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Porto Alegre
2020
Sumário
SUMÁRIO .............................................................................................................................. 2
Princípio Da Legalidade:......................................................................................................................... 5
Anterioridade: ....................................................................................................................................... 5
Reserva legal:......................................................................................................................................... 5
Legalidade formal............................................................................................................................... 5
Legalidade material ............................................................................................................................ 5
Mnemônico das Leis previstas no art. 59 da Constituição. ................................................... 5
Eu Conheço O Diretor do MP DR Gerson. .................................................................................... 5
O princípio da especialidade revela que a norma especial afasta a incidência da norma geral. ............. 6
Territorialidade.................................................................................................................................... 17
Extraterritorialidade ........................................................................................................................ 18
Reincidência ........................................................................................................................................ 20
Reincidência real: ............................................................................................................................. 22
Reincidência ficta: ............................................................................................................................ 22
Reincidência específica ..................................................................................................................... 22
Primeira fase:....................................................................................................................................... 26
Segunda fase:....................................................................................................................................... 29
QUESTÕES ..........................................................................................................................33
Princípios constitucionais e gerais do Direito Penal.
art. 5º, XXXIX, da Constituição Federal: "não há crime sem lei anterior
que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal".
Legalidade formal
Legalidade material
E mendas à Constituição
Leis Complementares
Leis Ordinárias.
Leis Delegadas.
Medidas provisórias.
Decretos Legislativos.
Resoluções.
Legalidade vs Reserva legal
Princípio da especialidade.
Ex: Tráfico de drogas, porém como saber o que é droga? Uma portaria da
ANVISA que informa o que é droga ilícita. A portaria não ofende a reserva
legal, pois a Lei determinou o crime a ANVISA só informa a substância.
1
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/297796/principio-da-especialidade
6
Princípio da individualização da pena
7
Princípio da Responsabilidade Pessoal ou intranscendência da pena
1º. Morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
2º. Caráter perpétuo;
3º. Trabalhos forçados;
4º. Banimento;
5º. Cruéis.
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Entendimento do STF só poderá ser cumprido a pena após o trânsito em
julgado.
Dimensão interna: O réu deve ser tratado dentro do processo como inocente.
Exemplo: O juiz não pode decretar a prisão preventiva do acusado pelo simples fato dele estar
sendo processado.
Dimensão externa: O réu deve ser tratado fora do processo como inocente.
Ex: O acusado não pode ser eliminado do concurso pelo fato de estar sendo processado.
Princípio da ofensividade2
Exemplo: João, querendo matar Manoel, pega uma arma e atira contra ele. Mas só depois de
puxar o gatilho percebe que se trata de uma arma de brinquedo. João não praticou nenhum
crime, pois não lesionou e nem sequer expôs a perigo de lesão a vida de Manoel (é a chamada
tentativa inidônea).
Exemplo: Cite-se o caso do “furto de uso”, onde uma pessoa subtraí coisa alheia móvel para
uso momentâneo, sem a intenção de se apropriar dela. Por não representar uma efetiva ofensa
ao patrimônio alheio (bem jurídico protegido), a conduta daquele que subtrai uma coisa alheia
móvel (um carro ou uma moto, digamos) apenas para uso, restituindo-a ao seu dono
posteriormente, em perfeitas condições, não configura crime de furto.
2
https://leonardoaaaguiar.jusbrasil.com.br/artigos/333123759/principio-da-ofensividade
9
das garantias constitucionais da intimidade e da vida privada. Não há
crime se houver lesão ou exposição a perigo de um bem jurídico próprio.
Exemplo: A prática de prostituição, autolesões e a tentativa de suicídio não são crimes, porque
ocorre uma ofensa a um bem jurídico próprio.
Por outro lado, tradicionalmente considera-se que o uso de drogas pode ser
incriminado porque coloca em risco a saúde pública, extrapolando assim o
âmbito individual, embora essa visão já seja alvo de fundados
questionamentos.
O princípio da ofensividade não exige apenas lesão efetiva ao bem jurídico, admitindo também
o cometimento de crime em razão de ameaça de lesão, como ocorre nos casos de crime de
perigo, abstrato ou concreto.
Princípio da alteridade3
3
https://djus.com.br/principio-da-alteridade-dp89-djus/
10
Princípio da adequação social4
Exemplos: As mães perfuram as orelhas das suas filhas. Muitas pessoas fazem tatuagem.
Essas condutas são formalmente típicas, ou seja, acham-se descritas na lei penal, em razão da
ocorrência de uma lesão corporal. Apesar disso, não são consideradas um crime.
Princípio da Fragmentariedade5
Princípio da Subsidiariedade6
4
https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121928188/o-que-se-entende-por-principio-da-
adequacao-social
5
https://ferreiradepaula.jusbrasil.com.br/artigos/391924932/principio-da-fragmentariedade
6
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/293113/principio-da-subsidiariedade
11
Princípio da Intervenção Mínima 7
Por ser um violento meio de controle social, o uso do Direito Penal deve ser
reservado apenas para as situações onde ele seja imprescindível. Apenas uma
parcela dos interesses sociais vai ser merecedora da tutela penal.
Ninguém poderá ser punido mais de uma vez por uma mesma infração penal,
estabelece também que uma pessoa não pode ser processado duas vezes
pelo mesmo fato, cabe ressaltar quando a coisa faz coisa julgada material.
Princípio da proporcionalidade
Exemplo: Se o código penal previsse o crime de homicídio teria como pena máxima dois anos
de reclusão e que o crime de furto teria 4 anos de reclusão estaria claramente violando o
princípio da proporcionalidade.
Proporcionalidade abstrata:
A proporcionalidade concreta
Proporcionalidade executória
7
https://leonardoaaaguiar.jusbrasil.com.br/artigos/333120482/principio-da-intervencao-minima
8
https://jus.com.br/artigos/8884/principio-do-non-bis-in-idem
12
Princípio da Insignificância ou bagatela10
Significa que o Direito não deve preocupar-se com condutas incapazes de lesar
o bem jurídico. No sistema penal, os tipos incriminadores exigem um mínimo
de lesividade, ou seja, condutas totalmente inofensivas ou incapazes de lesar o
interesse protegido não são de grande relevância.
Mas não existe uma regra, pois o entendimento doutrinário sobre o tema sofre
constantes alterações. Contudo, não se deve confundir delito insignificante ou
de bagatela com crimes de menor potencial ofensivo e contravenções penais
que não são, a priori, insignificantes.
Bagatela própria:
9
QUEIROZ, Paulo. Direito penal: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 36.
10
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/1216/Principio-da-Insignificancia-ou-Bagatela
13
Bagatela imprópria:
Um fato mais amplo e mais grave absorve outros fatos menos amplos e graves,
que funcionam como fase normal de preparação ou execução ou como mero
exaurimento.
Fonte material
Fonte formal
Somente a lei.
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Fonte formal mediata
Dentre todas as fontes formais imediatas supracitadas, somente a lei pode criar
crimes e cominar penas.
Emenda constitucional.
Norma supralegal.
Lei ordinária.
Cumpre dizer que um tratado internacional jamais cria crime para ser
processado no direito interno, mas sim para ser julgado perante o Tribunal
Penal Internacional.
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seu sentido é completado pela Portaria 344/98 da Secretaria de Vigilância
Sanitária.
LEI PENAL.
Lei penal não se confunde com norma penal. A lei é descritiva é o veículo pelo
qual a norma se manifesta e torna obrigatória da sua observância.
NORMA PENAL.
Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato Parágrafo único - A lei posterior, que de
que lei posterior deixa de considerar qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
crime, cessando em virtude dela a aos fatos anteriores, ainda que decididos por
execução e os efeitos penais da sentença sentença condenatória transitada em julgado.
condenatória.
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TEMPO DO CRIME
Teoria da atividade
O tempo do crime será o da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento
do resultado.
LUGAR DO CRIME
Tempo do crime
Territorialidade
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§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de
aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se
aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
As aeronaves;
Propriedade PRIVADA.
Extraterritorialidade
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a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se
II - os crimes:
obrigou a reprimir;
O Brasil se obrigou a reprimir.
b) praticados por brasileiro;
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Contagem de prazo
Legislação especial
Reincidência
Ocorre a reincidência quando o agente, “após ter Desde que não tenha transcorrido o
sido condenado definitivamente” por outro crime, prazo de cinco anos entre a data do
comete novo delito. cumprimento ou extinção da pena e a
prática da nova infração.
No caso supracitado então o réu não é reincidente, mas pode ser considerado
com maus antecedentes.
20
É uma agravante da pena, não aumento de pena.
Reincidência
É uma agravante que visa punir com mais severidade aquele que, uma vez
condenado, volta a delinquir, demonstrando que a sanção aplicada não foi
suficiente para intimidá-lo ou recuperá-lo11.
11
https://www.direitonet.com.br/dicionario/exibir/802/Reincidencia
21
podia resultar perigo comum; l) em estado de embriaguez
preordenada.
Reincidência ficta: ocorre quando o autor comete novo crime após ser
condenado, porém, sem que tenha cumprido a pena. (NUCCI, Guilherme de
Souza.
12
https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/23419/voce-sabe-a-diferenca-entre-reincidencia-ficta-e-
reincidencia-real
22
aplicação de fração superior a 1/6 pela reincidência exige motivação idônea[5]",
sob pena de nulidade da dosimetria elaborada pelo julgador.
VI - pela reincidência.
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para
efeitos de reincidência.
Art. 77 - A execução da pena privativa de liberdade, não superior a 2 (dois) anos, poderá ser
suspensa, por 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que:
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Como não ha reincidência em uma contravenção penal e um crime, por
não haver previsão legal, também não há reincidência para o porte de
substância entorpecente e mais um crime, pois as penas para porte de
substancia de entorpecente são menores que as próprias contravenções
penais.
Dosimetria da pena.
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Muitos juízes, em suas sentenças levam em consideração a mesma
circunstância para aumentar a pena em mais de uma fase da dosimetria; ou
deixam de justificar o motivo pelo qual a pena foi aumentada em determinada
fase, por exemplo.
Dosimetria é o cálculo feito pelo para definir qual a pena será imposta a uma
pessoa em decorrência da prática de um crime. Cada crime tem a sua pena e
o Código Penal, na sua parte especial, apenas estabelece um quantitativo
mínimo e máximo de pena, além de situações que implicam na diminuição ou
no aumento dessa sanção.
O furto simples, por exemplo, está no artigo 155, caput, do Código Penal e
possui uma pena que pode ser de 01 a 04 anos de reclusão, sendo esse o
limite do juiz.
Ainda de acordo com o Código Penal, em seu artigo 68, a dosimetria será
realizada por meio de um sistema trifásico, ou seja, dividida em três partes:
Passemos, então, a uma breve análise de cada uma das três fases da
dosimetria.
25
Primeira fase:
26
pena-base comece a caminhar nos limites estabelecidos pela lei
penal13.
13
GRECO, Rogério. Curso de Direito Penal - Parte Geral. 12. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2010. v. I. p.
537.
27
decorrer da realização do fato, o relacionamento existente entre autor e
vítima, dentre outros.
Nesse caso, o juiz não fixará a pena no mínimo legal, haja vista a existência
de circunstâncias judiciais que foram negativadas, bastando à existência de
uma circunstância negativa para possibilitar o afastamento da pena base do
mínimo legal.
Ressalte-se que a lei não estabelece um critério para definir qual a proporção
entre o aumento da pena e a quantidade de circunstâncias negativadas,
ficando tal critério ao arbítrio do magistrado, o qual deverá se atentar pela
razoabilidade.
28
Há quem entenda que o aumento deverá seguir uma ordem proporcional à
quantidade de circunstâncias que forem negativadas, ou seja, se temos o
total de 08 (oito) circunstâncias, cada negativação corresponderá ao aumento
da pena base na fração de 1/8 (um oitavo).
Segunda fase:
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Circunstâncias atenuantes
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
I - ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta)
anos, na data da sentença;
II - o desconhecimento da lei;
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
b) procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-
lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de
autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato
injusto da vítima;
d) confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
e) cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Art. 66 - A pena poderá ser ainda atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou
posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.
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inerente a cargo, ofício, ministério ou profissão; se entre a data do cumprimento ou
extinção da pena e a infração posterior
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos,
tiver decorrido período de tempo superior
enfermo ou mulher grávida;
a 5 (cinco) anos, computado o período de
i) quando o ofendido estava sob a imediata prova da suspensão ou do livramento
proteção da autoridade; condicional, se não ocorrer revogação;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação II - não se consideram os crimes militares
ou qualquer calamidade pública, ou de desgraça próprios e políticos.
particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.
Terceira fase:
31
Um exemplo de causa de diminuição de pena está contido no artigo 33, § 4º,
da Lei 11.343/06, o qual estabelece que a pena será diminuída se
preenchidos alguns requisitos.
Dessa forma, não é possível, por exemplo, usar o fato do agente ter cometido
o crime armado e com mais de uma pessoa para elevar a pena-base (na
primeira fase da dosimetria), negativando as circunstâncias do crime e, ao
mesmo tempo, na terceira fase, como causa de aumento.
32
Questões
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