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Sumário V – Nome Empresarial ...........................................

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I - Teoria Geral do Direito Empresarial ..................4 1. Conceito ........................................................ 9
1. Conceito e nomenclatura ..............................4 2. Proteção ........................................................ 9
1) Direito Mercantil .......................................4 3. Princípios ....................................................... 9
2) Direito Comercial (França) .........................4 4. Outros elementos identificadores ................. 9
3) Direito Empresarial (Itália).........................4 5. Espécies ......................................................... 9
2. Conceitos de empresa e empresário .............4 Regras ............................................................ 9
3. Características do Direito Empresarial ...........4 VI – Escrituração Empresarial .............................. 10
4. Princípios do Direito Empresarial ..................4 1. Obrigação legal ............................................ 10
4.1. Função social da empresa .......................4 2. Formalidades da escrituração ..................... 10
4.2. Livre iniciativa .........................................4 3. Proteção legal dos livros empresariais ........ 10
4.3. Livre concorrência ..................................4 4. Eficácia probatória dos livros ...................... 10
4.4. Tratamento favorecido das ME e EPP.........4 VII – Direitos industriais ...................................... 11
5. Fontes do direito empresarial brasileiro ........5 1. Propriedade intelectual ............................... 11
II - Espécies de Empresário ....................................5 2. Legislação específica ................................... 11
1. Responsabilidade...........................................5 3. Patentes e registros ..................................... 11
2. Profissionais intelectuais (ou liberais) ...........5 Requisitos comuns da patente: ................... 11
3. Inscrição ........................................................5 Licenças da patente ..................................... 12
4. Empresário individual ....................................5 Teoria Geral do Direito Societário ....................... 12
4.1. Impedimentos legais...............................5 1. Conceito de sociedade ................................ 12
4.2. A situação do incapaz (973, CC) ..............6 1.1. Características distintivas da associação
.................................................................... 12
4.3. Empresário individual casado (978, CC) ..6
1.2. Art. 981, CC ........................................... 12
4.4. Prepostos do empresário........................6
2. Classificações das sociedades ...................... 12
5. Sociedade empresária ...................................6
2.1. Quanto ao OBJETO ............................... 12
5.1. Conceito .................................................6
2.2. Quanto à RESPONSABILIDADE dos sócios
5.2. EIRELI ......................................................6
.................................................................... 13
5.3.ME e EPP..................................................7
2.3. Quanto ao REGIME DE CONSTITUIÇÃO E
5.4. MEI (microempreendedor individual) ....7 DISSOLUÇÃO................................................ 13
5.5. Pequeno empresário ..............................7 2.4. Quanto à COMPOSIÇÃO ....................... 13
III – Registro Empresarial .......................................7 3. Sociedade exploradora de atividade rural (art.
1. Introdução .....................................................7 984, CC) ........................................................... 13
2. Sistema Nacional de Registro de Empresas 3.1. Personalização das sociedades ............. 13
Mercantis – SINREM ..........................................7 3.2. Desconsideração da personalidade
2.1. Estrutura .................................................7 jurídica......................................................... 13
2.2. Juntas Comerciais ...................................7 4. Sociedades dependentes de autorização (arts.
1123 a 1141, CC) ............................................. 13
IV – Estabelecimento Empresarial .........................7
5. Sociedade entre cônjuges ........................... 14
1. Conceito ........................................................7
6. Sociedade cooperativa ................................ 14
2. Natureza jurídica ...........................................8
7. Operações societárias ................................. 14
3. Trespasse .......................................................8
7.1. Espécies ................................................ 14
4. Aviamento e clientela ....................................8
1
8. Sociedades não personificadas ....................15 13.10. Conselho Fiscal ................................. 22
8.1. Sociedade em comum ..........................15 13.11. Controle acionário ............................ 22
8.2. Sociedade em conta de participação ....15 13.12. Governança corporativa ................... 22
9. Sociedades contratuais ...............................15 13.13. Tag along ou direito de venda conjunta
9.1. Natureza jurídica do contrato social .....15 (art. 254-A, LSA) .......................................... 22

9.2. Formalidades (art. 997 do CC) ..............15 13.14. Oferta pública de ações – OPA (art. 257,
LSA) ............................................................. 22
9.3. Registro (art. 998 do CC) .......................15
13.15. Acordo de acionistas ou contrato
9.4. Capital social .........................................16 parassocial (art. 118, LSA) ........................... 22
9.5. Subscrição e integralização ...................16 13.16.Dissolução, liquidação e extinção (arts.
9.6. Administração da sociedade (arts. 1010 a 206 a 219, LSA) ............................................ 23
1021 do CC) .................................................16 14. Sociedade em comandita por ações .......... 23
9.7 Responsabilidade dos sócios pelas dívidas Falência e Recuperação Judicial .......................... 24
sociais ..........................................................16
1. Teoria geral do direito falimentar ............... 24
9.8. Exclusão de sócio ..................................17
1.1 Sujeição legal ......................................... 24
10. Sociedade em nome coletivo.....................17
1.2. Foro competente .................................. 24
Principais características: ............................17
1.3. Participação do MP............................... 24
11. Sociedade em comandita simples .............17
1.4. Aplicação subsidiária do NCPC (art. 189,
Principais características .............................17 LF) ................................................................ 24
12. Sociedade limitada ....................................18 1.5. Administrador judicial .......................... 24
12.1. Principais características .....................18 1.6. Comitê de credores .............................. 24
12.2. Legislação aplicável.............................18 1.7. Assembleia Geral de Credores .............. 24
12.3. Cotas sociais .......................................18
2. Recuperação judicial (RJ) ........................... 25
12.4. Cessão de cotas (art. 1057, CC)...........18
2.1. Princípio da preservação da empresa ... 25
12.5. Administração (arts. 1060 a 1065, CC) 18
2.2. Requisitos legais para o pedido de RJ ... 25
12.6. Conselho Fiscal (CF) ............................18
2.3. Formalidades da petição inicial (PI) ...... 25
12.7. Deliberações .......................................18
2.4. Deferimento do processamento do
12.8. Alteração do capital social da sociedade pedido ......................................................... 25
Ltda..............................................................18
2.5. Concessão da recuperação judicial ....... 26
12.9. Dissolução (arts. 1033 a 1035 do CC),
2.6. Convolação da recuperação em falência
além da falência. .........................................18
.................................................................... 26
13. Sociedade Anônima ...................................20
2.7. Encerramento da RJ .............................. 26
13.1. Conceito .............................................20
2.8. Plano especial de recuperação judicial
13.2. Características da SA...........................20 para ME e EPP ............................................. 26
13.3. Classificação........................................20 2.9. Recuperação extrajudicial .................... 26
13.4. Constituição da SA ..............................20 3. Falência ....................................................... 26
13.5. Capital da sociedade anônima ............20 3.1. Conceito ............................................... 26
13.6. Acionista remisso (arts. 106 e 107, LSA) 3.2. Legitimidade ativa ................................ 26
....................................................................21
3.3. Fundamento do pedido ........................ 26
13.7. Valores mobiliários da companhia......21
3.4. Resposta do devedor ............................ 27
13.8. Assembleia Geral ................................21
3.5. Arrecadação dos bens do falido (arts. 108
13.9. Administração da SA ...........................21 a 115, LF) ..................................................... 27
2
3.6. Investigação dos atos anteriores à falência
....................................................................27
3.7. Pedido de restituição (arts. 85 a 93 do
NCPC)...........................................................27
3.8. Realização do ativo (arts. 139 a 148, LFRJ)
....................................................................28
3.9. Verificação e habilitação de créditos ....28
10. Pagamento dos credores .......................29
11. Encerramento do processo falimentar
(arts. 155 a 157, LFRJ) ..................................29
12. Extinção das obrigações do falido (art. 158,
LFRJ) ............................................................29

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I - Teoria Geral do Direito Empresarial c) Informalismo
d) Fragmentarismo: existência de vários sub-
1. Conceito e nomenclatura ramos, como p. ex., societário, falimen-
tar...
1) Direito Mercantil
e) Elasticidade: constante processo de mu-
• Fase das Corporações de Ofício. dança.
• Ausência de codificações.
• Direito consuetudinário e corporativista. 4. Princípios do Direito Empresarial
• Critério era o SUJEITO: as Corporações de 4.1. Função social da empresa
Ofício.
• ORDEM ECONÔMICA: direito de proprie-
2) Direito Comercial (França) dade + função social da propriedade = fun-
ção social da empresa.
• Teoria dos atos de comércio.
• DIREITO PRIVADO: Direito Comercial x Di- 4.2. Livre iniciativa
reito Civil. • Princípio fundamental do Direito Empresa-
• Atos de comércio previstos em lei (rol de rial.
condutas típicas): quem os praticava era • Está no caput e no § único do art. 170 da
comerciante, regido pelo Direito Comer- CF/88.
cial; os demais eram disciplinados pelo Di-
reito Civil. CRÍTICA: esse critério deixava 4.3. Livre concorrência
inúmeras atividades fora do Direito Comer- • Art. 170, IV, CF/88.
cial, acarretando uma disciplina não isonô- • Como o Estado garante a livre concorrên-
mica do mercado. cia?
• Critério passa a ser o objeto: atos de co- ✓ Coibindo a concorrência desleal;
mércio. ✓ Reprimindo o abuso do poder eco-
nômico.
3) Direito Empresarial (Itália)
Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência
• Teoria da Empresa.
• Marco histórico: CC Italiano de 1942. Autarquia, c/ sta- Exerce a prevenção¹ e a re-
• Foco passa a ser o binômio empresa/em- CADE tus de agência re- pressão² de infrações con-
guladora tra a ordem econômica.
presário.
• Secretaria de Exerce a advocacia da con-
• Abandona-se o critério “MERCANCIA”, de Acompanhamento corrência: promoção de
modo que o Direito Empresarial passa a se Econômico. uma cultura da concorrên-
ocupar de toda e qualquer atividade eco- SEAE • Órgão do Minis- cia tanto perante o Poder
nômica organizada para a produção ou tério da Fazenda. Público quanto perante a
circulação de bens ou de serviços (966, sociedade civil.
CC).
¹ Prevenção = controle prévio de atos de concentra-
2. Conceitos de empresa e empresário ção empresarial.
² Repressão = investigação e punição das infrações
• Empresa é atividade. contra a ordem econômica.
a) Econômica: intuito lucro;
b) Organizada: articulação dos fato- 4.4. Tratamento favorecido das ME e EPP
res de produção (K, MDO, insumos • Receita bruta...
e tecnologia); a) ME = até 360 mil;
c) Voltada para a produção ou circu- b) EPP = entre 360 mil e 4,8 milhões.
lação de bens ou de serviços. • Quais vantagens?
• Empresário é quem exerce a atividade que a) Tributárias (SIMPLES);
constitui a empresa de modo profissional. b) Simplificação de algumas obriga-
ções trabalhistas;
3. Características do Direito Empresarial
c) Fiscalização prioritariamente ori-
a) Cosmopolitismo; entadora;
b) Onerosidade d) Vantagens em licitações;
4
e) Linhas de crédito especiais em 1. Responsabilidade
bancos públicos.
1. Empresário individual: ilimitada e direta,
5. Fontes do direito empresarial brasileiro sem benefício de ordem (atenção para o
enunciado 5 das Jornadas de Direito Co-
Até 1850 Ordenações Filipinas
mercial)
Código Comercial de 1850
2. Sociedades empresárias: subsidiária
• Teoria dos atos de comércio,
Entre (com benefício de ordem) e limitada (em
• Rol exemplificativo dos atos de algumas espécies societárias).
1850/2002
comércio no Regulamento
737/1850 2. Profissionais intelectuais (ou liberais)
Código Civil de 2002
• Teoria da empresa • Não são considerados empresários pela lei
• Tentou a unificação formal do brasileira (966, § único, CC), mesmo que te-
direito privado brasileiro; nham intuito de lucro e contratem alguns
CC/02 • Revogou boa parte do Código auxiliares;
Comercial (permanece só a • Salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa = exploração em-
parte do comércio marítimo);
• Disciplina as regras gerais do Di- presarial da profissão.
reito Empresarial. Critérios:
1. Impessoalidade da prestação do
serviço;
Hoje, pode-se afirmar que o direito empresarial
2. Quando a organização dos fatores
brasileiro apresenta as seguintes fontes:
de produção passa a ser mais im-
1. CC/02;
portante que a atividade profissio-
2. Código Comercial de 1850 – comércio ma-
nal desenvolvida.
rítimo;
3. Absorção da atividade profissional
3. Legislação esparsa – (LFRJ e Lei 6.404/76,
pela econômica.
por exemplo);
4. Tratados e Convenções Internacionais;
5. Usos e costumes mercantis.
3. Inscrição
• REGRA (967, CC):
II - Espécies de Empresário ✓ É obrigatória.
Art. 966, CC: Considera-se empresário quem exerce... ✓ Antes de começar as atividades.
• profissionalmente ✓ Caráter declaratório.
• atividade econômica organizada ✓ Na Junta Comercial.
• para a produção ou a circulação ✓ Se não registra, não significa que
• de bens ou de serviços. não é empresário, mas apenas um
empresário irregular.
Pessoa ✓ Enunciados 198 e 199 das Jornadas
física de Direito Civil.
# possui CNPJ, Empresário • EXCEÇÃO: Empresário rural
mas não é individual
pessoa jurídica ✓ Registro facultativo.
Empresário # responsabili-
dade é direta
✓ Caráter constitutivo.
todos exercem...
✓ Também é feito na Junta.
# profissionalmente
✓ Enunciados 201 e 202 das Jornadas
# atividade
- econômica,
de Direito Civil.
Eireli
- organizada,
Pessoa 4. Empresário individual
# para a produção jurídica
ou a circulação de
# personalida- Sociedade 4.1. Impedimentos legais
bens ou de serviços de e patrimô-
empresária
nio próprios
# Benefício de conforme algum • Aplicam-se aos empresários INDIVIDUAIS:
ordem dos tipos alguns impedidos podem ser titulares de
societários
específicos EIRELI ou sócios de sociedades empresá-

5
rias, desde que não seja de responsabili- que não autorizados por es-
dade ilimitada, nem exerça poderes de ad- crito.
ministração. ▪ Atos praticados FORA obrigam
• Art. 972, CC: pleno gozo da capacidade ci- nos limites dos poderes conferi-
vil + ausência de impedimento legal. dos POR ESCRITO.
• IMPEDIMENTOS: • GERENTE é o preposto permanente.
✓ Normas de direito público. ✓ Seus poderes são amplos, salvo
✓ Visam a proteger a coletividade. quando a lei exige poderes especiais.
✓ Ex: “3 M” - magistrados, mem- ✓ Oposição de limitação a terceiros...
bros do MP, militares etc. ▪ Exige arquivamento do instru-
• Art. 973, CC: os legalmente impedidos res- mento na Junta,
pondem pelas obrigações assumidas. ▪ Salvo se provado que as limita-
ções eram conhecidas da pes-
4.2. A situação do incapaz (973, CC) soa que contratou com o ge-
rente.
Empresário
Sócio incapaz
individual incapaz 5. Sociedade empresária
Pode continuar a em- Pode constituir ou in-
presa, por meio de repre- gressar em sociedade já 5.1. Conceito
sentante ou devida- existente.
É a pessoa jurídica de direito privado (art. 44, II,
mente assistido.
CC), constituída sob a forma de sociedade (art. 981,
Somente nos casos de: Em qualquer situação.
Junta deverá registrar, CC), cujo objeto social é a exploração de uma ativi-
1. Incapacidade super-
veniente desde que... dade econômica organizada para a produção ou a
2. Sucessão causa mor- 1. Incapaz não exerça circulação de bens ou de serviços (art. 982, CC).
tis administração,
5.2. EIRELI
2. K totalmente inte-
gralizado. • É pessoa jurídica.
3. Assistência/repre- • Segundo a doutrina majoritária, não é em-
sentação. presário individual, tampouco sociedade
Necessidade de autoriza- Desnecessidade de auto- empresária (enunciado 3 das Jornadas de
ção judicial. rização judicial. D. Comercial e Enunciado 469 das Jornadas
de D. Civil).
4.3. Empresário individual casado (978, CC) • Criada com o fim de viabilizar a constitui-
• Regra que se aplica, evidentemente, só ao ção de uma pessoa jurídica sem a necessi-
empresário individual. dade de pluralidade de sócios.
• Pode alienar e gravar de ônus real os imó- • Enunciado 470 das Jornadas de D. Civil.
veis que integram o patrimônio da em-
presa. REGRAS BÁSICAS
✓ Qualquer que seja o regime de • 1 ÚNICA pessoa.
bens, • Capital totalmente integralizado.
✓ Sem necessidade de outorga con- • Maior ou igual a 100 SM.
jugal. • Nome empresarial obrigatoriamente constitu-
• Enunciado 58 das Jornadas de Direito Co- ído por firma ou denominação
mercial. +
EIRELI (no final)
4.4. Prepostos do empresário
• Pessoa só pode participar de 1 EIRELI.
• Preposto é o agente que auxilia o empresá- • Pode resultar de concentração, independente-
rio no desempenho de suas atividades. mente das razões.
• Responsabilidade do preposto... • Aplicam-se, no que couber, regras da socie-
✓ Art. 1178 = teoria da aparência dade da LTDA.
▪ Os preponentes são responsá-
veis pelos atos praticados DEN-
TRO do estabelecimento, ainda
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5.3.ME e EPP 2.2. Juntas Comerciais
• Não são tipos, mas qualificações jurídicas • Órgãos estaduais que exercem uma função
atribuídas a determinados empresários in- federal.
dividuais, sociedades empresárias ou EI- • Subordinação hierárquica híbrida:
RELI. a) No plano técnico, subordinam-se ao
• Até 360 k = ME DREI - questões que envolvem maté-
• Entre 360 k e 4,8 mi = EPP. ria técnica (discussão sobre a lisura
do ato da Junta) são de competência
5.4. MEI (microempreendedor individual)
da Justiça Federal.
• Mais uma qualificação jurídica: b) No plano administrativo, subordi-
a) Empresário individual que se en- nam-se à Administração Estadual –
quadre na definição do 966 do CC; questões que envolvem matéria ad-
b) Empreendedor que exerça suas ministrativa (disputas societárias en-
atividades no âmbito rural. tre particulares) são de competência
• Receita bruta até 81k. da Justiça Estadual.
5.5. Pequeno empresário 2.2.1. Atos de registro
• Art. 970 do CC.
a) Matrícula: ato de registro de alguns profis-
• Assim se qualifica... sionais específicos (ex: leiloeiro).
✓ apenas o empresário individual, b) Arquivamento: diz respeito aos atos cons-
✓ caracterizado como ME, titutivos do EI, da EIRELI e da sociedade
✓ que aufira renda bruta anual não empresária, bem como suas respectivas al-
excedente a 81k. terações.
• Exemplo de benefício: isenção de qualquer c) Autenticação: ato de registro que se refere
obrigação escritural. aos instrumentos de escrituração contábil
do empresário (livros) e dos agentes auxili-
III – Registro Empresarial
ares do comércio.
1. Introdução Características
• É obrigação de todo empresário, antes de • Juntas se limitam à análise das formalida-
iniciar suas atividades. des legais, sem ingressar no mérito do ato
• Enunciado 199 das Jornadas: “é requisito praticado;
delineador de sua regularidade”. • Publicidade: qualquer pessoa poderá con-
• Quem não registra é empresário e se sultar os assentos, sem necessidade de
submete às regras do regime jurídico comprovar seu interesse.
empresarial, mas sofre algumas conse- • Decisão em regra é singular.
quências (ex: impossibilidade de requerer • STJ tem considerado ilegal a exigência de
recuperação judicial). Lembrar que o regis- certidão de regularidade fiscal para o regis-
tro, em regra, tem natureza declaratória. tro de alteração contratual.
2. Sistema Nacional de Registro de Em- Prazo para registro = 30 dias.
presas Mercantis – SINREM • Se levado a registro dentro desse prazo, há
efeito retroativo (ex tunc);
2.1. Estrutura • Se levado a registro fora do prazo, o ato
produz efeito ex nunc, isto é, só se torna
Departamento de Re- eficaz a partir do seu deferimento.
gistro Empresarial e Juntas Comerciais
Integração - DREI
IV – Estabelecimento Empresarial
Órgão central, de âmbito Órgão local, de âmbito es-
federal. tadual. Cada Estado possui 1. Conceito
sua Junta Comercial.
Principal função é a nor- Principal função é a de exe- • Art. 1142, CC: todo complexo de bens or-
matização do registro em- cutar e administrar os atos ganizado, para exercício da empresa, por
presarial, no plano técnico. e serviços de registro. empresário, ou por sociedade empresária.
• É, assim, o conjunto de bens (materiais ou
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imateriais) que o empresário organiza e Principais regras
utiliza no exercício da sua atividade.
• Eficácia perante TERCEIROS: averbação na
• Tanto o estabelecimento quanto o ponto
Junta + publicação na imprensa oficial.
empresarial são penhoráveis.
• Não se confunde com patrimônio do em- • Se ao alienante não restarem bens suficientes
presário... para solver o seu passivo, a EFICÁCIA da aliena-
ção do estabelecimento depende...
Patrimônio Estabelecimento
Todo o conjunto de bens, Conjunto de bens,
a) Do pagamento de TODOS os credores ou
direitos, ações, posse e materiais ou imateri- b) Do consentimento (expresso ou tácito)
tudo o mais que pertença a ais, que guardam um de todos eles, em 30 dias a partir da no-
uma pessoa física ou jurí- liame com o exercício tificação.
dica e que seja suscetível da atividade-fim do • Sucessão empresarial (sistemática que só se
de apreciação econômica. empresário. aplica às dívidas negociais, excluídas as tributá-
rias ou trabalhistas).
2. Natureza jurídica
• Adquirente responde pelos débitos ante-
• Prevalecem na doutrina as teorias univer-
riores, desde que regularmente contabi-
salistas: estabelecimento é universali-
lizados,
dade de bens.
• Devedor primitivo continua solidaria-
• Universalidade de direito ou de fato? Dou-
mente obrigado pelo prazo de 1 ano...
trina majoritária entende que é universa-
▪ A partir da publicação, quanto
lidade de fato.
aos vencidos,
3. Trespasse ▪ A partir do vencimento, quanto
aos demais.
• É o negócio jurídico que envolve o estabe-
lecimento empresarial como um todo. É • Sub-rogação contratual é a regra, salvo os ne-
possível a alienação isolada de bens com- gócios que ostentem caráter pessoal.
ponentes do estabelecimento, mas é certo • Cláusula de não concorrência
que esse negócio não recebe o nome de ✓ A não concorrência é a regra: objetivo é
trespasse. evitar o desvio de clientela.
✓ Contrato pode prever o contrário, desde
que expressamente.
✓ Prazo de 5 anos após a transferência.

4. Aviamento e clientela
Aviamento
Clientela
(goodwill of a trade)
Aptidão que um determi- Conjunto de pessoas que
nado estabelecimento mantém com o empresá-
possui para gerar lucros rio ou sociedade empre-
ao exercente da em- sária relações jurídicas
presa. constantes.
a) Objetivo: quando deri- É uma manifestação ex-
vado de condições obje- terna do aviamento.
tivas (ex: ponto). Proteção jurídica se dá
b) Subjetivo: quando de- pelas normas do direito
rivado de condições sub- concorrencial e pelos di-
jetivas (ex: especial habi-
versos institutos jurídicos
lidade do empresário). que viabilizam a livre ini-
ciativa e a livre concor-
rência.
Não são elementos do estabelecimento, mas um atri-
buto ou uma qualidade dele.

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V – Nome Empresarial 5. Espécies

1. Conceito Art. 1155 do CC

Expressão que identifica o EI, a EIRELI e a sociedade Firma Denominação

empresária como sujeitos de direitos e obrigações Tem um nome civil como Pode ter expressão lin-
nas relações jurídicas que firmam diariamente em núcleo, escrito por ex- guística qualquer como
decorrência do exercício da atividade empresarial. tenso ou abreviado. núcleo.
A indicação da atividade A indicação da atividade
2. Proteção empresarial exercida empresarial exercida pe-
pelo titular é facultativa. lo titular é obrigatória.
• Deve constar do ato constitutivo do em-
presário. Regras
• A proteção se inicia a partir do arquiva-
1. Sociedade em conta de participação não
mento desse ato constitutivo na Junta Co-
pode ter nome empresarial.
mercial competente.
2. Empresário individual só pode adotar
• Proteção é restrita ao território da Junta
firma (art. 1156, CC) – nesse caso, tem-se
Comercial em que foi registrado.
firma individual.
3. Sociedades com sócios de responsabili-
3. Princípios
dade ilimitada (em nome coletivo e em co-
a) Veracidade: nome empresarial não pode mandita simples) também só podem ado-
conter informação falsa (ex: obrigatorie- tar firma – nesse caso, tem-se firma social.
dade de se retirar da firma o nome do sócio • Só pode figurar na firma o nome
falecido, cf. art. 1165 do CC). dos sócios com responsabilidade
b) Novidade: proibição de se registrar um ilimitada.
nome empresarial igual ou muito parecido • Aquele cujo nome figurar fica soli-
com outro já registrado na mesma Junta dária e ilimitadamente responsá-
(art. 1163 do CC). vel.
4. Sociedade limitada pode adotar firma ou
4. Outros elementos identificadores denominação + a palavra “limitada” (ou
a) Marca ltda) ao final.
✓ Sinal distintivo visualmente percep- 5. Sociedade anônima só pode usar denomi-
tível que identifica produtos ou ser- nação.
viços de um determinado empresá- • Denominação + objeto social + So-
rio. ciedade anônima (SA) ou Compa-
✓ Registro no INPI nhia (Cia).
✓ Disciplina afeta ao Direito da Propri- • Companhia (Cia) nunca no final.
edade Industrial. 6. Eireli e comandita por ações podem adotar
firma ou denominação + as palavras Ei-
b) Nome de fantasia
reli/Comandita por ações AO FINAL.
✓ Expressão que identifica o título do
estabelecimento, sobretudo perante
o público consumidor.
✓ Pode ou não conter elementos do
nome empresarial.
c) Nome de domínio
✓ É o site na internet.
✓ Enunciado 7 das Jornadas de Direito
Comercial: o nome de domínio inte-
gra o estabelecimento empresarial.

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VI – Escrituração Empresarial

1. Obrigação legal
• Art. 1179, CC.
✓ Obrigatoriedade que alcança
TODO EMPRESÁRIO (EI, Eireli e so-
ciedade empresária).
• Livros empresariais: só aqueles que o em-
presário escritura por força de legislação
empresarial (não inclui, portanto, livro de-
corrente de legislação trabalhista ou tribu-
tária).
• Único livro obrigatório comum a todo e
qualquer empresário é o livro diário.
• Livros facultativos:
a. Caixa
b. Estoque
c. Razão
d. Borrador
e. Conta Corrente
• Há livros específicos para certos empresá-
rios (ex: Livro de Registro de Duplicadas).

2. Formalidades da escrituração
• Escrituração é tarefa que e a lei atribui a
contabilista (art. 1182, CC).
• Regularidade da escrituração exige a obe-
diência a requisitos intrínsecos (art. 1183,
CC) e extrínsecos (termos de abertura e de
encerramento, autenticação da Junta).

3. Proteção legal dos livros empresariais


• Garantia de sigilo (art. 1190, CC), salvo ex-
ceções legais (ex: autoridades fazendárias,
cf. art. 1193 do CC e S. 439 do STF).
• Exibição dos livros empresariais...
Total Parcial
A requerimento Pode de ofício.
Somente nos casos expressa- Qualquer pro-
mente previstos em lei (420, cesso.
NCPC e 1191, CC, p. ex.).

4. Eficácia probatória dos livros


Contra o empresário A favor do empresá-
(Art. 417, CC) rio
(Art. 418, CC)
Independe da regulari- Só se os livros estiverem
dade da escrituração, regularmente escritura-
mas o empresário pode dos e se tratar de litígios
fazer prova em contrário. entre empresários.

10
VII – Direitos industriais 3. Patentes e registros
1. Propriedade intelectual Patente
Invenção Modelo de utilidade
Não há um conceito legal Aprimormento de algo
Direito autoral ou doutrinário. que já existe.
• Novidade • Novidade
• Atividade inventiva; • Atividade inventiva;
Direitos de • Aplicação industrial. • Aplicação industrial.
Direito
propriedade industrial • Melhoria funcional
intelectual 20 anos 15 anos
Outros direitos - do depósito; - do depósito;
sobre bens - improrrogáveis. - improrrogáveis.
imateriais Prazo mínimo = 10 anos, Prazo mínimo = 7 anos, a
a partir da concessão. partir da concessão.
2. Legislação específica • É de titularidade do autor do invento.
• Sistema first do file (1° a registrar = depósito mais an-
• Art. 5°, XXIX, CF/88: “a lei assegurará aos tigo).
autores dos inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como Requisitos comuns da patente:
proteção às criações industriais, à proprie- 1. Novidade: o invento não está compreen-
dade das marcas, aos nomes de empresas dido no estado da técnica.
e a outros signos distintivos, tendo em 2. Atividade inventiva: o invento não de-
vista o interesse social e o desenvolvi- corre de maneira evidente, óbvia, comum
mento tecnológico e econômico do País”. ou vulgar do estado da técnica.
• Lei 9.279/96 – Lei de Propriedade indus- 3. Aplicação industrial: o invento pode ser
trial (LPI). utilizado ou produzido em algum tipo de
✓ Disciplina a concessão de 4 direitos indústria.
industriais:
Registro
1. Patente de invenção
2. Patente de modelo de utilidade Desenho Industrial Marca
3. Registro de desenho industrial Art. 95, LPI: forma plástica or- Art. 122, LPI: sinal distin-
namental ou o conjunto de li- tivo visualmente perceptí-
4. Registro de marca. nhas e cores que possa ser apli- vel, não compreendido
➔ Art. 5°, LPI. Todos são bens cado a produto, proporcio- nas proibições legais.
móveis, podendo ser negocia- nando resultado visual novo e # Marcas sonoras, olfa-
dos (cessão, licença etc). original na sua configuração ex- tivas ou gustativas
terna e que possa servir de tipo NÃO!
✓ Estabelece a repressão de 2 tipos de fabricação industrial.
de conduta empresarial: • Novidade • Distintividade: a
1. Falsa indicação geográfica, • Originalidade marca deve ser indivi-
2. Concorrência desleal. • Aplicação industrial dualizadora do pro-
Desenho industrial (DI) ≠ duto ou do serviço. Por
Modelo de utilidade (MU): o isso, há inúmeras veda-
MU requer melhoria funcio- ções legais (124, LPI).
nal, o DI tem função estética.
10 anos 10 anos
- do depósito; - da concessão;
- prorrogáveis por 3 x 5 - prorrogáveis por pe-
anos. ríodos de 10 anos, sem
limite.
Não há previsão de prazo mí- Não há previsão de
nimo. prazo mínimo.
Espécies:
• marca de produto/ser-
viço,
• marca de certificação,
• marca coletiva.
11
Licenças da patente Teoria Geral do Direito Societário
A licença da patente pode ser...
1. Conceito de sociedade
a) Voluntária
✓ Via contrato, Pessoa jurídica de direito privado (art. 44, CC), de-
✓ Remuneração se chama royalty; corrente da união de pessoas, que possui fins
b) Compulsória econômicos, ou seja, é constituída com a finalidade
✓ Quem pode conceder? de exploração de uma atividade econômica e re-
i. INPI (art. 68, LPI) partição dos lucros entre seus membros.
ii. PE Federal (emergência nacio-
nal / interesse público) 1.1. Características distintivas da associação
✓ Características a) Finalidade econômica
i. Sem exclusividade; b) Intuito lucrativo.
ii. Vedado o sublicenciamento.
1.2. Art. 981, CC
“Celebram contrato de sociedade as
pessoas¹ ² que reciprocamente se
obrigam a contribuir, com bens ou ser-
viços³, para o exercício de atividade
econômica e a partilha, entre si, dos
resultados”.
¹ Pessoas = pessoas físicas e pessoas jurídicas (hol-
ding PURA [objeto social é apenas participar de ou-
tras sociedades] ou MISTA [também explora ativi-
dade econômica]).
² A expressão “pessoas” no plural também sugere
pluralidade de sócios. Exceções:
a) Subsidiária integral;
b) Sociedade unipessoal de advocacia.
³ Contribuição com serviços.
✓ Em regra é possível.
✓ Exceções:
x Ltda,
x SA.

2. Classificações das sociedades


2.1. Quanto ao OBJETO
Sociedade empresária Sociedade simples
Objeto é o exercício de em- Objeto é o exercício de
presa (atividade econômica atividade não empre-
organizada p/ produção ou sarial (ex: profissão in-
circulação de bens/serviços). telectual dos respecti-
vos sócios).
Tipicidade (art. 983, CC): (1) Atipicidade, mas pode
sociedade em nome cole- optar por um dos 5 ti-
tivo, (2) sociedade em co- pos legais.
mandita simples, (3) socie- Quando não opta por
dade em comandita por um dos tipos, chama-se
ações, (4) sociedade LTDA e sociedade simples
(5) SA. pura.
Registro na Junta Comercial. Registro no Cartório.
SA sempre será sociedade Cooperativa sempre
empresária. será sociedade simples.

12
2.2. Quanto à RESPONSABILIDADE dos sócios • Antes dele, porém, a sociedade existe,
como sociedade em comum.
Ilimitada Limitada Mistas
Ex: Ex: Ex: 3.2. Desconsideração da personalidade jurí-
a) Em nome a) Ltda. a) Comandita dica
coletivo b) SA simples
b) Comandita • Art. 1024 do CC: regra da autonomia patri-
por ações monial das sociedades/benefício de or-
dem.
2.3. Quanto ao REGIME DE CONSTITUIÇÃO E • 1ª previsão legal = CDC (Lei 8078/90).
DISSOLUÇÃO • Na sequência: Lei Antitruste e Lei dos Cri-
mes Ambientais.
Contratuais Institucionais
• Regra geral = art. 50, CC.
Constituídas por um con- Constituídas por um ato
trato social e dissolvidas institucional ou estatutá- 3.2.1. Teoria maior x Teoria menor
segundo as regras do CC. rio e dissolvidas segundo
Teoria maior Teoria menor
as regras da Lei 6404/76.
Ex: Ltda. Ex: SA. Requer abuso da perso- Basta o mero prejuízo
nalidade jurídica: desvio do credor = insolvência
2.4. Quanto à COMPOSIÇÃO de finalidade ou confu- da pessoa jurídica.
são patrimonial.
De pessoas De capital
Regra geral do CC. CDC, Direito Ambiental.
É marcante a presença da As características pes- STJ: mera dissolução ir-
affectio societatis, de soais dos sócios são ir- regular da pessoa jurí-
modo que as característi- relevantes para a for- dica não permite des-
cas pessoais dos sócios são mação do vínculo soci- consideração.
determinantes para a for- etário, sendo livre a en-
mação do vínculo societá- trada de estranhos no Efeitos da desconsideração
rio, sendo a entrada de es- quadro social. a) Superação episódica da personalidade jurí-
tranhos no quadro social dica (lift the veil);
dependente da anuência b) Efeitos adstritos ao caso concreto;
dos demais. c) Possibilidade de execução daqueles sócios
Ex: Ltda. Ex: SA. que se beneficiaram do uso abusivo da per-
sonalidade jurídica (e não de TODOS os só-
3. Sociedade exploradora de atividade ru- cios!).
ral (art. 984, CC)
3.2.2. Desconsideração inversa
“A sociedade que tenha por objeto o • Afasta-se a personalidade para que a pes-
exercício de atividade própria de em- soa jurídica responda por dívida dos sócios.
presário rural e seja constituída, ou • Há previsão expressa no NCPC.
transformada, de acordo com um dos
tipos de sociedade empresária, pode, 3.2.3. Incidente de desconsideração da perso-
com as formalidades do art. 968, re- nalidade jurídica
querer a inscrição no Registro Público
Vide QBook de Processo Civil
de Empresar Mercantis da sua sede,
caso em que, depois de inscrita, ficará 4. Sociedades dependentes de autoriza-
equiparada, para todos os efeitos, à ção (arts. 1123 a 1141, CC)
sociedade empresária.
• Competência para autorizar = sempre do Po-
• Portanto, o registro é...
der Executivo federal (art. 1123, § único, CC);
✓ Facultativo,
• Sociedade estrangeira (art. 1134, CC)...
✓ Constitutivo.
✓ Depende de autorização do Poder
3.1. Personalização das sociedades Executivo para funcionar no país;
✓ Mas pode ser acionista de SA brasi-
• O registro demarca apenas o início da per-
leira, ressalvados os casos previstos
sonalidade jurídica (requisito delineador
em lei.
de regularidade).
13
5. Sociedade entre cônjuges aplicam-se, por analogia, às demais socie-
• Podem contratar sociedade dades naquilo em que o Código Civil for
✓ Empresária ou simples; omisso.
✓ Entre si ou com terceiros; 7.1. Espécies
✓ Ressalvados os “regimes extre-
mos”: comunhão universal e se- Transfor- Incorpo-
Fusão Cisão
paração obrigatória. mação ração
▪ Limitação que se aplica so- Mudança Uma ou Transferên-
mente à constituição de socie- no tipo soci- mais socie- cia do patri-
etário. dades são mônio de
dade ENTRE OS CÔNJUGES.
absorvidas A+B=C uma socie-
▪ Enunciado 204 das Jornadas
por outra. dade p/ ou-
de Direito Civil: só atinge as tra.
sociedades constituídas após Independe Acarreta a A e B se Pode ser
a vigência do CC/02. de dissolu- extinção da extinguem feita p/ soci-
▪ Enunciado 205 das Jornadas ção ou liqui- sociedade p/ formar edade nova
de Direito Civil: Abrange a par- dação da so- incorpo- ou já exis-
C.
ciedade. rada. tente.
ticipação originária (já na
Regula-se Aprovação Aprovação
constituição) e a derivada
pelas regras na forma es- na forma es-
(veda o ingresso de sócio ca- do tipo em tabelecida tabelecida
sado em sociedade de que já que vai se para os res- p/ os res-
participa outro cônjuge). converter. pectivos ti- pectivos ti-
pos. pos.
6. Sociedade cooperativa Depende da Todas as so- Todas as so-
anuência de ciedades ciedades
• Regime jurídico: Lei 5764/71; art. 5°, XVIII, TODOS os envolvidas envolvidas
CF/88; CC/02. sócios, salvo devem devem
• São sempre sociedades simples. se prevista aprovar aprovar
• Características: no ato cons- (quórum = (quórum =
titutivo. 3/4). 3/4).
1. Variabilidade ou dispensa de K social;
O dissidente
2. N° mínimo de sócios (sem n° máximo); pode reti-
3. Limitação do valor da soma de cotas rar-se da so-
por sócio; ciedade.
4. Intransferibilidade das cotas, ainda Transforma- A incorpora- A sociedade
que por herança); ção não mo- dora sucede resultante
difica nem a(s) incor- sucede as
5. Quorum conforme n° de sócios pre-
prejudica o porada(s) sociedades
sentes;
direito dos em todos os fundidas em
6. Direito de cada sócio a um só voto; credores. direitos e todos os di-
7. Distribuição dos resultados proporcio- obrigações. reitos e
nal às operações realizadas; obrigações.
8. Indivisibilidade do fundo de reserva,
ainda que em caso de dissolução. COLIGAÇÃO
• Responsabilidade pode ser limitada ou ili- de simples
mitada. Controlada Filiada participa-
• Aplicação supletiva das regras da socie- ção
dade simples. Outra sociedade Outra sociedade Outra socie-
possui maioria de possui 10% ou dade possui
7. Operações societárias votos + poder de mais do K so- menos de
• Enunciado 70 das Jornadas de Direito Civil:
eleger a maioria cial, sem con- 10% do K
dos administrado- trole. com direito
As disposições sobre incorporação, fusão e res. de voto.
cisão previstas no Código Civil não se apli-
cam às sociedades anônimas. As disposi-
ções da Lei n. 6.404/76 sobre essa matéria

14
TIPOS SOCIETÁRIOS sociedade fica excluído do benefício de or-
dem.

Em comum 8.2. Sociedade em conta de participação


Não
personificadas Em conta de Sócio ostensivo Sócio participante
Sociedades
participação Exerce a atividade consti- Participa do resultado,
tutiva do objeto social sem praticar atos pró-
Simples em seu nome individual. prios da gestão social,
sob pena de também res-
Em nome ponder solidariamente.
coletivo Obriga-se perante tercei- Obriga-se perante o só-
Em comandita ros (vale notar que não é cio ostensivo, nos termos
simples a sociedade). do contrato social.
Personificadas
Falência acarreta dissolu- Falência sujeita o con-
Limitada ção e liquidação da socie- trato social às normas
dade, cujo saldo consti- que regulam os efeitos
Em comandita tuirá crédito quirografá- da falência nos contratos
por ações rio. bilaterais do falido.
Anônima - SA • Constituição da sociedade...
➢ Independe de qualquer formalidade;
8. Sociedades não personificadas ➢ Pode provar-se por todos os meios.
• Registro do contrato não confere persona-
• Enunciado 208 das Jornadas de Direito Ci- lidade jurídica à sociedade.
vil. As sociedades não personificadas po-
dem desenvolver atividades empresariais 9. Sociedades contratuais
ou civis. Em ambos os casos, aplica-se o re-
a) Simples pura
gime previsto nos arts. 986 a 996 do CC.
b) Em nome coletivo

8.1. Sociedade em comum c) Em comandita simples


d) Limitada
• É aquela que ainda não inscreveu seus atos
constitutivos. 9.1. Natureza jurídica do contrato social
• Como o registro é que atribui personali-
• Teorias
dade jurídica (985, CC), a sociedade em co-
a) Contrato social como ato complexo,
mum é despersonificada.
b) Contrato social como ato de fundação,
• Apenas as sociedades contratuais podem
c) Contratualista: contrato social é um
ser qualificadas como sociedades em co-
contrato sui generis (plurilateral), cu-
mum. Sociedades por ações submetem-se
jas principais características são:
a regime próprio e, portanto, não podem
✓ Várias pessoas podem tomar
ser assim qualificadas.
parte,
• Distinção:
✓ Affectio societatis.
Não possui contrato ✓ Plurilateralidade: direitos e de-
de fato escrito
Sociedade veres não somente entre só-
Há contrato, mas
irregular ainda não registrado cios, mas também em relação a
todas as pessoas que compõem
• Prova da existência da sociedade... a sociedade.
a) Sócios (entre si ou com terceiros):
somente por escrito 9.2. Formalidades (art. 997 do CC)
b) Terceiros: qualquer modo.
• O rol do art. 997 do CC é exemplificativo.
• Bens e dívidas constituem patrimônio es-
pecial e os sócios são titulares em comum.
9.3. Registro (art. 998 do CC)
• Todos os sócios respondem solidária e ili-
mitadamente. Aquele que contratou pela • Na Junta Comercial ou no Cartório (a de-
pender do objeto social).
15
• Nos 30 dias seguintes à constituição. 5. O art. 1015, § único, do CC consagra a teo-
ria dos atos ultra vires, segundo a qual a
9.4. Capital social sociedade não responde pelos atos prati-
• É o montante de contribuições dos sócios cados com excesso de poderes por seus ad-
para a sociedade, a fim de que ela possa ministradores.
cumprir seu objeto social. CRÍTICA DOUTRINÁRIA – Enunciado 11 das
• Em dinheiro ou quais outros bens, inclusive Jornadas de Direito Comercial: a regra do
imateriais, desde que suscetíveis de avalia- art. 1015, § único, do CC deve ser aplicada
ção pecuniária. à luz da teoria da aparência e do primado
da boa-fé objetiva, de modo a prestigiar a
9.5. Subscrição e integralização segurança do tráfego social. As sociedades
se obrigam perante os terceiros de boa-fé.
• Subscrever = adquirir cotas da sociedade.
No mesmo sentido já decidiu o STJ, afir-
• Integralizar = pagamento pela aquisição,
mando que a boa-fé do credor da socie-
que pode se dar com:
dade deve ser protegida, aplicando-se a te-
✓ Dinheiro
oria da aparência, especialmente quando
✓ Bens
o ato ultra vires do administrador acarre-
▪ Suscetíveis de avaliação,
tou proveito aos demais sócios.
▪ Sócio responde pela evicção
e pela solvência do devedor.
9.7 Responsabilidade dos sócios pelas dívi-
✓ Serviços
das sociais
▪ Salvo na sociedade Ltda.,
▪ Sócio não pode empregar-se • É sempre subsidiária em relação à socie-
em outra atividade. dade (benefício de ordem, cf. 1024 do CC).
• Sócio remisso: aquele que está em mora • Esgotados os bens da sociedade, a respon-
quanto à integralização de suas cotas. sabilidade do sócio varia conforme o tipo:
✓ Pode ser excluído da sociedade Em regra, responsabilidade
(administrativamente, mediante Sociedade
dos sócios é ilimitada, mas não
decisão da maioria dos demais só- simples pura
solidária (1023, CC).
cios) ou ter sua quota reduzida ao Sociedade em Todos respondem de forma ili-
montante já realizado. nome coletivo mitada e solidária (1039, CC).
Sociedade em Apenas os comanditados res-
9.6. Administração da sociedade (arts. 1010 a comandita ponderão de forma ilimitada e
1021 do CC) simples solidária (1045 do CC).
Nenhum sócio responderá,
Observações importantes:
salvo se o K não estiver inte-
1. A sociedade contratual, independente- Sociedade
limitada
gralizado, caso em que todos
mente do tipo, não pode ser administrada
respondem solidariamente
por pessoa jurídica (997, VI, CC: “pessoas pela integralização (1052, CC).
naturais...”).
2. Designação do administrador pode ser
feita...
✓ No contrato,
✓ Em separado, seguida de averba-
ção (sob pena de responsabilidade
pessoal e solidária do administra-
dor – 1012, CC).
3. A administração da sociedade em nome
coletivo compete exclusivamente a sócios
(1042. CC).
4. Na sociedade em comandita simples, a ad-
ministração compete apenas aos sócios co-
manditados.

16
9.8. Exclusão de sócio 11. Sociedade em comandita simples
Art. 1030, CC Principais características
• Judicial; 1. Duas categorias de sócios
• Iniciativa da maioria dos demais Comanditados Comanditários
sócios; Pessoas físicas. Lei não especifica.
REGRA • Motivos: Responsáveis solidária e Obrigados tão somente
a) Falta grave no cumprimento ilimitadamente pelas pelo valor da sua cota.
de suas obrigações obrigações sociais
ou
2. Aplicam-se as normas da sociedade em
b) Incapacidade superveniente.
nome coletivo, no que for cabível.
Sócio Art. 1030, § único, CC
3. Só podem usar firma social, em que ape-
Falido ou 1. Exclusão de pleno direito
nas os nomes dos comanditados poderão
cota
constar.
liquidada
4. Administração compete somente aos só-
Sócio
Art. 1004, CC cios comanditados.
• Extrajudicial, 5. Comanditário pode ser constituído procu-
Remisso
• Por maioria absoluta. rador da sociedade...
Art. 1085, CC a. Para negócio determinado,
• Extrajudicial, b. Com poderes especiais.
Justa • Sócio minoritário,
causa • Atos de inegável gravidade que
(Hipótese
colocam em risco a continui-
exclusiva
da Ltda.)
dade da empresa (justa causa),
• Previsão expressa no contrato
da exclusão por justa causa.

10. Sociedade em nome coletivo


Principais características:
1. Somente pessoas físicas podem ser sócias;
2. Responsabilidade ilimitada e solidária de TO-
DOS os sócios.
a) Sócios podem limitar responsabili-
dade entre si, no ato constitutivo
ou por unânime convenção.
3. Regência subsidiária pelas normas da socie-
dade simples.
4. Deve sempre adotar firma social, por ser so-
ciedade de responsabilidade ilimitada.
5. Não admite pessoas com impedimento legal
para exercício de empresa como sócios (ex:
servidores públicos).
6. Administração compete exclusivamente a só-
cios (não se admite a designação de não só-
cios).

17
12. Sociedade limitada 12.5. Administração (arts. 1060 a 1065, CC)

12.1. Principais características • Designação do administrador


1. Contratualidade do ato constitutivo, Nomeação Destituição
2. Limitação de responsabilidade dos sócios, No Em ato
embora todos respondam solidariamente contrato separado
pela integralização do k social. Não sócios 1/2
Não faz
- unanimidade, se k Prazo unifi-
sentido
12.2. Legislação aplicável não integralizado; cado pela Lei
falar-se
- 2/3, se k integrali- 13.792/19
1º. Normas próprias (1052 a 1087 do CC); em fra-
zado.
2º. Aplicação subsidiária das normas da socie- ção
dade simples; Sócios → 1/2
3º. Regência supletiva das normas da SA, se o
contrato social assim prever. Obs.: não ex-
12.6. Conselho Fiscal (CF)
clui a aplicação subsidiária das normas da 1. Órgão facultativo da sociedade Ltda.
sociedade simples. 2. Órgão heterogêneo: o CC assegura aos só-
cios minoritários que representem pelo
12.3. Cotas sociais menos 1/5 do K social o direito de eleger,
1. Não há um valor predeterminado para as separadamente, um dos membros do Con-
cotas; selho Fiscal e o respectivo suplente.
2. Não se exige integralização de percentual 3. O rol de atribuições é exemplificativo.
mínimo; 4. As atribuições outorgadas ao CF não po-
3. Não existe prazo para a efetiva integraliza- dem ser conferidas a nenhum outro órgão
ção; da sociedade.
4. Não se exige um K mínimo;
5. Não se admite a contribuição em serviços, 12.7. Deliberações
nem com a destinação de lucros futuros. 1. O rol do art. 1071 do CC é exemplificativo.
6. Pela exata estimação dos bens, respondem 2. Existem 2 regimes para a tomada de deci-
solidariamente TODOS os sócios, até o sões na sociedade Ltda.
prazo de 5 anos da data do registro. Assembleia Reunião
7. A cotas podem ser iguais ou desiguais, mas Regime legal. Regime contratual.
são indivisíveis. Obrigatório nas sociedades Facultativo nas socieda-
8. Admite-se a existência de cotas preferen- com mais de 10 sócios. des com até 10 sócios.
ciais na sociedade Ltda., quando ela adota Nem toda deliberação social é tomada em reunião ou
a regência supletiva da LSA. assembleia → Art. 1073, § 2°, CC.

12.4. Cessão de cotas (art. 1057, CC) 12.8. Alteração do capital social da sociedade
Ltda.
a) A sócio: independentemente de audiência
dos outros sócios; a) AUMENTO: integralizadas as cotas, o K so-
b) A estranhos: se não houver oposição de cial pode ser aumentado, com a correspon-
mais de 1/4 do k social. dente modificação do contrato.
➔ Disso resulta que a sociedade Ltda. b) DIMINUIÇÃO: A sociedade pode reduzir o
pode ser de pessoas (quando o ingresso k social em 2 casos...
de estranhos é obstado) ou de capital 1º. Perdas irreparáveis (aqui, apenas
(quando o ingresso de pessoas é admitido). depois de integralizado)
➔ Obs. Se o contrato social contiver cláu- 2º. Se excessivo em relação ao objeto.
sula determinando a regência supletiva da
12.9. Dissolução (arts. 1033 a 1035 do CC),
LSA, a sociedade Ltda. pode adquirir suas
além da falência.
próprias cotas, observadas as condições
• Com o ato de dissolução (distrato ou deci-
legalmente estabelecidas, fato que não lhe
são judicial, p. ex.), a sociedade não perde
confere a condição de sócia. No mesmo
automaticamente a personalidade jurídica.
sentido o art. 861, § 1°, do NCPC.

18
• Após o ato de dissolução e seu devido re-
gistro, inicia-se a fase de liquidação, assim
entendida aquela destinada à realização do
ativo (venda dos ativos e cobrança dos de-
vedores) e à satisfação do passivo, com o
pagamento dos credores.
12.9.1. Dissolução parcial das sociedades con-
tratuais
• Trata-se de construção doutrinária e juris-
prudencial, hoje admitida no CC (arts. 1028
a 1032) e regulada em procedimento espe-
cial pelo NCPC (arts. 599 a 609).
• Hipóteses:
a) Penhora de cota por dívida parti-
cular de sócio (1026, § único, CC);
b) Morte de sócio (1028, caput, CC);
c) Exercício do direito de retirada por
sócio (art. 1029, CC);
d) Exclusão de sócio (arts. 1004,
10030 e 1085 do CC).
• A dissolução parcial não acarretará a liqui-
dação da sociedade. Haverá apenas um
procedimento de apuração de haveres.

19
13. Sociedade Anônima ✓ A Cia não participa da relação, que se
estabelece entre o titular do valor
13.1. Conceito mobiliário e seu novo “dono”, que
Tipo de sociedade empresária, normalmente ado- paga o valor de mercado.
tado por grandes empreendimentos (em razão dos
13.4. Constituição da SA
instrumentos de autofinanciamento: abertura de k
e emissão de valores mobiliários), de natureza ca- 13.4.1. Requisitos preliminares
pitalista (sociedade de capital), identificada por de- 1. Subscrição, por pelo menos 2 pessoas, de
nominação, com capital dividido em ações, carac- TODAS as ações em que se divide o k social;
terizado pela responsabilidade limitada dos acio- 2. Entrada de pelo menos 10% em dinheiro;
nistas. 3. Depósito desse dinheiro no Banco do Brasil
13.2. Características da SA ou em outra instituição autorizada pela
CVM.
1. Natureza capitalista;
2. Essência empresarial; 13.4.2. Constituição da Cia aberta – subscrição
3. Identificação por denominação social; pública
4. Responsabilidade limitada dos acionistas.
Contratação de instituição financeira
13.3. Classificação • Serviço de underwriting: intermediação do
Cia fechada Cia aberta procedimento junto à CVM e posterior colocação
das ações junto aos investidores.
Não negocia seus va- Seus valores mobiliários são
lores mobiliários no admitidos à negociação no
mercado de capitais. mercado de capitais¹. Apresentação de estudo, projeto e prospecto
¹ A autorização para comercialização dos valores à CVM
mobiliários no mercado de capitais é concedida
pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
Autorização pela CVM
• A abertura de capital (IPO) é importante
instrumento de captação de recursos.
13.3.1. Bolsa de valores x Mercado de balcão Subscrição de todo capital social
• Bolsa de valores: entidade privada for-
mada por sociedades corretoras, responsá-
vel por manter local adequado à realização Realização da Assembleia de fundação
de operações de compra e venda dos valo- •Art. 86, LSA
res mobiliários emitidos pelas companhias.
• Mercado de balcão: compreende toda e
qualquer operação do mercado de capitais 13.4.3. Constituição da Cia fechada – subscri-
ção particular
realizada FORA da bolsa de valores.
• Há 2 formas (art. 88, LSA):
13.3.2. Mercado de capitais primário e secundário
a) Realização de assembleia de fun-
• Mercado de capitais primário dação pelos subscritores;
✓ Realiza operações de emissão e b) Lavratura de escritura pública em
subscrição de valores mobiliários; cartório → aqui, segue-se o
✓ A SA coloca no mercado valores mo- mesmo procedimento da subscri-
biliários novos; ção pública.
✓ Relação se estabelece entre a Cia e o
investidor, que paga o valor de emis- 13.5. Capital da sociedade anônima
são.
1. É possível a emissão de ações sem valor
• Mercado de capitais secundário:
nominal (art. 14, LSA), bem como a emis-
✓ Compreende as operações de com- são de ações com preço superior ao valor
pra e venda dos valores mobiliários; nominal.
✓ Operações com valores mobiliários
já existentes;
20
➔ O ágio será destinado à formação de re- • Valor nominal da ação = k social ÷ n° de
serva de capital. ações.
2. Princípio da intangibilidade do capital • Valor patrimonial da ação = patrimônio da
social: ao contrário do que acontece nas
Cia ÷ n° de ações.
sociedades contratuais de pessoas, é ve-
• Preço de emissão = valor que o acionista
dada a restituição aos acionistas de suas
entrega à Cia a título de contribuição ao k
contribuições para o k social.
social em caso de subscrição de ações.
3. A integralização pode ser feita...
a. Em dinheiro; 13.7.2. Outros valores mobiliários
b. Em qualquer espécie de bens.
Partes Bônus de
➔ Serviços NÃO. Debêntures
beneficiárias subscrição
13.6. Acionista remisso (arts. 106 e 107, LSA) Direito de cré- Direito de crédito Direito de subs-
dito CERTO EVENTUAL contra crever novas
13.7. Valores mobiliários da companhia
contra a Cia (tí- a Cia (participa- ações, em caso
13.7.1. Ação tulo executivo ção nos lucros de aumento do
• É o valor mobiliário mais importante da SA. extrajudicial) anuais) K social.
• São equiparadas a bens móveis.
• Classificação: 13.8. Assembleia Geral
• Órgão máximo de deliberação da SA.
Ordiná-
Preferenciais (PN) De fruição • Todos os acionistas podem participar da
rias (ON)
Conferem Conferem preferência Conferem so- AG, mesmo os que não têm direito a voto
direitos ou vantagem ao titu- mente direito (eles possuem direito a voz) – 125, § único,
normais. lar. de gozo. LSA.
A cada A vantagem pode ser São emitidas • Pode ser:
ação ordi- de natureza: em substitui- a) Ordinária → matérias do 132, LSA;
nária cor- a) econômica (17, LSA) ção a ações b) Extraordinária → nos demais casos.
responde 1 1. prioridade na distri- ON ou PN que
voto nas buição de dividendo, foram total- 13.9. Administração da SA
delibera- fixo ou mínimo; e/ou mente amor-
ções da AG 2. prioridade no reem- tizadas, con- A LSA adotou um
(110, LSA). bolso do k, com ou sem
ferindo aos Sistema de administração DUAL
prêmio. Conselho de
seus titulares Diretoria
b) política (18, LSA): di- Administração
meros direi-
reito de eleger, em vota-
ção separada, um ou
tos de gozo •Nas Cias abertas e nas Órgão obrigatório.
mais membros dos ór-
ou fruição de capital autorizado é
gãos da administração. (44, § 5°, LSA). órgão obrigatório;
• Nas demais é órgão
Em contrapartida, as
facultativo.
ações PN podem con-
ter restrições, inclu- Órgão de deliberação
sive quanto ao direito colegiada.
de voto¹ (111, LSA), Delibera sobre a gestão É o órgão realmente in-
desde que não incida dos negócios da SA (A AG cumbido de desempe-
nos direitos essenciais delibera sobre questões nhar, de maneira efetiva,
do 109, LSA. de interesse geral da a gestão dos negócios so-
Cia). ciais. Os diretores exer-
¹ O voto não é direito essencial do acionista, po-
cem a representação da
dendo ser eliminado ou restringido nas ações PN. Cia.
Ações nominativas Ações escriturais Membros podem ser acionistas ou não.
Aquelas que se transfe- Se transferem pelo lança-
rem mediante registro mento efetuado pela insti- 13.9.1. Deveres dos administradores:
levado a efeito em li- tuição depositária em seus a) Dever de lealdade (155, LSA)
vro específico escritu- livros. Não possuem certifi- b) Dever de informar (157, LSA)
rado pela Cia para tal fi- cado, nem se materializam
nalidade (31, LSA). num documento. • O que é insider trading? É o agente que usa de

21
informações internas e/ou sigilosas para obter van- ✓ Mas exige a ocorrência de dano.
tagem no mercado de capitais, violando o dever de • Espécies de poder de controle
lealdade para com a Cia (155, LSA). Consequências:
Totalitário Majoritário Minoritário Gerencial
a) Dever de indenizar a pessoa prejudicada
em compra e vende de valores mobiliários; Próprio das Poder de Próprio das O K social é
b) Crime previsto no art. 27-D da Lei 6385/76. Cias fecha- controle é Cias com de tal for-
das familia- exercido capital pul- ma disper-
13.9.2. Responsabilidade dos administradores res, todos pelo acio- verizado, o so e pulve-
os acionis- nista que que per- rizado que
• Art. 158, LSA: tas têm di- detém a mite com os verda-
✓ Quem responde pelo ato regular de reito de vo- maioria das que um aci- deiros con-
gestão é a própria Cia; to, sendo ações com onista mi- troladores
✓ Por meio da chamada ação de res- que todas direito a noritário da SA são
as ações voto. assuma o os adminis-
ponsabilidade, o administrador res-
são de titu- poder de tradores.
ponde civilmente pelos prejuízos laridade de controle.
quando proceder: 1 única pes- Acionistas
I – dentro de suas atribuições, com soa ou gru- são meros
po de pes- investido-
culpa ou dolo; res.
II – com violação da lei ou do esta- soas.
tuto.
13.12. Governança corporativa
13.10. Conselho Fiscal Movimento que visa a estabelecer padrões de ges-
tão para os negócios explorados pela sociedade
• Órgão de existência obrigatória, mas de
(especialmente as de capital aberto), padrões esses
funcionamento facultativo.
centrados, fundamentalmente, nos seguintes prin-
• Conforme o Estatuto, pode funcionar de
cípios:
modo permanente ou nos exercícios soci-
a) Transparência;
ais em que for instalado.
b) Equidade no tratamento entre acionistas;
• Membros são eleitos pela AG e podem ser
c) Prestação de contas confiável (accounta-
acionistas ou não.
billity);
• N° de membros = 3 a 5.
d) Responsabilidade corporativa.
13.11. Controle acionário
13.13. Tag along ou direito de venda conjunta
• Conceito de acionista controlador → Art. (art. 254-A, LSA)
116, LSA: pessoa natural ou jurídica, ou
• Instrumento de defesa dos acionistas mi-
grupo de pessoas vinculadas por acordo de
noritários.
voto, ou sob controle comum, que, cumu-
• Se o controlador quiser alienar suas ações,
lativamente...
o adquirente deverá se comprometer a ad-
a) REQUISITO OBJETIVO: é titular de direi-
quirir as ações com direito de voto dos mi-
tos de sócio que lhe assegurem, de modo
noritários que manifestem interesse em
permanente, a maioria dos votos na AG e o
vendê-las, pagando pelo menos 80% do
poder de eleger a maioria dos administra-
que pagou pelas ações do controlador.
dores;
b) REQUISITO SUBJETIVO: usa efetiva-
13.14. Oferta pública de ações – OPA (art. 257,
mente seu poder para dirigir as atividades
LSA)
sociais.
• O acionista controlador responde pelos 13.15. Acordo de acionistas ou contrato pa-
atos praticados com abuso de poder. rassocial (art. 118, LSA)
• Deve cumprir o objeto social e a função so-
• Pode tratar dos seguintes assuntos:
cial da Cia.
a) Compra e venda de ações;
• Responsabilidade → art. 117, LSA
b) Preferência para compra e venda
✓ Rol exemplificativo;
de ações;
✓ Independe da intenção do contro-
c) Exercício do direito de voto;
lador;
d) Exercício do poder de controle.
22
• Acordos de bloqueio: referem-se à negoci-
ação ou ao exercício do direito de prefe-
rência. Ex: lock up, pelo qual os acionistas
ficam impedidos de negociar suas ações
por um certo tempo.

13.16.Dissolução, liquidação e extinção (arts.


206 a 219, LSA)
• Obs.: O MP tem legitimidade para requerer
a liquidação judicial da Cia (209, II, LSA).
Art. 209. Além dos casos previstos no nú-
mero II do artigo 206, a liquidação será pro-
cessada judicialmente:
[...]
II - a requerimento do Ministério Público, à
vista de comunicação da autoridade compe-
tente, se a companhia, nos 30 (trinta) dias
subseqüentes à dissolução, não iniciar a li-
quidação ou, se após iniciá-la, a interromper
por mais de 15 (quinze) dias, no caso da alí-
nea e do número I do artigo 301.

13.16.1. Dissolução parcial da SA


Atualmente, o STJ admite a dissolução parcial da
SA, nos casos em que se verifique a presença de
vínculo intuitu personae (affectio societatis) e a
posterior quebra desse vínculo, por algum motivo.

14. Sociedade em comandita por ações


• Possui capital dividido em ações.
• Rege-se pelas normas da SA, com as modi-
ficações previstas no CC.
• Opera sob firma ou denominação.
• O acionista diretor é quem responde subsi-
diária e ilimitadamente pelas obrigações
sociais.

23
Falência e Recuperação Judicial 1.4. Aplicação subsidiária do NCPC (art. 189, LF)
• Duas observações principais
1. Teoria geral do direito falimentar 1º. É cabível o agravo de instrumento
1.1 Sujeição legal contra as decisões interlocutórias
proferidas no processo de falência e
• Empresários (inclusive EIRELI e Individual)
recuperação judicial (com base no §
• Sociedade empresária único do 1015 do NCPC).
➔ A lei não se aplica: 2º. Contagem de prazos
1. Devedores civis; ▪ Processuais (estritamente): dias
2. Cooperativas (em razão do art. 982, § úteis.
único, do CC), conforme já decidiu o ▪ Materiais: dias corridos. Ex: o
STJ; prazo do stay period (6º, § 4º,
3. EP e SEM, independentemente do ob- da LFRJ) deve ser computado
jeto (2°, I, LF) em dias corridos (Info 641, STJ).
4. Instituições financeiras e equiparadas
(2°, II, LF): submetem-se a procedi- 1.5. Administrador judicial
mento específico de liquidação extra- Atuação do administrador judicial...
judicial. Na falência Na recuperação judicial
Assume a adminis- Em princípio atua como au-
1.2. Foro competente tração da massa (22, xiliar e fiscal do devedor,
• Principal estabelecimento = local onde o III, c e n) que se mantém na adminis-
devedor concentra o maior volume de ne- tração da empresa.
gócios ou de onde partem as decisões em-
1.6. Comitê de credores
presariais (enunciado 466 das Jornadas de
Direito Civil da CJF). • Não é órgão obrigatório (28, LF).
• Se não existir, cumpre ao administrador ju-
1.3. Participação do MP dicial – ou ao juiz, em caso de incompatibi-
lidade – exercer as funções do Comitê.
• O art. 4° da LF foi VETADO. Ele dizia: “o re-
• Basicamente, incumbe ao Comitê a fiscali-
presentante do MP intervirá nos processos
zação do trabalho do administrador judicial
de recuperação judicial e de falência”. §
e o auxílio ao juiz do processo de falência
único: “além das disposições previstas
ou recuperação.
nesta Lei, o representante do PM intervirá
• Comitê não é remunerado pelo devedor ou
em toda ação proposta pela massa falida
pela massa. O que pode ter é o ressarci-
ou contra esta”.
mento das despesas.
• Assim, a atuação do MP no processo fali-
mentar e recuperacional está restrita aos 1.7. Assembleia Geral de Credores
casos em que a LF expressamente de-
• Instrumento de participação dos credores
terminar sua participação. Nesse sen-
no processo de falência e de recuperação
tido, inclusive, vem decidindo o STJ: “Com
judicial, valorizada pela Lei 11.101/05.
o advento da LFRJ, houve sensível altera-
• 4 Classes (41, LF):
ção desse panorama, sobretudo ante a
1º. “Trabalho”
constatação de que o número excessivo de
2º. “Real”
intervenções do MP vinha assoberbando o
3º. “Quirografários, especial, geral e
órgão e embaraçando o trâmite das ações
subordinados”
falimentares” (REsp 1.230.431/SP).
4º. “ME/EPP”.
• A LF teve o espírito de proporcionar maior
participação dos credores nos processos Observações:
de falência e de recuperação judicial, o que # Fazenda Pública não compõe a AG de
foi permitido, basicamente, a partir da cri- credores (6, § 6°, LF).
ação da AG de credores. Na mesma linha, # Credores com garantia real podem,
reduziu o intervencionismo judicial e so- eventualmente, participar de 2 classes
bretudo do MP. (2ª e 3ª), quando o crédito superar o
24
valor do bem gravado. plano especial.
• STJ: “as deliberações da AG são soberanas”.
2.3. Formalidades da petição inicial (PI)
# Logo, não pode o Judiciário rever o mérito
para, p. ex., considerar o plano inviável eco- • Art. 51, LF.
nomicamente. 2.4. Deferimento do processamento do pe-
# Nada impede, no entanto, que se faça um dido
controle de legalidade.
• Caso a PI esteja em desacordo com o art.
# STJ: “a assembleia de credores é soberana
51 da LF, deve-se determinar a emenda da
em suas decisões quanto aos planos de recu-
inicial.
peração judicial. Contudo, as deliberações
• CUIDADO: Deferimento do processamento
desse plano estão sujeitas aos requisitos de
≠ Concessão da RJ.
validade dos atos jurídicos em geral, requi-
sitos esses que estão sujeitos a controle ju- • Recorribilidade da decisão que defere o
dicial”. processamento do pedido de RJ: na linha
# Nesse sentido os seguintes enunciados das da jurisprudência atual, cabe agravo de
Jornadas de Direito Comercial do CJF: instrumento;
44: “a homologação do plano de RJ aprovado • Medidas adotadas na decisão de deferi-
pelos credores está sujeita ao controle judi- mento: art. 52 da LF, destacando-se...
cial de legalidade”. ✓ Designação do administrador judicial
45: “o magistrado pode desconsiderar o ✓ Determinação de suspensão das ações
voto de credores ou a manifestação de von- e execuções individuais contra o deve-
tade do devedor, em razão de abuso de di- dor (stay period).
reito”. Na RJ Na falência
46: “não compete ao juiz deixar de conce- É temporária (6°, § 4°, LF Não há de-
der a recuperação ou de homologar a extra- – 180 dias). terminação
judicial com fundamento na análise econô- Mas a doutrina e o STJ en- de prazo.
mico-financeira do plano de recuperação tendem que esse prazo
aprovado pelos credores”. pode ser prorrogado.
▪ As execuções fiscais não se sus-
2. Recuperação judicial (RJ)
pendem. No entanto, o STJ tem
2.1. Princípio da preservação da empresa entendido que, em respeito ao
• Art. 47, LF. princípio da preservação da em-
presa, é incompatível o cumpri-
• Função social da empresa.
mento da RJ e o prosseguimento
• STJ já admitiu a participação, em procedi-
normal dessas execuções, porque
mento licitatório, de empresa em RJ.
isso atinge o patrimônio do deve-
• STJ: Empresas em RJ podem celebrar con-
dor e pode comprometer o su-
tratos de factoring (Info 641).
cesso da RJ. Assim, quaisquer
• STJ: Aprovação do plano suspende os pro-
atos de constrição do patrimônio
testos tirados contra a empresa em RJ,
do devedor devem se submeter
mas ficam mantidos os protestos tirados
ao crivo do juízo da RJ.
contra coobrigados (ex: avalistas).
2.4.1. Verificação e habilitação de créditos na RJ
2.2. Requisitos legais para o pedido de RJ
• O procedimento é conduzido pelo adminis-
• Art. 48, LF.
trador judicial e redundará na formação do
✓ Exercício regular das atividades há
quadro-geral de credores.
mais de 2 anos (na data do pedido).
• Art. 7°, caput, LFTJ: “documentos apresen-
✓ Não...
tados pelos credores” = De acordo com o
▪ Ser falido ou ter reconhecida a
STJ, uma vez que o procedimento de habi-
extinção das obrigações por
litação de crédito tem caráter contencioso,
sentença transitada em julgado;
com instrução probatória, o título que o
▪ Ter obtido RJ há menos de 5
anos, nem mesmo com base no
25
embasa não precisa ser um título execu- ao devedor (162, LF). Qual a utilidade de se
tivo”. obter a homologação? Após a distribuição
• MP pode impugnar quadro-geral (8°, LF) do pedido de homologação do plano de re-
✓ STJ: são devidos honorários advoca- cuperação extrajudicial, os credores não
tícios nos casos em que a habilitação poderão desistir da adesão ao plano, salvo
de crédito é impugnada. com a anuência expressa dos demais signa-
tários (art. 161, § 5°).
2.5. Concessão da recuperação judicial
• Art. 59 e segs, LFRJ. 3. Falência
2.6. Convolação da recuperação em falência 3.1. Conceito
• Ocorre quando o juiz decreta a falência do
• É a execução concursal do devedor empre-
devedor nos próprios autos da recupera-
sário insolvente.
ção judicial, isto é, durante o processo.
• Hipóteses do art. 73 da LFRJ. 3.2. Legitimidade ativa
▪ ATENÇÃO para o caso de descumpri-
mento das obrigações assumidas no Art. 97. Podem requerer a falência do
plano: na forma do art. 61, § 1°, da devedor:
LFRJ, só ocorre convolação se o des- I – o próprio devedor, na forma do dis-
cumprimento ocorrer nos 2 primei- posto nos arts. 105 a 107 desta Lei [au-
tofalência];
ros anos desde a concessão da RJ.
II – o cônjuge sobrevivente, qualquer
2.7. Encerramento da RJ herdeiro do devedor ou o inventari-
• O processo de RJ só durará 2 anos, ainda ante;
que as obrigações assumidas no plano ex- III – o cotista ou o acionista do deve-
trapolem esse período. dor na forma da lei ou do ato constitu-
tivo da sociedade;
2.8. Plano especial de recuperação judicial IV – qualquer credor [P/ o STJ, a Fa-
para ME e EPP zenda Pública não tem legitimidade,
nem interesse para pedir a falência do
• Fundamento constitucional: art. 179, CF – devedor];
tratamento favorecido e diferenciado para
ME e EPP. 3.3. Fundamento do pedido
• Nessa linha, a LFRJ estabelece a possibili- • O fundamento do pedido de falência é a in-
dade de ME e EPP requererem RJ com solvência jurídica ou presumida: não se
base em um plano especial. exige a prova de uma insolvência real ou
• É uma faculdade que a LFRJ concede aos econômica.
devedores que se enquadram nessa cate- • Art. 94, LFRJ:
goria.
Impontuali- •Título executivo,
• A grande diferença é que suas condições já 94, I dade injusti- • Protestado,
estão predeterminadas na lei. ficada • Soma > 40 SM.
• Nesse caso, os credores continuam po- Tríplice omissão:
dendo fazer objeções ao plano apresen- 1º. Não paga,
tado, mas quem as decidirá é o juiz (art. 2º. Não deposita,
Execução
72, LFRJ). 94, II 3º. Não nomeia.
frustrada
Obs.: (i) não requer
2.9. Recuperação extrajudicial protesto, (ii) nem va-
• Arts. 161/167, LFRJ. lor mínimo.
• Devedor em crise deve preencher os mes- Rol taxativo de
mos requisitos do art. 48 da LFRJ. condutas que, se
Atos de praticadas pelo de-
• É necessária a homologação judicial do 94, III
falência vedor, presumem o
plano? O pedido de homologação é uma
seu estado de insol-
mera faculdade que a legislação confere
vência.
26
3.4. Resposta do devedor • Art. 81, LF: A decretação da falência da so-
ciedade também acarreta a falência dos só-
• Em 10 dias.
cios com responsabilidade ilimitada (só
• O que o devedor pode fazer nesse prazo?
deles!).
a) Contestar;
• Logo, os bens desses sócios de responsabi-
b) Pedir RJ;
lidade ilimitada também serão arrecada-
c) Elidir a falência...
dos pelo administrador.
▪ Só nos incisos I e II do art. 94
(impontualidade injustifi-
3.6. Investigação dos atos anteriores à falên-
cada e execução frustrada).
cia
▪ Por meio do depósito eli-
sivo = dívida + correção + ju- Aqui, podem ocorrer 2 situações:
ros + honorários. Revogação
▪ Evita a decretação da falên- Ineficácia objetiva
(ineficácia subjetiva)
cia.
Art. 129, LFRJ Art. 130, LFRJ
Conclusos os autos ao juiz, abrem-se 2 possibili- Atos previstos na lei, As condutas não estão pre-
dades quanto à pretensão formulada pelo autor presumidamente frau- vistas na lei: exige-se a
(importa lembrar que o juiz poderá conceder a dulentos: dispensa a prova do intuito fraudu-
RJ pleiteada na resposta do devedor) prova da intenção de lento.
fraude.
Denegação da Decretação da Rol taxativo: normal- Cláusula aberta: i) conluio
falência falência mente ocorre dentro fraudulento + ii) intenção
de determinado lapso de prejudicar credor + iii)
Ônus da temporal (termo legal, real prejuízo da massa.
sucumbência Inicia o processo de
recaem sobre o execução concursal 2 anos...)
autor Juiz pode declarar de Juiz não pode declarar de
ofício. ofício.
Efeitos:
Se houver a) Instaura o j. universal (76, Pode ser pleiteada... Demanda o ajuizamento
depósito elisivo, LF) a) Incidentalmente de ação própria (ação re-
será restituído ao b) Vencimento antecipado no próprio pro- vocatória)
réu das dívidas (77, LF) cesso, • Pelo administrador,
c) inabilitação empresarial b) Em ação própria, qual-quer credor ou
Se houver dolo, (102, LF) c) Em defesa. MP;
autor pode ser d) contratos do falido =
condenado a • Em 3 anos, contados
117/119, LF
indenizar o réu da decretação da falên-
(101, LF) 99, LFRJ: conteúdo específico cia;
da sentença que decreta a • No juízo da falência;
falência • Pelo rito ordinário;
Recurso cabível = • Sentença determina o
apelação (100, Recurso cabível = agravo retorno dos bens à
LF) (100, LF) massa;
• Impugnável por apela-
ção
3.5. Arrecadação dos bens do falido (arts. 108 Obs. não pode de ofício,
a 115, LF)
incidentalmente ou em de-
Com a decretação da falência, a administração dos fesa.
bens do falido passa para o administrador judicial, As partes retornam ao estado anterior.
incumbindo-lhe a arrecadação de todos os bens do Contratante de boa-fé tem direito à restituição dos
falido (com exceção dos absolutamente impenho- bens ou valores entregues ao devedor.
ráveis). Os bens arrecadados constituem a cha-
mada massa falida objetiva: o ativo do devedor 3.7. Pedido de restituição (arts. 85 a 93 do NCPC)
submetido à execução concursal falimentar. • O que pode ser restituído?
a) Bens que sem encontrem na posse
Arrecadação de bens dos sócios de sociedade
do falido;
falida

27
b) Coisa vendida a crédito e entregue Indicação pelo próprio devedor na relação
ao devedor nos 15 dias anteriores ao entregue ao juiz após a decretação de sua
requerimento da falência. falência (99, III, LF)
c) Adiantamento de contrato de câm-
bio. Habilitação ou apresentação de divergências
pelos credores, ao administrador judicial,
• Nos casos em que não couber restituição,
em 15 dias, contados da publicação dos
fica resguardado o direito de propor em- editais (7°, § 1°, LF)
bargos de terceiros (93, LFRJ).
Publicação de relação de credores pelo
3.8. Realização do ativo (arts. 139 a 148, LFRJ) administrador, em 45 dias após o fim do prazo
para habilitação/impugnação (7°, § 2°, LF)
Observações:
1. A arrecadação e a realização do ativo são
O Comitê, qualquer credor, o devedor, seus
regidas pelo princípio da maximização
sócios ou o MP podem apresentar
dos ativos.
impugnação ao juiz, em 10 dias (8°, LF)
2. A realização do ativo começa antes mesmo
# Se nao houver impugnação, o juiz homologa a
da formação do quadro de credores. relação como quadro geral de credores.
3. Formas de realização do ativo:
a. Alienação da empresa em bloco,
O rito da impugnação segue os arts. 13 e
b. Alienação da empresa com a venda
15 da LF:
de suas unidades produtivas indivi- - intimação do titular do crédito impugnado p/
dualmente, contestar em 5 dias;
c. Alienação em bloco dos bens, - Intimação do devedor e do Comitê p/ manifes-
d. Alienação dos bens individual- tar em 5 dias;
mente considerados. - Parecer do administrador em 5 dias;
- Instrução, inclusive com a possibilidade de
4. Modalidades de venda dos bens do falido:
audiência de instrução;
a. Leilão, por lances orais; - Decisão pelo juiz, contra a qual cabe agravo de
b. Propostas fechadas; instrumento.
c. Pregão;
d. Meios atípicos (145, LFRJ).
5. Em qualquer modalidade de alienação o Habilitações retardatárias
MP será intimado pessoalmente, sob pena • São aquelas que não foram apresentadas no
de nulidade. prazo legal de 15 dias após a relação entregue
pelo DEVEDOR (7°, § 1°, LFRJ).
3.9. Verificação e habilitação de créditos • Podem ser tratadas de 2 formas:
• O procedimento será conduzido pelo admi- 1. Como impugnação, se apresentadas an-
nistrador judicial e redundará na formação tes da homologação do QG de credores;
do quadro-geral de credores, cuja ordem 2. Requerimento de retificação em ação
de classificação será observada no mo- própria, cf. o rito comum do NCPC (10, §
mento do pagamento dos credores. 6°, LFRJ).
Homologação do quadro-geral de credores
• O administrador é quem consolida o quadro-
geral e o juiz o homologa definitivamente.
• No entanto, ainda após a homologação, o QG
pode ser alterado nas seguintes hipóteses:
a) Habilitações retardatárias;
b) Requerimento de exclusão, reclassifica-
ção ou retificação (19, LF)...
▪ Pelo administrador, Comitê, qual-
quer credor ou MP;
▪ Nos casos de falsidade, dolo, simu-
lação, fraude, erro essencial ou des-
coberta de documentos ignorados.

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10. Pagamento dos credores 11. Encerramento do processo falimentar
(arts. 155 a 157, LFRJ)
Pagamentos antecipados, com recursos dis-
poníveis em caixa: Apresentação de contas pelo ad-
Pagamentos antecipados
a) Despesas indispensáveis à administra- ministrador ao juiz
ção da falência, inclusive na hipótese - No prazo de 30 dias.
de continuação provisória das ativida- - Após a realização de todo o ativo.
des (150, LF); Publicação de aviso pelo juiz
b) Créditos trabalhistas estritamente sa- - Interessados poderão impugná-las no
lariais (151, LF) prazo de 10 dias.
- vencidos nos 3 meses anteriores à de- Intimação do MP
cretação da falência, - Para manifestar-se no prazo de 5 dias.
- até o limite de 5 SM por trabalhador. Nova oitiva do administrador
c) Restituições em dinheiro deferidas pelo - Somente se houver impugnação ou
juiz (86, LF). parecer desfavorável do MP. .

Art. 84, LFRJ Julgamento das contas pelo juiz


I – remunerações devidas ao administra- - Por sentença, contra a qual cabe ape-
dor judicial e seus auxiliares, e créditos deri- lação.
vados da legislação do trabalho ou decorren- Apresentação do relatório final
tes de acidentes de trabalho relativos a ser- pelo administrador
viços prestados após a decretação da falên- - No prazo de 10 dias
cia; - Indicando: valor do ativo e produto de
II – quantias fornecidas à massa pelos cre-
sua realização, valor do passivo e paga-
dores;
mentos feitos, bem como responsabili-
III – despesas com arrecadação, adminis-
Extraconcursais

tração, realização do ativo e distribuição do dades com que continuará o falido.


seu produto, bem como custas do processo Encerramento da falência por
de falência; Sentença
IV – custas judiciais relativas às ações e - Publicada por edital;
execuções em que a massa falida tenha sido - Impugnável por apelação;
vencida; - Prazo prescricional das obrigações do
V – obrigações resultantes de atos jurídi- falido recomeça a correr a partir do
cos válidos praticados durante a recupera- trânsito em julgado da sentença de en-
ção judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, cerramento.
ou após a decretação da falência, e tributos
relativos a fatos geradores ocorridos após a 12. Extinção das obrigações do falido (art. 158,
decretação da falência, respeitada a ordem
LFRJ)
estabelecida no art. 83 da LF.
STJ: créditos do advogado pelos trabalhos 4 situações possíveis:
prestados à massa, após o decreto de falên- Pagamento de TODOS os créditos.
cia.
I – créditos derivados da legislação do tra- Depois de realizado todo o ativo, pagamento de
balho, até 150 SM por credor, bem como os mais de 50% dos credores quirografários.
de acidentes de trabalho; Decurso do prazo de 5 anos, se o falido não ti-
II - garantia real até o valor do bem gra-
ver praticado crime falimentar.
vado;
III – créditos tributários, excetuadas as Decurso do prazo de 10 anos, se o falido tiver
Concursais

multas; praticado crime falimentar.


IV – créditos com privilégio especial;
V – créditos com privilégio geral; Verificada uma das situações, o falido poderá re-
VI – créditos quirografários; querer a declaração da extinção de suas obriga-
VII – as multas contratuais e as penas ções...
pecuniárias por infração das leis pe-
• Ao Juízo da falência,
nais ou administrativas, inclusive as
multas tributárias; • Requerimento é autuado em apartado,
VIII – créditos subordinados • Publicado por edital e em jornal de grande
circulação,
• Qualquer credor pode opor-se em 30 dias,

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• Juiz decide por sentença, contra a qual Quanto à estrutura
cabe apelação. Compreendem três situações jurídi-
cas:
Títulos de crédito a. Sacador: quem emite.
Ordem de b. Sacado: contra quem se
1. Introdução pagamento emite.
c. Tomador: em favor de quem
Os títulos de crédito são instrumentos de circula-
se emite.
ção de riqueza. Ex: LC, cheque e duplicata.
Há somente duas situações jurídi-
2. Conceito cas:
• CESARE VIVANTE: “documento necessário Promessa a. Sacador (promitente ou subs-
ao exercício do direito literal e autônomo de critor): aquele que promete
pagamento pagar.
nele mencionado.
b. Tomador (beneficiário): quem
• Art. 887 do CC – O título de crédito, docu-
receberá o valor.
mento necessário ao exercício do direito li-
teral e autônomo nele contido, somente
produz efeito quando preencha os requisi-
6. Legislação aplicável
tos da lei.
Lei Uniforme de
Código Civil/2002
3. Princípios (“C.A.L.”) Genebra - LUG

a. Cartularidade: o direito se incorpora ao Aplica-se aos títulos atí- Aplica-se aos títulos
picos e às hipóteses de de crédito típicos.
próprio título.
lacuna dos diplomas que
b. Autonomia: o título se desvincula do ne-
regem os títulos típicos.
gócio que lhe deu origem.
c. Literalidade: o título só vale pelo que nele
está inscrito.

4. Características
a. Documentos formais;
b. Bens móveis;
c. Títulos de apresentação: documentos ne-
cessários ao exercício dos direitos nele
contidos;
d. Títulos executivos extrajudiciais.

5. Classificações
Quanto à forma de transferência
Circula por mera tradição. 907, CC:
Título ao
é nulo o título ao portador emitido
portador
sem autorização de lei especial.
É aquele que identifica expressa-
mente seu titular. Transferência
Título obedece a 2 regimes:
nominal a. Títulos à ordem = endosso.
b. Título não à ordem = ces-
são civil.

Quanto ao modelo
Título de Lei não estabelece padronização
modelo li- obrigatória. Ex: letra de câmbio e
vre nota promissória.
Título de Submete-se a rígida padronização
modelo fixada pela lei cambiária específica.
vinculado Ex: cheque e duplicata.
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