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Pneus de Passeio e Carga
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................13
2 SISTEMAS E PROCESSOS................................................................................14
3 INFORMAÇÕES TÉCNICAS.............................................................................16
3.1 ALINHAMENTO....................................................................................................21
3.2 CONVERGÊNCIA..................................................................................................21
3.3 DIVERGÊNCIA.......................................................................................................22
3.4 CASTER....................................................................................................................22
3.6 BALANCEAMENTO..............................................................................................25
3.7 RODÍZIO..................................................................................................................25
3.8.1 Metodologia...............................................................................................................26
4.4 CORTES....................................................................................................................38
4.5 PATINAGEM...........................................................................................................39
4.6 PERFURAÇÕES......................................................................................................40
SEPARAÇÃO DA CARCAÇA...............................................................................46
(INDENTAÇÃO/EMENDA PESADA).................................................................68
5 ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR..............................................................98
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................101
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 50 Contato entre os pneus e imagem de raio X das cordas metálicas com
o princípio da ruptura circunferencial...........................................................57
Ilustração 72 Exemplo de pneu com talão danificado por más condições do aro...............76
LISTA DE QUADROS
1 INTRODUÇÃO
É importante salientar que nenhuma das ocorrências e códigos apresentados aqui são
cobertos nos termos de garantia da Continental Pneus, pois são decorrentes de má aplicação ou
utilização do produto.
Temos uma grande missão com este manual. Afinal, a responsabilidade do profissional
que avalia as condições de um pneu avariado e emite um laudo técnico é de extrema importância
para a fidelização dos clientes e para a manutenção da confiabilidade da marca Continental no
mercado.
O analista de condições técnicas, que muitas vezes acumula outras funções no ponto
de venda possui diferentes denominações no mercado. Esse profissional demanda grande
capacitação técnica para transmitir excelência e segurança nas análises repassadas aos clientes.
Todo o conteúdo deste manual foi desenvolvido pela equipe de engenheiros de campo
e especialistas de treinamento técnico da Continental Pneus, e é sustentado por referências aos
principais manuais técnicos do mercado:
• Associação Latino Americana de Pneus e Aros (ALAPA)
• Tire Industry Association (TIA) [USA]
• Technology and Maintenance Council (TMC) [USA]
• Rubber Manufactures Association (RMA)
• European Tyre and Rubber Manufacturers’ Association (ETRMA)
Caso você ainda não seja um profissional autorizado pela Continental Pneus para
analisar as condições de um pneu avariado e emitir laudos técnicos, pedimos entrar em contato
com nosso representante comercial para agendarmos um treinamento em sua região.
Boa Sorte!
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2 SISTEMAS E PROCESSOS
Pneu reclamado
Atendimento e análise
técnica
Criação do ContiFAR,
com o resultado de sua análise
(+ fotos do pneu)
Sim
Prazo para inserção do DOT:
Anexar a foto do 7 dias corridos após análise da Continental
DOT cortado ou
enviar o pneu, Prazo para envio do pneu:
30 dias corridos após análise da Continental
conforme
solicitação da
Continental.
A Importância da foto do DOT cortado:
A Continental Pneus oferece aos seus analistas de condições técnicas de pneus todo
o treinamento necessário para o entendimento do sistema e o correto preenchimento de um
formulário ContiFAR. Caso você ainda não tenha acesso à ferramenta, pedimos entrar em
contato com o seu representante Continental em sua região.
3 INFORMAÇÕES TÉCNICAS
Na realidade, os pneus executam muitas outras ações, como transmitir forças em sua
extensão nos procedimentos de frenagem e aceleração, ou ainda transmitir forças laterais nas
curvas e manobras de emergência. Em resumo, o pneu deve dar a resposta precisa a cada ação
executada, garantindo o total controle do veículo.
Essa resposta é impactada por uma série de fatores externos que agem na dirigibilidade
e condução do veículo, como as diversas condições meteorológicas e os diferentes tipos de pista
durante os trajetos. Para oferecer um pneu capaz de atender a essas e outras exigências técnicas,
os engenheiros devem buscar o melhor resultado entre o que o pneu oferece e como ele é afetado
em cada uma destas variáveis. Esse talvez seja um dos pontos cruciais no desenvolvimento
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O caso mais clássico que explica essa condição pode ser avaliado quando analisamos
pneus para veículos com grande potência, que requerem excepcional tração, porém a enorme
aderência certamente influenciará na vida útil dos pneus, resultando menor durabilidade.
Ainda assim, estaremos satisfazendo a exigência desse consumidor, que está mais interessado
no desempenho do produto do que na quilometragem que ele pode oferecer. Independente do
modelo, a prioridade máxima sobre todos os itens relativos às exigências do desempenho do
pneu estará focada sempre na segurança do veículo e do cliente.
Os pneus são muito mais do que simplesmente pretos e redondos. Eles são compostos
de muitas tecnologias e mais de um século de conhecimento.
2
5
1. Banda de rodagem
4
2. Lateral (ou flanco)
3. Cintas estabilizadoras
4. Lona de corpo
6 5. Liner (ou InnerLiner)
6. Talão
6
Lona de corpo: camada de poliéster que dá forma ao pneu e garante sua integridade
estrutural.
Liner (ou Innerliner): utiliza borracha sintética para conter o ar em seu interior, sendo
praticamente impermeável ao ar.
195 / 55 R 16 91 V XL TL FR SSR
Largura da Seção (195): distância linear nominal (mm, pol) entre as faces externas
dos flancos, medidas com o pneu montado e inflado, mas sem carga.
Proporção (perfil / 55): altura lateral do pneu (%) medida através da relação percentual
da largura da seção (mm).
Construção (R): usado para diferenciar pneus radiais (R) de pneus diagonais (D).
Índice de Carga (91): capacidade máxima de carga do pneu sob velocidade máxima.
Extra Load (XL): sigla que mostra se o pneu foi construído com índice de carga
padrão (SL) ou se foi reforçado para suportar mais carga (XL) com pressão maior.
Câmara (TT ou TL): mostra se o pneu foi construído para uso com câmara (TT, tube
type) ou sem câmara (TL, tubeless).
Flange Rib (FR): quando o pneu recebe a inscrição FR significa que ele possui protetor
de rodas em sua lateral.
Self Support Run Flat (SSR): tecnologia aplicada a tipos específicos de pneus que
permite que rodem sem pressão de ar (Run Flat) em condições determinadas.
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Os pneus de carga, assim como os pneus de passeio, são construídos com estruturas
complexas e exigem tecnologia, desenho e compostos adaptados à aplicação destinada. O
reforço estrutural na construção de um pneu de carga é item fundamental no seu desempenho.
Veja a seguir os componentes.
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5
1. Banda de rodagem
4 2. Lateral (ou flanco)
3. Cintas estabilizadora
6 4. Lona de corpo
5. Liner (ou InnerLiner)
6. Talão
6
Lona de corpo: camada de aço que dá forma ao pneu e garante sua integridade
estrutural.
Liner (ou Innerliner): utiliza borracha sintética para conter o ar em seu interior, sendo
praticamente impermeável ao ar.
Dimensões dos pneus: As dimensões dos pneus de carga variam quando comparadas
às dimensões dos pneus de passeio.
Largura da seção (315): distância linear nominal (mm, pol) entre as faces externas
dos flancos, medidas com o pneu montado e inflado, mas sem carga.
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Proporção (80): altura lateral do pneu (%) medida através da relação percentual da
largura da seção (mm).
Construção (R): usado para diferenciar pneus radiais (R) de pneus diagonais (D).
Câmara (TT ou TL): mostra se o pneu foi construído para uso com câmara (TT, tube
type) ou sem câmara (TL, tubeless).
Load Range (LRL): mostra a faixa de aplicação do pneu de acordo com sua capacidade
de carga. Pode ser substituído pelo IC – Índice de carga.
Ply Rating (20PR): mostra a faixa de aplicação do pneu de acordo com sua capacidade
de carga. Pode ser substituído pelo IC – Índice de carga.
Geometria Veicular
A geometria veicular deve ser muito precisa, por isso é calculada em ângulos, que são
subdivididos em graus, minutos e segundos, ou podem também ser definidos em centímetros
ou milímetros. De qualquer forma, devemos prestar atenção às recomendações das próprias
montadoras quanto ao alinhamento da geometria dos veículos.
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De uma forma geral, quando algum ângulo da geometria veicular está fora das
especificações, alguns sintomas são percebidos pelo condutor, tais como:
• Problemas mecânicos (suspensão);
• Desgastes irregulares e prematuro dos pneus;
• Desconforto ao dirigir;
• Perda de confiança na dirigibilidade.
3.1 ALINHAMENTO
3.2 CONVERGÊNCIA
3.3 DIVERGÊNCIA
É quando o ângulo das rodas tende a se separar e quando estão em marcha à frente do
veículo.
Caso o cliente dirija de forma esportiva ou sob alta solicitação, recomendamos realizar o
rodízio, alinhamento e balanceamento dos pneus a cada 5.000 km, quando apresentar os seguintes
sintomas: desalinhamento e/ou desbalanceamento, desgaste irregular nos pneus, impactos,
circular por vias deterioradas, paralelepípedos, regiões com altos índices pluviométricos, ruídos
estranhos nos pneus ou na suspensão.
3.4 CASTER
O ângulo de caster é o ângulo do pino mestre em relação à linha vertical que passa pelo
centro da roda, olhando-se o veículo de lado.
O centro de apoio está bem deslocado para frente do mancal do garfo, interferindo
positivamente no centro de gravidade, mantendo a bicicleta em linha reta mesmo sem as mãos
na direção.
É definido como a inclinação lateral da parte superior das rodas, para fora (positivo) ou
para dentro (negativo), a partir de uma linha vertical, vista com o veículo de frente.
A função do camber é garantir que a área de contato do pneu com solo seja máxima,
em linha reta ou em curvas, para que tenha-se a maior aderência possível. Veja como a carga
influencia no contato do pneu com o solo na ilustração a seguir.
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Desgastes excessivos nos ombros dos pneus são geralmente atribuídos a regulagens
incorretas de camber e/ou falta de rodízio. O camber negativo proporciona desgaste prematuro
no ombro interno do pneu, enquanto que o positivo gera desgaste prematuro no ombro externo.
3.6 BALANCEAMENTO
3.7 RODÍZIO
Fazer o rodízio dos pneus pode ser benéfico de várias formas. Quando efetuado nos
intervalos de tempo recomendados, pode manter uniforme o desgaste dos pneus, estendendo
sua vida útil. O recomendado é que seja efetuado a cada 10.000 km (mesmo se os pneus não
apresentarem sinais de desgaste irregular), ou quando o usuário perceber alguma diferença na
uniformidade do desgaste dos pneus.
3.8.1 Metodologia
É importante ressaltar que atendimentos ruins geram custos extras, podem levar a
casos judiciais, invariavelmente, geram propagandas negativas. Para um bom atendimento, é
fundamental seguir os seguintes passos, garantindo um serviço ágil e de qualidade.
Dicas importantes:
• Para facilitar a análise e envio das fotos, grave-as no formato PDF, pois assim você
conseguirá reuni-las todas em uma única página;
• Durante a avaliação, converse com o dono do veículo e explique as evidências que
justifiquem o laudo técnico e a retirada do pneu de uso;
• Ao final, não se esqueça de colher as assinaturas necessárias para encerrar a análise
técnica.
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do prazo, solicitar o envio de novas informações ou fotos. Caso a Continental solicite mais
informações ou fotos de um pneu cujo laudo é de pagamento de garantia, e o analista de
condições técnicas de pneus não enviá-las dentro do prazo, o laudo será recusado no sistema, e
o cliente será prejudicado.
Sovela: essa ferramenta deve ser utilizada para evidenciar perfurações e cortes na
banda e na lateral do pneu para identificar separação de componentes estruturais, como por
exemplo, uma separação da banda de rodagem do pacote de cintas estabilizadoras.
Importante: a sovela deve ser manuseada com cuidado para não danificar o pneu ou
mesmo passar a impressão de estar furando o pneu. O objetivo principal da sovela é expandir
regiões, procurar por separações e entender em quais regiões podem haver propagações.
Recomenda-se primeiramente estudar a região visualmente para só então utilizar a sovela,
evitando danos durante a inspeção.
Saca-DOT: como o próprio nome sugere, o Saca-DOT deve ser utilizado pelo analista
de condições técnicas de pneus para remover o código DOT do pneu, quando este for retirado
de circulação.
Os códigos de recusa para condições não ajustáveis são criados pela central de
desenvolvimento da Continental, a fim de agrupar as possíveis avarias por região, dando lógica
e praticidade à análise. A lista é visível no ContiLink, sempre disponível no momento do
preenchimento do ContiFAR.
Note que existem códigos de recusa específicos para pneus de passeio e carga, listados
nas imagens deste capítulo.
Na região da bolha, a parte interna do pneu (Liner) geralmente apresenta uma marca,
um escurecimento da borracha ou ainda uma quebra da carcaça. Avarias nas rodas também
costumam ser detectadas próximas ao dano.
Código: 121
Fonte: Continental Pneus
Todos os pneus oferecidos, sendo eles fabricados localmente ou não, passam por um
corpo de engenharia que verifica suas características de construção e desempenho para assegurar
que somente pneus adequados sejam oferecidos. Nenhum modelo ou especificação de pneu é
oferecida no mercado sem uma análise da equipe técnica. Pneus de equipamento original (OE
- Original Equipment), durante sua fase de desenvolvimento, também passam por esta análise,
uma vez que as montadoras listam todos os mercados nos quais o veículo em questão será
oferecido, logo as demandas desses mercados são levadas em consideração durante o projeto
de um pneu também.
Por que danos nas laterais e na banda de rodagem não são cobertos pela garantia de
fabricação?
Sim. Pneus de perfil mais baixo apresentam laterais mais rígidas e menos flexíveis, o
que os deixam mais suscetíveis aos danos por impactos.
Não. A idade do pneu não tem influência direta sobre sua sensibilidade aos danos nas
laterais.
Impacto contra obstáculo é uma das principais avarias que pode ser facilitada quando
o pneu é utilizado em pressão inadequada, acima ou abaixo do especificado pelo fabricante do
veículo. Quando utilizado com excesso de carga, velocidade acima dos limites da pista, entrada
de pontes (desníveis), locais comerciais com redutores de velocidade, cantos de guia (sarjetas/
calçadas), buracos etc.
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Abaixo seguem exemplos de pneus com rupturas por impacto lateral e na banda de
rodagem. Observe que a estrutura dos pneus é totalmente comprometida.
Código: 122
Fonte: Continental Pneus
A ruptura de estrutura ocorre devido às condições e local de uso. É muito comum entrar
em contato com obstáculos durante a condução do veículo, por isso, todo cuidado é pouco.
4.4 CORTES
Códigos Continental associados: 123, 124 e 109.
Regiões do pneu onde a avaria ocorre: laterais e banda de rodagem.
Materiais complementares: TIA 2008 (36 e 37) e TMC 2011 (34; 72).
Indicação: produto não apresenta defeito e/ou falha de fabricação.
Código: 123
Fonte: Continental Pneus
As laterais são as partes mais flexíveis do pneu, responsável por suportar a carga do
veículo durante trabalho e proporcionar conforto ao usuário. Dessa forma, avarias como cortes
e perfurações são comuns, por isso, um contato mais forte na guia (meio fio), por exemplo, pode
danificar de maneira irreversível a lateral de um pneu.
A banda de rodagem é a parte do pneu que entra em contato direto com o solo, mesmo
possuindo uma grande resistência à abrasão, também está sujeita a diversas avarias como
perfurações, cortes, arrancamentos, entre outras.
39
Código: 124
Fonte: Continental Pneus
Evitar avarias como essas nem sempre é possível, mas alguns cuidados podem
minimizar os danos ou diminuir os riscos das ocorrências: evitar freadas bruscas, ou manobras
muito fechadas, evitar contatos com guias (meio fio), trafegar sempre na velocidade indicada
pela via, em pista molhada reduzir a velocidade etc.
4.5 PATINAGEM
Código: 109
Fonte: Continental Pneus
Para evitar esse tipo de avaria, o condutor deve atentar-se às condições da pista e
conduzir o veículo de acordo com as condições impostas, utilizar os pneus apropriados para
as condições encontradas, exemplo: utilizar o caminhão com o tipo de tração adequada, 6x4
tem uma melhor tração do que um 6x2, não sobrecarregar o veículo, trafegar com velocidade
compatível com o pavimento e as condições do momento, manter os pneus sempre calibrados
e com as profundidades dos sulcos da banda de rodagem dentro dos limites de segurança,
verificar condições climáticas para o dia da entrega de mercadorias ou simplesmente para fazer
uma viagem de lazer etc.
4.6 PERFURAÇÕES
Códigos Continental associados: 120.
Regiões do pneu onde a avaria ocorre: banda de rodagem.
Materiais complementares: TMC 2011 (48; 56; 96).
Indicação: produto não apresenta defeito e/ou falha de fabricação.
Objetos podem transpor a estrutura do pneu, vale lembrar que temos que considerar o
peso e a velocidade com que o veículo atinge um determinado objeto, multiplicando forças e
facilitando a penetração, nenhum tipo de estrutura de pneu está livre dessa condição.
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Código: 120
Fonte: Continental Pneus
O cenário mais comum são casos de arrancamentos mecânicos que são reclamados
como sendo delaminação. Para ajudar a distinguir melhor as duas situações, montamos a tabela
abaixo.
Delaminação Picotamento
Ocorre ao longo de toda a banda de
rodagem, com maior intensidade no
Pode ocorrer nas áreas de tensão, como: centro dos pneus. Não foca nas regiões
Localização
contorno dos sipes e bordas dos sulcos. de tensão; pode ocorrer em qualquer
região da banda de rodagem e de forma
aleatória.
Rasos e espalhados, deixando muitas
Profundos e irregulares, com aspecto de
Aspecto vezes pontas de borracha com aspecto de
arrancamento.
"lascas".
Sendo um problema que não está ligado Ocorrendo conforme a rodagem em
Sentido de Rodagem ao rodar do pneu no solo, ocorre sem terreno não apropriado, tende a ocorrer
seguir o sentido de rodagem. no sentido de rodagem do pneu.
Regiões não picotadas apresentam
Apresenta formato desgastado, notável
aspecto inalterado de borracha. Regiões
Aspecto da Borracha no tato, ao longo de toda a região afetada.
picotadas têm superfície com aspecto de
Pode ter aspecto poroso.
corte.
Apresenta sinais de contato com terra,
Agentes Externos Tende a apresentar aspecto mais limpo.
pedras, materiais abrasivos, etc.
Arrancamentos, por serem causados por forças cisalhantes geradas por agentes
externos, não são cobertas pela garantia, seja ela legal ou contratual.
45
Código: 113
Fonte: Continental Pneus
A pressão de inflação é o que mantem o pneu em trabalho, por essa razão, a checagem
periódica é fundamental e pode prolongar a vida útil do pneu. Além da perda gradativa de
pressão por consequência da falta de calibragem por determinado tempo, válvulas envelhecidas
e avarias (cortes, perfurações e danos na região dos talões) nos pneus, também podem causar a
perda do ar de dentro do pneu.
A baixa pressão dos pneus pode ser identificada desde o seu estágio inicial, quando
a zona de flexão do pneu começa a ter contato com o solo. Tal condição pode ser facilmente
evidenciada pela marcação circunferencial na lateral externa e interna do pneu, conforme
ilustração abaixo.
Código: 141
Fonte: Continental Pneus
Código: 142
Fonte: Continental Pneus
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Como podemos observar na ilustração a seguir (parte 1), nos veículos de passeio,
os valores recomendados de pressão podem ser encontrados nos seguintes locais: manual do
veículo, tampa do tanque de combustível, lado de fora da porta e lado de dentro da porta.
Parte 1
Identificando a pressão dos pneus em veículos de passeio.
Parte 2
Observando o footprint nos pneus de carga.
A pressão dos pneus deve ser verificada semanalmente ou a cada 15 dias e o ajuste
deverá ser feito conforme necessário. É importante verificar a pressão do estepe de emergência,
já que nunca se sabe quando precisaremos dele.
“As pressões devem ser verificadas regularmente com os pneus frios (isso é, na
temperatura ambiente, antes de iniciar a rodagem), usando um manômetro aferido.
A pressão abaixo do mínimo exigido provoca desgaste irregular e prematuro. Pneus
murchos têm maior resistência ao rolamento, o que resulta em consumo de combustível
mais elevado. ”
A conexão dos pneus ao veículo se dá por meio da roda, que, por sua vez, tem sua
fixação no pneu através dos talões. Assim, existe uma alta concentração de esforços nessa
região e, devido às atividades de aceleração e frenagem que são transmitidas do veículo ao
solo, a lateral dos pneus está em constante trabalho, flexionando-se sobre o aro. Do inglês
“imprinting”, que significa imprimir, gravar e carimbar, o atrito da borda do aro é um dano de
proporções diversas, caracterizado pela forte marcação do flange do aro, que é justamente, a
região de assentamento dos talões. Sendo consequência de elementos externos já conhecidos
que intensificam o nível de trabalho e flexão na região dos talões, como, por exemplo, baixa
pressão de inflação e sobrecarga, a condição de imprinting é altamente agravada por produtos
externos, como a própria roda.
50
Código: 140
Fonte: Continental Pneus
É importante destacar que, em casos extremos, algumas condições de uso, como baixa
inflação, sobrecarga, más condições do aro ou aplicações de aro inadequado estão perigosamente
combinados, com isso ocorre o agravamento da condição, passando da marcação ao longo de
toda a borda do aro para grandes trincas circunferenciais na área inferior das laterais.
Vale a pena lembrar que a ALAPA, em seu Manual de Segurança para Caminhões e
Ônibus ressalta que: “a maioria dos problemas ligados aos aros e rodas estão relacionados à
sobrecarga e manutenção imprópria”.
Para evitar esse tipo de dano, além dos cuidados básicos com a calibragem dos pneus
e distribuição de carga, é fundamental manter boas práticas na manutenção e uso de rodas,
evitando adaptações e retrabalhos, atentando às recomendações de órgãos como a ALAPA,
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e o próprio fabricante.
Aceleração e frenagem são apenas alguns dos fatores mecânicos que afetam a região
dos talões. Além da resistência do próprio solo, natural ao ato de rodar, os talões também
absorvem o calor do sistema de freios (transmitido pelas rodas), até mesmo pela dinâmica
do trajeto: paradas, curvas, subidas, etc. Assim, precisamos nos atentar para as duas maiores
manifestações da temperatura na região dos talões conforme informações a seguir.
A lona de corpo arrancada da região dos talões (ply pull out) ocorre em apenas um
segmento da circunferência do pneu. As cordas da lona são arrancadas do núcleo dos talões e
esta região é severamente comprometida.
Código: 161
Fonte: Continental Pneus
Detalhes/características da condição:
• As extremidades das cordas da carcaça estão expostas e soltas;
• As camadas do reforço dos talões estão separadas;
• A borracha na área dos talões está dura e quebradiça;
• A borracha está levemente azulada.
O dano pode ser identificado devido às cordas expostas estarem com pouca ou nenhuma
cobertura de borracha.
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Tal condição é causada pela exposição excessiva e prolongada dos talões à temperatura.
Condições específicas de operação , por exemplo, uso excessivo dos freios em descidas, ou
ainda, um mau funcionamento do sistema de freios (ex.: travando ou mal ajustados), geram
mais calor do que sob circunstâncias normais de operação.
Código: 161
Fonte: Continental Pneus
O calor excessivo proveniente dos freios é transferido por meio do aro para o pneu.
Como resultado, a borracha da área dos talões é superaquecida e isso muda suas propriedades
físicas e químicas. Em outras palavras, a borracha se torna dura e quebradiça e, em casos
extremos, sua adesão com outros componentes (ex.: cordas da lona) é totalmente comprometida.
As temperaturas mais altas são normalmente atingidas quando o veículo, após rodar,
vem a ser estacionado/parado. Nessa situação não existe circulação de ar suficiente para resfriar
os freios, rodas e pneus, levando ao acúmulo de calor que é transferido, principalmente por
condução e secundariamente por convecção através do aro para os talões dos pneus, resultando
nas condições ilustradas.
Código: 161
Fonte: Continental Pneus
O aquecimento pode ocorrer de formas diferentes e em níveis variados. Você viu como
o calor - combinado a fatores mecânicos - pode fazer a amarração da lona de corpo se soltar da
região dos talões, deixando-o “desencapado”.
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Código: 163
Fonte: Continental Pneus
Código: 163
Fonte: Continental Pneus
Detalhes/características da condição:
• Pode ocorrer em nível inicial, sem abertura da região;
• De moderado à grave, toda a estrutura dos talões será danificada;
• As cordas da carcaça estarão queimadas e expostas.
A condição no estágio inicial pode ser notada na superfície da borracha dos talões,
antes que a lona seja arrancada de sua estrutura. Nessa fase, a borracha superaquecida está
quebradiça como plástico. Como a ALAPA informa em seu boletim técnico:
pneu. A temperatura excessiva faz com que a borracha perca suas propriedades físicas,
acima desta temperatura inicia-se um processo de degradação térmica dos talões que reduz
progressivamente a vida útil do pneu. No gráfico a seguir, o potencial de vida útil do
pneu é função da temperatura máxima atingida nos talões, de forma contínua, excluídos
quaisquer outros fatores. ” (Os Perigos do Superaquecimento dos Freios, 2014). ”
°C
180°
potencial de vida útil
dos pneus (valores relativos)
80°
Esse modo de atuação leva, depois de um curto tempo, a uma fadiga do material e
por fim, à quebra dos fios de aço. Depois que o material de reforço do pneu (lona de corpo), é
danificado/destruído, a borracha da lateral abre na zona de flexão e o pneu perde ar rapidamente.
Código: 170
Fonte: Continental Pneus
Sob condições de mau uso, mesmo pneus aplicados em rodados simples podem atingir
um nível de deformação na lateral, onde o mecanismo de falha anteriormente mencionado, pode
ocorrer. Em qualquer caso, a extrema deformação/alongamento dos fios da carcaça é resultado
de uma severa subinflação e/ou sobrecarga.
Código: 170
Fonte: Continental Pneus
Fonte: International Tire & Rubber Association Foundation, Inc. November 2000
Todos os itens citados anteriormente são de controle do condutor mas existem fatores
que não estão sobre o seu controle, como exemplos a seguir.
Código: 101
Fonte: Continental Pneus
Fique atento, até mesmo uma má distribuição de carga pode prejudicar a uniformidade
dos pneus e acelerar seu desgaste, principalmente veículos que transportam carga, que sofrem o
efeito com mais intensidade. Vejamos a seguir alguns dos principais desgastes em pneu.
Essa condição de desgaste ocorre em apenas um dos ombros do pneu e pode ser
ocasionada por vários fatores, como o ângulo de geometria camber, (positivo e negativo).
O alinhamento de direção também pode causar desgaste em apenas um dos lados, quando o
veículo fica demasiadamente divergente ou convergente.
Código: 102
Fonte: Continental Pneus
Pode ocorrer também por problemas de origem mecânica, ou ainda, devido à aplicação
sob condições específicas, sobrecarga, circuitos sinuosos, falta de rodízio, balanceamento, folga
60
nos terminais de direção, buchas, pivôs, rolamentos, ponta de eixo e o próprio eixo danificados.
A falta de checagem periódica de pressão agrava mais a condição de desgaste.
Código: 103
Fonte: Continental Pneus
Código: 104
Fonte: Continental Pneus
Quando o desgaste é iniciado, dificilmente pode ser corrigido. Os fatores que podem
agravar a condição são: curvas acentuadas, desalinhamento, desbalanceamento, folgas e
desgastes em componentes da suspensão. A falta de rodízio e checagem da pressão dos pneus
agravam ainda mais esta condição de desgaste.
Código: 105
Fonte: Continental Pneus
Código: 106
Fonte: Continental Pneus
Código: 107
Fonte: Continental Pneus
Para conseguir um apoio mais uniforme dos pneus, é importante seguir rigorosamente
as recomendações dos fabricantes do veículo, como: peso máximo sobre os eixos, boa
distribuição da carga, utilizar pneus e rodas originais para o veículo, respeitar os limites de
velocidade, em declives utilizar o freio motor e todos os recursos para auxiliar os sistema de
freios, manter uma regularidade de marcha nas estradas, evitar freadas, manobras bruscas ou
muito fechadas, planejar melhor as rotas para evitar trechos mais agressivos até o destino final,
65
checar periodicamente a pressão de todos os pneus, alinhar e balancear o veículo e por fim,
efetuar os rodízios.
Código: 108
Fonte: Continental Pneus
Para reduzir esse efeito, o condutor deve evitar manobras fechadas, manobras em piso
abrasivo, reduzir a velocidade (principalmente em pista molhada), reduzir o índice de carga,
só carregar o veículo nos limites estabelecido pelo fabricante. Em automóveis, não conduzir
de forma agressiva ou esportiva, não fazer uso do freio de estacionamento com o veículo em
movimento etc.
mesmo por frenagens de emergência (freada brusca). Quanto mais alta for a velocidade, maior
será o dano causado ao pneu. Geralmente após uma frenagem brusca, o condutor percebe ruído
no pneu ou até mesmo trepidação na direção.
Código: 110
Fonte: Continental Pneus
Nem sempre será possível evitar uma frenagem de emergência, porém conduzir
o veículo em velocidade compatível com a pista, respeitar as sinalizações de trânsito, ficar
atento com foco total na direção, evitar uso do celular e outras distrações enquanto conduz o
veículo podem diminuir o risco de avaria. Veículos com freio ABS podem minimizar a avaria
dependendo da velocidade, tipo de pavimento e intensidade da frenagem, mas mesmo com esse
sistema é possível ocorrer danos nos pneus.
Código: 111
Fonte: Continental Pneus
Esse desgaste tem mais incidência em eixos de tração, mas pode ocorrer em qualquer eixo,
o balanceamento e o alinhamento fora das tolerâncias podem acelerar ainda mais esta condição,
porém, o desgaste pode ocorrer mesmo em um veículo perfeitamente alinhado e balanceado. A
falta do rodízio somado a problemas de pressão são os principais causadores do problema. Os
desenhos de banda de rodagem em formato de blocos, ou seja, pneus de uso misto, sofrem de
maneira mais agressiva o desgaste tanto para os pneus de passeio como os de carga.
Pode ocorrer por utilização de excesso de pressão em longos percursos ou períodos com
baixa solicitação de carga, ou ainda, o uso de aro incompatível com o pneu.
Código: 115
Fonte: Continental Pneus
Alguns veículos projetados para transporte de carga, quando utilizados com pressão
máxima de inflação, mesmo quando estão descarregados podem apresentar pequeno desgaste
no centro da banda de rodagem. A pressão está diretamente ligada à carga a ser transportada,
então para uma utilização correta e adequada consulte o manual ALAPA para mais informações.
PESADA)
Códigos Continental associados: 159.
Regiões do pneu onde ocorre a avaria: laterais (flanco).
Materiais complementares: TIA 2008 (96 e 97) e TMC 2011 (46).
Posição: produto não apresenta defeito e/ou falha de fabricação.
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Indentação
As indentações são mais visíveis em pneus com maiores alturas de seção e que operam
a pressões mais altas. São condições visuais que não alteram o desempenho ou a segurança dos
pneus.
Fonte: RMA Tire Information Service Bulletin, Vol. 21, “Sidewall Indentations in Radial Tires.”
A presença de duas camadas de lonas faz com que a resistência dessa região seja
superior à resistência das regiões adjacentes, compostas por uma camada de lona. Quando o
pneu é inflado, a sobreposição oferece resistência à expansão do pneu, dando origem a uma
indentação.
Essa característica faz com que a intensidade da indentação seja proporcional à pressão
do pneu: quanto maior a pressão aplicada, mais visível será a indentação.
Como a região da coroa dos pneus (banda de rodagem e ombros), é reforçada com lonas
estabilizadoras de aço e com capplies, não é possível perceber a sobreposição nessa região.
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Código: 159
Fonte: Continental Pneus
Características
Visibilidade de Indentações
Algumas condições deixam as indentações mais visíveis, como: desenho e textura das
laterais, laterais de pneus úmidas ou brilhantes e a pressão de inflação utilizada.
Inspeção de Indentações
Por serem características inerentes aos pneus radiais, as indentações não são
consideradas defeitos de fabricação, por isso não são uma condição passível de garantia.
Emenda Pesada
Devido a suas características, as peças são preparadas de forma exata para melhor
desempenho e segurança. As emendas podem ser justapostas (de topo) ou sobrepostas
(chanfradas), dependendo do material, espessura, dimensões ou mesmo por exigência técnica
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Estruturalmente não há nenhuma alteração no pneu. Assim poderá seguir seu ciclo de
trabalho normalmente, sem afetar seu desempenho.
Para evitar as bolhas causadas por talões danificados, é muito importante lubrificar o
pneu, roda no momento da montagem e garantir o posicionamento correto dos talões no rebaixo
do aro (drop-center). Eleger um profissional habilitado e utilizar maquinário adequado para o
serviço é fundamental.
Código: 152
Fonte: Continental Pneus
Atenção: em casos onde a quantidade de borracha removida pelo dano é mínima, sem
grande profundidade da avaria, não havendo fios ou reforços de estrutura de talão visíveis, e
a borracha não apresenta aspectos de contaminação, há práticas de mercado para reparos com
novos preenchimentos de borracha na região, porém a Continental não recomenda nenhuma
dessas opções e lembra que o pneu é item de segurança veicular.
A montagem de pneus em rodas parece uma atividade fácil, porém perigosa, se não
seguirmos as recomendações de segurança. Por isso, somente pessoas treinadas devem montar
os pneus.
• Antes de remover o pneu usado da roda, todo o ar deve ser liberado por meio da
retirada do núcleo da válvula;
• O novo pneu deve ser compatível com as dimensões da roda a ser utilizada e
adequado para a aplicação exigida pelo veículo. Somente aros livres de ferrugem e
em perfeitas condições devem ser usados, sem estar amassados ou danificados. São
fatores que aplicam-se para todos os tipos e medidas de pneus;
• Sempre lubrifique os talões dos pneus antes da montagem e da desmontagem,
utilizando lubrificante adequado. O uso de graxa, vaselina sólida, em pasta ou
outros produtos derivados de petróleo invalidam a garantia do pneu. Recomenda-se
o uso da pasta de alto desempenho Continental para a operação;
• Água ou outro líquido que esteja dentro do pneu deve ser totalmente removido
antes da montagem;
• Enquanto o pneu estiver sendo inflado, a roda deve estar firmemente fixada à
máquina de montagem ou dispositivo de segurança. Nunca infle o pneu se este ou a
roda estiverem danificados;
• Mantenha-se a uma distância razoável durante a inflação dos pneus e, sendo
possível, utilize uma extensão com calibrador acoplado. Nunca se apoie nos pneus
durante a inflação;
• Durante a montagem dos pneus, observe atentamente se o assentamento dos talões
no aro ocorreu de forma perfeita e bem centralizada. Não aplique pressão acima
de 44 PSI para assentar os talões. Pressões acima desse nível durante a montagem
podem acarretar em danos aos talões, causando ruptura e perda súbita de ar;
• Se os talões não assentarem durante a inflação com 44 PSI, esvazie o pneu, desmonte
os talões do pneu do aro, lubrifique-os, lubrifique a roda e repita a operação de
montagem do pneu.
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Não costumam estar relacionadas aos procedimentos de montagem manual, uma vez
que, para o rompimento do feixe de fios de aço ocorrer, é preciso imprimir força excessiva. Assim,
tende a ser causada por falha operacional ou regulagem de pressão e torque em equipamentos
mecânicos destinados à montagem, como, por exemplo, desmontadoras e montadoras de pneu
em roda e/ou assentadores de talão.
Código: 150
Fonte: Continental Pneus
76
Para evitar o dano, recomenda-se não utilizar serviço baseados em más técnicas de
montagem e desmontagem como, por exemplo:
• Falta de manutenção em equipamentos de montagem;
• Operação de equipamentos de montagem sem treinamento;
• Falta de lubrificação;
• Lubrificação insuficiente na região de assentamento do aro;
• Lubrificação com produtos inadequados: água, óleo, gordura etc;
• Lubrificação com substância nociva: derivados de petróleo (hidrocarbonetos);
• Movimentação de pneus em empilhadeira por profissional não habilitado.
Ao analisar as possíveis avarias causadas nos talões, existem os danos causados por
más condições de aro. Em um mercado sensível aos custos, onde os elementos relacionados aos
pneus podem representar maiores gastos, a prática de reaproveitamento ou reparos em rodas
infelizmente permanece como um risco aos talões dos pneus de carga e passeio.
Código: 164
Fonte: Continental Pneus
Código: 125
Fonte: Continental Pneus
A avaria na lateral não ocorre somente com o contato em partes do próprio veículo,
também há casos onde o desgaste da parede lateral se dá devido a contatos com guias e sarjetas
(meio fio). Em veículos de transporte urbano é comum devido à necessidade de efetuar diversas
manobras de estacionamento. Os veículos urbanos, como caminhões e ônibus, sofrem todas
as vezes em que a manobra não é efetuada com precisão e os danos podem ocorrer deixando
marcas na lateral ou ainda retirando partes superficiais da parede lateral, em casos mais graves,
não é possível identificar a medida e nem a marca do fabricante.
Código: 130
Fonte: Continental Pneus
Nas duas situações, tanto interferência com componentes do veículo, atrito com outros
obstáculos (guias e sarjetas), não são cobertos pela garantia, por isso fique atento e evite o
contato da parede lateral com qualquer obstáculo. Nunca modifique as características do veículo.
Código: 184
Fonte: Continental Pneus
Código: 184
Fonte: Continental Pneus
Para garantir a integridade de uma estrutura, muitos aspectos devem ser observados,
como por exemplo: tamanho e/ou localização do dano, tempo que o usuário permanece com o
pneu danificado (condição que pode provocar futuras separações na estrutura). Outro aspecto
80
importante é a velocidade, muitos pneus são produzidos para veículos de alto desempenho e
atingem altas velocidades, onde qualquer falha pode provocar graves danos. Por esses e outros
motivos, os fabricantes recomendam em casos de necessidade de reparos, a substituição do
produto por um novo, evitando queixas com perda de pressão, perda da estabilidade, entre outros.
Código: 128
Fonte: manual TIA, pág.43
Na maioria dos casos, a infiltração causa pequenos vazamentos por toda a superfície
da banda de rodagem, percebidos com a colocação de água e sabão. Em casos mais graves
pode separar a banda de rodagem de forma parcial ou total, juntamente com partes das cintas
estabilizadoras. As separações por infiltração também pode ter seu início na região dos talões.
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Durante o transporte, os pneus sofrem avarias caso sejam mal acomodados no veículo
ou fiquem expostos a materiais pontiagudos e/ou cortantes. Avarias como perfurações, cortes
e deformações, principalmente na região dos talões podem ocorrer, e em muitos casos, o pneu
poderá se tornar inservível.
Código: 179
Fonte: Continental Pneus
É importante ressaltar que caso a avaria tenha ocorrido durante transporte da Continental
ao revendedor, essa condição poderá ser passível de ajuste, se devidamente comprovado através
da NF de compra junto à Continental e/ou conhecimento de transporte.
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Temperatura
Entre 15 °C e 25 °C
Umidade
Evitar a condensação de vapor sobre os pneus e não permitir que tenham contato com
derivados de petróleo, como óleos, lacas, graxa, combustíveis, compressores, baterias e motores
elétricos.
Luminosidade
Proteger os pneus contra raios solares diretos e luz artificial com alta porcentagem de
raios ultravioleta.
Ventilação
Pneus montados
Caso os pneus armazenados estejam montados em rodas, não recomenda-se que sejam
armazenados em pé, as formas corretas são pendurá-los ou empilhá-los.
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A armazenagem lado a lado para pneus montados não é recomendada devido ao peso
da roda. Essa carga adicional ao pneu poderá causar deformações em diversas regiões do pneu.
Pneus desmontados
Código: 157
Fonte: Continental Pneus
Não é frequente a queixa de consumidores por essa condição, porém, é uma ocorrência
secundária presente em queixas de desgastes, trincas na região do talão e baixa pressão. Assim,
o uso do código complementar na criação do laudo técnico é bastante comum.
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Código: 158
Fonte: EoTC, 01/2017
Ponto de desequilíbrio
Existem várias condições que podem causar vibrações nos veículos. Abaixo estão
algumas, porém não podemos limitar somente a estas:
• Pneu;
• Aro;
• Montagem do pneu na roda;
• Balanceamento do conjunto;
• Montagem da roda com relação ao veículo;
• Componentes do veículo;
• Interação entre o veículo – pneu – pavimento.
Uniformidade
Os pneus não são peças perfeitas e uniformes. Eles possuem variações em sua estrutura
e em sua forma, o que gera diferentes respostas mecânicas enquanto eles rolam pela pista.
Balanceamento de rodas
Desbalanceamento Estático
Desbalanceamento Dinâmico
Conicidade - CON
Para determinar a CON, as forças laterais devem ser medidas com o pneu rolando no
sentido horário e anti-horário.
Inspeção Visual
Antes de montar a roda no veículo, certifique-se que os pneus estão inflados de acordo
com as recomendações do fabricante do veículo.
Teste de Direção
Troca
Código: 133
Fonte: Continental Pneus
Tenha cuidado durante uma viagem, verifique os pneus a cada parada de descanso
ou abastecimento. Redobre os cuidados quando o trecho for em estradas fora de asfalto.
Objetos presos entre o rodado duplo podem ser perigosos, lançando objetos em outros veículos,
motocicletas ou até em pessoas.
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A recapagem permite que uma carcaça em bom estado seja reaproveitada através da
aplicação de uma nova banda de rodagem, e representa não só um ganho nos custos totais de
direção, mas também, uma forma de prolongar a vida útil do pneu, de forma ecologicamente
correta e aproximando-se da performance do pneu em sua primeira vida. As avarias relacionadas
à recapagem estão ligadas, principalmente, à separação entre as partes (banda e carcaça), e
também ao efeito negativo de reparos ou áreas danificadas da carcaça que não foram tratadas
adequadamente.
Separação de banda
Essa avaria caracteriza-se pela perda parcial ou de grandes regiões da borracha da nova
banda de rodagem aplicada na carcaça, deixando exposta a base inferior, que fora escareada,
cimentada e nivelada durante o processo de recapagem.
Importante: partes das cintas ou da carcaça não ficam expostas, pois trata-se da má
fixação da nova banda com a carcaça já preparada para recapagem. Os motivos que levam à
separação variam entre falhas operacionais e até mesmo material de adesão inadequado.
Neste caso, ao invés de áreas completas e (até mesmo extensas), de separação, observa-
se pontos específicos onde a nova banda foi aplicada acima de reparos, em decorrência disso,
desprendeu-se da superfície preparada durante a recapagem. O ar retido no reparo escapa e
força o material acima, ou acaba por afetar a adesão entre as partes.
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Assim, logo após o término do processo, uma separação da banda ocorre justamente
na região danificada e sem reparos.
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Código: 183
Fonte: Continental Pneus
Código: 183
Fonte: Continental Pneus
Importante: essa situação pode ser causada por problemas operacionais durante o
processo de recapagem, pela seleção e aplicação incorreta da banda para a carcaça em questão.
A alteração da cor das laterais dos pneus é uma característica visual e não é uma avaria,
inclusive desaparecem após limpeza. Essa condição pode ser causada em decorrência de vários
fatores.
Código: 195
Fonte: Continental Pneus
Em todos os casos, não são recomendados produtos com agentes químicos para o
processo de limpeza dos pneus. É prudente utilizar apenas água e sabão neutro para que não
haja nenhuma contaminação ou alteração da borracha.
Fonte: <http://www.comunidadems.com.br/pneus-riscados-borracharia-leblon/>
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Embora a ressulcagem não impeça que os pneus sejam também recapados, trata-se de
uma prática delicada, uma vez que a região trabalhada é a camada de borracha que protege o
pacote de cintas estabilizadoras.
Código: 127
Fonte: Continental Pneus
5 ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR
Lembre-se que o cliente virá à loja com um problema a ser solucionado e provavelmente
não estará com o melhor dos ânimos. Você é o analista de condições técnicas de pneus, e o seu
desafio é reverter a situação para uma solução plausível para o cliente e para a loja.
• C
umprimente sempre o cliente com entusiasmo, olhe em seus olhos e sorria.
Lembre-se, seu papel é auxiliá-lo naquele momento;
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• F
oque no cliente, preste atenção ao que ele diz, pois isso será fundamental para
contornar suas dúvidas.
Mesmo que uma simples verificação no pneu do cliente aponte para um laudo evidente,
é importante que o analista de condições técnicas de pneus avalie todas as variáveis. Veja as
recomendações para um bom atendimento técnico ao cliente:
Olhar os 5 pneus;
Usar as ferramentas
adequadas;
Medir os pneus;
Analisar o desgaste;
Observar avarias no
pneu;
Proteger o banco e o
volante;
Analisar o carro
completo.
Lembre-se que o analista de condições técnicas de pneus aqui é você! O cliente não
tem o dever de saber tudo sobre pneus, mas exige uma atenção dedicada e informação precisa
sobre o que está acontecendo com os seus pneus.
Desgaste e integridade dos pneus: evite acelerar forte, frear bruscamente e colidir
os pneus contra guias, obstáculos, sinalizações da pista (catadióptricos) e buracos. Cargas
100
excessivas, baixa pressão, altas velocidades, direção esportiva e patinagem diminuem a vida
útil e podem resultar em danos aos pneus.
Pneus usados: pneus envelhecem mesmo quando estão pouco usados ou sem uso. Caso
o pneu reserva permaneça inutilizado durante anos, só o utilize em situações de emergência e
por tempo limitado. Os pneus devem ser trocados, mesmo que sem uso, após 10 anos da sua
data de fabricação, salvo recomendação específica do fabricante do veículo.
Este manual foi elaborado por um time de engenheiros e instrutores para promover a
melhor capacitação profissional dos analistas de condições técnicas de pneus de lojas, revendas,
frotas e concessionárias em suas análises de pneus para a emissão de laudos técnicos e aplicação
dos termos de garantia vigente.
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pedradas, buracos? Veja como ser indenizado pela concessionária da rodovia. Revista
Quatro Rodas. 28 mai. 2014.
Estado pode indenizar danos causados por buracos nas estradas. G1. 26 jun. 2011.
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Sofri danos causados por buracos na rua, de quem posso cobrar? Direito de Todos.
19 jul. 2013.
Não dá para reparar bolhas nos pneus. Jornal do Carro - O Estado de São Paulo. 14 set. 2016.
Radial Tire Conditions Analysis Guide - A Comprehensive Review of Tread Wear and
Tire Conditions. The TMC Maintenance Council. 1994, pág. 44,
Tire Information Service Bulletin, Vol. 21, Number 2, “Sidewall Indentations in Radial
Tires.” RMA - Rubber Manufactures Association. 2011.
<http://www.comunidadems.com.br/pneus-riscados-borracharia-leblon/>
www.conti.com.br
facebook.com/continentalpneusbrasil