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POLÍCIA MILITAR
CORREGEDORIA GERAL
CURSO DE DIREITO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR MILITAR
APOSTILA
DIREITO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR MILITAR
2018
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................. 3
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
2. FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................... 7
3. PRINCÍPIOS ESSENCIAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .......................................... 8
3.1. Princípio da Legalidade ........................................................................................... 9
3.2. O princípio da Impessoalidade .............................................................................. 11
3.3. Princípios da Moralidade ....................................................................................... 12
3.4. Princípio da Publicidade ........................................................................................ 12
3.5. Princípio da Eficiência ........................................................................................... 13
3.6. Princípio da Proporcionalidade .............................................................................. 13
3.7- Princípio da Motivação das Decisões .................................................................... 14
4. PRINCÍPIOS DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR .................................. 15
4.1. Princípio da Oficialidade ........................................................................................ 15
4.2- Princípio do Duplo Grau de Jurisdição .................................................................. 16
4.3. Princípio do Informalismo ...................................................................................... 16
4.5. Princípio da Verdade Material ............................................................................... 17
4.6. Princípio da Garantia de Defesa............................................................................ 17
4.7. Princípio da Taxatividade ..................................................................................... 18
5. OS PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................... 19
5.1. Poder Hierárquico ................................................................................................. 19
5.2. Poder Disciplinar ................................................................................................... 20
5.3. Poder Regulamentar ............................................................................................ 23
5.4 - Poder de Polícia ................................................................................................... 24
6. ATO ADMINISTRATIVO.................................................................................................. 25
6.1 - Requisitos do Ato Administrativo .......................................................................... 25
6.2. Atributos do Ato Administrativo ............................................................................. 26
6.3. Classificação dos Atos Administrativos ................................................................ 27
7. PROCESSO E PROCEDIMENTO ................................................................................... 28
8. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR MILITAR (PADM)................................. 29
9. FASES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR .......................................... 33
9.1. Instauração ........................................................................................................... 33
9.2. Instrução ............................................................................................................... 33
9.3. Defesa................................................................................................................... 34
9.4. Relatório................................................................................................................ 35
9.5. Julgamento ........................................................................................................... 36
10. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR EM ESPÉCIE ..................................... 36
10.1. Termo Acusatório ............................................................................................... 36
10.2. Sindicância .......................................................................................................... 39
10.3. Conselho de Disciplina ....................................................................................... 76
10.4. Conselho de Justificação..................................................................................... 80
11. NOTIFICAÇÕES E INTIMAÇÕES ................................................................................ 82
11.1 Contagem dos Prazos ......................................................................................... 83
11.2. Formas de Notificação ........................................................................................ 85
11.3. Notificação de Policial Militar de Patente Superior.............................................. 85
11.4. Notificação de Policial Militar Segregado (Preso) ................................................ 86
11.5. Notificação de Funcionário Civil .......................................................................... 87
2
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
1
Autores como: Paulo Tadeu Rodrigues Rosa; Eliezer Pereira Martins, Célio Lobão; José da Silva Loureiro
Neto; José Armando da Costa; Álvaro Lazzarini; Getúlio Corrêa; Jorge César de Assis e outros.
5
[...]
“Artigo 2º - O policial militar acusado em processo administrativo poderá
constituir advogado para defendê-lo no processo administrativo e, na falta
deste, a autoridade delegada solicitará à autoridade delegante a
designação de Oficial, Sargento ou Subtenente, ou ainda, qualquer
outro policial militar indicado pelo acusado, a fim de promover a sua
defesa no curso processual.‖
[...]
Desenvolvendo-se numa série de atos, que seguem uma ordem, tendo em vista um
fim almejado.
2
Ordenamento Jurídico aplicado aos Processos Administrativos militares, no Estado de Mato Grosso.
9
[...]
A Administração Pública, direta e indireta de qualquer um dos
poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência (...). (CF, 1988)
[...]
Diante dos relatos acima expostos, verifica-se com toda a nitidez que, a
administração é atividade subordinada à lei; sua função é tão somente fazer cumprir
lei preexistente, e que regulamentos isolados, autônomos ou simplesmente
permitidos são visceralmente conflitantes com o Direito brasileiro.
3
Di Pietro. Maria Sylvia Zanella . - 29.ed. Rev., atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2016. 1088
p
12
4
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008,
p.90
13
5
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 10ª ed. São Paulo: Malheiros, 1999.
6
LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999. Regula o processo administrativo no âmbito da.
Administração Pública Federal.
14
7
PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA, o Decreto nº 678, art.8°, nº 2, alínea h, 1992
8
Idem, Art 25.
17
[...]
Como o legislador federal tem atribuição para regulamentar o direito
processual, integra esta competência a possibilidade de, por intermédio de
leis extravagantes situadas fora do corpo o CPC, criar novos recursos,
complementando o sistema recursal deste, e, até, se for o caso, tirando os
já existentes e previstos naquele código (idem).
[...]
[...]
Poder hierárquico é o de que dispõe o Poder Executivo para
distribuir e escalonar as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação
de seus agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os
servidores do seu quadro de pessoal. (Direito Administrativo Brasileiro,
2007, p. 121).
[...]
20
11
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 26. ed. São Paulo: Malheiros, p. 97-
98.
12
COSTA, José Armando da. Teoria e Prática do Processo Administrativo Disciplinar. 3. ed.
Brasília: Brasília Jurídica, 1999. p. 60.
13
Decreto nº 1.329 de 21 de Abril de 1978 (Regulamento Disciplinar da Polícia Militar)
23
[...]
Compete privativamente ao Presidente da República:IV - sancionar,
promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução. (CF/1988).
[...]
Bem como prevê o art. 66, inc III da Constituição do Estado de Mato
Grosso, que diz:
[...]
Compete privativamente ao Governador do Estado:
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução.
[...]
Nos ensina o Professor José dos Santos Carvalho Filho, em sua obra
MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO, que diz15:
[…]
O Estado deve atuar à sombra do Princípio da Supremacia do
Interesse Público e, na busca incessante pelo atendimento do interesse
coletivo, pode estipular restrições e limitações ao exercício de liberdades
individuais e, até mesmo, ao direito de propriedade do particular. Neste
contexto, nasce o Poder de Polícia, decorrente da supremacia geral da
Administração Pública, ou seja, aplicando-se a todos os particulares, sem a
necessidade de demonstração de qualquer vínculo de natureza especial.
(CARVALHO, “MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO” 2016, p. 124)
[...]
14
Código Tributário Nacional
15
CARVALHO FILHO, José dos Santos . “MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO” 2016, p. 124
25
6. ATO ADMINISTRATIVO
16
Brasil. Constituição Federal 1988.
17
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 32º edição, editora. Malheiros Editores,
Pag., 149. 2006.
26
18
Meirelles, Hely Lopes. "Direito de Construir", 7a ed., São Paulo, Malheiros, 1996, p.
28
7. PROCESSO E PROCEDIMENTO
7.1- Processo
7.2 - Procedimento
19
CRETELLA JÚNIOR, José. Curso de Direito. Administrativo. 10. ed. Rio de Janeiro : Forense,.
1989. p. 565.
29
[...]
A lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de
idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a
inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e
outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de
suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos
internacionais e de guerra.
[...]
O direito administrativo disciplinar militar é um ramo autônomo no
ordenamento jurídico, e não se encontra vinculado ao direito penal. Neste sentido, a
prática de um ilícito poderá ter repercussões tanto no campo penal como no âmbito
administrativo, bem como na seara do de direito civil, possibilitando a abertura de um
processo-crime e também de um processo administrativo.
20
MEIRELLES. Op. Cit. p. 654.
31
[...]
21
Processos Administrativos com a finalidade de verificar se o militar reúne condições de permanecer nas
fileiras da Corporação.
33
9.1. Instauração
9.2. Instrução
9.3. Defesa
9.4. Relatório
9.5. Julgamento
23
Regulado pela portaria nº 159/GCG/PMMT/09, de 27 de julho de 2009. Portaria nº
128/GCG/PMMT/09, de 1º de junho de 2009; na Portaria Nº 160/GCG/PMMT/09, de 27 de julho de
2009. Decreto nº 1.329 de 21 de Abril de 1978 (Regulamento Disciplinar da Polícia Militar) entre
outras normas.
37
10.2. Sindicância24
24
Regulada pela Portaria nº 218/GCG/PMMT/09, de 16 de outubro de 2009, que dispõe sobre a
aprovação do Manual de Sindicância Policial Militar Portaria nº 128/GCG/PMMT/09, 1º de junho de
2009, (Padronização dos atos disciplinares). Portaria nº 160/GCG/PMMT/09, de 27 de julho de
2009 (Sindicância Disciplinar). Decreto nº 1.329 de 21 de Abril de 1978 (Regulamento Disciplinar da
Polícia Militar) entre outras normas.
40
[...]
A sindicância é o meio sumário de que utiliza a administração do
Brasil para, sigilosa ou publicamente, com indiciados ou não, proceder à
apuração de decorrência anômala no serviço público, as quais confirmadas,
fornecerão elementos concretos para a imediata abertura do processo
administrativo contra o funcionário responsável. (Curso de Direito. Adm.
Disc., 1993 cit. p. 91)
[...]
informar a autoridade delegante, para que esta possa registrar os fatos e controlar o
devido prazo.
9º – JUNTADA-Pág. 15 do MASIN
46
1º – AUTUAÇÃO
2º – PORTARIA/ANEXOS
3º – TERMO DE ABERTURA
4º–OFÍCIO DE RECEBIMENTO/INFORMAÇÃO DE INÍCIO DOS TRABALHOS
8º – CITAÇÃO –art.4, VIII, c/c art. 6º MASIN, c/c art. 7º da Portaria nº 160/2009.
c/c ainda com art. 1º da Portaria nº.128/2009.
48
[...]
CPPM
Art. 501. Nenhuma das partes poderá argüir a nulidade a que
tenha dado causa ou para que tenha concorrido, ou referente à
formalidade cuja observância só à parte contrária interessa.
[...]
deverá confeccionar uma certidão fins de registrar que o direito foi oportunizado,
porém o acusado e o defensor não manifestaram. Nesta situação o prazo foi atingido
pelo instituto da preclusão.
ACÓRDAO
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da Terceira Seção do Superior
Tribunal de Justiça: A Seção, por unanimidade, denegou a
segurança, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Votaram
com a Relatora os Srs. Ministros Jorge Mussi, Og Fernandes, Celso
Limongi (Desembargador convocado do TJ/SP), Haroldo Rodrigues
(Desembargador convocado do TJ/CE), Adilson Vieira Macabu
(Desembargador convocado do TJ/RJ) e Gilson Dipp. Ausente,
justificadamente, o Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia F ilho. Presidiu
o julgamento a Sra. Ministra Laurita Vaz. Brasília, 09 de fevereiro de
2011 (Data do Julgamento) Ministra Relatora Maria Thereza de
Assis Moura.
54
Cito os exemplos dos artigos 245 §2º e 368 do CPPM, primeiro APFD
quando não há testemunha presencial dos fatos, a lei obriga que para lavrar o
flagrante a autoridade militar deve efetuar a prisão na presença de uma testemunha
que presencia a apresentação do preso, e o segundo versa sobre o reconhecimento
de pessoa, a lei determina que esse procedimento tem que ser realizado na
presença de 02 (duas) testemunhas.
Doentes mentais;
Menores de 14 anos.
o ascendente;
o a fim em linha reta;
o cônjuge, ainda que desquitado;
o irmão do acusado;
o adotivo
CPPM
Art. 352. (....)
Não deferimento de compromisso
2º Não se deferirá o compromisso aos doentes e deficientes mentais, aos
menores de quatorze anos, nem às pessoas a que se refere o art. 354.
Obrigação e recusa de depor
Art. 354. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor.
Excetuam-se o ascendente, o descendente, o afim em linha reta, o cônjuge,
ainda que desquitado, e o irmão de acusado, bem como pessoa que, com
êle, tenha vínculo de adoção, salvo quando não fôr possível, por outro
modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
quando a vítima igualmente for outro parente ou quando o delito for cometido dentro
do âmbito doméstico e assim mesmo quando único meio probatório 25.
Aos xxxx dias do mês de xxxxx. do ano de dois mil e xxxx., nesta
Cidade de.... Estado de Mato Grosso, no.....(local do procedimento),
onde eu Reginaldo Azizes Ferreira- Cap PM - Sindicante, estando
presente o Acusado Sd PM Jeovane de Souza Pinto, acompanhado
do seu defensor legalmente constituído Sr. Juliano de Pinho –OAB
nº.3435 (dados fictícios), compareceu a testemunha o Sr.
xxxxxxxxxxxx.(nome, se militar posto/graduação) portador da cédula
de identidade RG nº. ___ , nacionalidade____, estado civil ____,
natural de ____, nascido em _____, no município de ______ (nome do
município e Estado onde nasceu a testemunha), filho de...(pai e mãe),
com a profissão de ....(se militar constar posto ou graduação, número
de polícia, unidade, fração e local onde serve), residente à Rua
(Avenida, Praça, etc.) nº..... cidade ..... UF ......sabendo ler e escrever,
“AOS COSTUMES DISSE”: (se for o caso), após prestar o
compromisso legal de dizer a verdade, inquirido sobre os fatos
narrados nos documentos que deram origem à presente Sindicância,
cuja Portaria nº ....../Sind/........../..........., de fls. ............. lhe foi lida,
respondeu que:.
[...]
25
Camargo Aranha, Adalberto José. Da prova no processo penal. ed.7, Saraiva,São Paulo, 2006, p. 164-165.
58
Insta salientar que no artigo 221, §1º da lei processual penal comum,
aduz que as autoridades abaixo descritas poderão optar em apresentar seus
depoimentos por escritos. Neste caso, o encarregado deverá enviar às perguntas da
administração e da parte acusada, as quais serão transmitidas via Ofício, as
testemunhas irão responder os questionamentos e enviar ao encarregado, são elas:
Art.221, CPP
o
§ 1 O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do
Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal
poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as
perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão
transmitidas por ofício. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
26
Camargo Aranha, Adalberto José. Da prova no processo penal. ed.7, Saraiva,São Paulo, 2006, p. 164.
59
como testemunha contra seu cliente. A exemplo cito o artigo 7º, XIX, da Lei nº.
8.906/94 (Estatuto da OAB), assim vejamos:
[...]
XIX - recusar-se a depor como testemunha em processo no
qual funcionou ou deva funcionar, ou sobre fato relacionado
com pessoa de quem seja ou foi advogado, mesmo quando
autorizado ou solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato
27
que constitua sigilo profissional.
[...]
São testemunhas que nada sabem sobre o fato apurado, neste caso, o
encarregado poderá dispensá-la, ou se ouvida não será computado como
testemunha numeraria.
27
Lei Nº. 8906\94. Estatuto da OAB.
28
Lei Nº. 8906\94. Estatuto da OAB.
60
29
Brasileiro Lima. Renato. Processo Penal Militar.2ºed- vol I, Impetus, Rio de Janeiro, 2012, p. 985.
61
[...]
Dos prazos
Artigo 5º-(....)
III – em casos imprescindíveis de suspensão da contagem de
prazo, provocados pelo sindicado e ou pela Administração
Pública Militar, quer sejam nos casos de necessidade de
juntada de laudo pericial, laudo técnico e ou demais provas
materiais, a autoridade delegante ou competente poderá
conceder sobrestamento, não superior a 30 (trinta) dias.
[...]
[...]
Art.221, CPP
§ 1o O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado
Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar
pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas
pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício. (Redação dada
pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
[...]
[...]
Art. 299. O interrogatório ou inquirição do mudo, do surdo, ou do surdo-
mudo será feito pela forma seguinte:
a) ao surdo, serão apresentadas por escrito as perguntas, que êle
responderá oralmente;
b) ao mudo, as perguntas serão feitas oralmente, respondendo-as êle por
escrito;
c) ao surdo-mudo, as perguntas serão formuladas por escrito, e por escrito
dará êle as respostas.
1º Caso o interrogado ou inquirido não saiba ler ou escrever, intervirá no
ato, como intérprete, pessoa habilitada a entendê-lo.
[...]
Dever de comparecimento
[...]
Código Penal Militar
Art.346. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, como
testemunha, perito, tradutor ou intérprete, em inquérito policial, processo
administrativo ou judicial, militar:
Pena - reclusão, de dois a seis anos.
[...]
Código Penal
Falso testemunho ou falsa perícia
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou
administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela
Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
[...]
Exemplo:
2º Fase Inquirição - Nesta fase a testemunha irá falar livremente sobre o que
sabe dos fatos.
30
Avena. Norberto. Processo Penal Esquematizado. 5ed.Metodo, RS, 2012, p. 569.
68
[...]
69
entre acusados;
entre testemunhas;
entre acusado e testemunha;
entre acusado ou testemunha e a pessoa ofendida;
entre as pessoas ofendidas.
31
Brasileiro Lima. Renato. Processo Penal Militar. 2ºed- vol I, Impetus, Rio de Janeiro, 2012, p. 1001.
71
32
Idem op. Cit. 1003.
72
21º – RELATÓRIO
Previsão legal –Art.1º §Único c/c art.2º §2º do MASIN, c/c art.154 da
Lei 555/2014.
1º – AUTUAÇÃO
2º– PORTARIA/ANEXOS
3º – TERMO DE ABERTURA
4º–OFÍCIO DE RECEBIMENTO/INFORMAÇÃO DE INÍCIO DOS
TRABALHOS
5º- CITAÇÃO (48 horas – marca a transformação de sindicância
investigativa para acusatória).
6º– TERMO QUALIFICAÇÃO INTERROGATÓRIO
7º – NOTIFICAÇÃO PARA APRESENTAR A DEFESA PRÉVIA
8º– ANÁLISE DA DEFESA
9º – TERMO DE PERGUNTA AO OFENDIDO
10º – TERMO DE INQUIRIÇÃO DAS TESTEMUNHAS (ACUSAÇÃO)
11º– TERMO DE INQUIRIÇÃO DAS TESTEMUNHAS (DEFESA)
12º – JUNTADA
13º – CERTIDÃO
14º – ASSENTADA
15º – VISTAS DOS AUTOS (DEFESA FINAL)
16º – JUNTADA DEFESA FINAL
75
33
Regulado pela Lei n. 3.800 de 19 de Outubro de 1.976 com as alterações da Lei nº 7.227/99. LC Nº
555, de 29 de dezembro de 2014 – Estatuto dos Militares do Estado de Mato Grosso. Decreto nº
1.329 de 21 de Abril de 1978 (Regulamento Disciplinar da Polícia Militar). Resolução nº 016/PM-
1/EMG/PMMT de 27 de junho de 1994 (Instrução de CD e CJ). Portaria nº 128/GCG/PMMT/09, 1º de
junho de 2009, (Padronização dos atos disciplinares), e demais normas em vigor.
77
Neste mesmo sentido, diz a lei 555 de dezembro de 2014, que diz
[...]
Art. 154 A demissão consiste no desligamento ex officio do militar estadual
da instituição com caráter de penalidade aplicada após o devido processo
legal, conforme dispuser legislação peculiar.
Art. 155 É da competência do Comandante-Geral da instituição os atos de
demissão e de exoneração das praças especiais, das praças e das praças
em situação especial.
Art. 156 É da competência do Governador do Estado os atos de demissão e
de exoneração do Oficial.
Art. 157 O militar estadual demitido ou exonerado não terá direito a qualquer
remuneração, sendo a sua situação militar definida pela Lei do Serviço
Militar.
[...]
34
Regulado pela Lei nº 3.993 de 26 de junho de 1978. LC Nº 555, de 29 de dezembro de 2014 –
Estatuto dos Militares do Estado de Mato Grosso. Resolução nº 016/PM-1/EMG/PMMT de 27 de
junho de 1994 (Instrução de CD e CJ).Portaria nº 128/GCG/PMMT/09, 1º de junho de 2009,
(Padronização dos atos disciplinares). Decreto nº 1.329 de 21 de Abril de 1978 (Regulamento
Disciplinar da Polícia Militar) entre outras normas em vigor.
81
[...]
Das intimações e notificações
Conceito
Artigo 7º - A intimação é o ato de dar ciência a pessoa sobre determinado
ato processual já praticado, ao passo queé o ato de cientificar a pessoa de
que deve comparecer para a realização de determinado ato processual.
[...]
Exemplo (1):
Quarta Qui Sex Sáb Dom Seg Ter Qua
10 11 12 13 14 15 16 17
Exemplo (2):
Qua Qui Sex Sáb Dom Seg Ter Qua
10 11 12 13 14 15 16 17
Outra forma:
[...]
Citação inicial do acusado
Art. 293. A citação feita no início do processo é pessoal,
bastando, para os demais têrmos, a intimação ou notificação do
seu defensor, salvo se o acusado estiver prêso, caso em que
será, da mesma forma, intimado ou notificado.
[...]
87
[...]
Requisição de militar ou funcionário
Art. 349. O comparecimento de militar, assemelhado, ou
funcionário públicoserá requisitado ao respectivo chefe, pela
autoridade que ordenar a notificação.
[...]
inativa.
[...]
Art. 4º O militar estadual encontra-se em uma das seguintes situações:
(....)
II - na inatividade:
a) na reserva remunerada, quando, tendo prestado serviço na ativa, passa à
reserva da instituição e percebe subsídio do Estado de Mato Grosso;
b) reformado, quando, tendo passado por uma das situações anteriores,
está dispensado, definitivamente, da prestação de serviço e continua a
perceber subsídio do Estado de Mato Grosso. perceber remuneração do
Estado.
[...]
O policial Militar na condição acima exposto deverá ser notificado
pessoalmente, conforme se faz com a notificação do civil, conforme Art. 7º, §2º,
da Portaria nº. 128/2009.
vezes seguidas, sendo que após a ultima aguardar 20 (vinte dias); Se o acusado
não comparecer, solicitar a nomeação de defensor Dativo e decretar a Revelia
[...]
Art. 14. A Sindicância terá rito próprio e atenderá aos princípios legais do
contraditório e ampla defesa.
SUPEIÇÃO E IMPEDIMENTO
Parágrafo único. Não podem ser encarregados de Sindicância:
a) O Oficial que formulou a acusação (IMPEDIMENTO);
b) O Oficial que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado,
parentesco consanguíneo ou afim, na linha reta ou até quarto grau de
consanguinidade colateral ou de natureza civil (SUSPEIÇÃO);
c) Oficial que tenha particular interesse na solução da Sindicância
(IMPEDIMENTO);
d) O Oficial que foi parte em qualquer procedimento que serviu de base para
a acusação (IMPEDIMENTO).
[...]
[...]
[...]
Art 55 Interposto mediante requerimento, por meio do qual o policial militar
que se julgue, ou julgue subordinado seu, prejudicado, ofendido ou
injustiçado, solicita a autoridade que praticou o ato, que reexamine sua
decisão e reconsidere seu ato.
§ 1º - O pedido de reconsideração de ato deve ser encaminhado através da
autoridade a quem o requerente estiver diretamente subordinado.
§ 2º - O pedido de reconsideração de ato deve ser apresentado no prazo
máximo de dois dias úteis, a contar da data em que o policial-militar tomar
oficialmente conhecimento dos fatos que o motivaram.
§ 3º - A autoridade, a quem é dirigido o pedido de reconsideração de ato,
deve dar despacho ao mesmo no prazo máximo de quatro dias úteis.
[...]
13.2. Da Queixa
13.3 - Da Representação
batalhão e ratificada em segundo grau pelo comandante regional. Para interpor tal
recurso o disciplinado deverá informar às autoridades que negaram provimento nas
instancias anteriores que interpolara novo Recurso.
I - A Anulação
II - Revelação
[...]
Art. 45 - A relevação de punição consiste na suspensão de cumprimento da
punição imposta.
Parágrafo Único - A relevação da punição pode ser concedida:
1) quando ficar comprovado que foram atingidos os objetivos visados com a
aplicação da mesma, independente do tempo de punição a cumprir;
2) por motivo de passagem de comando, data de aniversário da PM, ou data
nacional quando já tiver sido cumprida pelo menos metade da punição.
[...]
III - Atenuação
IV- Agravação
[...]
Art. 47. A agravação de punição consiste na transformação da punição
proposta ou aplicada em uma mais rigorosa, se assim o exigir o
interesse da disciplina e da ação educativa do punido.
[...]
O que é nulidade?
É sanção;
Decretada pelo órgão jurisdicional;
Em relação a ato praticado com a inobservância das prescrições
legais.
I. É SANÇÃO
A nulidade é uma espécie de penalidade aplicada pelo ato não ter sido
perfeito.
35
de direito e por direito
108
Ato inexistente
109
A teoria dos atos inexistentes, vem sendo admitida sem que exista
texto legal específico a positivá-la. Podemos dizer, recolhendo a essência dos
doutrinadores da matéria, como Aubry et Rau e Baudry-Lacantinerie, que atos
inexistentes podem ser considerados os que:
formalidades, não causam qualquer arranhão à veracidade dos fatos a que, por lei
ou princípio, buscam os procedimentos disciplinares.
I - Vícios de competência:
Falta de citação;
Citação encaminhada para endereço diverso do que consta dos
autos do processo;
Citação por edital do acusado que se encontre preso;
36
livre nomeação e exoneração
111
37
COSTA, José Armando da. Teoria e Prática do Processo Administrativo Disciplinar. 3. ed. Brasília:
Brasília Jurídica, 1999.
113
Ato nulo é o que não produz efeito até que seja convalidado. O ato
anulável é aquele que produz efeitos até que seja invalidado.
16 - PRESCRIÇÃO
38
BACELLAR FILHO, Romeu Felipe. Direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2004.
116
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