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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
SUMÁRIO
“JURISPRUDÊNCIA EM PROVAS” ........................................................................................................................ 7
1. DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................................ 8
1.1 CARGOS EM COMISSÃO....................................................................................................................... 8
1.2 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ............................................................................................... 8
1.3 RESPONSABILIDADE CIVIL DO MUNICÍPIO POR EXPLORAÇÃO EM LOCAL DE COMÉRCIO DE FOGOS
DE ARTIFÍCIO .................................................................................................................................................. 9
1.4 LEGITIMIDADE PARA EXECUÇÃO DE CRÉDITO DECORRENTE DE MULTA APLICADA PELO TCE .......... 10
1.5 PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO DE RESSARCIMENTO AO ERÁRIO........................................................ 10
1.6 ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO CIVIL ............................................................................................... 11
1.7 CONCURSO PÚBLICO ........................................................................................................................ 11
1.8 AÇÃO CIVIL PÚBLICA E A DOMINIALIDADE DO BEM EXPROPRIADO................................................... 12
1.9 ACUMULAÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS .............................................................................................. 12
1.10 SUPRESSÃO REMUNERÁTÓRIA DE POLICIAL INVESTIGADO EM SEDE DE SINDICÂNCIA ................... 13
1.11 IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ....................................................................................................... 13
2. DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................................................... 14
2.1 DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA ..................................................................................................... 14
2.2 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA ........................................................................................................ 14
2.3 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE............................................................................................ 14
2.4 MANDADO DE INJUNÇÃO ................................................................................................................... 15
2.5 COMISSÕES PARLAMENTARES .......................................................................................................... 16
2.6 EXTRADIÇÃO DE BRASILEIRO NATURALIZADO ................................................................................... 16
2.7 CRIAÇÃO DE ORGÃO PÚBLICO POR INICIATIVA PARLAMENTAR ........................................................ 17
2.8 TERÇO CONTITUCIONAL DE FÉRIAS................................................................................................... 17
2.9 “ORÇAMENTO SECRETO – RP-9” ........................................................................................................ 17
2.10 DEFENSORIA PÚBLICA – AUTONOMIA ................................................................................................ 18
2.11 DEFENSORIA PÚBLICA - CAPACIDADE POSTULATÓRIA ..................................................................... 19
2.12 LIMITAÇÃO DO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO AOS CRIMES PRATICADO NO CARGO E EM
RAZÃO DELE .................................................................................................................................................. 19
2.13 INTERVENÇÃO NOS MUNICÍPIOS....................................................................................................... 20
2.14 ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA – COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS ESTADOS .......................................... 21
2.15 DIREITOS SOCIAIS – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – LEGITIMIDADE DO MP ................................................... 22
2.16 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA - CONTRATO DE PPP ....................................................................... 22
2.17 ASCENSÃO FUNCIONAL..................................................................................................................... 22
2.18 DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA ................................................................................ 23
2.19 REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA – STF – REPERCUSSÃO GERAL TEMA 849......................................... 23
2.20 É INCONSTITUCIONAL NORMA DE CONSTITUIÇÃO ESTADUAL QUE EXIJA PRÉVIA ARGUIÇÃO E
APROVAÇÃO DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA PARA QUE O GOVERNADOR DO ESTADO NOMEIE OS
DIRIGENTES DAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS ............................................................................ 24
2.21 ASSEMBLEIAS E CÂMARAS - CAPACIDADE PROCESSUAL LIMITADA À DEFESA INSTITUCIONAL ........ 24
2.22 PROCESSO LEGISLATIVO – EMENDA PARLAMENTAR EM PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO................. 25
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6.12 OS AGENTES FINANCEIROS CONHECIDOS COMO BANCOS DE VAREJO, QUE FINANCIAM A VENDA
DE AUTOMÓVEIS, NÃO RESPONDEM PELOS VÍCIOS DO PRODUTO .............................................................. 63
6.13 RESPONSABILIDADE DO BANCO EMISSOR DO BOLETO PELA VENDA FRAUDULENTA REALIZADA POR
UMA LOJA VIRTUAL........................................................................................................................................ 64
6.14 NÃO HÁ RESPONSABILIDADE DE CONCESSIONÁRIA POR ADULTERAÇÃO DE HODÔMETRO DE
VEÍCULO COMERCIALIZADO POR ELA........................................................................................................... 64
6.15 O MERO PATROCINADOR DE EVENTO, QUE NÃO ASSUME GARANTIA DE SEGURANÇA DOS
PARTICIPANTES, NÃO PODE SER CONSIDERADO FORNECEDOR ................................................................. 64
6.16 SOCIEDADE EMPRESÁRIA QUE COMERCIALIZA INGRESSOS NO SISTEMA ON-LINE RESPONDE
CIVILMENTE PELA FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO ............................................................................... 64
6.17 ERRO GROSSEIRO DE CARREGAMENTO NO SISTEMA DE PREÇOS E A RÁPIDA COMUNICAÇÃO AO
CONSUMIDOR PODEM AFASTAR A FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO E O PRINCÍPIO DA VINCULAÇÃO DA
OFERTA ......................................................................................................................................................... 65
6.18 NÃO É TODO E QUALQUER SERVIÇO PÚBLICO QUE SERÁ REGIDO PELO CDC ................................... 65
6.19 FORNECEDOR DO PRODUTO E REPRESENTANTE AUTÔNOMO .......................................................... 66
7. DIREITO PROCESSUAL CIVIL ....................................................................................................................... 67
7.1 CONEXÃO POR PREJUDICIALIDADE ................................................................................................... 67
7.2 HONORÁRIOS POR APRECIAÇÃO EQUITATIVA ................................................................................... 68
7.3 LITISCONSÓRCIO E AUSÊNCIA DE CITAÇÃO ...................................................................................... 68
7.4 AÇÃO COLETIVA CONTRA FAZENDA PÚBLICA.................................................................................... 69
7.5 MANDADO DE SEGURANÇA E EXCLUSÃO DE LITISCONSORTE .......................................................... 70
7.6 NÃO CABE FIXAÇÃO DE MULTA DIÁRIA COMO MEIO DE EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR ....... 70
7.7 INTERVENÇÃO ANÔMALA DA UNIÃO.................................................................................................. 71
7.8 EXECUÇÃO DE ALIMENTOS ................................................................................................................ 71
7.9 FRACIONAMENTO DA EXECUÇÃO ...................................................................................................... 72
7.10 EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ................................................................................................... 72
7.11 PENHORABILIDADE DE BEM DE FAMÍLIA DE FIADOR ......................................................................... 72
7.12 EMBARGOS DE TERCEIRO .................................................................................................................. 73
7.13 IMPENHORABILIDADE - 40 (QUARENTA) SALÁRIOS MÍNIMOS ............................................................ 73
7.14 PENHORA DE BEM IMÓVEL - DISPENSA DA INTIMAÇÃO DE EX-CÔNJUGE .......................................... 74
7.15 ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA .......................................................................................................... 74
7.16 AÇÃO RESCISÓRIA PROPOSTA PELA UNIÃO ...................................................................................... 74
8. DIREITO ELEITORAL .................................................................................................................................... 76
8.1 PREFEITO ITINERANTE OU PROFISSIONAL ......................................................................................... 76
8.2 CRIMES ELEITORAIS ........................................................................................................................... 76
8.3 ATO DE VOTAÇÃO – NULIDADES – OBRIGATORIEDADE DE IMPUGNAÇÃO ......................................... 76
8.4 PARTIDOS POLÍTICOS – EXCESSOS PRATICADOS - RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ........................ 77
8.5 PRECLUSÃO E A COMPATIBILIDADE COM OS PRINCÍPIOS DA CELERIDADE E SEGURANÇA JURÍDICA
77
8.6 CAPTAÇÃO ILICITA DE SUFRÁGIO ...................................................................................................... 77
8.7 FRAUDE À COTA DE GÊNERO ............................................................................................................. 78
8.8 DEMONSTRATIVO DE REGULARIDADE DE ATOS PARTIDÁRIOS .......................................................... 78
8.9 AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO (AIME) ..................................................................... 79
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“JURISPRUDÊNCIA EM PROVAS”
QUESTÕES DE PROVAS OBJETIVAS FGV – 2ª Edição
Atualizado até 22.09.23
Legenda de cores:
Amarelo: destaques
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1. DIREITO ADMINISTRATIVO
1.1 CARGOS EM COMISSÃO
ASSERTIVA CORRETA: O número de cargos comissionados criados deve guardar proporcionalidade com a
necessidade que eles visam suprir e com o número de servidores ocupantes de cargos efetivos no ente
federativo que os criar. (FGV – TJPE/22).
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5. Nesta situação, não se pode imputar aos pais responsabilidade por ter permitido que o filho brincasse
em logradouro público, especialmente naquele onde ocorreu as festividades de ano novo. Não há, outrossim,
nenhum elemento, no acórdão vergastado, indicativo de que era proibido o acesso ao local do acidente ou que
o município tenha prevenido o acesso à multicitada área pública, ao contrário, a presunção é de que o local
fosse seguro, uma vez que próximo de onde ocorreu as festividades de passagem de ano.
Dessarte, irreprochável a conclusão de que, in casu, não há culpa concorrente dos pais, tendo sido a
conduta do município causa exclusiva para a ocorrência do dano.
6. Considerando-se a necessidade de estabelecimento de novo valor a ser pago a título de indenização,
excluindo a culpa concorrente dos pais, e que tal fixação demanda reexame do contexto fático-probatório -
vedado nesta instância por força do disposto na Súmula 7/STJ - mister sejam devolvidos os autos ao Tribunal
de origem para que fixe novo valor de indenização, proporcional aos danos causados à vítima. 7. Recurso
Especial provido, com determinação de retorno dos autos ao Tribunal de origem para fixação de novo valor
indenizatório." (REsp 1837378/RO, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 10/12/2019, DJe
25/05/2020).
ASSERTIVA CORRETA: responsabilidade civil objetiva, orientada pela teoria do risco administrativo,
não havendo que se falar em culpa exclusiva ou concorrente dos pais pelos danos causados aos seus
filhos. (FGV – TJPE/22).
ASSERTIVA CORRETA: objetiva, orientada pela teoria do risco administrativo, não havendo que se falar em
culpa exclusiva ou concorrente dos pais pelos danos causados aos seus filhos. (A responsabilidade civil do
Estado, tal como adotada em nosso ordenamento, é de índole objetiva, fundada na teoria do risco
administrativo, que independe da comprovação de dolo ou culpa. Cabe ao ente estatal, por seu turno,
demonstrar a presença de uma das causas excludentes de sua responsabilidade. (Fonte: Comentário do
professor no QConcurso). (FGV – TJMS/2023).
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sem as cautelas legais; ii) quando forem de conhecimento do poder público irregularidades praticadas
pelo particular.
Responsabilidade objetiva. Isso está previsto no art. 37, § 6º da CF/88: Art. 37 (...) § 6º As pessoas jurídicas de
direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
Se você reparar bem o § 6º acima, verá que não está escrito expressamente que a responsabilidade é objetiva.
A doutrina e a jurisprudência, no entanto, de forma pacífica assim entendem por um motivo: o dispositivo exige
dolo ou culpa para que o agente público responda regressivamente, mas não faz esta mesma exigência para
que o Estado tenha que indenizar. Logo, interpreta-se que a exigência de dolo ou culpa é unicamente para
a ação regressiva.
ATENÇÃO: O simples requerimento de licença de instalação ou o recolhimento da taxa de funcionamento
não são suficientes para caracterizar o dever específico de agir. Ausência de requisitos positivos (como por
exemplo a ausência de vistoria pela Policia Civil no local – falta documento para a regularização e a concessão
da licença para funcionamento), incide a culpa exclusiva do proprietário, porque não aguardou a necessária
licença e estocou pólvora.1
ENUNCIADO: Tício estava no interior de uma loja de fogos de artifício de sua cidade a fim de comprar diversos
itens para a festa junina que se aproximava quando se deu uma grande explosão que lhe causou queimaduras
e destruiu seus pertences. Considerando a legislação em vigor e a jurisprudência atualizada, é correto afirmar
que:
ASSERTIVA CORRETA: haverá responsabilidade civil do Município por omissão específica quando forem de
conhecimento do poder público eventuais irregularidades praticadas pelo particular. (FGV – TJMS/2023).
1.4 LEGITIMIDADE PARA EXECUÇÃO DE CRÉDITO DECORRENTE DE MULTA APLICADA PELO TCE
ASSERTIVA CORRETA: o Tribunal de Contas do Estado Beta, não possui legitimidade para ajuizar a ação
executiva, e é prescritível a pretensão de execução do ressarcimento ao erário fundada em decisão do Tribunal
de Contas. (O LEGITIMADO É O MUNICIPIO). (FGV – TJPE/22).
1
(Fonte: Para que o Município seja responsável por acidente em loja de fogos de artifício, é necessário comprovar que ele violou dever jurídico específico de agir
(concedeu licença sem as cautelas legais ou tinha conhecimento de irregularidades que estavam sendo praticadas pelo particular). Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/1109f8734e117143a570a8bf9f8c47b2>.)
2
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É prescritível a pretensão de ressarcimento ao erário fundada em decisão do Tribunal de Contas. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/58ae23d878a47004366189884c2f8440>. Acesso em: 01/10/2023
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b) não profere decisão judicial, declarando a existência de ato ilícito doloso, não havendo contraditório e
ampla defesa plenos, pois não é possível, por exemplo, que o imputado defenda-se afirmando a ausência de
elemento subjetivo.
ASSERTIVA CORRETA: o ente público que tiver sofrido prejuízo em razão de atos de improbidade é legitimado
concorrente com o Ministério Público a propor ação de improbidade administrativa. (o Município, ente público
que sofreu prejuízo em razão de atos de improbidade é legitimado, concorrentemente com o Ministério Público,
para propor ação de improbidade administrativa). (FGV – TJMS/2023).
ADMINISTRATIVO – CONCURSO PÚBLICO – CARGO – STJ – RECURSO REPETITIVO – TEMA 1094 - "O
candidato aprovado em concurso público pode assumir cargo que, segundo o edital, exige título de
Ensino Médio profissionalizante ou completo com curso técnico em área específica, caso não seja
portador desse título mas detenha diploma de nível superior na mesma área profissional."(REsp
1888049/CE, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 22/09/2021, DJe 28/09/2021).
O art. 5º, IV, e o art. 10, parágrafo único, da Lei nº 8.112/90 (Estatuto dos Servidores Públicos Federais) prevê
que a investidura no cargo público somente ocorrerá se o candidato tiver o nível de escolaridade exigido
para o exercício do cargo, conforme estiver previsto no edital do certame. O edital do concurso, por sua
vez, exige a qualificação que é prevista na lei da carreira. A partir de uma análise econômica do Direito, e
considerando as consequências práticas da decisão - nos termos do art. 20 da LINDB, deve-se considerar que
a aceitação de titulação superior à exigida traz efeitos benéficos para o serviço público e, consequentemente,
para a sociedade brasileira.
Ao se fazer essa interpretação ampliativa, a Administração Pública experimenta dois benefícios:
1) o leque de candidatos postulantes ao cargo é ampliado, permitindo uma seleção mais abrangente e mais
competitiva no certame;
2) a própria prestação do serviço público é aperfeiçoada com a investidura de servidores mais qualificados e
aptos para o exercício da função pública.
Registre-se que tal postura se coaduna com a previsão do art. 37 da Constituição Federal, que erige o princípio
da eficiência dentre os vetores da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Convém transcrever trecho da manifestação do Ministério Público nos autos:
“13. Afigura-se correto e legítimo este entendimento sobre o tema. A titulação superior àquela exigida no edital,
na mesma área profissional, satisfaz inteiramente o requisito de escolaridade para a posse no cargo público
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almejado. O candidato aprovado que apresenta nível mais alto de escolaridade para a função certamente
terá desempenho superior, aportará mais conhecimento para a instituição de ensino, para os alunos e
para a sociedade. Benefício para todos.
14. Em sentido oposto, indeferir o ingresso do profissional nestas condições confronta com o próprio interesse
público, de selecionar de forma objetiva os mais bem preparados para exercer o múnus público, com o
propósito de excelência na prestação de serviços públicos. Trata-se, portanto, de privilegiar os princípios da
razoabilidade e da eficiência, porquanto o concurso público é o sistema adotado pela Administração
Pública para selecionar o candidato mais capacitado ao cargo.” (Fonte: O candidato que possua
qualificação superior àquela exigida para o cargo, no edital, tem direito de a ele concorrer.3
ENUNCIADO: Caio, bacharel em Física, prestou concurso público para o cargo de técnico de laboratório na
área de Física, sendo certo que o edital exigia para o exercício do cargo a qualificação consistente em Ensino
Médio profissionalizante na área ou Ensino Médio completo com curso técnico na área. Aprovado, Caio teve
sua posse negada pela administração pública, ao argumento de que não possuía a qualificação exigida no
edital. Considerando a legislação em vigor e a jurisprudência atualizada, é correto afirmar que: ASSERTIVA
CORRETA: o candidato aprovado em concurso público pode assumir cargo que, segundo o edital, exige título
de Ensino Médio profissionalizante, ainda que não seja portador desse título, desde que detenha diploma de
nível superior na mesma área profissional. (FGV – TJMS – 2023).
ENUNCIADO: O Município X ajuizou ação de desapropriação em face de Tício, proprietário do imóvel Y, tendo
sido fixada, nos autos judiciais, indenização ao particular. Quatro anos depois do trânsito em julgado, o
Ministério Público ajuizou ação civil pública em face de Tício sob a alegação de que a propriedade fora
adquirida irregularmente, motivo pelo qual não era o real proprietário do imóvel, não fazendo jus à indenização
paga, causando prejuízo ao erário. À luz da legislação em vigor e da jurisprudência atual, é correto afirmar
que: ASSETIVA CORRETA: a ação civil pública, como pretendida, não ofende a coisa julgada, ainda que
decorridos dois anos. (FGV – TJMS/2023).
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públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no
inciso XI:4
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
Art. 118, Lei nº 8.112/90: Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação
remunerada de cargos públicos. (...) § 2º A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à
comprovação da compatibilidade de horários.
ASSERTIVA CORRETA: as hipóteses excepcionais que permitem acumulação de cargos públicos, previstas no
Art. 37, XVI, da Constituição da República de 1988 exigem, apenas, compatibilidade de horários, a ser verificada
no caso concreto. (FGV – TJMS/2023).
ENUNCIADO: O Estado Alfa publicou lei alterando o Estatuto dos Policiais Civis e inseriu norma dispondo que
o corregedor-geral da Polícia Civil decidirá fundamentadamente pelo afastamento temporário, ou não, do
exercício do cargo ou das funções, com supressão das vantagens previstas nesta lei, do servidor policial civil
processado criminalmente. O policial civil João foi denunciado pelo Ministério Público e a ação penal ainda
está em curso. Ao tomar conhecimento da tramitação do processo criminal, o corregedor-geral da Polícia Civil
praticou ato administrativo afastando João, com supressão de seus vencimentos, com base no novo
dispositivo legal mencionado. Consoante entendimento do Supremo Tribunal Federal, a citada norma é
ASSERTIVA CORRETA: inconstitucional, no que tange à expressão "com supressão das vantagens previstas
nesta lei", por violação às cláusulas do devido processo legal e da não culpabilidade. (FGV TJES/2023).
ENUNCIADO: Recentemente, Juevlina, prefeita do Município Delta, sem realizar concurso público,
dolosamente, promoveu a contratação por tempo determinado de Eleutério para atender a necessidade
temporária de excepcional interesse público, devidamente especificada nos termos da lei local vigente. No
exercício da respectiva função, Eleutério atuou de forma negligente, vindo a causar danos ao erário municipal,
de forma culposa.Diante dessa situação hipotética, considerando o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça e o disposto na Lei nº 8.429/1992, com a redação conferida pela Lei nº 14.230/2021, é correto afirmar
que: ASSERTIVA CORRETA: a conduta de Juvelina, por si só, não caracteriza ato de improbidade
administrativa. (FGV – SMF-RJ/2023).
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não há qualquer obstáculo ao recebimento acumulado de dois benefícios de pensão por morte se eles
decorrerem de cargos acumuláveis, expressamente previstos no art. 37, XVI, da CF/88. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/0babdd954699df097833f3d27e01d03d>. Acesso em: 01/10/2023
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2. DIREITO CONSTITUCIONAL
2.1 DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA
ENUNCIADO: “Após ampla mobilização popular, com a realização de inúmeras audiências públicas no âmbito
da Assembleia Legislativa do Estado Alfa, ocasião em que foram ouvidos diversos especialistas em urbanismo,
meio ambiente e segurança viária, foi editada a Lei Estadual nº XX. Esse diploma normativo estabeleceu o prazo
de dois anos para que todas as sociedades empresárias em atuação no Estado, que explorassem o serviço de
energia elétrica, promovessem a substituição dos postes de sustentação de energia elétrica por instalações
subterrâneas, ressalvada a demonstração de total impossibilidade fática.” ASSERTIVA CORRETA: a Lei
Estadual nº XX é formalmente inconstitucional, pois a competência legislativa é influenciada pela natureza
da atividade desempenhada pelas referidas pessoas jurídicas, carecendo o Estado de competência.
(COMPETÊNCIA DA UNIÃO, art. 21, XII, “b”, CF). (FGV – TJPE/22).
ASSERTIVA ERRADA: a Emenda à Lei Orgânica número 2 é inconstitucional, pois embora seja da competência
do ente municipal legislar sobre a prerrogativa de foro dos vereadores, a iniciativa para apresentar o projeto é
exclusiva do prefeito. (A CRFB não prevê foro por prerrogativa de função aos vereadores. Ademais, o STF
entende que Constituição Estadual não pode conceder foro por prerrogativa de função para vereadores, ante
a falta de previsão na CRFB). (FGV – TJPE/22).
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ordinária, superar a jurisprudência. Trata-se de uma reação legislativa à decisão da Corte Constitucional com
o objetivo de reversão jurisprudencial.
No caso de reversão jurisprudencial (reação legislativa) proposta por meio de emenda constitucional, a
invalidação somente ocorrerá nas restritas hipóteses de violação aos limites previstos no art. 60, e seus §§, da
CF/88. Em suma, se o Congresso editar uma emenda constitucional buscando alterar a interpretação
dada pelo STF para determinado tema, essa emenda somente poderá ser declarada inconstitucional se
ofender uma cláusula pétrea ou o processo legislativo para edição de emendas.
ATENÇÃO: No caso de reversão jurisprudencial proposta por lei ordinária, a lei que frontalmente colidir com
a jurisprudência do STF nasce com presunção relativa de inconstitucionalidade, de forma que caberá ao
legislador o ônus de demonstrar, argumentativamente, que a correção do precedente se afigura legítima.
Assim, para ser considerada válida, o Congresso Nacional deverá comprovar que as premissas fáticas e
jurídicas sobre as quais se fundou a decisão do STF no passado não mais subsistem. O Poder Legislativo
promoverá verdadeira hipótese de mutação constitucional pela via legislativa. STF. Plenário. ADI 5105/DF, Rel.
Min. Luiz Fux, julgado em 1º/10/2015 (Info 801). (Fonte: QConcurso).
ASSERTIVA CORRETA: constitucional, pois o efeito vinculante da decisão proferida não obsta que o legislador edite outro
diploma normativo de idêntico teor. (a decisão proferida pelo STF não vincula o Poder Legislativo, nem o próprio Tribunal,
em relação a apreciações futuras da matéria. Assim, inexiste óbice a que o novo projeto de lei venha a ser aprovado e
sancionado, hipótese em que poderá a lei resultante vir a ser objeto de nova Ação Direta de Inconstitucionalidade, a ser
apreciada oportunamente pelo STF). (FGV – TJPE/22).
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- Concretista geral: A decisão que o Poder Judiciário der no MI terá efeitos erga omnes e valerá para todas as
demais pessoas que estiverem na mesma situação.
ATENÇÃO: Nosso ordenamento adota a teoria concretista intermediária individual.
“Lei 13.300/16 - Art. 8º: Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: I - determinar
prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma regulamentadora; (...)” (Corrente Concretista
Intermediária).
“Art. 9º da Lei 13.300/16: A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento
da norma regulamentadora. (...).”
ENUNCIADO: João, servidor público do Estado Gama, deseja requerer a aposentadoria especial, em razão do
exercício de atividade em condições de insalubridade, mas descobre a ausência de norma regulamentadora
em seu Estado. ASSERTIVA CORRETA: poderá impetrar mandado de injunção, podendo o Poder Judiciário
estabelecer as condições em que se dará o exercício do direito, uma vez reconhecida e não suprida a mora
legislativa, no prazo determinado, pelo Estado Gama. (FGV – TJPE/22).
ENUNCIADO: John, de nacionalidade estrangeira e que veio a se naturalizar brasileiro, tinha sido condenado,
anteriormente, em seu país de origem, em sentença judicial transitada em julgado, pela prática de crime
comum. Após anos de negociação, o seu país de origem celebrou tratado de extradição com o Estado brasileiro
e requereu a extradição de John. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar que John: ASSERTIVA
CORRETA: pode ser extraditado em razão da natureza do crime e do momento em que o praticou, sendo-lhe
aplicável o tratado de extradição celebrado posteriormente. (FGV – TJDFT – ANALISTA/2022).
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ENUNCIADO: Diversos vereadores do Município Beta apresentaram projeto de lei criando um órgão vinculado
à Secretaria Municipal de Saúde, que passaria a desenvolver algumas atividades que seriam relevantes, ao ver
dos autores da proposição, para a prevenção de possíveis danos à saúde. O projeto foi aprovado por
unanimidade e veio a ser sancionado pelo Prefeito Municipal, daí resultando a Lei nº XX. Irresignado com as
atividades que os profissionais da área de saúde a serem lotados no novo órgão passariam a exercer, já que
suas obrigações seriam sensivelmente ampliadas, o sindicato da categoria consultou seu advogado a respeito
da compatibilidade da Lei nº XX com a Constituição da República de 1988.O advogado respondeu
corretamente que a Lei nº XX é: ASSSERTIVA CORRETA: inconstitucional, pois a criação do órgão, com a
ampliação das atividades desempenhadas pela Secretária Municipal de Saúde, é matéria de iniciativa privativa
do Prefeito Municipal.
CONSTITUCIONAL – STF – TERÇO CONTITUCIONAL DE FÉRIAS – INCIDÊNCIA – Repercussão Geral – Tema 1.241
Tese fixada pelo STF: “O adicional de 1/3 (um terço) previsto no art. 7º, XVII, da Constituição Federal incide
sobre a remuneração relativa a todo período de férias.”. STF. Plenário. RE 1400787/CE, Rel. Min. Rosa Weber, julgado
em 15/12/2022 (Repercussão Geral – Tema 1.241) (Info 1080).
O art. 7º, XVII, da CF/88 assegura ao trabalhador o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um
terço a mais do que o salário normal, sem limitar o tempo da sua duração, razão pela qual esse adicional
deve incidir sobre todo o tempo de descanso previsto em lei. (Fonte: Comentários QConcurso)
ENUNCIADO: João é servidor público ocupante do cargo efetivo de professor no Município Alfa. Não obstante
lei local em vigor desse Município preveja o direito de férias anuais de 45 dias aos professores municipais, o
atual prefeito, com base em parecer da Procuradoria Geral do Município, determinou que tais servidores
somente possuem direito a 30 dias de férias por ano, período sobre o qual deve recair o pagamento do terço
constitucional de férias, com base na Constituição da República de 1988. Inconformado, João aforou ação
judicial visando a garantir seu direito de férias de 45 dias anuais, requerendo que sobre esse período incida o
terço constitucional de férias. Com base na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre o tema, o
magistrado deve decidir que a pretensão de João é: ASSERTIVA CORRETA: procedente, pois a norma municipal
que prevê 45 dias de férias é constitucional e o terço adicional de férias incide sobre a remuneração relativa a
todo o período de férias. (Se o servidor possui 45 dias de férias por ano, o pagamento do terço constitucional
de férias deverá incidir sobre 45, e não apenas sobre 30 dias) (FGV – TJMS/2023).
CONSTITUCIONAL - STF – “ORÇAMENTO SECRETO – RP-9” – USO AMPLIADO DE EMENDAS PELO RELATOR
NO ORÇAMENTO – VEDAÇÃO É vedada a utilização das emendas do relator-geral do orçamento com a
finalidade de criar novas despesas ou de ampliar as programações previstas no projeto de lei orçamentária
anual, uma vez que elas se destinam, exclusivamente, a corrigir erros e omissões (art. 166, § 3º, III, alínea
“a”, da CF/88). STF. Plenário. ADPF 850/DF, ADPF 851/DF, ADPF 854/DF e ADPF 1.014/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgados
em 19/12/2022 (Info 1080).
17
Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
Comentários prova MEGE – TJMS: Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal julgou
inconstitucional ochamado orçamento secreto, como ficaram conhecidas as emendas de relator ao
Orçamento Geral da União, identificadas pela sigla RP-9 (ADPFs 850, 851, 854 e 1014).
O orçamento secreto consiste no uso ampliado das emendas do relator-geral do
orçamento, para efeito de inclusão de novas despesas públicas ou programações no projeto de lei
orçamentária anual da União.
ATENÇÃO: Para a Suprema Corte, as emendas RP-9 violam os princípios constitucionais da transparência,
da impessoalidade, da moralidade e da publicidade por serem anônimas, sem identificação do proponente
e clareza sobre o destinatário. Pela decisão majoritária da Corte, esse tipo de prática orçamentária foi
declarado incompatível com a ordem constitucional brasileira, e as emendas do relator-geral devem se
destinar, exclusivamente, à correção de erros e omissões.
CONSTITUCIONAL – DEFENSORIA PÚBLICA – AUTONOMIA – STF - Lei estadual que estabeleça que a
Defensoria Pública ficará subordinada ao Governador do Estado é inconstitucional por violar a autonomia da
Instituição (art. 134, § 2o da CF/88). (Info 657 /STF) (Plenário. ADI 3965/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, 7.3.2012.)
É inconstitucional, por violar o art. 134, § 2o, da CF, lei estadual que traga as seguintes previsões: a) A DPE
integra a Administração Direta; b) O Governador do Estado é auxiliado pelo Defensor Geral do Estado; c) O
Defensor Público-Geral é equiparado a Secretário de Estado. O STF entendeu que estas três regras eram
inconstitucionais por violarem a autonomia funcional, administrativa e financeira da Defensoria Pública
(art. 134, § 2o). Como os secretários estaduais são demissíveis ad nutum (livremente, por vontade do chefe do
Executivo), o Defensor Público-Geral, segundo a previsão da lei maranhense, também o seria, circunstância
que faria com que ele perdesse sua autonomia em relação ao governo. De acordo com o Relator, a intenção da
lei foi a de subordinar a Defensoria ao comando do Governador. (Plenário. ADI 4056/MA, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, 7.3.2012.) (Info 657/STF).
"Art. 134, CF. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,
incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático, fundamentalmente, a orientação
jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos
individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta
Constituição Federal.
§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a
iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º."
ENUNCIADO: No âmbito do Estado Alfa, determinada sociedade empresária, que oferecia o fretamento de
ônibus para fins de transporte coletivo destinado à população de baixa renda, locou diversos veículos que se
encontravam em condições precárias. Por tal razão, esses veículos se envolveram em acidentes que
acarretaram a morte de diversas pessoas. Sensibilizado pelo clamor público e convicto da necessidade de
responsabilização dos autores, o governador do Estado Alfa, em coletiva de imprensa, informou que colocaria
a Defensoria Pública em regime de plantão especial, de modo a atender, com a maior celeridade possível, os
familiares das vítimas, com o correlato ajuizamento das ações de reparação de danos. ASSERTIVA CORRETA:
errada, pois a autonomia administrativa da Defensoria Pública afasta qualquer ingerência do governador do
Estado em relação à organização e à alocação dos recursos humanos dessa instituição. (FGV – DPE/RS 2023 -
Técnico).
@
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
ASSERTIVA CORRETA: é inconstitucional norma elaborada com a exigência de inscrição na Ordem dos
advogados do Brasil para que os defensores públicos estaduais tenham capacidade postulatória. (FGV –
DPE/RS 2023 – Analista).
2.12 LIMITAÇÃO DO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO AOS CRIMES PRATICADO NO CARGO E EM
RAZÃO DELE
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às funções
desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação
para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais
afetada em razão de o agente público vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja
o motivo”. 7. Aplicação da nova linha interpretativa aos processos em curso. Ressalva de todos os atos
praticados e decisões proferidas pelo STF e demais juízos com base na jurisprudência anterior. 8. Como
resultado, determinação de baixa da ação penal ao Juízo da 256ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, em razão de
o réu ter renunciado ao cargo de Deputado Federal e tendo em vista que a instrução processual já havia sido
finalizada perante a 1ª instância.
Tese: (i) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo
e relacionados às funções desempenhadas; e (ii) Após o final da instrução processual, com a publicação do
despacho de intimação para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava,
qualquer que seja o motivo. (AP 937 QO/RJ) (Fonte: Site STF).
ATENÇÃO: A competência para julgamento do Deputado Federal é do STF, de acordo com o artigo 102, I, "b"
da CF. “Art. 102, CF: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: b) nas infrações penais comuns,
o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e
o Procurador-Geral da República; (...)”.
Os membros do Congresso Nacional estão definidos no artigo 44 da CF. “Art. 44, CF: O Poder Legislativo é
exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.” Grifos
acrescidos.
ENUNCIADO: Jonas, deputado federal, no curso do mandato parlamentar, praticou o crime de corrupção
passiva, solicitando vantagem indevida para atuar em um determinado sentido no Congresso Nacional. A
Procuradoria Geral da República denunciou Jonas e o processo transcorreu de forma adequada. Finda a
audiência de instrução e julgamento, foi publicado o despacho, determinando que as partes apresentassem
alegações finais. Ato continuo, Jonas renunciou ao cargo de deputado federal e foi nomeado membro do
Tribunal de Contas do Estado Alfa, após a observância de todas as formalidades constitucionais e legais. Nesse
cenário, considerando as disposições constitucionais e o entendimento dominante dos Tribunais Superiores,
a competência para julgar o crime de corrupção passiva, supostamente perpetrado por Jonas, é do:
ASSERTIVA CORRETA: Supremo Tribunal Federal. (É de se notar que Jonas praticou o crime de corrupção
passiva no curso do mandato parlamentar, e em razão do mandato, adequando-se ao entendimento firmado
pelo STF: O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do
cargo e relacionados às funções desempenhadas (AP 937 QO/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, j.03/05/2018).
Assim, ainda que o parlamentar tenha renunciado ao cargo e sido nomeado em outro, não afasta a
competência do STF, tendo em vista o encerramento da fase de instrução, conforme entendimento do STF.
“Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de
alegações finais, a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o
agente público vir a ocupar outro cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.”). (FGV –
DPE/RS 2023 -Analista)
ENUNCIADO: A Constituição do Estado Gama, ao disciplinar a intervenção estadual nos Municípios, restringiu
a possibilidade de intervenção diante do não pagamento de dívida fundada. Com base no exposto e de acordo
com o entendimento predominante no Supremo Tribunal Federal, a Constituição do Estado Gama é:
ASSERTIVA CORRETA: inconstitucional, pois as constituições estaduais não podem acrescentar ou restringir
as hipóteses de intervenção estadual previstas na CRFB/1988. (FGV – TJES/2023).
A
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
ENUNCIADO: João, deputado estadual na Assembleia Legislativa do Estado Alfa, pretendia realizar uma
aliança com outros deputados estaduais, de modo a apresentar um projeto disciplinando as competências do
Tribunal de Justiça do respectivo Estado. Ao consultar sua assessoria a respeito do âmbito normativo em que
5
(Fonte: DOD https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2021/12/info-1036-stf.pdf).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
essa matéria deve ser disciplinada, foi-lhe corretamente informado que isto deve ocorrer no(a): ASSERTIVA
CORRETA: Constituição Estadual. (FGV – TJ/RN 2023 -Técnico).
ASSERTIVA CORRETA: é correto afirmar que o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar a ação civil
pública, considerando a elevada conotação social do direito envolvido, ainda que os beneficiários possam ser
individualmente determinados. (FGV – SMF-RJ Fiscal de rendas/2023).
ASSERTIVA CORRETA: inconstitucional, pois, ao criar nova hipótese de PPP em evidente contrariedade ao que
está previsto na lei federal, violou regras constitucionais de repartição de competência. (FGV – TJES/2023).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
ENUNCIADO DA QUESTÃO: Em determinado Município, os servidores que atuavam em uma das respectivas
Secretarias podiam integrar duas carreiras distintas, compostas por cargos efetivos, cujo ingresso dependia
de concurso público, que tinham requisitos diferentes diante da natureza e complexidade das atribuições, a
saber: a de agente, que exigia nível médio; e a de auditor, que exigia nível superior. Ocorre que o prefeito de tal
Município apresentou projeto de lei, para unificar as mencionadas carreiras, consolidando os respectivos
cargos naquela que passou a designar apenas de auditor, com a exigência de nível superior para fins de
ingresso e a adoção da remuneração que até então era a superior. Tal projeto foi aprovado pela respectiva
Câmara de Vereadores, resultando na Lei nº XYZ, que, além de chancelar a unificação das carreiras, aumentou,
por iniciativa da Casa Legislativa, a remuneração dos servidores que passaram a integrá-la. Diante dessa
situação hipotética, à luz do entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca do regime constitucional dos
servidores públicos, é correto afirmar que: ASSERTIVA CORRETA: a transposição dos mencionados agentes
fiscais para a carreira unificada pela Lei nº XYZ é inconstitucional, na medida em que distintos os requisitos do
seu provimento originário. (FGV – SMF-RJ Fiscal de rendas/2023). (Essa lei é inconstitucional porque promoveu
uma hipótese clássica de “ascensão funcional”, violando a regra do concurso público, prevista no art. 37, II, da
CF/88: "Art. 37. (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação
e exoneração;" A referida Lei Municipal incluiu, na mesma carreira, cargo e funções com exigências para
ingresso distintos, de modo que servidores com apenas ensino médio passaram a fazer parte de uma nova
carreira de nível superior, com remuneração distinta da carreira para a qual fizeram concurso, em clara
violação à exigência constitucional de concurso público.)
ENUNCIADO: Em razão do grande fluxo de embarcações nas imediações das praias subjacentes ao território
do Estado Alfa, o que, não raro, resultava em danos ambientais, esse ente federativo editou a Lei estadual nº x
estabelecendo critérios para o controle de resíduos de embarcações. Ao tomar ciência do teor da Lei estadual
nº X, um legitimado a deflagração do controle concentrado de constitucionalidade, perante o Supremo Tribunal
Federal, solicitou que sua assessoria analisasse a compatibilidade desse diploma normativo com a ordem
constitucional. Foi corretamente informado que a lei estadual nº X: ASSERTIVA CORRETA: constitucional, já
que o Estado tem competência concorrente com a União para legislar sobre responsabilidade por dano ao meio
ambiente. (FGV – TJES/2023).
ENUNCIADO: Em razão de sucessivos conflitos deflagrados em condomínios edilícios que contavam com um
único hidrômetro, de modo que o valor a ser pago em razão do fornecimento de água deveria ser rateado entre
os condôminos, o Município Alfa editou a Lei no X, dispondo que somente seria concedido habite-se, às
construções iniciadas após a sua publicação, caso contassem com hidrômetros individuais para cada unidade
autônoma. Irresignado com o teor da Lei municipal no X, a associação das empresas de construção consultou
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
a sua assessoria jurídica em relação à compatibilidade desse diploma normativo com a Constituição da
República de 1988, sendo-lhe corretamente respondido que: ASSERTIVA CORRETA: o Município Alfa tinha
competência para legislar sobre a matéria, em razão do preponderante interesse local. (FGV – SMF-RJ – Fiscal
de Rendas).
ENUNCIADO: A Constituição do Estado Alfa, com o objetivo de ampliar os níveis de controle popular sobre as
decisões políticas do Chefe do Poder Executivo, foi reformada e passou a dispor que todas as nomeações para
secretarias de governo, no âmbito do Estado Alfa e dos Municípios situados em seu território, deveriam ser
previamente aprovadas pelo Poder Legislativo, vale dizer, pela Assembleia Legislativa ou pela Câmara
Municipal, conforme o caso. Ao tomar conhecimento da reforma promovida na Constituição Estadual, o
Prefeito do Município Beta determinou que sua assessoria analisasse a compatibilidade da reforma com a
Constituição da República, sendo-lhe corretamente informado que ela é: ASSERTIVA CORRETA:
inconstitucional, já que a reforma afronta a separação dos poderes ao estabelecer indevida ingerência do
Poder Legislativo em atividade própria do Executivo. (FGV – AL-MA – Consultor Legislativo Especial – 2023).
6
. (Fonte: site STJ https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-antigas/2016/2016-04-28_09-02_Assembleias-e-camaras-tem-
capacidade-processual-limitada-a-defesa-institucional.aspx).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
7
(Fonte: Emenda parlamentar concedendo anistia a servidores grevistas. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/96da2f590cd7246bbde0051047b0d6f7)
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
Cuidado para não confundir: É possível emenda constitucional de iniciativa parlamentar tratando sobre os
assuntos que, em caso de propositura de projeto de lei, seriam de iniciativa reservada ao chefe do Poder
Executivo (art. 61, § 1º, da CF/88)?
• Emenda à Constituição Federal proposta por parlamentares FEDERAIS: SIM.
• Emenda à Constituição Estadual proposta por parlamentares ESTADUAIS: NÃO
ENCIANCIADO DA QUESTÃO: A Lei nº W do Estado Alfa que versa sobre regime jurídico e remuneração dos
servidores públicos estaduais na área da saúde resultou de projeto de lei de iniciativa do chefe do Poder
Executivo e sofreu emendas parlamentares com alterações que Instituíram gratificações aumentos
remuneratórios, estabeleceram obrigação para realizar concursos públicos e definiram percentuais de cargos
comissionados com novos critérios para incrementos remuneratórios. Diante do exposto e de acordo com a
jurisprudência predominante do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que a Lei nº W é: ASSERTIVA
CORRETA: inconstitucional, pois é resultante de alterações que promovem aumento de despesa (CRFB/1988,
Art. 63, 1) e não guardam estrita pertinência com o objeto da proposta original, ainda que digam respeito à
mesma matéria. (Desse modo, a Lei nº W é inconstitucional, pois acarretou aumento de despesa ao instituiu
gratificações, aumentos remuneratórios e por não guardar estrita pertinência com o objeto da proposta original
ao prever a obrigação para realizar concursos públicos, além de definir percentuais de cargos comissionados
com novos critérios para incrementos remuneratórios – comentário professor QConcurso). (FGV – TJES/2023).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
ENUNCIADO DA QUESTÃO: Certo estado da federação fez editar a Lei XYZ, que dispõe sobre o zoneamento
ecológico (ZEE) e define critérios de silvicultura econômica em seu território, enquanto mecanismo destinado
à manutenção, ao aproveitamento e ao uso econômico das florestas. Tal norma estabeleceu prazo para a
implantação do zoneamento ecológico (ZEE) regional, além de delimitar aspectos atinentes à divisão do
território e a realocação de empreendimentos, sem condicionar tais medidas à elaboração de estudo prévio de
impacto ambiental e relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) para atividades que deveriam se submeter a
estes instrumentos, nos termos da legislação federal. A constitucionalidade da mencionada norma foi
questionada pelas vias pertinentes. Diante dessa situação hipotética, à luz da orientação do Supremo Tribunal
Federal, assinale a afirmativa correta. ASSERTIVA CORRETA: Compete ao Estado elaborar o ZEE em questão,
em conformidade com os zoneamentos de âmbito nacional e regional, mas a norma é inconstitucional quanto
ao afastamento da realização de EIA/RIMA na situação descrita. (FGV – AL-MA – Técnico de gestão –
Advogado/2023).
8
Fonte: site STF https://portal.stf.jus.br/noticias/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=451655&ori=1).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
3. DIREITO PENAL
3.1 CONCURSO DE CRIMES
PENAL – STJ - CONCURSO DE CRIMES - Segundo a jurisprudência desta Corte, não há bis in idem na
condenação pelo crime de associação criminosa armada e pelo de roubo qualificado pelo concurso de
agentes, pois os delitos são autônomos, aperfeiçoando-se o primeiro independentemente do cometimento
de qualquer crime subsequente. Ademais, os bens jurídicos protegidos pelas normas incriminadoras são
distintos - no caso do art. 288, parágrafo único, do CP, a paz pública e do roubo qualificado, o patrimônio, a
integridade física e a liberdade do indivíduo. (AgRg no AREsp n. 1.425.424/SP, relator Ministro Jorge Mussi,
Quinta Turma, julgado em 6/8/2019, DJe de 19/8/2019.)
MEMORIZE: CONCURSO FORMAL = 1 só conduta e + de um crime
CONCURSO MATERIAL 2 AÇÕES = 2 RESULTADOS (soma penas) – Delitos autônomos que tutelam bens
diferentes. (Art. 69, CP).
ATENÇÃO: A arma de brinquedo NÃO mais aumenta a pena do crime de roubo, a súmula do STJ (174) foi
cancelada pelo próprio STJ; assim, simulacro de arma não aumenta mais a pena do crime de roubo, mas,
a arma de brinquedo ainda é objeto capaz de configurar a grave ameaça para configuração do crime de
roubo. No crime de roubo, quando existem outros elementos comprobatórios que levam a admitir a autoria
imputada ao réu, não é necessária a apreensão da arma ou sua perícia para o aumento da pena pelo seu uso.
STJ: HC 127.661-SP, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/5/2009. (Fonte: Comentários professor QConcurso).
ENUNCIADO DA QUESTÃO (TJPE/22): Gerald, Harold, Arnold, Sid e Eugene se reúnem de forma permanente e
estável, por alguns meses, planejando roubos a determinados bancos. Ultimada essa fase, deflagram a
execução do roubo, com emprego de simulacros de armas de fogo, sendo certo que Harold, Arnold, Sid e
Eugene ingressam no estabelecimento bancário, realizando a rendição das pessoas e a coleta do dinheiro em
espécie, ao passo que Gerald permanece com um veículo de fuga ligado, na porta do banco. Quando da fuga,
são cercados pela polícia, dentro do carro, no quarteirão imediatamente posterior, ainda em posse dos
simulacros e do dinheiro arrecadado. os agentes responderão por: ASSERTIVA CORRETA: associação
criminosa e roubo majorado pelo concurso de pessoas, em concurso material. (FGV - TJPE/22)
PENAL – STJ – TEMA 445 - SAIDA TEMPORÁRIA – LEP - CALENDÁRIO TEMPORÁRIO - delegação à autoridade
prisional das datas específicas nas quais o apenado irá usufruir os benefícios, a Corte firmou tese (segunda
tese), no sentido de que "o calendário prévio das saídas temporárias deverá ser fixado, obrigatoriamente,
pelo Juízo das Execuções, não se lhe permitindo delegar à autoridade prisional a escolha das datas
específicas nas quais o apenado irá usufruir os benefícios". (STJ; Terceira Seção; REsp 1.544036/RJ; Relator
Ministro Rogerio Schietti Cruz; Publicado no DJe de 19/09/2016; em Recurso Repetitivo; Tema 445)
ASSERTIVA INCORRETA: O calendário prévio das saídas temporárias deve ser fixado pelo Juízo das Execuções,
sendo possível delegar à autoridade prisional a escolha das datas específicas nas quais o apenado irá usufruir
os benefícios, desde que tenha cumprido o mínimo de 1/6 da pena, se primário, e 1/4, se reincidente, e haja
compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. (NÃO É POSSIVEL DELEGAR). (FGV - TJPE/22)
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
A Terceira Seção desta Corte, no julgamento do Eresp 1.887.511/SP, de Relatoria do Ministro JOÃO OTÁVIO DE
NORONHA (em 9/6/2021), fixou as seguintes diretrizes para a aplicação do art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006.
1 - a natureza e a quantidade das drogas apreendidas são fatores a serem necessariamente considerados
na fixação da pena-base, nos termos do art. 42 da Lei n. 11.343/2006. 2 - sua utilização supletiva na terceira
fase da dosimetria da pena, para afastamento da diminuição de pena prevista no § 3º do art. 33 da Lei n.
11.343/2016, somente pode ocorrer quando esse vetor conjugado com outras circunstâncias do caso concreto
que, unidas, caracterizem a dedicação do agente à atividade criminosa ou a integração a organização
criminosa. 3 - podem ser utilizadas para modulação da causa de diminuição de pena prevista no § 4º do art. 33
da Lei n. 11.343/2006 quaisquer circunstâncias judiciais não preponderantes, previstas no art. 59 do Código
Penal, desde que não utilizadas na primeira etapa, para fixação da pena-base. (grifos no original). (...) 4.
Todavia, proponho a revisão das orientações estabelecidas nos itens 1 e 2 do Eresp 1.887.511/SP,
especificamente em relação à aferição supletiva da quantidade e da natureza da droga na terceira fase da
dosimetria. 5. No julgamento do ARE 666.334/AM, de Relatoria do Ministro Gilmar Mendes, o Pleno do STF, em
análise da matéria reconhecida como de repercussão geral, reafirmou a jurisprudência de que "as
circunstâncias da natureza e da quantidade da droga apreendida devem ser levadas em consideração
apenas em uma das fases do cálculo da pena". O resultado do julgado foi assim proclamado: Tese - As
circunstâncias da natureza e da quantidade da droga apreendida devem ser levadas em consideração apenas
em uma das fases do cálculo da pena. Obs.: Redação da tese aprovada nos termos do item 2 da Ata da 12ª
Sessão Administrativa do STF, realizada em 09/12/2015.
Tema 712 - Possibilidade, em caso de condenação pelo delito de tráfico de drogas, de valoração da quantidade
e da natureza da droga apreendida, tanto para a fixação da pena-base quanto para a modulação da causa de
diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei 11.343/2006. 6. Portanto, diante da orientação consolidada há
tempos pelas Cortes Superiores, proponho mantermos o posicionamento anterior, conforme acolhido no ARE
666.334/AM, sobre a possibilidade de valoração da quantidade e da natureza da droga apreendida, tanto para
a fixação da pena-base quanto para a modulação da causa de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei
11.343/2006, neste último caso ainda que sejam os únicos elementos aferidos, desde que não tenham sido
considerados na primeira fase do cálculo da pena.] (...) " (STJ; Terceira Seção; HC 725534/SP; Relator Ministro Ribeiro
Dantas; Publicado no DJe de 01/06/2022).
ASSERTIVA CORRETA: é possível a valoração da quantidade da droga apreendida com José, tanto para fixação
da pena-base quanto para a modulação da causa de diminuição referida, neste último caso ainda que sejam
os únicos elementos aferidos, desde que não tenham sido considerados na primeira fase do cálculo da
pena. (FGV - TJPE/22)
3.4 UTILIZAÇÃO DE INQUÉRITOS POLICIAIS E AÇÕES PENAIS EM CURSO SEJA PARA AGRAVAR A PENA-
BASE
PENAL – STJ – Diversamente das decisões cautelares, que se satisfazem com a afirmação de simples
indícios, os comandos legais referentes à aplicação da pena exigem a afirmação peremptória de fatos, e
não a mera expectativa ou suspeita de sua existência. Por isso, a jurisprudência do Superior Tribunal de
Justiça tem rechaçado o emprego de inquéritos e ações penais em curso na formulação da dosimetria da pena,
tendo em vista a indefinição que os caracteriza. (TEMA REPETITIVO 1139 STJ)
ASSERTIVA ERRADA: é vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em curso seja para agravar a
pena-base, seja para afastar a aplicação da causa de diminuição referida, seja para aferir a periculosidade do
agente para fins de fundamentar eventual prisão cautelar, sob pena de ferir a presunção de inocência. (as
decisões cautelares podem se basear em ações penais e inquéritos policiais em curso.) (FGV - TJPE/22)
PENAL – STJ – TEMA REPETITIVO 1087 – DOSIMETRIA – CRIME DE FURTO - O Superior Tribunal de Justiça
entendeu, sob a sistemática do recurso repetitivo (Tema 1.087), no julgamento do REsp 1.888.756/SP, fixando
a tese no sentido de que o furto praticado em período noturno é incompatível com a sua forma qualificada
pela escalada.
"RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. DIREITO PENAL. FURTO. PRECEDENTE JUDICIAL
VINCULATÓRIO. REEXAME DE ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL. NECESSIDADE. HERMENÊUTICA JURÍDICA.
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
ASSERTIVA CORRETA: não é possível a aplicação da causa de aumento relativa à prática de furto no período
noturno em concomitância com a qualificadora da escalada. (FGV - TJPE/22)
ATENÇAO PARA ESTE JUGADO - O Superior Tribunal de Justiça, firmou tese, em sede de recurso repetitivo
(Tema 1144), no sentido de que "são irrelevantes os fatos das vítimas estarem, ou não, dormindo no
momento do crime, ou o local de sua ocorrência, em estabelecimento comercial, via pública, residência
desabitada ou em veículos, bastando que o furto ocorra, obrigatoriamente, à noite e em situação de
repouso." A questão foi submetida a julgamento no âmbito do REsp 1.979.989/RS, proferido pela Terceira Seção do STJ,
de relatoria do Ministro Joel Ilan Paciornik, publicado no DJe 27/06/2022.
ASSERTIVA INCORRETA: não seria aplicável a causa de aumento relativa ao furto noturno na hipótese em que
a casa estivesse desabitada, por ausência de violação ao bem jurídico. (FGV - TJPE/22)
PENAL – STJ - NÃO É ABSOLUTO O DIREITO DE CUMPRIR PENA PRÓXIMO À FAMÍLIA OU LOCAL DE ORIGEM
- Segundo o STF (ex., HC 88508 MC-AgR) e o STJ (HC 576284, AgRg no HC 565366, RHC 026981 e HC 571604), a pessoa
privada de liberdade não detém o direito absoluto de cumprir a sanção penal em unidade situada próxima
a seus familiares e/ou local de origem ou trabalho. Trata-se, de direito relativo que pode ceder diante de
outros valores/interesses públicos, tal como previsto na Lei nº 11671/08 (transferência de presos
condenados/provisórios p/ o sistema penitenciário federal no interesse da segurança púb. (art. 3º)). Ainda a
propósito do tema, vide a Regra 59.1 das Regras de Mandela, cujo teor redacional parece indicar cuidar-se de
um direito que pode ser flexibilizado (“...sempre que possível...”), e o art. 86 da LEP.
LEI SECA: "Art. 86. As penas privativas de liberdade aplicadas pela Justiça de uma Unidade Federativa podem
ser executadas em outra unidade, em estabelecimento local ou da União.
§ 3 Caberá ao juiz competente, a requerimento da autoridade administrativa definir o estabelecimento
prisional adequado para abrigar o preso provisório ou condenado, em atenção ao regime e aos requisitos
estabelecidos."
PENAL – STJ – ESTATUTO DO DESARMAMENTO - PERÍCIA De acordo com o STJ, a condenação por posse
irregular ou porte ilegal de arma de fogo de uso permitido não depende da realização de perícia que
comprove o potencial ofensivo do artefato, tendo em vista ser crime de perigo abstrato: “É irrelevante
(desnecessária) a realização de exame pericial para a comprovação da potencialidade lesiva do artefato, pois
basta o simples porte de arma de fogo, ainda que desmuniciada, em desacordo com determinação legal
ou regulamentar, para a incidência do tipo penal. Isso porque os crimes previstos no arts. 12, 14 e 16 da Lei
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10.826/03 são de perigo abstrato, cujo objeto jurídico imediato é a segurança coletiva”. (5ª Turma. AgRg no REsp
1294551/GO, Rel. Min. Jorge Mussi, j. em 07/08/2014). (FGV - SENADO FEDERAL/22).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
desenvolveu uma teoria em que o domínio do fato se manifestava de três maneiras, sem a pretensão de
universalidade sobre todos os casos: a) domínio da ação, nas hipóteses em que o agente realiza, por sua
própria pessoa, todos os elementos estruturais do crime (autoria imediata); b) domínio da vontade, na qual
um terceiro funciona como instrumento do crime (autoria mediata); e c) domínio funcional do fato, que trata
da ação coordenada, com divisão de tarefas, por pelo menos mais uma pessoa”. Segundo Rogério Sanches
“duas ou mais pessoas atuam em COLABORAÇÃO, sendo que cada uma delas tem uma espécie de domínio
sobre o todo. (...) A chamada IMPUTAÇÃO RECIPROCA.”
OBS.: A teoria do domínio do fato amplia o conceito de autor. Para essa concepção, autor é quem possui
controle sobre o domínio final do fato, domina finalisticamente o trâmite do crime e decide acerca da sua
prática, suspensão, interrupção e condições.
COMENTÁRIOS colegas do QConcurso: Teoria do domínio do fato: (APLICADA PELO STF)
diferencia autor e partícipe, sem realizar a imputação de responsabilidade penal.
NÃO se aplica aos delitos omissivos.
Comprovação de um plano delituoso.
Autor: é aquele que: pratica diretamente o fato. Não praticando diretamente o fato possui atividade
indispensável. Vale de um terceiro para executar um fato (AUTORIA MEDIATA). Possui poder de
decisão sobre a realização do fato.
Partícipe: Quem concorre para o crime sem ter o domínio do fato (Ex.: instigação e auxílio).
ASSERTIVA CORRETA: A referida teoria não significa uma expansão dos limites ou fundamentos da
responsabilidade penal, mas somente um critério de diferenciação entre autor e partícipe.
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
ASSERTIVA INCORRETA: Admite-se a interposição de recurso em sentido estrito pelo ofendido não habilitado
como assistente se o Ministério Público não recorrer da decisão. (STJ – FLEXIBILIZAÇÃO DO ROL DO ART. 271/CPP).
(FGV – TJPE/22).
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Ordem concedida. (HC 113845, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, Segunda Turma, julgado em 20/08/2013, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-174 DIVULG 04-09-2013 PUBLIC 05-09-2013).
ASSERTIVA CORRETA: sobrevindo a extinção da punibilidade do fato antes de encerrada a instrução criminal,
desaparece o interesse da União para examinar os demais delitos, devendo ser o feito deslocado para a Justiça
Estadual. (TCE/TO – ANALISTA) (FGV). O juiz federal, ao desclassificar a conduta do delito, deverá julgar-se
incompetente para continuar no exame da causa e declinar a competência para a Justiça Estadual, nos termos
do § 2º do art. 383 do CPP. Entende-se que, se no processo não há mais nenhum crime federal sendo julgado,
a causa não poderá mais ser apreciada pela Justiça Federal, sob pena de haver uma violação ao art. 109 da
CF/88 que define taxativamente (exaustivamente) os crimes julgados pela Justiça Federal. (COMENTÁRIOS
QCONCURSO Q1985218).
PROCESSO PENAL – DO HABEAS CORPUS E SEU PROCESSO – Seguem os comentários realizados pelo
MEGE na PROVA COMENTADA DO TJMS 2023 (págs.: 92/93):
“Conquanto conste de normas internas de diversos órgãos jurisdicionais, inclusive do Regimento Interno do
STF, que a oposição do paciente configuraria óbice ao conhecimento do habeas corpus, tais previsões
devem ser compreendidas com ressalvas. O dissenso do paciente ou de sua defesa técnica pode, de fato,
figurar como legítimo obstáculo ao conhecimento da impetração, notadamente em casos em que, por
exemplo, o HC possa ser manejado com desvio de finalidade, tendo por escopo tão somente conferir
notoriedade ao impetrante ou, ainda que não intencionalmente, a impetração possa acarretar atropelo da
estratégia defensiva e submissão precoce de teses defensivas ao crivo do Estado-Juiz.
Registre-se que, a Segunda Turma STF, em impetrações formalizadas por terceiros alheios à defesa
técnica que patrocina os interesses do paciente, tem afirmado o não conhecimento de habeas corpus
que possam, ainda que indireta e não deliberadamente, desvirtuar a função protetiva da referida garantia
constitucional e acarretar prejuízos ao desenvolvimento das atividades da defesa técnica constituída.
PEDRINA, Gustavo et al. Habeas Corpus no Supremo Tribunal Federal. São Paulo (SP): Editora Revista dos Tribunais. 2019.
(...)É por essa razão que o Supremo Tribunal Federal, em situações como a que se registra nestes autos, tem
decidido, com apoio no preceito regimental mencionado, que “Não se deve conhecer do pedido de ‘habeas
corpus’, quando este, ajuizado originariamente perante o Supremo Tribunal Federal, é desautorizado pelo
próprio paciente (RISTF, art. 192, parágrafo único)...” (RTJ 161/475, Rel. Min. CELSO DE MELLO).
REGIMENTO INTERNO STF “Art. 192. Quando a matéria for objeto de jurisprudência consolidada do Tribunal,
o Relator poderá desde logo denegar ou conceder a ordem, ainda que de ofício, à vista da documentação da
petição inicial ou do teor das informações. (...) § 3º Não se conhecerá de pedido desautorizado pelo
paciente.”
Ademais, cumpre destacar que, consoante o art. 654 CPP e a jurisprudência consolidada, o Ministério
Público dispõe de legitimidade ativa ‘ad causam’ para ajuizar, em favor de terceiros, a ação de ‘habeas
corpus’.”
ENUNCIADO DA QUESTÃO: Rubens, desafeto declarado de Alfredo, impetrou habeas corpus em favor deste,
que se encontrava preso ilegalmente por ato do Delegado de Polícia da Comarca. Alfredo opôs-se ao pedido
de habeas corpus impetrado por Rubens e o Juiz abriu vistas ao Ministério Público, o qual, diante da ilegalidade,
impetrou novo habeas corpus em favor de Alfredo, e opinou pelo não conhecimento do habeas corpus
impetrado por Rubens. Quanto aos pedidos de habeas corpus impetrados, é correto afirmar que: ASSERTIVA
CORRETA: o habeas corpus impetrado por Rubens não deverá ser conhecido, em razão da oposição de Alfredo,
mas deverá ser conhecido o habeas corpus impetrado pelo Ministério Público. (FGV – TJMS/2023).
@
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
ENUNCIADO: Em sentença de pronúncia, o magistrado fundamenta a decisão, entre outros argumentos, com
o seguinte trecho: “pela dinâmica dos fatos, é possível verificar que Aristobaldo, com ânimo homicida e por
motivo fútil, matou Márcio”. Diante dessa hipótese, e com fundamento na jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça, é correto afirmar que: ASSERTIVA CORRETA: a sentença é inválida, bem como os atos
consecutivos, em razão do juízo conclusivo sobre a conduta do réu, motivo pelo qual é necessária a prolatação
de outra sentença de pronúncia. (FGV – TJMS/2023).
9
(Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. A sentença de pronúncia deve limitar-se a um juízo de dúvida a respeito da acusação, evitando considerações incisivas ou
valorações sobre as teses em confronto nos autos, sob pena de nulidade. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/7f6b550688de8db0290009ba6abd673c).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
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perpetrado de forma habitual. 4 . Estando os fatos descritos na denúncia, pode o juiz dar-lhe na sentença
definição jurídica diversa, inclusive quanto às circunstâncias da infração penal, porquanto o réu se defende
daqueles fatos e não de sua capitulação inicial. 5. Não há ofensa aos arts. 1º e 2º do Código Penal, pois o
Magistrado não considerou a redação ulterior do art. 1º, § 4º, da Lei n. 9.613/1998 - com a modificação advinda
da Lei n. 12.683/2012 -, mas a redação vigente à época dos fatos delituosos, já que reconheceu a circunstância
de que o crime foi perpetrado de forma habitual. 6. Inviável rever a conclusão da instância ordinária, no sentido
de que o crime foi perpetrado de forma habitual, ante o óbice da Súmula 7/STJ. 7. O art. 1º, § 5º, da Lei n.
9.613/1998, contempla hipótese de colaboração premiada que independe de negócio jurídico prévio entre
o réu e o órgão acusatório (colaboração premiada unilateral) e que, desde que efetiva, deverá ser
reconhecida pelo magistrado, de forma a gerar benefícios em favor do réu colaborador. 8. Ao menos um
dos efeitos exigidos pela norma foi alcançado, qual seja, a apuração das infrações penais, pois há
explícita referência no acórdão à existência de escritura pública na qual o recorrente prestou
esclarecimentos substanciais à apuração do delito antecedente (peculato) e subsequente (lavagem). 9.
A instância ordinária reconheceu que o recorrente faz jus à atenuante da confissão espontânea,
circunstância que evidencia, de forma irrefutável, o caráter espontâneo da colaboração. 10. Recurso
especial conhecido em parte e, nessa extensão, parcialmente provido, a fim de reconhecer que o recorrente
faz jus ao disposto no art. 1º, § 5º, da Lei n. 9.613/1998, devendo o Tribunal a quo, após a baixa dos autos,
decidir, de forma fundamentada, qual ou quais benefícios, dentre os previstos na norma, serão aplicados em
favor do recorrente, redimensionando a pena no que couber; mantido incólume o efeito da decisão de fls.
3.024/3.029 (suspensão da execução provisória da pena) até que o ponto acolhido seja solucionado no Tribunal
a quo. (REsp n. 1.691.901/RS, relator Ministro Sebastião Reis Júnior, Sexta Turma, julgado em 26/9/2017, DJe de
9/10/2017).
O consectário lógico da ausência de previsão de ajuste ou de acordo prévio é a possibilidade de colaboração
premiada unilateral, ou seja, colaboração que independe de negócio jurídico prévio celebrado entre o réu e o
órgão acusatório e que, desde que efetiva, deverá ser reconhecida pelo magistrado, de forma a gerar benefícios
em favor do réu. Assim, já tendo sido realizada a colaboração premiada com o Ministério Público, não é
cabível o benefício da delação premiada (unilateral), uma vez que implicaria aplicar duas vezes causas
de redução da pena com base no mesmo fato, o que configura bis in idem de benefícios.10
ASSERTIVA ERRADA: (Quanto à delação premiada) não é possível colaboração que independa de negócio
jurídico prévio celebrado entre o imputado e o órgão acusatório ou a polícia. (FGV – TJPR/2021).
ASSERTIVA CORRETA: tendo sido realizada a colaboração premiada com o Ministério Público, não é cabível o
benefício da delação premiada unilateral, por configurar bis in idem de benefícios. (FGV – TJPR/2021).
10
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Já tendo sido realizada a colaboração premiada com o Ministério Público, não é cabível o benefício da delação premiada
(unilateral), uma vez que implicaria aplicar duas vezes causas de redução da pena com base no mesmo fato, o que configura bis in idem de benefícios. Buscador Dizer
o Direito, Manaus. Disponível em: <https://buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a9883e7bb20e56060778cf794125afc4)
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a validade do material probatório dela oriundo. A doutrina e a jurisprudência têm admitido que, em outros
crimes cometidos em concurso de agentes, seja celebrada colaboração premiada. STJ. 6ª Turma. HC 582.678-
RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em 14/06/2022 (Info 742).
Comentários professor QConcurso: Em que pese, ao pé da letra, a colaboração e a delação não serem a
mesma coisa, é certo que, por vezes, são tratadas como sinônimo, o que se percebe no seguinte trecho
julgado pelo STJ: (...) ressaltou Laurita Vaz, a doutrina e a jurisprudência têm admitido que sejam celebrados
acordos de colaboração premiada na investigação de outros crimes cometidos em concurso de agentes, como
já fez o Supremo Tribunal Federal em casos de corrupção passiva e lavagem de capitais. A ministra lembrou
situações esparsas em que a legislação concede benefícios processuais e penais aos colaboradores: extorsão
mediante sequestro em concurso de agentes (artigo 159, parágrafo 4º, do Código Penal); crimes contra o
Sistema Financeiro Nacional (artigo 25, parágrafo 2º, da Lei 7.492/1986) e Lei de Crimes Hediondos (parágrafo
único do artigo 8º), entre outras hipóteses. Além disso, segundo ela, o Código de Processo Penal não
regulamenta o procedimento de formalização dos acordos de delação premiada, e a Lei 12.850/2013 não
prevê, de forma expressa, que os meios de prova ali previstos sejam válidos apenas na apuração do delito
de organização criminosa. Assim, concluiu, "não há óbice a que as disposições de natureza
majoritariamente processual previstas na referida lei apliquem-se às demais situações de concurso de
agentes (no que não for contrariada por disposições especiais, eventualmente existentes)". "Em
quaisquer condutas praticadas em concurso de agentes é possível celebrar acordo de colaboração
premiada – interpretação, inclusive, mais benéfica aos delatores", acrescentou. STJ, HC 582.678/RJ, rel. Min.
Laurita Vaz, j. 14.06.2022.
ASSERTIVA CORRETA: é lícita a produção probatória, pois em quaisquer condutas praticadas em concurso de
agentes é possível celebrar acordo de colaboração premiada, independentemente da existência de crime da
Lei nº 12.850/2013. (FGV – TJSC/2022).
ENUNCIADO: Em relação à redução da pena de corréu, por força de delação premiada (sob a modalidade
“colaboração unilateral”) e de sua efetiva colaboração com a Justiça, é correto afirmar que: ASSERTIVA
INCORRRETA: os benefícios só alcançam corréu que tenha confessado. (Benefícios só alcançam réu
colaborador ou delator.) (FGV – MPE-GO/2022).
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publicado em 26.9.2008, Tribunal Pleno). 3. Havendo delimitação dos fatos, não se verifica causa impeditiva ao
compartilhamento de termos de depoimento requerido pelo Ministério Público estadual com a finalidade de
investigar a prática de eventual ato de improbidade administrativa por parte de agente público. 4. Agravo
regimental desprovido. Pet 7065 AgR / DF, Órgão julgador: Segunda Turma, Relator(a): Min. EDSON FACHIN, Julgamento:
30/10/2018, Publicação: 20/02/2020.
ASSERTIVA INCORRETA: à luz do sistema brasileiro anticorrupção, a devida tutela da efetividade dos
acordos de colaboração em função da proteção assinalada ao uso legítimo da prova, permite seu
manuseio por quaisquer instituições ou órgãos de controle contra os colaboradores. (Para o uso por
outros órgãos do Poder Judiciário, a competência é do juízo homologador. Observe que não se trata de
manuseio das provas por quaisquer instituições ou órgãos de controle.) (FGV – CGU/2022).
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PROCESO PENAL – TEMA COBRADO EM 3 PROVAS DA FGV: AÇÃO CONTROLADA – COMUNICAÇÃO PRÉVIA
– STJ - Ação controlada do art. 8º, § 1º da Lei nº 12.850/2013 exige apenas comunicação prévia (e não
autorização judicial). Ação controlada do art. 8º, § 1º (parágrafo cobrado 3x em prova da FGV) da Lei nº
12.850/2013 exige apenas comunicação prévia (e não autorização judicial) A ação controlada prevista no §
1º do art. 8º da Lei nº 12.850/2013 independe de autorização, bastando sua comunicação prévia à
autoridade judicial (a banca troca em prova que a comunicação deve ser feita ao MP, quando na verdade
deverá ser feita ao JUIZ.). STJ. 6ª Turma. HC 512290-RJ, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/08/2020 (Info 677).
ASSERTIVA ERRADA: A ação controlada deve ser autorizada judicialmente. (Exige apena prévia comunicação
prévia). (FGV – SENADO FEDERAL/ADVOGADO – 2022).
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(CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Em caso de emendatio libelli é desnecessário o aditamento à denúncia. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/debe9dfcc3e4dbea1c509ffab6bf9f0b>.)
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Exemplo: O MP narrou, na denúncia, que o réu praticou furto simples (art. 155, caput, do CP). Durante a
instrução, os depoimentos revelaram que o acusado utilizou-se de uma chave falsa para entrar na coisa
furtada. Com base nessa nova elementar, que surgiu em consequência de prova trazida durante a instrução,
verifica-se que é cabível uma nova definição jurídica do fato, mudando o crime de furto simples para furto
qualificado (art. 155, § 4º, III, do CP).
A EMENDATIO É CABÍVEL: na ação penal pública incondicionada; ação penal pública condicionada; ação
penal privada. STJ: “(...) uma vez constatado que, na espécie, o julgador limitou-se a dar aos fatos já descritos
na denúncia nova capitulação jurídica, não se configura a hipótese de ‘mutatio libelli’, mas de ‘emendatio
libelli”. Desse modo, de rigor a aplicação do instituto da ‘emendatio libelli”, prevista no art. 383 do Código
de Processo Penal - CPP, não havendo falar-se em aditamento da denúncia ou abertura de vista à defesa
para integração do contraditório (...)”. STJ. 6ª Turma. AgRg no REsp 1.903.213/MG, Rel. Min. Olindo Menezes
(Desembargador Convocado do TRF 1ª Região), julgado em 8/2/2022 .
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Policiais não podem fazer a revista pessoal unicamente pelo fato de acharem que o suspeito demonstrou nervosismo ao avistá-
los. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/e0be0edcb00cc770525f1400c1666b0f>.
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
Obs.: O CNJ a partir de decisões importantes do STJ na matéria, constituiu um Grupo de Trabalho para
regulamentar diretrizes sobre o assunto com o objetivo de evitar a condenação de pessoas inocentes.
Ademais, o Reconhecimento fotográfico como prova inicial, segundo a recente jurisprudência do STJ, serve
como prova apenas inicial e deve ser ratificado por reconhecimento presencial, assim que possível. O
reconhecimento falho se revelará incapaz de permitir a condenação, como regra objetiva e de critério de
prova, sem corroboração do restante do conjunto probatório, produzido na fase judicial. (STJ. 5ª Turma. HC
652284-SC, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 27/04/2021).
ASSERTIVA CORRETA: é correto afirmar que o reconhecimento fotográfico: não poderá ser utilizado como
elemento de prova em uma sentença condenatória, porquanto este é mera etapa antecedente de um
reconhecimento pessoal. (FGV -TJBA-Conciliador – 2023).
4.26 CRIMES PRATICADOS POR PROMOTOR DE JUSTIÇA NÃO RELACIONADO COM O CARGO
PROCESSO PENAL – COMPETÊNCIA – STJ - Compete aos tribunais de justiça estaduais processar e julgar
os delitos comuns, não relacionados com o cargo, em tese praticados por Promotores de Justiça. (STJ. 3ª
Seção. CC 177.100-CE, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 08/09/2021) (Info 708).
ATENÇÃO: Se o Promotor de Justiça praticar um crime de competência da Justiça Federal, ele será julgado
pelo Tribunal Regional Federal? NÃO. Será julgado pelo Tribunal de Justiça do Estado onde atua. E se o
Promotor de Justiça praticar um crime eleitoral? Aí, neste caso, ele será julgado pelo Tribunal Regional
Eleitoral. Trata-se de exceção à regra segundo a qual o Promotor de Justiça é sempre julgado pelo Tribunal de
Justiça do Estado onde atua.
ASSERTIVA ERRADA: será competente o juízo federal para julgar promotor Justiça acusado da prática de
crimes comuns que ofendam o interesse da União. (FGV TJESE/2023).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
condenação pelo tribunal do júri, e no caso concreto, com fundamento diverso do eminente Relator, dava
provimento ao recurso para determinar a prisão do recorrido, uma vez que na hipótese a pena em
concreto foi quantificada em 26 (vinte e seis) anos e 8 (oito) meses de reclusão, o processo foi destacado.”
(Fonte: site STF).
A questão abaixo foi cobrada em concurso realizado em 2023, porém, antes da decisão acima que é recente.
ENUNCIADO: Pablo, em sessão plenária do Tribunal do Júri, foi condenado, pelo Conselho de Sentença, em
razão da prática do crime de homicídio duplamente qualificado, na modalidade consumada. O acusado
respondeu ao processo em liberdade. O juiz, então, proferiu a sentença, fixando a pena definitiva em quatorze
anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado. Nesse cenário, considerando as disposições do
Código Penal e a jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal, é correto afirmar que Pablo:
ASSERTIVA da presunção de não culpabilidade. (Conforme disposto anteriormente, o tema está em discussão
pelo STF e possui 3 interpretações possíveis por enquanto). (FGV -TJRN -Analista/2023).
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5. DIREITO TRIBUTÁRIO
5.1 RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA SOLIDÁRIA
TRIBUTÁRIO – RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA SOLIDÁRIA -O alienante possui legitimidade passiva para
figurar em ação de execução fiscal de débitos constituídos em momento anterior à alienação voluntária
de imóvel. Ex: em 01/01/2015, data do fato gerador do IPTU, João era proprietário de um imóvel; alguns meses
mais tarde ele aliena para terceiro; Município poderá ajuizar execução fiscal contra João cobrando IPTU do ano
de 2015. STJ. 2ª Turma. AgInt no AREsp 942940-RJ, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 15/8/2017 (Info 610).
A correta interpretação do art. 130 do CTN, combinada com a característica não excludente do parágrafo único,
permite concluir que o objetivo do texto legal não é desresponsabilizar o alienante, mas sim a de
responsabilizar o adquirente na mesma obrigação do devedor original. Trata-se, portanto,
de responsabilidade solidária, reforçativa e cumulativa sobre a dívida, em que o sucessor no imóvel adquirido
se coloca ao lado do devedor primitivo, sem a liberação ou desoneração deste. (...) O que há em comum a
todos os casos de responsabilidade tributária previstos no CTN é o fim a que ordinariamente se destinam,
no sentido de propiciar maior praticidade e segurança ao crédito fiscal, em reforço à garantia de
cumprimento da obrigação com a tônica de proteção do erário. (Fonte: Buscador do Dizer o Direito).
O STJ tem entendido que os arts. 132 e 133 do CTN consagram responsabilidade tributária solidária, por
sucessão, e o art. 135 ventila hipótese de responsabilidade de caráter solidário, por transferência. Assim,
a interpretação sistemática do art. 130 com os demais dispositivos que tratam da responsabilidade tributária
no CTN corrobora a conclusão de que a sub-rogação ali prevista tem caráter solidário, aditivo, cumulativo,
reforçativo e não excludente da responsabilidade do alienante, cabendo ao credor escolher o acervo
patrimonial que melhor satisfaça o débito cobrado a partir dos vínculos distintos.
“Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a
posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou
a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do
título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.”
ENUNCIADO: Cristiane celebrou contrato de compra e venda de um imóvel, mas o antigo proprietário não
recolheu nos últimos quatro anos a taxa municipal de coleta de lixo domiciliar. No contrato de compra e venda,
ainda não levado a registro, não há referência à quitação dos valores atrasados dessa taxa, mas apenas
menciona-se a quitação dos impostos incidentes sobre o imóvel. Tampouco foi apresentada qualquer outra
prova de quitação dos débitos em atraso referentes a essa taxa. Diante desse cenário e à luz da jurisprudência
do Superior Tribunal de Justiça, o valor dos débitos dessa taxa pode ser cobrado: ASSERTIVA CORRETA: de
Cristiane e do antigo proprietário, os quais têm responsabilidade solidária. (FGV – PGM/Niteroi- 2023)
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
Súmula nº 625/STF: “Controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de
segurança”.
Importante fazer a distinção entre a declaração do direito à compensação tributária, a obtenção, em
liminar, de determinação para a realização da compensação tributária e a utilização do mandado de
segurança para convalidar a compensação tributária que já foi realizada pelo contribuinte.
Se a compensação ainda não foi realizada, cabe mandado de segurança com a possibilidade de concessão de
liminar (213 do STJ e ADI 4296, na qual foi declarado inconstitucional o Art. 7, parágrafo 2, da Lei 12.016/09).
Se a compensação tributária já foi realizada pelo contribuinte e, com o mandado de segurança, o
impetrante visa apenas a convalidar essa compensação tributária, a via do mandado de segurança não é
adequada, conforme o enunciado da súmula 460 do STJ: “É incabível o mandado de segurança para convalidar
a compensação tributária realizada pelo contribuinte.”
Súmula 213 do STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito à
compensação tributária.
ATENÇÃO: STF entendeu pela inconstitucionalidade do artigo da lei do MS que vedava a compensação
tributária em sede de liminar. O Art. 7, parágrafo 2, da Lei 12.016/09 afirmava que "não será concedida medida
liminar que tenha por objeto a compensação de créditos tributários", uma vez declarado este dispositivo
inconstitucional, a contrário sensu, pode ser concedida medida liminar que tenha por objeto a
compensação de créditos tributários. (Fonte: comentários QConcurso).
ENUNCIADO: A sociedade empresária XYZ Ltda. ingressou, na esfera administrativa, com pedido de
compensação de crédito tributário, vinculado à temática com intensa controvérsia jurídica. A Administração
Pública, após analisar a matéria, não acolheu o pleito do contribuinte. Irresignada, a entidade optou por pedir
a reconsideração da decisão outrora proferida, a qual, semanas depois, foi mantida pelos seus próprios
fundamentos. A pessoa jurídica opta, então, por impetrar um mandado de segurança, com pedido liminar de
compensação de crédito tributário. Nesse cenário, é correto afirmar que o pedido de reconsideração na via
administrativa: ASSERTIVA CORRETA: não interrompe o prazo decadencial para a propositura do mandado de
segurança, de forma que, ultrapassado o interregno de 120 dias, o remédio constitucional não deverá ser
conhecido e a temática poderá ser discutida nas vias ordinárias. Caso o prazo decadencial não tenha sido
consumado, será possível a concessão de medida liminar, preenchidos os requisitos legais. (FGV – PGM/Niterói
-2023).
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Assunto que já havia sido tratado no tema 1140: As empresas públicas e as sociedades de economia mista
delegatárias de serviços públicos essenciais, que não distribuam lucros a acionistas privados nem
ofereçam risco ao equilíbrio concorrencial, são beneficiárias da imunidade tributária recíproca prevista no
artigo 150, VI, a, da Constituição Federal, independentemente de cobrança de tarifa como contraprestação do
serviço. STF. Plenário. RE 1320054 RG, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 06/05/2021 (Repercussão Geral – Tema 1140).
(Fonte: Buscador do Dizer o Direito).
ENUNCIADO: Instituição financeira pública que atua em regime de livre concorrência, estruturada como
empresa pública federal, foi surpreendida com a cobrança feita diretamente a ela, por parte do Município Alfa,
de IPTU e de taxa de coleta domiciliar de lixo sobre imóvel de propriedade da União arrendado por tal empresa
pública e onde se encontra sua sede nacional. Acerca desse cenário, assinale a afirmativa correta. ASSERTIVA
CORRETA: A taxa de coleta de lixo domiciliar poderia ser cobrada diretamente da União, proprietária do imóvel.
(FGV – Receita Federal – Analista 2023).
5.4 INCIDÊNCIA DO ICMS SOBRE A OPERAÇÃO DE VENDA, REALIZADA POR LOCADORA DE VEÍCULOS,
DE AUTOMÓVEL COM MENOS DE 12 (DOZE) MESES DE AQUISIÇÃO DA MONTADORA
TRIBUTÁRIO - STF - INCIDÊNCIA DE ICMS - Consoante entendimento do STF, Tema 1012: É constitucional a
incidência do ICMS sobre a operação de venda, realizada por locadora de veículos, de automóvel com
menos de 12 (doze) meses de aquisição da montadora.
ASSERTIVA CORRETA: I Locadora de Veículos 100% S.A., sociedade empresária atuante no setor de locação
de veículos, adquire diretamente da montadora os veículos para locação, incorporando-os a seu ativo fixo
imobilizado. Antes de que esses completem 12 meses de uso, a empresa os aliena em feirões de veículos
seminovos. (FGV - 2023 - SEFAZ- MT)
13
O concurso de preferência entre pessoas jurídicas de direito público previsto no parágrafo único do art. 187 do CTN e o parágrafo único do art. 29 da LEF não é compatível
com a CF/88. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5112277ea658f7138694f079042cc3bb
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5.7 IPVA
TRIBUTÁRIO – STJ – IMPOSTOS ESTADUAIS - IPVA - Tema repetitivo 903: "A notificação do contribuinte para
o recolhimento do IPVA perfectibiliza a constituição definitiva do crédito tributário, iniciando-se o prazo
prescricional para a execução fiscal no dia seguinte à data estipulada para o vencimento da exação". STJ.
1ª Seção. REsp 1320825-RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 10/8/2016 (recurso repetitivo) (Info 588).
ASSERTIVA CORRETA: A notificação do contribuinte para o recolhimento do IPVA perfectibiliza a constituição
definitiva do crédito tributário, iniciando-se o prazo prescricional para a execução fiscal no dia seguinte à data
estipulada para o vencimento da exação. (FGV - 2023 - SEFAZ- MT)
5.8 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SUBJETIVA E OS CONTRIBUINTES DE DIREITO E DE FATO
TRIBUTÁRIO – IMUNIDADE TRIBUTÁRIA – TEMA 342 RG – STF - A imunidade tributária subjetiva aplica-se a
seus beneficiários na posição de contribuinte de direito, mas não na de simples contribuinte de fato, sendo
irrelevante para a verificação da existência do beneplácito constitucional a repercussão econômica do tributo
envolvido.
ASSERTIVA ERRADA: a imunidade tributária subjetiva aplica-se a seus beneficiários tanto na posição de
contribuinte de direito como na de contribuinte de fato. (FGV - JUIZ FEDERAL TRF1/2023)
5.9 EMBALAGENS FABRICADAS PARA PRODUTOS DESTINADOS À EXPORTAÇÃO
TRIBUTÁRIO – TEMA 475 – RG – STF – Extensão da imunidade relativa ao ICMS para a comercialização de
embalagens fabricadas para produtos destinados à exportação.
Qual foi a questão submetida a julgamento? Descrição: Agravo interposto contra decisão que inadmitiu
recurso extraordinário em que se discute, à luz do art. 155, § 2º, X, a, da Constituição Federal, se a imunidade
relativa ao ICMS, incidente sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, alcança, ou não, toda
a cadeia produtiva, abrangendo também a comercialização das embalagens fabricadas para os produtos
destinados à exportação.
Tese fixada: A imunidade a que se refere o art. 155, § 2º, X, "a", da CF não alcança operações ou prestações
anteriores à operação de exportação.
ASSERTIVA ERRADA: a imunidade de ICMS relativa às mercadorias destinadas à exportação se estende à
comercialização de embalagens fabricadas para produtos destinados à exportação. (A imunidade relativa ao
ICMS não alcança as operações ou prestações anteriores à operação de exportação. Como se vê na assertiva,
as embalagens são fabricadas antes de ocorrer a exportação). (FGV - JUIZ FEDERAL TRF1/2023).
5.10 IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PARA EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL
TRIBUTÁRIO – IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PARA EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL – TEMA 207 – RG – STF –
O STF reconheceu a imunidade das receitas de exportação deve ser aplicada às empresas do SIMPLES
NACIONAL , art. 149, §2º, I, CF (Contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico) e art. 153, §3º,
IIII CF (IPI).
O STF ratificou, no julgamento do RE 598.468, que as empresas do Simples Nacional, quando da apuração do
DAS, devem segregar suas receitas, para que seja observada a imunidade referente às exportações. Caso essa
segregação de receitas das exportações não seja observada no recolhimento dos tributos do Simples, nascerá
para o contribuinte o direito de reaver o indébito tributário. Essa recuperação de créditos pagos indevidamente
nos últimos 5 anos, observada a tese fixada pelo Supremo, poderá ser realizada pela via administrativa.14
Tese firmada: “As imunidades previstas nos artigos 149, § 2º, I, e 153, § 3º, III, da Constituição Federal são
aplicáveis às empresas optantes pelo Simples Nacional”.
ASSERTIVA ERRADA: as imunidades de contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico sobre
as receitas decorrentes de exportação não são aplicáveis às empresas optantes pelo Simples Nacional. (FGV -
JUIZ FEDERAL TRF1/2023).
14
Ibis Jus - https://www.youtube.com/watch?v=dgBxNNu-jEI
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1. Aos recursos interpostos com fundamento no CPC/2015 (relativos a decisões publicadas a partir de 18 de
março de 2016) serão exigidos os requisitos de admissibilidade recursal na forma nele prevista (Enunciado n.
3 do Plenário do STJ).
2. A Primeira Seção do STJ, no julgamento de recurso especial sob a sistemática de repetitivos, vinculado
ao tema n. 375, firmou a orientação de que "[a] confissão da dívida não inibe o questionamento judicial da
obrigação tributária, no que se refere aos seus aspectos jurídicos; e, quanto aos aspectos fáticos sobre os
quais incide a norma tributária, a regra é que não se pode rever judicialmente a confissão de dívida efetuada
com o escopo de obter parcelamento de débitos tributários." (v.g. erro, dolo, simulação e fraude)" (REsp
1133027/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Rel. p/ Acórdão Ministro Mauro Campbell Marques, Primeira Seção, julgado em
13/10/2010, DJe 16/03/2011).
3. Assim, a prescrição não está sujeita à renúncia por parte do devedor, haja vista que ela não fulmina
apenas o direito de ação, mas também o próprio crédito tributário, nos termos do art. 156, V, do CTN, de
modo que a jurisprudência desta Corte Superior orienta que a renúncia manifestada para fins de adesão
à parcelamento é ineficaz à cobrança de crédito tributário já prescrito. Precedentes: AgInt no AREsp
312.384/RS, Rel. Ministro Gurgel de Faria, Primeira Turma, julgado em 08/06/2017, DJe 08/08/2017; AgRg no AREsp
743.252/MG, Rel. Ministra Assusete Magalhães, Segunda Turma, julgado em 08/03/2016, DJe 17/03/2016; e AgRg no REsp
1.191.336/RN, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, DJe de 30/09/2014.
4. Na hipótese dos autos, o Tribunal de origem, em desconformidade com a orientação jurisprudencial deste
Superior Tribunal de Justiça, entendeu pela impossibilidade de oposição de defesa acerca do direito
renunciado, de modo que está correto o provimento do recurso especial a fim de que seja processada exceção
de pré-executividade quanto à alegação de prescrição do crédito tributário, aspecto jurídico do crédito
tributário. 5. Agravo interno desprovido. (AgInt no AgInt no AREsp n. 1.343.161/SP, relator Ministro Gurgel de Faria,
Primeira Turma, julgado em 16/12/2019, DJe de 19/12/2019.)
ASSERTIVA CORRETA: É devida a restituição tanto dos valores pagos que já haviam sido alcançados
pela decadência, como daqueles que já haviam sido alcançados pela prescrição. (FGV – RECEITA
FEDERAL/2023).
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que descaracteriza a existência de uma isenção heterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da
Constituição. 4. Recurso extraordinário conhecido e provido. (STF - RE 229096).
ENUNCIADO: O Brasil firmou tratado Internacional com um país estrangeiro em 2022 prevendo a concessão
de isenção de ICMS nas importações de determinado produto (com a compromisso de devida reciprocidade
do Estado estrangeiro). O referido tratado foi assinado pelo presidente da República, depois aprovado por
decreto legislativo no Congresso Nacional e, por fim, promulgado como Decreto federal. O Estado Alfa,
contudo, ingressou com medida judicial alegando que a União estava prejudicando sua arrecadação interna
de ICMS com tal isenção e que, além disso, estava a conceder benefício tributário de ICMS sem a devida
deliberação prévia e autorização dos Estados e do Distrito Federal. Diante desse cenário e à luz do
entendimento dos tribunais superiores, é correto afirmar que: ASSERTIVA CORRETA: tal isenção pode ser
concedida, uma vez que não configura desoneração dada pela União como pessoa jurídica de direito público
interno, mas sim pela República Federativa do Brasil no âmbito de suas relações internacionais. (FGV – 2023 -
TRF1 – Juiz Federal Substituto)
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entidade constitui o crédito tributário, sendo suficiente a notificação do débito instruída na forma do art. 11, §
2º do Decreto nº 57.375/1965. 5. A alegação relativa ao equívoco no recolhimento da contribuição, que ao invés
de recolhida ao SESI, teria sido recolhida ao SESC e SENAC, deve ser discuta em ação própria, não sendo o
caso de acolhida do pedido de denunciação da lide, haja vista a ausência de obrigação, por lei ou contrato, de
indenização ou ação regressiva das referidas entidades em favor do contribuinte que cometeu o equívoco, não
estando preenchidos os requisitos do art. 125 do CPC/2015. 6. Compete à Justiça Estadual processar e julgar
ações de cobrança, nas quais sejam autoras as entidades paraestatais, tais como SESI, SEBRAE, SESC,
SENAI, dentre outras, dada a sua personalidade jurídica de direito privado. Nesse sentido dispõe a
Súmula 516/STF ("O Serviço Social da Indústria (SESI) está sujeito à jurisdição da Justiça estadual").
Precedente do STJ: CC 95.723/RS, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Seção, DJe de 22/09/2008. 7. Agravo interno
não provido.” STJ - AgInt no REsp 1867152 / SP – 27.05.22. (Fonte: site STJ).
ENUNCIADO: A Companhia de Limpeza Urbana do Município Alfa, sociedade de economia mista municipal
responsável pela limpeza urbana e coleta de lixo no território municipal, recebeu por lei municipal de iniciativa
do prefeito a atribuição de fiscalizar e arrecadar a taxa de coleta de lixo proveniente de imóveis residenciais e
comerciais, para custeio desta atividade específica. Dessa forma, aqueles que não pagavam a referida taxa
começaram a sofrer cobranças judiciais de tais valores por parte do corpo de advogados da referida empresa
estatal (selecionados por concurso público, porém contratados no regime CLT). Diante desse cenário e à luz
do entendimento dos Tribunais Superiores, é correto afirmar que: ASSERTIVA CORRETA: a lei poderia atribuir
a função de fiscalização e arrecadação dessa taxa a essa pessoa jurídica de direito privado, ainda que se
configure como uma sociedade de economia mista. (FGV – SMF-RJ – Fiscal de Rendas).
ENUNCIADO: Previsto no Código Tributário Nacional, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer
natureza, de competência da União, também foi tratado no texto constitucional. Quando recolhido na fonte
(IRRF) por um Estado da Federação, a legislação determina que: ASSERTIVA CORRETA: o valor arrecadado
pertence integralmente ao Estado. (Quando recolhido na fonte (IRRF) por um Estado da Federação, nos termos
do art. 157, inc. I, do texto constitucional, bem como na jurisprudência consolidada do STF (RG supra), o valor
arrecadado pertence integralmente ao referido Estado.). (FGV – TCE – ES Auditor de Controle externo/2023).
5.19 ALTERAÇÃO DE PRAZO PARA PAGAMENTO DE TRIBUTO NÃO SE SUBMETE À LEGALIDADE ESTRITA
TRIBUTÁRIO – LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR – STF - “A fixação e a alteração de
prazo para pagamento de tributo não se submete à legalidade estrita, podendo ser realizada por ato
infralegal” (STF, 2ª Turma, AI nº 178.723AgR, relator min. Maurício Corrêa, j. em 11/3/1996, DJ em 2/08/1996). Súmula
STF Vinculante n.º 50: Norma legal que altera o prazo de recolhimento de obrigação tributária não se sujeita
ao princípio da anterioridade. (Fonte: comentários professor QConcurso).
ENUNCIADO: Determinada lei atribuiu à autoridade fazendária local competência para expedir portaria fixando
o prazo para recolhimento de determinado tributo de unidade federativa. A lei em comento é: ASSERTIVA
CORRETA: constitucional, uma vez que o prazo para recolhimento do tributo não é matéria reservada à lei. (O
prazo para recolhimento do tributo não é matéria reservada à lei nem se submete ao princípio da anterioridade,
tal como já pacificou o STF nos julgados acima transcritos acima). (FGV – CGE-SC – Auditor do Estado/2023).
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6. DIREITO DO CONSUMIDOR
6.1 PROCON POSSUI LEGITIMIDADE PARA APLICAR MULTAS ADMINISTRATIVAS
CONSUMIDOR – STJ – MULTAS ADMINISTRATIVAS - o PROCON possui legitimidade para aplicar multas
administrativas às companhias de seguro em face de infração praticada em relação de consumo de
comercialização de título de capitalização e de que não há falar em bis in idem em virtude da inexistência
da cumulação de competência para a aplicação da referida multa entre o órgão de proteção ao
consumidor e a SUSEP (STJ. Primeira Turma. REsp 1122368/AL, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 03.09.2009).
ASSERTIVA CORRETA: imputação da multa por parte do Procon advém de seu poder de polícia quando
constatada violação ao CDC, não gerando bis in idem ao não usurpar atribuição da Susep. (FGV – PGE/SC 22).
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inversão do ônus da prova, na situação descrita, é: ASSERTIVA CORRETA: correta, pois o termo consumidor
deve ser interpretado em sentido amplo, enquanto destinatário da proteção, de modo a facilitar a sua defesa,
individual ou coletiva. (FGV - DPE/MS 2022)
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
forma defeituosa pelos profissionais da saúde vinculados de alguma forma ao hospital, respondem
solidariamente a instituição hospitalar e o profissional responsável, apurada a sua culpa profissional. Nesse
caso, o hospital é responsabilizado indiretamente por ato de terceiro, cuja culpa deve ser comprovada pela
vítima de modo a fazer emergir o dever de indenizar da instituição, de natureza absoluta (artigos 932 e 933 do
Código Civil), sendo cabível ao juiz, demonstrada a hipossuficiência do paciente, determinar a inversão do ônus
da prova (artigo 6º, inciso VIII, do CDC)" (REsp 1.145.728/MG, relator para acórdão Ministro Luis Felipe Salomão,
Quarta Turma, DJe de 8/9/2011).
O Tribunal a quo demonstrou tanto o evento danoso, conduta e o nexo de causalidade, além da
indenização ter se dado sob a análise da medida de sua própria culpa, qual seja, a falha na prestação dos
serviços. Portanto, o estabelecimento hospitalar não foi responsabilizado por ato de terceiro, mas sim
por sua própria culpa, pois configurado o nexo de causalidade entre sua conduta - má prestação de
serviço pela demora para disponibilizar a sala de cirurgia - e o dano causado.” (AgInt no AgInt no REsp n.
1.718.427/RS. DJe em 09/03/2023). (Fonte: site STJ).
Vejamos trecho do voto condutor do acórdão da apelação no tribunal de origem para melhor
compreensão da decisão do STJ: “Quando a demandante chegou ao hospital já estava com dilatação
completa para o parto, porém, na mesma oportunidade tomou conhecimento de que diante da prematuridade
do parto, precisaria de UTI neonatal e que esta se encontrava lotada, por isso, deveria ser removida para outro
hospital. Através da médica assistente ou do hospital (não se tem essa informação com precisão nos autos)
houve contato com o Hospital Ernesto Dorneles, onde conseguiram o leito neonatal. Contudo, problema maior
se instalou. O hospital não possuía ambulância de remoção, e mesmo as ambulâncias particulares, no dia,
não puderam prestar o atendimento, pois todas se encontravam ocupadas. Tal situação é incontroversa nos
autos. Familiares da autora, hospital e médica assistente buscaram a tentativa de remoção e não conseguiram.
Neste ínterim, a autora já não pode mais esperar, e a médica, diante da situação de que a dilatação estava
completa, e o bebê quase saindo, decidiu, inicialmente, pelo parto normal, porém, o trabalho de parto foi
frustrado em razão de que rompida a bolsa o bebê "girou", e trancou, não indo "nem pra frente", "nem pra trás",
ocasião, então, que a médica decidiu pela cesárea. Decidido pela cesárea, novo empecilho, não havia salas
disponíveis no centro cirúrgico obstétrico, e quase uma hora depois da decisão pela cesárea, liberada uma das
salas, o procedimento foi realizado, contudo, o bebê já estava morto. [...] A responsabilidade da empresa do
ramo de saúde, por óbvio, mesmo sendo objetiva, é vinculada à comprovação da culpa do médico. Ou seja,
mesmo que se desconsidere a atuação culposa da pessoa jurídica, a responsabilização desta depende da
atuação culposa do médico, sob pena de não haver o dito erro médico indenizável. [...] De pronto destaco a
manutenção da sentença de procedência. E, ainda que compartilhe do entendimento no sentido de que o
hospital não foi o único responsável pelo evento morte do filho da demandante, restando sérias dúvidas acerca
da conduta da médica assistente, tenho que o hospital deve responder pelo episódio na medida de sua culpa.
[...] E, da análise pericial, constatei que o hospital demandado falhou nos serviços que presta, em relação ao
parto da autora. Pincelando algumas respostas do expert tem-se que em vários momentos houve negligência
dos profissionais de saúde que compõem a enfermagem do demandado. [...] Mais. Dentre tantos problemas
enfrentados pela demandante para ter seu bebê, tenho que a questão envolvendo a demora para
disponibilizar a sala de cirurgia em momento de extrema e flagrante emergência, contribuiu
sobremaneira para o trágico desfecho, questão que ficou bem amparada na prova pericial e testemunhal.
[...] 13) Diga o sr. Perito se houve demora na realização do parto da autora. Sim, uma vez que a médica
indicou cesariana de urgência às 6h34min, e a disponibilização da sala - afinal utilizada para parto vaginal
- ocorreu às 7h30min. (fl. 304) 14) Diga o Sr. Perito se a demora ocorreu por conta do hospital ou pela médica
particular que fez o acompanhamento pré-natal e que faria o parto? Segundo os registros não foram dadas
opções à médica a não ser esperar a liberação das salas para realizar a cesariana. Ao hospital cabia
providenciar sala extra para a realização do procedimento. (fl. 304). [...] Nesse contexto, restou
plenamente comprovada a demora do hospital em disponibilizar sala para a cesariana de emergência
flagrante, como antes disse. E o que mais chama a atenção, é que situações como esta não deveria ser tratada
pelo nosocômio como de impossível acontecimento. Ao contrário. Penso que a circunstância fática não foge
à quase normalidade do dia -a -dia deste hospital, porquanto, conhecido e renomado pelo atendimento
de gestante e consequentes partos. Ao meu ver, a dificuldade do hospital em disponibilizar a UTI neonatal
(que efetivamente se encontrava lotada) motivou à negligência do demandado em relação ao parto. Ou seja,
retardou o parto para que pudesse providenciar a UTI neonatal ou, ainda, a remoção da paciente a outro
hospital. Contudo, em assim agindo assumiu o risco do desfecho da morte do bebê. Penso que o ponto
chave é este: o hospital deveria ter proporcionado todas as condições para o parto, e depois decidido
como seria uma remoção ou a abertura de uma vaga na UTI neonatal. Só assim, poderia ter dado chances
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
desta criança sobreviver. [...] No entanto, tenho que a espera de quase uma hora para a liberação da sala,
para a realização da cesariana na autora, extrapolou qualquer limite de razoabilidade, ainda mais quando
o requerido afirma que possuía outras salas disponíveis no centro cirúrgico, que deveria ter sido
providenciada por sua equipe, diante dos cuidados que o caso demandava. Assim, em razão da falha na
prestação de serviço da requerida, consistente na demora em remover à autora, em tempo razoável, à
sala de cesariana está comprovado o nexo de causalidade entre o evento morte e o dano moral suportado
pela demandante. [...] Dessa forma, levando em consideração os elementos acima mencionados, bem como
que a falha na prestação do serviço do requerido contribuiu para o evento morte, a inexistência de certeza que
bebê sobreviveria após a cesariana e atenta aos ditames do art. 944 do Código Civil, fixo a reparação do dano
moral em 50 salário mínimos. [...] A meu ver, o valor da indenização deve atender determinados vetores que
dizem respeito à pessoa do ofendido e do ofensor, partindo-se da medida do padrão sociocultural médio da
vítima, avaliando-se a extensão da lesão ao direito, a intensidade do sofrimento, a duração do constrangimento
desde a ocorrência do fato, as condições econômicas do ofendido e as do devedor, e a suportabilidade do
encargo. Deve-se relevar, ainda, a gravidade do dano e o caráter pedagógico - punitivo da medida. (...).
O estabelecimento hospitalar não foi responsabilizado por ato de terceiro, mas sim por sua própria culpa,
pois configurado o nexo de causalidade entre sua conduta – má prestação de serviço pela demora para
disponibilizar a sala de cirurgia – e o dano causado. Consoante entendimento jurisprudencial do STJ, o
hospital responde, objetivamente, pelos danos decorrentes da prestação defeituosa dos serviços
relacionados ao exercício da sua própria atividade. STJ. 4ª Turma.AgInt no AgInt no REsp 1.718.427-RS, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, julgado em 6/3/2023 (Info 768).
ENUNCIADO DA QUESTÃO: Marilena, cuja gravidez era de risco, deu entrada em estado grave na emergência
da obstetrícia do Hospital Papa São Pancrácio IX. Devido à superlotação do setor, não houve disponibilização
de sala de cirurgia em tempo adequado e, em razão disso, ocorreu o óbito do feto no útero materno. Tais fatos
são incontroversos. A autora ajuizou ação de responsabilidade civil em face da sociedade empresária
mantenedora do hospital, que alegou sua ilegitimidade passiva. Sustenta a ré que sua responsabilidade está
limitada ao fornecimento de recursos materiais e humanos auxiliares adequados à prestação dos serviços
médicos e à supervisão da paciente, pois o obstetra de Marilena não é seu empregado. Tal serviço foi prestado
adequadamente, visto que o óbito do feto, segundo o hospital, decorreu de ato técnico praticado de forma
defeituosa pelo obstetra, de modo que apenas ele deveria ser responsabilizado. Considerando os fatos
narrados e as disposições do Código de Defesa do Consumidor, é correto afirmar que: ASSERTIVA CORRETA:
a responsabilidade civil perante Marilena é exclusiva do hospital, não por fato de terceiro, mas sim por fato
próprio, pois está configurado o nexo de causalidade entre sua conduta - má prestação de serviço pela demora
para disponibilizar a sala de cirurgia - e o dano causado. (FGV – TJES-2023).
ENUNCIADO: À luz da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, considera-se fortuito interno, inapto a
romper o nexo causal no âmbito das relações de consumo: ASSERTIVA ERRADA: arremesso de pedra por
terceiro que fere passageiro no interior de composição ferroviária. (FGV – TJBA – Juiz Leigo/2023).
6.12 OS AGENTES FINANCEIROS CONHECIDOS COMO BANCOS DE VAREJO, QUE FINANCIAM A VENDA
DE AUTOMÓVEIS, NÃO RESPONDEM PELOS VÍCIOS DO PRODUTO
CONSUMIDOR – FIGURA DO FORNECEDOR EQUIPARADO – SOLIDARIEDADE – STJ - Os agentes financeiros
conhecidos como bancos de varejo, que financiam a venda de automóveis, não respondem pelos vícios
do produto, e o contrato de financiamento subsiste mesmo que a compra seja desfeita – situação diversa da
que ocorre com os bancos integrantes do grupo econômico da fabricante, os chamados bancos da
montadora (STJ, REsp 1.946.388).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
ENUNCIADO: Ocorre a responsabilidade solidária pela participação na cadeia de consumo no seguinte caso:
ASSERTIVA ERRADA: Ocorre a responsabilidade solidária pela participação na cadeia de consumo no seguinte
caso. (FGV – TJBA – Juiz Leigo/2023).
6.13 RESPONSABILIDADE DO BANCO EMISSOR DO BOLETO PELA VENDA FRAUDULENTA REALIZADA POR
UMA LOJA VIRTUAL
CONSUMIDOR – FIGURA DO FORNECEDOR EQUIPARADO – SOLIDARIEDADE – STJ - A Terceira Turma do
Superior Tribunal de Justiça afastou a responsabilidade do banco emissor do boleto pela venda fraudulenta
realizada por uma loja virtual que não entregou ao cliente os produtos comprados. De forma unânime, os
ministros concluíram que não houve falha na prestação do serviço bancário, já que a instituição financeira
apenas emitiu a guia de pagamento. (STJ REsp 1.786.157).
ENUNCIADO: Ocorre a responsabilidade solidária pela participação na cadeia de consumo no seguinte caso:
ASSERTIVA ERRADA: bancos pela emissão de boleto utilizado em fraude no âmbito de compra online. (FGV –
TJBA – Juiz Leigo/2023).
6.15 O MERO PATROCINADOR DE EVENTO, QUE NÃO ASSUME GARANTIA DE SEGURANÇA DOS
PARTICIPANTES, NÃO PODE SER CONSIDERADO FORNECEDOR
CONSUMIDOR – FIGURA DO FORNECEDOR EQUIPARADO – SOLIDARIEDADE – STJ - Ao dar parcial
provimento ao recurso especial de uma empresa que patrocinou a exibição de manobras radicais de
motocicletas, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) entendeu que o mero patrocinador de
evento, que não assume garantia de segurança dos participantes, não pode ser considerado fornecedor
para fins de responsabilização por acidente de consumo. (STJ REsp 1.955.083).
ENUNCIADO: Ocorre a responsabilidade solidária pela participação na cadeia de consumo no seguinte caso:
ASSERTIVA ERRADA: patrocinadora de evento musical, sem engajamento na organização, pela morte de
alguém na plateia. (FGV – TJBA – Juiz Leigo/2023).
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Jurisprudência em provas - @graceliamenezes
6.18 NÃO É TODO E QUALQUER SERVIÇO PÚBLICO QUE SERÁ REGIDO PELO CDC
CONSUMIDOR – SERIVÇOS PÚBLICOS IMPRÓPRIOS OU “UTI SINGULI” - Conforme entende o STJ, não é
todo e qualquer serviço público que será regido pelo CDC, mas tão somente serviços públicos impróprios
ou UTI SINGULI, remunerados por tarifa ADMINISTRATIVO – SERVIÇO PÚBLICO – ENERGIA ELÉTRICA –
TARIFAÇÃO – COBRANÇA POR FATOR DE DEMANDA DE POTÊNCIA – LEGITIMIDADE. 1. Os serviços públicos
impróprios ou UTI SINGULI prestados por órgãos da administração pública indireta ou, modernamente,
por delegação a concessionários, como previsto na CF (art. 175), são remunerados por tarifa, sendo
aplicáveis aos respectivos contratos o Código de Defesa do Consumidor. 2. A prestação de serviço de
energia elétrica é tarifado a partir de um binômio entre a demanda de potência disponibilizada e a energia
efetivamente medida e consumida, conforme o Decreto 62.724/68 e Portaria DNAAE 466, de 12/11/1997. 3. A
continuidade do serviço fornecido ou colocado à disposição do consumidor mediante altos custos e
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investimentos e, ainda, a responsabilidade objetiva por parte do concessionário, sem a efetiva contraposição
do consumidor, quebra o princípio da igualdade das partes e ocasiona o enriquecimento sem causa, repudiado
pelo Direito. 4. Recurso especial provido pela divergência. STJ AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.089.062 - SC
(2008/0205781-5)
IMPORTANTE:
UTI SINGULI - de fruição individual, divisíveis, são aqueles para os quais pode-se identificar facilmente um
usuário.
UTI UNIVERSI - indivisíveis, são os de fruição coletiva, usufruídos por todos de forma indistinta.
ENUNCIADO: Em relação a serviços públicos, o Código de Defesa do Consumidor é: ASSERTIVA CORRETA:
aplicável, considerando a expressa previsão de que o fornecedor pode ser pessoa jurídica de direito privado ou
público, quando se tratar de serviços públicos uti singuli remunerados por tarifa, como, por exemplo, o
serviço postal. (FGV -TRF1 Juiz Federal/2023)
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ii) Apenas se admite arbitramento de honorários por equidade quando, havendo ou não condenação: (a) o
proveito econômico obtido pelo vencedor for inestimável ou irrisório; ou (b) o valor da causa for muito
baixo. (Fonte: Site STJ).
O Enunciado nº 6 da I Jornada de Direito Processual Civil do Conselho da Justiça Federal - CJF é nesse
sentido: “A fixação dos honorários de sucumbência por apreciação equitativa só é cabível nas hipóteses
previstas no § 8º, do art. 85 do CPC”.
“Art. 85 (...) § 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor
da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto
nos incisos do § 2º. “
O CPC não permite que se aplique o § 8º do art. 85 nos casos em que o valor da condenação, o valor da
causa ou o valor do proveito econômico forem elevados. Logo, não cabe ao Poder Judiciário, ainda que sob
o manto da proporcionalidade e razoabilidade, reduzir a aplicabilidade do dispositivo legal em comento,
decorrente de escolha legislativa explicitada com bastante clareza.
O que significa proveito econômico “inestimável”? Poderíamos enquadrar nessa previsão o proveito
econômico muito elevado? NÃO. Quando o § 8º do art. 85 menciona proveito econômico “inestimável”, ele
está se referindo àquelas causas em que não é possível atribuir um valor patrimonial à lide. Exemplos: nas
demandas ambientais ou nas ações de família. Não se deve, portanto, confundir “valor inestimável” com “valor
elevado”. Não houve modulação dos efeitos O STJ afirmou que não seria caso de modulação dos efeitos,
de forma que o entendimento acima exposto pode ser aplicado mesmo para processos anteriores ao
julgamento. (Fonte: Comentários colegas do QConcurso).
ENUNCIADO: Quanto aos honorários advocatícios sucumbenciais, é correto afirmar que: ASSERTIVA
ERRADA: nas causas em que o valor da condenação se revelar elevado ou for irrisório, poderá o julgador fixar
honorários advocatícios por apreciação equitativa. (caso o valor da condenação for irrisório, os honorários
poderão ser fixados por meio de apreciação equitativa, nos termos do art. 85, § 8º, do Código de Processo Civil.
Em caso de valor elevado não é permitido). (FGV – Juiz do Trabalho/2023).
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(Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O adquirente de bem usucapido, na condição de sucessor do usucapiente, deve integrar o polo passivo da ação rescisória
intentada contra a sentença de usucapião, sob pena de nulidade do feito por falta de citação do litisconsorte passivo necessário. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/684fa3de91be141a2bc896fa5870aed7>).
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cabimento da ação rescisória.” (STJ. 4ª Turma. REsp 1.333.887/MG, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em
25/11/2014.).
STJ – REsp 1.938.743/SP - PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO ANULATÓRIA. QUERELA NULLITATIS INSANABILIS.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NÃO INCLUÍDOS EM PAUTA DE JULGAMENTO. AUSÊNCIA DE PREJUÍZO.
NULIDADE PROCESSUAL NÃO RECONHECIDA. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO
CONFIGURADA. PRINCÍPIO DA NÃO SURPRESA. OFENSA NÃO CARACTERIZADA. SUCESSORES NOS
DIREITOS SOBRE IMÓVEL USUCAPIDO QUE DEVEM SER CITADOS COMO LITISCONSORTES NECESSÁRIOS
NA AÇÃO RESCISÓRIA INTENTADA CONTRA A SENTENÇÃ DE USUCAPIÃO. AUSENCIA DE CITAÇÃO QUE SE
APRESENTA COMO VÍCIO DE INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE DE ALEGAÇÃO A QUALQUER TEMPO.
NULIDADE DE ALGIBEIRA NÃO CARACTERIZADA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. As disposições do NCPC,
no que se refere aos requisitos de admissibilidade dos recursos, são aplicáveis ao caso concreto ante os
termos do Enunciado Administrativo nº 3, aprovado pelo Plenário do STJ na sessão de 9/3/2016.
2. De acordo com o princípio processual da instrumentalidade das formas, sintetizado pelo brocardo pas de
nullité sans grief e positivado nos arts. 249 e 250 do CPC/73, correspondentes aos arts.282 e 283 do NCPC, não
é possível declarar a nulidade quando não verificado nenhum prejuízo. efetivo. 3. No caso, o Tribunal estadual
afirmou que a ausência de inclusão do feito em pauta e, bem assim, o julgamento virtual dos embargos de
declaração não implicou nenhum tipo de prejuízo para a parte, revelando-se descabido, nessa medida,
declarar a nulidade do processo. 4. Não prospera a alegação de que o acórdão recorrido teria buscado
fundamento em acórdãos que tratavam de casos não análogos, pois todos os julgados citados naquele aresto
estavam alinhados ao argumento jurídico que serviu de orientação ao julgamento. 5. Devem figurar como réus
na ação rescisória todos aqueles que integraram a relação jurídica original e também seus sucessores.
Precedentes. 6. Assim, o adquirente de bem usucapido, na condição de sucessor do usucapiente, deve
integrar o polo passivo da ação rescisória intentada contra a sentença de usucapião, sob pena de
nulidade do feito por falta de citação do litisconsorte passivo necessário. Precedentes. 7. As chamadas
nulidades guardadas ou de algibeira apenas vedam a declaração de invalidades de atos processuais dentro da
mesma relação processual. Se os adquirentes do imóvel não figuraram como parte na ação rescisória não
poderiam ter, de má-fé, ocultado o vício processual ou maliciosamente retardado a sua invocação em juízo.
8. Se o vício transrescisório pode ser alegado a qualquer tempo, sem que se possa cogitar de prescrição
ou decadência, não parece adequado admitir que a parte esteja impedida de propor a querela nullitatis
quando melhor lhe aprouver. 9. Recurso especial provido para julgar procedente a querela nullitatis. (...).”
Obs.: Tratando-se de litisconsórcio necessário e unitário, a sentença será nula (art. 115, I). Nesse caso,
ocorrerá nulidade total do processo, não produzindo a sentença qualquer efeito, quer para o litisconsorte que
efetivamente integrou a relação jurídica, quer para aquele que dela não participou, mas deveria ter participado.
Tratando-se de litisconsórcio necessário e simples, a decisão será ineficaz apenas para aqueles que
deveriam ter sido citados e não foram (art. 115, II).
ASSERTIVA CORRETA: na hipótese de litisconsórcio necessário simples, a ausência de citação permite ao
litisconsorte que não integrou a lide, mesmo após o trânsito em julgado da decisão, propor, como terceiro,
simples ação judicial para reconhecer o provimento judicial como ineficaz. (FGV – Juiz do Trabalho/2023).
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ENUNCIADO: Determinada entidade sindical, representativa dos profissionais da área de saúde pública do
Estado federado Alfa, ingressou com ação coletiva em face desse ente federativo para que fosse implementado
o reajuste de uma gratificação, conforme fora estatuído na Lei estadual nº X, cuja constitucionalidade era
negada pelo governador do Estado. O pedido foi julgado procedente, sendo o Estado Alfa condenado em custas
e honorários advocatícios, tendo a sentença transitado em julgado. A partir de uma divisão pro rata,
considerando o número de beneficiados pelo provimento jurisdicional, João, advogado, ingressou com a
execução dos honorários advocatícios fixados na sentença, pleiteando o percentual correspondente a um
beneficiário. Nesse caso, à luz da responsabilidade do Estado Alfa pelos honorários advocatícios, o juiz de
Direito, ao analisar o pleito de João, deve: ASSERTIVA CORRETA: rejeitá-lo, pois a condenação do Estado Alfa
ao pagamento de honorários advocatícios, de forma global, em sede de ação coletiva, consubstancia crédito
único, não sendo possível o seu fracionamento em sede de execução. (FGV – TJMS/2023).
ENUNCIADO: José, servidor público de determinado Município, ajuizou mandado de segurança para impugnar
a validade de ato que lhe impusera uma sanção disciplinar, na esteira de apuração de falta funcional em
processo administrativo. O impetrante alegou, como causa petendi, não ter perpetrado o ilícito funcional que
a Administração Pública lhe havia atribuído. Apreciando a petição inicial, o juiz da causa, além de proceder ao
juízo positivo de admissibilidade da demanda, deferiu a medida liminar requerida na exordial, decretando a
suspensão da eficácia da penalidade aplicada em desfavor do impetrante. Depois de prestadas as informações
pela autoridade impetrada e de ofertada a peça impugnativa pela pessoa jurídica de direito público, Luiz, outro
servidor público do mesmo Município, requereu o seu ingresso no polo ativo da relação processual, com a
extensão, em seu favor, da medida liminar deferida initio litis. Para tanto, Luiz se valeu de linha argumentativa
similar à de José, isto é, a de que havia sido sancionado pela Administração, embora não tivesse cometido
qualquer ilícito funcional. Conquanto houvesse, a um primeiro momento, deferido o ingresso de Luiz no polo
ativo da demanda, o juiz da causa, reexaminando o tema, reconsiderou o seu posicionamento anterior,
determinando a sua exclusão do feito. Após a vinda aos autos da manifestação conclusiva do Ministério
Público, foi proferida sentença de mérito, na qual se concedeu a segurança vindicada por José, invalidando-se
a penalidade que lhe fora imposta. Não constou do decisum a condenação da Fazenda Pública ao pagamento
da verba honorária sucumbencial. Nesse cenário, é correto afirmar que: ASSERTIVA CORRETA: caso Luiz
pretenda se insurgir contra a decisão que o excluiu do feito, caber-lhe-á interpor agravo de instrumento, o qual
deverá ser conhecido, porém desprovido pelo órgão ad quem. (FGV – TJMS/2023).
7.6 NÃO CABE FIXAÇÃO DE MULTA DIÁRIA COMO MEIO DE EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR
PROCESSO CIVIL – EXECUÇÃO – MULTA DIÁRIA – STJ - NÃO CABE FIXAÇÃO DE MULTA DIÁRIA COMO MEIO
DE EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR - JULGADOS: “Nas obrigações de pagar quantia certa,
é descabida a fixação de multa diária como forma de compelir a parte devedora ao cumprimento da
prestação que lhe foi imposta”. (STJ. 3ª Turma. AgInt no AREsp 1.441.336/SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado
em 19/8/2019.)
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“As astreintes constituem medida de execução indireta e são impostas para a efetivação da tutela
específica perseguida ou para a obtenção de resultado prático equivalente nas ações de obrigação de fazer
ou não fazer. Logo, tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, é inaplicável a imposição de multa
para coagir o devedor ao seu cumprimento, devendo o credor valer-se de outros procedimentos para receber
o que entende devido” (STJ. 3ª Turma. AgInt no REsp 1.324.029/MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
16/6/2016);
“A obrigação de pagar quantia certa, ainda que objeto de tutela antecipada, não se sujeita à aplicação de
multa cominatória com o fim de impor seu cumprimento”. (STJ. 3ª Turma. AgRg no AREsp 401.426/RJ, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, julgado em 15/3/2016). (Comentários colegas QConcurso).
ATENÇÃO: A fixação da multa diária só tem espaço no plano das obrigações de fazer e não fazer, sendo
vedada sua utilização no campo das obrigações de pagar.
ASSERTIVA CORRETA: Incabível a fixação de multa cominatória diária no cumprimento de sentença relativo à
obrigação de pagar, ainda que mediante decisão fundamentada, após esgotados os meios típicos de execução
e observados os princípios do contraditório e da proporcionalidade. (FGV – TRF1- JUIZ FEDERAL/2023).
É inviável a intervenção anômala da União na fase de execução ou no processo executivo, salvo na ação cognitiva incidental de embargos. Buscador Dizer o Direito,
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doze meses de atraso, requereu que as três últimas parcelas fossem quitadas em três dias, sob pena de prisão
civil do devedor. Outrossim, requereu, também executado fosse intimado para, em quinze dias, pagar restante,
os nove primeiros meses de atraso, sob pena de incidência de multa e de honorários advocatícios de 10%
sobre este valor. Nesse cenário, a manifestação do defensor público é: ASSERTIVA CORRETA: correta, uma
vez que o credor pode optar pelo cumprimento da sentença, cindindo o modo da execução. (FGV – DPE-RS -
ANALISTA/2023).
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(CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É possível ao devedor poupar valores sob a regra da impenhorabilidade no patamar de até 40 salários-mínimos, não apenas aqueles
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depositados em cadernetas de poupança, mas também em conta corrente ou em fundos de investimento, ou guardados em papel-moeda. Buscador Dizer o Direito, Manaus.
Disponível em: <https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a3ce63a7a8521c37a513db67129855a8>).
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ENUNCIADO: O juízo da 1ª Vara Cível da Comarca X proferiu sentença em demanda envolvendo as partes "A"
"B" Exaurido o prazo recursal e aperfeiçoado o trânsito em julgado, a União constatou que o desfecho dessa
demanda influenciaria indiretamente em matéria afeta ao seu interesse, tendo ocorrido colusão entre as partes
com o objetivo de fraudar a lei/hipótese em que previsto a cabimento de ação rescisória. À luz dessa narrativa,
considerando os balizamentos oferecidos pela ordem constitucional, é correto afirmar que: ASSERTIVA
CORRETA: a ação rescisória deve ser ajuizada pela União perante o Tribunal Regional Federal competente.
(FGV – TRF1 – Juiz Federal 2023).
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8. DIREITO ELEITORAL
8.1 PREFEITO ITINERANTE OU PROFISSIONAL
ELEITORAL – STF – REELEIÇÃO – PREFEITO ITINERANTE OU PROFISSIONAL - VEDAÇÃO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. REELEIÇÃO. PREFEITO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14,
§ 5º, DA CONSTITUIÇÃO. MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA JURÍDICA. I.
REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO. PREFEITO. PROIBIÇÃO DE
TERCEIRA ELEIÇÃO EM CARGO DA MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM MUNICÍPIO DIVERSO. O instituto da
reeleição tem fundamento não somente no postulado da continuidade administrativa, mas também
no princípio republicano, que impede a perpetuação de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio
republicano condiciona a interpretação e a aplicação do próprio comando da norma constitucional, de modo
que a reeleição é permitida por apenas uma única vez. Esse princípio impede a terceira eleição não apenas
no mesmo município, mas em relação a qualquer outro município da federação. Entendimento contrário
tornaria possível a figura do denominado “prefeito itinerante” ou do “prefeito profissional”, o que
claramente é incompatível com esse princípio, que também traduz um postulado de
temporariedade/alternância do exercício do poder. Portanto, ambos os princípios – continuidade
administrativa e republicanismo – condicionam a interpretação e a aplicação teleológicas do art. 14, § 5º, da
Constituição. O cidadão que exerce dois mandatos consecutivos como prefeito de determinado
município fica inelegível para o cargo da mesma natureza em qualquer outro município da federação. (RE
637485, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 01/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-095 DIVULG 20-05-2013 PUBLIC 21-05-2013).
ASSERTIVA CORRETA: considera-se inelegível para determinado cargo de chefe do Poder Executivo, o cidadão
que já exerceu dois mandatos consecutivos, em cargo da mesma natureza, ainda que em ente de federação
diversa. (FGV - 2023 - TJ-MS - Juiz)
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Constituição Federal. Inexistência da impugnação exigida no art. 171 do CE. Matéria preclusa. Ausência de
provas da fraude alegada. [...]" NE: “A nulidade arguida [...] no momento da apuração diz respeito à
identidade do eleitor, ou seja, o eleitor que votou no 2º turno não seria o mesmo que votou no 1º. [...] Não
tendo havido impugnação quanto à identidade do eleitor admitido a votar, a matéria já se encontrava
irremediavelmente preclusa." (Ac. nº 13.437, de 18.5.93, rel. Min. Flaquer Scartezzini.).
ASSERTIVA ERRADA: o sistema jurídico eleitoral visa preservar valores que se referem à legitimidade das
eleições e à liberdade do eleitor, por isso, as nulidades no ato da votação, independentemente de impugnação,
devem ser conhecidas. (FGV – TJSC/2022)
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eleitor; (iii) a participação ou anuência do candidato beneficiado; e (iv) a ocorrência dos fatos desde o
registro da candidatura até o dia da eleição. Além disso, a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral firmou
entendimento no sentido de que é necessária a existência de conjunto probatório suficientemente denso
para a configuração do ilícito eleitoral. [...]" (Ac. de 26.2.2019 no REspe nº 71881, rel. Min. Luís Roberto Barroso)
ENUNCIADO: João, candidato a prefeito no Município Beta, cria uma campanha de distribuição gratuita de
combustível e pagamento de contas de luz e água aos eleitores inscritos nos programas assistenciais de auxílio
à pobreza. Pedro, dono de posto de gasolina, simpatizante de Carlos, decide auxiliá-lo e, com sua anuência,
passa a oferecer desconto de 10% no preço de combustível a qualquer pessoa que se disponha a colar um
adesivo do candidato no vidro do carro. Considerando o caso fictício exposto, é correto afirmar que:
ASSERTIVA ERRADA: Pedro poderá responder pela captação ilícita de sufrágio. (Esta alternativa
está incorreta, pois Pedro, por não ser candidato, não poderá responder pela captação ilícita de sufrágio.
No entanto, cabe destacar que Pedro poderá responder por corrupção eleitoral.) (Fonte: Comentários professor
QConcurso) (FGV – TJSC/2022)
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9. DIREITO CIVIL
9.1 EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
CIVIL – EMPRÉSTIMO CONSIGNADO – LIMITE DE DESCONTO DO EMPRÉSTIMO CONSIGNADO – STJ -
RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. PRETENSÃO DE LIMITAÇÃO DOS DESCONTOS
DAS PARCELAS DE EMPRÉSTIMO COMUM EM CONTA-CORRENTE, EM APLICAÇÃO ANALÓGICA DA LEI N.
10.820/2003 QUE DISCIPLINA OS EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS EM FOLHA DE PAGAMENTO.
IMPOSSIBILIDADE. RATIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, COM FIXAÇÃO
DE TESE REPETITIVA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. PREJUDICADO O RECURSO ESPECIAL DA DEMANDANTE,
QUE PLEITEAVA A MAJORAÇÃO DA VERBA HONORÁRIA.
1. A controvérsia inserta no presente recurso especial repetitivo está em definir se, no bojo de contrato de
mútuo bancário comum, em que há expressa autorização do mutuário para que o pagamento se dê por meio
de descontos mensais em sua conta-corrente, é aplicável ou não, por analogia, a limitação de 35% (trinta e
cinco por cento) prevista na Lei n. 10.820/2003, que disciplina o contrato de crédito consignado em folha de
pagamento (chamado empréstimo consignado)..
8. Tese Repetitiva: São lícitos os descontos de parcelas de empréstimos bancários comuns em conta-
corrente, ainda que utilizada para recebimento de salários, desde que previamente autorizados pelo
mutuário e enquanto esta autorização perdurar, não sendo aplicável, por analogia, a limitação prevista
no § 1º do art. 1º da Lei n. 10.820/2003, que disciplina os empréstimos consignados em folha de
pagamento.9. Recurso especial da instituição financeira provido; e prejudicado o recurso especial da
demandante. (REsp 1863973/SP, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/03/2022,
DJe 15/03/2022).
CUIDADO: 18
É válida a recusa das instituições financeiras de concederem empréstimo consignado nos casos em que a
soma da idade do cliente com o prazo de duração do contrato seja superior a 80 anos. O critério de vedação
ao crédito consignado - a soma da idade do cliente com o prazo do contrato não pode ser maior que 80 anos -
não representa discriminação negativa que coloque em desvantagem exagerada a população idosa. (STJ.
3ª Turma. REsp 1.783.731-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. em 23/04/2019 - Info 647).
ENUNCIADO: À luz da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é correto afirmar, sobre a consignação
de parcelas de empréstimo bancário, que: ASSERTIVA CORRETA: a retenção de parcelas de mútuo em conta-
corrente não se sujeita aos limites legais de margem consignável em contracheque, sem prejuízo de que, pelas
vias próprias, possa-se reconhecer e tratar eventual superendividamento. (FGV 2023)
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CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O limite de desconto do empréstimo consignado não se aplica aos contratos de mútuo bancário em que o cliente autoriza o débito das
prestações em conta-corrente. Buscador Dizer o Direito, Manaus.)
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A prova do erro é imprescindível: “(...) 3. As alegações do recorrido de que foi convencido pela mãe do
menino a registrá-lo como se seu filho fosse e de que o fez por apreço a ela não configuram erro ou
qualquer outro vício do consentimento, e, portanto, não são, por si sós, motivos hábeis a justificar a anulação
do assento de nascimento, levado a efeito por ele, quatro anos antes, quando, em juízo, voluntariamente
reconheceu ser o pai da criança, embora sabendo não sê-lo.” (REsp 1.229.044/SP, 3T,13.06.2013)
INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO SOCIOAFETIVA ENTRE PAI E FILHO
No tocante a este segundo requisito, importante decisão do STJ, abaixo:
É necessário também que fique provado que o “pai registral” nunca foi um “pai socioafetivo”, ou seja, que
nunca foi construída uma relação socioafetiva entre pai e filho. A mera comprovação da inexistência de
paternidade biológica através do exame do DNA não é suficiente para desconstituir a relação socioafetiva
criada entre os indivíduos. A filiação deve ser entendida como elemento fundamental da identidade do ser
humano, da própria dignidade humana. O nosso ordenamento jurídico acolheu a filiação socioafetiva como
verdadeira cláusula geral de tutela da personalidade humana. STJ. 3ª Turma. REsp 1.829.093-PR, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 01/06/2021 Info 699). Fonte DOD.
ATENÇÃO: “(...) Admitiu-se a desconstituição de paternidade registral no seguinte caso: (a) o pai registral,
na fluência de união estável estabelecida com a genitora da criança, fez constar o seu nome como pai no
registro de nascimento, por acreditar ser o pai biológico do infante; (b) estabeleceu-se vínculo
de afetividade entre o pai registral e a criança durante os primeiros cinco anos de vida deste; (c) o pai
registral solicitou, ao descobrir que fora traído, a realização de exame de DNA e, a partir do resultado
negativo do exame, não mais teve qualquer contato com a criança, por mais de oito anos até a atualidade;
e (d) o pedido de desconstituição foi formulado pelo próprio pai registral.
De fato, a simples ausência de convergência entre a paternidade declarada no assento de nascimento e a
paternidade biológica, por si só, não autoriza a invalidação do registro. Realmente, não se impõe ao declarante,
por ocasião do registro, prova de que é o genitor da criança a ser registrada. O assento de nascimento traz, em
si, essa presunção. Entretanto, caso o declarante demonstre ter incorrido, seriamente, em vício de
consentimento, essa presunção poderá vir a ser ilidida por ele. Não se pode negar que a filiação socioativa
detém integral respaldo do ordenamento jurídico nacional, a considerar a incumbência constitucional
atribuída ao Estado de proteger toda e qualquer forma de entidade familiar, independentemente de sua origem
(art. 227 da CF). Ocorre que o estabelecimento da filiação socioafetiva perpassa, necessariamente, pela
vontade e, mesmo, pela voluntariedade do apontado pai, ao despender afeto, de ser reconhecido como tal. Em
outras palavras, as manifestações de afeto e carinho por parte de pessoa próxima à criança somente
terão o condão de convolarem-se numa relação de filiação se, além da caracterização do estado de posse
de filho, houver, por parte do indivíduo que despende o afeto, a clara e inequívoca intenção de ser
concebido juridicamente como pai ou mãe da criança. Portanto, a higidez da vontade e da voluntariedade
de ser reconhecido juridicamente como pai consubstancia pressuposto à configuração de filiação socioafetiva
no caso aqui analisado. Dessa forma, não se concebe a conformação dessa espécie de filiação quando o
apontado pai incorre em qualquer dos vícios de consentimento. Ademais, sem proceder a qualquer
consideração de ordem moral, não se pode obrigar o pai registral, induzido a erro substancial, a manter
uma relação de afeto igualmente calcada no vício de consentimento originário, impondo-lhe os deveres
daí advindos sem que voluntária e conscientemente o queira. Além disso, como a filiação sociafetiva
pressupõe a vontade e a voluntariedade do apontado pai de ser assim reconhecido juridicamente, caberá
somente a ele contestar a paternidade em apreço. Por fim, ressalte-se que é diversa a hipótese em que o
indivíduo, ciente de que não é o genitor da criança, voluntária e expressamente declara o ser perante o Oficial
de Registro das Pessoas Naturais ("adoção à brasileira"), estabelecendo com esta, a partir daí, vínculo
da afetividade paterno-filial. Nesta hipótese - diversa do caso em análise -, o vínculo de afetividade se
sobrepõe ao vício, encontrando-se inegavelmente consolidada a filiação socioafetiva (hipótese, aliás, que não
comportaria posterior alteração). A consolidação dessa situação - em que pese antijurídica e, inclusive,
tipificada no art. 242 do CP -, em atenção ao melhor e prioritário interesse da criança, não pode ser modificada
pelo pai registral e socioafetivo, afigurando-se irrelevante, nesse caso, a verdade biológica. Trata-se de
compreensão que converge com o posicionamento perfilhado pelo STJ (REsp 709.608-MS, Quarta Turma, DJe
23/11/2009; e REsp 1.383.408-RS, Terceira Turma, DJe 30/5/2014). REsp 1.330.404-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,
julgado em 5/2/2015, DJe 19/2/2015. (Fonte: site STJ).
ENUNCIADO: Rômulo e Moema são casados por três anos, até que Moema conhece César e passa a integrar um triângulo
amoroso. Nesse interim, Moema engravida, o que causa muita desconfiança a Rômulo que, àquela altura, já se sabia
portador de doença que diminui significativamente a capacidade para conceber. Confronta, então, Moema que, depois
de assumir o affair, lhe jura amor eterno e rigorosa fidelidade doravante. Diz mais: que sentia em seu coração que Bento,
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o bebê em sua barriga, era de Rômulo. Rômulo registra o filho como seu. Todavia, anos depois, quando do divórcio,
ingressa com ação negatória de paternidade. Nesse caso, a Defensoria Pública que atua em favor de Rômulo deverá:
ASSERTIVA CORRETA: evidenciar a ausência de vínculo socioafetivo entre Rômulo e Bento e, mais do que isso, o interesse
deste último em conhecer sua origem genética e alterar o registro civil, única hipótese em que será possível. retificá-lo.
(Verifica-se que Rômulo sabia ser portador de moléstia que diminui significativamente a capacidade para conceber e,
além disso, ao confrontar Moema, esta assumiu ter tido um envolvimento amoroso com César, havendo inegável
possibilidade de o filho não ser seu. Percebe-se que apesar da existência de dúvidas sobre a paternidade, Rômulo
registrou o infante como sendo seu filho. Logo, não será possível, anos depois, somente por ocasião do divórcio,
questionar referida paternidade.Tal circunstância só poderia ser verificada nos termos da assertiva acima citada, se
evidenciada a ausência de vínculo socioafetivo e, além disso, o interesse de Bento em conhecer sua origem genética e
alterar o registro civil. (Comentários colegas QConcurso). (FGV – DPE/RS – Analista 2023)
9.3 VÍCIO DE LESÃO NÃO SE PRESUME
CIVIL – DA LESÃO – VÍCIO DE LESÃO NÃO SE PRESUME - ANULÁVEL – STJ - A lesão ocorre quando o agente
assume uma desproporção evidente entre as prestações de um negócio jurídico, por inexperiência ou por
necessidade do momento. OBS: Segundo o STJ, isso não é presumido. Para a caracterização do vício de lesão,
exige-se a presença simultânea de elemento objetivo – a desproporção das prestações – e subjetivo – a
inexperiência ou a premente necessidade, que devem ser aferidos no caso concreto. 4. Tratando-se de
negócio jurídico bilateral celebrado de forma voluntária entre particulares, é imprescindível a
comprovação dos elementos subjetivos, sendo inadmissível a presunção nesse sentido. Recurso especial
não provido. (REsp 1723690/DF, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/08/2019,
DJe 12/08/2019).” (Fonte: Comentários QConcurso).
“Art. 157, CC: Ocorre a LESÃO quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou
por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação
oposta.” Grifos acrescidos.
“Enunciado 410, CJF: A inexperiência a que se refere o art. 157 não deve necessariamente significar
imaturidade ou desconhecimento em relação à prática de negócios jurídicos em geral, podendo
ocorrer também quando o lesado, ainda que estipule contratos costumeiramente, não tenha
conhecimento específico sobre o negócio em causa.”
“Enunciado n. 290 do CJF: A lesão acarretará a anulação do negócio jurídico quando verificada, na
formação deste, a desproporção manifesta entre as prestações assumidas pelas partes, não se
presumindo a premente necessidade ou a inexperiência do lesado.
ENUNCIADO: Suponha que alguém, por inexperiência em determinada área de conhecimentos específicos,
comprometa-se a uma prestação manifestamente desproporcional. Nesse caso, à luz do Código Civil, o
negócio jurídico firmado é: ASSERTIVA CORRETA: anulável por lesão. (FGV – TJBA- Conciliador/2023).
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parcelas do prêmio justificam-se em duas características do contrato de seguro. São elas, respectivamente:
ASSERTIVA CORRETA: catividade e aleatoriedade. (FGV/TJBA – Juiz Leigo – 2023).
9.5 O POSSUIDOR TEM DIREITO À PASSAGEM FORÇADA NA HIPÓTESE DE IMÓVEL ENCRAVADO
CIVIL – DIREITO DAS COISAS/DIREITOS REAIS – STJ - A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
decidiu que o possuidor tem direito à passagem forçada na hipótese de imóvel encravado, nos termos do
artigo 1.285 do Código Civil (CC). (REsp n. 2.029.511/PR, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em
14/3/2023, DJe de 16/3/2023.)
“Art. 1.285, CC: O dono do prédio que não tiver acesso a via pública, nascente ou porto, pode, mediante
pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente
fixado, se necessário”.
ASSERTIVA CORRETA: Aquele que se apossa de coisa alheia, antes do prazo de usucapião, poderá exercer o
direito de passagem forçada. (FGV – TJES/2023)
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ou premente necessidade, motivo pelo qual a pretensão de anulação configura comportamento contraditório,
vedado pelo princípio da boa-fé objetiva. 7. Recurso especial não provido. (REsp 1723690/DF, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 06/08/2019, DJe 12/08/2019).”
ENUNCIADO: João contratou compromisso de compra e venda de imóvel com Maria, assumindo a obrigação
de pagamento de dez parcelas de igual valor. Após o pagamento de três parcelas devidas, João tornou-se
inadimplente e o contrato foi resolvido. Constava no contrato cláusula penal prevendo a perda integral dos
valores pagos. Indignado cm o que denominou "desproporção da sanção", João requereu judicialmente a
declaração de invalidade da cláusula penal, sob o argumento de que estariam comprovados os elementos
caracterizadores da lesão. Sobre o caso descrito, é correto afirmar que: ASSERTIVA CORRETA: para
caracterizar a lesão, João deve provar a existência de desproporção manifesta entre as obrigações constituídas
e a sua inexperiência, que não pode ser presumida, ou a premente necessidade de contratar. (FGV – Juiz do
Trabalho/2023).
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Não cabe ao Juízo da recuperação antecipar-se no decreto falimentar, antevendo uma possível (mas
incerta) inexecução das obrigações constantes do plano, a pretexto de incidência do art. 61, § 1º e, por
conseguinte, do art. 73, IV, ambos da Lei n. 11.101/2005, sem que efetivamente tenha ocorrido o
descumprimento, pois tal proceder caracteriza uma ampliação indevida do alcance da norma, conferindo
interpretação extensiva a dispositivo legal que só comporta interpretação restritiva.” (Fonte: Site STJ).
ASSERTIVA CORRETA: é possível a convolação da recuperação judicial em falência após o transcurso do prazo
bienal de supervisão judicial, enquanto não houver decisão judicial de encerramento da recuperação. (FGV –
Juiz do Trabalho/2023).
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(Fonte: É possível a convolação da recuperação judicial em falência após o transcurso do prazo bienal de supervisão
judicial, enquanto não houver decisão judicial de encerramento da recuperação. Buscador Dizer o Direito).
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outras condutas, o emprego de meio fraudulento para desviar, em proveito próprio ou alheio, os clientes de
outra empresa.
No âmbito do sistema de links patrocinados – um dos ferramentais mais importantes do e-commerce –, o
ministro comentou que, embora seja lícita a contratação do serviço de priorização de resultados de pesquisa,
a inexistência de parâmetros ou proibições de palavras-chaves nas ações publicitárias pode resultar em
conflitos relacionados à propriedade intelectual. No caso dos autos, Salomão considerou que a
utilização de marca de outra empresa como palavra-chave para direcionar o consumidor do produto ou
serviço concorrente é, como entendeu o TJSP, capaz de causar confusão quanto à atividade exercida por
ambas as empresas.
"O estímulo à livre iniciativa, dentro ou fora da rede mundial de computadores, deve conhecer limites, sendo
inconcebível reconhecer lícita conduta que cause confusão ou associação proposital à marca de terceiro
atuante no mesmo nicho de mercado", concluiu o ministro ao manter a indenização fixada pelo TJSP.” (STJ -
Resp. 1.937.989 – SP – 07.11.2022). (Fonte: Site STJ).
ENUNCIADO: A sociedade XXX, que desenvolve atividade de cursos de línguas, tem como maior canal de
publicidade e promoção de seus serviços os provedores de busca na internet. A sociedade WWW, sua
concorrente na atividade desenvolvida, contratou serviço de publicidade paga de um dos provedores de busca
mais utilizados pelos usuários da internet. Com base no uso de certas palavras. chave, dentre elas, a marca
registrada da sociedade XXX, a sociedade YYY visa colocar em destaque e precedência o conteúdo pretendido
por ela, anunciante pagador por meio de links patrocinados. Sobre o caso, é correto afirmar que: ASSERTIVA
CORRETA: a sociedade YYY infringe a legislação de propriedade industrial quando elege, em links
patrocinados, palavra-chave que é marca registrada da sociedade XXX. (FGV – Juiz do Trabalho/2023).
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“Art. 108, ECA: A internação, antes da sentença, pode ser determinada pelo prazo máximo de quarenta e cinco
dias. Parágrafo único. A decisão deverá ser fundamentada e basear-se em indícios suficientes de autoria e
materialidade, demonstrada a necessidade imperiosa da medida. (...).”
“Art. 183, ECA: O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do procedimento, estando o adolescente
internado provisoriamente, será de quarenta e cinco dias.”
ENUNCIADO DA QUESTÃO: Jefferson, adolescente de 17 anos, pratica ato infracional análogo ao crime de
homicídio. Após apreensão em flagrante e apresentação para oitiva informal, o Ministério Público representa
em face do adolescente, requerendo a internação provisória, que é deferida pelo juiz da Infância e Juventude.
Após a realização de audiência de apresentação, o magistrado designa audiência em continuação, a se realizar
em 30 dias. Tendo em vista a recusa dos funcionários do sistema socioeducativo em transportarem Jefferson
à Vara da Infância e Juventude, como forma de protesto contra decisões administrativas exaradas pelo diretor
da unidade socioeducativa de internação, o adolescente não é apresentado para a audiência em continuação
e permanece internado por mais 25 dias. Considerando o disposto na Lei nº 8.069/1990 (ECA), é correto afirmar
que: ASSERTIVA CORRETA: resta configurado constrangimento ilegal na hipótese narrada, que poderá ensejar
a impetração de habeas corpus visando à liberação do adolescente. (FGV – TJES/2023).
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CONCLUSÃO 7. Embargos de Divergência conhecidos e providos. STJ. 1ª Seção. EREsp 1335535-RJ, Rel. Min.
Herman Benjamin, julgado em 26/09/2018. DJe. 03.092020 (Info 678).
ENUNCIADO: No contexto da Política Nacional de Recursos Hídricos e da política pública de abastecimento
de água potável, o Governador do Estado Gama pretende enviar à Assembleia Legislativa projeto de lei
autorizando, de forma genérica, em determinada região do interior do Estado onde há baixíssimo índice de
residências atendidas com fornecimento de água potável encanada, a perfuração de poços artesianos, sem
exigência de autorização específica. Assim, o Governador solicitou a João, Procurador do Estado,
esclarecimentos sobre a juridicidade de sua proposta, e recebeu informação de que, de acordo com a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, a legislação federal: ASSETIVA CORRETA: prevê que é proibida
a captação de água subterrânea para uso de núcleos residenciais, sem que haja prévia outorga e autorização
ambiental do poder público, de maneira que as normas locais devem respeitar essa regra geral, sob pena de
serem inconstitucionais. (FGV – AGE-MG/ Procurador do Estado – 2022)
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DE OLHO NA LEI SECA: “Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: (...) V-A – As causas relativas
a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo; (...) § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos
humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar,
perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento
de competência para a Justiça Federal.”
Assim, tendo ocorrido um fato que, em tese, representa grave violação de direitos humanos, o inciso V-A
autoriza que o inquérito ou o processo que apura as responsabilidades por este ilícito seja deslocado para o
âmbito da Justiça Federal caso esteja tramitando na Justiça Estadual.
ATENÇÃO: Prevalece o entendimento de que o inciso V-A, ao mencionar a expressão “causas”, foi
abrangente, de forma que este deslocamento de competência pode ocorrer tanto em processos criminais
como também em causas cíveis. Obviamente que é muito mais provável que isto se verifique em infrações
penais.
Cumpre destacar também que o deslocamento de competência pode ocorrer na fase pré-processual
(durante inquérito policial ou inquérito civil, por exemplo) ou, então, após já ter sido ajuizada a ação.
Ex.: durante as investigações para apurar determinado homicídio, o STJ entende que deve haver o
deslocamento da competência, de sorte que este inquérito policial passará à atribuição da Polícia Federal,
sendo acompanhado pelo MPF e pela Justiça Federal.
O art. 109, § 5º, da Constituição Federal, estabelece que, nas “hipóteses de grave violação de direitos
humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações
decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá
suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de
deslocamento de competência para a Justiça Federal”.
Constatada a incapacidade dos agentes públicos na condução de investigações, seja por inércia, seja por
falta de vontade de apurar os fatos, de identificar os autores dos homicídios/execuções cometidos nos casos
conhecidos como “Maio Sangrento” e “Chacina do Parque Bristol”, de buscar a respectiva responsabilização,
aliada ao fato de que há risco de responsabilização internacional, fica demonstrada a situação de
excepcionalidade indispensável ao acolhimento do pleito de deslocamento de competência. STJ. 3ª
Seção IDC 9-SP, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 10/08/2022 (Info 744).20
ASSERTIVA CORRETA: de acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, é sempre necessário,
entre outros pressupostos, haver evidência de que os órgãos do sistema estadual não mostram condições de
seguir no desempenho da função de apuração, processamento e julgamento do caso com a devida isenção.
(FGV – TJMS/2023)
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(Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O STJ deferiu o IDC para a Justiça Federal em razão da incapacidade dos agentes públicos na condução de investigações, de
identificar os autores dos homicídios/execuções cometidos nos casos “Maio Sangrento” e “Chacina do Parque Bristol”. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/a48a1b922cbd6d5d08664325afd2b1a2)
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