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Capacidade Profissional

Segurança Rodoviária

COMPÊNDIO DE FORMAÇÃO

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Capacidade Profissional Segurança Rodoviária
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Índice
Introdução .................................................................................................................................................... 5
1. Qualificações exigidas aos condutores ................................................................................................. 5
1.1. Títulos de Condução ................................................................................................................... 5
1.1.1 Requisito para obtenção de carta de condução ..................................................................... 5
1.1.2 Cartas de Condução ................................................................................................................ 6
1.2. Certificados Médicos................................................................................................................... 7
1.3. Registo Criminal .......................................................................................................................... 9
1.4. Inspeções .................................................................................................................................. 12
1.5. Condução Defensiva ................................................................................................................. 13
2. Sensibilização para cumprimento das regras de circulação. .............................................................. 13
2.1. Limites de velocidade em Portugal ........................................................................................... 13
2.1.1. Limites de velocidade na EU (Veículos Pesados) .................................................................. 14
2.1.2. Cintos de segurança .............................................................................................................. 15
2.1.3. Relevo dos desenhos dos pisos dos pneus ........................................................................... 16
2.1.4. Cargas nos veículos de transportes ...................................................................................... 16
2.2. Prioridades ................................................................................................................................ 17
2.2.1. Auto Estradas........................................................................................................................ 18
2.2.2. Cedência de passagem nos cruzamentos e entroncamento. ............................................... 18
2.2.3. Cedência de passagem nos estreitamentos da via ............................................................... 18
2.3. Paragem e Estacionamento ...................................................................................................... 19
2.3.1. Definições ............................................................................................................................. 19
2.3.2. Estacionar ou parar corretamente ....................................................................................... 19
2.3.3. Proibições particulares de estacionamento. ........................................................................ 20
2.3.4. Lugar onde é proibido parar ou estacionar .......................................................................... 20
2.3.5. Proibição de Estacionar ........................................................................................................ 21
2.3.6. Estacionamento indevido ou abusivo ................................................................................... 21
2.3.7. Bloqueamento ou remoção .................................................................................................. 22
2.3.8. Paragem de Veículos de Transportes Coletivos .................................................................... 23
2.3.9. Inversão do sentido de marcha ............................................................................................ 24
2.3.10. Ultrapassagem regra geral ............................................................................................... 24
2.3.11. Mudança de direção......................................................................................................... 24
2.3.12. Condução em condições de condução adversa ............................................................... 25
2.3.13. Proibição de ultrapassar ................................................................................................... 25
2.4. Utilização das luzes ................................................................................................................... 25
2.4.1. Frente ................................................................................................................................... 25
2.4.2. Traseira ................................................................................................................................. 26
2.4.3. Utilização dos dispositivos de iluminação ............................................................................ 26
2.4.4. Sinalização de perigo ............................................................................................................ 28

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2.4.5. Equipamento Obrigatório e Recomendado .......................................................................... 28


2.4.6. Sinalização de Marcha Lenta ................................................................................................ 30
2.4.7. Veículos Prioritários .............................................................................................................. 30
2.5. Sinalização Rodoviária .............................................................................................................. 30
2.5.1. Hierarquia entre prescrições ................................................................................................ 30
2.5.2. Sinais dos Agentes da autoridade ......................................................................................... 30
2.5.3. Sinalização temporária ......................................................................................................... 30
2.5.4. Sinalização Luminosa ............................................................................................................ 31
2.5.5. Sinalização vertical ............................................................................................................... 31
2.5.6. Marcas no Pavimento ........................................................................................................... 31
2.6. Fiscalização da condução sob efeito de álcool.......................................................................... 32
2.7. Apreensão dos títulos de condução .......................................................................................... 32
2.7.1. Apreensão Preventiva........................................................................................................... 32
2.7.2. Outras apreensões ................................................................................................................ 32
2.7.3. Efeitos da cassação ............................................................................................................... 33
2.8. Condução sobe efeito de álcool ................................................................................................ 33
2.8.1. Penalização por condução sob efeito de álcool em Portugal ............................................... 33
2.8.2. Fatores que Interferem na TAS ............................................................................................. 34
2.8.3. Taxa de alcoolemia na Europa .............................................................................................. 34
3. Sensibilização para cumprimento das normas de segurança. ............................................................ 37
3.1. Tempos de reação, distância de travagem e de paragem ........................................................ 39
3.1.1. Tempo de reação .................................................................................................................. 39
3.1.2. Distância de travagem .......................................................................................................... 39
3.1.3. Distância de paragem ........................................................................................................... 39
3.1.4. Condução com tempo de chuva ........................................................................................... 40
3.1.5. Visibilidade noturna .............................................................................................................. 40
4. Procedimentos de conduta em caso de acidente. ............................................................................. 41
4.1. O Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) O SIEM .................................................... 41
4.1.1. Prevenção de Riscos secundários ......................................................................................... 41
4.1.2. Uso de Extintor ..................................................................................................................... 42
4.2. Observação dos veículos intervenientes no sinistro ................................................................. 43
4.3. Recolha de provas / fotografias, testemunhas ......................................................................... 44
4.3.1. Elementos a solicitar ............................................................................................................. 44
4.3.2. Fotografias do Local da Acidente.......................................................................................... 44
4.4. Croquis ...................................................................................................................................... 45
4.4.1. Precauções a desenhar croquis. ........................................................................................... 45
4.4.2. Exemplo de Croquis .............................................................................................................. 45
4.5. Preenchimento Declaração Amigável de Acidente Automóvel ................................................ 46
5. Classificação de Contra Ordenações (art.º 136º do código da estrada) ............................................. 47
5.1. Contraordenações muito graves (Artigo 146.º) ........................................................................ 47
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5.2. Contraordenações graves (Artigo 145.º) .................................................................................. 48


5.3. Contraordenações leves ........................................................................................................... 50
5.4. 5.4 COIMA ................................................................................................................................. 50
5.4.1. A sanção acessória de inibição de conduzir.......................................................................... 50
5.4.2. Punibilidade da negligência (Artigo 133.º) ........................................................................... 50
5.4.3. IMT ........................................................................................................................................ 51
5.5. Qualificação das infrações poe excesso de velocidade ............................................................. 51
6. Bibliografia.......................................................................................................................................... 52

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Introdução
A segurança rodoviária é uma questão de grande importância para a sociedade.

A estratégia para um crescimento inteligente, sustentável e com base no valor de uma vida de duração
calculada estatisticamente pelo estudo HEATCO (6.º Programa-Quadro de Investigação e
Desenvolvimento Tecnológico). Foi analisada a importância que tem para a Europa a coesão social, a
passagem a uma economia mais ecológica, a educação e a inovação. Estes objetivos deverão refletir-se
nas várias facetas da política europeia de transportes, que deve ter por finalidade assegurar uma
mobilidade sustentável para todos os cidadãos, «descarbonizar» os transportes e tirar o melhor partido
possível do progresso tecnológico. A segurança rodoviária terá um papel de destaque no futuro sobre a
política de transportes 2010-2020, na medida em que a redução do número de vítimas de acidentes de
viação é fundamental para melhorar o desempenho global do sistema de transportes e satisfazer as
necessidades e expectativas dos cidadãos e das empresas.

É, pois, necessária uma abordagem coerente, holística e integrada, que tenha em conta as sinergias com
outros objetivos políticos. A política de segurança rodoviária a nível local, nacional, europeu ou
internacional deve integrar os objetivos relevantes de outras políticas públicas e vice-versa.

1. Qualificações exigidas aos condutores


1.1. Títulos de Condução
A habilitação legal para conduzir é atribuída aos detentores de carta de condução, licença de condução
e, quando acompanhados de instrutores, de licença de instruendo. È, muito recentemente, possível
conduzir acompanhado de tutor, nos termos do art. 7º da Lei 14/2014 de 18 de Março.

A carta de condução é o documento que habilita à condução de:


• Ciclomotores;
• Motociclos;
• Triciclos;
• Quadriciclos pesados e automóveis.

A licença de condução habilita à condução de:


• Motociclos de cilindrada não superior a 50cm3.
• Ciclomotores.
• Veículos agrícolas.

1.1.1 Requisito para obtenção de carta de condução


Pode obter título de condução quem satisfaça cumulativamente os seguintes requisitos:

a) Possua a idade mínima de acordo com a categoria a que pretenda habilitar-se;


b) Tenha a necessária aptidão física, mental e psicológica;
c) Tenha residência em território nacional;
d) Não esteja a cumprir proibição ou inibição de conduzir ou medida de segurança de interdição
de concessão de carta de condução;
e) Tenha sido aprovado no respetivo exame de condução;
f) Saiba ler e escrever.

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1.1.2 Cartas de Condução


No quadro seguinte indicam-se as diferentes categorias de cartas de condução bem como os veículos
para que as mesmas habilitam à condução e respetiva idade mínima exigida.

Idade
Categoria Descrição
Mínima

AM Ciclomotores, Motociclos de cilindrada não superior a 50cm³ 16

A1 Motociclos com cilindrada não superior a 125cm³ 16

A2 Motociclos de potência máxima não superior a 35kw 18

A Motociclos com ou sem carro laterial e triciclos a motor 24

B1 Quadriciclos Pesados 16

B Automóveis Ligeiros 18

Conjunto de veículos acoplados, compostos por um automóvel ligeiro e


BE 18
um reboque ou semirreboque

C Automóveis Pesados de Mercadorias


21

Conjunto de veículos acoplados, compostos por um veículo trator da


CE 21
Categoria C e um reboque ou semirreboque

Automóveis Pesados de Mercadorias com massa máxima autorizada


C1 18
inferior a 7500kg

Conjunto de veículos acoplados, compostos por um veículo trator da


C1E 18
categoria C1 e um reboque ou semirreboque

D Automóveis Pesados de Passageiros


24

Conjunto de veículos acoplados, compostos por um veículo trator da


DE 24
Categoria D e um reboque

D1 Automóveis Pesados de Passageiros com lotação até 17 lugares 21

Conjunto de veículos acoplados, compostos por um veículo trator da


D1E 21
Categoria D1 e um reboque ou semirreboque

A carta de condução é atribuída a título probatório por um período de três anos, a partir da data da sua
emissão.
Esta caduca pela aplicação de sanção acessória de inibição de condução.
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1.2. Certificados Médicos


Para obter uma carta de condução é necessário que o candidato a condutor preencha vários requisitos,
nomeadamente que comprove a aptidão física, mental e, eventualmente, psicológica. O mesmo se
aplica à revalidação de uma carta de condução.

O requisito da avaliação psicológica é obrigatório para os candidatos das categorias C1, C, D1, D, C1E,
D1E, DE, bem como para os candidatos da categoria B que exerçam a condução de veículos de
bombeiros, ambulâncias, transporte escolar, etc.

Na revalidação o atestado médico só é exigível aos candidatos das categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE a
partir dos 50 anos. Até aí a revalidação é meramente administrativa (vide n.º 4 do art.º 17.º do RHLC -
Regulamento da Habilitação Legal para Conduzir).

Para as restantes categorias, é sempre obrigatória a avaliação médica em qualquer revalidação.

A avaliação psicológica para os condutores que a ela estejam obrigados, também só é exigível nas
revalidações efetuadas a partir dos 50 anos (vide n.º 5 do art.º 17.º do RHLC).

Os exames médicos incidem sobre a visão, audição, aparelho de locomoção, doenças cardiovasculares,
diabetes mellitus, doenças neurológicas, perturbações mentais, dependências (álcool, drogas e
medicamentos) e insuficiências renais. Serão igualmente alvo de análise, outras condições que possam
interferir com a condução, nomeadamente:

• Doenças oncológicas;
• Doenças hematológicas;
• Doença pulmonar obstrutiva crónica e perturbações do sono.

A avaliação médica dos condutores dos grupos 1 e 2 é realizada por qualquer médico no exercício da sua
profissão. É ainda exigida uma avaliação psicológica aos condutores do grupo 2 (que exerçam a
condução de ambulâncias, veículos de bombeiros, de transporte de doentes, transporte escolar e de
automóveis ligeiros de passageiros de aluguer), que pode ser realizada por qualquer psicólogo no
exercício da sua profissão.

A avaliação psicológica também pode ser realizada pelo IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes,
IP, ou por entidade designada para o efeito e reconhecida pela Ordem dos Psicólogos.

NOTA:
Grupo 1 – candidatos ou condutores de veículos das categorias A, B, BE, subcategorias A1 e B1,
ciclomotores, motociclos de cilindrada não superior a 50 cm3 e veículos agrícolas.

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Grupo 2 - candidatos ou condutores de veículos das categorias C, CE, D e DE, das subcategorias C1, C1E,
D1 e D1E, bem como condutores da categoria B que exerçam a condução de ambulâncias, veículos
bombeiros, de transporte de doentes, transporte escolar e de automóveis ligeiros de passageiros de
aluguer.

Os candidatos a condutor são sujeitos a um exame médico efetuado nas condições acima descritas de
acordo com a(s) categoria(s) ou subcategoria(s) a que se candidatam.

A carta de condução deve ser revalidada de acordo com as idades abaixo indicadas, para as diferentes
categorias de veículos e independentemente da validade averbada no documento.

Carta de condução obtida antes de 2 de Janeiro de 2013:

Condutores de veículos das categorias A, B, BE, A1 e B1: Aos 50, 60, 65, 70 anos e, posteriormente, de
dois em dois anos, sem limite de idade;

Condutores de veículos das categorias C, CE, C1 e C1E: Aos 40, 45, 50, 55, 60, 65, 68 anos e,
posteriormente, de dois em dois anos, sem limite de idade;

Aos 40, 45, 50, 55, 60 e 65 anos, cartas de condução das categorias D1, D1E, D, DE e CE cuja massa
máxima autorizada exceda 20.000 kg até ao dia anterior à data em que os seus titulares completem 67
anos de idade, (a idade limite para a condução dos veículos destas categorias é 67 anos).

Decreto-Lei n.º 40/2016


Alarga o prazo de validade das cartas de condução das categorias D1, D1E, D, DE e CE cuja massa
máxima autorizada exceda 20.000 kg até ao dia anterior à data em que os seus titulares completem 67
anos de idade;

Carta de condução obtida a partir de 2 de janeiro de 2013 (com aprovação em exame prático de
condução após 2 de janeiro de 2013):

Condutores de veículos das categorias AM, A1, A2, A, B1, B e BE: Aos 30, 40, 50, 60, 65 e 70 anos e,
posteriormente, de dois em dois anos, sem limite de idade (exceção: quando a carta de condução é
obtida entre os 25 e os 30 anos; a primeira revalidação, será só efetuada aos 40 anos de idade do
condutor);

Condutores de veículos das categorias C1, C1E, C, CE e das categorias B e BE com averbamento do
Grupo 2: Aos 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60, 65 e 70 anos e, posteriormente, de dois em dois anos, sem
limite de idade;

Condutores de veículos das categorias D1, D1E, D e DE: Aos 25, 30, 35, 40, 45, 50, 55, 60 e 65 anos (a
idade limite para estas categorias é 67anos).

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O que é necessário fazer para revalidar a carta de condução?

• A revalidação dos títulos de condução efetua-se mediante requerimento junto do serviço


competente do IMT, nos seis meses que antecedem o seu termo da sua validade.

• O atestado médico e o relatório de avaliação física e mental, emitido por qualquer médico no
exercício da sua profissão, é exigido a:

• Condutores de veículos das categorias A, B, BE, A1 e B1, com idade igual ou superior a 50 anos;

• Condutores de veículos das categorias C, CE, D, DE, C1, C1E, D1 e D1E, bem como das
categorias B e BE que exerçam a condução de ambulâncias, veículos de bombeiros, de
transporte de doentes, transporte escolar e de automóveis ligeiros de passageiros de aluguer.

O certificado de avaliação psicológica favorável, emitido por qualquer psicólogo no exercício da sua
profissão, é exigido a:

Condutores do Grupo 2, com idade igual ou superior a 50 anos: condutores de veículos das categorias C,
CE, D, DE, C1, C1E, D1 e D1E, bem como os condutores das categorias B e BE que exerçam a condução
de ambulâncias, veículos de bombeiros, de transporte de doentes, transporte escolar e de automóveis
ligeiros de passageiros de aluguer.

Caso os condutores deixem passar o prazo de renovação da sua carta de condução, têm até dois anos
para o fazer, sem efetuar provas de exame. No entanto, não devem conduzir com a carta caducada sob
pena de praticar uma infração prevista no Código da Estrada.

Passado esse prazo, têm a possibilidade de se Auto propor e efetuar a prova de aptidão e de
comportamento (vulgarmente designada por prova prática), que passa a ser condição necessária para a
revalidação da carta de condução.

Os condutores não têm de fazer novo exame de código, mesmo que excedam o limite de dois anos.

1.3. Registo Criminal


O registo criminal contém os antecedentes criminais dos cidadãos de forma a permitir o respetivo
conhecimento, nos termos legais, ou a atestar a ausência de antecedentes criminais.

O registo criminal contém menção:

• De todas as decisões criminais condenatórias ou que apliquem medidas de segurança


proferidas por tribunais portugueses;

• Das decisões criminais condenatórias de portugueses, ou de estrangeiros residentes em


proferidas por tribunais estrangeiros que sejam comunicados nos termos da legislação
comunitária e de acordo internacionais.

• O registo criminal é exigido para atestar a idoneidade de determinado tipo de condutores, com
responsabilidades acrescidas, nomeadamente de contacto com o público.

Artigo 19.º - Residência habitual

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1 - Considera-se «residência habitual» o Estado onde o candidato ou condutor viva durante pelo menos
185 dias por ano civil, em consequência de vínculos pessoais e profissionais ou, na falta destes últimos,
em consequência apenas dos primeiros, desde que sejam indiciadores de uma relação estreita com
aquele local, sem prejuízo do disposto nos números seguintes.

2 - Se os vínculos profissionais do candidato ou titular da carta de condução se situarem em local


diferente daquele em que tem os seus vínculos pessoais e, por esse motivo, residir alternadamente em
vários locais situados em dois ou mais Estados, considera-se que a sua residência habitual se situa no
local em que tem os vínculos pessoais, desde que aí regresse regularmente.

3 - A condição imposta no número anterior não é aplicável quando a deslocação para outro Estado seja
devida ao cumprimento de missão de duração limitada.

4 - A frequência de universidade ou escola noutro Estado não determina a obrigatoriedade de mudança


de residência habitual.

5 - No caso de candidato ou titular de carta de condução nacional, a residência habitual é a que consta
do documento de identificação.

6 - No caso de condutor ou candidato a condutor titular de cartão de cidadão, a residência habitual é a


que consta daquele documento, a qual é atualizada permanentemente através dos dados enviados pelo
Instituto dos Registos e do Notariado, I. P. (IRN, I. P.), via interoperabilidade dos serviços do cartão de
cidadão.

7 - O acesso por parte do IMT, I. P., às bases de dados do IRN, I. P., bem como e a utilização da
plataforma dos serviços comuns do cartão do cidadão são isentos do pagamento de emolumentos e
demais encargos devidos nos termos da legislação aplicável.

Reconhecimento de carta de condução

As cartas de condução emitidas por países pertencentes ao Espaço Económico Europeu (EEE) são válidas
em Portugal, sendo a sua troca facultativa.

No entanto, os condutores que estabeleçam residência em Portugal têm o dever de informar o Serviço
Regional ou Distrital do IMT da sua área de residência, num prazo de 60 dias, sob pena de incorrer em
infração.

Assim, neste caso o condutor deve dirigir-se aos balcões do IMT com os seguintes documentos:

Comprovativo de residência, a solicitar na respetiva Câmara Municipal ou Junta de Freguesia;


Formulário Modelo 13 IMT ;
Fotocópia do título de condução e exibição do original deste documento;
Apresentação do documento de identificação.
(Países do EEE: Estados-Membros da União Europeia, Islândia, Liechtenstein e Noruega)

Países não Aderentes às Convenções Internacionais de Trânsito Rodoviário

A troca de carta de condução emitida por países estrangeiros não aderentes às Convenções
Internacionais sobre Trânsito Rodoviário depende da realização e aprovação na prova prática de exame
de condução, por cada categoria de que o condutor seja titular. Contudo, a inscrição em escola de
condução não é necessária, pelo que o condutor se pode Auto propor a exame.

A circulação em território nacional não é permitida aos condutores com títulos emitidos por países não
aderentes às referidas Convenções Internacionais.

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Requisitos:

Para obter carta de condução Portuguesa por troca é necessário preencher os seguintes requisitos:

• Idade mínima legal exigida pela lei Portuguesa para a categoria a que está habilitado;
• Aptidão física e mental;
• Residir em Portugal;
• Não estar a cumprir proibição ou inibição de conduzir ou medida de segurança de interdição e
concessão de carta de condução.

A troca de carta estrangeira por Portuguesa, sem necessidade de realização de qualquer prova de
exame de condução, mas obrigando os condutores a requerer a troca 185 dias após obtenção de
residência em Território Nacional, pode ser pedida nas seguintes situações:

Países com os quais Portugal celebrou Acordo Bilateral ou mantenha regime de reciprocidade (Brasil,
Suíça, Marrocos, Andorra, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Emirados Árabes Unidos e Angola);

Países aderentes às Convenções Internacionais de Trânsito Rodoviário;

Cartas de condução emitidas pela Administração Portuguesa em Macau ou pela Região Administrativa
Especial de Macau (RAEM).

Para obter carta de condução Portuguesa por troca, é necessário preencher os seguintes requisitos:

• Idade mínima legal exigida pela lei Portuguesa para a categoria a que está habilitado;
• Aptidão física e mental;
• Residir em Portugal;
• Não estar a cumprir proibição ou inibição de conduzir ou medida de segurança de interdição de
concessão de carta de condução;

Licença Internacional de Condução

A licença internacional de condução (LIC), prevista no artigo 8º do Regulamento da Habilitação Legal


para Conduzir, anexo ao Decreto-Lei n.º 37/2014, de 10 de março, pode ser solicitada nos serviços
regionais e distritais do IMT por titulares com carta de condução nacional ou emitida por outros
estados-membros do Espaço Económico Europeu (EEE).

A licença apenas é válida fora do território nacional, para um período máximo de um ano se período
inferior não constar da carta de condução que serviu de base à respetiva emissão.

Em Portugal, a LIC apenas habilita a conduzir, desde que apresentada com o título nacional que a
suporta (alínea e) do n.º1 do artigo 125º do Código da Estrada (Lei n.º 72/2013 de 13 de setembro).Caso
se desloque para o estrangeiro com a LIC e sem se acompanhar do título de condução, sugerimos que
confirme junto das autoridades do(s) país(es) onde pretende conduzir em que condições o poderá fazer.

Documentos de que o condutor deve ser portador

1 – Sempre que um veículo a motor transite na via pública o seu condutor deve ser portador dos
seguintes documentos:
a) Documento legal de identificação pessoal;
b) Título de condução;
c) Certificado de seguro.

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2 – Tratando-se de automóvel, motociclo, triciclo, quadriciclo, ciclomotor, trator agrícola ou florestal, ou


reboque, o condutor deve ainda ser portador dos seguintes documentos:
a) Título de registo de propriedade do veículo ou documento equivalente;
b) Documento de identificação do veículo;
c) Ficha de inspeção periódica do veículo, quando obrigatória nos termos legais.
d) Documento comprovativo da existência do seguro (carta verde, certificado provisório de seguro
automóvel ou aviso/recibo com comprovativo do pagamento)
e) Exemplar da Declaração Amigável de Acidente Automóvel (DAAA) para utilizar em caso de
acidente.

3 – Tratando-se de velocípede ou de veículo de tração animal, o respetivo condutor deve ser portador
de documento legal de identificação pessoal.

4 – O condutor que se não fizer acompanhar de um ou mais documentos referidos nos n.ºs 1 e 2 é
sancionado com coima de € 60 a € 300, salvo se os apresentar no prazo de oito dias à autoridade
indicada pelo agente de fiscalização, caso em que é sancionado com coima de € 30 a € 150.

5 – Quem infringir o disposto no n.º 3 é sancionado com coima de € 30 a € 150.

1.4. Inspeções
Tipo Automóvel Periodicidade Inspeção
Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida
Automóveis pesados de passageiros anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.º ano e seguintes,
semestralmente
Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida,
Automóveis pesados de mercadorias anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.º ano e seguintes,
semestralmente
Reboque e semirreboques com peso Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida,
bruto superior a 3500 Kg, com exceção anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.º ano e seguintes,
dos reboques agrícolas semestralmente
Automóveis ligeiros licenciados para Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida,
transporte público de passageiros e anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.º ano e seguintes,
ambulâncias semestralmente
Dois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida,
Automóveis ligeiros de mercadorias anualmente

Quatro anos após a data da primeira matrícula e, em seguida,


Automóveis ligeiros de passageiros
de 2 em 2 anos, até perfazerem oito anos, e, depois, anualmente
Automóveis utilizados no transporte Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida,
escolar e automóveis ligeiros licenciados anualmente, até perfazerem sete anos; no 8.º ano e seguintes,
para instrução semestralmente
Dois anos após a data da primeira matrícula e, em seguida
Restantes automóveis ligeiros
anualmente
Automóveis pesados e reboques com
peso bruto superior a 3500 kg utilizados
por corporações de bombeiros e suas
Um ano após a data da primeira matrícula e, em seguida,
associações e outros que raramente
anualmente
utilizam a via pública, designadamente os
destinados a transporte de material de
circo ou de feira, reconhecidos pelo IMT

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1.5. Condução Defensiva


A condução defensiva é a atitude e posição tomada pelo condutor no ato da condução, conduzindo de
modo a prevenir acidentes. Este tipo de condução depende essencialmente da previsão e da
antecipação, é um facto que a previsão é fundamental na antecipação de um perigo, a capacidade de
prever dependente do conhecimento, experiência e atenção.

Fora das localidades, em vias de um a só faixa de rodagem em cada sentido, os condutores de pesados
devem manter em relação aos veículos da frente, uma distância de pelo menos a 50 metros.

2. Sensibilização para cumprimento das regras de


circulação.
2.1. Limites de velocidade em Portugal
A velocidade é, em Portugal, o principal fator causador de acidentes. Noutros países europeus o
respeito pelos limites de velocidade é absoluto, sendo as penalizações aplicadas ao menor desrespeito.

Quadro com limites de velocidade

O não respeitar os limites de velocidade, tem as suas consequências. Já referimos a elevada


sinistralidade resultante do excesso de velocidade, importa acrescentar o aumento de consumo de
combustível e de poluição resultante deste abuso.

Como exemplo refira-se que o motor no seu melhor aproveitamento, no caso dos diesel, pelas 1800
rotações, gastará menos 20% que a 2500 rotações.
Os custos associados aos combustíveis têm um grande peso no total dos custos das empresas.
Considerando que o valor dos combustíveis ficará, com o tempo, cada vez mais elevado, torna-se
urgente implementar medidas que permitam uma redução efetiva nos custos.

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1) Poupança no preço de aquisição do combustível:

2) Poupança de combustível através de uma gestão eficaz de frota:

Por exemplo, através (sistema de gestão de frotas) é possível saber:


• A Localização em tempo real das viaturas;
• Os quilómetros efetuados pelas viaturas dentro e fora do horário de serviço;
• As velocidades médias praticadas pelos diferentes condutores;
• O combustível gasto por cada viatura;
• O tempo despendido em cada tarefa;
• Qual a melhor rota para as visitas diárias.

Todos estes métodos de controlo irão assegurar uma redução dos custos no combustível que pode
chegar, segundo estudos efetuados por entidades independentes, aos 22%.

Como consequência, irá verificar um aumento na produtividade, e uma melhoria no serviço prestado
pela sua empresa.

Seguindo estas duas técnicas conseguirá sem problema algum, começar desde logo, a poupar bastante
nos custos com combustível da sua frota.

2.1.1. Limites de velocidade na EU (Veículos Pesados)


Vias
Dentro das Fora das Rápidas (4 Auto
Grupos/Países
localidades Localidades vias) Estradas

DE – Alemanha 50 60 60 80
AT – Áustria 50 70 70 80
BE – Bélgica 50 60 90 90
BG – Bulgária 50 70 70 100
CY – Chipre 50 65-80 80-100 -
HR – Croácia 50 70 80 80
DK – Dinamarca 50 70 70 80
SK – Eslováquia 50 90 90 90
SI – Eslovénia 50 70 70 70
ES – Espanha 50 70 80 90
EE – Estónia 50 90 - -
FI – Finlândia 50 80 80 80
FR – França 50 60 80 90
GR – Grécia 50 70 70 80
HU – Hungria 50 70 70 80
IE – Irlanda 50 80 80 80
IT – Itália 50 70 70 80
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LV – Letónia 50 80 80 80
LT – Lituânia 50 70 80 90
LU – Luxemburgo 50 75 75 90
MT – Malta 50 70 80 80
NL - Países Baixos 50 70 80 80
PL – Polónia 60 70 80 80
PT – Portugal 50 80 80 90
UK - Reino Unido 48 64 80 96
CZ - República Checa 50 80 80 80
RO – Roménia 50 80 90 110
SE – Suécia 50 70 80 80
IS – Islândia 50 70 80 80
NO – Noruega 50 70 80 80
CH – Suíça 50 70 80 80

Nota: A velocidade máxima permitida fora das localidades, para automóveis pesados de mercadorias
com atrelado é 70 km/hora

Túnel de Mont-Blanc (entre Chamonix Mont-Blanc e Courmayeur, Entrèves, Itália) Por razões de
segurança os veículos devem circular a uma distância de pelo menos 150 m do veículo precedente – o
não cumprimento, controlado por radar, é passível de multa. Limites de velocidade, no túnel: mínima –
50 km/h; máxima – 70 km/h.

Túnel du Fréjus (entre Modane e Bardonecchia, Itália)


Limites de velocidade, no túnel: mínima – 60 km/h; máxima – 80 km/h.

2.1.2. Cintos de segurança


Todos os veículos automóveis que estejam equipados com cinto de segurança, incluindo os das
categorias:

N1 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente


admissível não superior a 3,5ton, matriculados a partir de 27 de maio de 1990.

N2 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente


admissível superior a 3,5ton mas não superior a 12ton, matriculados a partir de 1 de janeiro de 1998.

N3 - Veículos destinados ao transporte de mercadorias, com massa máxima em carga tecnicamente


admissível superior a 12ton, matriculados a partir de 1 de janeiro de 1998.

Os automóveis ligeiros e os automóveis ligeiros ou pesados que efetuem transporte de crianças, devem
estar equipados com cintos de segurança e sistemas de retenção devidamente homologados.
Nos termos do Regulamento 44 ECC/UN, existem 5 tipos de sistemas de retenção de acordo com a idade
e peso da criança.

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2.1.3. Relevo dos desenhos dos pisos dos pneus


1 — Os automóveis ligeiros e os reboques de peso bruto não superior a 3500 kg não podem transitar na
via pública sem que o piso de todos os seus pneus, incluindo o de reserva, quando obrigatório,
apresente em toda a circunferência da zona de rolagem desenhos com uma altura de, pelo menos, 1,6
mm nos relevos principais.

2 — Os motociclos, bem como os automóveis e os reboques não abrangidos pelo disposto no número
anterior, não podem transitar na via pública sem que o piso de todos os seus pneus, incluindo o de
reserva, quando obrigatório, apresente em toda a circunferência da zona de rolagem desenhos com
uma altura de, pelo menos, 1 mm nos relevos principais.

3 — Entende-se por relevos principais os relevos largos situados na zona central da superfície de
rolagem, a qual cobre cerca de três quartos da largura desta superfície.

4 — Considera-se zona de rolagem a zona de pneu que, a pressão normal e em alinhamento recto e em
patamar, toque o solo.

Os motoristas e passageiros de todos os veículos automóveis que estejam equipados com cinto de
segurança, incluindo os pesados de mercadorias

Os pneus de veículos ligeiros devem ter um relevo de 1,6 mm e dos pesados um relevo de 1 mm.

2.1.4. Cargas nos veículos de transportes


2.1.4.1. Segurança e estiva

• O excesso de peso, incorreta distribuição, embalamento inadequado e a desajustada estiva da


carga no veículo poderão comprometer a estabilidade do veículo e/ou provocar a queda de
parte ou totalidade da carga.

• É mais fácil prevenir a deslocação da carga do que travar a sua deslocação depois de iniciada.
Desta forma, uma carga deverá estar estivada de tal forma que nenhuma parte da mesma
possa deslocar-se em nenhuma direção relativamente ao veículo.

2.1.4.2. Transporte em Cisternas

Anteparas ou quebra-ondas
São paredes incompletas (divisórias incompletas) que se destinam, a limitar os movimentos
longitudinais do líquido que é transportado na cisterna e, desta forma, reduzir a pressão que o líquido
exerce nas paredes do reservatório, aumentando a estabilidade do veículo durante o transporte.

Com o mesmo objetivo, pode também o reservatório ser subdividido em compartimentos através de
paredes ou divisórias estanques.

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2.2. Prioridades
O não respeito das regras de prioridade é, à semelhança da velocidade, um fator de elevada
sinistralidade.

A prioridade não deve ser entendida como um direito absoluto de passar em primeiro lugar mas antes
um direito a que o outro me deixe passar em primeiro lugar. A diferença nestas abordagens reside no
facto de que o condutor com prioridade deve legitimamente esperar que o outro lhe ceda a passagem e
então avançar.

No caso de o outro condutor, por um motivo qualquer, não ceder a passagem deve o condutor permitir
que o mesmo passe, se, da manobra contrária resultar um acidente.

É sempre preferível evitar um acidente a não o evitar ainda que tenhamos prioridade.

Deve ainda ter-se em atenção que o facto de se apresentar pela direita ou pela esquerda não é o único a
ter em atenção quando o acidente não se evita.

De notar aqui que o condutor com prioridade de passagem tem, ainda assim, de moderar a velocidade à
aproximação de locais de perigo. Se não o fizer, pode ser corresponsável pelo acidente, ou
eventualmente, ter toda a responsabilidade.

A investigação aos acidentes de trânsito já consegue determinar, com grande probabilidade de acerto,
as causas e os causadores de acidente pelo que o facto de se apresentar pela direita ou pela esquerda
perde cada vez mais importância.

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2.2.1. Auto Estradas


Prioridade
Sobre todos os veículos que se apresentem nos respetivos ramais de acesso

Corredor de circulação
Zona longitudinal da faixa de rodagem, destinada à circulação de uma única fila de veículos e reservada
a veículos de certa espécie ou afetos a determinados transportes.

Via de abrandamento
Via utlizada pelo condutor do veículo, quando tenha intenção de sair da via pública, com segurança,
diminuição de velocidade e fora da corrente de trânsito principal.

2.2.2. Cedência de passagem nos cruzamentos e entroncamento.


Num cruzamento não sinalizado a ordem de prioridade é a seguinte:

a) Para veículos de diferentes categorias tem direito de passar em primeiro lugar um veículo
prioritário, em segundo uma marcha militar ou militarizada, em terceiro lugar veículo sobre
carris, em quarto lugar um veículo motorizado e, em quinto lugar um veículo sem motor.

b) Para veículos da mesma categoria tem direito de passar em primeiro lugar aquele que se
apresentar pela direita.

c) Nas rotundas tem direito de passar em primeiro lugar, todo o veículo que já circule na rotunda,
independentemente de ter ou não motor. Chama-se aqui a atenção, para o facto de uma
praça circular ou não, só ser rotunda se devidamente sinalizada.

2.2.3. Cedência de passagem nos estreitamentos da via


Quando se verifica um estreitamento da via não sinalizado torna-se, muitas vezes, difícil determinar
quem tem o direito de avançar em primeiro lugar e quem deve ceder passagem ou até mesmo recuar.

Se for o caso em que um veículo ceda passagem ao outro sem necessidade de recuar, devem seguir-se
os seguintes critérios, pela ordem em que são apresentados:

1. Um veículo impedido de prosseguir; exemplo: está


um veículo indevidamente estacionado impedindo, ou
dificultando, a circulação numa via de trânsito. Neste caso,
deve ceder passagem o veículo que está impedido de
prosseguir, conforme figura.

2. Quando há um estreitamento dos dois lados da via,


deve ceder passagem o último veículo a chegar a esse
estreitamento.

3. Nas rampas, deve ceder passagem o veículo que desce.

Se for necessário um dos veículos recuar, há outros critérios que se apresentam seguidamente e que
devem ser respeitados:

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1. Recua o veículo que se encontrar a menor distância de um local onde se possa efetuar o
cruzamento;

2. Para distâncias iguais, e ao defrontar-se um ligeiro e um pesado, recua o ligeiro;

3. Para distâncias iguais e ao defrontar-se um pesado de mercadorias com um pesado de


passageiros, recua o pesado de mercadorias.

Os veículos pesados devem, no entanto, facilitar o cruzamento reduzindo a velocidade e encostando-se


o mais possível à direita.

Se for necessário recuar e se a manobra for difícil ou arriscada, deve recuar o veículo que tiver mais
facilidade; que normalmente, será o veículo ligeiro.

2.3. Paragem e Estacionamento


2.3.1. Definições
A paragem e o estacionamento obedecem a regras precisas e estão claramente definidos.
Os veículos encontram-se imobilizados em quatro situações distintas:

a) Parados;
b) Estacionados;
c) Imobilizados no trânsito;
d) Avariados.

Definição de paragem: Imobilização pelo tempo estritamente necessário para entrada e saída de
pessoas ou para cargas e descargas, com o condutor presente, pronto para retirar o veículo e que o
retire se necessário.

Definição de estacionamento: Toda a imobilização que não seja considerada paragem nem avaria, e que
não resulte das circunstâncias do trânsito.

São considerados estacionamentos as seguintes imobilizações:


a) Imobilizado em segunda fila ainda que, com os quatro piscas ligados;

b) Veículo imobilizado numa paragem de autocarro, com o


condutor ao volante enquanto espera por alguém que foi, muito
rapidamente, comprar qualquer bem;

c) Veículo imobilizado por breves instantes, em frente a um portão


de garagem enquanto o condutor abandonou o veículo.

Estes são apenas alguns exemplos do dia-a-dia.

2.3.2. Estacionar ou parar corretamente


Fora das localidades, a paragem e o estacionamento devem fazer-se fora da faixa de rodagem, ou não
havendo local, apenas se pode parar na faixa de rodagem, do lado direito e o mais próximo possível da
berma ou passeio. O estacionamento na faixa de rodagem fora das localidades é proibido.

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Dentro das localidades a paragem e o estacionamento devem fazer-se nos locais espacialmente
destinados a esse efeito e pela forma indicada. Na faixa de rodagem o mais próximo do limite direito,
paralelamente a este e no sentido da marcha.

Ao estacionar o veículo o condutor deve assegurar-se de que deixa espaço para os outros condutores
manobrarem os seus veículos, assim como, terem acesso aos prédios, garagens e outros.

2.3.3. Proibições particulares de estacionamento.


Nos parques e Zonas de estacionamento é proibido estacionar:

a) Veículos destinados à venda de quaisquer artigos ou a publicidade de qualquer natureza;

b) Automóveis pesados utilizados em transporte público, quando não estejam em serviço, salvo
exceções previstas em regulamentos locais;

c) Veículos de categorias diferentes daquelas a que o parque, zona ou lugar de estacionamento,


tenham sido exclusivamente afetos;

d) Por tempo superior ao estabelecido.

2.3.4. Lugar onde é proibido parar ou estacionar


a) Nas rotundas, pontes, túneis, passagens de nível, passagens inferiores ou superiores, e em
todos os lugares de visibilidade insuficiente;

b) A menos de 5 m para um e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos e rotundas;

c) A menos de 5 m para a frente e 25 m para trás dos


sinais indicativos de paragens de transportes coletivos
de passageiros e a menos de 6 m para trás das dos sinais
indicativos de paragens de veículos que circulem sobre
carris;

d) A menos de 5 m antes das passagens assinaladas para a


travessia de peões ou de velocípedes;

e) Nas faixas de rodagens em que esteja assinalada uma linha contínua se a distância entre o
veículo e a linha for inferior a 3 m.

f) Nas passagens para peões, nas pistas de velocípedes, nos ilhéus direcionais, nas placas centrais
das rotundas, nos passeios e demais locais destinados ao trânsito de peões;

g) A menos de 20 m antes dos sinais luminosos ou verticais, se a altura dos veículos e respetiva
carga os encobrir.

h) A paragem ou o estacionamento na berma das autoestradas ou vias equiparadas constitui


contra ordenação grave, se a mesma se fizer na faixa de rodagem constitui contra ordenação
muito grave.

Fora das localidades é ainda proibido:

a) A menos de 50 m para um e outro lado dos cruzamentos, entroncamentos, rotundas,


curvas ou lombas de visibilidade reduzida;

b) Estacionar na faixa de rodagem;

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c) Parar na faixa de rodagem; se for possível, fazê-lo na berma.

2.3.5. Proibição de Estacionar


É proibido o estacionamento:

a) Impedindo o trânsito numa via, nas vias de sentido único, numa via em cada sentido e
nas vias de dois sentidos;

b) Nas faixas de rodagem em segunda fila ou impedindo o acesso a veículo devidamente


estacionado;

c) Nos locais de acesso de veículos a propriedades, parques ou locais de estacionamento;

d) A menos de 10 m para cada lado das passagens de nível;

e) A menos de 5 metros para cada lado dos postos de abastecimento de combustível;

f) Nas zonas de estacionamento de duração limitada quando não for cumprido o


respetivo regulamento;

g) De veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques ou semirreboques quando não


atrelados ao veículo trator, salvo nos parques de estacionamento especialmente
destinados a esse efeito.

2.3.6. Estacionamento indevido ou abusivo


Considera-se estacionamento indevido ou abusivo ,quando:

a) O veículo esteja durante 30 dias ininterruptos, em local da via pública ou em parque ou zona de
estacionamento isentos do pagamento de qualquer taxa;

b) O veículo se encontre em parque de estacionamento, quando as taxa correspondente a cinco


dias de utilização não tiver sido paga;

c) O veículo se encontre em zona de estacionamento condicionado ao pagamento de taxa,


quando esta não tiver sido paga ou tiverem decorrido duas horas para além do período de
tempo pago;

d) O veículo que permanecer em local de estacionamento limitado mais de duas horas para além
do período de tempo permitido;

e) Os veículos agrícolas, máquinas industriais, reboques e semirreboques não atrelados ao veículo


trator e o de veículos publicitários que permaneçam no mesmo local por tempo superior a
setenta e duas horas, ou a 30 dias, se estacionarem em parques a esse fim destinados;

f) Que se verifique por tempo superior a quarenta e oito horas, quando se trate de veículos que
apresentem sinais exteriores evidentes de abandono, de inutilização ou de impossibilidade de
se deslocarem com segurança pelos seus próprios meios;

g) Os veículos ostentando qualquer informação com vista à sua transação, em parque de


estacionamento;

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h) Os veículos sem chapa de matrícula ou com chapa que não permita a correta leitura da
matrícula.

2.3.7. Bloqueamento ou remoção


Podem ser removidos os veículos que se encontrem:

a) Em estacionamentos indevidos ou abusivamente, nos termos do artigo anterior;

b) Estacionados ou imobilizados na berma de autoestrada ou via equiparada;

c) Estacionados ou imobilizados de modo a constituírem evidente perigo ou grave perturbação


para o trânsito;

d) Estacionados ou imobilizados em locais que, por razões de segurança de ordem pública, de


emergência, de socorro ou outros motivos análogos, justifiquem a remoção.

Considera-se que constituem evidente perigo ou grave perturbação para o trânsito, entre outros, os
seguintes casos de estacionamento ou imobilização:

a) Em via ou corredor de circulação reservados a transportes


públicos;

b) Em local de paragem de veículos de transporte coletivo de


passageiros;

c) Em passagem de peões sinalizada;

d) Em cima dos passeios ou em zona reservada exclusivamente ao trânsito de peões;

e) Na faixa de rodagem, sem ser junto da berma ou passeio;

f) Em local destinado ao acesso de veículos ou peões a propriedades, garagens ou locais de


estacionamento;

g) Em local destinado ao estacionamento de veículos de certas categorias, ao serviço de


determinadas entidades ou utilizados no transporte de pessoas com deficiência;

h) Em local afeto à paragem de veículos para operações de carga e descarga ou tomada e largada
de passageiros;

i) Impedindo o trânsito de veículos ou obrigando à utilização da parte da faixa de rodagem


destinada ao sentido contrário, conforme o trânsito se faça num ou em dois sentidos;

j) Na faixa de rodagem, em segunda fila;

k) Em local em que impeça o acesso a outros veículos devidamente estacionados ou a saída


destes;

l) De noite, na faixa de rodagem fora das localidades, salvo em caso de imobilização por avaria
devidamente sinalizada;

m) Na faixa de rodagem de autoestrada ou via equiparada.

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Verificada qualquer das situações previstas nas alíneas a), b) e c) do ponto anterior, as autoridades
competentes para a fiscalização podem bloquear o veículo através de dispositivo adequado, impedindo
a sua deslocação até que se possa proceder à remoção.

No caso de não ser possível a remoção imediata, as autoridades competentes para a fiscalização devem,
também, proceder à deslocação provisória do veículo para outro local, a fim de aí ser bloqueado até à
remoção.

O desbloqueamento do veículo só pode ser feito pelas autoridades competentes; depois de ser feito o
pagamento da sanção, qualquer pessoa poderá reaver o veículo munida do respetivo documento de
identificação (a coima vai de 300€ a 1500€).

Quem for titular do documento de identificação do veículo é responsável por todas as despesas
ocasionadas pela remoção, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis, ressalvando-se o direito de
regresso contra o condutor.

As condições e as taxas devidas pelo bloqueamento, remoção e depósito de veículos são fixadas em
regulamento.

As taxas não são devidas quando se verificar que houve erro da aplicação das disposições legais.

Os prazos previstos nas alíneas a) e e) do número anterior não se interrompem, desde que os veículos
sejam apenas deslocados de um para outro lugar de estacionamento, ou se mantenham no mesmo
parque ou zona de estacionamento.

Presunção de abandono

1 - Removido o veículo nos termos do artigo anterior ou levantada a apreensão efetuada nos termos do
n.º 1 do artigo 162. o, deve ser notificado o titular do documento de identificação do veículo, para a
residência constante do respetivo registo, para o levantar no prazo de 45 dias.

2 - Tendo em vista o estado geral do veículo, se for previsível um risco de deterioração que possa fazer
recear que o preço obtido em venda em hasta pública não cubra as despesas decorrentes da remoção e
depósito, o prazo previsto no número anterior é reduzido a 30 dias.

3 - Os prazos referidos nos números anteriores contam-se a partir da receção da notificação ou da sua
afixação nos termos do artigo seguinte.

4 - Se o veículo não for reclamado dentro do prazo previsto nos números anteriores é considerado
abandonado e adquirido por ocupação pelo Estado ou pelas autarquias locais.

5 - O veículo é considerado imediatamente abandonado quando essa for a vontade manifestada


expressamente pelo seu proprietário.

2.3.8. Paragem de Veículos de Transportes Coletivos


Na faixa de rodagem os Veículos de Transportes Coletivos só podem parar para entrada e saída de
passageiros nas respetivas paragens. Na sua falta devem cumprir os critérios gerais da paragem.

Na Alemanha, os Veículos de Transporte Coletivos e Transporte Escolar, têm a prioridade ao retomarem


a circulação à saída dos locais de paragem, tanto dentro ou fora das localidades.

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2.3.9. Inversão do sentido de marcha


É proibido inverter o sentido de marcha:

a) Nas lombas;

b) Nas curvas, cruzamentos ou entroncamentos de visibilidade reduzida;

c) Nas pontes, passagens de nível e túneis;

d) Onde quer que a visibilidade seja insuficiente ou que a via, pela sua largura ou outras
características, seja inapropriada à realização da manobra

e) Sempre que se verifique grande intensidade de trânsito.

O não respeitar as regras e sinais respeitantes à inversão de sentido de marcha, constitui


contraordenação grave ou muito grave praticada em auto estradas ou nas vias reservadas a automóveis
e motociclos; é sancionada com uma coima de 120 € a 600 €.

2.3.10. Ultrapassagem regra geral


a) A ultrapassagem deve fazer-se pela esquerda;

b) Pode ultrapassar-se pela direita: Um veículo que vá virar à esquerda, para parar ou estacionar
do lado esquerdo e deixe espaço suficiente do lado direito, para a passagem de outros veículos.

Pode fazer-se a ultrapassagem pela direita de veículos, que transitem sobre carris e desde que estes não
utilizem esse lado da faixa, isto é:

✓ Não estejam parados para a entrada ou saída de passageiros;


✓ Estando parados para a entrada ou saída de passageiros, exista placa de refúgio para peões.

Os veículos pesados não devem efetuar ultrapassagens quando a visibilidade em relação ao veículo a
ultrapassar seja inferior a 50 metros. Esta regra aplica-se a nível internacional.

2.3.11. Mudança de direção


TÉCNICA “ESM”

ESM é o acrónimo Espelho, Sinal e Manobra, e funciona como uma mnemónica para ajudar a
implementar um automatismo de redução do risco nas mudanças de direção e mudanças de fila. A
técnica ESM é aplicada em todas as manobras de mudança de direção (incluindo ultrapassagens). É um
sistema que permite fazer estas manobras seguindo um método sucessivo de tarefas tendentes a
aumentar a visibilidade e a diminuir o risco de acidente.

ESM, é por esta ordem que o condutor deve executar as ações de “ver”, “comunicar” e “posicionar” o
veículo antes de efetuar qualquer manobra:
• Efetuar uma prospeção visual a 360º, usando os retrovisores;
• Sinalizar a manobra (por exemplo, ligar o indicador de mudança de direção);
• Efetuar a manobra de mudança de direção. Especialmente enquanto aguarda no eixo da via
para voltar à esquerda, deve manter a direção com as rodas alinhadas para a frente, para que,
no caso do veículo ser colidido pela traseira, não ser empurrado para a via contrária.

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2.3.12. Condução em condições de condução adversa


O vento afeta a estabilidade do veículo, particularmente quando é muito forte e sopra lateralmente. O
vento forte afeta os veículos, especialmente em zonas abertas de planície, zonas marítimas costeiras ou
de montanha, e os veículos de caixa fechada e altas ou os que transportam cargas no tejadilho.

Os veículos a circular nas condições acima referidas, devem reduzir a velocidade e encostar-se o mais
possível à direita.

2.3.13. Proibição de ultrapassar


É proibida a ultrapassagem:

a) Nas lombas;
b) Imediatamente antes e nas passagens de nível;
c) Imediatamente antes e nos cruzamentos e entroncamentos;
d) Imediatamente antes e nas passagens assinaladas para a travessia de peões;
e) Nas curvas de visibilidade reduzida;
f) Em todos os locais de visibilidade insuficiente;
g) Sempre que a largura da faixa de rodagem seja insuficiente

2.4. Utilização das luzes


As Luzes dos veículos têm duas funções: iluminar a estradas em condições de falta de luminosidade,
assinalar a presença do veículo e em más condições atmosféricas.

O mínimo de dispositivos de iluminação obrigatório é o seguinte:

2.4.1. Frente
Para os automóveis é o seguinte:

a) Dois mínimos ou luzes de presença;

b) Duas luzes de mudança de direção;

c) Dois médios ou luzes de cruzamento (médios), que devem iluminar a via à frente do veículo
numa distância de 30 metros;

d) Dois máximos ou luzes de estrada (máximos), que devem iluminar a via à frente do veículo
numa distância, não inferior a 100 metros;

e) As luzes de nevoeiro para a frente são opcionais. Se as tiver têm de estas a funcionar;

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2.4.2. Traseira
a) Dois mínimos ou luzes de presença;

b) Duas luzes de mudança de direção;

c) Três luzes de travão;

d) Duas luzes de nevoeiro, ou uma do lado esquerdo;

e) Luz de marcha atrás

2.4.3. Utilização dos dispositivos de iluminação


Os dispositivos de iluminação devem ser usados desde o anoitecer ao amanhecer ou em situação de
más condições de visibilidade e do seguinte modo:

a) Mínimos: Os mínimos destinam-se a sinalizar o veículo quer imobilizado quer em andamento e


devem ser usados com o veículo parado na faixa de rodagem ou enquanto aguarda abertura de
passagem de nível;

b) Médios: No cruzamento com veículos, pessoas ou animais,


quando se circula a menos de 100 m do veículo precedente,
fora das localidades, nas vias em iluminação

c) Máximos: Em situações diferentes das do ponto anterior;

d) Luzes de mudança de direção: quando se quer mudar de


direção, numa situação de súbita redução de velocidade, em
condições de visibilidade particularmente adversas, em caso de imobilização por avaria ou
acidente.

e) Luzes de nevoeiro. Só é obrigatório usa-las na traseira e quando a visibilidades for, por questões
ambientes, inferior a 50 m.

f) Luzes Delimitadoras: Com exceção dos tratores e reboques agrícolas, todos os veículos de
largura superior a 2,10 m deverão possuir luzes delimitadoras dos mesmos,
destinadas a assinalar a sua largura.

LUZES DISTÂNCIAS COR

À FRENTE

2 de Presença (mínimos) Visível a 150 metros Branca

2 de Cruzamento (médios) Ilumina até 30 metros para o solo Branca ou Amarela

2 de Estrada (máximos) Ilumina pelo menos até 100 metros Branca ou Amarela

2 Indicadores de Direção - Branca ou Laranja

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Luz de Nevoeiro Ilumina até 30 metros Branca ou Amarela

Luzes delimitadoras (2) Branca Vermelha

À RETAGUARDA

2 de Presença Visível a 150 metros Vermelha

Luzes de Travagem - Vermelha ou Laranja

Luz de Nevoeiro - Vermelha

Luz de Nevoeiro
Visível a 100 metros Vermelha
(pesados de mercadorias)

1 Chapa de Matrícula Visível e legível a 20 metros Branca

2 Indicadores de Direção - Vermelha ou Laranja

Luz de Marcha Atrás Não superior a 10 metros Branca

Importante

Na Finlândia, Noruega, Dinamarca, Suécia, Suíça e Itália, é obrigatório circular com as luzes cruzamento
acesas durante o dia.

Na Áustria, é obrigatório circular com luzes de cruzamento, dentro das localidades.

Na Alemanha, é proibida a utilização de máximos nas autoestradas.

Na França, é recomendado o uso de luzes de cruzamento (médios), durante o dia, dentro e fora das
localidades.

É proibido o uso de luzes de nevoeiro, sempre que as condições meteorológicas ou ambientais, não o
justifiquem.

Os veículos afetos ao transporte de mercadorias perigosas, devem circular durante o dia, com as luzes
de cruzamento acesas.

Em tuneis sinalizados e nas vias de sentido reversível, devem circular durante o dia, com as luzes de
cruzamento acesas.

Os veículos de transporte de crianças, devem também circular de dia com as luzes cruzamento acesas.

Em trânsito, a não utilização de luzes quando obrigatório pelos veículos, constitui contraordenação
grave e muito grave, quando pratica (neste caso com a exceção das luzes de presença) nas autoestradas
e vias reservadas a automóveis e motociclos, punível com coima de 30 € a 150 €.

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2.4.4. Sinalização de perigo


Para sinalizar uma situação particularmente perigosa, tal como uma avaria em que o veículo circule em
marcha lenta, uma avaria com imobilização, uma avaria nas luzes, uma redução súbita de velocidade,
entre outras, deve usar-se os “quatro piscas”. Este simples gesto pode evitar o acidente.

2.4.5. Equipamento Obrigatório e Recomendado


• Portugal
É obrigatória a utilização do cinto de segurança ou do sistema de retenção aprovado, pelo condutor e
passageiros transportados nos veículos que possuam um daqueles acessórios.

• Espanha
É obrigatória a utilização dos cintos de segurança para os passageiros do banco da frente e da
retaguarda, dentro e fora das localidades (multa: € 200) A lei espanhola prevê que todos os veículos
motorizados, exceto ciclomotores e motociclos, matriculados fora de Espanha, devem ter a bordo 1
(um) triângulo de pré-sinalização (apesar dos residentes terem 2). Os veículos devem estar equipados
com um pneu sobressalente em bom estado e com as ferramentas necessárias em caso de substituição
– de acordo com informação do RACE (2/10/2015) não há inconveniente em que circulem em Espanha
veículos que não veem de fábrica com o pneu sobressalente e trazem um kit de reparação. Os
condutores que usem óculos deverão ser possuidores de um par de óculos de reserva. A partir de agora
todo o condutor de um veículo deve usar um colete refletor se necessitar de sair da viatura, imobilizada
na autoestrada ou na estrada, fora das povoações. Esta determinação aplica-se somente a condutores
espanhóis, no entanto é obrigatório, para quem caminhe ao longo de uma estrada, o uso do colete, seja
espanhol ou estrangeiro. Em qualquer dos casos, o não cumprimento é passível de multa. DEIXOU DE
SER OBRIGATÓRIO O JOGO DE LUZES E FERRAMENTAS PARA AS MUDAR.

• França
É obrigatória a utilização dos cintos de segurança, para o condutor e todos os passageiros do banco da
frente e da retaguarda, desde que ocupem um lugar munido de cinto, dentro e fora das localidades -
multa de € 135,00. O condutor é responsável por que os menores de 18 anos, no seu veículo, utilizem o
cinto de segurança e outro sistema de retenção, se necessário.

A utilização do triângulo de pré-sinalização é obrigatória em todos os veículos com peso igual ou


superior a 3,5 t (para veículos de peso inferior, no caso de imobilização ou derramamento de carga,
podem ser sinalizadas com os ‘quatro-piscas’, recomendando-se, contudo, a utilização simultânea com o
triângulo, a ser colocado a 30m do veículo).

As autoridades também recomendam o transporte de um conjunto de lâmpadas de substituição para


todos os faróis, apesar de não ser obrigatório. DGCM Informações Turísticas

O uso do colete refletor é obrigatório, para veículos ligeiros, como para motociclos - deve ser utilizado
sempre que o condutor sair do veículo. A multa é de 135€ (90€, se paga de imediato).

A obrigatoriedade aplica-se também, em princípio, a condutores estrangeiros. Os condutores de


motociclos e motos serão obrigados, a partir de novembro de 2016, a usar sempre luvas. A multa será
de 68 € Os capacetes têm de estar equipados com elementos de sinalização em material retrorrefletor –
capacetes homologados em países da UE podem ser utilizados em França, sendo fortemente
recomendado que afixem tiras adesivas e retrorrefletoras nos capacetes. (info de 15/6/2016)

A circulação de veículos com os travões, suspensão e os pneus em mau estado, têm punição com multa
e imobilização do veículo.

• Alemanha
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É obrigatória a utilização dos cintos de segurança dentro e fora das localidades para os passageiros do
banco da frente e da retaguarda. A multa pode ser: € 30, se não levar o cinto; e €60, se transportar uma
ou mais crianças sem cinto de segurança; entre € 30 e € 35, se o sistema de retenção não é correto. É
obrigatório o uso do triângulo de pré-sinalização que deve, em caso de necessidade, ser colocado a
100m do veículo (200m nas autoestradas).

A obrigatoriedade do transporte de uma caixa de primeiros socorros só se aplica aos veículos


matriculados na Alemanha. No Inverno, todos os veículos devem circular com pneus de neve. O não
cumprimento é passível de multa - € 20,00, que passa a € 40,00 se causar engarrafamentos.

• Bélgica
É obrigatória a utilização dos cintos de segurança dentro e fora das localidades para os passageiros do
banco da frente e da retaguarda – multa 50 (60 a 1500 se paga depois).

É obrigatório o uso do triângulo de pré-sinalização que, em caso de necessidade deve ser colocado a
30m do veículo (100m na autoestrada). A caixa de primeiros socorros e o extintor apenas são
obrigatórios para residentes, não se aplicando aos veículos de matrícula estrangeira.

• Itália
É obrigatória, quer para residente, quer para visitantes, a utilização dos cintos de segurança para o
condutor e passageiros, do banco da frente e da retaguarda (multa de EUR 81 a 326). É obrigatório o uso
do triângulo de pré-sinalização que, em caso de necessidade, deve ser colocado a 50m do veículo (100m
nas autoestradas).

• Luxemburgo
É obrigatória a utilização dos cintos de segurança dentro e fora das localidades, no banco da frente e da
retaguarda, multa 74 EUR. É obrigatório o uso do triângulo de pré-sinalização que, em caso de
necessidade, deve ser colocado a 100m do veículo, e entre 200m e 300m nas autoestradas.

É obrigatória a utilização do colete refletor, nas autoestradas, em quaisquer circunstâncias, sempre que
haja necessidade de sair do veículo. Nas outras estradas, fora das localidades, é também obrigatório, de
noite ou em más condições de visibilidade

• Áustria
É obrigatória a utilização dos cintos de segurança dentro e fora das localidades para os passageiros do
banco da frente e da retaguarda – a contravenção é sujeita a multa de 35 EUR, desde que paga
imediatamente ou nos dias seguintes.
Caso contrário, poderá ir até 72 EUR. É obrigatório o uso do triângulo de pré-sinalização e o transporte
de uma caixa de primeiros socorros hermética e sólida. É obrigatório o uso de um colete refletor, a ser
utilizado quando o condutor tem de sair da viatura, em plena via, fora das localidades.

Álcool Índice máximo de alcoolemia: 0,049%; sujeito a multa (entre 300 € e 5.900 €), a apreensão de
carta de condução. Em caso de infração grave, os condutores visitantes podem mesmo ser impedidos de
conduzir no país. Os condutores que se recusem a efetuar o teste do álcool ficam sujeitos às mesmas
sanções previstas para a condução com uma taxa de 0,16% ou superior. Os novos condutores, com carta
há menos de 2 anos, estão sujeitos ao limite especial de 0,01%

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2.4.6. Sinalização de Marcha Lenta


Os veículos que, por construção, têm de circular em marcha lenta deve sinalizar a marcha lenta com
uma luz rotativa amarela.

2.4.7. Veículos Prioritários


Os veículos construídos e preparados para circularem em situação de emergência são equipados com
luzes rotativas ou intermitentes azuis que devem usar apenas nestas situações.

2.5. Sinalização Rodoviária


A sinalização rodoviária surge para complementar ou criar locais ou situações de exceção às regras
rodoviárias.

Como exemplo poderemos considerar os limites de velocidades que, fazendo parte integrante das
regras, não se limitam às mesmas, dada a multiplicidade e diversidade de situações pontuais que
precisam de ser devidamente assinaladas.

2.5.1. Hierarquia entre prescrições


Existem situações em que os sinais prescrevem comportamentos distintos, senão mesmo opostos.
Importa, pois, saber hierarquizá-los para sabermos o comportamento a adotar

Hierarquia:

1. Sinalização dos agentes da autoridade;


2. Sinalização temporária (fundo amarelo)
3. Sinalização luminosa;
4. Sinalização vertical;
5. Marcas no pavimento.

As regras de trânsito, como já se disse, regulamentam o trânsito nos locais onde não há sinalização.

2.5.2. Sinais dos Agentes da autoridade


Os sinais dos agentes da autoridade estão no topo da hierarquia da sinalização.
Perante as ordens legítimas dos agentes da autoridade todas as outras prescrições perdem
validade.
Assim, e por exemplo: a paragem numa autoestrada, desde que quando instruída por um
agente de autoridade, e se tal se justificar.

2.5.3. Sinalização temporária


A sinalização temporária tem fundo amarelo e surge em segundo lugar na hierarquia pois destina-se a
assinalar situação de carácter temporário que, pela sua curta duração, não justificaria sinalização
permanente.

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2.5.4. Sinalização Luminosa


A sinalização luminosa tem por finalidade alertar, advertir ou orientar condutores de veículos e
pedestres.
Pode ser feita pela autoridade pública ou por sua determinação, pelo agente da autoridade (agente de
trânsito) e pelo usuário da via.

2.5.4.1. Sinalização semafórica:


O semáforo é um dispositivo de controlo e segurança tanto de veículos como de peões. Devido à sua
característica de intervir no direito de passagem para os diferentes movimentos de veículos ou de
peões, em intersecções ou em outros locais ao longo das vias; o semáforo exerce uma profunda
influência sobre o fluxo de trânsito.

Os semáforos, quando usados devidamente, propiciam as seguintes vantagens:

a) Organizam o trânsito nas intersecções, diminuindo conflitos, podendo aumentar sua


capacidade de escoamento;

b) Reduzem a frequência dos acidentes;

c) Podem ser coordenados para propiciar um movimento contínuo, a uma velocidade definida ao
longo de uma determinada rota;

d) Podem ser usados para interromper o trânsito a fim de permitir a passagem de peões.

2.5.5. Sinalização vertical


A sinalização vertical é um conjunto de dispositivos e equipamentos que
têm como função:

• Informar

• Orientar

• Guiar

O aumento de trânsito, a velocidade a que se circula, o crescente número de dispositivos colocados nos
automóveis, a necessidade duma rápida descodificação das mensagens, faz com que a sinalização
vertical seja fulcral para a sua segurança.

2.5.6. Marcas no Pavimento


As marcas rodoviárias destinam-se a regular a circulação e a advertir e orientar os utentes das vias
públicas, podendo ser completadas com outros meios de sinalização

A materialização das marcas rodoviárias pode ser feita com recurso a pinturas, lancis, fiadas de calçada,
elementos metálicos ou de outro material, fixados no pavimento.

As marcas rodoviárias têm sempre cor branca, com exceção das que regulam o estacionamento e as
marcas temporárias

Fora das localidades, as marcas rodoviárias devem ser retrorrefletoras.

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As marcas longitudinais são linhas apostas na faixa de rodagem, separando sentidos ou vias de trânsito.

Na proximidade de locais que ofereçam particular perigo para a circulação, designadamente lombas,
cruzamentos, entroncamentos e locais de visibilidade reduzida, podem ser utilizadas, excecionalmente,
duas linhas contínuas adjacentes, que têm o mesmo significado que a linha contínua simples

2.6. Fiscalização da condução sob efeito de álcool


Devem submeter-se às provas estabelecidas para a deteção dos estados de influenciado pelo álcool ou
por substâncias psicotrópicas:

a) Os condutores;

b) Os peões, sempre que sejam intervenientes em acidentes de trânsito;

c) Qualquer condutor que se propuser iniciar a condução.

As pessoas referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 que recusem submeter-se às provas estabelecidas para a
deteção do estado de influenciado pelo álcool ou por substâncias psicotrópicas são punidas por crime
de desobediência identificativos dos itinerários principais, de cor azul.

2.7. Apreensão dos títulos de condução


2.7.1. Apreensão Preventiva
Os títulos de condução devem ser preventivamente apreendidos pelas autoridades de investigação
criminal, fiscalização ou seus agentes quando:

a) Suspeitem da sua contrafação ou viciação fraudulenta;

b) Tiver expirado o seu prazo de validade;

c) Se encontrem em estado de conservação que torne ininteligível qualquer indicação ou


averbamento.

Nestes casos deve, em substituição do título, ser fornecida uma guia de condução válida pelo tempo
julgado necessário e renovável quando ocorra motivo justificado.

2.7.2. Outras apreensões


Os títulos de condução devem ser apreendidos para cumprimento da
cassação do título, proibição ou inibição de conduzir.
A entidade competente deve ainda determinar a apreensão dos títulos
de condução quando:

a) Qualquer dos exames realizados nos termos dos n.ºs 1 e 5 do


artigo 129.º revelar incapacidade técnica ou inaptidão física,
mental ou psicológica do examinando para conduzir com
segurança;

b) O condutor não se apresentar a qualquer dos exames referidos na alínea anterior ou no n.º 3
do artigo 129.º, salvo se justificar a falta no prazo de cinco dias;
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c) Tenha caducado nos termos dos n.ºs 1 e 2 do artigo 130.º.

Quando haja lugar à apreensão do título de condução, o condutor é notificado para, no prazo de 15 dias
úteis, o entregar à entidade competente, sob pena de crime de desobediência, devendo, nos casos
previstos no n.º 1, esta notificação ser efetuada com a notificação da decisão.

Sem prejuízo da punição por crime de desobediência, se o condutor não proceder à entrega do título de
condução nos termos do número anterior, pode a entidade competente determinar a sua apreensão,
através da autoridade de fiscalização e seus agentes.

2.7.3. Efeitos da cassação


A cassação tem como efeito não permitir ao portador do título de condução a obtenção de qualquer
título de condução, para conduzir veículos a motor, antes de decorridos 2 anos sobre a efetivação
daquela.

2.8. Condução sobe efeito de álcool


A taxa de álcool no sangue (TAS), é avaliada com base no número indicador de gramas de álcool
presentes em cada litro de sangue (g/l).

Desta forma, um condutor que apresente uma TAS igual a 1,0g/l é porque em cada litro do seu sangue
existe um grama de álcool.

A taxa de álcool no sangue pode ainda ser obtida por análise de sangue, que terá
que ser efetuada em estabelecimento oficial de saúde como acontece nos casos
de exigência de um pedido de contra prova.

2.8.1. Penalização por condução sob efeito de álcool em Portugal


Na seguinte tabela apresentam-se as penalizações por condução sob efeito de álcool

Taxa
Inibição de Proibição de
de álcool Qualificação Coima Pena
conduzir conduzir
no sangue

Igual ou superior a 0,5g/l


e inferior a 0,8g/l €240,00 1 mês
Contraordenação
- a - a -
GRAVE
Igual ou superior a €1200,00 1 ano
0,2g/l (1)

Igual ou superior a 0,8g/l


e inferior a 1,19g/l
€360,00 2 meses
Estupefacientes ou Contraordenação
a - a -
psicotrópicas MUITO GRAVE
€18000,00 2 anos
Igual ou superior a
(1)
0,5g/l

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Prisão
3 meses
até 1 ano
Igual ou superior a 1,2g/l CRIME - - a
ou multa
3 anos
até 120 dias

(1) Para condutores em regime de período probatório


2.8.2. Fatores que Interferem na TAS
O consumo de bebidas alcoólicas tem um duplo conjunto de consequência que o tornam extremamente
perigoso para a condução.
O rendimento físico e intelectual vai diminuindo e simultaneamente o convencimento das nossas
capacidades vai aumentando. Isto, naturalmente é um facto indutor do aumento de sinistralidade.

2.8.3. Taxa de alcoolemia na Europa


Estado O Taxa máxima de Taxa máxima de álcool no Taxa máxima de
código álcool no sangue - sangue - Recém-encartados álcool no sangue -
na Condutores Condutores
placa experientes profissionais
Alemanha D 0,5 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
(acima de 1,1 g/l é (menores de 21 anos e (a condução sob o
considerado crime, condutores cuja experiência efeito do álcool pode
entre 0,5-1,0 g/l a de condução é inferior a 2 levar ao
sanção é uma multa) anos) despedimento)
Áustria A 0,5 ‰ 0,1 ‰ 0,1 ‰
(a partir de 0,8 g/l, (experiência de condução
apreensão da carta inferior a dois anos)
de condução)
Bélgica B 0,5 ‰ 0,5 ‰ 0,2 ‰
Bulgária BG 0,0 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
Chipre CY 0,5 ‰ 0,2 ‰ 0,2 ‰
(experiência de condução (veículos com mais de
inferior a três anos) e 3,5 t ou mais de 9
condutores de ciclomotores, lugares, motoristas de
motociclos, triciclos e todos táxis, condutores de
os tipos de quadriciclos veículos que
transportam
mercadorias
perigosas)
Croácia HR 0,5 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
Dinamarca DK 0,5 ‰ 0,5 ‰ 0,5 ‰
Eslováquia SK 0,0 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
Eslovénia SLO 0,5 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
0,24 mg/l de ar
expirado
Espanha E 0,5 ‰ 0,3 ‰ 0,3 ‰
Os condutores têm de
fazer dois testes com
um intervalo, no
mínimo, de dez
minutos entre eles.
Estónia EST 0,2 ‰ 0,2 ‰ 0,2 ‰
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Finlândia FIN 0,5 ‰ 0,5 ‰ 0,5 ‰


França F 0,5 ‰ 0,2 ‰ 0,5 ‰
(com carta de condução há (no caso dos
menos de 3 anos ou menos motoristas de
de 2 anos, se, depois de ter autocarro, o limite
tido 20 horas de aulas máximo de álcool no
práticas de condução com sangue é de 0,2 g/l)
um instrutor e antes de
passar o exame de
condução, o condutor tiver
conduzido, acompanhado
por um condutor experiente,
pelo menos, 3000 km num
período de 2 anos)
Grécia GR 0,5 ‰ 0,2 ‰ 0,2 ‰
(0,2 ‰ para
condutores de
motociclos e
ciclomotores)
Hungria H 0,0 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
Irlanda IRL 0,5 ‰ 0,2 ‰ 0,5 g/l
As multas por As multas por conduzir sob As multas por
conduzir sob influência de álcool ou de conduzir sob
influência de álcool substâncias psicotrópicas influência de álcool
ou de substâncias podem ir até aos 5000 euros ou de substâncias
psicotrópicas podem e/ou levar a uma pena de psicotrópicas podem
ir até aos 5000 prisão de seis meses. ir até aos 5000 euros
euros e/ou levar a e/ou levar a uma
uma pena de prisão pena de prisão de seis
de seis meses. meses.
Itália I 0,5 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
Letónia LV 0,5 ‰ 0,2 ‰ 0,5 ‰
Liechtenstein FL 0,8 ‰ 0,8 ‰ 0,8 ‰
O consumo de álcool
é proibido durante as
horas de trabalho e
nas seis horas que
antecedem um
período de trabalho.
Lituânia 90 0,4 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
km/h (experiência de condução (veículos com mais de
80 inferior a dois anos) e 3,5 t ou mais de 9
km/h condutores de ciclomotores, lugares, motoristas de
motociclos, triciclos e todos táxis, condutores de
os tipos de quadriciclos veículos que
transportam
mercadorias
perigosas)
Luxemburgo L 0,5 ‰ 0,2 ‰ 0,2 ‰
Malta M 0,8 ‰ 0,8 ‰ 0,8 ‰
Noruega N 0,2 ‰ 0,2 ‰ 0,2 ‰
Países Baixos NL 0,5 ‰ 0,2 ‰ 0,5 ‰
(Experiência de condução
inferior a dois anos)

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Polónia PL < 0,2 ‰ < 0,2 ‰ < 0,2 ‰


Portugal P 0,5 ‰ 0,2 ‰ 0,2 ‰
Reino Unido GB 0,8 ‰ 0,8 ‰ 0,8 ‰
0,5 ‰ na Escócia 0,5 ‰ na Escócia 0,5 ‰ na Escócia
República CZ 0,0 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
Checa
Roménia RO 0,0 ‰ 0,0 ‰ 0,0 ‰
Suécia S 0,2 ‰ 0,2 ‰ 0,2 ‰
Suíça CH 0,5 ‰ 0,1 ‰ 0,1 ‰
(carta de condução em (camiões, autocarros,
período experimental) transporte de
mercadorias
perigosas)

Importante:

Em França, a condução com taxa de álcool igual ou superior a 0,80g/l é qualificada como crime

Na Áustria, todos os condutores que se recusem a efetuar o teste de álcool, quando exigido, ficam
sujeitos às mesmas sanções previstas para a condução igual ou superior a 0,16%.

Em Espanha, o limite de 0,3g/l é válido também para o transporte de mercadorias perigosas e


transporte coletivo de crianças.

Na Alemanha, taxa máxima de álcool no sangue é 0,3g/l, para motoristas que tenham estado envolvidos
em acidentes ou tenham cometido outras infrações rodoviárias; assim como, com taxa superior a 1,1g/l,
é sempre qualificada como crime

No Luxemburgo, o índice máximo de alcoolemia é 0,05.


A multa pode ir de 145 € a 10.000 €, apreensão de carta de condução e por decisão do juiz; poderá
haver prisão ou não, dependendo do nível de álcool no sangue.

Na Bélgica, o limite máximo de sangue no álcool é de 0,05 % (sujeito a multa que vai de 137,50 € a
11.000 € e a apreensão da carta de condução).
Importante
Um(a) condutor(a), em que a polícia verifique ter entre 0,05% e 0,08% de alcoolemia, não pode conduzir
nas 3 horas seguintes, assim como, se tiver mais de 0,08%, não pode conduzir nas 6 horas seguintes.
Regime Legal em Portugal
De acordo com o Código da Estrada, é proibido conduzir sob a influência de álcool. Considera se
sob influência de álcool o condutor que apresente uma TAS igual ou superior a 0,5g/l ou que, após
exame, seja como tal considerado em relatório médico.
A conversão dos valores do teor de álcool no ar expirado (TAE) em teor de álcool no sangue (TAS) é
baseada no princípio de que 1mg de álcool por litro de ar expirado é equivalente a 2,3g de álcool por
litro de sangue.

Impedimento de Recomeçar a Condução em Portugal


O condutor que apresentar uma TAS igual ou superior a 0,5g/l, será impedido pelo agente policial de
recomeçar a condução durante um período de 12 horas, de modo que seu organismo elimine o álcool
contido no sangue.
Para o efeito, o agente da autoridade procede à imobilização do veículo e, se necessário, à sua remoção
para um parque ou local apropriado, providenciando o encaminhamento dos restantes ocupantes do
veículo, com as despesas suportadas pelo condutor.
Este procedimento pode não ter lugar se outra pessoa, com consentimento do condutor ou do
proprietário do veículo, se, propuser conduzir o veículo, desde que apresente resultado negativo em
teste da TAS.
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Sempre que o resultado do exame do estado de influenciado por substâncias estupefacientes ou


psicotrópicas seja positivo, o condutor fica impedido de recomeçar a condução pelo período de 48
horas.
Num acidente de aviação, serão submetidos ao teste de alcoolemia todos os intervenientes, desde que
o estado de saúde o permita.
As bebidas alcoólicas produzem no organismo dos indivíduos uma TAS tanto mais elevada quanto:

a) Maior for a graduação da bebida;

b) Maior for a quantidade ingerida;

c) Mais rápida for a ingestão da mesma. As bebidas açucaradas são assimiladas muito
rapidamente pelo que, quando misturadas com álcool se tornam muito perigosas;

d) Menor for o peso da pessoa que a ingere;

e) Forem ingeridas em jejum;

f) Para o mesmo peso e altura afeta ainda mais as mulheres que os homens.

Particularizando, vamos de seguida verificar quais os sintomas e consequências da ingestão de álcool:

• De 0,1 a 0,3 g/l – Não se verificam alterações sensíveis;


• De 0,3 a 0,5 g/l – Não existem sinais aparentes, mas verifica-se que:
o Diminui a sensibilidade visual;
o Os gestos tornam-se mais lentos;
o As estimativas das velocidades e distâncias não são totalmente corretas;
• De 0,5 a 0,8 g/l – Entra-se no estado de euforia com aumento dos tempos de reação e
diminuição das capacidades motoras;
• De 0,8 a 1,5 g/l – A condução torna-se muito perigosa dado que os reflexos estão muito
perturbados e as faculdades de vigilância e prudência diminuem perigosamente;
• De 1,5 a 3,0 g/l – O andar é inseguro, manifesta-se a visão duplicada;
• De 3,0 a 5,0 g/l – A condução torna-se impossível. Atinge-se a embriaguez total;
• Acima de 5,0 g/l – Coma, podendo atingir a morte.

Aconselha-se, a todos os condutores (as), que ao circularem em território nacional ou fora dele, estejam
isentos de álcool no sangue, assim como, de psicotrópicos e estupefacientes.

3. Sensibilização para cumprimento das normas de


segurança.
As normas de segurança existem para reduzir a ocorrência de sinistros na estrada, que vulgarmente se
designam por acidentes.

Importa esclarecer o significado de acidente, que será a circunstância fortuita que resultará duma falha
inesperada do material circulante ou uma absolutamente imprevisível falha no piso.

Fora isto o que frequentemente ocorre é uma falha grave de atenção, um descuido grave, impreparação
do condutor, entre outras.

Daqui decorre que os sinistros verificados nas estradas são quase sempre imputáveis aos condutores ou,
pelo menos, a um deles.

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Existem fatores que o condutor pode controlar e que não devem ser ignorados para uma condução
segura. Entre eles podemos assinalar:

a) A fadiga: É um estado que condiciona a obtenção de bons


resultados em qualquer atividade e que se caracteriza por uma
diminuição das capacidades percetivas, cognitivas, visão
estereoscópica e motoras. Prejudica a vigilância, a atenção, a
capacidade percetiva, a resposta reflexa, o tempo de reação e todo
o processo de decisão. Se transpusermos todas estas alterações
para a atividade de conduzir facilmente se compreende a
perigosidade de a realizar sob o efeito da fadiga.

b) O estado físico e psicológico do Condutor:


• Visão;
• Campo visual;
• Acuidade visual.

Outros fatores que diminuem a Acuidade Visual:


✓ Fadiga;
✓ Sonolência;
✓ Determinados medicamentos;
✓ Álcool;
✓ Substâncias estupefacientes e psicotrópicas, etc.
✓ Visão cromática;
✓ Visão estereoscópica;
✓ Visão noturna;
✓ Audição;
✓ Idade;
✓ Sexo.

c) A ingestão de álcool, medicamentos ou drogas;

d) As manobras perigosas;

e) O desrespeito pela sinalização e regras de trânsito.

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3.1. Tempos de reação, distância de travagem e de


paragem
3.1.1. Tempo de reação
O tempo de reação é o tempo que decorre entre a observação de um perigo e a reação ao mesmo
perigo.

Assim um condutor consciente sabe que a resposta ao perigo não é imediata. Variando de condutor
para condutor decorre entre 0,7 a dois segundos.

O condutor pode ver aumentada a sua distância de reação por todas as ações que ponham em causa as
suas capacidades físicas ou mentais, tais como as referidas acima

3.1.2. Distância de travagem


A distância de travagem é a distância percorrida entre o ponto em que o condutor carrega no travão e o
ponto em que o veículo se imobiliza. Esta distância varia em função das condições do veículo, da via e
do meio onde circulam.

3.1.3. Distância de paragem


A distância de paragem é a soma da distância percorrida no tempo de reação com a distância de
travagem

Quadro com distâncias estimadas para ligeiros

Distância de
Velocidade Instantânea Distância de reação Distância de travagem
paragem

40 11 16 27
50 13.8 25 38,8
60 16,6 36 52,6
70 19,4 49 68,4
80 22,2 64 86,2
90 25 81 106
100 27,7 100 127,7
110 30,5 121 151,5
120 33,5 144 177,3

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Velocidade do Veículo (km/h) Coeficiente de Aderência Distância de Travagem (m)


Pavimentos Secos
50 0,62 16
65 0,60 27
80 0,58 44
100 0,56 65
Pavimentos Molhados
50 0,34 29
65 0,31 54
80 0,29 87
100 0,28 141

Para os veículos pesados as distâncias são consideravelmente maiores, mas muito dependentes do tipo
de veículo, do sistema de travagem e da tonelagem de carga transportada.

3.1.4. Condução com tempo de chuva


A condução em dias de chuva comporta um aumento do risco de acidente, resultante de fatores tais
como:

• Menor visibilidade;

• Menor aderência;

• Maior stress físico;

• Aumento de distância de travagem.

A aderência é a quantidade de atrito que em cada momento existe entre os pneus e o pavimento. A
água pode funcionar como um “lubrificante” diminuindo o atrito ou, sendo em quantidades grandes,
pode aumentar a resistência ao rolamento. Normalmente a água no pavimento também transforma a
terra em lama, e transforma-se em gelo com baixas temperaturas.

Outra condicionante da chuva é a diminuição da visibilidade, causada pela água que escorre e pelo
embaciamento do para-brisas e vidros do veículo, pelo funcionamento dos limpa para-brisas e
desembaciadores.

Quanto mais intensa é a chuva, menor é a visibilidade disponível. O aumento da carga ou stress físico
provocado pela condução prolongada debaixo de más condições de aderência e de visibilidade, muitas
vezes associadas à temperatura e humidade do habitáculo, aumentam a fadiga e condicionam o
comportamento do condutor.

Em situações de chuva forte, e particularmente quando associada a velocidades elevadas em


autoestrada, aumenta a probabilidade de hidroplanagem, ou seja, o efeito de “planagem” do veículo
sobre uma película de água.

3.1.5. Visibilidade noturna


Durante a noite, a visibilidade diminui de várias formas:
• Dificuldade de ver as coisas e os objetos;

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• Dificuldade de distinguir cores;


• Dificuldade de avaliar distâncias;
• Efeitos do encandeamento sob luz forte;
• Diminui a visão estereoscópica do condutor;
• Efeitos do deslumbramento, derivado das rápidas alterações da quantidade de luz, ou sejam, a
passagem de um local escuro para um muito iluminado ou vice-versa.

4. Procedimentos de conduta em caso de acidente.


4.1. O Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) O
SIEM
É o conjunto dos meios e das ações programadas para possibilitar uma ação rápida, eficaz e com
economia de meios em situações de emergência médica, onde intervêm o público em geral, operadores
das Centrais de Emergência, agentes da PSP e GNR, Bombeiros, Tripulantes de ambulância, Médicos e
Enfermeiros e demais pessoal técnico dos hospitais das telecomunicações e da informática.

Deteção – quando se aperceber da existência de um acidente ou de vítimas de doença súbita, deve


iniciar de imediato as ações para evitar que a situação de emergência se agrave, incluindo proceder à
segurança do local, das vítimas e dos que prestam socorro.

Balizamento do local – deve vestir o colete retrorrefletor e colocar o triângulo de sinalização, no


mínimo a 30 metros (cerca de 40 passos largos) do local do acidente e de forma a ser visível a pelo
menos 100 metros.

Pode recorrer a outra viatura para sinalizar o local ou efetuar o corte da via, e utilizar os triângulos de
outras viaturas e a ajuda de outros condutores para ajudar na sinalização e proteção do local.

4.1.1. Prevenção de Riscos secundários


Provenientes do acidente:

• Se houver derrame de combustível, deve cobri-lo com terra para evitar que este chegue aos esgotos
pluviais e para minimizar o risco de incêndio ou derrapagens;

• Em caso de início de incêndio, atue de imediato, desligando os motores dos veículos e utilizando um
extintor;

• O local de acidente deve ser protegido. Só deve haver remoção dos veículos e/ou vítimas se existir o
risco de agravamento do estado das vítimas ou exista o risco de incêndio, do veículo ficar submerso ou
cair de uma grande altura, ou se existir o risco de queda de objetos onde o veículo tenha embatido
(árvores, reclamos publicitários, cargas de outros veículos).

• Se o acidente ocorrer em auto estrada, mantenha os ocupantes dentro dos veículos, com os cintos
apertados até que tudo esteja calmo, ou, caso tal não seja possível, retire-os para fora do veículo, para
bem longe da via, e mantenha-os para lá das proteções das bermas. Ter atenção aos veículos
publicitários, cargas de outros veículos).

Alerta – Fase em que se contactam os meios de socorro, utiliza-se, por norma, o número europeu de
emergência “112”.

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Antes de dar o alerta, efetue um rápido reconhecimento do local do acidente (caso existam condições
de segurança para aí parar) e recolha a seguinte informação:

Não é obrigado a parar para dar assistência, mas não dar o alerta pode incorrer no crime de omissão de
auxílio previsto e punido pelo artigo 200.º do Código Penal.

• Se houver derrame de combustível, deve cobri-lo com terra para evitar que este chegue aos esgotos
pluviais e para minimizar o risco de incêndio ou derrapagens;

• Em caso de início de incêndio, atue de imediato, desligando os motores dos veículos e utilizando um
extintor;

• O local de acidente deve ser protegido. Só deve haver remoção dos veículos e/ou vítimas se existir o
risco de agravamento do estado das vítimas ou exista o risco de incêndio, do veículo ficar submerso ou
cair de uma grande altura, ou se existir o risco de queda de objetos onde o veículo tenha embatido
(árvores, reclamos publicitários, cargas de outros veículos).

• Se o acidente ocorrer em auto estrada, mantenha os ocupantes dentro dos veículos, com os cintos
apertados até que tudo esteja calmo, ou, caso tal não seja possível, retire-os para fora do veículo, para
bem longe da via, e mantenha-os para lá das proteções das bermas. Ter atenção aos veículos
publicitários, cargas de outros veículos)

• Localização exata (não esqueça de referir em AE qual o sentido de trânsito em que ocorreu o
acidente);

• Nº de telefone de contacto (provavelmente o seu);

• O que aconteceu? Qual o tipo de acidente (colisão, despiste, incêndio, quede na água, etc.…);

• Nº de vítimas e veículos envolvidos;

• Condição em que se encontram (vítimas e veículos);

• O que foi feito;

• Qualquer outro dado solicitado.

4.1.2. Uso de Extintor


A alínea b) do nº 1 do artigo 30º do Regulamento do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto nº 39
987, de 22 de Dezembro de 1954, estabelece que os automóveis utilizados no transporte público de
passageiros devem possuir extintores de incêndio em condições de imediato funcionamento,
colocados em locais bem visíveis e de fácil alcance.

Os automóveis ligeiros de passageiros afetos ao transporte público de passageiros devem possuir um


extintor adequado para fogos das classes A, B e C com capacidade não inferior a 2Kg.

Nos veículos referidos no número anterior, os extintores devem estar colocados no habitáculo em
posição facilmente acessível, ou na bagageira, nos casos em que devido às dimensões do habitáculo a
colocação daquele aparelho no interior do veículo possa constituir risco para o exercício da condução ou
para a segurança dos passageiros.

Apenas é exigido que os pesados de passageiros possuam extintor, no caso dos pesados de mercadorias
apenas os pesados de mercadorias perigosas é que são obrigados a possuir extintor.
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4.2. Observação dos veículos intervenientes no sinistro


Obter os elementos de identificação dos outros intervenientes - condutor e veículo - no local do
acidente, e a existência de seguro, nomeadamente o nome da empresa de seguros e o número da
apólice (desde Abril de 1995 que é obrigatória a colocação, nos veículos, de um dístico contendo
elementos que permitem identificar imediatamente a respetiva seguradora);

Identificar as testemunhas oculares (muito importante).

Se possível, procurar acordo através do preenchimento, pelos dois


condutores, da Declaração Amigável de Acidente Automóvel, que
deverá ser assinada por ambos. A entrega deste documento nas
respetivas empresas de seguros é essencial para o funcionamento do
sistema IDS - Indemnização Direta ao Segurado. Este sistema tem como
finalidade acelerar a regularização dos sinistros, para melhor servir os
utentes, possibilitando que cada tomador do seguro regularize o sinistro diretamente com a sua própria
empresa de seguros.

O sistema IDS aplica-se desde que estejam apenas duas as viaturas envolvidas no acidente, não hajam
danos corporais e os danos materiais deles resultantes não sejam superiores a € 15.000. No
preenchimento da Declaração Amigável de Acidente Automóvel não é necessário os intervenientes
declararem-se culpados. Não havendo responsabilidade do condutor, não resulta da declaração
qualquer agravamento do prémio. Cada condutor deve ficar com um exemplar para entregar na sua
empresa de seguros.

No caso de impossibilidade da assinatura da declaração amigável ou sempre que haja danos pessoais,
deve-se solicitar a presença das autoridades policiais.
Caso se veja envolvido num acidente de automóvel sem feridos, o primeiro passo é preencher
corretamente a declaração amigável. É muito importante referir, sem margem para dúvidas, os
intervenientes e suas seguradoras e a forma como ocorreu o acidente. Se houver testemunhas, também
deverão ser indicadas, mencionando a respetiva morada e telefone de contacto.

No caso de o acidente ocorrer em território nacional e envolver apenas dois veículos, deverá comunicá-
lo à sua seguradora. Se a declaração amigável for preenchida e assinada por ambos os intervenientes,
não houver feridos e os danos materiais não excederem 15 000 euros, o sinistro será regulado ao abrigo
da chamada Indemnização Direta ao Segurado (IDS). Na eventualidade de, além de danos nos veículos,
haver feridos ou não ser possível chegar a um acordo quanto às circunstâncias que causaram o acidente,
deve pedir a intervenção das autoridades policiais (PSP ou GNR, conforme os casos).

Não podendo recorrer ao IDS, deve participar à seguradora da outra parte, usando o verso da
declaração amigável e juntando todos os elementos de prova disponíveis. Deverá ainda anexar um
pedido de peritagem, com a indicação da oficina onde pretende que a reparação seja efetuada.

Se o responsável pelo acidente não tiver seguro válido ou, havendo feridos, for desconhecido, deverá
contactar o Fundo de Garantia Automóvel.

Independentemente das circunstâncias (existência ou não de feridos, etc.), a participação deve ser
entregue ou enviada nos oito dias seguintes ao acidente.

Ao preencher a declaração amigável, siga os seguintes conselhos:

1. Em princípio, a participação é entregue ao balcão da sua seguradora. Coloque a cruz em


segurado/tomador do seguro.

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2. Exceções: se não houver acordo sobre a forma como o acidente ocorreu, não for possível
identificar o responsável no local ou acontecer um choque em cadeia. Nesse caso, coloque a
cruz em terceiro lesado e entregue o documento na seguradora da outra parte.

3. Seja claro e sucinto na descrição, indicando o local e as circunstâncias do acidente.

4. No caso de chamar a polícia, não se esqueça de pedir para ser levantado o auto da ocorrência.

5. Indique a morada e o telefone da oficina onde pretende reparar o automóvel.

6. Se o outro interveniente não tiver os documentos em ordem, não houver acordo sobre o que
se passou ou existirem feridos, chame sempre a polícia. Recolha logo os dados do outro
interveniente e preencha sempre a declaração amigável, mesmo que a outra parte não a
assine. Utilize o verso deste documento para fazer a participação e entregue à seguradora.

4.3. Recolha de provas / fotografias, testemunhas


As situações de acidente são, muitas vezes, irrepetíveis, sendo assim é muito importante uma atuação
muito rápida no sentido de recolha de prova e de testemunhos.

As provas podem ser constituídas pelos mais diferentes materiais e testemunhos.

As pessoas tendem a desinteressar-se dum sinistro há medida que o tempo vai passando o que desde
logo implica uma recolha rápida de pessoas que estejam dispostas a testemunhar.

4.3.1. Elementos a solicitar


Deve solicitar-se os seguintes elementos:
• Nome;
• Morada;
• Telefone de contacto;
• Uma breve descrição do que as pessoas viram e fazer um breve registo para futuramente se
lembrarem.
• Deve ainda informar-se a testemunha dessa qualidade para evitar problemas posteriores.

4.3.2. Fotografias do Local da Acidente


O local do acidente deve ser fotografado para registo a usar em caso de litígio. Em muitas situações as
afirmações feitas na hora do sinistro são esquecidas e, por vezes, distorcidas o que vem complicar o
apuramento das responsabilidades.

Com a prova fotográfica será mais fácil apurar responsabilidades independentemente do tempo que
decorrer entre o sinistro e a sua apreciação
4.2.3. Fotografias ao Veículos Intervenientes

Os veículos envolvidos devem ser fotografados para poder comprovar os danos sofridos

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4.4. Croquis
Um Croquis consiste num esquema, o mais fiel possível do acidente para que não restem dúvida acerca
da sua interpretação.
Este Croquis ajudará a estabelecer a responsabilidade pelo sinistro.

4.4.1. Precauções a desenhar croquis.


Deve ter-se especial atenção às medidas, devendo verificar-se o seguinte:
• Distância de cada veículo à berma;
• Distância de cada veículo ao eixo da via;
• Distância aos pontos de intersecção das vias, nomeadamente ao ponto em que as linhas
passam de contínuas a descontínuas;
• Distância do ponto de embate às guias, eixo da via, e outras linhas delimitadoras;
• Distância do ponto de embate aos pontos de intersecção das vias ou às suas linhas
delimitadores.
• Deve anotar-se as distâncias de travagem dos veículos para eventual posterior cálculo da
velocidade a que os mesmos circulariam.

4.4.2. Exemplo de Croquis


Este exemplo é exemplificativo do croquis dum acidente numa rotunda

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4.5. Preenchimento Declaração Amigável de Acidente


Automóvel

O correto preenchimento da Declaração Amigável é imprescindível para a celeridade da resolução do


processo de sinistro. Consulte as seguintes instruções de preenchimento e certifique-se que se
encontram declarados todos os elementos necessários.

1. Data: Coloque a data correta do acidente.

2. Local: Indique o local do acidente.

3. Feridos: Indique se existem ou não feridos, mesmo que sejam ligeiros. No caso de existirem
feridos, mesmo que ligeiros, não se pode aplicar o sistema IDS-Indemnização Direta ao
Segurado.

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4. Danos Materiais. Apenas se encontram abrangidos pelo sistema IDS os prejuízos materiais que
não excedam os 15.000€.

5. Circunstâncias do Acidente: Deve indicar através do sistema de cruzes, as circunstâncias em


que se deu o acidente, não se esquecendo de indicar, no final, a quantidade de quadrados
indicados. Esta informação é muito importante para a determinação de responsabilidades.

6. Segurado: Indique o Apelido, Nome e Morada do segurado.

7. Veículo: Indique o nº da matrícula do veículo.

8. Companhia de Seguros: Indique a Companhia de Seguros de acordo com a Carta Verde do


veículo.

9. Condutor: Indique os elementos constantes na carta de condução do condutor.

10. Danos Visíveis: Registe os danos visíveis causados pelo acidente em causa.

11. Observações: Indique, resumidamente as circunstâncias do acidente (ex. o veículo B tinha


perda de prioridade).

12. Esquema do Acidente: É importante indicar a posição dos veículos no momento do embate,
bem como a existência de semáforos, sinais verticais, traços contínuos e outros elementos de
referência e ou sinalização.

13. Assinatura dos Condutores: Certifique-se que a declaração está assinada por ambos os
condutores, garantindo assim a hipótese de acionar o sistema IDS, caso a situação o permita.

Em caso de dúvidas, no local, consulte sempre as instruções de utilização constantes na contracapa da


sua Declaração Amigável de Acidente Automóvel.

E lembre-se:

• A Declaração amigável bem preenchida e assinada pelos dois intervenientes, permite uma mais
rápida e melhor regularização do acidente.

• Remeta, com urgência, este impresso num prazo inferior a 8 dias a contar da data de
ocorrência para a CRSeg

5. Classificação de Contra Ordenações (art.º 136º


do código da estrada)
5.1. Contraordenações muito graves (Artigo 146.º)
No exercício da condução, consideram-se muito graves as seguintes contraordenações:

a) A paragem ou o estacionamento nas faixas de rodagem, fora das localidades, a menos de 50 m dos
cruzamentos e entroncamentos, curvas ou lombas de visibilidade insuficiente e, ainda, a paragem ou o
estacionamento nas faixas de rodagem das autoestradas ou vias equiparadas;

b) O estacionamento, de noite, nas faixas de rodagem, fora das localidades;


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c) A não utilização do sinal de pré-sinalização de perigo, bem como a falta de sinalização de veículo
imobilizado por avaria ou acidente, em autoestradas ou vias equiparadas;

d) A utilização dos máximos de modo a provocar encandeamento;

e) A entrada ou saída das autoestradas ou vias equiparadas por locais diferentes dos acessos a esses fins
destinados;

f) A utilização, em autoestradas ou vias equiparadas, dos separadores de trânsito ou de aberturas


eventualmente neles existentes, bem como o trânsito nas bermas;

g) As infrações previstas na alínea a) do n.º 1 do artigo anterior quando praticadas em autoestradas, vias
equiparadas e vias com mais de uma via de trânsito em cada sentido;

h) As infrações previstas nas alíneas f) e j) do n.º 1 do artigo anterior quando praticadas nas
autoestradas ou vias equiparadas;

i) A infração prevista na alínea b) do n.º 1 do artigo anterior, quando o excesso de velocidade for
superior a 60 km/h ou a 40 km/h, respetivamente, bem como a infração prevista na alínea

c) do n.º 1 do mesmo artigo, quando o excesso de velocidade for superior a 40 km/h ou a 20 km/h,
respetivamente, e a infração prevista na alínea d) do mesmo número, quando o excesso de velocidade
for superior a 40 km/h;

j) A infração prevista na alínea l) do n.º 1 do artigo anterior, quando a taxa de álcool no sangue for igual
ou superior a 0,8 g/l e inferior a 1,2 g/l ou igual ou superior a 0,5 g/l e inferior a 1,2 g/l quando respeite
a condutor em regime probatório, condutor de veículo de socorro ou de serviço urgente, de transporte
coletivo de crianças e jovens até aos 16 anos, de táxi, de automóveis pesado de passageiros ou de
mercadorias ou de transporte de mercadorias perigosas, bem como quando o condutor for considerado
influenciado pelo álcool em relatório
médico;

l) O desrespeito da obrigação de parar imposta por sinal regulamentar dos agentes fiscalizadores ou
reguladores do trânsito ou pela luz vermelha de regulação do trânsito;

m) A condução sob influência de substâncias psicotrópicas;


n) O desrespeito pelo sinal de paragem obrigatória nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas;

o) A transposição ou a circulação em desrespeito de uma linha longitudinal contínua delimitadora de


sentidos de trânsito ou de uma linha mista com o mesmo significado;

p) A condução de veículo de categoria ou subcategoria para a qual a carta de condução de que o infrator
é titular não confere habilitação;

q) O abandono pelo condutor do local do acidente nas circunstâncias referidas no n.º 2 do artigo 89.º.

5.2. Contraordenações graves (Artigo 145.º)


1 - No exercício da condução, consideram-se graves as seguintes contraordenações:

a) O trânsito de veículos em sentido oposto ao estabelecido;

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b) O excesso de velocidade praticado fora das localidades superior a 30 km/h sobre os limites
legalmente impostos, quando praticado pelo condutor de motociclo ou de automóvel ligeiro, ou
superior a 20 km/h, quando praticado por condutor de outro veículo a motor;

c) O excesso de velocidade praticado dentro das localidades superior a 20 km/h sobre os limites
legalmente impostos, quando praticado pelo condutor de motociclo ou de automóvel ligeiro, ou
superior a 10 km/h, quando praticado por condutor de outro veículo a motor;

d) O excesso de velocidade superior a 20 km/h sobre os limites de velocidade estabelecidos para o


condutor ou especialmente fixados para o veículo, sem prejuízo do estabelecido nas alíneas b) ou c);

e) O trânsito com velocidade excessiva para as características do veículo ou da via, para as condições
atmosféricas ou de circulação, ou nos casos em que a velocidade deva ser especialmente moderada;

f) O desrespeito das regras e sinais relativos a distância entre veículos, cedência de passagem,
ultrapassagem, mudança de direção ou de via de trânsito, inversão do sentido de marcha, início de
marcha, posição de marcha, marcha atrás e atravessamento de passagem de nível;

g) A paragem ou o estacionamento nas bermas das autoestradas ou vias equiparadas;

h) O desrespeito das regras de trânsito de automóveis pesados e de conjuntos de veículos, em


autoestradas ou vias equiparadas;

i) A não cedência de passagem aos peões pelo condutor que mudou de direção dentro das localidades,
bem como o desrespeito pelo trânsito dos mesmos nas passagens para o efeito assinaladas;

j) O trânsito de veículos sem utilização das luzes referidas no n.º 1 do artigo 61.º, nas condições
previstas no mesmo número, bem como o trânsito de motociclos e de ciclomotores sem utilização das
luzes de cruzamento;

l) A condução sob influência de álcool, quando a taxa de álcool no sangue for igual ou superior a 0,5 g/l e
inferior a 0,8 g/l ou igual ou superior a 0,2 g/l e inferior a 0,5 g/l quando respeite a condutor em regime
probatório, condutor de veículo de socorro ou de serviço urgente, de transporte coletivo de crianças e
jovens até aos 16 anos, de táxi, de automóvel pesado de passageiros ou de mercadorias ou de
transporte de mercadorias perigosas;

m) A não utilização do sinal de pré-sinalização de perigo e das luzes avisadoras de perigo;

n) A utilização, durante a marcha do veículo, de auscultadores sonoros e de aparelhos radiotelefónicos,


salvo nas condições previstas no n.º 2 do artigo 84.º;

o) A paragem e o estacionamento nas passagens assinaladas para a travessia de peões;

p) O transporte de passageiros menores ou inimputáveis sem que estes façam uso dos acessórios de
segurança obrigatórios.

2 - Considera-se igualmente grave a circulação de veículo sem seguro de responsabilidade civil, caso em
que é aplicável o disposto na alínea b) do n.º 3 do artigo 135.º, com os efeitos previstos e equiparados
nos n.ºs 2 e 3 do artigo 147.º.

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5.3. Contraordenações leves


As contraordenações leves são sancionadas apenas com coima e são todas as que não se encontram
tipificadas como graves ou muito graves, pela lei.
No que ao Código da Estrada reporta são leves todas as contraordenações que não figurem nos artigos
145º e 146º do Código da Estrada

5.4. 5.4 COIMA


A coima é um determinado montante pecuniário, variável consoante o tipo de infração cometida, que se
aplica quando se verifica a prática de uma contraordenação.

O condutor a quem é aplicada uma coima pode proceder ao seu pagamento pelo mínimo.

Caso não o faça o montante da coima é agravado atendendo:

• À gravidade da infração e da culpa (responsabilidade);


• Aos antecedentes do infrator;
• À situação económica do infrator, quando esta for conhecida.

5.4.1. A sanção acessória de inibição de conduzir


• Um mês a um ano, no caso das contraordenações graves;

• Dois meses a dois anos, no caso das contraordenações muito graves.

A sanção de apreensão do veículo é aplicável quando a prática de contraordenações graves e muito


graves couber a pessoa coletiva ou a pessoa não habilitada com título de condução (art.º 147º, n.º 3 do
Código da Estrada).

A duração da sanção é idêntica à duração da sanção de inibição de conduzir aplicável à


contraordenação. As sanções acessórias são cumpridas em dias seguidos, como estipula o art.º 138º, n.º
4 do Código da Estrada.

5.4.2. Punibilidade da negligência (Artigo 133.º)


Nas contra ordenações rodoviárias a negligência é sempre sancionada

REINCIDÊNCIA

Considera-se reincidente, nos termos do art.º 143º do Código da Estrada, o infrator que pratique uma
contraordenação grave ou muito grave, e consequentemente lhe tenha sido aplicada a sanção acessória
de inibição de conduzir, ainda que tenha sido suspensa na sua execução, no período de 5 anos após ter
sido condenado por outra contraordenação grave ou muito grave.

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5.4.3. IMT
É a entidade responsável pela existência de um registo dos condutores, de âmbito nacional, o qual
contém os crimes e contraordenações graves e muito graves praticadas no exercício de condução de
veículos a motor.

5.5. Qualificação das infrações poe excesso de velocidade


Os automóveis pesados de passageiros, a contraordenação é qualificada como grave consoante quando
o excesso de velocidade seja:

• Superior a 10 km/h e até 20 km/h ou superior a 20 km/h, se o infrator circular dentro de uma
localidade.

• Se a infração for praticada fora das localidades, a contraordenação será grave quando o
excesso de velocidade seja superior a 20 km/h até 40 km/h e será muito grave quando seja
superior a 40 km/h.

A estas contraordenações correspondem coimas cujo valor varia, em função da gravidade, entre 60 e
2.500 €, bem como, a sanção acessória de inibição de conduzir entre 1 mês a 1 ano, quando a contra
ordenação for grave ou 2 meses a 2 anos quando a contra ordenação for muito grave.

Na Alemanha, sendo a matrícula estrangeira, é pedida uma caução caso seja multado (falta de
pagamento, o veículo poderá ser retido). As prevaricações graves, ficam registadas como um cadastro,
criando-se um período durante o qual ficará inibido de circular na Alemanha.

Na Áustria, a polícia de trânsito está autorizada a cobrar as multas no local da infração. O condutor tem
duas semanas para as pagar. Podem também exigir ao condutor depósito igual ao valor multa.

Em Espanha, a polícia de trânsito, está autorizada a cobrar as multas no local da infração. As multas
podem ser contestadas no prazo de 15 dias.

O veículo pode ser imobilizado por recusa de pagamento da multa.

No Reino Unido, vigora o sistema de “pontos” na carta. A polícia está autorizada a aplicar uma multa
fixa por infrações às regras de trânsito (cintos de segurança, pneus em mau estado, excesso de
velocidade, etc.)

O condutor, tem 28 dias imediatos para fazer o pagamento, caso contrário, terá um acréscimo de 50% e
o assunto será levado a tribunal.

O condutor poderá correr o risco de não poder voltar a conduzir no Reino Unido, uma vez que, não pode
registar os pontos numa carta estrangeira.

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6. Bibliografia
LTM Consultoria, Condução económica e defensiva, Manual do formando.
Edições Alves Costa, Resumo do Código da Estrada
alfood.com/index.php?id=38&option=noticia&task=show
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