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NBR 10151:2019
MÉTODO
SIMPLIFICADO
MEDIÇÃO EXTERNA
2022
Sumário
Introdução .................................................................................................................................................... 4
Apresentação do instrutor ....................................................................................................................... 4
O CURSO ................................................................................................................................................. 4
Conteúdo Programático ........................................................................................................................... 4
Contextualização do tema ............................................................................................................................ 5
Conceitos de poluição sonora .................................................................................................................. 5
Mas o que é poluição sonora? ............................................................................................................. 5
E perturbação do sossego? .................................................................................................................. 5
Mas o que é Ruído? ............................................................................................................................. 6
Fontes....................................................................................................................................................... 6
Efeitos da Poluição Sonora....................................................................................................................... 7
Efeitos no homem................................................................................................................................ 7
Efeitos nocivos ..................................................................................................................................... 7
Efeitos nos ecossistemas ..................................................................................................................... 8
Noções de acústica ....................................................................................................................................... 8
O que é o som? ........................................................................................................................................ 8
Ondas sonoras ..................................................................................................................................... 9
Frequência ........................................................................................................................................... 9
Comprimento da onda ......................................................................................................................... 9
Intensidade do som ........................................................................................................................... 10
Velocidade de propagação do som.................................................................................................... 10
Alcance do som .................................................................................................................................. 10
Mascaramento do Som ...................................................................................................................... 11
Propagação do som ........................................................................................................................... 11
Difração do som ................................................................................................................................. 12
Ondas estacionárias ........................................................................................................................... 13
Refração ............................................................................................................................................. 13
Efeito Doppler .................................................................................................................................... 13
Ressonância ....................................................................................................................................... 14
Eco ..................................................................................................................................................... 14
Inteligibildade .................................................................................................................................... 14
Reverberação ..................................................................................................................................... 14
Decibel ................................................................................................................................................... 14
Adição e Subtração de Ruído ................................................................................................................. 18
Curvas de ponderação ........................................................................................................................... 19
Legislação ................................................................................................................................................... 19
Resolução CONAMA 01/90 .................................................................................................................... 19
Lei nº 126, de 10 de maio de 1977......................................................................................................... 20
LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001 .............................................................................................. 20
LEI Nº 6.179, DE 22 DE MAIO DE 2017 ................................................................................................... 23
Decreto nº. 43372 de 30 de junho de 2017 ....................................................................................... 24
Exceções legais ....................................................................................................................................... 24
Construção civil -obras....................................................................................................................... 24
Templos religiosos ............................................................................................................................. 25
Bares, boates, clubes, restaurantes, casas de show e escolas de samba .......................................... 26
Sinaleiras ............................................................................................................................................ 27
Alarmes .............................................................................................................................................. 27
Fogos de artifícios e similares ............................................................................................................ 27
Pregões .............................................................................................................................................. 27
Propaganda Eleitoral ......................................................................................................................... 28
Eventos em logradouro público ......................................................................................................... 28
Quiosques .......................................................................................................................................... 28
Medição de Ruído....................................................................................................................................... 29
Aplicações .............................................................................................................................................. 30
Escopo .................................................................................................................................................... 30
Instrumentação (item 5) ........................................................................................................................ 31
Calibração............................................................................................................................................... 33
Ajustes .................................................................................................................................................... 33
Requisitos ambientais ............................................................................................................................ 34
Simbolos e nomenclaturas ..................................................................................................................... 34
Caracterização do Som ........................................................................................................................... 35
Som intrusivo ..................................................................................................................................... 35
Som continuo ..................................................................................................................................... 35
Som intermitente ............................................................................................................................... 36
Som impulsivo.................................................................................................................................... 36
Som de impacto ................................................................................................................................. 36
Som tonal ........................................................................................................................................... 36
Locais de Medição .................................................................................................................................. 37
Medição Externa ................................................................................................................................ 37
Medição Externa em área de fachada ............................................................................................... 37
Medição interna ................................................................................................................................ 37
Métodos de Medição ............................................................................................................................. 38
Método Simplificado ......................................................................................................................... 38
Método Detalhado ............................................................................................................................ 38
Método de monitoramento de longa duração .................................................................................. 38
Avaliações .............................................................................................................................................. 38
Periodos ............................................................................................................................................. 38
Determinação dos níveis de pressão ..................................................................................................... 39
Som especifico ................................................................................................................................... 39
Caracterização de som impulsivo ...................................................................................................... 39
Caracterização de som tonal ............................................................................................................. 40
Limites (RLAeq) .................................................................................................................................... 40
Avaliação pelo Método Simplificado:..................................................................................................... 41
Avaliação em Ambiente Interno Simplificado ........................................................................................ 41
Avaliação pelo Método Detalhado: ....................................................................................................... 41
Avaliação em Ambiente Interno detalhado ........................................................................................... 42
Avaliação em Ambiente Interno em Bandas Proporcionais ................................................................... 42
Estudos de Casos ........................................................................................................................................ 44
Estudo de Caso 1 – medição simplificada externa ................................................................................. 44
Medição Externa - Passo a passo ....................................................................................................... 44
Avaliação pelo metodo simplificado -medição externa ..................................................................... 46
Bibliografia.................................................................................................................................................. 48
Anexos ........................................................................................................................................................ 51
INTRODUÇÃO
APRESENTAÇÃO DO INSTRUTOR
John D. Cardoso
FORMAÇÃO :
Arquiteto e Urbanista
• WWW.LINKEDIN.COM/IN/JOHN-D-CARDOSO-9BAB24132
O CURSO
Segundo Ministério Público do Estado do Rio de janeiro, aproximadamente 90% das reclamações
dirigidas a Promotoria de Meio Ambiente são relacionadas a poluição sonora. Mas o que é a poluição
sonora? É qualquer alteração nas características do som ambiente, provocada por ruídos que prejudicam
a saúde, a segurança e o bem-estar da população. Mas como mensurá-la? Quais são os aspectos legais?
Como mediar conflitos de vizinhança com base em métodos quantitativos? Neste curso você aprenderá
os aspectos legais sobre poluição sonora, realizar medições de som e confeccionar laudos de medição
conforme a NBR 10151/2019, que poderão servir de base para perícias ambientais e mediação de
conflitos de vizinhança.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Neste curso
• Noções de Acústica
• Legislação
• Ruído ocupacional – NR 15
CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
• A noção de poluição sonora considera, em geral, todos os ruídos capazes de ocasionar uma
perturbação passageira, mas, que repetidos durante um longo intervalo de tempo, podem ter
uma grave repercussão na saúde, na qualidade de vida e/ou sobre o funcionamento dos
ecossistemas.
• A poluição sonora difere bastante da poluição do ar e da água quanto aos seguintes aspectos:
• O ruído é produzido em toda parte e, portanto, não é fácil controlá-lo na fonte como ocorre na
poluição do ar e da água;
• Embora o ruído produza efeitos cumulativos no organismo, do mesmo modo que outras
modalidades de poluição, diferencia-se por não deixar resíduo no ambiente tão logo seja
interrompido;
E PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO?
É uma linha tênue, entretanto, é provocada por ruídos eventuais
Ex: uma festa de aniversário onde o som está muito alto, Queimada de fogos na virada do
ano novo, festas eventuais e etc...
LEI DAS CONTRAVENÇÕES PENAIS
• Perturbação do trabalho ou do sossego alheios
Necessidade de prova testemunhal de mais de uma pessoa. Imagine que alguém ligue ao 190
anonimamente informando que uma pessoa acabou de furtar um TV, por exemplo, a polícia aborda e
constata que a pessoa está realmente com uma TV, mas cadê a vítima para indicar ser dona da TV e que
o produto realmente foi furtado? Sem vítima é impossível se fazer alguma coisa
Se não houver prova testemunhal a ação policial é limitada a solicitar que o reclamado cesse a
produção do ruído, o reclamado volta a aumentar o som assim que a polícia sai do local.
CONFLITO DE VIZINHANÇA
Na lei 10406/2002 (Código Civil) estabelece:
CAPÍTULO V
Seção I
Essas interferências citadas estão relacionadas ao ruído provocado entre as partes que em
muitas vezes não prejudicam a circunvizinhança e fica na esfera entre vizinhos de propriedade lindeira.
Cabe aqui o poder público apenas atuar quando haja interferências prejudiciais ao direito
coletivo.
FONTES
Fontes pontuais mecânicas: ruído industrial e de atividades que possuam máquinas e
equipamentos que possam gerar ruído. Ex: maquinas industriais, sistemas de exaustão,
EFEITOS NO HOMEM
O OUVIDO HUMANO
O ouvido externo o capta o som, o tímpano leva o som para o ouvido médio (martelo, bigorna e
estribo). Na orelha média encontra-se também uma extremidade da trompa de Eustáquio, cuja a
finalidade é equalizar a pressão do ar em ambos os lados do tímpano. Quando o som chega no ouvido
interno ele é amplificado de 30 a 60 vezes pela janela oval no início do labirinto e caracol. No ouvido
interno encontra-se três seções que são o vestíbulo, os canais semicirculares e a cóclea. Na cóclea
encontram-se células ciliadas que constituem o órgão de Corti. Nessas células ciliadas encontra-se os
terminais nervosos. As celulas do Corti possuem capacidade de transformar o estimulo mecânico
recebido em estímulos nervosos.
EFEITOS NOCIVOS
• dilatação da pupila ;
• gastrite, úlcera;
• Impotência;
EFEITOS PSICOSSOCIAIS
• nervosismo, ansiedade e agressividade; (verificado nos reclamantes de atividades ruidosas)(a
quantidade de ruído que alguém pode suportar sem se incomodar está na proporção inversa
da capacidade mental)
• - Perturbação na localização da fonte sonora - quanto mais intenso for o ruído, mais difícil se
tornará avaliar corretamente a aproximação de perigo.
Na rodovia Dom Pedro I em Campinas, fizeram um estudo que os pássaros Troglodytes Aedon
definiram o seu habitat a 120 metros da rodovia, tolerando níveis de pressão sonora menores que 57
dB.
NOÇÕES DE ACÚSTICA
O QUE É O SOM?
Fonte-Russel,2002
ONDAS SONORAS
Elas originam-se a partir de vibrações do ar que são detectadas pelo tímpano com frequência e
amplitude definidas. A superfície de uma água (meio elástico) quando excitada, gera ondas: espaços de
pressão e depressão
FREQUÊNCIA
Exercida uma pressão em um meio elástico ocorram oscilações cíclicas de pressão e depressão, em
intervalos de tempo (período) maiores ou menores. A frequência é determinada número de vezes,
durante um determinado período, que a vibração dá impulsos ao ar
COMPRIMENTO DA ONDA
É distância percorrida pela onda sonora em ciclo completo.
Figura 4 – Comprimento de onda ( ϒ)
INTENSIDADE DO SOM
É a energia com que o som chega ao receptor (não altera a frequência do som)
Meio Velocidade
Água 1498 m/s
Ferro 5200 m/s
Vidro 4240 m/s
ALCANCE DO SOM
Figura 6 – Alcance do som pode variar conforme condições ambientais
Experiência realizada sobre o Lago Lehman na França verificou-se que o som pode alcançar
distâncias de 1500 a 2500 metros dependendo das circunstâncias ambientais.
MASCARAMENTO DO SOM
Consiste na superposição de sons emitidos a mesmo tempo, embaralhando a sua percepção
Figura 7 – sobreposição de duas fontes de mesma intensidade pode criar o efeito máscara de som
PROPAGAÇÃO DO SOM
Figura 8 – parte do som é refletido pelo anteparo, outra absorvida e o restante transmitido através do anteparo.
SOMBRA ACÚSTICA
Figura 10 – parte da onda sonora muda de direção ao se chocar com o degrau, formando uma sombra acústica
ONDAS ESTACIONÁRIAS
Ocorre basicamente em recintos fechados com paredes convergentes. Consiste na
sobreposição nos nós e ventre de ondas sonoras opostas causando desconforto auditivo conhecido
como onda estacionária
Figura 11 – sobreposição de ondas oposta formam nos ventres, ondas estacionárias com o dobro da amplitude da onda original
REFRAÇÃO
É a mudança de direção do som quando passa de um meio de propagação para outro.
Figura 12 – ondas sonoras a ser transmitida de um meio de propagação para outro, muda de direção
EFEITO DOPPLER
Figura 13 – efeito doppler da passagem de uma ambulancia
Fonte:HTTPS://RENATAQUARTIERI.COM/LICAO-DE-CASA-3A-SERIE-AULA-11/
É o fenômeno pelo qual um observador percebe uma frequência diferente daquela emitida por
uma fonte, devido ao movimento relativo entre eles.
RESSONÂNCIA
A vibração de um corpo faz vibrar outro corpo na mesma faixa de frequência.
Era utilizado nos teatros gregos, vasos com água distribuídos para reforçar a ressonância do
som eu seus auditórios.
ECO
Ocorre quando a pessoa percebe o som por ela emitido duas vezes distintas.
INTELIGIBILDADE
É característica de um ambiente pois reflete o grau de entendimento das palavras no seu
interior. Tem a ver com o Tempo de reverberação
REVERBERAÇÃO
O tempo que leva para o nível de pressão sonora em um ambiente interno de uma edificação
decaia em 60 dB, quando interrompida a fonte.
DECIBEL
O Bel surgiu quando Alexander Graham Bell verificou que os cabos de telefonia sofriam uma
atuação de sinal da ordem de um decimo para cada uma milha de distância. Essa diminuição foi
chamada de inicialmente de TU (transmission unit) e mais tarde foi chamada de Bel.
Na prática o Bel era uma unidade muito grande e suas relações resultavam em valores
elevados. Para trabalhar melhor convencionou-se utilizar um décimo do bel. Por exemplo:
Bel
Bel
dB
0,00000000001=10I0
0,0000000001= 100I0
0,000000001= 1000I0
Para melhor representar esta sensação utilizou-se da Lei de Webner-Fechner que estabelece a
relação entre a magnitude de um estimulo físico e a intensidade da sua percepção que tem em seu
enunciado “ a reposta a qualquer estímulo é proporcional ao logaritmo da intensidade do estimulo”.
Logo:
𝐼
dB=10.log(I ) 0
I0 – limiar da audibilidade
O som pode ser é mensurado pela variação de pressão em relação a pressão atmosférica local
(P = F/A => N/m2 ou Pascal → PA no S.I.)
Figura 14-a intensidade sonora diminui com o quadrado da distância entre a fonte e o observador
Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/intensidade-timbre-altura.htm
E essa variação de pressão vai diminuindo conforme o som vai se propagando, a energia vai
diminuindo em função do aumento da área de dissipação, ou seja, pressão diminui em função do aumento
de área. Por isso que quando nos afastamos da fonte sonora, a intensidade do som diminui.
Ouvimos sons que variam de 20 µPa (0,00002 ou 2 x 10-5 Pa) até 200 Pa.
03
03
Valor a Somar a NPS2(dB)
02
02
01
01
00
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Diferença de Nível:NPS2-NPS1(dB)
Figura 17-Gráfico de subtração de ruído
CURVAS DE PONDERAÇÃO
● O ouvido humano não percebe o som real da natureza e as curvas de ponderação simulam a
sensação auditiva
● A Curva “A” é largamente utilizada e foi convencionada para medir o NPS, mais próxima do
ouvido humano
● Um nível de ruído de 80dB a 50Hz é percebido como 50dB(A), ou seja, há uma atenuação de 30
dB.
LEGISLAÇÃO
Resolve que são prejudiciais à saúde e ao sossego público os ruídos com níveis superiores aos
estabelecidos pela NBR 10151
Delega aos órgãos públicos Federais, Estaduais e Municipais competentes, no uso do poder de polícia, a
prerrogativa de dispor “sobre a emissão ou proibição da emissão de ruídos produzidos por qualquer meio
ou espécie, considerando sempre os locais, horários e a natureza das atividades emissoras, com vistas a
compatibilizar o exercício das atividades com a preservação da saúde e do sossego público”
DISPÕE SOBRE A PROTEÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO SONORA, ESTENDENDO, A TODO O ESTADO DO RIO DE
JANEIRO, O DISPOSTO NO DECRETO-LEI Nº 112, DE 12 DE AGOSTO DE 1969, DO EX- ESTADO DA
GUANABARA, COM AS MODIFICAÇÕES QUE MENCIONA.
Art. 2º - Para os efeitos desta Lei, consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança ou ao sossego públicos
quaisquer ruídos
I - atinjam, no ambiente exterior ao recinto em que têm origem, nível sonoro superior a 85 (oitenta e
cinco) decibéis, medidos na curva C do "Medidor de Intensidade de Som", de acordo com o método MB-
268, prescrito pela Associação Brasileira de Normas Técnicas;
II - alcancem, no interior do recinto em que têm origem, níveis de sons superiores aos considerados
normais pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
Art. 1º. Ficam instituídas no Município do Rio de Janeiro as condições básicas de proteção da coletividade
contra a poluição sonora, na forma desta Lei.
I - período diurno (PD) - o tempo compreendido entre 7 e 22 horas do mesmo dia, exceto os domingos e
feriados constantes do calendário oficial do Município, quando este período será entre 8 e 22 horas;
II - período noturno (PN) - o horário complementar ao período diurno, sendo o tempo compreendido
entre 22 horas de um dia e 7 horas do dia seguinte, respeitando a ressalva de domingos e feriados;
V - ruído de fundo - todo e qualquer ruído proveniente de uma ou mais fontes sonoras, que esteja sendo
captado durante o período de medições e que não seja proveniente da fonte objeto das medições;
VIII - dB(L) - escala de indicação de nível de pressão sonora relativa à curva de ponderação linear;
IX - poluição sonora - qualquer alteração adversa das características do meio ambiente causada por som
ou ruído e que, direta ou indiretamente, seja nociva à saúde, à segurança ou ao bem-estar da
coletividade e/ou transgrida as disposições fixadas nesta Lei.
Art. 3º. A emissão de sons e ruídos em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais,
religiosas ou recreativas, e outros, no Município do Rio de Janeiro, obedecerá aos padrões, critérios e
diretrizes estabelecidos por esta Lei, sem prejuízo da legislação federal e estadual aplicáveis.
Art. 4º. As atividades deverão obedecer aos níveis máximos de sons e ruídos preconizados pela NBR
10.151, conforme estabelecido na tabela I do Anexo, de acordo com os períodos e as zonas em que se
divide o Município.
Art. 5º O procedimento de medição dos níveis de pressão sonora será executado de acordo com a NBR
10.151 da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, no que couber, com a utilização de
medidores de nível de pressão sonora do Tipo 0, 1 ou 2 conforme as especificações das normas IEC
60.651 - Classe 1 ou 2, norma IEC 61.672 ou de outra classificação que possa surgir após a edição desta
Lei e cuja normatização seja formalmente admitida pela ABNT. (Redação dada pela Lei nº 6491/2019)
§ 1º Os medidores de nível de pressão sonora e seus respectivos calibradores acústicos serão calibrados
em laboratório acreditado no âmbito da Rede Brasileira de Calibração - RBC ou do Instituto Nacional de
Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, nos prazos estabelecidos na NBR 10.151 - ABNT, ou a
cada dois anos, em caso de omissão da norma. (Redação dada pela Lei nº 6491/2019)
§ 2º. A medição de sons e ruídos será realizada a partir de um metro e cinquenta centímetros da divisa
do imóvel onde se encontra a fonte, respeitando-se o estabelecido pelo caput deste artigo.
§ 3º. O microfone do aparelho medidor de nível de pressão sonora deverá ficar afastado, no mínimo, um
metro e cinquenta centímetros de quaisquer obstáculos e um metro e vinte centímetros do solo, bem
como guarnecido de tela/filtro de vento, quando necessário, a critério do órgão competente.
As distâncias de medição elencadas nesta lei, diferem da NBR 10151, entretanto para fins de
fiscalização de poluição sonora vale o prescrito na legislação em vigor.
Art. 14. Verificada a existência de infração, será feita uma advertência e em caso de reincidência serão
aplicadas as seguintes penalidades: (Redação dada pela Lei nº 3342/2001)
I - multas: quando constatada a emissão de som e ruídos acima dos níveis permitidos por esta Lei,
podendo ser diárias, a critério da autoridade fiscalizadora;
II - intimação: o infrator será intimado a cessar a emissão de som e ruído ou a adequá-la aos níveis
permitidos por esta Lei, no prazo a ser estipulado pela autoridade fiscalizadora, que poderá ser no
máximo de trinta dias, prorrogáveis por até mais sessenta dias, quando as fontes geradoras de sons e
ruídos forem consideradas, pelo órgão competente, de difícil substituição ou acondicionamento acústico,
desde que sejam tomadas medidas emergenciais para redução do som e ruído emitidos;
III - interdição parcial da atividade: será interditada a fonte produtora de som e/ou ruído quando, após a
aplicação de três multas, persistir o fato gerador da intimação até o efetivo cumprimento da mesma;
V - apreensão da fonte produtora de som e ruído: poderá ocorrer nos casos em que a intimação, multa e
interdição parcial ou total da atividade forem inócuas para fazer cessar o som e/ou ruído;
1
As Penalidades do artigo 14 da Lei 3268/2001 foram derrogados pela Lei 6179/2017, não sendo mais
válidas
Tabela 5: gradação e valores de multas atualizados até 20152
10<dBA<=15 445,55
15<dBA<=20 594,07
20<dBA<=25 742,59
25<dBA<=30 891,11
30<dBA<=35 1.039,63
>35dBA 2.970,36
Dispõe sobre medidas para o combate eficaz à poluição sonora no Município do Rio de Janeiro
Art. 4º A Guarda Municipal poderá fazer vistorias, apurar e aplicar sanções a toda perturbação ao
sossego, à saúde, ao meio ambiente ou à segurança pública produzida por barulho excessivo, nos
termos do art. 5º, III, IV, V, XII, XIII e XIV da Lei Federal n° 13.022, de 8 de agosto de 2014.
Art. 5º As pessoas físicas que infringirem qualquer dispositivo desta Lei, seus regulamentos e demais
normas dela decorrentes, ficam sujeitas às seguintes sanções, independentemente da obrigação de
cessar a transgressão:
I – notificação; e
Art. 6º Os bares, restaurantes e demais pessoas jurídicas de direito privado assemelhadas que
infringirem qualquer dispositivo desta Lei, seus regulamentos e demais normas deles decorrentes, ficam
sujeitos às seguintes sanções, além da obrigação de cessar imediatamente a transgressão:
I - multa, no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para cada ocorrência, que será́ sucessivamente
dobrada, em caso de reincidência;
2
Valores de multas da Lei 3268/2001 foram derrogados pela Lei 6179/2017
Derrogou aspectos da Lei 3268/01 relacionados as sanções administrativas
Art. 132 do DECRETO 22281/02 estipula as máquinas e equipamentos que são licenciáveis pela GEM-
RIOLUZ:
§ 2.o Instalações de sistema de AC3 com capacidade total inferior a 9000 Kcal/h, cuja instalação não seja
obrigatória por este Decreto e que não apresente interface com outro sistema de AC e/ou VM 4, não
dependem de licença.
§ 3.o As instalações de sistemas de EM5/IM6 para coifas e cozinhas instaladas em unidades residenciais
de edificações residenciais de uso permanente ou mistas não dependem de licença.
EXCEÇÕES LEGAIS
Art. 4º - São permitidos - observado o disposto no art. 2º desta Lei - os ruídos que provenham:
3
AC-Ar condicionado
4
VM-Ventilação Mecânica
5
EM-Exaustão Mecânica
6
IM-Insuflação Mecânica
VIII - de máquinas e equipamentos necessários à preparação ou conservação de logradouros públicos,
no período de 7 às 22 horas;
Parágrafo único - A limitação a que se referem os itens VI, VII e VIII deste artigo não se aplica quando a
obra for executada em zona não residencial ou em logradouro público, nos quais o movimento intenso
de veículos e ou pedestres, durante o dia, recomende a sua realização à noite.
Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:
VIII - máquinas, equipamentos ou explosivos utilizados em obras de caráter emergencial, por razão de
segurança pública, a ser justificada pelo órgão responsável pelo serviço;
No caso, consideram-se obras de caráter emergencial, obras das concessionárias CEDAE, CEG, Light e
Asfalto zero.
TEMPLOS RELIGIOSOS
Lei nº 126, de 10 de maio de 1977
Art. 4º - São permitidos - observado o disposto no art. 2º desta Lei - os ruídos que provenham:
Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:
II - sinos e carrilhões acústicos de igrejas e templos, respeitado o horário entre 8 e 18 horas, exceto nas
datas religiosas de expressão popular, quando será livre o horário;
Foto 1- Os 47 sinos do carrilhão do Santuário de Nossa Senhora do Sagrado Coração
Fonte: pinterest
VII - procissões ou cortejos de grupos religiosos em logradouros públicos, autorizados pelo órgão
competente, respeitado o horário compreendido entre 9 e 18 horas;
Art. 11. Os ruídos e sons que provenham de cerimônias, missas, reuniões, cultos e sessões religiosas no
interior dos respectivos recintos serão permitidos em qualquer área de zoneamento, desde que seja
respeitado o limite máximo de 75dB, medidos na curva “a” do decibelímetro, exclusivamente no
período diurno.
VII - provocados por ensaio ou exibição de escolas-de-samba ou quaisquer outras entidades similares,
no período de 0 hora às 7 horas, salvo aos domingos, nos dias feriados e nos 30 (trinta) dias que
antecedem o tríduo carnavalesco, quando o horário será livre.
Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:
“Art. 11. Os ruídos e sons que provenham de cerimônias, missas, reuniões, cultos e sessões religiosas no
interior dos respectivos recintos serão permitidos em qualquer área de zoneamento, desde que seja
respeitado o limite máximo de 75dB, medidos na curva “a” do decibelímetro, exclusivamente no
período diurno.”
Art. 12 O disposto no artigo anterior, estender-se-á da mesma forma aos parques de diversões ou
temáticos, casa de espetáculos, bares e restaurantes com apresentação de música ao vivo ou mecânica,
clubes e associações desportivas, estádios, academias de ginástica com ambiente fechado onde ocorram
eventos esportivos, artísticos ou religiosos.
SINALEIRAS
LEI Nº 5526, DE 25 DE SETEMBRO DE 2012
Art. 1º Os dispositivos sonoros para sinalização das entradas e saídas de oficinas, estacionamentos e/ou
garagens de uso coletivo deverão estar ligados, prontos para acionamento, somente no período
compreendido entre 8 e 20 horas do mesmo dia, devendo a emissão de sinais sonoros estar desligada
no período entre 20 horas de um dia e 8 horas do dia seguinte, mantendo-se, neste último período,
somente o funcionamento da sinalização com luzes intermitentes.
Art. 2º.(...) § 1º O dispositivo sonoro deve ser acionado somente por ocasião da abertura do portão,
exclusivamente para passagem de veículos automotores, devendo cessar a emissão de sons
automaticamente após 30 segundos de funcionamento.
ALARMES
LEI Nº 3.268, DE 29 DE AGOSTO DE 2001
Art. 10 Os ruídos e sons que provenham de alarmes em imóveis e as sirenes, ou aparelhos semelhantes,
que assinalem o início ou o fim de jornadas de trabalho ou de períodos de aula nas escolas serão
permitidos desde que, predominantemente graves, não se alonguem por mais de 30 segundos,
respeitado o limite máximo de 70 dB.
Art. 13 Ficam proibidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e/ou sons que provenham
de:
II - fogos de artifício e similares, exceto em casos especiais, sempre por instituições e nunca por
indivíduos isolados, na forma que estabelecer ato do Prefeito, conforme artigo 33 da Lei Orgânica do
Município do Rio de Janeiro.
PREGÕES
Lei nº 126, de 10 de maio de 1977
III - produzidos por buzinas, ou por pregões, anúncios ou propaganda, à viva voz, na via pública, em local
considerado pela autoridade competente como “zona de silêncio”;
I - pregões, anúncios ou propagandas no logradouro público, ou para ele dirigidos, de viva voz, por meio
de aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza, de fontes fixas ou móveis;
PROPAGANDA ELEITORAL
Art. 4º - São permitidos - observado o disposto no art. 2º desta Lei - os ruídos que provenham:
IX - de alto-falantes utilizados para propaganda eleitoral durante a época própria, determinada pela
Justiça Eleitoral, e no período compreendido entre 7 e 22 horas
Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:
Art. 9°. Serão permitidos, independentemente dos níveis emitidos, os ruídos e sons que provenham de:
QUIOSQUES
LEI COMPLEMENTAR Nº 172, DE 29 DE JUNHO DE 2017
Dispõe sobre a apresentação de música ao vivo nos quiosques localizados na orla do Município do Rio
de Janeiro.
Art. 1º Fica autorizada a apresentação de música ao vivo nos quiosques localizados na orla do Município
do Rio de Janeiro.
7
Deduz que o poder público que concede a autorização para eventos em logradouro público justifique o
atendimento à legislação de proteção de ruídos. É tecnicamente inviável, justificar que qualquer
amplificação mecânica em espaço aberto atenderá aos limites (RLaeq) de decibels elencados na
legislação.
I - respeitar os dias e horários autorizados pelo Poder Público, ressaltando que será possível realizar
apresentação todos os dias da semana das doze horas às vinte e duas horas;
II - respeitar o nível de ruído, que não poderá ultrapassar cinquenta e cinco decibéis no horário diurno
e cinquenta decibéis no período noturno, conforme lei específica;
III - possuir decibelímetro devidamente calibrado e aferir o nível de ruído por ocasião das
apresentações musicais, à disposição e de fácil visibilidade para qualquer cidadão.
Art. 5º Poderão ser utilizadas duas caixas de som, obrigatoriamente direcionadas para a areia.
Art. 6º O descumprimento das normas contidas nesta Lei Complementar sujeitará o infrator às seguintes
sanções, aplicadas progressivamente:
I - será aplicada ao infrator a multa de R$ 1.000,00 (mil reais) em caso de descumprimento dos
dispositivos desta Lei Complementar;
Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo e seus incisos serão corrigidas pelo Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo - IPCA.
MEDIÇÃO DE RUÍDO
ESCOPO
Obs: Compete aos municípios estabelecerem o ordenamento e a ocupação do solo e sua compatibilização
com esta Norma. Na ausência desta regulamentação legal, recomenda-se realizar levantamento das
características predominantes de ocupação do solo para aplicação desta Norma.
INSTRUMENTAÇÃO (ITEM 5)
Filtro de vento
Microfone
Pré amplificador
Tela
Teclas de comando
● Sonômetro: Medidor integrador do NPS, deve atender a IEC 61672 para Classe 1 ou 2
● Range de medição: Utilizar o medidor somente na faixa declarada no manual (máximo, mínimo
e faixa dinâmica)
● Preferível ser do tipo capacitivo, ser do tipo Campo Livre para medições em área externa e do
tipo Incidência Randômica para ambientes interno ou fonte difusa
● Calibrador Acústico: Deve atender à IEC 60942, ser da mesma classe do sonômetro, nível e
frequência declarada no manual.
● Quando o sonômetro utilizado for classe 2, o calibrador de nível sonoro pode ser de classe 2
● Protetor de Vento: Existem medidores que a influência do protetor de vento está dentro da
incerteza de medição (não é necessário fazer compensação recomendada)
Pode ser utilizado sonômetro integrador fabricado antes da publicação da IEC 61672 (todas as
partes), desde que aprovado e calibrado conforme as IEC 60651 e IEC 60804 para tipo 0 e Tipo 1,
excluindo o Tipo 2.
CALIBRAÇÃO
● Periodicidade: Indicada pelo fabricante. Extensão para até 2 anos, desde que justificada.
AJUSTES
● Quando: Antes e depois de cada campanha de medição, no mínimo. Se a campanha tiver dias
seguidos, é recomendado o ajuste diário
● Onde: Sempre no local da medição como forma minimizar variações ambientais (pressão
atmosférica, temperatura e outros)
● O que fazer desvio > 0,5 dB: Todas as medições devem ser refeitas
REQUISITOS AMBIENTAIS
SIMBOLOS E NOMENCLATURAS
Tabela 6 –descritores
● As medições sonoras são expressas normalmente em nível global, ou seja, como um valor
único, LAeq em dB
Figura 20 – histograma de medição realizada
CARACTERIZAÇÃO DO SOM
SOM INTRUSIVO
Interferência sonora alheia a medição
SOM CONTINUO
Som presente em todo o período de observação e que não é um som intermitente e nem impulsivo
SOM INTERMITENTE
Som que ocorre em apenas em certos de tempo, regulares ou não, em que a duração de cada um é
superior a 1 s
SOM IMPULSIVO
Som caracterizado por impulsos de pressão sonora de duração inferior a 0,1 s
SOM DE IMPACTO
Som produzido pelo impacto de materiais
SOM TONAL
Caracteriza-se por uma ou mais componentes de frequência que se destacam dos demais
Ex. Ruído continuo com presença de som impulsivo, Ruído intermitente com a presença de
componentes tonais audíveis, ruído intermitente com a presença de som de impacto intervalado e etc
Figura 23 -ruído continuo com a presença de 2 eventos impulsivos
LOCAIS DE MEDIÇÃO
MEDIÇÃO EXTERNA
● • Deve ser evitada a interferência de outras fontes nos níveis de ruído da fonte em avaliação.
(som intrusivo)
● Quando não for possível assegurar as distâncias mínimas previstas nesta Norma, deve-se
informar no relatório as condições de execução das medições.
● Medir preferencialmente em vias públicas, como praças, calçadas e margem dos sistemas
viários
MEDIÇÃO INTERNA
Registar sempre que o layout do ambiente não permitir atender a todas as condições de afastamento.
• Os pontos de medição devem ser distribuídos no recinto de forma a se obter uma
amostra representativa do campo sonoro do ambiente em avaliação afim de evitar as ondas
estacionárias.
• Os pontos de medição devem se situar a pelo menos 0,5 m de paredes, teto e piso, e a
pelo menos 1 m de elementos com significativa transmissão sonora, como janelas, portas ou
entradas de ar.
• A distância entre os pontos deve ser de pelo menos 0,7 m.
• As medições devem ser realizadas em pelo menos três pontos uniformemente
distribuídos, preferencialmente, em alturas diferentes e nos ambientes onde geralmente as
pessoas permanecem.
MÉTODOS DE ME DIÇÃO
MÉTODO SIMPLIFICADO
• Pode ser utilizado para medição externa ou interna.
MÉTODO DETALHADO
• Se aplica aos demais casos de medição pontual.
• Ajuste para Bandas de 1/3 de oitava – LZeq,T,fHz(1/3), Bandas de 1/1 de oitava – LZeq,T,fHz(1/1) e LAFmax
AVALIAÇÕES
PERIODOS
Pela lei 3268/01 temos
• Diurno: 07 – 22 horas
• Noturno: 22 – 07 horas.
• Diurno: 08 – 22 horas
• Noturno: 22 – 08 horas.
Em algumas municipalidades, temos horários vespertinos que são intermediários entre os períodos
diurno e noturno.
• Diurno: 07 – 22 horas
• Noturno: 22 – 07 horas.
• Diurno: 09 – 22 horas
• Noturno: 22 – 09 horas.
● Som Total (Ltot): Considera os sons de todas as fontes sonoras contribuintes, sejam elas
específicas ou residuais, excluindo os sons intrusivos
● Som Residual (Lres): É o som ambiente, aquele realizado sem a presença da fonte de interesse
(desligada ou não percebida)
SOM ESPECIFICO
É aquele produzido pela fonte objeto da avaliação. Conceitualmente, é a subtração logarítmica entre o
Ltot e o Lres
Se Ltot – Lres < 3 dB → Não é possível determinar com exatidão (inconclusivo), informar no relatório que
o Lesp é próximo ao Lres
Se Lres > Ltot → As condições ambientais não são as mesmas durante as medições
Se não for possível desligar a fonte procurar um local próximo com condições ambientais semelhantes.
LAFmax − LAeq,T ≥ 6 dB
Recomenda-se que o tempo de integração T adotado na medição de LAeq,T contemple pelo
menos dois ou mais eventos de sons impulsivos.
LIMITES (RL A E Q )
os limites ambientais pela lei 3268/01 são:
Compara Ltot ou Lesp, dependendo do caso, com o limite RLAeq, em função do uso e ocupação do solo e
período
Ltot ou Lesp (dependendo do caso) ≤ RLAeq o resultado é aceitável (atende ao limite ambiental) ≥
O cálculo é realizado em duas etapas: primeiro se calcula o NPS no ambiente interno L int, em seguida
calcula-se o NPS externo Lext, para então comparar com RLAeq
● Sons intermitentes ou contínuos sem características tonais ou impulsivas, com a janela aberta
Lext = Lint − k + 10 dB
LR = LAeq + KI + KT
LR = LAeq + KI + KT
Observação: para avaliação em ambiente interno, o índice de reverberação (K) deverá ser calculado
através da fórmula:
𝑇
𝑘 = 10log ( ) .
0,5
Aplica-se para Sons de propagação estrutural, com a janela fechada, sem se preocupar se é tonal ou
impulsivo9
Pontos de medição: 3 pontos + 1 ponto a cada 30 m2, tal qual os demais métodos internos
● Espectro: 63 Hz a 8 Khz
8
Não é prático a caracterização de som tonal em ambientes internos para fins de fiscalização de
poluição sonora, tendo em vista que o sonômetro deverá ser capaz de medir o tempo de reverberação
(T). Além disso, os métodos de medição do tempo de reverberação deverão seguir a NBR ISO 3382.
9
Até a ocasião da emissão desta apostila, não existe previsão legal na legislação municipal do Rio de
Janeiro para a fiscalização de poluição sonora ocasionada por propagação estrutural.
● Procedimento:
6) Critério: Quando uma das frequências ultrapassar o valor de referência da Curva NC, este passa
a ser o LNC
Os Estudos de Caso são exemplos baseados em procedimentos reais, entretanto são problemas
fictícios usados para melhor compreensão acadêmica. Qualquer semelhança com nomes,
pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência, apesar das locações utilizadas nas
medições existirem na vida real.
Obs: O local da medição deverá estar distante no mínimo de 2 m de qualquer superfície refletora
(carros, edificações, pessoas, etc...). Na impossibilidade relatar a informação no relatório.
Foto 9 – A medição deve ser efetuada com o sonômetro entre 1,20 a 1,50 m do piso
1. Resultados da medição:
▪ Som total= 69,4 (maior que o RLAeq, proceder medição se som residual)
▪ Tempo de integração = 60 s
𝐿𝑒𝑠𝑝 = 68 𝑑𝐵
CONFECÇÃO DO RELATÓRIO
Informações mínimas10 do relatório de vistoria:
10. resultados das medições, para os descritores sonoros adotados e níveis calculados e corrigidos,
quando aplicáveis, conforme o caso;
10
Caso não seja cumprido esses requisitos o relatório pode ser impugnado
BIBLIOGRAFIA
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áreas habitadas — Aplicação de uso geral
ABNT NBR 10152:2017, Acústica – Níveis de pressão sonora em ambientes internos a edificações
ABNT NBR IEC 61094-6 de 11/2020 - Microfones de medição - Parte 6: Atuadores eletrostáticos para
determinação da resposta em frequência
ABNT NBR IEC 61672-3 de 10/2018 - Eletroacústica - Sonômetros - Parte 3: Testes periódicos
ABNT NBR ISO 10052 de 04/2020 - Acústica — Medições em campo de isolamento a ruído aéreo e de
impacto e de sons de equipamentos prediais - Método simplificado
ABNT NBR ISO 3382-2 de 06/2017 - Acústica - Medição de parâmetros de acústica de salas - Parte 2:
Tempo de reverberação em salas comuns
BRASIL. Decreto-Lei nº. 3688 de 3 de outubro de 1941. Lei das contravenções Penais. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3688.htm
BRASIL. Lei nº. 10406 de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10406compilada.htm
BRASIL. Resolução CONAMA Nº. 1 de 8 de março de 1990. Dispõe sobre critérios de padrões de emissão
de ruídos decorrentes de quaisquer atividades industriais, comerciais, sociais ou recreativas, inclusive as
de propaganda política. Disponível em:
https://www.suape.pe.gov.br/images/publicacoes/resolucao/Resolu%c3%83%c2%a7%c3%83%c2%a3o_
CONAMA_001_1990.pdf
CARVALHO, Régio Paniago. Acústica Arquitetônica. 2º Edição, Brasília, Editora Thesaurus, 2010
COSTA, Enio Cruz da. Acústica Técnica. São Paulo, Editora Blucher, 2003
CYSNE, Luiz Fernando O.. A Nova Bíblia do Som. 1º Edição, São Paulo, CIA do Ebook, 2016
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IEC 61094-5, Electroacoustics – Measurement microphones – Part 5: Methods for pressure calibration of
working standard microphones by comparison
IEC 61260-3, Electroacoustics – Octave-band and fractional-octave-band flters – Part 3: Periodic tests
IEC 61672-2, Electroacoustics – Sound level meters – Part 2: Pattern evaluation tests
MATHEUS, Diogo. Acústica de edifícios e Controle de Ruído. Apostila, Coimbra/Portugal, FCTUC, 2008
RIO DE JANEIRO. Lei Ordinária nº. 126 de 10 de maio de 1977. Dispõe sobre a proteção contra poluição
sonora, estendendo a todo o estado do Rio de Janeiro, o disposto no Decreto-Lei nº. 112 de 12 de agosto
de 1969, do Ex- Estado da Guanabara, com as modificações que menciona. Disponível em:
https://leisestaduais.com.br/rj/lei-ordinaria-n-126-1977-rio-de-janeiro-dispoe-sobre-a-protecao-contra-
a-poluicao-sonora-estendendo-a-todo-o-estado-do-rio-de-janeiro-o-disposto-no-decreto-lei-no-112-de-
12-de-agosto-de-1969-do-ex-estado-da-guanabara-com-as-modificacoes-que-menciona-1977-05-10-
versao-original
RIO DE JANEIRO. Decreto nº. 22281 de 19 de novembro de 2002. Institui o Regulamento para a
instalação e conservação de sistemas de ar condicionado e ventilação mecânica no Município do Rio de
Janeiro. Disponível em:
https://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/5125585/4150253/5DEC_22281DE2002_MANUTENCAODEARE
EXAUSTAO.PDF
RIO DE JANEIRO. Decreto nº. 43372 de 30 de junho de 2017. Regulamenta a Lei Municipal nº. 6179 de
22 de maio de 2017, que dispões sobre medidas para o combate eficaz à poluição sonora no Município
do Rio de Janeiro e dá outras providências. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-
janeiro/decreto/2017/4337/43372/decreto-n-43372-2017-regulamenta-a-lei-municipal-n-6179-de-22-
de-maio-de-2017-que-dispoe-sobre-medidas-para-o-combate-eficaz-a-poluicao-sonora-no-municipio-do-
rio-de-janeiro-e-da-outras-providencias
RIO DE JANEIRO. Lei Complementar nº. 172 de 29 de junho de 2017. Dispõe sobre a apresentação de
música ao vivo nos quiosques localizados na orla do Município do Rio de Janeiro. Disponível em:
https://leismunicipais.com.br/a1/rj/r/rio-de-janeiro/lei-complementar/2017/17/172/lei-complementar-
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municipio-do-rio-de-janeiro
RIO DE JANEIRO. Lei nº. 3268 de 29 de Agosto de 2001. Altera o regulamento nº. 15, aprovado pelo
Decreto nº. 1601 de 21 de junho de 1978, e alterado pelo Decreto nº. 5412 de 24 de outubro de 1985.
Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-janeiro/lei-ordinaria/2001/327/3268/lei-
ordinaria-n-3268-2001-altera-o-regulamento-n-15-aprovado-pelo-decreto-n-1601-de-21-de-junho-de-
1978-e-alterado-pelo-decreto-n-5412-de-24-de-outubro-de-1985?q=3268
RIO DE JANEIRO. Lei nº. 5526 de 25 de setembro de 2012. Veda a instalação e funcionamento e
sinaleiras sonoras de entrada e saída de veículos em edificações situadas em bairros e logradouros
residenciais. Disponível em:
http://aplicnt.camara.rj.gov.br/APL/Legislativos/contlei.nsf/50ad008247b8f030032579ea0073d588/878
12b676d477e7703257a84007930a9?OpenDocument
RIO DE JANEIRO. Lei 6179 de 22 de maio de 2017. Dispões sobre medidas para o combate eficaz à
poluição sonora no Município do Rio de Janeiro. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-
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combate-eficaz-a-poluicao-sonora-no-municipio-do-rio-de-janeiro
RIO DE JANEIRO. Lei 6491 de 13 de março de 2019. Altera o redação e do § 1º. Do art. 5º da Lei 3268 de
29 de agosto de 2001, e revoga § 1º do art. 4º. Da Lei 3176 de 22 de maio de 2017. Disponível em:
https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-janeiro/lei-ordinaria/2019/649/6491/lei-ordinaria-n-6491-
2019-altera-a-redacao-do-caput-e-do-1-do-art-5-da-lei-n-3268-de-29-de-agosto-de-2001-e-revoga-o-1-
do-art-4-da-lei-6-179-de-22-de-maio-de-2017
RIO DE JANEIRO. Lei 6645 de 24 de setembro de 2019. Dispõe sobre a criação de mecanismos que
auxiliem no respeito à Lei do Silêncio, especialmente nas áreas residenciais na
Cidade do Rio de Janeiro. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a/rj/r/rio-de-janeiro/lei-
ordinaria/2019/664/6645/lei-ordinaria-n-6645-2019-dispoe-sobre-a-criacao-de-mecanismos-que-
auxiliem-no-respeito-a-lei-do-silencio-especialmente-nas-areas-residenciais-na-cidade-do-rio-de-janeiro-
e-da-outras-providencias
ROSA, Lúcio Vilarinho. Higiene ocupacional. Notas de aula. Pós-Graduação em Engenharia de Segurança
do Trabalho. Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2010.
RUSSEL, Daniel A.. "Acoustics and Vibration Animations"; 2002. Disponível em:
https://www.acs.psu.edu/drussell/demos.html. Acesso em 20 de outubro de 2021, as 22 horas.
ZAJARKEIWICCH, Daniel Fernando Bondarenco. Poluição Sonora Urbana: principais fontes, aspectos
jurídicos e técnicos. Tese de Mestrado, São Paulo. PUC-SP, 2010
ANEXOS
ANEXO A
RELATÓRIO DE VISTORIA Nº. 1 Data: 24/09/21
Nome da empresa/empreendimento emissor: Padaria
Endereço: Rua quito, 223
horário de inicio: 10:45
Objetivo da medição
Avaliar o ruído emitido do sistema de exaustão do comércio em questão em face a reclamações
da circunvizinhança
obs: ilustração detalhada, foto e croqui estarão nos anexos deste relatório.
INSTRUMENTAÇÃO
Sonômetro modelo xxx, classe 2 - certificado de calibração nº xxx, datado de 01/01/2021.
Calibrador acústico classe 1 certificado de calibração nº xxx, datado de 01/01/2021
PARÂMETROS AMBIENTAIS
tempo ensolarado com nuvens espaçadas. VENTO: 0,1 m/s
TEMPERATURA: 25 ºC
FILTRO DE VENTO: SIM
UMIDADE 25 %
RESULTADOS
Constatados ruídos acima dos limites estabelecidos pela legislação ambiental. Lesp>Rlaeq.
Sons oriundos de veículos e vozerio de pedestres, foram incorporados ao som residual. Foi
utilizado o mesmo tempo de integração para todas as medições. Medições realizadas na Rua
Patagônia conforme ilustração abaixo. A medição de som total foi paralisada antes da influencia
do som intrusivo de um carro de som.
fonte
p1 p1-ponto de medição
John D.Cardoso
CREA ou CAU