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ÍNDICE
MODULO I: HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO ................................................................. 5
LEGISLAÇÃO RELACIONADA COM HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO ...................... 5
NOVO REGULAMENTO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS ........ 5
ENQUADRAMENTO LEGAL DA HST................................................................................................. 6
A LEGISLAÇÃO MOÇAMBICANA NO ÂMBITO DA HST ............................................................... 6
NOVO REGULAMENTO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS ........ 7
PSICOSSOCIOLOGIA DO TRABALHO - CONCEITOS ..................................................................... 7
RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO ......................................................................................... 7
ACIDENTE DE TRABALHO.................................................................................................................. 9
DOENÇA PROFISSIONAL ................................................................................................................... 10
AS CAUSAS DEVEM SER DETERMINADAS E CONTROLADAS ................................................. 10
INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES ..................................................................................................... 11
PROCEDIMENTOS DE UM PROGRAMA DE SEGURANÇA .......................................................... 12
PERIGO - CONCEITOS ........................................................................................................................ 13
ACTO INSEGURO E CONDIÇÕES INSEGURAS .............................................................................. 14
DANOS E IMPACTOS CAUSADOS PELOS ACIDENTES E DOENCAS DO TRABALHO DE
TRABALHO ........................................................................................................................................... 17
IMPACTO DOS ACIDENTES E DOENÇAS SOBRE A EMPRESA .................................................. 17
SINALIZAÇÃO DE SEGUUERANÇA E PRESTACAO DE PRIMEIROS SOCORROS .................. 19
PRELIMINARES PARA A EXECUÇÃO DE TRABALHOS EM INSTALAÇÕES DE UTILIZAÇÃO
DE BAIXA TENSÃO ............................................................................................................................. 19
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI) DE USO DO ELECTRICISATA .......... 20
EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLECTIVA (EPC) ................................................................ 20
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA ...................................................................................................... 21
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Proibição).................................................................... 21
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Perigo) ........................................................................ 22
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Obrigação) .................................................................. 22
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Emergência) ................................................................ 23
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Combate a Incêndios) ................................................. 23
MODULO II: INTRODUÇÃO A ELECTRICIDADE ......................................................................... 24
GRANDEZAS ELÉCTRICAS ............................................................................................................... 24

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TENSÃO ELÉCTRICA ................................................................................................................... 24


MEDIDAS ELÉCTRICAS ..................................................................................................................... 34
CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS......................................... 36
MEDIÇÃO DE TENSÃO, INTENSIDADE E RESISTÊNCIA COM MULTÍMETRO ....................... 36
MÓDULO III: INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ................................................................................... 40
INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS PARA INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ................................. 40
ALICATE UNIVERSAL .................................................................................................................... 41
ALICATE DE PONTAS CHATAS .................................................................................................... 41
ALICATE DE BICO OU DE PONTA REDONDAS......................................................................... 42
ALICATE DE CORTE ....................................................................................................................... 43
ALICATE DESCARNADOR............................................................................................................. 43
CHAVE DE FENDAS E DE ESTRELA ............................................................................................ 44
BUSCA POLOS.................................................................................................................................. 45
LIGAÇÕES ............................................................................................................................................. 47
JUNÇÕES E DERIVAÇÕES ............................................................................................................. 48
Outros Exemplos de Ligações de cabos .................................................................................................. 56
ENERGIA ELÉCTRICA ........................................................................................................................ 57
SISTEMA ELÉCTRICO ........................................................................................................................ 57
GERAÇÃO ......................................................................................................................................... 57
TRANSMISSÃO ................................................................................................................................ 58
DISTRIBUIÇÃO ................................................................................................................................ 58
SISTEMAS ELECTRICOS .................................................................................................................... 59
CLASSIFICAÇÃO DAS LINHAS DE UM SISTEMA ELÉCTRICO .................................................. 59
SISTEMAS TRIFÁSICOS ..................................................................................................................... 59
TENSÕES SIMPLES E COMPOSTAS ................................................................................................. 62
LIGAÇÃO DE RECEPTORES TRIFÁSICOS - TRIÂNGULO E ESTRELA ...................................... 62
TIPOS DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS .......................................................................................... 64
CONSTITUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ..................................................................... 65
ÓRGÃO DE PROTECÇÃO ................................................................................................................... 65
FUSÍVEL ............................................................................................................................................ 66
DISPOSITIVOS DR - DIFERENCIAL RESIDUAL ......................................................................... 67
CABOS CONDUTORES ....................................................................................................................... 69
APARELHAGEM DE COMANDO ...................................................................................................... 70

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ATERRAMENTO .................................................................................................................................. 70
ESQUEMA TN-C ................................................................................................................................... 71
ESQUEMA TN-C-S ............................................................................................................................... 72
ESQUEMA TT ....................................................................................................................................... 72
DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS RESIDENCIAIS .............................. 73
CONSTRUÇÃO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (CIRCUITOS DE SAÍDA DO QUADRO) .... 74
COEFICIENTE DE SIMULTANEIDADE A CONSIDERAR NAS INSTALAÇÕES ........................ 74
SIMBOLOGIA ELÉCTRICA................................................................................................................. 76
QUADRO DE SIMBOLOGIA DE ALGUNS TIPOS DE APARELHAGEM MAIS UTILIZADOS .. 78
IDENTIFICAÇÃO DOS CONDUTORES ............................................................................................. 79
CONSTRUÇÃO DE ESQUEMAS DE COMANDO ............................................................................. 79
COMUTAÇÃO DE ESCADA................................................................................................................ 81
COMUTAÇÃO DE ESCADA COM INVERSOR ................................................................................ 83
CIRCUITO DE DERIVAÇÃO SIMPLES COM UMA LÀMPADA FLUORESCENTE ..................... 85
CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO ......................................................................................................... 86
LIGAÇÃO DE PONTOS DE TOMADAS DE USO GERAL (MONÓFASICO). ................................ 88
LIGAÇÃO DE PONTOS DE TOMADAS DE USO ESPECÍFICO. ..................................................... 89
ACCIONAMENTOS AUTOMÁTICOS ................................................................................................ 89
ACCIONAMENTO AUTOMÁTICO DE LÂMPADA POR INTERMÉDIO DE UM INTERRUPTOR
COM SENSOR DE PRESENÇA ........................................................................................................... 89
ACCIONAMENTO AUTOMÁTICO DE LÂMPADA POR INTERMÉDIO DE UM RELE
FOTOELÉCTRICO ................................................................................................................................ 90
QUADROS ELÉCTRICOS .................................................................................................................... 90
ASPECTOS A CONSIDERAR NA EXECUÇÃO DE UM QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO ............. 91
MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS ...................................................................... 93
MANUTENÇÃO PREVENTIVA .......................................................................................................... 93
MANUTENÇÃO CORRECTIVA .......................................................................................................... 93
MODULO IV: MÁQUINAS ELECTRICAS ..................................................................................... 94
TRANSFORMADORES ........................................................................................................................ 94
MAQUINAS ELÉCTRICAS ROTATIVAS .......................................................................................... 96
MOTOR ELÉCTRICO ........................................................................................................................... 97
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DOS ACCIONAMENTOS E SEU REGIME DE
FUNCIONAMENTO TIPOS DE MOTORES ....................................................................................... 99
CONTROLE DE MOTORES ELÉCTRICOS ...................................................................................... 100

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PROTEÇÃO ELÉTRICA ................................................................................................................. 103


SOBRE OS MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO DE ROTOR EM CURTO-CIRCUITO. .... 103
ELEMENTOS DE UM CIRCUITO DE ACIONAMENTO E PROTEÇÃO DE MOTORES
ELÉTRICOS. .................................................................................................................................... 105
SIMBOLOGIA GRÁFICA ............................................................................................................... 110
CONCEITOS BÁSICOS EM CIRCUITOS DE COMANDOS ELÉTRICOS ................................. 112
SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL ...................................................................................... 115
ARRANQUE DIRECTO DE UM MOTOR ..................................................................................... 117
ARRANQUE DIRETO DE MOTOR ELÉTRICO COM SINALIZAÇÃO ..................................... 118
ARRANQUE DIRECTO COM REVERSÃO .................................................................................. 119
PARTIDA INDIRECTA DE MOTORES ELECTRICOS TRIFASICOS ....................................... 121
ARRANQUE ESTRELA TRIÂNGULO .......................................................................................... 121

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MODULO I: HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

LEGISLAÇÃO RELACIONADA COM HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO


Até meados do Século XX, as condições de trabalho nunca foram levadas em consideração,
privilegiando-se a produtividade, mesmo que tal implicasse riscos de doenças ou mesmo a morte
dos trabalhadores. Para tal, contribuíram dois factores:

 Mentalidade em que o valor da vida humana era desprezível;


 Total ausência de leis que protegessem os trabalhadores.

Apenas a partir da década de 70/80 surgem as primeiras tentativas de integrar os trabalhadores em


actividades devidamente adequadas às suas capacidades. Actualmente reconhece-se que a
qualidade das condições de trabalho, nomeadamente no que diz respeito às condições de
Segurança, Higiene e Saúde do Trabalho (SHST), são uma parte fundamental na optimização da
qualidade de vida dos trabalhadores. É com base neste pressuposto que hoje em dia se fala cada
vez mais na melhoria dessas condições, registando-se um importante desenvolvimento
evidenciado pela produção de legislação e na implementação de serviços nesta área.

NOVO REGULAMENTO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS


PROFISSIONAIS
A ocorrência de qualquer acidente de trabalho ou diagnóstico de uma doença profissional, bem
como as suas consequências, deve ser participado, verbalmente ou por escrito, nas quarenta e oito
horas seguintes, pelo trabalhador sinistrado ou interposta pessoa, salvo se estes o presenciarem ou
dele vierem a ter conhecimento no mesmo período. Se o estado do sinistrado não permitir o
cumprimento do disposto, o prazo contar-se-á a partir da cessação do impedimento e se a lesão se
revelar ou for reconhecida em data posterior à do acidente, o prazo contar-se-á a partir da data da
revelação ou do reconhecimento.

Ė de extrema obrigação da empresa, comunicar os acidentes de trabalho e doenças profissionais à


Inspecção Geral do Trabalho, bem como ao Ministério de Tutela e à entidade seguradora, no prazo
estabelecido pela respectiva apólice.

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ENQUADRAMENTO LEGAL DA HST


A HST visa manter a integridade física e mental dos trabalhadores, e a sua abordagem nas
empresas tem procurado o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis, sendo regulada pela
intervenção do Estado através da Inspecção do Trabalho.

Como tal, as empresas devem conhecer e compreender o modo como as suas actividades são
abrangidas pelos requisitos legais ou outros que lhe sejam aplicáveis, ou que voluntariamente
subscreva. Geralmente, e nas empresas mais preocupadas com a SHST, é esse o único fim que é
perseguido: estar dentro da Lei.

A LEGISLAÇÃO MOÇAMBICANA NO ÂMBITO DA HST


A Legislação Moçambicana no âmbito da HST estabelece um conjunto de medidas gerais
destinadas a promover a melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores, das quais se destacam:

 Informação técnica relativa aos componentes materiais de trabalho, tanto na fase de


projecto como na de execução;

 Identificação e avaliação dos riscos para a saúde e a segurança dos trabalhadores;

 Elaboração do programa de prevenção de riscos profissionais;

 Vigilância e promoção da saúde dos trabalhadores;

 Organização e manutenção dos registos clínicos e outros elementos informativos reactivos


a cada trabalhador;

 Informação e formação sobre os riscos para a saúde e segurança, bem como sobre as
medidas de protecção e de prevenção adoptadas;

 Organização dos meios destinados à protecção, a nível colectivo e individual;

 Afixação de sinalização de segurança;

 Recolha e tratamento de elementos estatísticos relevantes para a área da HST.

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NOVO REGULAMENTO DE ACIDENTES DE TRABALHO E DOENÇAS


PROFISSIONAIS
Se a lesão resultante do acidente de trabalho não tiver manifestação imediata, compete ao
sinistrado ou aos seus beneficiários legais provar que foi consequência dele. Para o efeito o
trabalhador deve ser referido à Junta Nacional de Saúde pela Inspecção Geral do Trabalho.

 Em caso de Doença Profissional manifestada após a cessação do contrato de trabalho, o


trabalhador conserva o direito de assistência e indemnização, cabendo a ele o bónus de
prova do nexo da casualidade entre o trabalho prestado e a doença de que padece.

LEGISLAÇÃO RELACIONADA COM HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

 DIPLOMA LEGISLATIVO n.º48/73, de 5 de Julho - Aprova o Regulamento geral de


higiene e segurança do trabalho nos estabelecimentos industriais.

 DIPLOMA LEGISLATIVO n.º120/71, de 13 de Novembro -Aprova o Regulamento de


segurança do pessoal e higiene no trabalho, aplicável a obras de engenharia civil.

 DIPLOMA MINISTERIAL n.º95/92, de 1 de Julho - Aprova o Regulamento sobre a


instalação, escolha e manutenção de extintores de incêndio portáteis nos edifícios,
instalações, estabelecimentos ou meios de transportes.

PSICOSSOCIOLOGIA DO TRABALHO - CONCEITOS


A Psicossociologia é a ciência que estuda as manifestações comportamentais suscitadas pela
interacção de uma pessoa com outras pessoas ou pela mera expectativa de tal interacção. Por sua
vez, a Psicossociologia do trabalho estuda o impacto que as variáveis, individuais, de grupo e
organizacionais, têm sobre o comportamento dentro das organizações. Tem como objectivos
compreender as interacções entre os vários actores organizacionais e optimizar os seus resultados.

RISCOS PSICOSSOCIAIS NO TRABALHO


O trabalhador em contexto de trabalho age influenciado não só pelas condições e características
da situação de trabalho, como seja o ambiente físico, sistema técnico e organizacional de trabalho,
e outras estruturas e processos organizacionais, mas igualmente, e de modo determinante, pelas

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suas condições de vida, nomeadamente no que respeita à personalidade do indivíduo, matriz


sociocultural e ao seu estilo de vida.

PSICOSSOCIOLOGIA DO TRABALHO

Factores Psicossociais:

• Individuo + Condições de vida

• Ambiente físico

• Personalidade do individuo

• Sistema técnico organizacional

• Matriz sócio cultural

• Estilo de vida

• Saúde e bem-estar, segurança

• Satisfação profissional

É na interacção destas dimensões que se situam os riscos psicossociais no trabalho, directamente


relacionados com a produtividade e qualidade do trabalho, saúde, bem-estar e segurança do
trabalhador, e a sua satisfação profissional.

PSICOSSOCIOLOGIA DO TRABALHO

Alguns tipos de funções expõem de forma evidente o trabalhador aos riscos psicossociais. São
exemplos:

 Funções que exigem pouco controlo sobre o trabalhador e os métodos de trabalho


(incluindo o trabalho em turnos);

 Funções que não fazem pleno uso das potencialidades do trabalhador param a execução
das tarefas;

 Funções cujo papel não envolve a toma de decisões;

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 Funções que envolvem somente tarefas repetitivas e monótonas;

 Funções de operação de maquinarias (que podem ser monitorizadas de forma


inapropriada);

 Funções cujas exigências são percebidas como excessivas;

 Sistema de pagamento vinculado à execução da tarefa com rapidez ou sem pausas;

 Sistema de trabalho que limita as oportunidades para a interacção social;

 Altos níveis de esforço que não são equilibrados com recompensas suficientes (recursos,
remuneração, auto-estima, status, etc.).

ACIDENTE DE TRABALHO
O que é acidente? Se procurarmos num dicionário poderemos encontrar “Acontecimento
imprevisto, casual, que resulta em ferimento, dano, estrago, prejuízo, avaria, ruína, etc...”

Acidente de trabalho é o sinistro que se verifica, no local e durante o tempo do trabalho, desde
que produza, directa ou indirectamente, no trabalhador subordinado lesão corporal, perturbação
funcional ou doença de que resulte a morte ou redução na capacidade de trabalho ou de ganho.

Considera-se ainda acidente de trabalho o que ocorra:

 Na ida ou regresso do local de trabalho, quando utilizado meio de transporte fornecido


pelo empregador;

 Antes ou depois da prestação do trabalho, desde que directamente relacionado com a


preparação ou termo dessa prestação;

 Por ocasião da prestação do trabalho fora do local e tempo do trabalho normal, se se


verificar enquanto o trabalhador executa ordens ou realiza serviços sob direcção do
empregador;

 Se a lesão resultante do acidente de trabalho ou doença profissional não for reconhecida


imediatamente, compete à vítima ou aos beneficiários legais provar que foi consequência
dele.

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OCORRÊNCIA DE ACIDENTES DE TRABALHO

Os acidentes, em geral, são o resultado de uma combinação de factores, entre os quais se destacam
as falhas humanas e falhas materiais.

Vale a pena lembrar que os acidentes não escolhem hora nem lugar. Podem acontecer em casa, no
ambiente de trabalho e nas inúmeras locomoções que fazemos de um lado para o outro, para
cumprir nossas obrigações diárias.

Quanto aos acidentes do trabalho o que se pode dizer é que grande parte deles ocorrem
porque os trabalhadores se encontram mal preparados para enfrentar certos riscos.

DOENÇA PROFISSIONAL
Doença profissional também é acidente de trabalho?

Doenças profissionais - são aquelas questões adquiridas na sequência do exercício do trabalho


em si. Doenças do trabalho - são aquelas decorrentes das condições especiais em que o trabalho
é realizado. Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a
incapacidade para o trabalho.

 A incapacidade temporária

 A incapacidade parcial e permanente

 A incapacidade total e permanente

(CURIOSIDADES)

Por quê os acidentes acontecem?

Os Acidentes Não Acontecem, São Causados.

AS CAUSAS DEVEM SER DETERMINADAS E CONTROLADAS


Portanto para prevenir e controlar os acidentes de trabalho é preciso conhecer a causa dos acidentes
ou seja porque é que os acidentes ocorrem.

1. Falta de planeamento e gestão comprometida com a segurança / lideranças negativas;

2. Desconhecimento / negligência em relação aos riscos existentes no local de trabalho;

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3. Falta de um sistema de avaliação e controlo de riscos;

4. Insuficiente formação ou treinamento adequado dos trabalhadores;

5. Prática sistemática do improviso e pressa excessiva em atingir resultados;

6. Redes eléctricas precárias ou defeituosas;

7. Deficiente manutenção.

8. Falta ou utilização de ferramentas inadequadas ou gastas;

9. Excesso de confiança.

INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTES
É obrigatório efectuar investigação a acidente que tenham ocorrido, através da apresentação de um
relatório formal dentro de um prazo pré – determinado onde constará um sumário executivo,
contendo a descrição dos pré-eventos que deram origem ao acidente, os eventos do próprio
acidente,

 Causas imediatas, de raiz,

 Factores contributivos, recomendações e acções correctivas a tomar

 Isto visa – Prevenir a repetição do mesmo acidente (no mesmo ou outro local)

Caracterizar ou Descaracterizar o Acidente.

O Método 5 Porquês é um método de perguntas usado para explorar as relações de causa/efeito


de um acidente de trabalho. O objectivo da aplicação do método 5 Porquês é determinar a causa
ou as causas raiz de um acidente.

Este método consiste em questionar 5 vezes consecutivas “Porquê”, partindo da ocorrência de um


determinado acidente de trabalho.

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PROCEDIMENTOS DE UM PROGRAMA DE SEGURANÇA


Para que um programa de SEGURANÇA seja bem-sucedido são necessários vários ingredientes:

 Conhecimento sobre segurança;

 Empenho;

 Experiencia sobre segurança;

 Competência técnica;

 Apoio a gestão da segurança.

O QUE REPRESENTAM ESTES ITENS?

Conhecimentos técnicos de segurança: o trabalhador deve possuir conhecimentos técnicos de


segurança que podem ser adquiridos durante a sua formação geral ou específica ou através de
estudo individual.

Competência técnica: o trabalhador deve possuir competência técnica. Isto inclui a habilidade de
tomar próprias decisões sobre segurança, baseadas em avaliações técnicas.

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• Apoio à gestão da segurança: deve estabelecer-se um sistema de apoio à gestão da


segurança por forma a monitorarem-se os acidentes, incidentes, perdas e as “quase perdas”, para
que sejam introduzidas modificações pertinentes para a sua prevenção.

• Empenho: um programa de segurança deve ter o empenho de todo o pessoal da empresa


para que todos trabalhem no sentido de aplicarem e melhorarem práticas seguras. A segurança
deve ter a mesma importância que a produção.

• Experiencia sobre segurança: o trabalhador deve deter experiência com o processo de


produção e procedimentos seguros a seguir para prevenir acidentes.

A forma mais efectiva de se implementar um programa de segurança é torná-lo


responsabilidade de todos (líderes e trabalhadores de todos os sectores).

PERIGO - CONCEITOS
Perigo é uma qualquer situação ou condição com potencialidade de produzir ou causar lesão física
ou dano à saúde das pessoas por ausência de medidas de controlo. Ou é a propriedade ou
capacidade intrínseca de um componente do trabalho (materiais, equipamentos ou métodos) ser
potencial causador de danos.

Risco é a probabilidade de um perigo resultar num acidente. Os riscos podem ser eliminados ou
controlados ou é a possibilidade de um trabalhador sofrer um dano provocado pelo trabalho. Para
qualificar um risco interessa avaliar conjuntamente a probabilidade de ocorrência do dano e a sua
gravidade.

Danos (provocados pelo trabalho): Danos são as doenças, patologias ou outras lesões sofridas pelo
trabalhador, devido á actividade que exerce ou durante o período de trabalho.

A palavra risco deriva do italiano antigo risicare, que por sua vez origina-se do baixo-latim risicu,
riscu, a qual significa "ousar“. Seu significado gera controvérsias, pois é muito comum a utilização
dos vocábulos risco e perigo como sinónimos.

Risco real - é o estatisticamente medido e calculado, caso se disponha de todos os dados que
conduzem a ocorrência de determinado evento indesejado. Também é denominado risco objectivo.

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Risco percebido - é o percebido pelo indivíduo, independente ou não dos valores encontrados pela
análise científica.

Risco = Probabilidade X Severidade

Perigo - expressa uma exposição relativa a uma fonte de perigo.

Fonte de Perigo - é algo que pode ser perigoso ou provocar danos, ou o que pode expor alguém
ao perigo”, ou ainda, uma condição que gera ou aumenta a possibilidade de riscos. Uma fonte de
perigo é uma condição que cria ou aumenta um risco, ou seja, sem ela não há riscos.

Exemplos de perigo e risco:

Algumas pessoas apresentam maiores riscos de desenvolver doenças respiratórias do que outras.

As protecções contra curto circuitos (fonte de perigo) não foram bem instaladas, representa uma
ameaça a instalação, pois esta não apresenta devida protecção, podendo assim apresentar
anomalias no seu funcionamento de regime normal.

Imagine ausência de neutro e aterramento em uma instalação. Ela oferece o risco de contactos
eléctricos (electrocussões).

As fontes de perigo, em função do processo de exposição, têm potencial para provocar


consequências danosas sobre aqueles que a elas se expõem.

A magnitude (extensão) e a severidade (gravidade) dos danos provocados dependerão das


condições da exposição, da resistência física e da sensibilidade do ente exposto à fonte de perigo.

É importante notar que em tudo o que fazemos há uma dose de risco: quer seja no trabalho, quer
em casa, quando consertamos alguma coisa, brincando, dançando, praticando desporto ou mesmo
transitando pelas ruas da cidade.

ACTO INSEGURO E CONDIÇÕES INSEGURAS


O acidente de trabalho deve-se principalmente a duas causas:

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ACTO INSEGURO
É o acto praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está contra as normas
de segurança. Em outras palavras é um certo tipo de comportamento que leva ao acidente. São
exemplos de actos inseguros: subir a um ponto alto sem cinto de segurança contra quedas, ligar
tomadas de aparelhos eléctricos com as mãos molhadas, conduzir a altas velocidades, etc.

Consequência de actos inseguros

Fig. Representação de um acto inseguro

Fig. Consequência de actos inseguros.

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CONDIÇÃO INSEGURA

É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos
de condições inseguras: instalação eléctrica com fios desencapados, máquinas em estado precário
de manutenção, carro sem os sem o sistema de travões em condições.

Também pode considerar-se como causas de acidentes os eventos catastróficos, como inundações,
tempestades, etc.

Eliminando-se os actos inseguros e as condições inseguras é possível reduzir os acidentes e as


doenças ocupacionais. Esse é o papel da Segurança no Trabalho.

Fig. Condições inseguras

Fig. Condições inseguras

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DANOS E IMPACTOS CAUSADOS PELOS ACIDENTES E DOENCAS DO


TRABALHO DE TRABALHO
Danos causados pelos acidentes e doenças aos trabalhadores e impacto sobre a sua família

Os trabalhadores que sobrevivem a esses infortúnios são também atingidos por danos que se
materializam em:

• Sofrimento físico e mental;

• Cirurgias e remédios;

• Próteses e assistência médica;

• Fisioterapia e assistência psicológica;

• Dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção;

• Diminuição do poder aquisitivo;

• Desamparo à família;

• Estigmatização do acidentado;

• Desemprego;

• Marginalização;

Acidentes de trabalho provocam incapacidade (temporária ou mesmo permanente) para o


trabalhador, empurrando as vítimas a situações desagradáveis como o desemprego.

No caso de um trabalhador morto em virtude de um acidente do trabalho, a família do acidentado


poderá sofrer graves consequências não só financeiras, como também sociais. Não haverá mais a
possibilidade de promoções, horas extras, etc. Toda a experiência de vida que poderia ser
transmitida aos filhos é perdida.

IMPACTO DOS ACIDENTES E DOENÇAS SOBRE A EMPRESA


As condições de trabalho e a produtividade encontram-se intimamente ligadas. Qualquer acidente
do trabalho acarreta prejuízos económicos para o acidentado, para a empresa e também para a
Nação. Os acidentes de trabalho acarretam custos directos e custos indirectos.

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Os custos directos envolvem (assistência médica e indemnizações). os custos indirectos dos


acidentes de trabalho são bem mais importantes que os custos directos, através de factores de perda
como os seguintes:

• Perda de horas de trabalho pela vítima;

• Perda de horas de trabalho pelas testemunhas e Responsáveis;

• Perda de horas de trabalho pelas pessoas encarregadas dos inquéritos;

• Interrupções da produção;

• Danos materiais, atraso na execução do trabalho;

• Custos inerentes às peritagens e acções legais eventuais;

• Diminuição do rendimento durante a substituição;

• Aretoma de trabalho pela vítima.

• Danos ao imóvel;

• Danos ao equipamento e ferramentas;

• Danos ao produto e material;

• Interrupção e atrasos de produção;

• Aluguer de equipamento de substituição;

• Tempo de investigação;

• Salários pagos por perda de tempo;

• Custos de contratar e/ou preparar pessoal de substituição;

• Horas extras;

• Tempo de supervisão;

• Tempo de andamentos administrativos;

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• Menor produção do trabalhador acidentado após o retorno;

• Perda de prestígio e de possibilidades de fazer negócios.

SINALIZAÇÃO DE SEGUUERANÇA E PRESTACAO DE PRIMEIROS SOCORROS


A sinalização de segurança é uma técnica complementar de segurança, pois não elimina nem
atenua o risco (informa da sua presença) e a sua aplicação não dispensa a adopção de medidas de
prevenção e controlo adequadas aos riscos em presença. Assinala, de forma rápida e inteligível, os
objectos e situações susceptíveis de perigo de modo que todos a compreendam.

• Os sinais devem:

• Atrair a atenção dos trabalhadores;

• Estar localizados em local visível;

• Dar a conhecer o risco ou a informação que pretende transmitir;

• Ser claros, permitindo apenas uma única interpretação;

• Ser retirados imediatamente logo que a situação que os justificava deixe de se verificar.

PRELIMINARES PARA A EXECUÇÃO DE TRABALHOS EM INSTALAÇÕES DE


UTILIZAÇÃO DE BAIXA TENSÃO
Todo o trabalho desenvolvido com equipamentos, ferramentas e máquinas em áreas que oferecem
risco a integridade física dos profissionais, equipes ou até mesmo terceiros envolvidos, merecem
atenção especial a respeito da ‘‘segurança ’’. O principal envolvido na segurança é directamente o
trabalhador, que precisa zelar por si mesmo (segurança individual) e pelos companheiros de equipa
ou terceiros (segurança colectiva). Vamos conhecer alguns equipamentos essenciais para o
electricista do quotidiano.

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EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL (EPI) DE USO DO


ELECTRICISATA

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO COLECTIVA (EPC)

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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
A sinalização de segurança subdivide-se em cinco classes:

 Proibição: sinal que proíbe um comportamento;

 Obrigação: sinal que impõe um comportamento;

 Emergência: sinal que dá indicações sobre as saídas de emergência ou os meios de


salvamento / socorro;

 Incêndio: sinal que dá indicações sobre os meios de combate a incêndio e instalações /


equipamentos;

 Perigo: sinal que adverte de um perigo ou de um risco;

 Informação: sinal que dá indicações não abrangidas pelas restantes classes de sinalização
de segurança.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Proibição)


• Indicam comportamentos proibidos de acordo com o pictograma inserido no

• sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..

• Têm forma circular, o contorno vermelho, pictograma a preto e o fundo branco.

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Realização

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Perigo)

Indicam situações de atenção, precaução do risco potencial de acordo com o pictograma inserido
no sinal. São utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc..

Têm forma triangular, o contorno e pictograma a preto e o fundo amarelo.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Obrigação)


Indicam comportamentos obrigatórios de acordo com o pictograma inserido no sinal. São
utilizados em instalação, acessos, aparelhos, instruções e procedimentos, etc…Têm forma circular,
fundo azul e pictograma a branco.

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Realização

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Emergência)


Fornecem informações de salvamento de acordo com o pictograma inserido no sinal. São
utilizados em instalações, acessos e equipamentos, etc…Têm forma rectangular, fundo verde e
pictograma a branco.

SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA (Sinais de Combate a Incêndios)


Fornecem informações de relativos ao material de combate a incêndios, os locais onde estão estes
equipamentos e os acessos a estes locais devem ser de cor vermelha e devem ser sinalizados através
das placas descritas.

São utilizados em instalações, acessos e equipamentos, etc…

Têm forma rectangular ou quadrada, fundo vermelho e pictograma a branco.

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Realização

MODULO II: INTRODUÇÃO A ELECTRICIDADE

GRANDEZAS ELÉCTRICAS
TENSÃO ELÉCTRICA
Tensão eléctrica ou diferença de potencial (ddp) ou voltagem é a diferença de potencial eléctrico
entre dois pontos ou é a diferença em energia eléctrica potencial por unidade de carga eléctrica
entre dois pontos. O símbolo da tensão é o “U” ou “V”.

A unidade de medida da tensão eléctrica é o volt, símbolo (V) – unidade usada em homenagem ao
físico italiano Alessandro Volta.

Por exemplo nas tomadas das nossas casas ou nas tomadas deste centro de formação dizemos que
tem 220 volts. Mais na verdade estamos a falar de 220 volts da diferença de potencial que existe
entre os dois pólos da tomada.

O voltímetro é o instrumento ou aparelho de medição utilizado para se medir a tensão ou a ddp


entre dois pontos em um sistema ou de uma tomada. O símbolo do Voltímetro é

Múltiplos do Volt
QUILOVOLT: abreviada pela letra KV
Um Quilovolt (1 KV) equivale a 1.000 V.

Para converter Quilovolt em volt, deve-se multiplicar o valor em Quilovolt por 1000 (mil), o
resultado desta divisão será dado em volts.
Exemplo:
Converter 13,8 KV em volts (V)
13,8 x 1000 = 13800 V

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Realização

Para converter volts (V) em Quilovolts (KV), deve-se dividir o valor dado em volts por mil.
Exemplo:
Converter 13800 V em KV
13800 / 1000 = 13,8 KV

Submúltiplos do Volt
MILIVOLT: abreviada por mV
Um Milivolt (mV), equivale a 0,001 V

Para converter Milivolts em Volts, deve-se dividir o valor dado em Milivolts (mV) por 1000 (mil),
o resultado desta divisão será dado em Volts.
Exemplo:
Converter 400 mV em V
400 / 1000 = 0,4 V
Para converter Volts em Milivolts deve-se multiplicar o valor dado em Volts (V) por 1000 (mil),
o resultado desta multiplicação será dado em Milivolts (mV).
Exemplo:
Converter 2 V em mV.
2 x 1000 = 2000 mV

INTENSIDADE DE CORRENTE ELÉCTRICA


A corrente eléctrica ou amperagem é o fluxo ordenado de partículas portadoras de carga
eléctrica, ou também, é o deslocamento de cargas dentro de um condutor, quando existe uma
diferença de potencial eléctrico entre as extremidades. O símbolo da corrente é o “I”
Imaginemos dois tanques cheios de água, sendo um mais cheio do que o outro. Se ligarmos esses
dois tanques por um tubo (condutor de água), pela diferença de nível de água (diferença de
potencial) haverá um fluxo de água do tanque mais cheio para o tanque mais vazio até que os
níveis sejam iguais (mesmo potencial).

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A unidade de medida da Corrente Eléctrica é o Ampere (A) – unidade usada em homenagem ao


físico francês André-Marie Ampère. O aparelho utilizado para medir a Corrente Eléctrica é o
Amperímetro. O Símbolo do Amperímetro é:

A corrente só pode ser medida em SÉRIE. Com um amperímetro em mãos e uma


tomada simples (bipolar) não é possível medir corrente, só seria possível com o
auxílio de um circuito em série. Se você tentar medir colocando as ponteiras do
multímetro na tomada, será uma experiência EXPLOSIVA!

Múltiplos do Ampère
QUILO AMPERE: Abreviado pelas letras KA.
Um Quilo ampere (1 KA) é igual a 1000 A.

Para converter Quilo ampere em Ampère deve-se multiplicar o valor dado em Quilo ampere (KA)
por 1000 (mil), o resultado desta multiplicação será dado em Ampère (A).
Exemplo:
Converter 2,5 KA em A.
2,5 x 1000 = 2500 A.

Para converter Ampère em Quilo ampere, deve-se dividir o valor dado em Quilo ampere (KA) por
1000 (mil), o resultado desta divisão será dado em Ampère.

Exemplo:
Converter 2000 A em KA
2000 / 1000 = 2 KA.

Submúltiplos do Ampère
MILIAMPERE: abreviada por mA
Um Miliampere (mA), equivale a 0,001 A

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Realização

Para converter Miliampere em Amperes, deve-se dividir o valor dado em Miliamperes (mA) por 1000
(mil), o resultado desta divisão será dado em Amperes.

Exemplo:
Converter 400 mA em A
400 / 1000 = 0,4 A

Para converter Amperes em Miliamperes deve-se multiplicar o valor dado em Amperes (A) por 1000
(mil), o resultado desta multiplicação será dado em Miliamperes (mA).

Exemplo:
Converter 2 A em mA.

2 x 1000 = 2000 mA

TIPOS DE CORRENTE ELÉCTRICA


O sentido da corrente é definido pela direcção em que os electrões se movimentam. A corrente
pode ser classificada em relação a movimentação de seus electrões em corrente alternada e corrente
contínua.
CORRENTE CONTÍNUA (CC OU DC)
Quando as cargas eléctricas se movimentam em uma só direcção temos a Corrente Contínua -
C.C, ou DC (Direct Current).
Quando esse movimento de cargas é sempre no mesmo sentido, surge no corpo uma corrente
eléctrica contínua, conhecida como CC. É exactamente o tipo de corrente fornecido por uma pilha
de lanterna, bateria de automóvel e a fonte de alimentação do computador.
Os circuitos integrados das placas dos computadores trabalham sob uma alimentação de CC.

A Voltagem de Corrente Contínua (VCC) ou DCV (Direct Current Voltage) é quem realmente
alimenta a maioria dos equipamentos electrónicos.

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Quando um equipamento é ligado na tomada de tensão VAC - Voltagem de Corrente Alternada


(220), um circuito electrónico chamado fonte de alimentação converter a tensão VAC em DCV
que alimenta os circuitos electrónicos em geral.
Outras formas de geração de energia contínua são as: Baterias (carros, telefone celulares, rádio
comunicadores, etc.), as pilhas (rádios portáteis, brinquedos, etc.) ou até mesmo a energia solar
(painéis solares), entre outras.

Símbolos da Corrente Contínua e da Voltagem de Corrente Contínua:

CORRENTE ALTERNADA (CA ou AC)


É definida como a corrente que não só varia de sentido, mas também em sua intensidade ao longo
do tempo. Quando a movimentação dos electrões varia de sentido em um determinado tempo,
classificamos esta como Corrente Alternada – CA (ou AC: Alternate Current).
A Voltagem de Corrente alternada – VCA (ou ACV: Alternate Current Voltage) é gerada em
Moçambique na sua grande parte pelas hidroeléctricas que convertem a energia cinética da água
em energia potencial, através do movimento de turbinas.

Fig. Curvas de voltagem de C.C. e de C.A.

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SENTIDOS DA CORRENTE ELÉCTRICA


Quando falamos no sentido da corrente eléctrica, estamos querendo definir em que direcção às
cargas eléctricas estão se movimentando.
Sentido Convencional - É o sentido usado para estudos na maioria dos livros técnicos. Neste
sentido a corrente se desloca do positivo para o negativo.

Sentido Real - Este é o sentido verdadeiro dos electrões, do negativo para o positivo

RESISTÊNCIA ELÉCTRICA

A corrente eléctrica ao passar por um certo material pode ter ou não “dificuldade”. Certos materiais
impõe maior dificuldade à passagem da corrente eléctrica do que outros. A essa “dificuldade que
o material impõe à passagem da corrente chama-se Resistência Eléctrica.
Todo material, por mais condutor que seja, oferece uma resistência à passagem da corrente. Os
melhores condutores serão aqueles que terão a menor resistência e os piores condutores a maior
resistência.
Quanto maior a resistência eléctrica maior será o calor dissipado pelo condutor na passagem de
uma mesma corrente.
A unidade de medida da Resistência eléctrica é o ohm (Ω) – unidade em homenagem ao físico
alemão Georg Simon Ohm.
O aparelho utilizado para medir a Resistência eléctrica é o Ohmímetro.

A LEI DE OHM
As grandezas descritas acima, nomeadamente a corrente, a tensão ou diferença de potencial e a
resistência eléctrica são relacionadas pela lei de Ohm:

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V = diferença de potencial (d.d.p.)


R = resistência em ohms (Ω)
I = corrente em amperes (A)

Exemplo:

Queremos saber a (d.d.p.) de um equipamento que, através de uma resistência de 100 ohms,
estabelece uma corrente de 1 ampere.

Solução:

V = R x I V =100 x 1 = 100 V

Exemplo:

Qual a corrente que circula através de um condutor de 10 ohms de resistência, quando em suas
extremidades existe um equipamento de 110 “Volts” ?

Solução:

V = R x I I = V/R I =110 / 10 = 11 A

Exemplo:

Queremos saber resistência oposta ao deslocamento de uma corrente de 5 amperes, quando existe
uma d.d.p. de 220 “Volts” fornecida por uma fonte.

Solução:

V = R x I R = V / I R =220 / 5= 44Ω

POTÊNCIA ELÉCTRICA
Todo condutor sujeito a uma tensão é atravessado por uma corrente. Essa corrente que passa pelo
condutor é capaz de produzir algum trabalho, assim como ocorre com os motores eléctricos. Essa
capacidade de produzir trabalho é definida como Potência Eléctrica e normalmente é
referenciada pela letra P. Apesar dos nomes serem parecidos não devemos confundir potência
eléctrica com potencial eléctrico.

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Um determinado equipamento terá uma potência maior ou menor de acordo com a sua capacidade
de produzir mais ou menos trabalho eléctrico.

A unidade de medida da Potência eléctrica é o Watt (W) – unidade em homenagem ao matemático


e engenheiro escocês James Watt. O Watt é a potência gerada por uma corrente de um ampere
passando por um condutor sujeito a uma tensão de 1 volt.:

O Aparelho utilizado para medir a Potência eléctrica é o Wattímetro.

Múltiplos do Watt
QUILOWATTS: Abreviado pelas letras KW.
Um Quilowatt (1 KW) é igual a 1000 W.

Para converter Quilowatt em watt deve-se multiplicar o valor dado em Quilowatt (KW) por 1000
(mil), o resultado desta multiplicação será dado em watt (W).
Exemplo:
Converter 2,5 KW em W.
2,5 x 1000 = 2500 W.
Para converter watt em Quilowatt, deve-se dividir o valor dado em Quilowatt (KW) por 1000 (mil),
o resultado desta divisão será dado em watt.
Exemplo:
Converter 2000 W em KW
2000 / 1000 = 2 KW.

Submúltiplos do Watt
MILIWATT: abreviada por mA
Um Miliwatt (mW), equivale a 0,001W

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Para converter Miliwatt em watt, deve-se dividir o valor dado em Miliwatt (mW) por 1000 (mil),
o resultado desta divisão será dado em watt.
Exemplo:
Converter 400 mW em W 400 / 1000 = 0,4 W

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Exercicios:

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MEDIDAS ELÉCTRICAS
Medir é estabelecer uma relação numérica entre uma grandeza e outra, de mesma espécie, tomada
como unidade. Medidas eléctricas só podem ser realizadas com a utilização de
instrumentosmedidores, que permitem a quantificação de grandezas cujo valor não poderia ser
determinado através dos sentidos humanos.
Padrãoé a grandeza que serve de base ou referência para a avaliação da quantidade ou da qualidade
da medida; deve ser estabelecido de tal forma que apresente as seguintes características:
 Permanência, significando que o padrão não pode se alterar com o passar do tempo
nem com a modificação das condições atmosféricas;
 Reprodutibilidade, que é a capacidade de obter uma cópia fiel do padrão. Erros
são inerentes a todo o tipo de medidas e podem ser minimizados, porém nunca
completamente eliminados.

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Em medidas elétricas, costuma-se considerar três categorias de erros:

a) GROSSEIROS
São sempre atribuídos ao operador do equipamento e, de uma maneira geral, pode-se dizerque
resultam da falta de atenção. A ligação incorrecta do instrumento, a transcrição equivocada dovalor
de uma observação ou o erro de paralaxe são alguns exemplos. Esses erros podem serminimizados
através da repetição atenta das medidas, seja pelo mesmo observador ou por outros.

b) SISTEMÁTICOS
Devem-se as deficiências do instrumento ou do método empregado e às condições sob asquais a
medida é realizada. Costuma-se dividi-los em duas categorias:
 Instrumentais, inerentes aos equipamentos de medição, tais como escalam mal graduadas,
oxidação de contactos, desgaste de peças e de calibração. Podem ser minimizados usando-
seInstrumentos de boa qualidade e fazendo-se sua manutenção e calibração adequadas.
 Ambientais, que se referem às condições do ambiente externam ao aparelho, incluindo-se
aquifactores tais como temperatura, humidade e pressão, bem como a existência de campos
eléctricose/ou magnéticos. Para diminuir a incidência desses erros pode-se trabalhar em
ambientes climatizados e providenciar a blindagem dos aparelhos em relação a campos
electromagnéticos.

c) ALEATÓRIOS
Também chamados erros acidentais, devem-se a factores imponderáveis (incertezas), como a
ocorrência de transitórios em uma rede eléctrica e ruídos provenientes de sinais espúrios. Como
não podem ser previstos, sua limitação é impossível.
No tratamento de erros os termos exactidãoe precisão - embora sejam muitas vezes usados como
sinónimos - têm significado diferentes:
 Exactidão: é a propriedade que exprime o afastamento que existe entre o valor lido no
instrumento e o valor verdadeiro da grandeza que se está medindo.
 Precisão: característica de um instrumento de medição, determinada através de um
processo estatístico de medições, que exprime o afastamento mútuo entre as diversas
medidas obtidas de uma grandeza dada, em relação à média aritmética dessas medidas.

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A precisão é, portanto, uma qualidade relacionada com a receptibilidade das medidas, isto é, indica
o grau de espalhamento de uma série de medidas em torno de um ponto.

CLASSIFICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDAS ELÉTRICAS


Os instrumentos de medidas eléctricas podem ser classificados de várias formas, de acordo com o
aspecto considerado quanto à:
a) Grandeza a ser medida: amperímetro (corrente); voltímetro (tensão); wattímetro (potência
activa); variómetro (potência reactiva); fasímetro ou cosifímetro (desfasagem entre tensão e
corrente ou cosj); ohmímetro (resistência); capacímetro (capacitância); frequencímetro
(frequência).
b) Forma de apresentação dos resultados:
 Analógicos, nos quais a leitura é feita de maneira indirecta, usualmente através do
posicionamento de um ponteiro sobre uma escala.
 Digitais, que fornecem a leitura directamente em forma alfanumérica num display.

MEDIÇÃO DE TENSÃO, INTENSIDADE E RESISTÊNCIA COM MULTÍMETRO


O MULTÍMETRO
O multímetro é um aparelho usado para medir correntes eléctricas contínuas e alternadas em
Amperes, tensões contínuas e tensões alternadas em Volts. Como o multímetro pode medir varias
grandezas eléctricas, o aparelho deve ser regulado e ajustado para medir exactamente a grandeza
que precisamos medir. Se um procedimento errado for feito, então o aparelho vai se danificar.
Existem dois tipos de multímetro:
 O analógico (de ponteiro) – que é melhor para testar a maioria dos componentes
electrónicos;

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 O digital, de visor de cristal liquida, que é melhor para medir tensões, correntes e testar
resistências.

Os multímetros, quer os analógicos assim como os digitais, são dotados de duas pontas de prova
de acesso ao exterior do aparelho, através das quais é possível medir as grandezas.

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MEDIÇÃO DE TENSÃO CONTINUA (DCV) USANDO MULTÍMETRO DIGITAL


Processo de execução
1) Conecte uma das pontas preta no borne marcado "COM" do multímetro e uma das pontas
vermelha no borne "VΩHz";
2) Seleccione uma das escalas de tensão contínua, que seja adequada à leitura que deseja efectuar.
Em caso de dúvida utilize a mais elevada (“1000 V DC”) e vá, progressivamente, decrescendo de
escala até obter uma leitura mais exacta.

Nunca tente medir tensões superiores a 400 V DC.

3) Aplique as pontas de prova em paralelo com o circuito que deseja medir.


4) Leia o valor da tensão exibido no visor, caso esteja precedido do sinal menos (“-“), será
indicação que as pontas de prova estão com a polaridade invertida em relação ao circuito.

MEDIÇÃO DE CORRENTE ALTERNADA (AC) USANDO MULTÍMETRO DIGITAL


Processo de execução

A escala de 10 A AC não é protegida e apresenta uma baixa impedância


interna, portanto não tente medir corrente superior a 10 A AC ou tensão, para
evitar danos ao multímetro ou no equipamento sob teste.

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1) Ligue uma das pontas preta no borne marcado "COM" do multímetro e uma das pontas vermelha
no borne "mA"ou "10 A". Este último borne só deverá ser usado quando se for medir até 10 A AC
e a chave selectora estiver na posição "10 A AC".
2) Caso tenha escolhido o borne “10 A" seleccione a escala “10 A AC”, caso contrário escolha
uma das escalas de corrente compreendida, entre "20 mA" a "200 mA", que seja adequada à leitura
a ser feita.
3) Com a ponta de prova vermelha conectada no borne "mA" não tente medir mais que 200 mA
AC e, se estiver conectada no borne "10 A", não tente medir mais que 10 A AC, caso contrário
poderá danificar o multímetro.
4) Desligue o circuito que pretende testar, interrompa o condutor no qual quer medir a corrente e
ligue o multímetro em série com o circuito.
5) Ligue o circuito a ser medido.
6) Leia o valor da corrente no visor do multímetro.

Nunca mude de escala com o circuito energizado, desligue-o primeiro.

7) Após a medição desligue o circuito, remova o multímetro e ligue o condutor interrompido.

Não meça correntes superiores a 10 A por um tempo superior a 15 segundos


e aguarde 5 minutos para fazer duas medidas sucessivas.

MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA USANDO MULTÍMETRO DIGITAL


Processo de execução

Nunca tente medir resistência em um circuito que esteja energizado, ou antes,


que os capacitadores do mesmo tenham sido descarregados.

1) Ligue uma das pontas preta no borne marcado "COM" do multímetro e uma das pontas vermelha
no borne "VΩHz";

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Realização

2) Gire a chave selectora para a função de resistência e escolha uma das escalas, que seja adequada
à leitura que deseja efectuar.
3) Aplique as pontas de prova em paralelo com o resistor a ser medido. 4) Leia o valor da
resistência no visor.
Quando for medir um resistor que esteja ligado em um circuito, solte um
dos seus terminais, para que a medição não seja influenciada pelos demais
componentes do circuito.

5) Em leituras de valor superior a 1 M Ohm o multímetro demorará alguns segundos até que a
leitura estabilize no visor.
6) Na escala de 200 M Ohm para obter o valor final da leitura, deverá ser subtraído 1 M Ohm do
valor exibido no visor.

MÓDULO III: INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

INTRODUÇÃO ÀS FERRAMENTAS PARA INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

Selecção de Ferramentas Manuais para Instalação Eléctrica A execução, a realização ou montagem


de qualquer instalação eléctrica depende muito das ferramentas e dos instrumentos a serem usadas
e depende também de como essas mesmas ferramentas e instrumentos são utilizadas. Instrumentos
e ferramentas adequadas ao serviço ou uma determinada actividade, para além de facilitarem o
trabalho e dão correcção e segurança ao utilizador e ao trabalho. Com ferramentas e instrumentos
adequadas a uma certa tarefa ou actividade, ganha-se tempo, executa-se a tarefa dentro do melhor
padrão e despende-se menos energia.

Para os trabalhos de um electricista são necessárias as seguintes ferramentas:


 Alicate universal, Alicate de corte diagonal,Alicate de bicos, Alicate descarnador;
 Chaves;
 Canivetes;
 Fita métrica;
 Fio-de-prumo;
 Busca-pólos.

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Realização

 Nível
 Multímetro com testadores

ALICATE UNIVERSAL
São ferramentas manuais de aço carbono feitas por fundição ou forjamento, compostas de dois
braços e um pino de articulação, tendo em uma das extremidades dos braços, suas garras, cortes e
pontas, temperadas e revenidas. Os alicates servem para segurar por apertos, cortar, dobrar, colocar
e retirar determinadas peças nas montagens.

Os alicates universais para electricistas devem ter um isolamento no braço que suporte até 1000 V
CA.

ALICATE DE PONTAS CHATAS


Este tipo de alicate deve possuir a sua cauda isolada para se evitarem contactos do utilizador com
a superfície de contacto dos aparelhos de utilização.

Emprega-se para apertar fios e cabos auxiliando a fixação destes bornes de ligação.

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Alicate de pontas

ALICATE DE BICO OU DE PONTA REDONDAS.


Este assim como também devera estar isolado. Será utilizado a preparar pontes em olhal para a
fixação de fios e cabos com parafusos.
Alicate de Bico ou de ponta é utilizado em serviços de mecânica e de electricidade, sobretudo
quando se realizam tratamentos de terminais dos condutores.

Alicate de pontas redondas

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ALICATE DE CORTE
Emprega-se para cortar fios e cabos serve para cortar chapas, arames de pequenas secções.

Os alicates de corte para electricistas devem ter um isolamento no braço que suporte até 1000 V
CA.

ALICATE DESCARNADOR
Alicate Descarnador de Fios - Pode ser bastante simples como o do tipo que se assemelha a um
alicate universal. Regula-se a abertura das lâminas de acordo com o diâmetro do condutor a ser
desencapado.

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Outro tipo de descarnador é o desarme automático. Nele existem orifícios com diâmetros
reguláveis correspondentes aos diversos condutores. Ao pressionar suas hastes, tanto o corte como
a remoção da isolação são executados.

CHAVE DE FENDAS E DE ESTRELA


São chaves de Isolamento plásticos (pvc) de variadas dimensões (a largura da chave e diferente
nas varias chaves). Empregam-se para apertar ou desapertar parafusos de fenda (chaves de fenda)
ou parafusos em estrela (chave de estrela) ao decorrer dos trabalhos.

Chave de fendas e Chave de estrela respectivamente

Para além da fenda, existem diversos outros padrões de cabeças de parafuso como Phillips
(estrela), Pozidriv, Torx e Allen (sextavado por interior).

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BUSCA POLOS
Servem para se identificar que fios ou cabos se encontram sobre tensão (se são a fase). É
constituído por uma haste de aço inox, a qual termina na extremidade superior por uma ponta
achatada, tem um cabo que serve de punho (este isolado), no interior do qual se encontra uma
resistência de valor elevado e uma lâmpada de néon ligados em série. Quando se toca na ponta do
cabo do busca-pólos, se existir tensão na ponta da chave, a luz acende-se.

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NAVALHA
Utiliza-se para se retirar o isolamento protector dos fios e cabos condutores. É constituída por uma
lâmina e um cabo, ao pegar-se nesta tem de se ter o cuidado de não a segurara pela lâmina pois
esta pode ferir o utilizador.

MARTELO
Composto por um cabo e um pedaço de um metal rijo de modo a que não se danifique quando se
exerce força e tenha um peso suficiente para exercer o máximo de força possível. Aplica os pregos
necessários. Realiza um trabalho na abertura de roços e em algumas pancadas necessárias.

FITA MÉTRICA
É composta por um fita graduada, onde estão marcadas medidas no Sistema Internacional (metros
e centímetros), e por vezes, no sistema inglês (polegadas). Serve para medir comprimentos de fios
e cabos condutores a aplicar nas instalações, para além de comprimentos e distâncias dos mais
variados objectos e espaços.

FERRO DE SOLDAR.
É uma ferramenta que se emprega na electricidade actual, a qual exige muito cuidado, dado que
executa trabalhos delicados. Emprega-se para aquecer as pontas a soldar, pequenos terminais nas
extremidades dos condutores.

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LIGAÇÕES
Na oficina de electricidade o electricista tem como material os fios condutores, aos quais se devem
dar formas que irão variar de acordo com a rigorosidade do trabalho que se pretende realizar. Neste
âmbito, e sendo o condutor eléctrico a via para permitir a circulação de corrente eléctrica pelos
diferentes elementos e aparelhos eléctricos, vai estar sujeito a diversas ligações:
 Junções e derivações

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Realização

 Anilhas ou Olhal
 Soldaduras.
Si a ligação não esta bem-feita é possível que originem-se defeitos como interrupção, o
aquecimento das partes ligadas. Fica demonstrada a importância das tarefas de ligação dos
condutores.

JUNÇÕES E DERIVAÇÕES
As junções servem para unir ou ligar dois ou mais condutores que podem ser submetidos a uma
tensão mecânica. Ao se realizarem as junções de dois ou mais condutores é necessário que esta
não aumente a resistência eléctrica do condutor resultante.
Para ligar ou unir fios condutores de até uma secção de 2,5 mm2, pode-se empregar o sistema
representado na figura:

Para fios condutores de secção maiores até 16 mm2, emprega-se o sistema representado na figura.
Estas ligações são feitas com a ajuda de ferramentas apropriadas como por exemplo alicates.

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Realização

Se tiver que ligar fios de secções diferentes, por exemplo um condutor de 10 mm2 e um outro de
1,5 mm2, deve-se uni-los em forma de cauda, veja a figura.

Vai ter que unir dois fios condutores, atando-os com um arame fino e soldando depois com estanho
a junção executada.

A junção de cabos ou condutores multifilares é mais trabalhosa. Para realizar esta operação
emprega-se muitas vezes a chamada junção em estrela, veja a figura:

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Realização

As junções de que estamos a falar dividem-se em dois tipos:


 Junção de fios em prolongamento.
 Junção de fios em derivação.

JUNÇÃO DE FIOS EM PROLONGAMENTO


Este tipo de junção realiza-se quando se trata de uma instalação que termina com um condutor que
tem de continuar. Elas são de dois tipos:
Procedimento
Para a realização prática deste tipo de junção deve-se seguir a seguinte ordem de operação:
1. Com alicate descarnador ou navalha, descarne as extremidades dos condutores num
comprimento admissível e necessário;
2. Cruze os extremos a unir, colocando-os como mostra a figura:

3. Usando as mãos, torce as extremidades dos condutores, girando uma sobre a outra:

4. Fazendo pressão com o dedo polegar, procure que os fios fiquem uniformes e bem
apertados:

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Realização

5. Após cruzarem-se correctamente as extremidades, com o alicate universal, torce bem forte
uma sobre outra. Para tal gire o alicate em sentido contrário procurando que os fios fiquem
enrolados uniformemente e bem apertados;

6. Finalmente repita a mesma operação com o outro fio, até a junção ficar como na figura:

JUNÇÃO DE CABOS EM PROLONGAMENTO


Procedimento
No caso dos cabos procede-se da mesma forma como o dos fios, como se se tratasse da mesma
operação.
JUNÇÃO EM CAUDA DE RATO

Junção em cauda de rato: Este tipo de junção aplica-se em fios de secção máxima de 4 mm2 e
cabos até 6 mm2. Esta junção emprega-se especialmente em caixas de ligações e mecanismos, em
geral, todas as aplicações mas quais os condutores não são submetidos a esforços mecânicos.
Procedimento
1. Com alicate descarnador ou navalha, retire o isolamento dos condutores somente nas suas
extremidades a unir;
2. Cruze os extremos a unir, colocando-os como mostra a figura:

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Realização

3. Com o alicate universal, aperte bem forte as extremidades dos condutores a unir e com a
outra mão segure a parte não fechada dos condutores começando a torce-los;

4. Corte as pontas da junção com alicate e dobre a junção pela metade, apertando com o
alicate universal:

5. Enrole a junção com fita isoladora, como na figura:

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Realização

JUNÇÃO EM DERIVAÇÃO
É uma junção realizada quando se deriva de um condutor, fio ou cabo para um outro condutor de
igual ou melhor secção.

Junção em derivação.

As junções e derivações que se vão estudar, utilizam-se entre os limites:


Fio: secção até 16 mm2
Cabo: secção até 4 mm2.

ANILHAS
Acabou-se de descrever os diferentes tipos de junções e derivações utilizando condutores
eléctricos, mas para além destas junções também surge, por vezes, a necessidade de estabelecer a
ligação de fios com alguma aparelhagem por intermédio de parafusos.

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Realização

Para o aperto de condutores nos aparelhos ou electrodomésticos, os condutores devem estar em


forma de olhal ou simplesmente anilha. A anilha é o nome que se da extremidade de um condutor
construída de modo a que esta permita a passagem pelo seu diâmetro interno de um parafuso de
fixação.

Anilha
Procedimentos

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Realização

CORRECTA LIGAÇÃO DOS CONDUTORES


Se deve assegurar da afiação com ambos parafusos e evitar as ligações entre condutores de
diferente secção.

OUTRA FORMAS LIGAÇÃO DOS CONDUTORES


Outras formas de ligação realizam-se mediante terminais de pressão de ligação. Com os primeiros,
se realiza a ligação utilizando um terminal isolante com um casquilho metálico no seu interior.

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Realização

Outros Exemplos de Ligações de cabos

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Realização

ENERGIA ELÉCTRICA
Energia eléctrica é um tipo especial de energia, pela possibilidade de poder ser transformada em
diversas formas de energia, causando diversos efeitos0 podendo ser, luminosos, térmicos, forca
mecânica, contudo a energia eléctrica é essencial na vida do homem. A energia eléctrica é obtida
na natureza através de diversas fontes, tidas como fontes primárias de energia como por exemplo
a forca do vento (energia eólica), a forca da água (energia hídrica), a radiação (solar), a queima de
combustível em uma câmara de combustão e fissão de mineiros como carvão (energia térmica e
nuclear). No entanto estas são consideradas fontes de energia primária e a sua resultante a que já
se encontra pronta para a exploração designa-se opor energia secundária.

SISTEMA ELÉCTRICO
GERAÇÃO TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO DE EE.

A energia eléctrica para chegar até aos centros de consumo ela percorre um longo caminho desde
o local de onde ela é produzida.

Esquema de geração, transmissão e distribuição de energia.

GERAÇÃO
A primeira fase do processo recebe o nome de geração, local onde a energia eléctrica é produzido
através da passagem do fluxo de água pelas turbinas e estas por sua vez accionam o gerador
primário.

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Realização

TRANSMISSÃO
As usinas de produção de energia eléctrica nem sempre se situam próximos as zonas de consumo
por isso é imperioso transporta-la para s zonas de consumo, para realizar o transporte são
construídas subestações destinadas a elevar o nível de tensão nas fontes de geração, e conectados
as linhas de transmissão que recebem um nível de tensão conhecido como Alta Tensão por
exemplo 220kv.

Subestação

DISTRIBUIÇÃO

Próximos das cidades são construídas subestações abaixadoras onde a tensão da linha é reduzida,
pelos valores padronizados pelas redes de distribuição primária (media tensão), a rede primária
recebe um nível de tensão primária para a distribuir por toda a cidade, mas esta ainda não se
encontra pronta para a utilização imediata na rede secundária (redes de baixa tensão). Por sua vez
os postos de transformação instalados em pontos estratégicos pela concessionária fornece energia
eléctrica de forma adequada para diversos pontos de consumo com uma tensão simples de 220v e
composta de 380v.

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SISTEMAS ELECTRICOS
É o conjunto centrais geradores, subestações, linhas de transmissão, distribuição posto de
transformação, centrais de interligação e consumidores de energia eléctrica.

Classificação do sistema eléctrico quanto a tensão nominal:

 Sistema de baixa tensão (são sistemas cujo a tensão nominal Un é superior a 1V e


inferior a 1000V= 1kv);
 Sistemas de média tensão (são sistemas cujo a tensão nominal Un é superior a 1kv
e inferior a 100kV);
 Sistemas de alta tensão (são sistemas cujo a tensão nominal Un é superior a 100kv).

CLASSIFICAÇÃO DAS LINHAS DE UM SISTEMA ELÉCTRICO


 Linhas de transporte

Estas linhas são destinadas a transportar altas tensões desde o centro de geração até as
subestações de transformação.

 Linhas de distribuição primária


Estas são destinadas a distribuir a energia eléctrica de subestação para outras subestações
de pequena escala ou postes de transformação.

 Linhas de distribuição secundariam


Estas destinam-se a levar a energia eléctrica ao ponto de consumo propriamente dito ou
seja em nossas casas e indústrias.

 Linhas de instalação
São estas as responsáveis pelo funcionamento de todos os nossos electrodomésticos
aparelhos e equipamentos.

SISTEMAS TRIFÁSICOS
Apresentam-se a seguir algumas vantagens dos sistemas trifásicos em relação aos monofásicos a
nível da sua produção, transporte e utilização:
 Considerando dois alternadores, um monofásico e outro trifásico, de igual volume e preço,
o segundo tem uma potência aproximadamente 50% superior ao primeiro. Tal deve-se ao

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Realização

facto de haver um maior aproveitamento do perímetro do estator, isto é, há mais bobinas


que são sede de f.e.m’s. induzidas.
 O somatório da secção dos condutores necessários para transportar uma determinada
potência é menor que nos sistemas monofásicos, em igualdade de condições de potência
transportada, perdas e tensão nominal de transporte.
 Para transportar uma dada quantidade de energia bastam três (ou quatro, com neutro) fios
em trifásico, enquanto em monofásico seriam necessários seis fios de igual secção (ou dois
de secção tripla).
 A capacidade dos sistemas trifásicos de produzir campos magnéticos girantes, permite a
utilização dos motores assíncronos trifásicos, aparelhos simples, robustos e económicos
que detêm a quase totalidade do mercado em tracção eléctrica industrial.
 A partir de um sistema trifásico podem obter-se três sistemas monofásicos (tal como em
nossas casas).
Sistema Equilibrado
Consideremos as três bobinas do alternador atrás descrito, a alimentarem três receptores idênticos
(resistências, neste caso), um em cada fase:

Fig representação de um sistema trifásico equilibrado.

Para alimentar independentemente três receptores, é portanto necessário utilizar seis fios. Se os
três receptores tiverem a mesma impedância, estes são percorridos por três corrente I1, I2 e I3,
com idêntico valor eficaz mas desfasadas de 120º:

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Realização

Fig representação de vectores de correntes em um sistema trifásico.


Diz-se então que o sistema está equilibrado, pois a soma das três correntes é sempre nula (a
soma de três vectores iguais e desfasados de 120º é um vector nulo.

Condutor Neutro
Se reunirmos os três terminais x, y, z, num único ponto N, chamado de ponto neutro e
substituirmos os três condutores de retorno (vindos dos receptores) por um único condutor -
condutor neutro (ou fio neutro), a corrente nesse condutor será nula:

Sistema equilibrado de cargas com neutro e corrente nula

Pode desta forma distribuir-se a energia eléctrica por meio de quatro condutores, sendo três
designados por condutores de fase (activos) ou simplesmente fases, em linguagem corrente.
As três fases simbolizam-se normalmente pelas letras R, S e T. O condutor de neutro está
normalmente ligado à terra, pelo que se encontra aos potenciais zero:

Sistema de distribuição de energia eléctrica em baixa tensão.

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TENSÕES SIMPLES E COMPOSTAS


Num sistema trifásico existem diferentes tensões:
 Tensões simples - Us
Tensão entre cada condutor de fase e o neutro. Nas redes de distribuição de baixa tensão,
aproximadamente 230 V.
 Tensões compostas - Uc
Tensão entre dois condutores de fase. Nas redes de distribuição de baixa tensão, aproximadamente
400V.

Fig. Tensões simples e compostas


Temos portanto três tensões simples e três tensões compostas distintas entre si:

Demonstra-se que o comprimento dos vectores das tensões compostas é 3 vezes superior ao das
tensões simples, isto é:
Uc= 3.Us
De facto, para as redes de distribuição de baixa tensão, temos que
Us230 V
Uc3.230 400 V
Nas redes de distribuição, normalmente, indicam-se as tensões do modo: 230/400 V.

LIGAÇÃO DE RECEPTORES TRIFÁSICOS - TRIÂNGULO E ESTRELA


Os receptores trifásicos são formados por três elementos eléctricos (bobinas, resistências, etc.) que
podem ser ligados de duas maneiras:
· Em estrela - Y
· Em triângulo – D

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Realização

Na ligação de receptores em estrela, já considerada atrás, poderão ocorrer dois casos:


 Os receptores têm a mesma impedância - sistema equilibrado
 Os receptores têm impedâncias diferentes - sistema desequilibrado

Na ligação de receptores em triângulo, os receptores estão ligados entre as fases, tal como
mostra a figura seguinte, para o caso de resistências:

Ligação de receptores em triângulo

Tal como na ligação de receptores em estrela, na ligação em triângulo poderão ocorrer doiscasos:
 Os receptores têm a mesma impedância - sistema equilibrado
 Os receptores têm a impedâncias diferentes - sistema desequilibrado

A corrente num receptor (de fase) pode ser calculada dividindo a tensão compostas aos seus
Terminais pela sua impedância.
As correntes de linha podem ser determinadas de duas maneiras, consoante o sistema está
equilibrado ou não:
 Sistema equilibrado - as correntes nas linhas (R, S, T) são 3 vezes superiores às correntes
nos receptores (correntes de fase).
 Sistema desequilibrado - as correntes nas linhas são determinados em termos.

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TIPOS DE INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS


Classificação da instalação

Instalação externa – é instalações em que é possível observar a olho nu o contorno dos cabos
condutores estas instalações são utilizadas convencionas em edificações construídas com base no
material precário.

Instalações embutidas ou interna com electro-ductos – são instalações cujo trajecto dos cabos
condutores não são vistos a olho nu, recomendam-se para edificações de alvenarias.

Instalações externas feita com electro-calhas – são instalações modernas a vista em que não é
possível observar com exactidão o contorno dos condutores porque estes se encontram alojados
no interior das electro – calhas.

Classificação da tensão quanto a alimentação:

A alimentação das instalações esta intimamente ligado com o levantamento das cargas das próprias
edificações se a carga total de uma edificação for superior ou igual a 19,7kw esta instalação
designa-se trifásica e será então alimentada por uma rede de alimentação composta por três
condutores activos chamados de fase e um neutro, caso a potência total instalada na edificação
seja inferior a 19,7kw a instalação designa-se monofásica a alimentação a edificação será feita com
apenas um condutor activo e um neutro.

Classificação das instalações quanto a ligação a rede

A alimentação de instalações de baixa tensão em Moçambique é feita em C.A., com a frequência


de 50/60hz, e com a tensão de 220v para instalações monofásicas e 380v para trifásicas.

Existem dois tipos de ligação a rede de uma instalação de utilização, ligação de chegada aérea
(baixada), ligação de chegada aérea de chegada subterrânea (ramal).

Contadores de energia eléctrica

O consumo de energia eléctrica é contabilizada por intermédio de um dispositivo chamado


contador este é responsável por fazer contagem do trabalho realizado pela energia eléctrica por
unidade de tempo. E = V.I.t => E = P.t

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Por exemplo: a casa do senhor César possui um congelador de 3800 w este por sua vez fica ligado
24h por dia ao longo do mês, no entanto qual e a energia gasta pelo receptor em questão ao longo
de 1 mês calcule o trabalho realizado em horas e o valor da energia dissipado em calor sabendo
que 1kw corresponde a 3,6x10⁶ J;

CONSTITUIÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS


As instalações eléctricas são constituídas por: órgãos de protecção, órgãos de comando, fontes de
tensão de uso geral e de uso específico e cabos condutores dimensionados com base nas respectivas
cargas.

ÓRGÃO DE PROTECÇÃO
É um equipamento eléctrico que actua automaticamente pela acção de dispositivos sensíveis,
quando o circuito eléctrico ao qual está conectado se encontra submetido a determinadas condições
anormais, com o objectivo de evitar ou limitar os danos a um sistema ou equipamento eléctrico.
Os principais dispositivos de protecção utilizados em instalações eléctricas residenciais são os
disjuntores termomagnéticos ou disjuntores diferenciais e os fusíveis.

DISJUNTORES
Disjuntores são dispositivos utilizados para comando e protecção dos circuitos contra sobrecarga
e curto-circuitos nas instalações eléctricas. O disjuntor protege os fios e os cabos do circuito.
Quando ocorre uma sobre corrente provocada por uma sobrecarga ou um curto-circuito, o disjuntor
é desligado automaticamente. Ele também pode ser desligado manualmente para a realização de
um serviço de manutenção.
Funcionamento do disjuntor
Na ocorrência de uma sobre corrente, provavelmente de uma sobrecarga ou curto-circuito, o
disjuntor actua interrompendo o circuito eléctrico de modo a protegê-lo. Estes disjuntores
termomagnéticos possuem o elemento térmico contra sobrecarga e o elemento magnético contra
curto-circuito. Quando há um excesso de corrente fluindo num circuito, dizemos que está havendo
uma sobrecarga corrente além da prevista. Surgindo esta condição num circuito, o elemento
térmico que protege o circuito contra sobrecargas entra em acção e desliga o circuito. O elemento
térmico é chamado de bimetal e é composto por dois metais soldados paralelamente, possuindo
coeficientes de dilatação térmica diferente. Caso haja no circuito uma pequena sobrecarga de longa
duração, o relé bimetálico actua sobre o mecanismo de disparo, abrindo o circuito.

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Realização

No caso de haver um curto-circuito, o magnético é quem actua sobre o mecanismo de disparo,


abrindo o circuito instantaneamente. Um curto-circuito pode ser definido como uma elevação
brusca da carga de um circuito.

Tipos de disjuntores termomagnéticos


Os tipos de disjuntores termomagnéticos mais utilizados no mercado residenciais são:
monopolares, bipolares, tripolares e tetrapolares.

Nota: os disjuntores termomagnéticos somente devem ser ligados aos condutores fase dos
circuitos.

FUSÍVEL
O fusível é constituído por material mais fraco do que o circuito onde o mesmo se encontra ligado,
quando ocorre um curto-circuito a corrente eléctrica aumenta muito rápido provoca um
aquecimento e queima a fusão do fusível e este por sua vez interrompe o circuito. Então, os fusíveis
actuam basicamente na protecção contra curto circuitos. As instalações dos fusíveis devem ser
feitas em bases individuais. Os fusíveis geralmente protegem as instalações de utilização contra
anomalias da rede, por essa razão são instalados antes dos medidores (contadores).

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Realização

FusíveisNH00 e Diazed

DISPOSITIVOS DR - DIFERENCIAL RESIDUAL


O dispositivo DR protege as pessoas e os animais contra os efeitos do choque eléctrico por contacto
directo ou indirecto (causado por fuga de corrente) e contra incêndios.
Ele conjuga duas funções:
 Do interruptor: que liga e desliga, manualmente o circuito.
 Do dispositivo diferencial residual (interno): que protege as pessoas contra os choques
eléctricos provocados por contactos directos e indirectos.
Funcionamento
As bobinas principais são enroladas sobre o núcleo magnético de modo a determinar, quando
atravessadas pela corrente, dois fluxos magnéticos iguais e opostos, de modo que, em Condições
normais de funcionamento, o fluxo resultante seja nulo. A bobina secundária é ligada ao relé
polarizado. Se a corrente diferencial-residual (isto é a corrente que flui para a terra) for superior
ao limiar de actuação In, a bobina secundária enviará um sinal suficiente para provocar a abertura
do relé polarizado e, portanto, dos contactos principais. Para verificar as condições de
funcionamento do dispositivo deve-se accionar o botão de teste (T); assim cria-se um
“desequilíbrio” de corrente tal que provoca a actuação do dispositivo diferencial e a consequente
abertura dos contactos principais.
Tipos de interruptor diferencial residual
Os tipos de interruptores diferenciais residuais de alta e baixa sensibilidade (30mA – protecção de
pessoas / 300mA - incêndios) existentes no mercado são o bipolar e o tetrapolar.

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Realização

Dr Bipolar, tetrapolar e Bipolar.

O dispositivo DR (diferencial residual) não protege contra sobrecargas nem de curto-circuito, por
este motivo não dispensao uso do disjuntor, os dois devem ser ligados em série e o DR após o
disjuntor. Recomenda-se o uso do dispositivo DR (diferencial residual) em todos os circuitos,
principalmente nas áreas frias e húmidas ou sujeitas à humidade, como cozinhas, casas de banho,
áreas de serviço e áreas externas (piscinas, jardins). Assim como o disjuntor, ele também pode ser
desligado manualmente se necessário.

Uso obrigatório de dispositivo DR de alta sensibilidade


(30mA)
Recomenda-se o uso do DR de alta sensibilidade é obrigatório nos seguintes casos:
1. Circuitos que alimentam tomadas de correntes situadas em áreas externas à edificação;
2. Circuito de tomadas situadas em áreas internas que possam vir a alimentar equipamentos no
exterior;
3. Por extensão, também os circuitos de iluminação externa, como a de jardins;
- Em circuitos que sirvam a pontos de utilização situados em locais que contenham chuveiro ou
banheira;
- Ponto de utilização situado em cozinhas, copas-cozinhas, lavandeiras, áreas de serviço, garagens
e demais dependências internas molhadas em uso normal ou sujeitas a lavagens, admite-se a
exclusão de pontos que alimentem aparelhos de iluminação posicionados a uma altura igual ou
superior a 2,5 m.

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Realização

CABOS CONDUTORES
Para as instalações de utilização em Moçambique São recomendados cabos condutores de cobre
isolado com a secção igual ou superior 1.5mm tipo dependendo da necessidade (com uma queda
de tensão admissível de 2%) para circuitos de iluminação. Para circuitos de força motriz são
recomendados cabos condutores com a secção superior ou igual de 2.5mm com uma queda de
tensão admissível de 3%.
O condutor a empregar em instalações a vista devera ser de cobre rígido do tipo PBC, e para as
instalações de utilização embutidas em electro-ductos ou electro- calhas o condutor devera ser
flexível do tipo PBT e para electro-calhas devera ser rígido ouflexivel também em PBT.

Cabos condutores

CÓDIGO DE CORRES PARA CABOS (O QUE REPRESENTAM AS CORES).


O código de cores dos condutores estabelece que as cores mais claras como o azul e o branco são
concebidos como condutor de neutro, o verde e o amarelo são tidos como condutores de protecção
(terra) e por fim as corres mais escuras como o vermelho castanho o cinza são concebidos como
condutores de fase. O código de cores bem executado facilita de forma muito eficaz o
solucionamento de avarias e evita acidentes de contactos.

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Realização

APARELHAGEM DE COMANDO
Classificam-se como sendo aparelhagem de comando aqueles que se destinam a estabelecer a
continuidade ou interromper a continuidade de um circuito de maneira a interrompê-lo e
estabelecer a ligação quando bem se desejar, como por exemplo interruptores. Contactores, reles
fotoeléctricos.
Para o circuito de forca teremos fontes (tomadas) de grandes escalas monofásicas e trifásicas, de
igual forma encontram-se fichas visto que as conexões eléctricas são as partes da instalação que
proporcionam maior aquecimento as fichas são concebidas de maneira a suportar altos graus de
fusão.

ATERRAMENTO
Existem três tipos de esquemas de aterramento. São eles:
TN, TT e IT.
O esquema TN considera três variantes, de acordo com a disposição do condutor neutro edo
condutor de protecção, TN-S, TN-C-S e TN-C.Sua classificação é feita da seguinte maneira:
A primeira letra indica a situação da alimentação em relação à terra:
T = um ponto directamente aterrado;
I = todos os pontos de fase e neutro são isolados em relação à terra ou um dos pontos é isolado
através de uma carga. A segunda letra indica a situação das massas da instalação eléctrica em
relação à terra:
T = massas directamente aterradas, independentemente do aterramento da alimentação;

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Realização

N = massas ligadas no ponto de alimentação aterrado (normalmente o ponto neutro).

Outras letras (eventuais) indicam a disposição do condutor neutro e do condutor de protecção:


S = funções de neutro e de protecção asseguradas por condutores distintos;
C = funções de neutro e de protecção combinadas em um único condutor (condutor PEN).
Os esquemas mais utilizados em instalações residenciais são:
TN-S, TN-C, TN-C-S e TT, apresentados a seguir:
Legenda:
N - Condutor de neutro
F - Condutor de fase
R - Condutor de retorno
PE - Condutor de protecção eléctrica (terra)
PEN - Condutor de neutro aterrado.

ESQUEMA TN-C
Nos esquemas do tipo TN, um ponto da alimentação é directamente aterrado, e as massas da
instalação são ligadas a esse ponto através de condutores de protecção. No esquema TN-C, as
funções de neutro e de protecção são combinadas no mesmo condutor (PEN). Esse tipo de esquema
também é utilizado no aterramento da rede pública.

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Realização

ESQUEMA TN-C-S
No esquema TN-C-S as funções de neutro e de protecção também são combinadas em um mesmo
condutor (PEN), porém este se divide em um condutor de neutro e outro de protecção (PE/ terra)
no circuito onde são ligadas as massas. O esquema TN-C-S é o mais recomendado para instalações
residenciais.

ESQUEMA TT
O esquema TT possui um ponto da alimentação directamente aterrado, e as massas da instalação
são ligadas a eléctrodos de aterramento electricamente distintos do eléctrodo de aterramento da
alimentação.

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Realização

DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS RESIDENCIAIS


Determinação da potência de uma instalação (Levantamento das cargas)

Recomenda-se que as instalações a estabelecer em locais habitacionais ou de uso profissional


sejam dimensionados com base nos seguintes valores nominais:
a) Para instalação de iluminação e de tomadas de uso geral (25w/m²)
b) Para climatização (80w/m²)
c) Maquina de lavar (3,3kw)
d) Para cozinha: até 3 divisões principais, 1,5kw, para 4 divisões, para 4 divisões principais
4kw e para 5 divisões principais 5kw, para mais de 5 divisões 8kw.
e) Para instalação de termo aquecedor: até 3 divisões principais 1,5kw, para 4 divisões
principais 2,5kw, para mais de 5 divisões principais 3kw.

N.B.: Na contagem de n˚ de divisões principais apenas deveram ser considerados as que


tenham uma área superior a 4m², excluindo as cozinhas casa de banho e corredor.

Numero mínimo de circuitos:


São privilegiados as seguintes regras de concepção das instalações:
 Prever no mínimo um circuito de iluminação e outros para tomadas de uso geral;
 Prever circuitos idealizados para electrodomésticos de potências elevadas
(maquinas de lavar fogão, etc.,);
 Prever no mínimo um circuito para a climatização dependendo do ambiente.

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Realização

CONSTRUÇÃO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO (CIRCUITOS DE SAÍDA DO


QUADRO)
O número máximo do ponto de utilização recomendado por circuito é de 8. Recomenda-se que
haja em regra os seguintes circuitos:
a) Iluminação:
 1Circuito para uma divisão principal;
 2Circuitos até 5 divisões principais;
 3 Circuitos para mas de 6 divisões principais.
b) Tomadas de uso geral:
 2 Circuitos até 2 divisões principais;
 3 Circuitos até 5 divisões principais;
 4 Circuitos param mais de 5 divisões principais.

c) Circuitos independentes param cada equipamento de uso específico (fogão, fornos,


etc.,).

COEFICIENTE DE SIMULTANEIDADE A CONSIDERAR NAS INSTALAÇÕES


Como é fácil imaginar em uma instalação eléctrica é pouco provável que todos os aparelhos
estejam ligados ao mesmo tempo. Assim conforme o tipo de instalação, existem factores de
simultaneidade que devem ser considerados nos cálculos representando economia.

O coeficiente de simultaneidade caracteriza o regime de utilização da instalação, o que implica o


conhecimento detalhado da instalação e dos seus modos de instalação. O coeficiente de
simultaneidade em instalações eléctricas para o uso residencial é:
a) Instalação de iluminação ks=1
b) Tomada de uso geral ks=0,6;
c) Instalação de aquecimento, frio e ventilação ks=1;
d) Instalação de cozinha ks=0,8;
Máquina de lavar ks=1.

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Realização

Exemplo:
Uma residência tem cinco divisões principais e uma área de 300m², tem para além de tomadas de
uso geral, instalação de cozinha, área de serviço (maquina de lavar), aquecimento de água e
climatização. Calcule a secção do ramal de chegada e a respectiva protecção.
Dados?
A = 300m²
Dp = 5
S -?
P -?
Px = A.P/m².Ks

Pi = 300m² x 25w/m² x 1 = 7500w

Ptg = 300m² x 25w/m² x 0,6 = 4500w

Pcoz = 500w.0,8 = 4000

Pcli = 300m² x 80w/m² = 24000

Pmaq.l = 3300w x 1 = 3300w

Paq.H2O = 2kw x 1 = 200w

Pt = 37800w.
𝑃
Is =
𝐾.𝑈.𝐶𝑂𝑆∅

K=√3 (para circuitos trifasicos)


𝑃
Is =
√3.𝑈.𝐶𝑂𝑆∅

37800𝑊
Is =
√3.380.0,8

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Realização

Is =71,88≅ 73𝐴
73A = Iz = In ≥Is
Sn = 25mm²
Onde:
Iz – corrente máxima admissível da canalização;
Is – corrente de serviço da instalação;
In – corrente nominal do disjuntor.

Circuito de tomada de uso geral:k = 2 para circuitos monofásicos.


𝑃
Is =
𝑘.𝑈.𝐶𝑂𝑆∅
𝑃
Is =
𝐾.𝑈.𝐶𝑂𝑆∅
4500𝑤
Is =
2.220.0,8
4500𝑤
Is =
2.220.0,8

Is =12,78 A ≅ 14,5
S = 1.5 mm² (ver anexo1)

Como não é permitido por norma usar a secção de 1,5mm² no circuito de força usaremos então o
2.5mm² com uma protecção de 20 A segundo a tabela em uso, e para o circuito de iluminação
usaremos 1.5 mm com a protecção de 16 A.

SIMBOLOGIA ELÉCTRICA
Os símbolos gráficos usados nos diagramas unifilares são definidos pela norma param serem
usados em planta baixa (arquitectónica) do imóvel. Neste tipo de planta é indicada a localização
exacta dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos aparelhos.

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Realização

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Realização

QUADRO DE SIMBOLOGIA DE ALGUNS TIPOS DE APARELHAGEM MAIS


UTILIZADOS

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Realização

IDENTIFICAÇÃO DOS CONDUTORES

CONSTRUÇÃO DE ESQUEMAS DE COMANDO


Comutador de lustre:
Este esquema foi concebido para comandar duas lâmpadas, é composto basicamente por um
interruptor simples, podendo ser variável a lâmpada a empregar.

Também é possível efectuar uma dupla comutação de acordo com o esquema abaixo, em que dois
pontos de luz são comandados por meio de um comutador duplo ou seja permite accionar dois
pontos de forma independente.

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Realização

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Realização

Actividades em grupos de cinco: cada estudante devera ser capaz de fazer a leitura e
interpenetração de cada circuito (este devera definir o material necessário a empregar) e executa-
lo com precisão, também deve ser capaz de executar os esboços tanto na forma multifilar tanto
quanto na forma unifilar.

COMUTAÇÃO DE ESCADA
A comutação funciona por recurso a qualquer um dos comutadores de escada que proporcionam a
interrupção ou a continuidade do condutor activo (fase).Os interruptores paralelos são usados
quando desejamos comandar uma lâmpada ou grupo de lâmpadas por pontos diferentes.São usados
nos seguintes locais:
Escadarias;
Corredores;
Quartos;
Outros cómodos de uma residência;
Também e conhecido por “three-way” (três vias ou três caminhos).

Aplicação pratica

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Realização

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Realização

COMUTAÇÃO DE ESCADA COM INVERSOR


Como funciona

Funciona através de qualquer um dos aparelhos de comando (comutadores e inversor) permitindo


a interrupção ou a continuidade da corrente eléctrica através do condutor activo.

Aplicação

Este circuito é utilizado quando se pretende comandar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas,
em simultâneo e a partir de três locais diferentes. Utiliza-se normalmente na iluminação de
corredores com mais de dois acessos, salas com mais de duas entradas, escadas com dois lanços
ou mais.

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Realização

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Realização

CIRCUITO DE DERIVAÇÃO SIMPLES COM UMA LÀMPADA FLUORESCENTE

Para esta montagem torna-se necessário recorrer a:

 Um balastro
 Um arrancador.

Balastro (reactor) é dispositivo que tem como função elevar a tensão de alimentação nos
terminais da lâmpada para que se estabeleça uma descarga eléctrica no seu interior. Esta descarga
faz com que o gás contido no interior da lâmpada se ionize, produzindo assim uma energia
luminosa.

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Arrancador é um dispositivo que tem como função complementar a acção do balastro no


momento em que se inicia o funcionamento da lâmpada.

Aplicação

Este circuito é utilizado quando se pretende comandar uma lâmpada ou um grupo de lâmpadas a
partir de um só local e em simultâneo.

É geralmente utilizado na iluminação de cozinha, garagens ou locais onde a iluminação artificial


tenha que fazer-se por um tempo prolongado.

CIRCUITOS DE SINALIZAÇÃO
É aquele que permite, através de sinais acústicos ou luminosos, identificar, à distância, uma
determinada situação.

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Realização

CIRCUITO DE CAMPAINHA COMANDADA DE VÁRIOS PONTOS

Aplicação.

Este circuito é utilizado quando se pretende fazer o comando de uma campainha a partir de vários
locais.

Esta situação pode ser observada numa vivenda com duas entradas: o comando da campainha que
está no seu interior é feito por qualquer dos botões situados em cada una das entradas.

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LIGAÇÃO DE PONTOS DE TOMADAS DE USO GERAL (MONÓFASICO).

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LIGAÇÃO DE PONTOS DE TOMADAS DE USO ESPECÍFICO.

ACCIONAMENTOS AUTOMÁTICOS

ACCIONAMENTO AUTOMÁTICO DE LÂMPADA POR INTERMÉDIO DE UM


INTERRUPTOR COM SENSOR DE PRESENÇA

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ACCIONAMENTO AUTOMÁTICO DE LÂMPADA POR INTERMÉDIO DE UM RELE


FOTOELÉCTRICO

QUADROS ELÉCTRICOS
Os quadros eléctricos subdividem-se em: Quadros de Distribuição e Quadros de Comando.

Quadro de distribuição - é um equipamento eléctrico destinado a receber energia eléctrica através


de uma fonte de alimentação e distribui-la a um ou mais circuitos.
O quadro de distribuição é no geral constituído por disjuntores, disjuntores diferenciais e ligadores.

Quadros de comando – são constituídos por dispositivos de protecção, comando e arranque.

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Realização

ASPECTOS A CONSIDERAR NA EXECUÇÃO DE UM QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO

1) Conhecer a potência eléctrica que subministra o quadro a cada uma das linhas de circuitos.
2) Estabelecer o esquema eléctrico do quadro.
3) Dimensionar os condutores de alimentação, ligação e saída do quadro. (Dimensionar é
estabelecer os valores nominais próprios de cada elemento para que cumpra correctamente a
função dele).
4) Dimensionar cada um dos aparelhos de comando e protecção.
5) Obter as medidas de comprimento, largura e altura de cada um dos elementos que constituem o
quadro.

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6) Seleccionar, em função do nº de elementos e as suas medidas, o comprimento, largura e


profundidade do quadro.
7) Desenhar a vista frontal do quadro com todos os seus elementos a escala.
8) Ensamblar as partes constitutivas do quadro e se fora necessário, preparar as tampas para o
encaixe dos elementos que ficam à vista.
9) Ligar o quadro.
10) Provar o seu funcionamento.

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MANUTENÇÃO DAS INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS


Pode-se definir a manutenção como o conjunto das acções destinadas a assegurar o bom
funcionamento das máquinas e das instalações, garantindo que são intervencionadas nas
oportunidades e com alcance certos, de forma a evitar que avariem ou baixem o seu rendimento e,
no caso de tal acontecer, que sejam repostas em boas condições de operacionalidade com a maior
brevidade, tudo a um custo optimizado.
A manutenção e a combinação das acções de gestão, técnicas e económicas, aplicadas aos bens
param a optimização dos seus ciclos de vida, entendendo-se por bem o produto concebido para
assegurar uma determinada função.

MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Periodicamente as instalações eléctricas devem sofrer uma inspecção, com o objectivo de
encontrar irregularidades que possam comprometer o bom funcionamentodo sistema eléctrico
existente.
Assim, a execução os serviços dos serviços de reparo poderão ser programados com a devida
antecedência. Esta atitude retorna em benefícios significativos tanto em benefícios tanto quanto
para os equipamentos e quanto para o usuário.

MANUTENÇÃO CORRECTIVA
Esta actividade ocorre quando os serviços de reparo em carácter de emergência são inevitáveis
podendo custar prejuízos avultados, transtornos e acidente ao utilizador. Por tanto torna-se
imperioso efectuar sempre uma manutenção preventiva, esta, em instalações eléctricas de baixa
tensão pode ser reflectida nas seguintes actividades:
 Inspecção da cablagem;
 Verificação dos órgãos de comando;
 Limpeza do QD;
 Substituição de cabos com defeitos mas que ainda estejam sob regime normal de
funcionamento;
 Verificação e limpeza de contactos dos diversos electrodomésticos;

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MODULO IV: MÁQUINAS ELECTRICAS

TRANSFORMADORES
Um transformador modifica o nível de voltagem, aumentando-o ou diminuindo-o como necessário.
Ele consiste em duas bobinas electricamente independentes, que são dispostas de tal forma que o
campo magnético em torno de uma das bobinas atravessa também a outra bobina.
Quando uma voltagem alternada é aplicada a (através de) uma bobina, o campo magnético variável
formado em torno dela cria uma voltagem alternada na outra bobina por indução mútua.
Um transformador também pode ser usado com C.C. pulsativa, mas voltagem C.C. pura não pode
ser usada, já que apenas uma voltagem variável cria o campo magnético variável, que é a base do
processo de indução mútua. Um transformador consiste de três partes básicas, conforme mostrado
na figura12, São elas: um núcleo de ferro, que proporciona um circuito de baixa relutância para as
linhas de força magnética; um enrolamento primário, que recebe a energia eléctrica da fonte de
voltagem aplicada; um enrolamento secundário, que recebe energia eléctrica, por indução, do
enrolamento primário.

Representação esquemática de um transformador e seus componentes.

Existem muitos tipos de transformadores de voltagem. A maioria deles é de transformadores de


aumento ou diminuição. O factor que determina um ou outro tipo é a proporção de espiras, que é
a relação entre o número de espiras do enrolamento primário e do secundário.

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O primário e o secundário deste transformador de núcleo fechado são enrolados sobre um núcleo
fechado, para obter o máximo efeito indutivo entre as duas bobinas.
Existem duas classes de transformadores:
Transformadores de voltagem, usados para aumentar ou diminuir voltagens; e (2) transformadores
de corrente, usados em circuitos de instrumentos. Nos transformadores de voltagem, as bobinas
primárias são ligadas em paralelo com a fonte de voltagem, conforme mostrado na figura13, letra
“A”. Os enrolamentos primários dos transformadores de corrente são ligados em série no circuito
primário (“B” da figura13). Dos dois tipos, o transformador de voltagem é o mais comum.
Existem muitos tipos de transformadores de voltagem. A maioria deles é de transformadores de
aumento ou diminuição. O factor que determina um ou outro tipo é a proporção de espiras, que é
a relação entre o número de espiras do enrolamento primário e do secundário.

É impossível construir um transformador com 100% de eficiência, porque não são todasas linhas
de força do primário que conseguem cortar a bobina do secundário. Uma certa quantidade de fluxo
magnético vaza do circuito magnético. O grau de eficiência como o fluxo do primário, que é
aproveitado no secundário, é chamado de “coeficiente de acoplamento”. Por exemplo, se for
concebido que o primário de um transformador desenvolve 10.000linhas de força, mas apenas
9.000 passam através do secundário, o coeficiente de acoplamento seria 9 ou, dito de outra
maneira, o transformador teria 90% de eficiência. Quando uma voltagem de C.A. é ligada através
dos terminais do primário de um transformador, fluirá uma corrente alternada, ocorrendo auto-

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indução de uma voltagem na bobina do primário, a qual será oposta e aproximadamente igual à
voltagem aplicada. A voltagem de saída pode ser determinada da seguinte forma:
𝐸1 𝐸2
=
𝑁1 𝑁2
Sendo a tensão no secundário:
𝐸1. 𝑁2
𝐸2 =
𝑁1
A potência de entrada:
𝑃1 = 𝐸1. 𝐼1
A razão do transformador é dada por:

𝐼2
𝐾=
𝐼1
𝐸1
𝐾=
𝐸2
𝑁1
𝐾=
𝑁2

O rendimento do transformador:

𝑃2
𝑛= 100%
𝑃1
Quanto ao tipo de corrente podem ser monofásicos ou trifásicos.

Quanto a função podem ser elevadores (quando o numero de espiras no primário é menor do que
o numero de espiras no enrolamento do secundário) e abaixadores (quando o numero de espiras
no secundário é menor do que o numero de espiras do enrolamento primário).

MAQUINAS ELÉCTRICAS ROTATIVAS


São consideradas máquinas eléctricas aquelas que estão destinadas a converter energia eléctrica
em mecânica e energia mecânica em eléctrica.
Assim sendo quando se destinam a conversão de energia mecânica em eléctrica recebe o nome de
motor, quando se destina a conversão de energia mecânica em eléctrica recebe o nome de gerador,

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ou seja as maquinas eléctricas são definidas pela sua aplicação, são exemplos de maquinas
eléctricas para além das de grande porte utilizadas em grandes Industrias existem também
maquinas de pequena escala destinadas ao uso domestico como é o casa de (liquidificadores,
batedeiras, electrobombas, etc.,).

MOTOR ELÉCTRICO

Motor eléctrico é a máquina destinada a transformar energia eléctrica em energia mecânica. O


motor de indução é o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens de:
 Utilização de energia eléctrica
 Baixo custo
 Facilidade de transporte
 Limpeza e simplicidade de comando
 Com sua construção simples

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 Custo reduzido
Grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos.
Os motores eléctricos são os mais importantes accionadores industriais. Eles apresentam sobre os
demais accionadores diversas vantagens tais como:
 São fabricados para qualquer potência.
 Sua velocidade pode ser controlada dentro de uma ampla faixa.
 Os componentes que fazem este controle são todos padronizados: relés, contactores, chaves
automáticas, inversores, etc.
 Permite um elevado grau de automação dos processos industriais.
 Os controlos podem ser feitos junto ao motor ou à distância.
 São de fácil manutenção e reposição.
A correcta selecção de motores para realizar um accionamento, principalmente nas plantas
industriais, constitui um dos mais importantes problemas da electrotécnica aplicada, pelos aspectos
técnicos e económicos envolvidos.

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COMPOSIÇÃO DO MOTOR ELECTRICO

Composição do motor electrico

CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS DOS ACCIONAMENTOS E SEU REGIME DE


FUNCIONAMENTO TIPOS DE MOTORES
De forma geral os motores eléctricos são classificados em:
Motores de Corrente Contínua
 Motores Série
 Motores Paralelo
 Motores Composto ou Misto
Motores de Corrente Alternada
 Motores Síncronos
 Motores Assíncronos
Motores Especiais
 Motores de Passo
 Universais

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CONTROLE DE MOTORES ELÉCTRICOS

FUNÇÕES PRINCIPAIS DO CONTROLE


As funções principais do controle de um motor são: partida, parada, direção de rotação, regulação
da velocidade, limitaçãoda corrente de partida, proteção mecânica, proteção Elétrica, etc.

PARTIDA/ ARRANQUE
Um motor só começa a girar quando o momento de carga a ser vencido, quando parado, for menor
do que seu conjugadode partida.

PARADA
Em determinadas aplicações há necessidade de uma rápida desaceleração do motor e da carga. Ao
ser desligado o motor da linha de alimentação utiliza-se um dispositivo de inversão de rotação com
o motor ainda rodando. A parada ou desligamento do motor da rede efetua-se através de um relé
impedindo-o de partir na direção contrária. No caso de motores síncronos emprega-se frenagem
dinâmica.

SENTIDO DE ROTAÇÃO
A maior parte dos motores (exceto alguns, por exemplo: motores monofásicos, como o de pólo
sombreado e o de repulsão) podem ser empregados nos dois sentidos de rotação dependendo
apenas de um controle adequado.

REGULAÇÃO DA VELOCIDADE
Os motores de C.A., exceto os universais, são máquinas de velocidade constante. Há, entretanto,
possibilidade de serem religadas as bobinas do estator de um motor de indução, de tal maneira a
duplicar o número de pólos e, desta forma, reduzir a velocidade à metade, onde os estatores podem
ser construídos com dois enrolamentos independentes, calculados para o número de pólos que se
deseja, conseguindo-se por meio de pólos reversíveis (variação de pólos) e com reduzido número
de conexões variar a velocidade síncrona do motor.

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Cada um destes bobinados pode então ser ligado de forma a possibilitar duas velocidades, na razão
de 2:1, obtendo-se assim quatro velocidades síncronas independentes; contudo, não poderão
proporcionar quaisquer velocidades intermediárias.
Com motores de indução de rotor bobinado é possível obter-se qualquer velocidade desde zero até
aproximadamente a velocidade de sincronismo, mediante a variação de uma simples resistência
ligada ao bobinado do rotor, e que não implica em aquecimento do mesmo, pois, as perdas na
resistência são externas ao motor.

Um outro método de regulação da velocidade dos motores de C.A., que permite obter no eixo uma
velocidade que pode ir desde zero até o dobro da velocidade síncrona, é pelo conhecido sistema
do rotor com comutador, através de decalagem das escovas.
Outra possibilidade de alteração de velocidade nos motores de indução é através do inversor de
freqüência, o qual possibilita o controle do motor CA variando a freqüência, mas também realiza
a variação da tensão de saída para que seja respeitada a característica V/F ( Tensão / Freqüência)
do motor.
Nos motores de corrente contínua, a velocidade pode ser regulada pela inserção de um reostato no
circuito de campo, para proporcionar ajustes no fluxo.

LIMITAÇÃO DA CORRENTE DE PARTIDA


A ligação dos motores a uma rede elétrica pública deve observar as prescrições para este fim,
estabelecido por norma.
Normalmente, procura-se arrancar um motor a plena tensão a fim de se aproveitar ao máximo o
binário de partida. Quando o arranque a plena tensão de um motor elétrico provoca uma queda de
tensão superior à máxima admissível, deve-se recorrer a um artifício de partida com tensão
reduzida, tendo porém o cuidado de verificar se o torque é suficiente para acionar a carga.

HÁ DOIS MÉTODOS PARA REDUZIR A TENSÃO NA PARTIDA:


a) Fornecer corrente à tensão normal, fazendo-se com que o motor, temporariamente, seja
conectado à rede, com o enrolamento para uma tensão superior, empregando-se o sistema de
partida em estrela-triângulo;

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b) Fornecer corrente em tensão abaixo da normal por meio de resistências, indutâncias ou


autotransformador.
Todos os sistemas de partida com tensão reduzida apresentam (em oposição à vantagem da redução
da corrente) a desvantagem de que o momento ou conjugado de arranque reduz-se na proporção
do quadrado da redução da tensão fornecida ao motor.

PROTEÇÃO MECÂNICA
Os motores devem ser protegidos tanto para a proteção do pessoal de serviço como contra
influências prejudiciais externas para o próprio motor, devendo satisfazer aos requisitos de
segurança, prevenção de acidentes e incêndios.
A carcaça do motor serve para fixá-lo no local de trabalho e protegê-lo conforme o ambiente onde
será instalado. É construída de maneira a englobar as diversas modalidades de proteção mecânica
para satisfazer às exigências das normas, referentes às instalações e máquinas para as quais serão
destinados os motores.
Basicamente, entretanto, as proteções mecânicas classificam-se em três categorias: à prova de
pingos e respingos, totalmente fechados e à prova de explosão.
Motor à prova de pingos e respingos – todas as partes rotativas, ou sob tensão, são protegidas
contra água gotejante de todas as direções, não permitindo a entrada direta ou indireta de gotas ou
partículas de líquidos ou objetos sólidos que se derramem ou incidam sobre o motor.
Motor totalmente fechado – Este tipo de motor é de tal forma encerrado que não há troca do meio
refrigerante entre o exterior e o interior do invólucro, não sendo necessariamente estanque.
Dependendo das características requeridas, tais motores podem dispor ou não de ventilador para
refrigeração.
Motor à prova de explosão – São motores construídos para serviço em ambientes saturados de
gases e poeira, suscetíveis ao perigo de inflamação rápida, não podendo provocar a mesma, quer
por meio de faísca ou pelo alto aquecimento.
Seu invólucro resiste a explosões de gases ou misturas explosivas especificadas no seu interior, e
impede que uma atmosfera inflamável circundante sofra ignição por isso.

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PROTEÇÃO ELÉTRICA
Como todo motor está sujeito a sofrer variações do ponto de vista elétrico, há, portanto,
conveniência em protegê-lo. Em geral, as proteções principais necessárias são contra: curto-
circuito, sobrecargas, baixa tensão, fase aberta, reversão de fase, defeitos internos etc.
Os dispositivos de proteção fazem operar os mecanismos de desligamento no caso de existir uma
predeterminada condição.

SOBRE OS MOTORES ELÉTRICOS DE INDUÇÃO DE ROTOR EM CURTO-


CIRCUITO.
Neste curso utilizaremos os motores de indução trifásicos com rotor do tipo gaiola de esquilo por
serem os mais comuns na indústria. Este nome é dado devido ao tipo de rotor utilizado (rotor em
curto-circuito). Um estudo completo sobre este tipo de máquina elétrica é tema de um curso de
máquinas elétricas. Apesar disso, algumas características básicas são interessantes ao estudo dos
comandos elétricos.
Basicamente, o motor de indução com rotor do tipo gaiola de esquilo é composto por duas partes:
→ Estator: Circuito magnético do motor elétrico, geralmente do tipo ranhurado, onde ficam
alojadas as bobinas que mediante ligação apropriada, produzem o campo magnético girante.
→ Rotor: enrolamento constituído por barras (de cobre ou alumínio) curto-circuitadas nas
extremidades. A corrente no circuito do rotor é induzida pela ação do campo girante do estator. O
motor de indução em funcionamento significa que o campo magnético formado no circuito do
rotor irá então perseguir o campo girante do estator.
Quando o motor é energizado, ele funciona como um transformador com o secundário em curto-
circuito, portanto exige da rede elétrica uma corrente muito maior que a nominal, podendo atingir
cerca de 8 vezes o valor da mesma.
As altas correntes de partida causam inconvenientes, pois, exige dimensionamento de cabos com
diâmetros bem maiores do que o necessário. Além disso, pode ocorrer quedas momentâneas do
fator de potência, que é monitorado pela concessionária de energia elétrica, causando elevação das
contas de energia.
Para evitar estas altas correntes na partida, existem métodos de acionamentos de motores elétricos
que proporcionam uma redução no valor da corrente de partida dessas máquinas, tais como:
→ Partida estrela-triângulo;
→ Partida série-paralela;

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Realização

→ Partida por autocompensador.

Os motores de indução podem ser adquiridos com 3, 6, 9 ou 12 terminais externos. No caso do


motor de 6 terminais existem dois tipos de ligação:
→ Triângulo: Com a tensão nominal do enrolamento de fase igual a 220 V
→ Estrela: Com o enrolamento conectado em estrela a tensão de linha passa a ser √3 vezes a
tensão do enrolamento em Δ(√3. 220 = 380V)
→ Triângulo: Com a tensão nominal do enrolamento de fase igual a 380 V;
→ Estrela: Com o enrolamento conectado em estrela a tensão de linha passa a ser √3 vezes a
tensão do enrolamento em Δ (√3.380 = 660V).

Ligações triângulo e estrela de um motor 6 terminais

Uma última característica importante do motor de indução a ser citada é a sua placa de
identificação que traz Informações importantes e, algumas estão listadas a seguir:
→ CV: Potência mecânica do motor em cv. É a potência que o motor pode fornecer, dentro de
suas características nominais.
→ Ip/In: Relação entre as correntes de partida e nominal;
→ Hz: Freqüência da tensão de operação do motor;
→ RPM: Velocidade do motor na frequência nominal de operação
→ V: Tensão de alimentação
→ A: Corrente que o motor absorve da rede quando funciona à potência nominal, sob tensão e
frequência nominais.
→ F.S: Fator de serviço: Fator que aplicado à potência nominal, indica a carga permissível que
pode ser aplicada continuamente ao motor, sob condições especificadas.

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Realização

Placa de Identificação do Motor Elétrico

ELEMENTOS DE UM CIRCUITO DE ACIONAMENTO E PROTEÇÃO DE MOTORES


ELÉTRICOS.

Um dos pontos fundamentais para o entendimento dos comandos elétricos é a noção de que “os
objetivos principais dos elementos em um painel elétrico são:
a) Proteger o operador;
b) Propiciar uma lógica de comando.
Partindo do princípio da proteção do operador, uma seqüência genérica dos elementos necessários
à partida e manobra de motores é mostrada na figura abaixo. Nela podem-se distinguir os seguintes
elementos:
A) Seccionamento: Só pode ser operado sem carga. Usado durante a manutenção e verificação do
circuito.
B) Proteção contra correntes de curto-circuito: Destina-se a proteção dos condutores do circuito
terminal.
C) Proteção contra correntes de sobrecarga: para proteger as bobinas do enrolamento do motor.
D) Dispositivos de manobra: Destina-se a ligar e desligar o motor de forma segura, ou seja, sem
que haja o contato do operador no circuito de potência, onde circula a maior corrente.

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Realização

Seqüência genérica para o acionamento de um motor.

Em comandos elétricos trabalhar-se-á bastante com um elemento simples que é o contato. A partir
do mesmo é que se forma toda lógica de um circuito e também é ele quem dá ou não a condução
de corrente. Basicamente existem dois tipos de contatos, listados a seguir:
Contato Normalmente Aberto (NA): não há passagem de corrente elétrica na posição de repouso,
Desta forma, a carga não estará acionada.

Contato Normalmente Fechado (NF): há passagem de corrente elétrica na posição de repouso,


Desta forma, a carga estará acionada.

PRINCIPAIS ELEMENTOS E DISPOSITIVOS EM CIRCUITOS DE COMANDOS


ELÉTRICOS
O objetivo é o de conhecer os dispositivos utilizados nos painéis de comandos elétricos. Assim
como paratrocar uma simples roda de carro, quando o pneu fura, necessita-se conhecer as
ferramentas próprias, em comandos elétricos, para entender o funcionamento de um circuito e
posteriormente para desenhar o mesmo, necessita-se conhecer os elementos apropriados.

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Realização

A diferença está no fato de que em grandes painéis existem barramentos de elevada capacidade
que podem submeter as pessoas a situações de riscos.
Um comentário importante neste ponto é que por via de regra os circuitos de manobra são divididos
em “comando” e “potência”, possibilitando em primeiro lugar a segurança do operador e em
segundo a automação do circuito. Embora não pareça clara esta divisão no presente momento, ela
tornar-se-á comum a medida em que os circuitos forem sendo estudados.

BOTOEIRA OU BOTÃO DE COMANDO

Quando se fala em ligar um motor, o primeiro elemento que vem a mente é o de uma chave para
ligá-lo. Só que no caso de comandos elétricos a “chave” que liga os motores é diferente de uma
chave usual, destas que se tem em casa para comandar lâmpadas, por exemplo.
A diferença principal está no fato de que ao movimentar a “chave residencial” ela vai para uma
posição e permanece nela, mesmo quando se retira a pressão do dedo. Na “chave industrial” ou
botoeira há o retorno para a posição de repouso através de uma mola, como pode ser observado na
figura a. O entendimento deste conceito é fundamental para compreender o porque da existência
de um selo no circuito de comando.

(a) Esquema de uma botoeira – (b) Exemplos de botoeiras comerciais


A figura a mostra o caso de uma botoeira para comutação de 4 pólos. O contato NA (Normalmente
Aberto) pode ser utilizado como botão LIGA e o NF (Normalmente Fechado) como botão
DESLIGA. Esta é uma forma elementar de intertravamento.
Note que o retorno é feito de forma automática através de mola. Existem botoeiras com apenas um
contato. Estas últimas podem ser do tipo NA ou NF.

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Realização

RELÉS DE TEMPO
Os Relés temporizadores são dispositivos eletrônicos que permitem, em função de tempos
ajustados, comutar um sinal de saída de acordo com a sua função.
Muito utilizados em automação de máquinas e processos industriais como partidas de motores,
quadros de comando, fornos industriais, injetoras, entre outros.
Possui eletrônica digital que proporciona elevada precisão, repetibilidade e imunidade a ruídos.
Projetado de acordo com normas internacionais, os relés constituem uma solução compacta e
segura, em caixas com dimensões reduzidas para montagem em trilho DIN 35mm, nas
configurações com 1 ou 2 saídas NA-NF e alimentado em 110-130V 50/60Hz, 220-240V 50/60Hz
ou 24Vcc.

Relés Temporizadores
Com faixas de temporização, os relés podem ser ajustados de 0,3 segundos a 30 minutos com
elevada confiabilidade e precisão. Quanto ao tipo de atuação os relés podem ser com:
Retardado na energização – Esse tipo atua suas chaves um tempo após a ligação, ou energização
do relé e as retorna ao repouso imediatamente após seu desligamento ou desenergização.
Retardado na desenergização – Este atua as chaves imediatamente na ativação, porém estas
chaves só retornam aorepouso um tempo após a desativação. No painel desse relé se encontra um
botão pelo qual se seleciona o tempo de retardo.

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Realização

CONTACTORES
São dispositivos de manobra mecânica, acionado eletromagneticamente, construídos para uma
elevada freqüência de operação, e cujo arco elétrico é extinto no ar, sem afetar o seu
funcionamento.
Quando não circula corrente pela bobina de excitação essa parte do núcleo é repelida por ação de
molas. Contatos elétricos são distribuídos solidariamente a esta parte móvel do núcleo,
constituindo um conjunto de contatos móveis. Solidário a carcaça do contator existe um conjunto
de contatos fixos. Cada jogo de contatos fixos e móveis podem ser do tipo Normalmente aberto
(NA), ou normalmente fechados (NF).

Diagrama esquemático de um contator com 2 terminais NA e um NF

Os contatores podem ser classificados como: Contatores de Potência ou Contatores Auxiliares.


De forma simples pode-se afirmar que os contatores auxiliares tem os seus contatos dimensionados
para corrente máxima de aproximadamente 6A e possuem de 4 a 8 contatos, podendo chegar a 12
contatos.

Foto de contatores comerciais

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Realização

Os contatores de potência são para correntes máximas de até 600 A aproximadamente. De uma
maneira geral possuem 3 contatos principais do tipo NA, para manobra de cargas trifásicas e
podem dispor também, de contatos auxiliares acoplados.
Um fator importante a ser observando no uso dos contatores são as faíscas produzidas pelo
impacto, durante a comutação dos contatos. Isso promove o desgaste natural dos mesmos, além de
consistir em riscos a saúde humana. A intensidade das faíscas pode se agravar em ambientes
húmidos e também com a intensidade de corrente elétrica circulando no painel.

RELÉ TÉRMICO OU DE SOBRECARGA


Os relés térmicos são dispositivos construídos para proteger, controlar ou comandar um circuito
elétrico, atuando sempre pelo efeito térmico provocado pela corrente elétrica.
Os relés térmicos têm como elemento básico o “bimetal’. Esse elemento, é constituído de duas
lâminas finas (normalmente ferro e níquel), sobrepostas e soldadas. Os dois materiais apresentam
coeficientes de dilatação diferentes, dessa forma, um dos metais se alonga mais do que o outro
quando aquecidos.
Por estarem rigidamente unidos e fixados, numa das extremidades, o metal de menor coeficiente
de dilatação provoca um encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o conjunto de um
ponto determinado. Esse movimento é usado para diversos fins, como disparar um gatilho e abrir
um contato elétrico.

Relé Térmico

SIMBOLOGIA GRÁFICA
Até o presente momento mostrou-se a presença de diversos dispositivos que podem ser partes
constituintes de um circuito de comando elétrico. Em um comando, para saber como estes
dispositivos são ligados entre si é necessário consultar um desenho chamado de esquema elétrico.

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Realização

No desenho elétrico cada um dos elementos é representado através de um símbolo. A simbologia


é padronizada através das normas ABNT, DIN, IEC, etc. Na tabela 3.1 apresentam-se alguns
símbolos referentes aos componentes estudados nos parágrafos anteriores.

Simbologia em comandos elétricos

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CONCEITOS BÁSICOS EM CIRCUITOS DE COMANDOS ELÉTRICOS


Para ler e compreender a representação gráfica de um circuito elétrico, é imprescindível conhecer
os componentes básicos dos comandos elétricos e também suas finalidades. Alguns destes
elementos são descritos a seguir.
A) Selo: O contato de selo é sempre ligado em paralelo com o contato de fechamento da botoeira.
Sua finalidade é de manter a corrente circulando pelo contator, mesmo após o operador ter retirado
o dedo da botoeira.

B) Intertravamento: Processo de ligação entre os contatos auxiliares de vários dispositivos, pelo


qual as posições de operação desses dispositivos são dependentes umas das outras. Através do
intertravamento, evita-se a ligação de certos dispositivos antes que os outros permitam essa
ligação.

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C) Circuito paralelo ao intertravamento

D) Intertravamento com dois contatos

E) Ligação condicionada

F) Proteção do sistema: Os contatos auxiliares dos relés de proteção contra sobrecarga, por
exemplo, e as botoeiras de desligamento devem estar sempre em série.

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G) Intertravamento com botoeiras: O intertravamento, também pode ser feito através de


botoeiras. Neste caso, para facilitar a representação, recomenda-se que uma das botoeiras venha
indicada com seus contatos invertidos.

H) Esquema Multifilar

Nesta representação todos os componentes e conexões são representados. Os dispositivos são


mostrados de acordo com sua seqüência de instalação, obedecendo a construção física dos
mesmos. A posição dos contatos é feita com o sistema desligado. A disposição dos elementos do
circuito pode ser qualquer uma, com a vantagem de que eles são facilmente reconhecidos.

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I) Esquema Funcional: Neste diagrama, todos os condutores estão representados. Não é levada
em conta a posição construtiva e a conexão mecânica entre as partes. O sistema é subdividido de
acordo com os circuitos de correntes existentes. Estes circuitos devem ser representados sempre
que possível, por linhas retas, livres de cruzamentos. A posição dos contatos é desenhada com o
sistema desligado. A vantagem consiste no fato de que se torna fácil ler os esquemas e respectivas
funções, assim este tipo de representação é o que será adotado neste curso.

SIMBOLOGIA NUMÉRICA E LITERAL

Assim como cada elemento em um circuito de comando elétrico tem o seu símbolo gráfico
específico, também, a numeração dos contatos e a representação literal dos mesmos, tem um
padrão que deve ser seguido. Neste capítulo serão apresentados alguns detalhes, para maiores
informações deve-se consultar a norma NBR 5280 ou a IEC 113.2.

A numeração dos contatos que representam os terminais de força é feita como segue.
→ 1, 3 e 5 = Circuito de entrada (linha)
→ 2, 4 e 6 = Circuito de saída (terminal)

Já a numeração dos contatos auxiliares segue o seguinte padrão:


→ 1 e 2 = Contato normalmente fechado (NF), sendo 1 a entrada e 2 a saída
→ 3 e 4 = Contato normalmente aberto (NA), sendo 3 a entrada e 4 a saída.

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Nos relés e contatores tem-se A1 e A2 para os terminais da bobina. Os contatos auxiliares de um


contator seguem um tipo especial de numeração, pois, o número é composto por dois dígitos,
sendo:
→ Primeiro dígito: indica o número do contato
→ Segundo dígito: indica se o contato é do tipo NF (1 e 2) ou NA (3 e 4)

Exemplo 1: Numeração de um contator de potência com dois contatos auxiliares 1 NF e 1 NA.

Exemplo 2: Numeração de um contator de auxiliar com 4 contatos NA e 2 contatos NF

Com relação à simbologia literal, alguns exemplos são apresentados na tabela a seguir.

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ARRANQUE DIRECTO DE UM MOTOR

Na partida direta de motor elétrico trifásico podemos identificar que o motor irá receber a
alimentação diretamente da fonte geradora trifásica e sofre interferência somente dos dispositivos
de seccionamento (contatores, disjuntores, relé térmico).
Componentes das Chaves de Partida
As chaves de partida são compostas pelos seguintes dispositivos:
 Dispositivos de Protecção:
Fusível, Rele Térmico, Disjuntor;
 Dispositivos de Comando:
Botoeira, Contator;
 Dispositivos de Sinalização:
Sinaleiro, Voltímetro, Amperímetro;

Diagrama de Potência e Diagrama de Comando – Arranque directo.

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Componentes:
1 Disjuntor tripolar ou Fusivel (Q1); 1 Botoeira NF (B0);
1 Disjuntor unipolar ou Fusivel (F21); 01 Botoeira NA (B1);
1 Relé térmico (F7); 1 Motor trifásico (M1).
1 Contator (K1);

ARRANQUE DIRETO DE MOTOR ELÉTRICO COM SINALIZAÇÃO


Objetivo: Neste laboratório o objetivo é o de consolidar os conceitos já estudados e introduzir os
elementos de sinalização no comando.
Componentes: 1 Botoeira NA (S1);
1 Disjuntor tripolar (Q1); 1 Motor trifásico (M1);
1 Disjuntor bipolar (Q2); 1 Lâmpada verde (H1,L1);
1 Relé térmico (F2); 1 Lâmpada amarela (H2);
1 Contator (K1); 1 Lâmpada vermelha (H3, L2).
1 Botoeira NF (S0);

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Diagrama de Potência e Diagrama de Comando - Arranque directo com sinalização

ARRANQUE DIRECTO COM REVERSÃO

Quando existe a necessidade de realizarmos a inversão de rotação de um motor elétrico trifásico


devemos interagir diretamente em seu campo magnético girante e sabemos também que este
campo magnético só existe em função da defasagem de 120° entre as fases. Sendo assim
deveremos realizar a inverter duas das três fases de alimentação deste motor. Observe que no
diagrama de potência abaixo possuímos a alimentação do motor elétrico a partir da alimentação
fornecida por L1, L2 e L3 e sendo disponibilizadas através dos contatores K1 e K2, obviamente,
os dois dispositivos nunca poderão estar ligados simultaneamente, caso isto ocorra teremos um
curto-circuito gerado na saída dos contatores K1 e K2.

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Diagrama de Potência e Diagrama de Comando

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Componentes: 2 Contatores (K1 eK2);


1 Disjuntor tripolar (Q1); 1 Botoeira NF (S0);
1 Disjuntor bipolar (Q2); 2 Botoeiras NA (S1 e S2);
1 Relé térmico (F2); 1 Motor trifásico (M1).

PARTIDA INDIRECTA DE MOTORES ELECTRICOS TRIFASICOS


Sabemos da preocupação em relação a corrente elétrica no momento da partida de motores
elétricos trifásicos, dependendo do motor podemos possuir uma variação de 6 a 8 vezes o valor de
corrente nominal no instante da partida, desta maneira, se torna viável realisar a partida dos
motores através de manobras que tenha como objetivo reduzir a corrente de partida, estamos
falando então das Partidas Indiretas de Motor Elétrico Trifásico. Podemos considerar como
principais sistemas de partidas indiretas as seguintes:
1. Partida Estrela Triângulo;
2. Partida por Autotransformador;
3. Partida por Aceleração Rotórica;
4. Partida Eletrônica (Soft Starter).

Lembre-se que no sistema de partida indireta ao objetivo é sempre reduzir a corrente de partida e
para isto, na maioria das vezes, consideramos a redução da tensão elétrica no motor elétrico
trifásico. Iniciaremos com a Arranque Estrela Triângulo.

ARRANQUE ESTRELA TRIÂNGULO


Em instalações elétricas industriais, principalmente aquelas sobrecarregadas, podem ser usadas
chaves estrela-triângulo como forma de suavizar os efeitos de partida dos motores elétricos.
Só é possível o acionamento de um motor elétrico através de chaves estrela-triângulo se este
possuir seis terminais acessíveis e dispor de dupla tensão nominal, tal como 220/380 V ou 380/660
V.
O procedimento para o acionamento do motor é feito, inicialmente, ligando-o na configuração
estrela até que este alcance uma velocidade próxima da velocidade de regime, quando então esta
conexão é desfeita e executada a ligação em triângulo. A troca da ligação durante a partida é

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acompanhada por uma elevação de corrente, fazendo com que as vantagens de sua redução
desapareçam se a comutação for antecipada em relação ao ponto ideal.

Durante a partida em estrela, o conjugado e a corrente de partida ficam reduzidos a 1/3 de seus
valores nominais. Neste caso, um motor só pode partir através de chave estrela-triângulo quando
o seu conjugado, na ligação em estrela, for superior ao conjugado da carga do eixo. Devido ao
baixo conjugado de partida a que fica submetido o motor, as chaves estrela-triângulo são mais
adequadamente empregadas em motores cuja partida se dá em vazio.
A seguir, algumas vantagens e desvantagens das chaves estrela-triângulo:

a) Vantagens
→ Custo reduzido;
→ Elevado número de manobras;
→ Corrente de partida reduzida a 1/3 da nominal;
→ Dimensões relativamente reduzidas.

b) Desvantagens
→ Aplicação específica a motores com dupla tensão nominal e que disponham de seis terminais
acessíveis; conjugado de partida reduzido a 1/3 do nominal;
→ A tensão da rede deve coincidir com a tensão em triângulo do motor;
→ O motor deve alcançar, pelo menos, 90% de sua velocidade de regime para que, durante a
comutação, a corrente de pico não atinja valores elevados, próximos, portanto, da corrente de
partida com acionamento direto.

Objetivo: Demonstrar uma dos importantes métodos para diminuir picos de corrente durante a
partida de um motor de indução trifásico.

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Diagrama de força

Arranque em estrela- triamgulo - Diagrama de Potência

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Diagrama de comando

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