusa

● Nota: Existe equipamentos que emulam o microfone de FF → RI e vice versa

● Calibrador Acústico: Deve atender à IEC 60942, ser da mesma classe do sonômetro, nível e
frequência declarada no manual.

● Preferencialmente ter a função de voltar no tempo para filtrar o som intrusivo

Foto 4 – Calibrador Acústico

● Quando o sonômetro utilizado for classe 2, o calibrador de nível sonoro pode ser de classe 2

● Protetor de Vento: Existem medidores que a influência do protetor de vento está dentro da
incerteza de medição (não é necessário fazer compensação recomendada)

Foto 5 – detalhe do filtro de vento


O sonômetro (medidor integrador de nível sonoro ou sistema de medição de nível de pressão
sonora) deve atender aos critérios da IEC 61672 (todas as partes), para a classe 1 ou classe 2. Para
medição e caracterização de som tonal, o sonômetro deve possuir filtros de 1/3 de oitava. Os filtros de
1/1 de oitava e de 1/3 de oitava devem atender à IEC 61260 (todas as partes), para a classe 1 ou classe
2. Os filtros de 1/1 de oitava devem abranger pelo menos as bandas de 63 Hz a 8 kHz. Os filtros de 1/3
de oitava devem abranger pelo menos as bandas de 50 Hz a 10 kHz. Em medições em ambientes
externos, ao ar livre, é obrigatório o uso do protetor de vento acoplado ao microfone (errata)

Pode ser utilizado sonômetro integrador fabricado antes da publicação da IEC 61672 (todas as
partes), desde que aprovado e calibrado conforme as IEC 60651 e IEC 60804 para tipo 0 e Tipo 1,
excluindo o Tipo 2.

CALIBRAÇÃO

● Certificado: Medidor Sonoro, Filtro de Banda, Microfone e o Calibrador Acústico

● Quem realiza: Laboratório acreditado membro da RBC, INMETRO, ou laboratório estrangeiro


acreditado por organismos signatários com acordo de reciprocidade

● Periodicidade: Indicada pelo fabricante. Extensão para até 2 anos, desde que justificada.

● Anexo A da norma: Lista mínima de verificações que devem constar no certificado

Foto 6 – Termo-higro-anemometro digital

Conforme nota da Norma, as medições devem atender as temperaturas de funcionamento do


sonômetro e as medições devem ser realizadas com velocidade do vento menores que 5 m/s. Alguns
peritos utilizam aparelhos para medição de vento (foto 6), entretanto não há recomendação da norma
para tal uso.

AJUSTES

● Quando: Antes e depois de cada campanha de medição, no mínimo. Se a campanha tiver dias
seguidos, é recomendado o ajuste diário
● Onde: Sempre no local da medição como forma minimizar variações ambientais (pressão
atmosférica, temperatura e outros)

● Tolerância: Admitido um erro de ± 0,5 dB

● O que fazer desvio > 0,5 dB: Todas as medições devem ser refeitas

Obs: Ajuste não é calibração!

REQUISITOS AMBIENTAIS

● Não realizar medições sob condições ambientais adversas (Trovões e chuva)

● Conheça os limites ambientais do seu aparelho (Classe 2 de 0 a 40 oC)

● Se medir em condições adversas ou fora da faixa recomendada do aparelho, faça o registro no


relatório

● Nas medições de longa duração, descartar os períodos em condições ambientais adversas

● Vento: Não é recomendável realizar medições com rajadas > 5 m/s

SIMBOLOS E NOMENCLATURAS

Tabela 6 –descritores

Fonte: NBR 10151:2019

● As medições sonoras são expressas normalmente em nível global, ou seja, como um valor
único, LAeq em dB
Figura 20 – histograma de medição realizada

O aparelho calcula a média logarítmica ponderada no tempo de resultados integrados em intervalos de


tempo parciais, sendo o resultado expresso por meio do descritor LAeq,T, em decibels (dB).

LAeqT onde T é o tempo de integração

Não confundir com tempo de medição

● Deve ser suficiente p/ caracterizar o objeto de medição, abrangendo as variações sonoras


durante o seu funcionamento ou operação no ambiente avaliado

● Não é necessário que todos os pontos de medição tenham o mesmo tempo

● O tempo de medição é diferente do tempo de integração quando há a ocorrência do som


intrusivo

CARACTERIZAÇÃO DO SOM

SOM INTRUSIVO
Interferência sonora alheia a medição

SOM CONTINUO

Figura 21 – Gráfico de som contínuo


Fonte: Matheus, 2008

Som presente em todo o período de observação e que não é um som intermitente e nem impulsivo

SOM INTERMITENTE

Figura 22 – gráfico de Som Flutuante

Fonte: Matheus, 2008

Som que ocorre em apenas em certos de tempo, regulares ou não, em que a duração de cada um é
superior a 1 s

SOM IMPULSIVO
Som caracterizado por impulsos de pressão sonora de duração inferior a 0,1 s

Ex: impacto de materiais, tiros, estouros e outras fontes

SOM DE IMPACTO
Som produzido pelo impacto de materiais

SOM TONAL
Caracteriza-se por uma ou mais componentes de frequência que se destacam dos demais

Ex: serra circular, apitos, sinaleira e etc

Geralmente os ruídos tem características combinadas

Ex. Ruído continuo com presença de som impulsivo, Ruído intermitente com a presença de
componentes tonais audíveis, ruído intermitente com a presença de som de impacto intervalado e etc
Figura 23 -ruído continuo com a presença de 2 eventos impulsivos

Fonte: Matheus, 2008

LOCAIS DE MEDIÇÃO

MEDIÇÃO EXTERNA

● Superfícies: Afastado > 2 m de superfícies refletoras, e entre 1,2 a 1,5 m do piso

● Não deverão ser efetuadas avaliações na ocorrência de precipitação (chuva).

● • Deve ser evitada a interferência de outras fontes nos níveis de ruído da fonte em avaliação.
(som intrusivo)

● Quando não for possível assegurar as distâncias mínimas previstas nesta Norma, deve-se
informar no relatório as condições de execução das medições.

MEDIÇÃO EXTERNA EM ÁREA DE FACHADA

● Posição do microfone: Afastado a > 1 m da fachada

Medição de longa duração

● Planejamento urbano e monitoramento de longa duração ou período completo (24 h)

● Medir preferencialmente em vias públicas, como praças, calçadas e margem dos sistemas
viários

● Microfone: Posicionado a 4 metros de altura

MEDIÇÃO INTERNA

● Transmissão: Aérea → LAeq e Estrutural → Lzeq,fHz(1/1)

• No interior das Edificações:

● Malha de pontos: 3 pontos e a cada 30 m2 adicionar um ponto de medição

Registar sempre que o layout do ambiente não permitir atender a todas as condições de afastamento.
• Os pontos de medição devem ser distribuídos no recinto de forma a se obter uma
amostra representativa do campo sonoro do ambiente em avaliação afim de evitar as ondas
estacionárias.
• Os pontos de medição devem se situar a pelo menos 0,5 m de paredes, teto e piso, e a
pelo menos 1 m de elementos com significativa transmissão sonora, como janelas, portas ou
entradas de ar.
• A distância entre os pontos deve ser de pelo menos 0,7 m.
• As medições devem ser realizadas em pelo menos três pontos uniformemente
distribuídos, preferencialmente, em alturas diferentes e nos ambientes onde geralmente as
pessoas permanecem.

MÉTODOS DE ME DIÇÃO

MÉTODO SIMPLIFICADO
• Pode ser utilizado para medição externa ou interna.

● O Som deve ser contínuo ou intermite, sem componentes tonais ou impulsivas

● Em ambiente interno não pode se propagar pela estrutura

MÉTODO DETALHADO
• Se aplica aos demais casos de medição pontual.

• Ajuste para Bandas de 1/3 de oitava – LZeq,T,fHz(1/3), Bandas de 1/1 de oitava – LZeq,T,fHz(1/1) e LAFmax

MÉTODO DE MONITORAMENTO DE LONGA DURAÇÃO


• Aplicável para fins de planejamento urbano e para monitoramento por 24 h.

AVALIAÇÕES

PERIODOS
Pela lei 3268/01 temos

• São estabelecidos dois períodos:

• Diurno: 07 – 22 horas

• Noturno: 22 – 07 horas.

• Exceto Domingos e feriados

• Diurno: 08 – 22 horas

• Noturno: 22 – 08 horas.
Em algumas municipalidades, temos horários vespertinos que são intermediários entre os períodos
diurno e noturno.

Em casos omissos, utilizar os parâmetros da norma:

• Diurno: 07 – 22 horas

• Noturno: 22 – 07 horas.

• Exceto Domingos e feriados

• Diurno: 09 – 22 horas

• Noturno: 22 – 09 horas.

DETERMINAÇÃO DOS NÍVEIS DE PRESSÃO

● Som Total (Ltot): Considera os sons de todas as fontes sonoras contribuintes, sejam elas
específicas ou residuais, excluindo os sons intrusivos

● Som Residual (Lres): É o som ambiente, aquele realizado sem a presença da fonte de interesse
(desligada ou não percebida)

Som Específico (Lesp) = Som Total (Ltot) − Som Residual (Lres)

SOM ESPECIFICO
É aquele produzido pela fonte objeto da avaliação. Conceitualmente, é a subtração logarítmica entre o
Ltot e o Lres

Recomenda-se o uso de software ou o velho e bom excel!

Se Ltot – Lres < 3 dB → Não é possível determinar com exatidão (inconclusivo), informar no relatório que
o Lesp é próximo ao Lres

Se Lres > Ltot → As condições ambientais não são as mesmas durante as medições

Realizar medição em outro dia

Se não for possível desligar a fonte procurar um local próximo com condições ambientais semelhantes.

CARACTERIZAÇÃO DE SOM IMPULSIVO

LAFmax − LAeq,T ≥ 6 dB
Recomenda-se que o tempo de integração T adotado na medição de LAeq,T contemple pelo
menos dois ou mais eventos de sons impulsivos.

CARACTERIZAÇÃO DE SOM TONAL


se dá quando o nível de pressão sonora contínuo equivalente na banda de 1/3 de oitava de interesse
exceder os níveis de pressão sonora contínuos equivalentes em ambas as bandas de 1/3 de oitava
adjacentes, conforme a Tabela abaixo.

Tabela 7 – tabela utilizada para caracterização de som tonal

Fonte: NBR 10151:2019

LIMITES (RL A E Q )
os limites ambientais pela lei 3268/01 são:

Tipos de Usos Zoneamento Período Diurno Período


Municipal Noturno

zonas de preservação e conservação ZCVS, ZPVS, quarenta e cinco quarenta


de unidades de conservação Áreas Agrícolas
ambiental e zonas agrícolas

residencial urbano ZRU ZR 1, ZR 2, cinquenta e cinco cinquenta


ZR 3, ZRM, ZOC

zonas de negócios, comércio, ZR 4, ZR 5, ZCS, sessenta e cinco sessenta


administração CB, ZUM,
ZT, ZIC, ZP, ZC,
AC

área predominantemente industrial ZPI, ZI setenta sessenta e


cinco

Tabela 8 – Limites definidos pelo zoneamento na cidade do Rio de Janeiro

Fonte: Lei Municipal 3298/2001

Na ausência de norma municipal utilizar os limites elencados na NBR 10151: 2019


Tabela 9 -Limites definidos pela NBR 10151:2019

Fonte: NBR 10151:2019

AVALIAÇÃO PELO MÉTODO SIMPLIFICADO:

Compara Ltot ou Lesp, dependendo do caso, com o limite RLAeq, em função do uso e ocupação do solo e
período

Ltot ou Lesp (dependendo do caso) ≤ RLAeq o resultado é aceitável (atende ao limite ambiental) ≥

AVALIAÇÃO EM AMBIENTE INTERNO SIMPLIFICADO

O cálculo é realizado em duas etapas: primeiro se calcula o NPS no ambiente interno L int, em seguida
calcula-se o NPS externo Lext, para então comparar com RLAeq

● Sons intermitentes ou contínuos sem características tonais ou impulsivas, com a janela aberta

● Pontos de medição: No mínimo 3 pontos e acrescentando-se um ponto a cada 30 m2

● Medição: Medir o Ltot e o Lres e calcular o Lesp em cada ponto

● NPS global corrigido para o ambiente externo (Lext)

Lext = Lint − k + 10 dB

● K: índice de reverberação em dB, para ambiente mobiliado k = 0 e para ambiente vazio k = 3

A reverberação pode ser consultada nas tabelas 2 e 3 da NBR ISO 10052

AVALIAÇÃO PELO MÉTODO DETALHADO:


Compara o nível corrigido LR com o limite ambiental RLAeq, em função do uso e ocupação do solo e o
período

LR = LAeq + KI + KT

LAeq = Ltot ou Lesp

KI = 5 para Som impulsivo

KT = 5 para Som tonal

LR ≤ RLAeq o resultado é aceitável

AVALIAÇÃO EM AMBIENTE INTERNO DETALHADO

● Determinar o nível corrigido LR e comparar com os limites de RLAeq, conforme o método de


Avaliação Detalhado Externo

LR = LAeq + KI + KT

LAeq = Ltot ou Lesp dependendo do caso

KI = 5 para Som impulsivo

KT = 5 para Som tonal

LR ≤ RLAeq o resultado é aceitável

Observação: para avaliação em ambiente interno, o índice de reverberação (K) deverá ser calculado
através da fórmula:
𝑇
𝑘 = 10log ( ) .
0,5

Onde T é o tempo de reverberação medido8

AVALIAÇÃO EM AMBIENTE INTERNO EM BANDAS PROPORCIONAIS

A medição é realizada em banda de 1/1 de oitava na escala de Ponderação Z, L zeq,fhz(1/1)

Aplica-se para Sons de propagação estrutural, com a janela fechada, sem se preocupar se é tonal ou
impulsivo9

Pontos de medição: 3 pontos + 1 ponto a cada 30 m2, tal qual os demais métodos internos

● Espectro: 63 Hz a 8 Khz

8
Não é prático a caracterização de som tonal em ambientes internos para fins de fiscalização de
poluição sonora, tendo em vista que o sonômetro deverá ser capaz de medir o tempo de reverberação
(T). Além disso, os métodos de medição do tempo de reverberação deverão seguir a NBR ISO 3382.
9
Até a ocasião da emissão desta apostila, não existe previsão legal na legislação municipal do Rio de
Janeiro para a fiscalização de poluição sonora ocasionada por propagação estrutural.
● Procedimento:

1) Para cada ponto, faça a medição do Ltot e do Lres

2) Determine por banda de frequência o Lesp

3) Faça a média do Lesp entre os pontos de medição

4) Compare o Lesp com as curvas NC

5) Determinação do NC: Compare o Lesp por banda

6) Critério: Quando uma das frequências ultrapassar o valor de referência da Curva NC, este passa
a ser o LNC

Tabela 10 – Valor de referência da Curva NC

Fonte: NBR 10151:2019

Pode-se utilizar a Tabela da Curva NC da NBR 10.152:2017, que varia a cada 1 dB

LNCesp ≤ LNCres o resultado é aceitável


ESTUDOS DE CASOS

Os Estudos de Caso são exemplos baseados em procedimentos reais, entretanto são problemas
fictícios usados para melhor compreensão acadêmica. Qualquer semelhança com nomes,
pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência, apesar das locações utilizadas nas
medições existirem na vida real.

ESTUDO DE CASO 1 – MEDIÇÃO SIMPLIFICADA EXTERNA

Problema: Sistema de exaustão de uma padaria, fazendo muito barulho e incomodando a


circunvizinhança.

MEDIÇÃO EXTERNA - PASSO A PASSO


• Estude previamente o local. Utilize mapas, como o google Earth. Veja de onde medir, o google
street view é uma ótima ferramenta para isso.

Foto 7 – Foto Aérea do local em questão, com a marcação do reclamado e do reclamante

• Verificar as condições meteorológicas previamente. Verifique em endereços eletrônicos oficiais


quais são as condições do tempo no dia da medição. Ex: HTTPS://PORTAL.INMET.GOV.BR/ .
Lembrando que as condições meteorológicas influenciam a medição

• Proceder a medição e realizar os ajustes no local

• Definir o local da medição.


Foto 8 – local da medição entre o reclamante e o reclamado.

Obs: O local da medição deverá estar distante no mínimo de 2 m de qualquer superfície refletora
(carros, edificações, pessoas, etc...). Na impossibilidade relatar a informação no relatório.

Foto 9 – A medição deve ser efetuada com o sonômetro entre 1,20 a 1,50 m do piso

Obs: O microfone deve ser apontado para fonte em questão


AVALIAÇÃO PELO METODO SIMPLIFICADO -MEDIÇÃO EXTERNA

1. Resultados da medição:

▪ Som total= 69,4 (maior que o RLAeq, proceder medição se som residual)

▪ Som residual= 62,2

▪ Horário da medição: 10:45 horas

▪ Tempo de medição= 90 s (evitou-se o som intrusivo de um carro de som)

▪ Tempo de integração = 60 s

▪ Característica do som: Continuo

2. Verificação dos limites (RLAeq)

Figura 24 – mapa do zoneamento local

Verificar o zoneamento do município em questão. No caso do Município do Rio de Janeiro ir no


endereço eletrônico HTTP://MAPAS.RIO.RJ.GOV.BR/

▪ ZUM – Zona de Uso Misto

▪ Limite diurno = 65 dB(A)

▪ Limite noturno = 60 dB (A)

3. Calcular o som especifico. Sendo assim:


69,4 62,2
𝐿𝑒𝑠𝑝 = 10. 𝑙𝑜𝑔10 (10 10 − 10 10 )

𝐿𝑒𝑠𝑝 = 68 𝑑𝐵

Lesp > RLaeq

Ou seja, ruído acima dos limites estabelecidos pela legislação em vigor.

CONFECÇÃO DO RELATÓRIO
Informações mínimas10 do relatório de vistoria:

1. características das fontes sonoras e o seu funcionamento durante as medições;  

2. ilustração, croqui, imagem ou descrição detalhada do ambiente de medição e posição dos


pontos de medição, salvo nos casos onde deve-se assegurar o sigilo na identificação do cidadão
reclamante;  

3. informações sobre a instrumentação e respectiva calibração: fabricante e modelo;  


identificação do número de série; IEC atendidas; número e data dos certificados de calibração;  

4. limites de avaliação dos resultados;  

5. local, data e horário da vistoria;

6. método de medição utilizado;

7. número do chamado, processo, ofício ou objetivo da medição

8. parâmetros ambientais registrados durante as medições, condições ambientais adversas e


condição do vento.

9. referência a NBR 10151/2019

10. resultados das medições, para os descritores sonoros adotados e níveis calculados e corrigidos,
quando aplicáveis, conforme o caso;  

11. tempo das medições e integrações.

No anexo A se encontra o relatório deste estudo de caso.

10
Caso não seja cumprido esses requisitos o relatório pode ser impugnado
BIBLIOGRAFIA

ABNT NBR 10151:2019 (errata 2020), Acústica — Medição e avaliação de níveis de pressão sonora em
áreas habitadas — Aplicação de uso geral

ABNT NBR 10152:2017, Acústica – Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações

ABNT NBR 16313:2014, Acústica – Terminologia

ABNT NBR IEC 60942 de 08/2020 - Eletroacústica — Calibradores de nível sonoro

ABNT NBR IEC 61094-6 de 11/2020 - Microfones de medição - Parte 6: Atuadores eletrostáticos para
determinação da resposta em frequência

ABNT NBR IEC 61672-1 de 10/2021 - Eletroacústica — Sonômetros - Parte 1: Especificações

ABNT NBR IEC 61672-3 de 10/2018 - Eletroacústica - Sonômetros - Parte 3: Testes periódicos

ABNT NBR ISO 10052 de 04/2020 - Acústica — Medições em campo de isolamento a ruído aéreo e de
impacto e de sons de equipamentos prediais - Método simplificado

ABNT NBR ISO 3382-2 de 06/2017 - Acústica - Medição de parâmetros de acústica de salas - Parte 2:
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de 1969, do Ex- Estado da Guanabara, com as modificações que menciona. Disponível em:
https://leisestaduais.com.br/rj/lei-ordinaria-n-126-1977-rio-de-janeiro-dispoe-sobre-a-protecao-contra-
a-poluicao-sonora-estendendo-a-todo-o-estado-do-rio-de-janeiro-o-disposto-no-decreto-lei-no-112-de-
12-de-agosto-de-1969-do-ex-estado-da-guanabara-com-as-modificacoes-que-menciona-1977-05-10-
versao-original

RIO DE JANEIRO. Decreto nº. 22281 de 19 de novembro de 2002. Institui o Regulamento para a
instalação e conservação de sistemas de ar condicionado e ventilação mecânica no Município do Rio de
Janeiro. Disponível em:
https://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125585/4150253/5DEC_22281DE2002_MANUTENCAODEARE
EXAUSTAO.PDF

RIO DE JANEIRO. Decreto nº. 43372 de 30 de junho de 2017. Regulamenta a Lei Municipal nº. 6179 de
22 de maio de 2017, que dispões sobre medidas para o combate eficaz à poluição sonora no Município
do Rio de Janeiro e dá outras providências. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-
janeiro/decreto/2017/4337/43372/decreto-n-43372-2017-regulamenta-a-lei-municipal-n-6179-de-22-
de-maio-de-2017-que-dispoe-sobre-medidas-para-o-combate-eficaz-a-poluicao-sonora-no-municipio-do-
rio-de-janeiro-e-da-outras-providencias

RIO DE JANEIRO. Lei Complementar nº. 172 de 29 de junho de 2017. Dispõe sobre a apresentação de
música ao vivo nos quiosques localizados na orla do Município do Rio de Janeiro. Disponível em:
https://leismunicipais.com.br/a1/rj/r/rio-de-janeiro/lei-complementar/2017/17/172/lei-complementar-
n-172-2017-dispoe-sobre-a-apresentacao-de-musica-ao-vivo-nos-quiosques-localizados-na-orla-do-
municipio-do-rio-de-janeiro

RIO DE JANEIRO. Lei nº. 3268 de 29 de Agosto de 2001. Altera o regulamento nº. 15, aprovado pelo
Decreto nº. 1601 de 21 de junho de 1978, e alterado pelo Decreto nº. 5412 de 24 de outubro de 1985.
Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-janeiro/lei-ordinaria/2001/327/3268/lei-
ordinaria-n-3268-2001-altera-o-regulamento-n-15-aprovado-pelo-decreto-n-1601-de-21-de-junho-de-
1978-e-alterado-pelo-decreto-n-5412-de-24-de-outubro-de-1985?q=3268
RIO DE JANEIRO. Lei nº. 5526 de 25 de setembro de 2012. Veda a instalação e funcionamento e
sinaleiras sonoras de entrada e saída de veículos em edificações situadas em bairros e logradouros
residenciais. Disponível em:
http://aplicnt.camara.rj.gov.br/APL/Legislativos/contlei.nsf/50ad008247b8f030032579ea0073d588/878
12b676d477e7703257a84007930a9?OpenDocument

RIO DE JANEIRO. Lei 6179 de 22 de maio de 2017. Dispões sobre medidas para o combate eficaz à
poluição sonora no Município do Rio de Janeiro. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-
de-janeiro/lei-ordinaria/2017/617/6179/lei-ordinaria-n-6179-2017-dispoe-sobre-medidas-para-o-
combate-eficaz-a-poluicao-sonora-no-municipio-do-rio-de-janeiro

RIO DE JANEIRO. Lei 6491 de 13 de março de 2019. Altera o redação e do § 1º. Do art. 5º da Lei 3268 de
29 de agosto de 2001, e revoga § 1º do art. 4º. Da Lei 3176 de 22 de maio de 2017. Disponível em:
https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-janeiro/lei-ordinaria/2019/649/6491/lei-ordinaria-n-6491-
2019-altera-a-redacao-do-caput-e-do-1-do-art-5-da-lei-n-3268-de-29-de-agosto-de-2001-e-revoga-o-1-
do-art-4-da-lei-6-179-de-22-de-maio-de-2017

RIO DE JANEIRO. Lei 6645 de 24 de setembro de 2019. Dispõe sobre a criação de mecanismos que
auxiliem no respeito à Lei do Silêncio, especialmente nas áreas residenciais na
Cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-janeiro/lei-
ordinaria/2019/664/6645/lei-ordinaria-n-6645-2019-dispoe-sobre-a-criacao-de-mecanismos-que-
auxiliem-no-respeito-a-lei-do-silencio-especialmente-nas-areas-residenciais-na-cidade-do-rio-de-janeiro-
e-da-outras-providencias

RIO DE JANEIRO. Resolução Conjunta SMAC/SMU nº. 13 de 8 de setembro de 2009. Regulamenta o


funcionamento de sinaleiras nas saídas de oficinas, estacionamentos e garagens coletivas. Disponível
em: https://smaonline.rio.rj.gov.br/legis_consulta/32175Res%20Conj%20SMAC_SMU%2013_2009.pdf

ROSA, Juliana. Sinos e Campanários. Em resgate da arte sineira. Disponível em:


http://www.sinosecampanarios.com.br/dadosinteres.aspx . Acesso em 21 de outubro de 2021 as 19
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ROSA, Lúcio Vilarinho. Higiene ocupacional. Notas de aula. Pós-Graduação em Engenharia de Segurança
do Trabalho. Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2010.

RUSSEL, Daniel A.. "Acoustics and Vibration Animations"; 2002. Disponível em:
https://www.acs.psu.edu/drussell/demos.html. Acesso em 20 de outubro de 2021, as 22 horas.

ZAJARKEIWICCH, Daniel Fernando Bondarenco. Poluição Sonora Urbana: principais fontes, aspectos
jurídicos e técnicos. Tese de Mestrado, São Paulo. PUC-SP, 2010
ANEXOS
ANEXO A
RELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 1 Data: 24/09/21
Nome da empresa/empreendimento emissor: Padaria
Endereço: Rua quito, 223
horário de inicio: 10:45
Objetivo da medição
Avaliar o ruído emitido do sistema de exaustão do comércio em questão em face a reclamações
da circunvizinhança

Caracteristica da edificação da fonte sonora (emissor): FECHADA


Características da fonte sonora (principal emissor ou emissores):
Sistema de Exaustão Mecânico

obs: ilustração detalhada, foto e croqui estarão nos anexos deste relatório.
INSTRUMENTAÇÃO
Sonômetro modelo xxx, classe 2 - certificado de calibração nº xxx, datado de 01/01/2021.
Calibrador acústico classe 1 certificado de calibração nº xxx, datado de 01/01/2021

LEGISLAÇÃO ATENDIDAS Medições conforme: LM 3268/2001; LM 3342/2001; R C SMAC/SMU


13/2009; R SMAC 198/2002 e 406/2005; NBR 10151; DM 29881/2008 e Dec "E" 3800/1970. LM
6179/2017, ISO IEC 61672, IEC 60942
MÉTODO DE MEDIÇÃO: MEDIÇÃO EXTERNA
CARACTERÍSTICA DO RUÍDO: Contínuo
Zoneamento = ZUM TEMPO DE MEDIÇÃO
LIMITES 90 s
Diurno (dB) : 65 Noturno (dB): 60 TEMPO DE INTEGRAÇÃO
RLAeq (dB) = 65 60 s

SOM TOTAL (Ltot) = L Aeq 60s = 69,4


SOM RESIDUAL(Lres) = L Aeq 60s = 62,2

SOM ESPECIFICO (Lesp) L Aeq 60s = 68

PARÂMETROS AMBIENTAIS
tempo ensolarado com nuvens espaçadas. VENTO: 0,1 m/s
TEMPERATURA: 25 ºC
FILTRO DE VENTO: SIM
UMIDADE 25 %
RESULTADOS
Constatados ruídos acima dos limites estabelecidos pela legislação ambiental. Lesp>Rlaeq.
Sons oriundos de veículos e vozerio de pedestres, foram incorporados ao som residual. Foi
utilizado o mesmo tempo de integração para todas as medições. Medições realizadas na Rua
Patagônia conforme ilustração abaixo. A medição de som total foi paralisada antes da influencia
do som intrusivo de um carro de som.

ILUSTRAÇÕES, CROQUIS E DEMAIS OBSERVAÇÕES

fonte

p1 p1-ponto de medição

Rio de Janeiro 26/01/2022

John D.Cardoso
CREA ou CAU

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