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Direito Social
COMPÊNDIO DE FORMAÇÃO
Índice
1. Fontes de Direito do Trabalho .............................................................................................................. 5
1.1. Os Instrumentos de Regulação Coletiva (IRCT) ........................................................................... 5
1.1.1. As Convenções Coletivas de Trabalho .................................................................................... 5
1.2. O Contrato Individual de Trabalho .............................................................................................. 6
1.2.1. Distinção entre contrato de trabalho e Contrato de Prestação de Serviços .......................... 7
1.2.2. Formação do Contrato de Trabalho ....................................................................................... 7
1.3. O contrato de trabalho a termo (arts. 135.º a 149.º do CT) ....................................................... 9
1.3.1. Forma e conteúdos essenciais ................................................................................................ 9
1.3.2. Duração do contrato a termo ............................................................................................... 10
1.3.3. Renovação do contrato a termo ........................................................................................... 10
1.3.4. Período experimental nos contratos a termo ...................................................................... 11
1.3.5. Caducidade do contrato de trabalho a termo ...................................................................... 11
1.3.6. Denúncia do contrato de trabalho a termo .......................................................................... 11
1.3.7. Sucessão do contrato de trabalho a termo .......................................................................... 11
1.3.8. Direito a férias no contrato a termo (art. 239.º do CT) ........................................................ 12
1.4. Trabalho a tempo parcial (art. 150.º a 156.º do CT) ................................................................. 12
1.4.1. Noção .................................................................................................................................... 12
1.4.2. Forma e conteúdo de contrato de trabalho a tempo parcial ............................................... 12
1.4.3. Deveres da Entidade Empregadora ...................................................................................... 12
1.5. Trabalho intermitente (art. 157.º a 160.º do CT) ...................................................................... 13
1.5.1. Admissibilidade ..................................................................................................................... 13
1.5.2. Forma e conteúdo do contrato............................................................................................. 13
1.5.3. Direitos ................................................................................................................................. 13
1.6. O contrato de Trabalho ............................................................................................................. 13
1.6.1. Direitos e deveres das partes ............................................................................................... 13
1.6.2. Poderes da Entidade Patronal .............................................................................................. 15
1.7. Categoria profissional ............................................................................................................... 16
2. Duração do Trabalho .......................................................................................................................... 16
2.1. Publicidade dos Horários de Trabalho e Instrumentos de Controlo ......................................... 17
2.2. Trabalho Suplementar (arts. 226.º a 231.º do CT) .................................................................... 17
2.2.1. Remuneração do trabalho suplementar (art. 268.º do C.T) ................................................. 18
2.2.2. Formalidades ........................................................................................................................ 18
2.3. O Trabalho noturno (art. 223.º do CT) ...................................................................................... 19
3. A Retribuição do Contrato de Trabalho (arts. 258.º a 275.º do CT) ................................................... 19
4. Direito ao repouso .............................................................................................................................. 20
4.1. As férias (art. 237.º do CT) ........................................................................................................ 20
4.1.1. Aspectos gerais ..................................................................................................................... 20
5. As faltas ao trabalho (art. 248.º CT) ................................................................................................... 21
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b) Nacionais
• Leis (Assembleia da República)
• Decretos-Lei (Governo)
• Instrumentos de Regulamentação Coletiva do Trabalho
• Contrato Individual de Trabalho
• Lei 7/2009 de 12 de Fevereiro - Código do Trabalho.
• A Constituição da República Portuguesa — contém os princípios básicos que
dominam o Direito do Trabalho e normas com aplicação direta, constituindo o
vértice na hierarquia das normas.
Contratos Colectivos
Convenções Colectivas
Negociais Acordos Colectivos
de Trabalho
Regulamento de
IRCT Acordos de Empresa
Extensão
Regulamento de
Não negociais
condições mínimas
Decisão de arbitragem
obrigatória
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A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) é um ato gerador de obrigações entre as partes contratantes,
mas também, um ato criador de normas que regulamentam as relações individuais de trabalho,
condicionando o conteúdo dos contratos individuais de trabalho, aos quais servem de modelo. A
convenção coletiva de trabalho resulta de um acordo obtido através de um processo de negociação que
se inicia com a apresentação à outra parte da proposta de celebração da convenção coletiva.
Os contratos coletivos de trabalho vêm, por um lado, colmatar pontos deixados em branco pela
entidade patronal e pelo trabalhador aquando da celebração do contrato individual de trabalho e, por
outro lado, substituir as condições individualmente contratadas que se afiguram menos favoráveis ao
trabalhador.
As disposições dos instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho só podem ser afastadas por
contrato de trabalho quando este estabeleça condições mais favoráveis para o trabalhador e se
daquelas disposições não resultar o contrário.
Por vezes a convenção coletiva substitui mesmo condições de trabalho previstas na lei. Tal acontece
quando estas não contêm disposições imperativas, ou seja, de acatamento obrigatório pelas partes, e o
contrato coletivo de trabalho contém normas de conteúdo mais favorável ao trabalhador.
No entanto, o âmbito de aplicação destas convenções pode ser alargado a outras entidades patronais e
a outros trabalhadores através das denominadas Portarias de extensão.
É o que sucede com as CCT outorgadas pelas associações representativas do sector dos transportes
públicos de passageiros.
O Governo, através de uma Portaria de Extensão, alarga as condições de trabalho das referidas CCT às
relações de trabalho entre entidades patronais que, embora não filiadas na respetiva associação
patronal, exercem na área de aplicação da convenção a mesma atividade económica e trabalhadores ao
seu serviço, das categorias profissionais neles previstas.
A CCT vigora pelo prazo que dela constar, não podendo ser inferior a um ano e renova-se
sucessivamente por igual período — art. 499.º do CT.
A parte outorgante da convenção coletiva bem como os respetivos filiados que faltem culposamente ao
cumprimento das obrigações dela emergentes são responsáveis pelos prejuízos causados.
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Da celebração de um contrato de trabalho, nascem, para cada um dos polos da relação jurídico-laboral
direitos e deveres que se integram no vasto domínio das obrigações laborais. Fora desta definição fica,
desde logo, o trabalho autónomo, cujo título jurídico é o contrato de prestação de serviços.
Contrato de trabalho é aquele pelo qual uma pessoa singular se obriga, mediante retribuição, a
prestar a sua actividade a outra ou outras pessoas, no âmbito de organização e sob a autoridade
destas.
Contrato de prestação de serviço é aquele em que uma das partes se obriga a proporcionar à outra
certo resultado do seu trabalho intelectual ou manual, com ou sem retribuição.
Nos termos do art. 12.º do CT, presume-se a existência de contrato de trabalho quando na relação entre
a pessoa que presta uma atividade e outra ou outras que dela beneficiam, se verifiquem algumas das
seguintes características:
a) A atividade seja realizada em local pertencente ao seu beneficiário ou por ele determinado;
b) Os equipamentos e instrumentos de trabalho utilizados pertençam ao beneficiário da
atividade;
c) O prestador de atividade observe horas de início e de termo da prestação, determinadas pelo
beneficiário da mesma;
d) Seja paga, com determinada periodicidade, uma quantia certa ao prestador de atividade,
como contrapartida da mesma;
e) O prestador de atividade desempenhe funções de direção ou chefia na estrutura orgânica da
empresa.
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A qualidade de trabalhador subordinado só pode recair sobre uma pessoa singular. No entanto, nem
todas as pessoas físicas dispõem de capacidade para serem titulares dos direitos e obrigações próprios
dos trabalhadores.
A lei faz depender a aquisição dessa capacidade de dois fatores: idade mínima de admissão (16 anos) e
escolaridade mínima obrigatória (atualmente o 12.º ano).
Exceções:
• O menor com idade inferior a 16 anos que tenha concluído a escolaridade obrigatória pode
prestar trabalhos leves que consistam em tarefas simples e definidas que, pela sua natureza,
pelos esforços físicos ou mentais exigidos ou pelas condições específicas em que são realizadas,
não sejam suscetíveis de o prejudicar no que respeita à integridade física, segurança e saúde,
assiduidade escolar, participação em programas de orientação ou de formação, capacidade
para beneficiar da instrução ministrada, ou ainda ao seu desenvolvimento físico, psíquico,
moral, intelectual e cultural. Neste caso o empregador comunica ao serviço com competência
inspetiva do ministério responsável pela área laboral a admissão de menor nos oito dias
subsequentes. Em empresa familiar, o menor com idade inferior a 16 anos deve trabalhar sob a
vigilância e direção de um membro do seu agregado familiar, maior de idade.
• O menor com idade inferior a 16 anos que tenha concluído a escolaridade obrigatória mas não
possua qualificação profissional, ou o menor com pelo menos 16 anos idade mas que não tenha
concluído a escolaridade obrigatória ou não possua qualificação profissional só pode ser
admitido a prestar trabalho desde que frequente modalidade de educação ou formação que
confira, consoante o caso, a escolaridade obrigatória, qualificação profissional, ou ambas,
nomeadamente em Centros Novas Oportunidades.
Nota: O contrato celebrado por menor que não tenha completado 16 anos de idade ou não tenha
concluído a escolaridade obrigatória só é válido mediante autorização escrita dos seus representantes
legais.
O contrato de trabalho não está sujeito a qualquer formalidade, salvo quando a lei expressamente
determinar o contrário.
É portanto, um contrato consensual.
Carecem de documento escrito, por determinação legal, entre outros:
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• o contrato-promessa de trabalho;
• o contrato de trabalho a termo, certo ou incerto;
• Carecem igualmente de redução a escrito, sob pena de nulidade, determinadas cláusulas
contratuais, mais gravosas para o trabalhador, tais como a chamada cláusula de não
concorrência" (cláusula limitativa da atividade do trabalhador, se concorrencial com a da
entidade patronal, por um período máximo de 3 anos após a cessação do contrato.
No entanto, é sempre vantajosa a redução a escrito do contrato de trabalho, que representa um meio
de prova simples e eficaz das cláusulas que as partes estipularam entre si. O Código do Trabalho, tendo
em vista a proteção dos trabalhadores contra um eventual desconhecimento dos seus direitos e sem
pôr em causa a natureza consensual do contrato, impõe às Entidades Empregadoras o dever de
informar os trabalhadores, por escrito, sobre as condições aplicáveis ao contrato de trabalho — art.
106.º do CT.
Tal informação deve constar de documentos que devem ser entregues ao trabalhador dentro dos 60
dias subsequentes ao início da execução do contrato de trabalho – art. 107.º do CT.
Este dever de informação apenas será dispensado quando, sendo o contrato reduzido a escrito, dele
constem os elementos de informação exigidos por lei.
No caso de inobservância da forma escrita, bem como na falta do nome ou denominação, de assinatura
das partes, indicação do prazo estipulado ou do motivo justificativo, o contrato mantém-se válido, mas
transforma-se em contrato sem termo, ou seja, passa a ter duração indeterminada, adquirindo o
trabalhador a qualidade de trabalhador permanente da empresa.
Existem duas espécies de contrato a termo:
a) Termo certo – quando se prevê um momento determinado para a sua cessação;
b) Termo incerto – quando a cessação ocorre necessariamente, mas num momento ainda não
determinado aquando da celebração (ex.: substituição de trabalhador que se encontra de baixa
médica)
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O contrato de trabalho a termo certo só pode ser celebrado por prazo inferior a 6 meses em certas
situações, não podendo a duração ser inferior à prevista para a tarefa ou o serviço a realizar.
São elas:
a) Substituição direta ou indireta de trabalhador ausente ou que, por qualquer motivo, se
encontre temporariamente impedido de trabalhar;
b) Substituição direta ou indireta de trabalhador em relação ao qual esteja pendente em juízo
ação de apreciação da licitude do despedimento;
c) Substituição direta ou indireta de trabalhador em situação de licença sem retribuição;
d) Substituição de trabalhador a tempo completo que passe a prestar trabalho a tempo parcial
por período determinado;
e) Atividade sazonal ou outra cujo ciclo anual de produção apresente irregularidade;
f) Acréscimo excecional da atividade da empresa;
g) Execução de tarefa ocasional ou serviço determinado precisamente e não duradouro.
A falta de cumprimento destas regras determina que o contrato se considere celebrado pelo prazo de 6
meses.
O contrato a termo certo pode ser renovado até três vezes e a sua duração não pode exceder:
• 18 meses, quando se tratar de pessoa à procura de primeiro emprego;
• 2 ano, nos casos de desempregados de longa duração e lançamento de nova atividade de
duração incerta, bem como início de laboração de empresa ou de estabelecimento pertencente
a empresa com menos de 750 trabalhadores;
• 3 anos nos restantes casos.
A duração do contrato de trabalho a termo incerto não pode ser superior a seis anos.
A renovação do contrato está sujeita à verificação das condições da sua celebração, nomeadamente às
de forma no caso de se estipular prazo diferente.
Mediante acordo das partes, o contrato a termo certo pode não estar sujeito a renovação.
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O contrato a termo certo caduca no final do prazo estipulado quando uma das partes, de forma escrita,
comunique a vontade de o fazer cessar. O empregador deve fazê-lo 15 dias antes do prazo do contrato
acabar e o trabalhador 8 dias antes.
Em caso de caducidade do contrato a termo certo decorrente de declaração do empregador, o
trabalhador tem direito a uma compensação correspondente a três ou dois dias de retribuição base e
diuturnidades por cada mês de duração do vínculo, consoante o contrato tenha durado por um período
que, respetivamente, não ultrapasse ou seja superior a seis meses.
A parte da compensação relativa a fração de mês de duração do contrato é calculada
proporcionalmente.
O contrato a termo incerto caduca quando, prevendo-se a ocorrência do termo incerto, o empregador
comunique ao trabalhador a cessação do mesmo, com a antecedência mínima de 7, 30 ou 60 dias,
conforme o contrato tenha durado até seis meses, de seis meses até dois anos ou por período superior.
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O trabalho a tempo parcial pode ser prestado apenas em alguns dias por semana, por mês ou por ano,
devendo o número de dias de trabalho ser estabelecido por acordo.
O trabalhador a tempo parcial pode passar a trabalhar a tempo completo, ou o inverso, a título
definitivo ou por período determinado, mediante acordo escrito com o empregador.
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c) Fornecer aos trabalhadores informação sobre os postos de trabalho a tempo parcial e a tempo
completo disponíveis;
d) Fornecer às estruturas de representação coletiva dos trabalhadores da empresa informações
sobre o trabalho a tempo parcial praticado na empresa, sob pena de incorrer em contra -
ordenação leve;
e) Tomar em consideração o pedido de mudança do trabalhador a tempo parcial para trabalho
disponível a tempo completo, ou de aumento do seu tempo de trabalho.
Quando não tenha sido observada a forma escrita, ou na falta da indicação do número de anual de
horas ou do número anual de dias, considera-se o contrato sem período de inatividade.
1.5.3. Direitos
Durante o período de inatividade o trabalhador:
a) tem direito a compensação retributiva em valor estabelecido em Convenção Coletiva ou, na sua
falta, de 20% da retribuição base, a pagar pelo empregador com periodicidade igual à da
retribuição.
b) pode exercer outra atividade.
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Os sujeitos da relação de trabalho são mútuos colaboradores, devendo a sua colaboração tender para
uma maior produtividade e para a promoção social e humana do trabalhador.
Outros deveres:
Dever de cumprir todas as demais obrigações emergentes da lei, do contrato de trabalho e do contrato
coletivo de trabalho aplicável.
Exemplo: nos termos do CCT aplicável ao sector, o motorista deve velar pelo bom funcionamento,
conservação e limpeza do veículo. Em caso de avaria ou acidente deve tomar as providências adequadas
e recolher os elementos necessários para a apreciação das entidades competentes. Quando não
acompanhado de cobrador, deve efetuar a emissão e cobrança de bilhetes, bem como verificar a
validade de outros títulos de transporte de que os passageiros se encontrem munidos.
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Nos termos do art. 351.º do CT, constitui justa causa de despedimento o comportamento
culposo do trabalhador que, pela sua gravidade e consequências, torne imediata e
praticamente impossível a subsistência da relação de trabalho.
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A lei confere especial proteção à categoria profissional, de tal forma que a entidade patronal:
a) Não pode baixar a categoria do trabalhador - o trabalhador só pode ser colocado em categoria
inferior àquela para que foi contratado quando ele próprio o aceite, mediante autorização da
ACT e, ainda assim, só quando a mudança seja imposta por necessidades prementes da
empresa ou do trabalhador:
b) Não pode, em princípio, obrigar o trabalhador a dedicar-se a tarefas não incluídas na sua
categoria profissional.
Até à consagração legal da chamada polivalência, o trabalhador só era obrigado a exercer as funções
que correspondiam ao descritivo da respetiva categoria.
Atualmente, podem ser atribuídas ao trabalhador tarefas complementares, que tenham afinidade ou
ligação funcional com a sua função normal, desde que a respetiva categoria se mantenha.
No caso de às atividades acessoriamente exercidas corresponder retribuição mais elevada, o
trabalhador terá direito a esta.
2. Duração do Trabalho
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Pelo contrato de trabalho o trabalhador obriga-se a colocar a sua força de trabalho à disposição da
entidade patronal. Porém, esta disponibilidade não é absoluta, a duração de trabalho está sujeita aos
limites legais e convencionais.
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As situações em que pode ser imposta, pela entidade patronal, a prestação de trabalho suplementar
estão tipificadas na lei:
a) Por motivo de força maior;
b) Quando se torne indispensável para prevenir ou reparar prejuízos graves para a empresa ou
para a sua viabilidade;
c) Quando a empresa tenha de fazer face acréscimos eventuais e transitórios de trabalho e não se
justifique a admissão de trabalhador.
O trabalho suplementar é obrigatório, salvo quando por motivos atendíveis, o trabalhador solicite a sua
dispensa.
A prestação de trabalho suplementar em dia útil, em dia de descanso semanal complementar e em dia
feriado confere ao trabalhador o direito a um descanso compensatório remunerado, correspondente a
25% das horas de trabalho suplementar realizado – art. 229.º do CT.
2.2.2. Formalidades
A lei sujeita a prestação de trabalho suplementar à observância de determinadas formalidades:
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O trabalhador noturno não deve prestar mais de 8 horas de trabalho num período de 24 horas em que
efetua trabalho noturno, em qualquer das seguintes atividades que implicam riscos especiais ou tensão
física ou mental significativa:
a) Monótonas, repetitivas, cadenciadas ou isoladas;
b) Em obra de construção, demolição, escavação, etc;
c) Da indústria extrativa;
d) De fabrico, transporte ou utilização de explosivos e pirotecnia;
e) Que envolvam contacto com corrente elétrica de média ou alta tensão;
f) De produção ou transporte de gases comprimidos, liquefeitos, etc;
g) Que em função da avaliação dos riscos a ser efetuada pelo empregador, assumam particular
penosidade, perigosidade, insalubridade ou toxicidade.
O empregador deve assegurar exames de saúde gratuitos e sigilosos ao trabalhador noturno destinados
a avaliar o seu estado de saúde, antes da sua colocação e posteriormente a intervalos regulares e no
mínimo anualmente.
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d) A participação nos lucros da empresa, desde que ao trabalhador esteja assegurada pelo
contrato uma retribuição certa, variável ou mista, adequada ao seu trabalho.
4. Direito ao repouso
Entre as manifestações do direito ao repouso, direito constitucionalmente consagrado, contam-se o
direito a um dia de descanso semanal e/ou meio-dia de descanso complementar previsto na maioria dos
contratos coletivos de trabalho e o direito a férias remuneradas.
b) Exceto nos casos em que a lei o admitir, o seu gozo efetivo não pode ser substituído por
qualquer compensação económica ou outra, ainda que o trabalhador dê o seu acordo.
c) Exceção: o trabalhador pode gozar apenas 20 dias úteis, renunciando aos restantes, recebendo
a retribuição e subsídio correspondente à totalidade.
d) Caso a entidade patronal obste ao gozo efetivo de férias, sujeita-se a uma dupla sanção: multa
e compensação ao trabalhador, de montante igual ao triplo da retribuição correspondente ao
período de férias em falta, o qual deverá ser gozado até 30 de Abril do ano civil subsequente.
e) Devido à necessidade de garantir um repouso efetivo, a lei proíbe o trabalhador (sob pena de
procedimento disciplinar, perda de remuneração e respetivo subsídio) de exercer, durante as
férias, qualquer atividade remunerada, exceto quando autorizado ou quando se trate de
atividade que já vinha exercendo com o conhecimento da entidade patronal.
g) Os trabalhadores têm direito, no mínimo, a um período de 22 dias úteis de férias por ano.
Todavia:
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h) As férias são marcadas por acordo entre empregador e trabalhador. Não havendo acordo, as
férias devem ser marcadas pelo empregador, entre 1 de Maio e 31 de Outubro, ouvindo, para o
efeito, a comissão de trabalhadores. Nas empresas até 10 trabalhadores a marcação das férias
não tem que obedecer aquelas datas.
i) O empregador deve ainda elaborar o mapa de férias que deve ser afixado entre 15 de Abril e 31
de Outubro.
j) As férias podem ser intercaladas desde que haja acordo entre empregador e trabalhador e se
forem gozados no mínimo 10 dias úteis consecutivos.
k) Cessando o contrato, o trabalhador tem direito à retribuição do período de férias proporcional
ao serviço prestado até à data da cessação, bem como ao respetivo subsídio. Mas se o contrato
cessar antes de gozadas as férias vencidas no início do ano, tem direito a receber a retribuição
das férias, assim como o respetivo subsídio, contando o período de tempo das férias para a
antiguidade.
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g) até 15 dias por ano quando se trate de prestar assistência, inadiável e imprescindível de
cônjuge ou pessoa que viva em união de facto ou economia comum com o trabalhador,
parentes ou afins na linha reta ascendentes, ou no 2º grau da linha colateral;
h) as que resultem de imposição, devidamente comprovada, de autoridade judicial, militar ou
policial;
i) para exercer as funções de bombeiro, desde que o número de faltas não exceda, em média,
três dias por mês, tal não cause prejuízo para a atividade da entidade patronal e as faltas sejam
devidamente justificadas nos termos da lei;
j) para doar sangue, salvo quando haja motivos urgentes e inadiáveis de serviço que naquele
momento desaconselhem o seu afastamento do local de trabalho;
k) as dadas pelos candidatos durante o período de campanha para os órgãos representativos das
autarquias locais, nos termos da lei;
l) as dadas para exercício de funções nos termos do Estatuto dos Eleitos Locais;
m) as dadas pelos membros das mesas das assembleias ou secções de voto, bem como pelos
delegados das listas, no dia seguinte ao da eleição, nos termos da lei respetiva;
n) por prestação de provas em estabelecimentos de ensino;
o) por doença ou acidente de trabalho desde que não tenha direito a subsídio de Segurança Social
ou seguro;
p) por autorização prévia ou posterior da entidade empregadora.
q) as ausências não superiores a quatro horas e só pelo tempo estritamente necessário,
justificadas pelo responsável pela educação de menor, uma vez por trimestre, para deslocação
à escola tendo em vista inteirar-se da situação educativa de filho menor.
Para além do direito a retribuição o trabalhador tem direito a que as faltas contem para a
antiguidade.
a) Por motivo de doença, desde que o trabalhador beneficie de um regime de segurança social de
proteção na doença;
b) Por motivo de acidente no trabalho, desde que o trabalhador tenha direito a qualquer subsídio
ou seguro;
c) As faltas consideradas justificadas, por lei, quando superiores a 30 dias por ano;
d) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador;
e) As dadas para prestar assistência, inadiável e imprescindível, a cônjuge ou pessoa que viva em
união de facto ou economia comum com o trabalhador, parentes e afins.
O trabalhador perde o direito à remuneração, mas não perde com estas a contagem para efeitos de
antiguidade.
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Também quando repetidas constituem infração grave no plano disciplinar, podendo eventualmente
constituir justa causa de despedimento se num ano forem dadas 5 faltas seguidas ou 10 interpoladas.
As faltas, justificadas ou injustificadas, não têm qualquer efeito sobre o direito a férias do trabalhador,
salvo na seguinte situação:
No caso em que as faltas determinem perda de retribuição, esta poderá ser substituída, se o trabalhador
expressamente assim o preferir, por perda de dias de férias na proporção de um dia de férias por cada
dia de falta, desde que seja salvaguardado o gozo efetivo de 20 dias úteis de férias ou de 5 dias úteis,
caso se tratar de férias no ano de admissão.
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A duração do período experimental pode ser reduzida por convenção coletiva de trabalho ou contrato
individual de trabalho.
6.1.3. Caducidade
O contrato de trabalho caduca nos termos gerais de direito, nomeadamente:
a) Verificando-se o seu termo, quando se trate de contrato a termo, desde que a entidade
patronal comunique, por escrito e até 8 dias antes de expirar o prazo, a vontade de não o
renovar.
A falta de comunicação referida no número anterior implica a renovação do contrato por
período igual ao prazo inicial.
b) Verificando-se a impossibilidade superveniente, absoluta e definitiva de o trabalhador
prestar o seu trabalho ou de a entidade empregadora o receber;
c) Com a reforma do trabalhador por velhice ou invalidez.
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Constitui justa causa de despedimento o comportamento culposo do trabalhador que, pela sua
gravidade e consequências, torne imediata e praticamente impossível a subsistência da relação de
trabalho.
1.º - A entidade empregadora comunicará, por escrito, ao trabalhador que tenha incorrido nas
respetivas infrações a sua intenção de proceder ao despedimento, juntando nota de culpa com a
descrição circunstanciada dos factos que lhe são imputáveis. Na mesma data será remetida à comissão
de trabalhadores da empresa cópia daquela comunicação e da nota de culpa.
Se o trabalhador for representante sindical, será ainda enviada cópia dos dois documentos à associação
sindical respetiva.
2.º O trabalhador dispõe de dez dias úteis para consultar o processo e responder à nota de culpa,
deduzindo por escrito os elementos que considere relevantes para o esclarecimento dos factos e da sua
participação nos mesmos, podendo juntar documentos e solicitar as diligências probatórias que se
mostrem pertinentes para o esclarecimento da verdade.
3.º A entidade empregadora, diretamente ou através de instrutor que tenha nomeado, decidirá sobre a
realização das diligências probatórias requeridas na resposta à nota de culpa.
A entidade empregadora não é obrigada a proceder à audição de mais de três testemunhas por cada
facto descrito na nota de culpa, nem mais de dez no total, cabendo ao arguido assegurar a respetiva
comparência para o efeito.
4.º Concluídas as diligências probatórias, deve o processo ser apresentado, por cópia integral, à
comissão de trabalhadores. Se o trabalhador for representante sindical, à associação sindical respetiva,
que podem, no prazo de cinco dias úteis, fazer juntar ao processo o seu parecer fundamentado.
5.º Decorrido este prazo, a entidade empregadora dispõe de 30 dias para proferir a decisão, que deve
ser fundamentada e constar de documento escrito.
Na decisão devem ser ponderadas as circunstâncias do caso, a adequação do despedimento à
culpabilidade do trabalhador, bem como os pareceres que tenham sido juntos, não podendo ser
invocados factos não constantes da nota de culpa, nem referidos na defesa escrita do trabalhador, salvo
se atenuarem ou dirimirem a responsabilidade.
A decisão deve ser fundamentada e constar de documento escrito, sendo comunicada, por cópia ou
transcrição, ao trabalhador, à comissão de trabalhadores ou à associação sindical respetiva.
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Igual suspensão decorre da instauração de processo prévio de inquérito, desde que, mostrando-se este
necessário para fundamentar a nota de culpa, seja iniciado e conduzido de forma diligente, não
mediando mais de 30 dias entre a suspeita de existência de comportamentos irregulares e o início do
inquérito, nem entre a sua conclusão e a notificação da nota de culpa.
B) O despedimento é ilícito:
A ilicitude do despedimento só pode ser declarada pelo tribunal em ação intentada pelo trabalhador.
A par do despedimento por motivos disciplinares, o empregador pode fazer cessar o contrato por
motivos não imputáveis ao trabalhador a título de culpa:
A Lei permite a extinção do posto de trabalho justificada por motivos económicos ou de mercado,
tecnológicos ou estruturais relativos à empresa, desde que se verifiquem cumulativamente as seguintes
condições:
• Os motivos invocados não sejam imputáveis a culpa do empregador ou do trabalhador;
• Seja praticamente impossível a subsistência da relação de trabalho;
• Não se verifique existência de contratos a termo para as tarefas correspondentes às do posto
de trabalho extinto;
• Seja posto à disposição do trabalhador a compensação devida (um mês de retribuição base e
diuturnidades por cada ano completo de antiguidade). A compensação não pode ser inferior a
3 meses de retribuição base.
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A resolução do contrato com fundamento nos factos acima previstos confere ao trabalhador direito a
uma indemnização, a determinar entre 15 a 45 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano
completo de antiguidade, não podendo ser inferior a três meses de retribuição base e diuturnidades.
Não é necessário haver justa causa para que o trabalhador possa denunciar o contrato de trabalho,
desde que respeite o aviso prévio.
Aviso prévio – O trabalhador pode denunciar o contrato, independentemente de justa causa, mediante
comunicação escrita à entidade empregadora com a antecedência mínima de 30 ou 60 dias, conforme
tenha, respetivamente, até dois anos ou mais de dois anos de antiguidade.
Os instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho e os contratos individuais de trabalho podem
alargar o prazo de aviso prévio até seis meses, relativamente a trabalhadores com funções de
representação da entidade empregadora ou com funções diretivas ou técnicas de elevada complexidade
ou responsabilidade.
Se o trabalhador não cumprir, total ou parcialmente, o prazo de aviso prévio, fica obrigado a pagar à
entidade empregadora uma indemnização de valor igual à remuneração de base correspondente ao
período de aviso prévio em falta, sem prejuízo da responsabilidade civil pelos danos eventualmente
causados em virtude da inobservância do prazo de aviso prévio ou emergentes da violação de
obrigações assumidas nos termos de cláusula pela qual as partes tenham convencionado a
obrigatoriedade de prestação de serviço durante certo prazo como compensação de despesas
extraordinárias feitas pela entidade patronal na preparação profissional do trabalhador.
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A ACT tem como missão a promoção da melhoria das condições de trabalho através do controle do
cumprimento das normas laborais bem como a promoção de políticas de prevenção de riscos
profissionais.
O processo de contraordenação poderá terminar com a aplicação de uma coima, cujo montante
dependerá da gravidade da infração ou do grau de culpa do infrator, e da dimensão da empresa.
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Nos casos de infrações graves e muito graves poderão ainda ser aplicadas sanções acessórias às coimas,
nomeadamente a publicitação da decisão.
7.2. Os Sindicatos
Como vimos, no plano das relações individuais de trabalho, os trabalhadores aparecem em posição de
dependência jurídica e económica relativamente á sua entidade patronal, a maioria das vezes sem força
para reivindicar melhores condições de trabalho. Ao fazer-se representar por um sindicato,
coletivamente, o trabalhador alcança uma posição que, de outra forma, seria difícil de alcançar.
Os sindicatos são associações permanentes de trabalhadores subordinados, cujo objetivo é a defesa e a
promoção dos direitos e interesses socioprofissionais dos trabalhadores que representam.
O termo sindicato, em sentido amplo, abrange os sindicatos propriamente ditos, bem como as
organizações de grau superior (federações e uniões), bem como as organizações de cúpula que são as
confederações: a CGTP e a UGT.
No sentido de abarcar todas estas realidades, muitas vezes utilizada a expressão associação sindical.
B) Apoio aos associados - No plano interno desenvolvem atividade marcante na promoção do nível
cultural, educacional dos seus associados e na prestação de serviços aos mesmos (ex: apoio jurídico).
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Refira-se que os CCT celebrados entre a associação patronal do sector e alguns sindicatos são de
natureza vertical, pois abrangem todas as categorias profissionais do sector.
Os membros dos órgãos sociais dos sindicatos, os dirigentes sindicais, são eleitos, livre e
democraticamente de entre os associados, por mandato não superior a três anos, sem prejuízo da sua
reeleição.
São reconhecidos aos dirigentes sindicais, a nível das empresas, um conjunto de direitos dos quais se
destacam:
• crédito de horas correspondente a 4 dias de trabalho por mês, com direito a ausentar-se da
empresa sem perda de retribuição, para o exercício das suas funções.
As faltas que excedem aquele crédito são consideradas justificadas, embora com perda de
retribuição.
• não podem ser transferidos de local de trabalho (ainda que a mudança não cause prejuízo
sério, sem o seu acordo e o conhecimento da associação sindical respetiva.
• Em caso de despedimento sem justa causa tem direito a uma indemnização de antiguidade
correspondente ao dobro da que cabe aos outros trabalhadores.
Os delegados sindicais constituem peça fundamental no que respeita à intervenção dos sindicatos nas
empresas. Os delegados sindicais são eleitos de entre e pelos trabalhadores sindicalizados da empresa,
nos termos previstos nos respetivos estatutos do sindicato.
Nas empresas em que o número de delegados do mesmo sindicato o justifique, existirá uma comissão
sindical. Por seu turno, sempre que haja delegados de mais que um sindicato, poderá constituir-se uma
comissão intersindical que coordene a atividade dos delegados dos vários sindicatos.
As comissões sindicais e intersindicais podem convocar reuniões gerais de trabalhadores (plenários),
fora do horário de trabalho e sempre sem prejuízo da normal laboração da empresa, para a defesa e
promoção dos seus interesses socioprofissionais (não podem ter finalidade politica ou ideológica), ou
durante o horário de trabalho até um período máximo de quinze horas por ano, que conta como tempo
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de serviço efetivo, desde que seja assegurado o funcionamento de serviços de natureza urgente e
essencial.
7.3.2. Poderes
As comissões de trabalhadores participam na vida da empresa através de um conjunto de direitos:
A) Direito de informação — tem o direito de receber, das entidades patronais, todas as informações
necessárias ao exercício das suas funções.
B) Controlo de gestão — em matéria de controlo de gestão da empresa, detêm um conjunto de
faculdades, tais como, emitir pareceres sobre orçamentos e planos económicos, apresentar sugestões e
criticas sobre condições de trabalho, emitir parecer prévio sobre contratos de viabilização, dissolução ou
pedido de insolvência da empresa, diminuição de efetivos humanos, planos de férias, etc.
C) Gestão de obras sociais da empresa
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A declaração de remunerações deve ser entregue por transmissão eletrónica de dados, através do site
www.seg-social.pt, ou em suporte de papel ou através da internet para entidades empregadoras,
pessoas singulares que tenham ao seu serviço um trabalhador.
Se optar pela entrega da declaração de remunerações através da Internet não poderá voltar a utilizar a
declaração em papel.
A declaração de remunerações deve ser entregue até ao dia 10 do mês seguinte àquele a que diga
respeito.
Se a declaração de remunerações for apresentada fora do prazo a entidade empregadora fica sujeita à
aplicação de uma contraordenação leve, quando seja cumprida nos 30 dias seguintes ao fim do prazo, e
grave nas restantes situações;
Se a declaração de remunerações não for apresentada ou não se encontrar devidamente preenchida, o
Serviço de Segurança Social pode elaborar a declaração de remunerações com base nos dados que
dispõe no respetivo sistema de informação, no sistema de informação fiscal ou ainda dos recolhidos de
ações de fiscalização.
Taxa contributiva
Tipo de entidade Entidade
Trabalhador Global
empregadora
Entidades com fins lucrativos 23,75% 34,75%
2013 20,8% 31,8%
2014 21,2% 32,2%
IPSS 2015 21,6% 32,6%
Entidades sem fins 11%
2016 22% 33%
lucrativos
2017 22,3% 33,3%
Outras 2013 21,8% 32,8%
entidades 2014 22,3% 33,3%
As contribuições devem pagas mensalmente entre o dia 10 e o dia 20 do mês seguinte àquele a que
respeitam.
Após este prazo a entidade empregadora fica sujeita a juros de mora e a uma contra ordenação.
Quando as entidades patronais faltem ao pagamento de contribuições descontadas nos salários dos
trabalhadores incorrem na prática de um crime de abuso de confiança.
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A declaração deve ser apresentada entre a data da celebração do contrato e o do 2º dia da prestação de
trabalho, podendo ser apresentada em conjunto com a declaração da entidade empregadora.
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• O tempo semanal de condução não pode exceder 56 horas e não pode implicar que seja
excedido o tempo de trabalho semanal máximo previsto na Diretiva 2002/15/CE (60 horas
desde que, num período de quatro meses, não seja excedida uma média de 48 horas
semanais).
• O tempo de condução total acumulado por cada período de duas semanas consecutivas não
deve exceder 90 horas.
• Os tempos de condução diários e semanais devem incluir a totalidade dos tempos de condução
no território da Comunidade ou de países terceiros.
• O condutor deve registar como «outro trabalho» qualquer tempo descrito na alínea e) do
artigo 4.º, bem como qualquer tempo passado a conduzir um veículo utilizado para operações
comerciais fora do âmbito do presente regulamento; deve ainda registar quaisquer períodos de
«disponibilidade», tal como definidos na alínea c) do n.º 3 do artigo 15.º do Regulamento (CEE)
n.º 3821/85, desde o seu último período de repouso diário ou semanal. Este registo deve ser
feito manualmente numa folha de registo, através de um impresso ou utilizando as
possibilidades de introdução manual de dados no aparelho de controlo.
9.1.3. Pausas
• Após um período de condução de quatro horas e meia, o condutor gozará uma pausa
ininterrupta de pelo menos 45 minutos, a não ser que goze um período de repouso.
• Esta pausa pode ser substituída por uma pausa de pelo menos 15 minutos seguida de uma
pausa de pelo menos 30 minutos repartidos pelo período de modo a dar cumprimento ao
disposto no primeiro parágrafo.
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9.3. Exceções
• Os Estados Membros podem aplicar mínimos de pausas e períodos de repouso mais elevados
ou máximos de tempo de condução menos elevados do que os estabelecidos neste
regulamento aos transportes rodoviários efetuados inteiramente no seu território. Nesse caso,
os Estados- -Membros terão em conta as convenções coletivas ou outros acordos entre os
parceiros sociais. As disposições do presente regulamento permanecerão, todavia aplicáveis
aos condutores que efetuem operações de transporte internacionais.
• Desde que tal não comprometa a segurança rodoviária e com o objetivo de atingir um ponto de
paragem adequado, o condutor pode não observar o disposto neste regulamento sobre tempo
diário de condução, na medida do necessário para garantir a segurança das pessoas, do veículo
ou da carga. O condutor deve mencionar manualmente na folha de registo do aparelho de
controlo, numa impressão dos dados do aparelho de controlo ou no seu registo de serviço, o
mais tardar à chegada ao ponto de paragem adequado, o motivo de tal inobservância.
9.4. Controlo
1. No caso de o veículo não estar equipado com um aparelho de controlo de acordo com o Regulamento
(CEE) n.º3821/85, as empresas de transportes que prestem Serviços de transporte nacional regular de
passageiros e/ou serviços de transporte internacional regular de passageiros cujos terminais se situem a
uma distância não superior a 50 km, em linha reta, da fronteira entre dois Estados-Membros e cuja
extensão total não exceda 100 quilómetros:
a) devem estabelecer um horário e uma escala de serviço, indicando, para cada condutor, o
nome, o local a que está afeto e o horário previamente fixado para os diferentes períodos de
condução, outros tipos de trabalho, pausas e disponibilidade.
Cada condutor afeto a um serviço referido no n.º 1 deve ser portador de um extrato da escala
de serviço e de uma cópia do horário de serviço.
b) A escala de serviço deve:
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a) Se o trabalhador afeto à exploração de veículos tiver um horário móvel, que naturalmente lhe
permite gerir com flexibilidade o limite diário de trabalho, o mesmo deve utilizar apenas um livrete
individual de controlo, não precisando de qualquer outro tipo de horário, controlo ou registo, nele
registando o tempo de trabalho, incluindo o prestado ao serviço de outros empregadores, os respetivos
tempos de disponibilidade, intervalos de descanso e descansos diários e semanais.
b) Se o trabalhador tiver um horário fixo (ex: das 9h às 18h), esse horário deve ser afixado no
estabelecimento e uma cópia do mesmo guardada dentro da viatura, devendo ainda,
complementarmente, para efeitos de registo dos tempos de trabalho (art.º 202º Código do Trabalho),
utilizar um livrete individual de controlo.
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O empregador envia cópia do mapa de horário de trabalho ao serviço da autoridade para as condições
de trabalho da área em que se situe a sede ou o estabelecimento a que o trabalhador esteja afeto, com
a antecedência mínima de quarenta e oito horas relativamente à sua entrada em vigor.
O não cumprimento destas regras e de outras estabelecidas, quer na Portaria 983/2007, quer no
Decreto-Lei 237/2007, de 19/6, constitui contraordenação, que pode ser leve, grave ou muito grave,
sancionada com as coimas consagradas no artigo 554º do Código do Trabalho, de valores significativos.
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Bibliografia
o Decreto-lei nº 354/86 de 23 de Outubro - Regime de exploração de aluguer de veículos s/
condutor
o Decreto-Lei nº 3/2001 de 10 de Janeiro de 2001 - Novo regime jurídico de acesso à atividade
dos transportes rodoviários de passageiros por meio de veículos com mais de nove lugares e de
organização do mercado de transportes não regulares
o http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/PerguntasFrequentes/TransportesRodoviarios/Pagin
as/Questao20.aspx
o http://www.timocom.pt/lexicon=1001291722211867%7CCMR%7CDicion%C3%A1rio%20de%20
transporte
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