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TURMA 07
SEMANA 01
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
JAIDE MANDOLINI BARONE BUENO MENDES 03296175911 JAIDE MANDOLINI BARONE BUENO MENDES 032961759
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PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL
DELEGADO SANTA CATARINA- TURMA 7
CADERNO DE JURISPRUDÊNCIA
JULGADOS RELEVANTES - SEMANA 01/18
O presente material de apoio deve ser lido semanalmente aos sábados. A ideia é que,
por meio da leitura recorrente, o aluno fixe os principais entendimentos do STF e STJ.
Em caso de dúvida sobre o teor do julgado, recomendamos que o aluno recorra ao site
Dizer o Direito e estude o informativo na íntegra.
Sumário
Sumário............................................................................................................................. 3
SEMANA 01 ....................................................................................................................... 4
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 4
1. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ................................................................................... 4
1.1 Noções Gerais .................................................................................................................................... 4
1.2 Crimes nos quais a Jurisprudência Reconhece a Aplicação do Princípio ........................................... 7
1.3 Crimes nos Quais a Jurisprudência Rejeita a Aplicação do Princípio ................................................. 8
2. DOSIMETRIA DA PENA .................................................................................................. 9
2.1 Pena de Multa .................................................................................................................................. 16
3. CONCURSO FORMAL E CRIME CONTINUADO ............................................................ 19
3.1 Crime Continuado ............................................................................................................................ 19
4. INDULTO ..................................................................................................................... 20
5. FIXAÇÃO DO REGIME PRISIONAL ................................................................................ 20
6. PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ............................................................................... 21
7. PRESCRIÇÃO ................................................................................................................ 22
7.1 Prescrição da Pretensão Executória ................................................................................................. 23
7.2 Prescrição da Pretensão Punitiva ..................................................................................................... 23
8. OUTROS TEMAS DA PARTE GERAL ............................................................................. 24
8.1 Medida de Segurança....................................................................................................................... 24
8.2 Livramento Condicional ................................................................................................................... 24
8.3 Imputabilidade ................................................................................................................................. 24
8.4 Arrependimento Posterior ............................................................................................................... 25
8.5 Reincidência ..................................................................................................................................... 25
8.6 Teoria do Domínio Final do Fato ...................................................................................................... 25
8.7 Perda do Cargo ................................................................................................................................. 25
8.8 Causa de aumento de pena.............................................................................................................. 26
8.9 Responsabilidade Penal da Pessoa Jurídica ..................................................................................... 26
9. CRIME CONTRA A PESSOA .......................................................................................... 26
9.1 Homicídio (Art. 121) ......................................................................................................................... 27
10. CRIMES CONTRA A HONRA....................................................................................... 29
11. CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL ............................................................ 32
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SEMANA 01
DIREITO PENAL
1. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA
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Nota: O julgado acima foi decidido por EMPATE (2x), razão pela qual foi concedido o HC.
Cuidado há DIVERGÊNCIA: STJ: não é possível aplicar o princípio da insignificância. A
jurisprudência de ambas as turmas do STJ firmou entendimento de que o crime de posse
de drogas para consumo pessoal (art. 28 da Lei nº 11.343/06) é de perigo presumido ou
abstrato e a pequena quantidade de droga faz parte da própria essência do delito em
questão, não lhe sendo aplicável o princípio da insignificância STJ. 6ª Turma. RHC 35920 -
DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 20/5/2014. Info 541. STJ. 5ª Turma. HC
377.737, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 16/03/2017. STJ. 6ª Turma. AgRg-RHC 147.158,
Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/5/2021. STF: Há um precedente da 1ª Turma,
aplicando o princípio STF. 1ª Turma. HC 110475 , Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em
14/02/2012.
STF. 2ª Turma. HC 202883 AgR, Relator(a) p/ Acórdão Min. Gilmar Mendes, julgado em 15/09/2021
Mesmo sentido: STF. 1ª Turma. HC 110475 , Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/02/2012.
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A Primeira Turma, por maioria, concedeu, de ofício, a ordem de habeas corpus para fixar o
regime inicial aberto em favor de condenado pelo furto de duas peças de roupa avaliadas
em R$ 130,00.
Após ter sido absolvido pelo juízo de primeiro grau ante o princípio da insignificância, o
paciente foi condenado pelo tribunal de justiça à pena de um ano e nove meses de reclusão
em regime inicial semiaberto. A corte de origem levou em consideração os maus
antecedentes, como circunstância judicial desfavorável, e a reincidência para afastar a
aplicação do princípio da insignificância.
Nota: neste caso, não se absolveu o réu, mas utilizou a insignificância como exceção
jurisprudencial à regra do art. 33, §2°, “ do CP (base na proporcionalidade).
C 135164/MT, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ ac. Min. Alexandre de Moraes, julgamento em 23.4.2019. (Info 938-STF)
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conste em desfavor do réu outra ação penal instaurada por igual conduta, ainda em trâmite,
a hipótese é de típico crime famélico.
A excepcionalidade também se justifica por se tratar de hipossuficiente. Não é razoável que
o Direito Penal e todo o aparelho do Estado-polícia e do Estado-juiz movimente-se no
sentido de atribuir relevância a estas situações.
STF. 2ª Turma. HC 141440 AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 14/08/2018. (Info 911)
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ambas as penas cumulativamente. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem: II -
pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos,
petrechos, técnicas e métodos não permitidos;”
Obs: apesar de a redação utilizada no informativo original ter sido bem incisiva (“O princípio
da bagatela não se aplica ao crime previsto no art. 34, caput c/c parágrafo único, II, da Lei
9.605/98”), existem julgados tanto do STF como do STJ aplicando, excepcionalmente, o
princípio da insignificância para o delito de pesca ilegal. Deve-se ficar atenta(o) para como
isso será cobrado no enunciado da prova.
STF. 1ª Turma. HC 122560/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 08/05/2018. (Info 901)
2. DOSIMETRIA DA PENA
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STJ. 3ª Seção. EREsp 1.826.799-RS, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Rel. Acd. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 08/09/2021,
DJe 08/10/2021 (Info 713).
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Para elevação da pena-base, podem ser utilizadas as frações de 1/6 sobre a pena mínima ou
de 1/8 sobre o intervalo entre as penas mínima e máxima, exigindo-se fundamentação
concreta e objetiva para o uso de percentual de aumento diverso de um desses.
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp n. 1.942.233/DF, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em
24/5/2022.
Não há um critério matemático para a escolha das frações de aumento em função da
negativação dos vetores contidos no art. 59 do Código Penal, sendo garantida a
discricionariedade do julgador para a fixação da pena-base, dentro do seu livre
convencimento motivado e de acordo com as peculiaridades do caso concreto.
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC n. 665.698/RS, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em
10/5/2022.
Não há direito subjetivo do réu ao emprego da fração de 1/6 por cada circunstância judicial
desfavorável, para elevação da reprimenda básica.
STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 2.037.079/TO, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em
26/04/2022.
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 647642/SC, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 15/06/2021
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Nota: A etapa judicial adotou o sistema trifásico da dosimetria, conforme explicitado no item
51 da Exposição de Motivos da Parte Geral do Código Penal e delineado no art. 68 do Código
Penal. Assim, a dosimetria da pena na sentença obedece a um critério trifásico: 1º passo: o
juiz calcula a pena-base de acordo com as circunstâncias judiciais do art. 59, CP; 2º passo: o
juiz aplica as agravantes e atenuantes; 3º passo: o juiz aplica as causas de aumento e de
diminuição. Este critério trifásico, elaborado por Nelson Hungria, foi adotado pelo Código
Penal, sendo consagrado pela jurisprudência pátria: STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1021796/RS,
Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 19/03/2013.
O deslocamento da majorante sobejante para outra fase da dosimetria, além de não
contrariar o sistema trifásico, é a que melhor se coaduna com o princípio da individualização
da pena. STJ. 3ª Seção. HC 463.434-MT, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
25/11/2020 (Info 684).
OBS. Esse mesmo raciocínio empregado no caso das qualificadoras pode também ser utilizado
para os casos em que há pluralidade de causas de aumento de pena.
STJ. 3ª Seção. HC 463.434-MT, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 25/11/2020. (Info 684)
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I, do Código Penal. STF. Plenário. RE 593818/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
17/8/2020 (Repercussão Geral - Tema 150).
Obs. Vale ressaltar, contudo, que o STJ possui o entendimento no sentido de que, quando os
registros da folha de antecedentes do réu são muito antigos, admite-se o afastamento de sua
análise desfavorável, em aplicação à teoria do direito ao esquecimento: Quando os registros
da folha de antecedentes do réu são muito antigos, como no presente caso, admite-se o
afastamento de sua análise desfavorável, em aplicação à teoria do direito ao esquecimento.
Não se pode tornar perpétua a valoração negativa dos antecedentes, nem perenizar o
estigma de criminoso para fins de aplicação da reprimenda, pois a transitoriedade é
consectário natural da ordem das coisas. Se o transcurso do tempo impede que condenações
anteriores configurem reincidência, esse mesmo fundamento - o lapso temporal - deve ser
sopesado na análise das condenações geradoras, em tese, de maus antecedentes. STJ. 6ª
Turma. HC 452.570/PR, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 02/02/2021.
STF. Plenário. RE 593818/SC, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 17/8/2020. (Repercussão Geral - Tema 150)
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Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. HC 466.746/PE, julgado em 11/12/2018.
Nota: Exceção: se o condenado comprovar que não tem como pagar a multa. Se o
condenado comprovar a impossibilidade de pagar a sanção pecuniária, neste caso, será
possível a extinção da punibilidade mesmo sem a quitação da multa. Bastará cumprir a
pena privativa de liberdade e comprovar que não tem condições de pagar a multa.
Isso porque o STF, ao julgar a ADI 3150/DF, declarou que, à luz do preceito estabelecido
pelo art. 5º, XLVI, da Constituição Federal, a multa, ao lado da privação de liberdade e de
outras restrições – perda de bens, prestação social alternativa e suspensão ou interdição
de direitos –, é espécie de pena aplicável em retribuição e em prevenção à prática de
crimes, não perdendo ela sua natureza de sanção penal. Logo, em regra, não se pode
declarar a extinção da punibilidade pelo cumprimento integral da pena privativa de
liberdade quando pendente o pagamento da multa criminal.
STJ. 3ª Seção. REsp 1.785.383-SP e REsp 1.785.861/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgados em 24/11/2021 (Recurso
Repetitivo - Tema 931) (Info 720).
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Tal posição foi REAFIRMADA pelo STF em decisão publicada em outubro de 2020: […] 1.
Execução penal em que foi extinta a pena privativa de liberdade pelo indulto. Não obstante,
subsistente o dever jurídico de pagamento da pena de multa.
2.O juízo da execução penal é competente para a execução da multa se houver atuação do
Ministério Público, que é o legitimado prioritário (12ª QO na AP nº 470, de minha relatoria;
ADI nº 3150, em que fui designado redator para o acórdão).
3.Por outro lado, havendo atuação da Fazenda Pública, legitimado subsidiário, a execução da
multa deve ocorrer perante o juízo da execução fiscal.
4.Na hipótese, a PGFN noticia que a multa criminal é objeto de execução fiscal. Assim, não há
motivo para o prosseguimento desta execução penal porque já ajuizada a respectiva
execução fiscal no juízo cível.
5. Arquivamento da execução penal. […] (Execução Penal nº 12/DF, STF,Rel. Min. Roberto
Barroso, decisão de 16.10.2020, publicado no DJ em 19.10.2020).
Obs. há um julgado da 5ª Turma do STJ publicado em novembro no sentido que cabe ao juízo
das execuções penais, sem ressalvas, a competência da execução da pena de multa.
assentou o STJ:
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IV – Ainda que assim não fosse, proveito algum decorreria da declaração de incompetência
do juízo das execuções penais, eis que, conforme a atual redação do artigo 51 do Código
Penal, recentemente alterada pela Lei n. 13.964/2019, cabe ao juízo das execuções penais,
SEM RESSALVAS, a competência para execução da pena de multa. É de conhecimento geral
que as alterações nas regras processuais relativas à competência material têm aplicação
imediata, independentemente das que vigiam à época do cometimento do crime. […] (Agravo
Regimental no Recurso Especial nº 1.869.371-PR, STJ, 5ª Turma, julgado em 17.11.2020,
publicado no DJ em 24.11.2020)
PACOTE ANTICRIME
Onde tramita a execução da pena de multa?
No juízo da execução penal.
O art. 51 do Código Penal foi alterado para deixar expressa essa competência:
CÓDIGO PENAL
Antes da Lei 13.964/2019
Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será considerada dívida de
valor, aplicando-se-lhes as normas da legislação relativa à dívida ativa da Fazenda Pública,
inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.
ATUALMENTE
Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o
juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à
dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas interruptivas e
suspensivas da prescrição.
Explicação DoD: Diante desta alteração, permanece o entendimento do STF acima exposto?
Ainda não temos certeza de como o STF irá decidir.
Se você observar a redação anterior do art. 51 verá que ele não falava em legitimidade
prioritária do Ministério Público e subsidiária da Fazenda Pública. Também não havia na lei
esse prazo de 90 dias. Igualmente, não havia essa distinção de dois foros competentes. Isso
tudo foi uma criação do STF sem previsão na lei.
Assim, não se pode afirmar que a alteração legislativa promovida pelo Pacote Anticrime
modificou o entendimento do STF porque ele não estava expressamente baseado na lei.
Para fins de concurso, recomendo que saiba o que o STF decidia e, principalmente, que
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STJ. AgRg no REsp 1.945.790-MS, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por unanimidade, julgado em 13/09/2022. (Info
749).
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Não há continuidade delitiva entre os crimes de roubo e extorsão, ainda que praticados em
conjunto. Isso porque, os referidos crimes, apesar de serem da mesma natureza, são de
espécies diversas.
STF. 1ª Turma. HC 190909, rel. org. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgado em 26/10/2020.
Mesmo sentido: STJ. 5ª Turma. HC 435.792/SP, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/05/2018. STF. 1ª Turma. HC 114667/SP, rel.
org. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Roberto Barroso, julgado em 24/4/2018 (Info 899). TJ. 5ª Turma. AgInt no AREsp
908.786/PB, Rel. Min. Felix Fischer, julgado em 06/12/2016.
4. INDULTO
Nota: A despeito de o § 3º do art. 33 do Código Penal dispor que para a escolha do modo
inicial de cumprimento da pena deverão ser observados os critérios do art. 59, não fica o
julgador compelido a fixar regime mais gravoso do que o cabível em razão do quantitativo da
sanção imposta, ainda que presente circunstância judicial desfavorável.
Assim, embora a definição da pena-base acima do mínimo legalmente previsto autorize, nos
termos do art. 33, § 3º, do Código Penal, a fixação do regime inicial imediatamente mais grave
do que o estabelecido em razão do quantum da pena aplicada, nada impede que o julgador
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7. PRESCRIÇÃO
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prescrição inclusive para fins de aplicação do benefício do art. 115 do CP. STJ, 6ª Turma, AgRg
no Resp 1481022/RS, julgado em 18/09/2018.
STJ. 6ª Turma. HC 316.110-SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/06/2019. (Info 652)
Mesmo sentido: STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no AREsp 491258/TO, Rel. Min. Antonio Saldanha Palheiro, julgado em 07/02/2019.
STJ. 6ª Turma. HC 316110/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 25/06/2019.
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8.3 Imputabilidade
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8.5 Reincidência
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Nota: Com efeito, o reconhecimento de que o réu praticou ato incompatível com o cargo por
ele ocupado é fundamento suficiente para a decretação do efeito extrapenal de perda do
cargo público (AgRg no REsp n. 1.613.927/RS, Ministra Maria Thereza de Assis Moura, Sexta
Turma, DJe 30/09/2016).
STJ. HC 710.966-SE, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, por maioria, julgado em 15/03/2022, DJe 28/03/2022. (Info 731)
STJ. AgRg na APn 970-DF, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, Corte Especial, por unanimidade, julgado em 04/05/2022.. (Info 736)
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STJ. REsp 1.973.397-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 06/09/2022. (Info 748).
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JAIDE MANDOLINI BARONE BUENO MENDES 03296175911 JAIDE MANDOLINI BARONE BUENO MENDES 032961759
PREPARAÇÃO PRÉ EDITAL
DELEGADO SANTA CATARINA- TURMA 7
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força do art. 30 do CP. Nesse sentido: STJ. 5ª Turma. HC 403263/SP, Rel. Min. Reynaldo Soares
da Fonseca, julgado em 13/11/2018.
DIVERGÊNCIA
O homicídio mercenário, a qualificadora da paga ou promessa de recompensa é elementar
do tipo qualificado, comunicando-se ao mandante do delito. STJ. 6ª Turma. AgInt no REsp 1681816/GO,
Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 03/05/2018.
STJ. REsp 1.973.397-MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, Quinta Turma, por unanimidade, julgado em 06/09/2022.
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Deve prevalecer a orientação no sentido de que a tenra idade da vítima (menor de 18 anos
de idade) é elemento concreto e transborda aqueles inerentes ao crime de homicídio, sendo
apto, pois, a justificar o agravamento da pena-base, mediante valoração negativa das
consequências do crime, ressalvada, para evitar bis in idem, a hipótese em que aplicada a
causa de aumento prevista no art. 121, § 4º (parte final), do Código Penal.
STJ. 3ª Seção. AgRg no REsp 1851435-PA, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 12/08/2020 (Info 679).
STF. 1ª Turma. HC 124687/MS, rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/5/2018. (Info 904)
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STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 691.897-DF, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador convocado do TRF 1ª Região), Rel. Acd. Min.
Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado em 17/05/2022, DJe 26/05/2022 (Info 738).
Nota:A denominada injúria racial é mais um delito no cenário do racismo, sendo, portanto,
imprescritível, inafiançável e sujeito à pena de reclusão. STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp
1849696/SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 16/06/2020.
STF. Plenário. HC 154248/DF, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 28/10/2021 (Info 1036).
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Nota: No caso concreto apreciado pelo STJ, o acusado, mesmo depois de processado e
condenado em primeira instância pela contravenção penal do art. 65 da LCP, voltou a
tentar contato com a mesma vítima ao lhe enviar três e-mails e um presente. Desse modo,
houve reiteração. Com a entrada em vigor da Lei nº 14.132/2021, ele pediu o
reconhecimento de que teria havido abolitio criminis. O STJ, contudo, não aceitou. Isso
porque houve reiteração, de modo que a sua conduta se amolda ao que passou a ser
punido pelo art. 147-A do CP, inserido pela Lei nº 14.132/2021. Logo, houve evidente
continuidade normativo-típica.
STJ. 6ª Turma. AgRg nos EDcl no REsp 1.863.977-SC, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/12/2021 (Info 722).
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