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ÍNDICE
MODULO I: HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO ................................................................. 5
LEGISLAÇÃO RELACIONADA COM HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO ...................... 5
NOVO REGULAMENTO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS ........ 5
ENQUADRAMENTO LEGAL DA HST................................................................................................. 6
A LEGISLAÇÃO MOÇAMBICANA NO ÂMBITO DA HST ............................................................... 6
NOVO REGULAMENTO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS ........ 7
PSICOSSOCIOLOGIA DO TRABALHO - CONCEITOS ..................................................................... 7
RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO ......................................................................................... 7
ACIDENTE DE TRABALHO.................................................................................................................. 9
DOENÇA PROFISSIONAL ................................................................................................................... 10
AS CAUSAS DEVEM SER DETERMINADAS E CONTROLADAS ................................................. 10
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES ..................................................................................................... 11
PROCEDIMENTOS DE UM PROGRAMA DE SEGURANÇA .......................................................... 12
PERIGO - CONCEITOS ........................................................................................................................ 13
ACTO INSEGURO E CONDIÇÕES INSEGURAS .............................................................................. 14
DANOS E IMPACTOS CAUSADOS PELOS ACIDENTES E DOENCAS DO TRABALHO DE
TRABALHO ........................................................................................................................................... 17
IMPACTO DOS ACIDENTES E DOENÇAS SOBRE A EMPRESA .................................................. 17
SINALIZAÇÃO DE SEGUUERANÇA E PRESTACAO DE PRIMEIROS SOCORROS .................. 19
PRELIMINARES PARA A EXECUÇÃO DE TRABALHOS EM INSTALAÇÕES DE UTILIZAÇÃO
DE BAIXA TENSÃO ............................................................................................................................. 19
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI) DE USO DO ELECTRICISATA .......... 20
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLECTIVA (EPC) ................................................................ 20
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ...................................................................................................... 21
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Proibição).................................................................... 21
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Perigo) ........................................................................ 22
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Obrigação) .................................................................. 22
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Emergência) ................................................................ 23
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Combate a Incêndios) ................................................. 23
MODULO II: INTRODUÇÃO A ELECTRICIDADE ......................................................................... 24
GRANDEZAS ELÉCTRICAS ............................................................................................................... 24
ATERRAMENTO .................................................................................................................................. 70
ESQUEMA TN-C ................................................................................................................................... 71
ESQUEMA TN-C-S ............................................................................................................................... 72
ESQUEMA TT ....................................................................................................................................... 72
DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS RESIDENCIAIS .............................. 73
CONSTRUÇÃO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (CIRCUITOS DE SAÍDA DO QUADRO) .... 74
COEFICIENTE DE SIMULTANEIDADE A CONSIDERAR NAS INSTALAÇÕES ........................ 74
SIMBOLOGIA ELÉCTRICA................................................................................................................. 76
QUADRO DE SIMBOLOGIA DE ALGUNS TIPOS DE APARELHAGEM MAIS UTILIZADOS .. 78
IDENTIFICAÇÃO DOS CONDUTORES ............................................................................................. 79
CONSTRUÇÃO DE ESQUEMAS DE COMANDO ............................................................................. 79
COMUTAÇÃO DE ESCADA................................................................................................................ 81
COMUTAÇÃO DE ESCADA COM INVERSOR ................................................................................ 83
CIRCUITO DE DERIVAÇÃO SIMPLES COM UMA LÀMPADA FLUORESCENTE ..................... 85
CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO ......................................................................................................... 86
LIGAÇÃO DE PONTOS DE TOMADAS DE USO GERAL (MONÓFASICO). ................................ 88
LIGAÇÃO DE PONTOS DE TOMADAS DE USO ESPECÍFICO. ..................................................... 89
ACCIONAMENTOS AUTOMÁTICOS ................................................................................................ 89
ACCIONAMENTO AUTOMÁTICO DE LÂMPADA POR INTERMÉDIO DE UM INTERRUPTOR
COM SENSOR DE PRESENÇA ........................................................................................................... 89
ACCIONAMENTO AUTOMÁTICO DE LÂMPADA POR INTERMÉDIO DE UM RELE
FOTOELÉCTRICO ................................................................................................................................ 90
QUADROS ELÉCTRICOS .................................................................................................................... 90
ASPECTOS A CONSIDERAR NA EXECUÇÃO DE UM QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO ............. 91
MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ...................................................................... 93
MANUTENÇÃO PREVENTIVA .......................................................................................................... 93
MANUTENÇÃO CORRECTIVA .......................................................................................................... 93
MODULO IV: MÁQUINAS ELECTRICAS ..................................................................................... 94
TRANSFORMADORES ........................................................................................................................ 94
MAQUINAS ELÉCTRICAS ROTATIVAS .......................................................................................... 96
MOTOR ELÉCTRICO ........................................................................................................................... 97
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DOS ACCIONAMENTOS E SEU REGIME DE
FUNCIONAMENTO TIPOS DE MOTORES ....................................................................................... 99
CONTROLE DE MOTORES ELÉCTRICOS ...................................................................................... 100
Como tal, as empresas devem conhecer e compreender o modo como as suas actividades são
abrangidas pelos requisitos legais ou outros que lhe sejam aplicáveis, ou que voluntariamente
subscreva. Geralmente, e nas empresas mais preocupadas com a SHST, é esse o único fim que é
perseguido: estar dentro da Lei.
Informação e formação sobre os riscos para a saúde e segurança, bem como sobre as
medidas de protecção e de prevenção adoptadas;
PSICOSSOCIOLOGIA DO TRABALHO
Factores Psicossociais:
• Ambiente físico
• Personalidade do individuo
• Estilo de vida
• Satisfação profissional
PSICOSSOCIOLOGIA DO TRABALHO
Alguns tipos de funções expõem de forma evidente o trabalhador aos riscos psicossociais. São
exemplos:
Funções que não fazem pleno uso das potencialidades do trabalhador param a execução
das tarefas;
Altos níveis de esforço que não são equilibrados com recompensas suficientes (recursos,
remuneração, auto-estima, status, etc.).
ACIDENTE DE TRABALHO
O que é acidente? Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar “Acontecimento
imprevisto, casual, que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc...”
Acidente de trabalho é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo do trabalho, desde
que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado lesão corporal, perturbação
funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho.
Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores, entre os quais se destacam
as falhas humanas e falhas materiais.
Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, no
ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro, para
cumprir nossas obrigações diárias.
Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorrem
porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.
DOENÇA PROFISSIONAL
Doença profissional também é acidente de trabalho?
A incapacidade temporária
(CURIOSIDADES)
7. Deficiente manutenção.
9. Excesso de confiança.
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
É obrigatório efectuar investigação a acidente que tenham ocorrido, através da apresentação de um
relatório formal dentro de um prazo pré – determinado onde constará um sumário executivo,
contendo a descrição dos pré-eventos que deram origem ao acidente, os eventos do próprio
acidente,
Isto visa – Prevenir a repetição do mesmo acidente (no mesmo ou outro local)
Empenho;
Competência técnica;
Competência técnica: o trabalhador deve possuir competência técnica. Isto inclui a habilidade de
tomar próprias decisões sobre segurança, baseadas em avaliações técnicas.
PERIGO - CONCEITOS
Perigo é uma qualquer situação ou condição com potencialidade de produzir ou causar lesão física
ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controlo. Ou é a propriedade ou
capacidade intrínseca de um componente do trabalho (materiais, equipamentos ou métodos) ser
potencial causador de danos.
Risco é a probabilidade de um perigo resultar num acidente. Os riscos podem ser eliminados ou
controlados ou é a possibilidade de um trabalhador sofrer um dano provocado pelo trabalho. Para
qualificar um risco interessa avaliar conjuntamente a probabilidade de ocorrência do dano e a sua
gravidade.
Danos (provocados pelo trabalho): Danos são as doenças, patologias ou outras lesões sofridas pelo
trabalhador, devido á actividade que exerce ou durante o período de trabalho.
A palavra risco deriva do italiano antigo risicare, que por sua vez origina-se do baixo-latim risicu,
riscu, a qual significa "ousar“. Seu significado gera controvérsias, pois é muito comum a utilização
dos vocábulos risco e perigo como sinónimos.
Risco real - é o estatisticamente medido e calculado, caso se disponha de todos os dados que
conduzem a ocorrência de determinado evento indesejado. Também é denominado risco objectivo.
Risco percebido - é o percebido pelo indivíduo, independente ou não dos valores encontrados pela
análise científica.
Fonte de Perigo - é algo que pode ser perigoso ou provocar danos, ou o que pode expor alguém
ao perigo”, ou ainda, uma condição que gera ou aumenta a possibilidade de riscos. Uma fonte de
perigo é uma condição que cria ou aumenta um risco, ou seja, sem ela não há riscos.
Algumas pessoas apresentam maiores riscos de desenvolver doenças respiratórias do que outras.
As protecções contra curto circuitos (fonte de perigo) não foram bem instaladas, representa uma
ameaça a instalação, pois esta não apresenta devida protecção, podendo assim apresentar
anomalias no seu funcionamento de regime normal.
Imagine ausência de neutro e aterramento em uma instalação. Ela oferece o risco de contactos
eléctricos (electrocussões).
É importante notar que em tudo o que fazemos há uma dose de risco: quer seja no trabalho, quer
em casa, quando consertamos alguma coisa, brincando, dançando, praticando desporto ou mesmo
transitando pelas ruas da cidade.
ACTO INSEGURO
É o acto praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas
de segurança. Em outras palavras é um certo tipo de comportamento que leva ao acidente. São
exemplos de actos inseguros: subir a um ponto alto sem cinto de segurança contra quedas, ligar
tomadas de aparelhos eléctricos com as mãos molhadas, conduzir a altas velocidades, etc.
CONDIÇÃO INSEGURA
É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos
de condições inseguras: instalação eléctrica com fios desencapados, máquinas em estado precário
de manutenção, carro sem os sem o sistema de travões em condições.
Também pode considerar-se como causas de acidentes os eventos catastróficos, como inundações,
tempestades, etc.
Os trabalhadores que sobrevivem a esses infortúnios são também atingidos por danos que se
materializam em:
• Cirurgias e remédios;
• Desamparo à família;
• Estigmatização do acidentado;
• Desemprego;
• Marginalização;
• Interrupções da produção;
• Danos ao imóvel;
• Tempo de investigação;
• Horas extras;
• Tempo de supervisão;
• Os sinais devem:
• Ser retirados imediatamente logo que a situação que os justificava deixe de se verificar.
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
A sinalização de segurança subdivide-se em cinco classes:
Informação: sinal que dá indicações não abrangidas pelas restantes classes de sinalização
de segurança.
Indicam situações de atenção, precaução do risco potencial de acordo com o pictograma inserido
no sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..
GRANDEZAS ELÉCTRICAS
TENSÃO ELÉCTRICA
Tensão eléctrica ou diferença de potencial (ddp) ou voltagem é a diferença de potencial eléctrico
entre dois pontos ou é a diferença em energia eléctrica potencial por unidade de carga eléctrica
entre dois pontos. O símbolo da tensão é o “U” ou “V”.
A unidade de medida da tensão eléctrica é o volt, símbolo (V) – unidade usada em homenagem ao
físico italiano Alessandro Volta.
Por exemplo nas tomadas das nossas casas ou nas tomadas deste centro de formação dizemos que
tem 220 volts. Mais na verdade estamos a falar de 220 volts da diferença de potencial que existe
entre os dois pólos da tomada.
Múltiplos do Volt
QUILOVOLT: abreviada pela letra KV
Um Quilovolt (1 KV) equivale a 1.000 V.
Para converter Quilovolt em volt, deve-se multiplicar o valor em Quilovolt por 1000 (mil), o
resultado desta divisão será dado em volts.
Exemplo:
Converter 13,8 KV em volts (V)
13,8 x 1000 = 13800 V
Para converter volts (V) em Quilovolts (KV), deve-se dividir o valor dado em volts por mil.
Exemplo:
Converter 13800 V em KV
13800 / 1000 = 13,8 KV
Submúltiplos do Volt
MILIVOLT: abreviada por mV
Um Milivolt (mV), equivale a 0,001 V
Para converter Milivolts em Volts, deve-se dividir o valor dado em Milivolts (mV) por 1000 (mil),
o resultado desta divisão será dado em Volts.
Exemplo:
Converter 400 mV em V
400 / 1000 = 0,4 V
Para converter Volts em Milivolts deve-se multiplicar o valor dado em Volts (V) por 1000 (mil),
o resultado desta multiplicação será dado em Milivolts (mV).
Exemplo:
Converter 2 V em mV.
2 x 1000 = 2000 mV
Múltiplos do Ampère
QUILO AMPERE: Abreviado pelas letras KA.
Um Quilo ampere (1 KA) é igual a 1000 A.
Para converter Quilo ampere em Ampère deve-se multiplicar o valor dado em Quilo ampere (KA)
por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será dado em Ampère (A).
Exemplo:
Converter 2,5 KA em A.
2,5 x 1000 = 2500 A.
Para converter Ampère em Quilo ampere, deve-se dividir o valor dado em Quilo ampere (KA) por
1000 (mil), o resultado desta divisão será dado em Ampère.
Exemplo:
Converter 2000 A em KA
2000 / 1000 = 2 KA.
Submúltiplos do Ampère
MILIAMPERE: abreviada por mA
Um Miliampere (mA), equivale a 0,001 A
Para converter Miliampere em Amperes, deve-se dividir o valor dado em Miliamperes (mA) por 1000
(mil), o resultado desta divisão será dado em Amperes.
Exemplo:
Converter 400 mA em A
400 / 1000 = 0,4 A
Para converter Amperes em Miliamperes deve-se multiplicar o valor dado em Amperes (A) por 1000
(mil), o resultado desta multiplicação será dado em Miliamperes (mA).
Exemplo:
Converter 2 A em mA.
2 x 1000 = 2000 mA
A Voltagem de Corrente Contínua (VCC) ou DCV (Direct Current Voltage) é quem realmente
alimenta a maioria dos equipamentos electrónicos.
Sentido Real - Este é o sentido verdadeiro dos electrões, do negativo para o positivo
RESISTÊNCIA ELÉCTRICA
A corrente eléctrica ao passar por um certo material pode ter ou não “dificuldade”. Certos materiais
impõe maior dificuldade à passagem da corrente eléctrica do que outros. A essa “dificuldade que
o material impõe à passagem da corrente chama-se Resistência Eléctrica.
Todo material, por mais condutor que seja, oferece uma resistência à passagem da corrente. Os
melhores condutores serão aqueles que terão a menor resistência e os piores condutores a maior
resistência.
Quanto maior a resistência eléctrica maior será o calor dissipado pelo condutor na passagem de
uma mesma corrente.
A unidade de medida da Resistência eléctrica é o ohm (Ω) – unidade em homenagem ao físico
alemão Georg Simon Ohm.
O aparelho utilizado para medir a Resistência eléctrica é o Ohmímetro.
A LEI DE OHM
As grandezas descritas acima, nomeadamente a corrente, a tensão ou diferença de potencial e a
resistência eléctrica são relacionadas pela lei de Ohm:
Exemplo:
Queremos saber a (d.d.p.) de um equipamento que, através de uma resistência de 100 ohms,
estabelece uma corrente de 1 ampere.
Solução:
V = R x I V =100 x 1 = 100 V
Exemplo:
Qual a corrente que circula através de um condutor de 10 ohms de resistência, quando em suas
extremidades existe um equipamento de 110 “Volts” ?
Solução:
V = R x I I = V/R I =110 / 10 = 11 A
Exemplo:
Queremos saber resistência oposta ao deslocamento de uma corrente de 5 amperes, quando existe
uma d.d.p. de 220 “Volts” fornecida por uma fonte.
Solução:
V = R x I R = V / I R =220 / 5= 44Ω
POTÊNCIA ELÉCTRICA
Todo condutor sujeito a uma tensão é atravessado por uma corrente. Essa corrente que passa pelo
condutor é capaz de produzir algum trabalho, assim como ocorre com os motores eléctricos. Essa
capacidade de produzir trabalho é definida como Potência Eléctrica e normalmente é
referenciada pela letra P. Apesar dos nomes serem parecidos não devemos confundir potência
eléctrica com potencial eléctrico.
Um determinado equipamento terá uma potência maior ou menor de acordo com a sua capacidade
de produzir mais ou menos trabalho eléctrico.
Múltiplos do Watt
QUILOWATTS: Abreviado pelas letras KW.
Um Quilowatt (1 KW) é igual a 1000 W.
Para converter Quilowatt em watt deve-se multiplicar o valor dado em Quilowatt (KW) por 1000
(mil), o resultado desta multiplicação será dado em watt (W).
Exemplo:
Converter 2,5 KW em W.
2,5 x 1000 = 2500 W.
Para converter watt em Quilowatt, deve-se dividir o valor dado em Quilowatt (KW) por 1000 (mil),
o resultado desta divisão será dado em watt.
Exemplo:
Converter 2000 W em KW
2000 / 1000 = 2 KW.
Submúltiplos do Watt
MILIWATT: abreviada por mA
Um Miliwatt (mW), equivale a 0,001W
Para converter Miliwatt em watt, deve-se dividir o valor dado em Miliwatt (mW) por 1000 (mil),
o resultado desta divisão será dado em watt.
Exemplo:
Converter 400 mW em W 400 / 1000 = 0,4 W
Exercicios:
MEDIDAS ELÉCTRICAS
Medir é estabelecer uma relação numérica entre uma grandeza e outra, de mesma espécie, tomada
como unidade. Medidas eléctricas só podem ser realizadas com a utilização de
instrumentosmedidores, que permitem a quantificação de grandezas cujo valor não poderia ser
determinado através dos sentidos humanos.
Padrãoé a grandeza que serve de base ou referência para a avaliação da quantidade ou da qualidade
da medida; deve ser estabelecido de tal forma que apresente as seguintes características:
Permanência, significando que o padrão não pode se alterar com o passar do tempo
nem com a modificação das condições atmosféricas;
Reprodutibilidade, que é a capacidade de obter uma cópia fiel do padrão. Erros
são inerentes a todo o tipo de medidas e podem ser minimizados, porém nunca
completamente eliminados.
a) GROSSEIROS
São sempre atribuídos ao operador do equipamento e, de uma maneira geral, pode-se dizerque
resultam da falta de atenção. A ligação incorrecta do instrumento, a transcrição equivocada dovalor
de uma observação ou o erro de paralaxe são alguns exemplos. Esses erros podem serminimizados
através da repetição atenta das medidas, seja pelo mesmo observador ou por outros.
b) SISTEMÁTICOS
Devem-se as deficiências do instrumento ou do método empregado e às condições sob asquais a
medida é realizada. Costuma-se dividi-los em duas categorias:
Instrumentais, inerentes aos equipamentos de medição, tais como escalam mal graduadas,
oxidação de contactos, desgaste de peças e de calibração. Podem ser minimizados usando-
seInstrumentos de boa qualidade e fazendo-se sua manutenção e calibração adequadas.
Ambientais, que se referem às condições do ambiente externam ao aparelho, incluindo-se
aquifactores tais como temperatura, humidade e pressão, bem como a existência de campos
eléctricose/ou magnéticos. Para diminuir a incidência desses erros pode-se trabalhar em
ambientes climatizados e providenciar a blindagem dos aparelhos em relação a campos
electromagnéticos.
c) ALEATÓRIOS
Também chamados erros acidentais, devem-se a factores imponderáveis (incertezas), como a
ocorrência de transitórios em uma rede eléctrica e ruídos provenientes de sinais espúrios. Como
não podem ser previstos, sua limitação é impossível.
No tratamento de erros os termos exactidãoe precisão - embora sejam muitas vezes usados como
sinónimos - têm significado diferentes:
Exactidão: é a propriedade que exprime o afastamento que existe entre o valor lido no
instrumento e o valor verdadeiro da grandeza que se está medindo.
Precisão: característica de um instrumento de medição, determinada através de um
processo estatístico de medições, que exprime o afastamento mútuo entre as diversas
medidas obtidas de uma grandeza dada, em relação à média aritmética dessas medidas.
A precisão é, portanto, uma qualidade relacionada com a receptibilidade das medidas, isto é, indica
o grau de espalhamento de uma série de medidas em torno de um ponto.
O digital, de visor de cristal liquida, que é melhor para medir tensões, correntes e testar
resistências.
Os multímetros, quer os analógicos assim como os digitais, são dotados de duas pontas de prova
de acesso ao exterior do aparelho, através das quais é possível medir as grandezas.
1) Ligue uma das pontas preta no borne marcado "COM" do multímetro e uma das pontas vermelha
no borne "mA"ou "10 A". Este último borne só deverá ser usado quando se for medir até 10 A AC
e a chave selectora estiver na posição "10 A AC".
2) Caso tenha escolhido o borne “10 A" seleccione a escala “10 A AC”, caso contrário escolha
uma das escalas de corrente compreendida, entre "20 mA" a "200 mA", que seja adequada à leitura
a ser feita.
3) Com a ponta de prova vermelha conectada no borne "mA" não tente medir mais que 200 mA
AC e, se estiver conectada no borne "10 A", não tente medir mais que 10 A AC, caso contrário
poderá danificar o multímetro.
4) Desligue o circuito que pretende testar, interrompa o condutor no qual quer medir a corrente e
ligue o multímetro em série com o circuito.
5) Ligue o circuito a ser medido.
6) Leia o valor da corrente no visor do multímetro.
1) Ligue uma das pontas preta no borne marcado "COM" do multímetro e uma das pontas vermelha
no borne "VΩHz";
2) Gire a chave selectora para a função de resistência e escolha uma das escalas, que seja adequada
à leitura que deseja efectuar.
3) Aplique as pontas de prova em paralelo com o resistor a ser medido. 4) Leia o valor da
resistência no visor.
Quando for medir um resistor que esteja ligado em um circuito, solte um
dos seus terminais, para que a medição não seja influenciada pelos demais
componentes do circuito.
5) Em leituras de valor superior a 1 M Ohm o multímetro demorará alguns segundos até que a
leitura estabilize no visor.
6) Na escala de 200 M Ohm para obter o valor final da leitura, deverá ser subtraído 1 M Ohm do
valor exibido no visor.
Nível
Multímetro com testadores
ALICATE UNIVERSAL
São ferramentas manuais de aço carbono feitas por fundição ou forjamento, compostas de dois
braços e um pino de articulação, tendo em uma das extremidades dos braços, suas garras, cortes e
pontas, temperadas e revenidas. Os alicates servem para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar
e retirar determinadas peças nas montagens.
Os alicates universais para electricistas devem ter um isolamento no braço que suporte até 1000 V
CA.
Emprega-se para apertar fios e cabos auxiliando a fixação destes bornes de ligação.
Alicate de pontas
ALICATE DE CORTE
Emprega-se para cortar fios e cabos serve para cortar chapas, arames de pequenas secções.
Os alicates de corte para electricistas devem ter um isolamento no braço que suporte até 1000 V
CA.
ALICATE DESCARNADOR
Alicate Descarnador de Fios - Pode ser bastante simples como o do tipo que se assemelha a um
alicate universal. Regula-se a abertura das lâminas de acordo com o diâmetro do condutor a ser
desencapado.
Outro tipo de descarnador é o desarme automático. Nele existem orifícios com diâmetros
reguláveis correspondentes aos diversos condutores. Ao pressionar suas hastes, tanto o corte como
a remoção da isolação são executados.
Para além da fenda, existem diversos outros padrões de cabeças de parafuso como Phillips
(estrela), Pozidriv, Torx e Allen (sextavado por interior).
BUSCA POLOS
Servem para se identificar que fios ou cabos se encontram sobre tensão (se são a fase). É
constituído por uma haste de aço inox, a qual termina na extremidade superior por uma ponta
achatada, tem um cabo que serve de punho (este isolado), no interior do qual se encontra uma
resistência de valor elevado e uma lâmpada de néon ligados em série. Quando se toca na ponta do
cabo do busca-pólos, se existir tensão na ponta da chave, a luz acende-se.
NAVALHA
Utiliza-se para se retirar o isolamento protector dos fios e cabos condutores. É constituída por uma
lâmina e um cabo, ao pegar-se nesta tem de se ter o cuidado de não a segurara pela lâmina pois
esta pode ferir o utilizador.
MARTELO
Composto por um cabo e um pedaço de um metal rijo de modo a que não se danifique quando se
exerce força e tenha um peso suficiente para exercer o máximo de força possível. Aplica os pregos
necessários. Realiza um trabalho na abertura de roços e em algumas pancadas necessárias.
FITA MÉTRICA
É composta por um fita graduada, onde estão marcadas medidas no Sistema Internacional (metros
e centímetros), e por vezes, no sistema inglês (polegadas). Serve para medir comprimentos de fios
e cabos condutores a aplicar nas instalações, para além de comprimentos e distâncias dos mais
variados objectos e espaços.
FERRO DE SOLDAR.
É uma ferramenta que se emprega na electricidade actual, a qual exige muito cuidado, dado que
executa trabalhos delicados. Emprega-se para aquecer as pontas a soldar, pequenos terminais nas
extremidades dos condutores.
LIGAÇÕES
Na oficina de electricidade o electricista tem como material os fios condutores, aos quais se devem
dar formas que irão variar de acordo com a rigorosidade do trabalho que se pretende realizar. Neste
âmbito, e sendo o condutor eléctrico a via para permitir a circulação de corrente eléctrica pelos
diferentes elementos e aparelhos eléctricos, vai estar sujeito a diversas ligações:
Junções e derivações
Anilhas ou Olhal
Soldaduras.
Si a ligação não esta bem-feita é possível que originem-se defeitos como interrupção, o
aquecimento das partes ligadas. Fica demonstrada a importância das tarefas de ligação dos
condutores.
JUNÇÕES E DERIVAÇÕES
As junções servem para unir ou ligar dois ou mais condutores que podem ser submetidos a uma
tensão mecânica. Ao se realizarem as junções de dois ou mais condutores é necessário que esta
não aumente a resistência eléctrica do condutor resultante.
Para ligar ou unir fios condutores de até uma secção de 2,5 mm2, pode-se empregar o sistema
representado na figura:
Para fios condutores de secção maiores até 16 mm2, emprega-se o sistema representado na figura.
Estas ligações são feitas com a ajuda de ferramentas apropriadas como por exemplo alicates.
Se tiver que ligar fios de secções diferentes, por exemplo um condutor de 10 mm2 e um outro de
1,5 mm2, deve-se uni-los em forma de cauda, veja a figura.
Vai ter que unir dois fios condutores, atando-os com um arame fino e soldando depois com estanho
a junção executada.
A junção de cabos ou condutores multifilares é mais trabalhosa. Para realizar esta operação
emprega-se muitas vezes a chamada junção em estrela, veja a figura:
3. Usando as mãos, torce as extremidades dos condutores, girando uma sobre a outra:
4. Fazendo pressão com o dedo polegar, procure que os fios fiquem uniformes e bem
apertados:
5. Após cruzarem-se correctamente as extremidades, com o alicate universal, torce bem forte
uma sobre outra. Para tal gire o alicate em sentido contrário procurando que os fios fiquem
enrolados uniformemente e bem apertados;
6. Finalmente repita a mesma operação com o outro fio, até a junção ficar como na figura:
Junção em cauda de rato: Este tipo de junção aplica-se em fios de secção máxima de 4 mm2 e
cabos até 6 mm2. Esta junção emprega-se especialmente em caixas de ligações e mecanismos, em
geral, todas as aplicações mas quais os condutores não são submetidos a esforços mecânicos.
Procedimento
1. Com alicate descarnador ou navalha, retire o isolamento dos condutores somente nas suas
extremidades a unir;
2. Cruze os extremos a unir, colocando-os como mostra a figura:
3. Com o alicate universal, aperte bem forte as extremidades dos condutores a unir e com a
outra mão segure a parte não fechada dos condutores começando a torce-los;
4. Corte as pontas da junção com alicate e dobre a junção pela metade, apertando com o
alicate universal:
JUNÇÃO EM DERIVAÇÃO
É uma junção realizada quando se deriva de um condutor, fio ou cabo para um outro condutor de
igual ou melhor secção.
Junção em derivação.
ANILHAS
Acabou-se de descrever os diferentes tipos de junções e derivações utilizando condutores
eléctricos, mas para além destas junções também surge, por vezes, a necessidade de estabelecer a
ligação de fios com alguma aparelhagem por intermédio de parafusos.
Anilha
Procedimentos
ENERGIA ELÉCTRICA
Energia eléctrica é um tipo especial de energia, pela possibilidade de poder ser transformada em
diversas formas de energia, causando diversos efeitos0 podendo ser, luminosos, térmicos, forca
mecânica, contudo a energia eléctrica é essencial na vida do homem. A energia eléctrica é obtida
na natureza através de diversas fontes, tidas como fontes primárias de energia como por exemplo
a forca do vento (energia eólica), a forca da água (energia hídrica), a radiação (solar), a queima de
combustível em uma câmara de combustão e fissão de mineiros como carvão (energia térmica e
nuclear). No entanto estas são consideradas fontes de energia primária e a sua resultante a que já
se encontra pronta para a exploração designa-se opor energia secundária.
SISTEMA ELÉCTRICO
GERAÇÃO TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE EE.
A energia eléctrica para chegar até aos centros de consumo ela percorre um longo caminho desde
o local de onde ela é produzida.
GERAÇÃO
A primeira fase do processo recebe o nome de geração, local onde a energia eléctrica é produzido
através da passagem do fluxo de água pelas turbinas e estas por sua vez accionam o gerador
primário.
TRANSMISSÃO
As usinas de produção de energia eléctrica nem sempre se situam próximos as zonas de consumo
por isso é imperioso transporta-la para s zonas de consumo, para realizar o transporte são
construídas subestações destinadas a elevar o nível de tensão nas fontes de geração, e conectados
as linhas de transmissão que recebem um nível de tensão conhecido como Alta Tensão por
exemplo 220kv.
Subestação
DISTRIBUIÇÃO
Próximos das cidades são construídas subestações abaixadoras onde a tensão da linha é reduzida,
pelos valores padronizados pelas redes de distribuição primária (media tensão), a rede primária
recebe um nível de tensão primária para a distribuir por toda a cidade, mas esta ainda não se
encontra pronta para a utilização imediata na rede secundária (redes de baixa tensão). Por sua vez
os postos de transformação instalados em pontos estratégicos pela concessionária fornece energia
eléctrica de forma adequada para diversos pontos de consumo com uma tensão simples de 220v e
composta de 380v.
SISTEMAS ELECTRICOS
É o conjunto centrais geradores, subestações, linhas de transmissão, distribuição posto de
transformação, centrais de interligação e consumidores de energia eléctrica.
Estas linhas são destinadas a transportar altas tensões desde o centro de geração até as
subestações de transformação.
Linhas de instalação
São estas as responsáveis pelo funcionamento de todos os nossos electrodomésticos
aparelhos e equipamentos.
SISTEMAS TRIFÁSICOS
Apresentam-se a seguir algumas vantagens dos sistemas trifásicos em relação aos monofásicos a
nível da sua produção, transporte e utilização:
Considerando dois alternadores, um monofásico e outro trifásico, de igual volume e preço,
o segundo tem uma potência aproximadamente 50% superior ao primeiro. Tal deve-se ao
Para alimentar independentemente três receptores, é portanto necessário utilizar seis fios. Se os
três receptores tiverem a mesma impedância, estes são percorridos por três corrente I1, I2 e I3,
com idêntico valor eficaz mas desfasadas de 120º:
Condutor Neutro
Se reunirmos os três terminais x, y, z, num único ponto N, chamado de ponto neutro e
substituirmos os três condutores de retorno (vindos dos receptores) por um único condutor -
condutor neutro (ou fio neutro), a corrente nesse condutor será nula:
Pode desta forma distribuir-se a energia eléctrica por meio de quatro condutores, sendo três
designados por condutores de fase (activos) ou simplesmente fases, em linguagem corrente.
As três fases simbolizam-se normalmente pelas letras R, S e T. O condutor de neutro está
normalmente ligado à terra, pelo que se encontra aos potenciais zero:
Demonstra-se que o comprimento dos vectores das tensões compostas é 3 vezes superior ao das
tensões simples, isto é:
Uc= 3.Us
De facto, para as redes de distribuição de baixa tensão, temos que
Us230 V
Uc3.230 400 V
Nas redes de distribuição, normalmente, indicam-se as tensões do modo: 230/400 V.
Na ligação de receptores em triângulo, os receptores estão ligados entre as fases, tal como
mostra a figura seguinte, para o caso de resistências:
Tal como na ligação de receptores em estrela, na ligação em triângulo poderão ocorrer doiscasos:
Os receptores têm a mesma impedância - sistema equilibrado
Os receptores têm a impedâncias diferentes - sistema desequilibrado
A corrente num receptor (de fase) pode ser calculada dividindo a tensão compostas aos seus
Terminais pela sua impedância.
As correntes de linha podem ser determinadas de duas maneiras, consoante o sistema está
equilibrado ou não:
Sistema equilibrado - as correntes nas linhas (R, S, T) são 3 vezes superiores às correntes
nos receptores (correntes de fase).
Sistema desequilibrado - as correntes nas linhas são determinados em termos.
Instalação externa – é instalações em que é possível observar a olho nu o contorno dos cabos
condutores estas instalações são utilizadas convencionas em edificações construídas com base no
material precário.
Instalações embutidas ou interna com electro-ductos – são instalações cujo trajecto dos cabos
condutores não são vistos a olho nu, recomendam-se para edificações de alvenarias.
Instalações externas feita com electro-calhas – são instalações modernas a vista em que não é
possível observar com exactidão o contorno dos condutores porque estes se encontram alojados
no interior das electro – calhas.
A alimentação das instalações esta intimamente ligado com o levantamento das cargas das próprias
edificações se a carga total de uma edificação for superior ou igual a 19,7kw esta instalação
designa-se trifásica e será então alimentada por uma rede de alimentação composta por três
condutores activos chamados de fase e um neutro, caso a potência total instalada na edificação
seja inferior a 19,7kw a instalação designa-se monofásica a alimentação a edificação será feita com
apenas um condutor activo e um neutro.
Existem dois tipos de ligação a rede de uma instalação de utilização, ligação de chegada aérea
(baixada), ligação de chegada aérea de chegada subterrânea (ramal).
Por exemplo: a casa do senhor César possui um congelador de 3800 w este por sua vez fica ligado
24h por dia ao longo do mês, no entanto qual e a energia gasta pelo receptor em questão ao longo
de 1 mês calcule o trabalho realizado em horas e o valor da energia dissipado em calor sabendo
que 1kw corresponde a 3,6x10⁶ J;
ÓRGÃO DE PROTECÇÃO
É um equipamento eléctrico que actua automaticamente pela acção de dispositivos sensíveis,
quando o circuito eléctrico ao qual está conectado se encontra submetido a determinadas condições
anormais, com o objectivo de evitar ou limitar os danos a um sistema ou equipamento eléctrico.
Os principais dispositivos de protecção utilizados em instalações eléctricas residenciais são os
disjuntores termomagnéticos ou disjuntores diferenciais e os fusíveis.
DISJUNTORES
Disjuntores são dispositivos utilizados para comando e protecção dos circuitos contra sobrecarga
e curto-circuitos nas instalações eléctricas. O disjuntor protege os fios e os cabos do circuito.
Quando ocorre uma sobre corrente provocada por uma sobrecarga ou um curto-circuito, o disjuntor
é desligado automaticamente. Ele também pode ser desligado manualmente para a realização de
um serviço de manutenção.
Funcionamento do disjuntor
Na ocorrência de uma sobre corrente, provavelmente de uma sobrecarga ou curto-circuito, o
disjuntor actua interrompendo o circuito eléctrico de modo a protegê-lo. Estes disjuntores
termomagnéticos possuem o elemento térmico contra sobrecarga e o elemento magnético contra
curto-circuito. Quando há um excesso de corrente fluindo num circuito, dizemos que está havendo
uma sobrecarga corrente além da prevista. Surgindo esta condição num circuito, o elemento
térmico que protege o circuito contra sobrecargas entra em acção e desliga o circuito. O elemento
térmico é chamado de bimetal e é composto por dois metais soldados paralelamente, possuindo
coeficientes de dilatação térmica diferente. Caso haja no circuito uma pequena sobrecarga de longa
duração, o relé bimetálico actua sobre o mecanismo de disparo, abrindo o circuito.
Nota: os disjuntores termomagnéticos somente devem ser ligados aos condutores fase dos
circuitos.
FUSÍVEL
O fusível é constituído por material mais fraco do que o circuito onde o mesmo se encontra ligado,
quando ocorre um curto-circuito a corrente eléctrica aumenta muito rápido provoca um
aquecimento e queima a fusão do fusível e este por sua vez interrompe o circuito. Então, os fusíveis
actuam basicamente na protecção contra curto circuitos. As instalações dos fusíveis devem ser
feitas em bases individuais. Os fusíveis geralmente protegem as instalações de utilização contra
anomalias da rede, por essa razão são instalados antes dos medidores (contadores).
FusíveisNH00 e Diazed
O dispositivo DR (diferencial residual) não protege contra sobrecargas nem de curto-circuito, por
este motivo não dispensao uso do disjuntor, os dois devem ser ligados em série e o DR após o
disjuntor. Recomenda-se o uso do dispositivo DR (diferencial residual) em todos os circuitos,
principalmente nas áreas frias e húmidas ou sujeitas à humidade, como cozinhas, casas de banho,
áreas de serviço e áreas externas (piscinas, jardins). Assim como o disjuntor, ele também pode ser
desligado manualmente se necessário.
CABOS CONDUTORES
Para as instalações de utilização em Moçambique São recomendados cabos condutores de cobre
isolado com a secção igual ou superior 1.5mm tipo dependendo da necessidade (com uma queda
de tensão admissível de 2%) para circuitos de iluminação. Para circuitos de força motriz são
recomendados cabos condutores com a secção superior ou igual de 2.5mm com uma queda de
tensão admissível de 3%.
O condutor a empregar em instalações a vista devera ser de cobre rígido do tipo PBC, e para as
instalações de utilização embutidas em electro-ductos ou electro- calhas o condutor devera ser
flexível do tipo PBT e para electro-calhas devera ser rígido ouflexivel também em PBT.
Cabos condutores
APARELHAGEM DE COMANDO
Classificam-se como sendo aparelhagem de comando aqueles que se destinam a estabelecer a
continuidade ou interromper a continuidade de um circuito de maneira a interrompê-lo e
estabelecer a ligação quando bem se desejar, como por exemplo interruptores. Contactores, reles
fotoeléctricos.
Para o circuito de forca teremos fontes (tomadas) de grandes escalas monofásicas e trifásicas, de
igual forma encontram-se fichas visto que as conexões eléctricas são as partes da instalação que
proporcionam maior aquecimento as fichas são concebidas de maneira a suportar altos graus de
fusão.
ATERRAMENTO
Existem três tipos de esquemas de aterramento. São eles:
TN, TT e IT.
O esquema TN considera três variantes, de acordo com a disposição do condutor neutro edo
condutor de protecção, TN-S, TN-C-S e TN-C.Sua classificação é feita da seguinte maneira:
A primeira letra indica a situação da alimentação em relação à terra:
T = um ponto directamente aterrado;
I = todos os pontos de fase e neutro são isolados em relação à terra ou um dos pontos é isolado
através de uma carga. A segunda letra indica a situação das massas da instalação eléctrica em
relação à terra:
T = massas directamente aterradas, independentemente do aterramento da alimentação;
ESQUEMA TN-C
Nos esquemas do tipo TN, um ponto da alimentação é directamente aterrado, e as massas da
instalação são ligadas a esse ponto através de condutores de protecção. No esquema TN-C, as
funções de neutro e de protecção são combinadas no mesmo condutor (PEN). Esse tipo de esquema
também é utilizado no aterramento da rede pública.
ESQUEMA TN-C-S
No esquema TN-C-S as funções de neutro e de protecção também são combinadas em um mesmo
condutor (PEN), porém este se divide em um condutor de neutro e outro de protecção (PE/ terra)
no circuito onde são ligadas as massas. O esquema TN-C-S é o mais recomendado para instalações
residenciais.
ESQUEMA TT
O esquema TT possui um ponto da alimentação directamente aterrado, e as massas da instalação
são ligadas a eléctrodos de aterramento electricamente distintos do eléctrodo de aterramento da
alimentação.
Exemplo:
Uma residência tem cinco divisões principais e uma área de 300m², tem para além de tomadas de
uso geral, instalação de cozinha, área de serviço (maquina de lavar), aquecimento de água e
climatização. Calcule a secção do ramal de chegada e a respectiva protecção.
Dados?
A = 300m²
Dp = 5
S -?
P -?
Px = A.P/m².Ks
Pt = 37800w.
𝑃
Is =
𝐾.𝑈.𝐶𝑂𝑆∅
37800𝑊
Is =
√3.380.0,8
Is =71,88≅ 73𝐴
73A = Iz = In ≥Is
Sn = 25mm²
Onde:
Iz – corrente máxima admissível da canalização;
Is – corrente de serviço da instalação;
In – corrente nominal do disjuntor.
Is =12,78 A ≅ 14,5
S = 1.5 mm² (ver anexo1)
Como não é permitido por norma usar a secção de 1,5mm² no circuito de força usaremos então o
2.5mm² com uma protecção de 20 A segundo a tabela em uso, e para o circuito de iluminação
usaremos 1.5 mm com a protecção de 16 A.
SIMBOLOGIA ELÉCTRICA
Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilares são definidos pela norma param serem
usados em planta baixa (arquitectónica) do imóvel. Neste tipo de planta é indicada a localização
exacta dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos aparelhos.
Também é possível efectuar uma dupla comutação de acordo com o esquema abaixo, em que dois
pontos de luz são comandados por meio de um comutador duplo ou seja permite accionar dois
pontos de forma independente.
Actividades em grupos de cinco: cada estudante devera ser capaz de fazer a leitura e
interpenetração de cada circuito (este devera definir o material necessário a empregar) e executa-
lo com precisão, também deve ser capaz de executar os esboços tanto na forma multifilar tanto
quanto na forma unifilar.
COMUTAÇÃO DE ESCADA
A comutação funciona por recurso a qualquer um dos comutadores de escada que proporcionam a
interrupção ou a continuidade do condutor activo (fase).Os interruptores paralelos são usados
quando desejamos comandar uma lâmpada ou grupo de lâmpadas por pontos diferentes.São usados
nos seguintes locais:
Escadarias;
Corredores;
Quartos;
Outros cómodos de uma residência;
Também e conhecido por “three-way” (três vias ou três caminhos).
Aplicação pratica
Aplicação
Este circuito é utilizado quando se pretende comandar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas,
em simultâneo e a partir de três locais diferentes. Utiliza-se normalmente na iluminação de
corredores com mais de dois acessos, salas com mais de duas entradas, escadas com dois lanços
ou mais.
Um balastro
Um arrancador.
Balastro (reactor) é dispositivo que tem como função elevar a tensão de alimentação nos
terminais da lâmpada para que se estabeleça uma descarga eléctrica no seu interior. Esta descarga
faz com que o gás contido no interior da lâmpada se ionize, produzindo assim uma energia
luminosa.
Aplicação
Este circuito é utilizado quando se pretende comandar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas a
partir de um só local e em simultâneo.
CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO
É aquele que permite, através de sinais acústicos ou luminosos, identificar, à distância, uma
determinada situação.
Aplicação.
Este circuito é utilizado quando se pretende fazer o comando de uma campainha a partir de vários
locais.
Esta situação pode ser observada numa vivenda com duas entradas: o comando da campainha que
está no seu interior é feito por qualquer dos botões situados em cada una das entradas.
ACCIONAMENTOS AUTOMÁTICOS
QUADROS ELÉCTRICOS
Os quadros eléctricos subdividem-se em: Quadros de Distribuição e Quadros de Comando.
1) Conhecer a potência eléctrica que subministra o quadro a cada uma das linhas de circuitos.
2) Estabelecer o esquema eléctrico do quadro.
3) Dimensionar os condutores de alimentação, ligação e saída do quadro. (Dimensionar é
estabelecer os valores nominais próprios de cada elemento para que cumpra correctamente a
função dele).
4) Dimensionar cada um dos aparelhos de comando e protecção.
5) Obter as medidas de comprimento, largura e altura de cada um dos elementos que constituem o
quadro.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Periodicamente as instalações eléctricas devem sofrer uma inspecção, com o objectivo de
encontrar irregularidades que possam comprometer o bom funcionamentodo sistema eléctrico
existente.
Assim, a execução os serviços dos serviços de reparo poderão ser programados com a devida
antecedência. Esta atitude retorna em benefícios significativos tanto em benefícios tanto quanto
para os equipamentos e quanto para o usuário.
MANUTENÇÃO CORRECTIVA
Esta actividade ocorre quando os serviços de reparo em carácter de emergência são inevitáveis
podendo custar prejuízos avultados, transtornos e acidente ao utilizador. Por tanto torna-se
imperioso efectuar sempre uma manutenção preventiva, esta, em instalações eléctricas de baixa
tensão pode ser reflectida nas seguintes actividades:
Inspecção da cablagem;
Verificação dos órgãos de comando;
Limpeza do QD;
Substituição de cabos com defeitos mas que ainda estejam sob regime normal de
funcionamento;
Verificação e limpeza de contactos dos diversos electrodomésticos;
TRANSFORMADORES
Um transformador modifica o nível de voltagem, aumentando-o ou diminuindo-o como necessário.
Ele consiste em duas bobinas electricamente independentes, que são dispostas de tal forma que o
campo magnético em torno de uma das bobinas atravessa também a outra bobina.
Quando uma voltagem alternada é aplicada a (através de) uma bobina, o campo magnético variável
formado em torno dela cria uma voltagem alternada na outra bobina por indução mútua.
Um transformador também pode ser usado com C.C. pulsativa, mas voltagem C.C. pura não pode
ser usada, já que apenas uma voltagem variável cria o campo magnético variável, que é a base do
processo de indução mútua. Um transformador consiste de três partes básicas, conforme mostrado
na figura12, São elas: um núcleo de ferro, que proporciona um circuito de baixa relutância para as
linhas de força magnética; um enrolamento primário, que recebe a energia eléctrica da fonte de
voltagem aplicada; um enrolamento secundário, que recebe energia eléctrica, por indução, do
enrolamento primário.
O primário e o secundário deste transformador de núcleo fechado são enrolados sobre um núcleo
fechado, para obter o máximo efeito indutivo entre as duas bobinas.
Existem duas classes de transformadores:
Transformadores de voltagem, usados para aumentar ou diminuir voltagens; e (2) transformadores
de corrente, usados em circuitos de instrumentos. Nos transformadores de voltagem, as bobinas
primárias são ligadas em paralelo com a fonte de voltagem, conforme mostrado na figura13, letra
“A”. Os enrolamentos primários dos transformadores de corrente são ligados em série no circuito
primário (“B” da figura13). Dos dois tipos, o transformador de voltagem é o mais comum.
Existem muitos tipos de transformadores de voltagem. A maioria deles é de transformadores de
aumento ou diminuição. O factor que determina um ou outro tipo é a proporção de espiras, que é
a relação entre o número de espiras do enrolamento primário e do secundário.
É impossível construir um transformador com 100% de eficiência, porque não são todasas linhas
de força do primário que conseguem cortar a bobina do secundário. Uma certa quantidade de fluxo
magnético vaza do circuito magnético. O grau de eficiência como o fluxo do primário, que é
aproveitado no secundário, é chamado de “coeficiente de acoplamento”. Por exemplo, se for
concebido que o primário de um transformador desenvolve 10.000linhas de força, mas apenas
9.000 passam através do secundário, o coeficiente de acoplamento seria 9 ou, dito de outra
maneira, o transformador teria 90% de eficiência. Quando uma voltagem de C.A. é ligada através
dos terminais do primário de um transformador, fluirá uma corrente alternada, ocorrendo auto-
indução de uma voltagem na bobina do primário, a qual será oposta e aproximadamente igual à
voltagem aplicada. A voltagem de saída pode ser determinada da seguinte forma:
𝐸1 𝐸2
=
𝑁1 𝑁2
Sendo a tensão no secundário:
𝐸1. 𝑁2
𝐸2 =
𝑁1
A potência de entrada:
𝑃1 = 𝐸1. 𝐼1
A razão do transformador é dada por:
𝐼2
𝐾=
𝐼1
𝐸1
𝐾=
𝐸2
𝑁1
𝐾=
𝑁2
O rendimento do transformador:
𝑃2
𝑛= 100%
𝑃1
Quanto ao tipo de corrente podem ser monofásicos ou trifásicos.
Quanto a função podem ser elevadores (quando o numero de espiras no primário é menor do que
o numero de espiras no enrolamento do secundário) e abaixadores (quando o numero de espiras
no secundário é menor do que o numero de espiras do enrolamento primário).
ou seja as maquinas eléctricas são definidas pela sua aplicação, são exemplos de maquinas
eléctricas para além das de grande porte utilizadas em grandes Industrias existem também
maquinas de pequena escala destinadas ao uso domestico como é o casa de (liquidificadores,
batedeiras, electrobombas, etc.,).
MOTOR ELÉCTRICO
Custo reduzido
Grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos.
Os motores eléctricos são os mais importantes accionadores industriais. Eles apresentam sobre os
demais accionadores diversas vantagens tais como:
São fabricados para qualquer potência.
Sua velocidade pode ser controlada dentro de uma ampla faixa.
Os componentes que fazem este controle são todos padronizados: relés, contactores, chaves
automáticas, inversores, etc.
Permite um elevado grau de automação dos processos industriais.
Os controlos podem ser feitos junto ao motor ou à distância.
São de fácil manutenção e reposição.
A correcta selecção de motores para realizar um accionamento, principalmente nas plantas
industriais, constitui um dos mais importantes problemas da electrotécnica aplicada, pelos aspectos
técnicos e económicos envolvidos.
PARTIDA/ ARRANQUE
Um motor só começa a girar quando o momento de carga a ser vencido, quando parado, for menor
do que seu conjugadode partida.
PARADA
Em determinadas aplicações há necessidade de uma rápida desaceleração do motor e da carga. Ao
ser desligado o motor da linha de alimentação utiliza-se um dispositivo de inversão de rotação com
o motor ainda rodando. A parada ou desligamento do motor da rede efetua-se através de um relé
impedindo-o de partir na direção contrária. No caso de motores síncronos emprega-se frenagem
dinâmica.
SENTIDO DE ROTAÇÃO
A maior parte dos motores (exceto alguns, por exemplo: motores monofásicos, como o de pólo
sombreado e o de repulsão) podem ser empregados nos dois sentidos de rotação dependendo
apenas de um controle adequado.
REGULAÇÃO DA VELOCIDADE
Os motores de C.A., exceto os universais, são máquinas de velocidade constante. Há, entretanto,
possibilidade de serem religadas as bobinas do estator de um motor de indução, de tal maneira a
duplicar o número de pólos e, desta forma, reduzir a velocidade à metade, onde os estatores podem
ser construídos com dois enrolamentos independentes, calculados para o número de pólos que se
deseja, conseguindo-se por meio de pólos reversíveis (variação de pólos) e com reduzido número
de conexões variar a velocidade síncrona do motor.
Cada um destes bobinados pode então ser ligado de forma a possibilitar duas velocidades, na razão
de 2:1, obtendo-se assim quatro velocidades síncronas independentes; contudo, não poderão
proporcionar quaisquer velocidades intermediárias.
Com motores de indução de rotor bobinado é possível obter-se qualquer velocidade desde zero até
aproximadamente a velocidade de sincronismo, mediante a variação de uma simples resistência
ligada ao bobinado do rotor, e que não implica em aquecimento do mesmo, pois, as perdas na
resistência são externas ao motor.
Um outro método de regulação da velocidade dos motores de C.A., que permite obter no eixo uma
velocidade que pode ir desde zero até o dobro da velocidade síncrona, é pelo conhecido sistema
do rotor com comutador, através de decalagem das escovas.
Outra possibilidade de alteração de velocidade nos motores de indução é através do inversor de
freqüência, o qual possibilita o controle do motor CA variando a freqüência, mas também realiza
a variação da tensão de saída para que seja respeitada a característica V/F ( Tensão / Freqüência)
do motor.
Nos motores de corrente contínua, a velocidade pode ser regulada pela inserção de um reostato no
circuito de campo, para proporcionar ajustes no fluxo.
PROTEÇÃO MECÂNICA
Os motores devem ser protegidos tanto para a proteção do pessoal de serviço como contra
influências prejudiciais externas para o próprio motor, devendo satisfazer aos requisitos de
segurança, prevenção de acidentes e incêndios.
A carcaça do motor serve para fixá-lo no local de trabalho e protegê-lo conforme o ambiente onde
será instalado. É construída de maneira a englobar as diversas modalidades de proteção mecânica
para satisfazer às exigências das normas, referentes às instalações e máquinas para as quais serão
destinados os motores.
Basicamente, entretanto, as proteções mecânicas classificam-se em três categorias: à prova de
pingos e respingos, totalmente fechados e à prova de explosão.
Motor à prova de pingos e respingos – todas as partes rotativas, ou sob tensão, são protegidas
contra água gotejante de todas as direções, não permitindo a entrada direta ou indireta de gotas ou
partículas de líquidos ou objetos sólidos que se derramem ou incidam sobre o motor.
Motor totalmente fechado – Este tipo de motor é de tal forma encerrado que não há troca do meio
refrigerante entre o exterior e o interior do invólucro, não sendo necessariamente estanque.
Dependendo das características requeridas, tais motores podem dispor ou não de ventilador para
refrigeração.
Motor à prova de explosão – São motores construídos para serviço em ambientes saturados de
gases e poeira, suscetíveis ao perigo de inflamação rápida, não podendo provocar a mesma, quer
por meio de faísca ou pelo alto aquecimento.
Seu invólucro resiste a explosões de gases ou misturas explosivas especificadas no seu interior, e
impede que uma atmosfera inflamável circundante sofra ignição por isso.
PROTEÇÃO ELÉTRICA
Como todo motor está sujeito a sofrer variações do ponto de vista elétrico, há, portanto,
conveniência em protegê-lo. Em geral, as proteções principais necessárias são contra: curto-
circuito, sobrecargas, baixa tensão, fase aberta, reversão de fase, defeitos internos etc.
Os dispositivos de proteção fazem operar os mecanismos de desligamento no caso de existir uma
predeterminada condição.
Uma última característica importante do motor de indução a ser citada é a sua placa de
identificação que traz Informações importantes e, algumas estão listadas a seguir:
→ CV: Potência mecânica do motor em cv. É a potência que o motor pode fornecer, dentro de
suas características nominais.
→ Ip/In: Relação entre as correntes de partida e nominal;
→ Hz: Freqüência da tensão de operação do motor;
→ RPM: Velocidade do motor na frequência nominal de operação
→ V: Tensão de alimentação
→ A: Corrente que o motor absorve da rede quando funciona à potência nominal, sob tensão e
frequência nominais.
→ F.S: Fator de serviço: Fator que aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que
pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condições especificadas.
Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos elétricos é a noção de que “os
objetivos principais dos elementos em um painel elétrico são:
a) Proteger o operador;
b) Propiciar uma lógica de comando.
Partindo do princípio da proteção do operador, uma seqüência genérica dos elementos necessários
à partida e manobra de motores é mostrada na figura abaixo. Nela podem-se distinguir os seguintes
elementos:
A) Seccionamento: Só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e verificação do
circuito.
B) Proteção contra correntes de curto-circuito: Destina-se a proteção dos condutores do circuito
terminal.
C) Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do enrolamento do motor.
D) Dispositivos de manobra: Destina-se a ligar e desligar o motor de forma segura, ou seja, sem
que haja o contato do operador no circuito de potência, onde circula a maior corrente.
Em comandos elétricos trabalhar-se-á bastante com um elemento simples que é o contato. A partir
do mesmo é que se forma toda lógica de um circuito e também é ele quem dá ou não a condução
de corrente. Basicamente existem dois tipos de contatos, listados a seguir:
Contato Normalmente Aberto (NA): não há passagem de corrente elétrica na posição de repouso,
Desta forma, a carga não estará acionada.
A diferença está no fato de que em grandes painéis existem barramentos de elevada capacidade
que podem submeter as pessoas a situações de riscos.
Um comentário importante neste ponto é que por via de regra os circuitos de manobra são divididos
em “comando” e “potência”, possibilitando em primeiro lugar a segurança do operador e em
segundo a automação do circuito. Embora não pareça clara esta divisão no presente momento, ela
tornar-se-á comum a medida em que os circuitos forem sendo estudados.
Quando se fala em ligar um motor, o primeiro elemento que vem a mente é o de uma chave para
ligá-lo. Só que no caso de comandos elétricos a “chave” que liga os motores é diferente de uma
chave usual, destas que se tem em casa para comandar lâmpadas, por exemplo.
A diferença principal está no fato de que ao movimentar a “chave residencial” ela vai para uma
posição e permanece nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo. Na “chave industrial” ou
botoeira há o retorno para a posição de repouso através de uma mola, como pode ser observado na
figura a. O entendimento deste conceito é fundamental para compreender o porque da existência
de um selo no circuito de comando.
RELÉS DE TEMPO
Os Relés temporizadores são dispositivos eletrônicos que permitem, em função de tempos
ajustados, comutar um sinal de saída de acordo com a sua função.
Muito utilizados em automação de máquinas e processos industriais como partidas de motores,
quadros de comando, fornos industriais, injetoras, entre outros.
Possui eletrônica digital que proporciona elevada precisão, repetibilidade e imunidade a ruídos.
Projetado de acordo com normas internacionais, os relés constituem uma solução compacta e
segura, em caixas com dimensões reduzidas para montagem em trilho DIN 35mm, nas
configurações com 1 ou 2 saídas NA-NF e alimentado em 110-130V 50/60Hz, 220-240V 50/60Hz
ou 24Vcc.
Relés Temporizadores
Com faixas de temporização, os relés podem ser ajustados de 0,3 segundos a 30 minutos com
elevada confiabilidade e precisão. Quanto ao tipo de atuação os relés podem ser com:
Retardado na energização – Esse tipo atua suas chaves um tempo após a ligação, ou energização
do relé e as retorna ao repouso imediatamente após seu desligamento ou desenergização.
Retardado na desenergização – Este atua as chaves imediatamente na ativação, porém estas
chaves só retornam aorepouso um tempo após a desativação. No painel desse relé se encontra um
botão pelo qual se seleciona o tempo de retardo.
CONTACTORES
São dispositivos de manobra mecânica, acionado eletromagneticamente, construídos para uma
elevada freqüência de operação, e cujo arco elétrico é extinto no ar, sem afetar o seu
funcionamento.
Quando não circula corrente pela bobina de excitação essa parte do núcleo é repelida por ação de
molas. Contatos elétricos são distribuídos solidariamente a esta parte móvel do núcleo,
constituindo um conjunto de contatos móveis. Solidário a carcaça do contator existe um conjunto
de contatos fixos. Cada jogo de contatos fixos e móveis podem ser do tipo Normalmente aberto
(NA), ou normalmente fechados (NF).
Os contatores de potência são para correntes máximas de até 600 A aproximadamente. De uma
maneira geral possuem 3 contatos principais do tipo NA, para manobra de cargas trifásicas e
podem dispor também, de contatos auxiliares acoplados.
Um fator importante a ser observando no uso dos contatores são as faíscas produzidas pelo
impacto, durante a comutação dos contatos. Isso promove o desgaste natural dos mesmos, além de
consistir em riscos a saúde humana. A intensidade das faíscas pode se agravar em ambientes
húmidos e também com a intensidade de corrente elétrica circulando no painel.
Relé Térmico
SIMBOLOGIA GRÁFICA
Até o presente momento mostrou-se a presença de diversos dispositivos que podem ser partes
constituintes de um circuito de comando elétrico. Em um comando, para saber como estes
dispositivos são ligados entre si é necessário consultar um desenho chamado de esquema elétrico.
E) Ligação condicionada
F) Proteção do sistema: Os contatos auxiliares dos relés de proteção contra sobrecarga, por
exemplo, e as botoeiras de desligamento devem estar sempre em série.
H) Esquema Multifilar
I) Esquema Funcional: Neste diagrama, todos os condutores estão representados. Não é levada
em conta a posição construtiva e a conexão mecânica entre as partes. O sistema é subdividido de
acordo com os circuitos de correntes existentes. Estes circuitos devem ser representados sempre
que possível, por linhas retas, livres de cruzamentos. A posição dos contatos é desenhada com o
sistema desligado. A vantagem consiste no fato de que se torna fácil ler os esquemas e respectivas
funções, assim este tipo de representação é o que será adotado neste curso.
Assim como cada elemento em um circuito de comando elétrico tem o seu símbolo gráfico
específico, também, a numeração dos contatos e a representação literal dos mesmos, tem um
padrão que deve ser seguido. Neste capítulo serão apresentados alguns detalhes, para maiores
informações deve-se consultar a norma NBR 5280 ou a IEC 113.2.
A numeração dos contatos que representam os terminais de força é feita como segue.
→ 1, 3 e 5 = Circuito de entrada (linha)
→ 2, 4 e 6 = Circuito de saída (terminal)
Com relação à simbologia literal, alguns exemplos são apresentados na tabela a seguir.
Na partida direta de motor elétrico trifásico podemos identificar que o motor irá receber a
alimentação diretamente da fonte geradora trifásica e sofre interferência somente dos dispositivos
de seccionamento (contatores, disjuntores, relé térmico).
Componentes das Chaves de Partida
As chaves de partida são compostas pelos seguintes dispositivos:
Dispositivos de Protecção:
Fusível, Rele Térmico, Disjuntor;
Dispositivos de Comando:
Botoeira, Contator;
Dispositivos de Sinalização:
Sinaleiro, Voltímetro, Amperímetro;
Componentes:
1 Disjuntor tripolar ou Fusivel (Q1); 1 Botoeira NF (B0);
1 Disjuntor unipolar ou Fusivel (F21); 01 Botoeira NA (B1);
1 Relé térmico (F7); 1 Motor trifásico (M1).
1 Contator (K1);
Lembre-se que no sistema de partida indireta ao objetivo é sempre reduzir a corrente de partida e
para isto, na maioria das vezes, consideramos a redução da tensão elétrica no motor elétrico
trifásico. Iniciaremos com a Arranque Estrela Triângulo.
acompanhada por uma elevação de corrente, fazendo com que as vantagens de sua redução
desapareçam se a comutação for antecipada em relação ao ponto ideal.
Durante a partida em estrela, o conjugado e a corrente de partida ficam reduzidos a 1/3 de seus
valores nominais. Neste caso, um motor só pode partir através de chave estrela-triângulo quando
o seu conjugado, na ligação em estrela, for superior ao conjugado da carga do eixo. Devido ao
baixo conjugado de partida a que fica submetido o motor, as chaves estrela-triângulo são mais
adequadamente empregadas em motores cuja partida se dá em vazio.
A seguir, algumas vantagens e desvantagens das chaves estrela-triângulo:
a) Vantagens
→ Custo reduzido;
→ Elevado número de manobras;
→ Corrente de partida reduzida a 1/3 da nominal;
→ Dimensões relativamente reduzidas.
b) Desvantagens
→ Aplicação específica a motores com dupla tensão nominal e que disponham de seis terminais
acessíveis; conjugado de partida reduzido a 1/3 do nominal;
→ A tensão da rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor;
→ O motor deve alcançar, pelo menos, 90% de sua velocidade de regime para que, durante a
comutação, a corrente de pico não atinja valores elevados, próximos, portanto, da corrente de
partida com acionamento direto.
Objetivo: Demonstrar uma dos importantes métodos para diminuir picos de corrente durante a
partida de um motor de indução trifásico.
Diagrama de força
Diagrama de comando