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ATOS ADMINISTRATIVOS

1. ATO x FATO................................................................................................................................................................................. 4
1.1 FATO ADMINISTRATIVO x ATO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................. 4
1.2.1 FATO ADMINISTRATIVO NATURAL x FATO ADMINISTRATIVO VOLUNTÁRIO .................................................................... 4
1.2 ATO JURÍDICO x ATO ADMINSTRATIVO ............................................................................................................................ 4
2. ATO DA ADMINISTRAÇÃO x ATO ADMINISTRATIVO .................................................................................................................. 5
2.1 ATOS POLÍTICOS ............................................................................................................................................................... 5
2.2 ATOS PRIVADOS ................................................................................................................................................................ 5
2.3 ATOS MATERIAIS ............................................................................................................................................................... 6
3. ATO ADMINISTRATIVO ............................................................................................................................................................... 6
3.1 SILÊNCIO ADMINISTRATIVO .............................................................................................................................................. 6
3.2 ATO ADMINISTRATIVO IMPRÓPRIO ................................................................................................................................... 7
4. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS ..................................................................................................................................... 8
4.1 ATOS NORMATIVOS ........................................................................................................................................................... 8
4.2 ATOS ORDINATÓRIOS ........................................................................................................................................................ 9
4.3 ATOS NEGOCIAIS ............................................................................................................................................................. 10
4.4 ATOS ENUNCIATIVOS ...................................................................................................................................................... 11
5. CLASSIFICAÇÕES ...................................................................................................................................................................... 13
5.1 ATOS DISCRICIONÁRIOS x VINCULADOS ........................................................................................................................ 13
5.1.1 MÉRITO ADMINISTRATIVO ...................................................................................................................................... 14
5.1.2 CONTROLE DO ATO DISCRICIONÁRIO .................................................................................................................... 15
5.1.3 “CONCESSÃO DE ALVARÁ” ..................................................................................................................................... 15
5.1.4 CONCESSÃO DE LICENÇA ....................................................................................................................................... 15
5.1.5 CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO .............................................................................................................................. 16
5.2 ATO SIMPLES x COMPOSTO x COMPLEXO ..................................................................................................................... 16
5.2.1 ATO SIMPLES .......................................................................................................................................................... 16
5.2.2 ATO COMPOSTO ..................................................................................................................................................... 17
5.2.3 ATO COMPLEXO ...................................................................................................................................................... 17
5.2.4 APOSENTADORIA SERVIDOR PÚBLICO – ATO COMPLEXO .................................................................................... 17
5.3 ATO GERAIS x INDIVIDUAIS ............................................................................................................................................. 17
5.4 ATO CONCRETOS x ABSTRATOS ..................................................................................................................................... 18
5.5 ATO IMPÉRIO x GESTÃO x EXPEDIENTE .......................................................................................................................... 18
5.6 ATO CONSTITUTIVO x DECLARATÓRIO ........................................................................................................................... 19
5.7 ATO AMPLIATIVO x RESTRITIVO...................................................................................................................................... 19
6. ELEMENTOS OU REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO ....................................................................................................... 20
6.1 COMPETÊNCIA ................................................................................................................................................................. 20
6.1.1 VÍCIO DE COMPETÊNCIA ......................................................................................................................................... 21
6.1.2 DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA .............................................................................................................................. 22

elaborado por @fredsmcezar


6.1.3 DELEGAÇÃO DENTRO DOS PODERES JUDICIÁRIO E LEGISLATIVO ....................................................................... 23
6.1.4 A DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA RETIRA A ATRIBUIÇÃO DA AUTORIDADE DELEGANTE? ................................... 23
6.1.5 IMPOSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA .......................................................................................... 24
6.1.6 SUBDELEGAÇÃO (DECRETO Nº 83.937/1979)......................................................................................................... 24
6.1.7 AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA ................................................................................................................................ 25
6.2 FINALIDADE ..................................................................................................................................................................... 25
6.2.1 DESVIO DE FINALIDADE .......................................................................................................................................... 25
6.2.2 DESVIO DE PODER x EXCESSO DE PODER ............................................................................................................. 27
6.3 FORMA ............................................................................................................................................................................. 27
6.3.1 VÍCIO DE FORMA ..................................................................................................................................................... 27
6.3.2 MOTIVAÇÃO (VÍCIO DE FORMA) ............................................................................................................................. 28
6.3.3 MOTIVAÇÃO OBRIGATÓRIA ..................................................................................................................................... 29
6.3.4 MOTIVAÇÃO ALIUNDE – PER RELATIONEM ............................................................................................................ 29
6.3.5 TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES .............................................................................................................. 30
6.4 MOTIVO ............................................................................................................................................................................ 31
6.4.1 VÍCIO DE MOTIVO ................................................................................................................................................... 32
6.5 OBJETO ............................................................................................................................................................................ 32
6.5.1 VÍCIO DE OBJETO (INSANÁVEL) ............................................................................................................................. 33
7. ATRIBUTOS DO ADMINISTRATIVO (CARACTERÍSTICAS) .......................................................................................................... 34
7.1 PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE ...................................................................................................................................... 34
7.2 IMPERATIVIDADE ............................................................................................................................................................. 35
7.3 AUTOEXECUTORIEDADE .................................................................................................................................................. 36
7.3.1 MULTA x AUTOEXECUTORIEDADE .......................................................................................................................... 37
7.3.2 DEMOLIÇÃO DE CASA HABITADA x AUTOEXECUTORIEDADE................................................................................. 37
7.4 TIPICIDADE ...................................................................................................................................................................... 37
8. EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................................................... 38
8.1 ANULAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 38
8.1.1 SÚMULAS 346 E 473 DO STF ................................................................................................................................. 39
8.1.2 CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA ....................................................................................................................... 39
8.1.3 PRAZO ANULAÇÃO .................................................................................................................................................. 40
8.1.4 ANULAÇÃO PELO PJ OU PELA PRÓRPRIA ADMINISTRAÇÃO ................................................................................. 41
8.1.5 CONTROLE EXTERNO .............................................................................................................................................. 42
8.1.6 VEDAÇÃO À APLICAÇÃO RETROATIVA DE NOVA INTERPRETAÇÃO ........................................................................ 42
8.1.7 MANUTENÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO x LEGÍTIMA EXPECTATIVA DO ADMINISTRADO .................................. 42
8.1.8 RE 594296 & MPMG 2022 ...................................................................................................................................... 42
8.2 REVOGAÇÃO .................................................................................................................................................................... 42
8.2.1 DEVER DE MOTIVAÇÃO ........................................................................................................................................... 43
8.2.2 PRAZO ..................................................................................................................................................................... 43
8.2.3 EFEITOS DA REVOGAÇÃO ....................................................................................................................................... 43
8.2.4 PODER JUDICIÁRIO NÃO REVOGA ATOS ADMINISTRATIVOS EM SUA FUNÇÃO TÍPICA ........................................ 44
8.2.5 REVOGAÇÃO DE ATO COMPLEXO ........................................................................................................................... 44
8.2.6 ATOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS ............................................................................................................. 44

elaborado por @fredsmcezar


8.2.7 REVOGAÇÃO DO ATO REVOGADOR – INEXISTÊNCIA DE EFEITO REPRISTINATÓRIO ............................................. 45
8.3 CASSAÇÃO ....................................................................................................................................................................... 46
8.4 CADUCIDADE ................................................................................................................................................................... 46
8.5 CONTRAPOSIÇÃO (DERRUBADA) .................................................................................................................................... 47
8.6 RENÚNCIA ........................................................................................................................................................................ 47
9. CONVALIDAÇÃO ........................................................................................................................................................................ 48
9.1 DA OBRIGATORIEDADE DE CONVALIDAÇÃO ................................................................................................................... 49
9.2 EFEITOS DA CONVALIDAÇÃO ........................................................................................................................................... 49
9.3 IMPOSSBILIDADE DE CONVALIDAÇÃO DO ATO IMPUGNADO ........................................................................................ 49
9.4 CONVALIDAÇÃO PELO ADMINISTRADO (PARTICULAR) .................................................................................................. 49
9.5 IMPOSSIBILIDADE DE CONVALIDAÇÃO JUDICIAL ........................................................................................................... 50
9.6 CONVALIDAÇÃO E MOTIVAÇÃO POSTERIOR ................................................................................................................... 50
9.7 CONVALIDAÇÃO DE OBJETO DE CONTEÚDO PLÚRIMO .................................................................................................. 50
9.8 VÍCIOS SANÁVEIS ............................................................................................................................................................ 50
9.9 VÍCIOS INSANÁVEIS ......................................................................................................................................................... 51
9.10 REFORMA ......................................................................................................................................................................... 52
9.11 CONFIRMAÇÃO ................................................................................................................................................................ 52
10. CONVERSÃO ......................................................................................................................................................................... 52
11. CONTROLE JURISDICIONAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................... 53
12. ATO IMPERFEITO, EFICAZ, PENDENTE E CONSUMADO ....................................................................................................... 54

elaborado por @fredsmcezar


1. ATO x FATO

Todo e qualquer acontecimento, seja decorrente de condutas humanos ou sucessão de eventos alheios à atuação humana, é
conceituado como fato. Em determinadas situações estes fatos precisam de regulamentação por meio de normas jurídicas. Como
exemplo, a morte e o nascimento são fatos do mundo que atingem a esfera jurídica e portanto, são fatos jurídicos.

FATO Acontecimento do mundo.

ATO Manifestação de vontade.

1.1 FATO ADMINISTRATIVO x ATO ADMINISTRATIVO


O fato administrativo trata de ações que não representam uma vontade, mas puramente a necessidade executória, ao passo
que um ato administrativo pode ser considerado uma manifestação de vontade e uma declaração do Estado com produção imediata
de efeitos. (certa) CESPE - 2015
“Declaração do Estado ou de quem lhe faça as vezes, no exercício de prerrogativas públicas manifestada mediante providências
jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional”.
BANDEIRA DE MELLO, 2007, p.374. Esta definição do autor é correspondente a de ato administrativo. (certa) FUNDEP - 2014 - PROCURADOR
MUNICIPAL

• O fato administrativo é conceituado como a materialização da função administrativa. (certa) CESPE - 2012 - PC-AL - DELEGADO DE POLÍCIA
• A pavimentação de uma rua pela administração pública municipal representa um fato administrativo, atividade decorrente do exercício da
função administrativa, que pode originar-se de um ato administrativo. (certa) CESPE – 2013
• Para concretizar a desapropriação de um imóvel, a administração toma providência para tomar a posse desse imóvel, situação que constitui
exemplo de fato administrativo. (certa) CESPE – 2013
• A construção de uma ponte pela administração pública caracteriza um fato administrativo, pois constitui uma atividade pública material em
cumprimento de alguma decisão administrativa. (certa) CESPE – 2013
Em regra, o silêncio da administração pública, na seara do direito público, não é um ato, mas um fato administrativo. (certa) CESPE
- 2015 - STJ

Ato administrativo é a manifestação de vontade do Estado, por seus representantes, no exercício regular de suas funções, ou
por qualquer pessoa que detenha fração de poder reconhecido pelo Estado, tendo como finalidade imediata, criar, reconhecer,
modificar ou extinguir situações jurídicas subjetivas em matéria administrativa. (certa) FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

1.2.1 FATO ADMINISTRATIVO NATURAL x FATO ADMINISTRATIVO VOLUNTÁRIO


Os fatos administrativos voluntários se materializam ou por meio de atos administrativos que exprimam a manifestação da
vontade do administrador ou por meio de condutas administrativas, as quais não são obrigatoriamente precedidas de um ato
administrativo formal; por sua vez, os fatos administrativos naturais originam-se de fenômenos da natureza com reflexos na órbita
administrativa. (certa) CESPE - 2004 – AGU
• Fatos administrativos naturais são aqueles que se originam de fenômenos da natureza, cujos efeitos se refletem na órbita administrativa.
(certa) FCC – 2018

• Um fato administrativo pode se consumar sem o suporte de um ato administrativo. (certa) FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA

“Quando o fato descrito na norma legal produz efeitos no campo do Direito Administrativo, ele é um fato administrativo, como
ocorre com a morte de um funcionário, que produz a vacância de seu cargo; com o decurso do tempo, que produz a prescrição
administrativa.” (Direito Administrativo, 26ª edição, 2013, p. 198).

1.2 ATO JURÍDICO x ATO ADMINSTRATIVO


Os atos administrativos têm atributos que os distinguem de outros atos jurídicos. Dentre esses atributos, a presunção de
veracidade não afasta a possibilidade do ato administrativo que está produzindo efeitos ser invalidado diante da comprovação de
que seu objeto ou conteúdo não são aderentes aos fatos. (certa) FCC – 2019

elaborado por @fredsmcezar


2. ATO DA ADMINISTRAÇÃO x ATO ADMINISTRATIVO

Pode-se conceituar ato da administração como todo ato praticado pela administração pública, mais especificamente pelo Poder
Executivo, no exercício da função administrativa, podendo ser regido pelo direito público ou pelo direito privado.
O conceito de “ato da administração” tem sentido mais amplo do que o conceito de ato administrativo, que, necessariamente,
deve ser regido pelo direito público. Quando o ato da administração seguir o regime público será chamado também de ato
administrativo. (Aula Fernanda Marinela LFG)
• A expressão ato administrativo ATO DA ADMINISTRAÇÃO, por incluir não só os atos praticados no exercício da função administrativa, mas também os
atos de direito privado praticados pelo poder público, tem sentido mais amplo que a expressão ato da administração ATO ADMINISTRATIVO. (errada)
CESPE - 2017 - TCE-PE

Porque submetidos ao regime jurídico de direito público, os atos administrativos não podem ser praticados por pessoas que não
integram a Administração Pública em sentido formal ou subjetivo. (errada) FUNDATEC - 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA

ATO DA ADMINISTRAÇÃO É praticado pela administração em regime PÚBLICO ou PRIVADO.

Pode ou não ser ato da administração, mas segue o regime público. Isto é, existe ato
ATO ADMINISTRATIVO
administrativo fora da administração.
.
• O ato da administração, praticado pela administração pública no exercício da função administrativa, pode ser regido tanto pelo direito público
quanto pelo direito privado, ao passo que o ato administrativo rege-se, necessariamente, pelo direito público. (certa) CESPE - 2012 - DPE-SE
• Atos praticados por concessionárias e permissionárias de serviços públicos, ainda que regidos pelo direito público, não podem ser
qualificados como atos administrativos. (errada) CESPE – 2013
• Os atos praticados por concessionários de serviço público, no exercício da concessão, não podem ser considerados atos administrativos,
dado que foram produzidos por entes que não integram a estrutura da administração pública. (errada) CESPE - 2013 - TJ-MA - JUIZ
• Os atos administrativos podem ser exarados por órgãos públicos ou por particulares mediante delegação. (certa) CESPE – 2014

• O ato praticado por concessionário de serviço público, ainda que no exercício de prerrogativas públicas, não caracteriza ato administrativo.
(errada) 2015 - MPE-MS

• Ainda que submetido ao regime de direito público, nenhum ato praticado por concessionária de serviços públicos pode ser considerado ato
administrativo. (errada) CESPE - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL
• Documento de entidade de direito privado cujo objetivo seja tornar pública decisão tomada pela entidade no exercício de delegação concedida
por órgão da administração pública direta não caracteriza ato administrativo. (errada) CESPE – 2018

Embora a função administrativa seja atípica para os Poderes Judiciário e Legislativo, no exercício da função administrativa, esses
poderes praticam atos administrativos. (certa) CESPE - 2014 – CADE
Os atos da administração podem ser divididos em quatro espécies:

ATOS POLÍTICOS /
Atos praticados no exercício da função política. Ex. Anistia presidencial, veto de lei ou declaração de guerra.
DE GOVERNO

ATOS PRIVADOS Atos regidos pelo direito privado. Ex. exploração de atividade econômica, atos de doação s/ encargos legais.

Atos de mera execução. Também chamados de fatos administrativos. O ato que determina a demolição de
ATOS MATERIAIS
um prédio é ato administrativo, mas a demolição em é mero ato material.

ATOS
Manifestação de vontade do Estado ou de quem lhe faça as vezes.
ADMINISTRATIVOS

2.1 ATOS POLÍTICOS


• Os atos políticos e os atos interna corporis são insuscetíveis de apreciação pelo Poder Judiciário. (errada) CESPE - 2009 - DPE-AL
• Em razão do princípio da separação dos poderes, e diferentemente dos atos administrativos, os atos praticados no exercício da função política
ou de governo não podem sofrer controle judicial. (errada) CESPE - 2014 - CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA
• O decreto de intervenção federal, exemplo de ato político ou de governo, da competência exclusiva do Presidente da República, encontra-se
sujeito a controle do Poder Legislativo. (certa) 2014 - MPE-GO
• Atos políticos que causem lesão a direitos individuais ou coletivos estão sujeitos ao controle judicial. (certa) CESPE - 2017 - TCE-PE

2.2 ATOS PRIVADOS


Os atos administrativos sujeitam-se a regime jurídico-administrativo, dispondo a administração de prerrogativas e restrições que são próprias
do poder público, razão pela qual não se consideram atos administrativos os atos de direito privado por ela praticados. (certa) CESPE - 2012 – FNDE

elaborado por @fredsmcezar


• Todos os atos da administração pública que produzem efeitos jurídicos são considerados atos administrativos, ainda que sejam regidos pelo
direito privado. (errada) CESPE - 2013 – MI
• A administração pública pode praticar atos ou celebrar contratos em regime de direito privado, como nos casos em que assina uma escritura
de compra e venda ou de doação. (certa) CESPE - 2006 - TJ-SE
• Apesar de o ato administrativo, via de regra, se submeter a regime jurídico distinto do ato de direito privado, ambos os atos apresentam os
mesmos atributos. (errada) CESPE – 2013
• A alienação é regida pelo direito privado, não se caracterizando a alienação de bem público como ato de império, pois, nesse caso, a
administração pública não atua em condição de superioridade sobre o particular. (certa) CESPE – 2013
• A presunção de legitimidade é atributo de todos os atos da administração, inclusive os de direito privado, dada a prerrogativa inerente aos
atos praticados pelos agentes integrantes da estrutura do Estado. (certa) CESPE - 2014 - TC-DF
• Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração pública como se fosse pessoa privada, o que afasta a supremacia que
lhe é peculiar em relação aos administrados. Atos administrativos de império, por sua vez, são aqueles praticados de ofício pelos agentes
públicos e impostos de maneira coercitiva aos administrados, os quais estão obrigados a obedecer-lhes. (certa) CESPE - 2016 - TCE-PA
• Os atos administrativos de gestão são os que a Administração Pública pratica sem usar da sua supremacia sobre os destinatários. (certa) 2015
- MPE-MS

• Ao praticar atos de gestão, a Administração Pública utiliza a sua supremacia sobre os destinatários. (errada) 2015 - MPE-MS

2.3 ATOS MATERIAIS


• Os atos materiais da administração, de mera execução, enquadram-se no conceito de ato administrativo propriamente dito. (errada) CESPE - 2012
- ANAC

3. ATO ADMINISTRATIVO

Pode-se se definir o ato administrativo como a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos
imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. (certa) 2013 - TJ-SC - JUIZ

a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com
MARYA SYLVIA DI PIETRO
observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeito a controle pelo Poder Judiciário”

a declaração do Estado ou de quem lhe faça as vezes, expedida em nível inferior à lei – a título
CELSO ÂNTONIO de cumpri-la – sob regime de direito público e sujeita a controle de legitimidade por órgão
jurisdicional.
Marcelo Alexandrino & VP, p. 530, 27 ª ed.

Os Poderes Judiciário e Legislativo podem editar atos administrativos em sentido estrito, típicos da atividade administrativa,
quando praticam atos referentes às suas atividades de gestão interna, como, por exemplo, a realização de licitações ou concursos
públicos. (certa) CESPE – 2012
O princípio da legalidade veda à administração a prática de atos inominados, embora estes sejam permitidos aos particulares.
(certa) CESPE - 2018 - PGE-PE

• Ato da administração ATO ADMINISTRATIVO pode ser definido como declaração do Estado — ou de quem em seu nome atue —, no exercício de
prerrogativas públicas, expressada por providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas ao controle
de legitimidade por órgão jurisdicional. (errada) CESPE – 2004
• Atos administrativos são aqueles praticados exclusivamente pelos servidores do Poder Executivo, como, por exemplo, um decreto editado
por ministro de estado ou uma portaria de secretário de justiça de estado da Federação. (errada) CESPE - 2009 – ANATEL
• Para qualificar um ato jurídico como sendo ato administrativo é insuficiente a noção de regime jurídico, mas fundamental a identificação do
órgão de poder a que pertença o agente que o tenha expedido. (errada) 2013 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Ato administrativo é qualquer manifestação de vontade apta a produzir efeitos no âmbito do direito administrativo, ainda que praticado por
um particular no exercício de sua autonomia privada, como a formulação de proposta numa licitação. (errada) 2019 - MPE-PR

Pelo critério formal, são atos administrativos os editados pelos órgãos administrativos, excluindo-se dessa classificação todos
os atos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. (certa) CESPE - 2014

3.1 SILÊNCIO ADMINISTRATIVO


“Em regra, o silêncio da administração pública, na seara do direito público, não é um ato, mas um fato administrativo”. (certa)
CESPE - 2015 – STJ

“O silêncio da administração não é considerado ato administrativo, mas pode ensejar correição judicial e reparação de eventual
dano dele decorrente”. (certa) FCC - 2012 - DPE-PR
“O silêncio administrativo não significa ocorrência do ato administrativo ante a ausência da manifestação formal de vontade,
quando não há lei dispondo acerca das conseqüências jurídicas da omissão da administração”. (certa) CESPE – 2008 -TJDF

elaborado por @fredsmcezar


• O silêncio da administração pública importa consentimento tácito. (errada) CESPE - 2013 - TJ-MA - JUIZ
• Segundo a grande maioria da doutrina, o silêncio consubstancia uma das formas de realização dos atos administrativos. (errada) CESPE - 2013
- TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo deve ser escrito, registrado e publicado, não se admitindo no
direito público o silêncio como forma de manifestação de vontade da administração. (certa) CESPE - 2015 - DPE-PE
• Se a Administração não se pronuncia quando provocada por um administrado que postula interesse próprio, está-se perante o silêncio
administrativo que, apesar de não ser um ato, deverá ser sempre interpretado como deferimento. (errada) VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

• O silêncio administrativo consubstancia ato administrativo, ainda que não expresse uma manifestação formal de vontade. (errada) CESPE - 2016
- TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO

• O silêncio da administração é considerado ato administrativo e produz efeitos jurídicos, independentemente de lei ou decisão judicial. (errada)
CESPE - 2017 - PROCURADOR DO MUNICÍPIO

• Sempre que o poder público não responder, em prazo razoável, a solicitação formulada por um cidadão, considerar-se-á deferido o
requerimento do particular. (errada) CESPE – 2021- MPE-AP

Ex.: Um cidadão, interessado em realizar uma construção em terreno de sua propriedade, protocolizou o pedido de licença para
construir e aguardou, durante seis meses, a apreciação do pedido pela Administração Municipal, sem obter resposta. Diante dessa
situação, é correto concluir que não se trata de ato administrativo, pois não ocorreu a manifestação de vontade imputável à
Administração; todavia, a omissão configura um ilícito administrativo, que pode ser corrigido pela via judicial, em que a decisão
judicial obrigará a autoridade administrativa à prática do ato ou suprirá os efeitos da omissão administrativa. (certa) 2011 - PGE-RO
Ex.: Ana da Silva, servidora estadual, formula junto à Administração pleito para obter autorização para a venda de empadinhas
na repartição em que trabalha, durante o horário de almoço e sem prejuízo do desempenho de suas atribuições. A Administração
não responde ao seu requerimento. Apenas nas hipóteses em que a lei expressamente atribuir efeitos positivos ao silêncio da
Administração, após o decurso de determinado prazo, será possível extrair a concordância do Poder Público. (certa) FGV - 2012 - PC-MA -
DELEGADO DE POLÍCIA

3.2 ATO ADMINISTRATIVO IMPRÓPRIO


Dentre os atos da administração pública, distinguem-se os que produzem efeitos jurídicos (atos administrativos próprios) e os
que não produzem efeitos jurídicos (atos administrativos impróprios).
Os atos administrativos impróprios são atos materiais de simples execução, como a reforma de um prédio, um trabalho de
digitação, a limpeza das vias públicas; os despachos de encaminhamento de papéis e processos; os atos enunciativos ou de
conhecimento que apenas atestam ou declaram um direito ou situação, como os atestados, certidões, declarações, informações;
atos de opinião, como os pareceres e laudos. (certa) FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

elaborado por @fredsmcezar


4. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS

NORMATIVOS DETERMINAÇÕES GERAIS E ABSTRATAS.

ORDINATÓRIOS ATOS ADMINISTRATIVOS INTERNOS.

NEGOCIAIS LICENÇA/ AUTORIZAÇÃO/ PERMISSÃO.

ENUNCIATIVOS CERTIDÃO-ATESTADO/ PARECER/ APOSTILA.

PUNITIVOS PODER DISCIPLINAR E PODER DE POLÍCIA

Os pareceres e as certidões caracterizam-se como atos administrativos propriamente ditos, pois expressam declaração de
vontade da administração, voltada à obtenção de determinados efeitos jurídicos definidos em lei. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

• Licença e autorização são atos administrativos que representam o consentimento da administração ao permitir determinada atividade; o alvará
é o instrumento que formaliza esses atos. (certa) CESPE - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL

Assinale a opção que apresenta, na ordem em que estão, exemplos de atos administrativos enunciativos, normativos,
ordinatórios, negociais e punitivos: certidões / regulamentos / ordens de serviço / autorizações / destruições de coisas apreendidas.
(certa) CESPE - 2019 - MPC-PA

4.1 ATOS NORMATIVOS


Ato normativo privativo do Chefe do Executivo. Regulamentos executivos e Regulamentos
REGULAMENTO
autônomos.
Expedido por órgãos auxiliares. Normalmente utilizado para dar ciência à sociedade acerca de
AVISO
assuntos ligados à atividade fim daquele órgão;
Atos expedidos por autoridades que tenham competência p/ execução de decretos regulamentares.
INSTRUÇÃO NORMATIVA
Ex. Instruções da RFB.
REGIMENTO Definição de normas internas.
DELIBERAÇÕES Ato normativo que advém de órgãos colegiados.
RESOLUÇÕES Atos usados pelo Poder Legislativo e Agências Reguladoras.
..
• Atos administrativos normativos são aqueles que contêm um comando geral do Executivo visando ao cumprimento de uma lei. Exemplo:
regimento. (certa) FCC - 2013 - MPE-MA – ANALISTA
• Os atos administrativos regulamentares e as leis em geral têm efeitos gerais e abstratos, ou seja, não diferem por sua natureza normativa,
mas pela originalidade com que instauram situações jurídicas novas. (certa) CESPE - 2013 - TJ-DFT – ANALISTA
• Quando, por meio de despacho, é aprovado parecer proferido por órgão técnico sobre assunto de interesse geral, ele é chamado de despacho
normativo, porque se tornará obrigatório para toda a Administração. (certa) FUNCAB - 2013 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA
• É proibido delegar a edição de atos de caráter normativo. (certa) CESPE - 2015 – TCU

• Os atos normativos expedidos pelos entes reguladores têm natureza de atos administrativos, não podendo modificar, suspender, suprimir ou
revogar disposição legal, nem tampouco inovar na ordem jurídica. O poder normativo dos entes reguladores está limitado à complementação
e à suplementação normativa da lei. (certa) CESPE - 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
• Atos gerais de caráter normativo não são passíveis de revogação, eles podem ser somente anulados. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE
POLÍCIA

• Deliberações são atos emanados, em regra, de órgãos colegiados e caracterizam-se como atos simples coletivos, ao passo que as resoluções
são atos normativos individuais, provenientes de autoridades do alto escalão administrativo e têm natureza derivada. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-
MG

• As deliberações e os despachos são espécies da mesma categoria de atos administrativos normativos. (errada) FCC - 2017 - DPE-PR
• Regulamento e ordem de serviço são exemplos, respectivamente, de ato administrativo normativo e de ato administrativo ordinatório. (certa)
CESPE - 2018 – CGM

• Resoluções, instruções e portarias são atos administrativos normativos (errada) 2018 - MPE-MS

• São exemplos de atos administrativos NORMATIVOS os decretos, as resoluções e as circulares. (errada) CESPE - 2018 – STJ
• O ato regulamentar poderá impor obrigações e direitos, desde que estes não sejam contrários à lei que tiver ensejado a sua prática. (errada)
CESPE - 2021 - TC-DF - AUDITOR

elaborado por @fredsmcezar


Nosso sistema constitucional não admite regulamentos independentes ou autônomos, delegados ou autorizados, e os de
execução podem ser sustados pelo Congresso Nacional se houver exorbitância no exercício da competência regulamentar pelo
Presidente da República. (certa) 2013 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Lei e regulamento assemelham-se porque são igualmente instrumentos hábeis à criação de obrigação e proibição aos administrados, assim
como os atos normativos das agências reguladoras. (errada) 2013 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

A lei federal X, dotada de vigência e eficácia, estabeleceu normas regulatórias que condicionaram e limitaram o exercício de
atividades típicas para determinado setor econômico. Posteriormente, promulgou-se a lei federal Y, a qual revogou expressamente
a lei federal X. Por meio da nova lei, determinada autarquia federal em regime especial foi criada com a função de estabelecer
padrões para o exercício do setor econômico em questão. Assim, a nova autarquia assumiu as competências para regular esse setor
de forma ampla, como a edição de normas, o exercício do poder de polícia e a aplicação de penalidades, as quais eram anteriormente
exercidas diretamente pela União. Os atos normativos expedidos pelos entes reguladores têm natureza de atos administrativos, não
podendo modificar, suspender, suprimir ou revogar disposição legal, nem tampouco inovar na ordem jurídica. O poder normativo
dos entes reguladores está limitado à complementação e à suplementação normativa da lei. (certa) CESPE - 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
SUBSTITUTO

4.2 ATOS ORDINATÓRIOS


A administração pública, por intermédio de seus órgãos, tem competência para editar atos administrativos ordinatórios com o
objetivo de organizar e otimizar a atividade administrativa. (certa) CESPE - 2012 - DPE-RO
Os atos administrativos ordinatórios obrigam os particulares. (errada) CESPE - 2012 - TCE-ES

Ato administrativo individual que estipula ordens e determinações internas e estabelece normas que
PORTARIA
geram direitos ou obrigações internas a indivíduos específicos.

Ato expedido para edição de normas uniformes a todos os servidores subordinados à um


CIRCULAR determinado órgão. Não define atividade individual, mas regras gerais. Ex.: Horário de funcionamento
da repartição.

Ordem estatal com finalidade de distribuir e ordenar o serviço interno do órgão, escalonando entre
ORDEM DE SERVIÇO os setores e servidores vinculados àquelas determinadas entidades. Ex. Ato determina que o setor
X, compostos por servidores Z e Y, ficará responsável pela execução da atividade W.

Autoridades públicas proferem decisões finais ou interlocutórias acerca de determinadas situações


DESPACHO
específicas proferidas no bojo de processo administrativo.

Ato de comunicações interna, ou seja, entre agentes do mesmo órgão público com a finalidade de
MEMORANDO
melhor executar a atividade pública.

Ato emanado para garantir a comunicações entre autoridades públicas ou entre estas e particulares,
OFÍCIO
destinados à comunicação externa. (Ex. encaminhar informações ou efetivar solicitações).
Matheus Carvalho, p. 310, 7ª ed.
.
• À luz da tradicional doutrina administrativista, é possível identificar, como espécie de ato administrativo, o chamado ato ordinatório, que tem,
como um de seus exemplos, as circulares. (certa) ESAF - 2012 - PGFN
• Atos administrativos ordinatórios são os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes.
São exemplos os avisos. (certa) FCC - 2013 - MPE-MA – ANALISTA
• Atos ordinatórios são os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de seus agentes no desempenho de suas
atribuições. (certa) NUCEPE - 2014 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA
• São atos administrativos ordinatórios, entre outros, os Despachos, os Avisos, as Portarias e as Ordens de Serviço. (certa) VUNESP - 2015 - PC-CE
- DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

• Consideram-se atos administrativos enunciativos ORDINATÓRIO aqueles que são editados no exercício do poder hierárquico com o objetivo de
disciplinar as relações internas da administração pública, dos quais são exemplos as circulares, as instruções e os avisos. (errada) CESPE - 2015
- TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• O prefeito de um município decide alterar o expediente e a conduta funcional dos comissionados da prefeitura. O ato administrativo adequado
para proceder tais alterações, segundo o direito administrativo brasileiro, é o ato ordinatório. (certa) COPEVE-UFAL - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL

elaborado por @fredsmcezar


4.3 ATOS NEGOCIAIS
A licença, a autorização, a permissão, a aprovação e a homologação são exemplos de atos administrativos negociais. (certa) CESPE
– 2006 A coercibilidade e a imperatividade não permeiam os atos negociais. (certa) CESPE – 2012
Os atos administrativos negociais são também considerados atos de consentimento, uma vez que são editados a pedido do
particular como forma de viabilizar o exercício de determinada atividade ou a utilização de bens públicos. (certa) CESPE - 2015 - DPU

É ato discricionário e precário por meio de que a Administração Pública autoriza o uso de bem público
AUTORIZAÇÃO por um particular. Ex.: Colocar mesas no passeio público, realizar uma festa de casamento na praia;
autoriza o particular exercer determinar atividade, como o porte de arma de fogo, por exemplo.

Doutrina tradicional: Autorização é adequado para o uso de bens públicos em situações mais
transitórias; Permissão tem caráter mais permanente como a situação de uma banca de revistas a ser
PERMISSÃO colocada em uma determinada calçada.
Doutrina mais moderna: Autorização é concedida no interesse do particular enquanto a Permissão é
concedida no interesse público.

É ato de polícia; aquele por meio de que o Poder Público permite a realização de determinada atividade
LICENÇA
sujeita a fiscalização do Estado.

Ato por meio do qual a Administração permite que o particular usufrua determinado serviço público.
ADMISSÃO
Ex.: admissão em escola pública ou hospital público.

Ato discricionário para controle da atividade administrativa, com base na legalidade de ato
APROVAÇÃO administrativo anterior. O ato administrativo que dependa de aprovação não será eficaz enquanto ela
não for expedida.

Configura-se ato vinculado de controle de legalidade de ato anteriormente expedido pela própria
HOMOLOGAÇÃO
Administração.
Matheus Carvalho, p. 310, 7ª ed.
.

• A aprovação é ato unilateral e vinculado, manifestado sempre a posteriori, pelo qual a administração exerce o controle de outro ato
administrativo. (certa) CESPE - 2011 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Os atos administrativos de licença, permissão, autorização, admissão, visto, aprovação, homologação, dispensa e renúncia, constituem
espécies de atos negociais. (certa) 2013 - MPE-MS
• As licenças e as autorizações, exemplos de atos negociais, não perdem sua característica de atos ordinatórios, já que ta mbém ordenam a
atividade administrativa. (certa) CESPE – 2013
• Trata-se de ato administrativo unilateral de natureza discricionária, pelo qual se exerce o controle a priori ou a posteriori de outro ato
administrativo. Estamos nos referindo à aprovação. (certa) FCC - 2014 - PROCURADOR MUNICIPAL
• A homologação é ato administrativo que envolve apenas competências discricionárias relacionadas à conveniência de ato anteriormente
praticado. (errada) CESPE - 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
• Tanto os atos administrativos constitutivos quanto os negociais e os enunciativos têm o atributo da imperatividade. (errada) CESPE - 2015 - TRF -
5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• A concessão de licença para o particular construir é ato administrativo e, por consequência, ela é dotada de presunção de legitimidade, de
imperatividade, de exigibilidade e de autoexecutoriedade. (errada) 2016 - MPE-SC
• Autorização é o ato administrativo discricionário e unilateral, por meio do qual a Administração consente na prática de determinada atividade
material, tendo, como regra, caráter precário. (certa) 2016 - DPE-MT
• Permissão é o ato unilateral e precário, pelo qual a Administração faculta ao particular a prestação de um serviço público ou defere a utilização
especial de determinado bem público. (certa) 2016 - DPE-MT
• Atos administrativos negociais são admitidos pelo ordenamento jurídico nacional, inclusive no exercício do poder de polícia, de que são
exemplos os acordos setoriais e termos de compromisso firmados no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos. (certa) VUNESP - 2018 -
TJ-MT - JUIZ SUBSTITUTO

elaborado por @fredsmcezar


4.4 ATOS ENUNCIATIVOS
Tradicionalmente são os atos administrativos que estabelecem opiniões e conclusões do ente estatal. Para alguns doutrinadores,
por não manifestar vontade do ente público, não se trata efetivamente de ato administrativo.

Quando o Poder Público tem de comprovar, mediante verificação de determinada situação de fato,
para, então, proferir um ato que ateste aquela ocorrência fática. Trata-se de ato que comprova a
ATESTADO existência de uma situação analisada pelo Estado por meio de seus órgãos competentes. Ex.: a perícia
médica é indispensável para se averiguar a situação de doença de um servidor e expedir um atestado
por junta médica.

Trata-se de ato, por meio do qual, a Administração certifica um determinado fato que já se encontra
CERTIDÃO
previamente registrado no órgão.

Ato administrativo pelo qual o ente estatal acrescenta informações constantes em um registro
APOSTILA / AVERBAÇÃO público. Apostilar é acrescentar algo ao registro que o tornava incompleto. Quando o particular tem
necessidade de que conste alguma informação relevante, no registro público, pede a averbação.

Ato administrativo por meio do qual se emite opinião de órgão consultivo do Poder Público, sobre
PARECER assunto de sua competência, sejam assuntos técnicos ou jurídicos, concluindo pela atuação de
determinada forma pelo órgão consulente.
Matheus Carvalho, p. 311, 7ª ed.

LINDB. Art. 28. O agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro
grosseiro. (Lei nº 13.655/2018)
Decreto 9.830/2019, art. 12. § 5º O montante do dano ao erário, ainda que expressivo, não poderá, por si só, ser elemento para
caracterizar o erro grosseiro ou o dolo.
• Entre as espécies de atos administrativos, os atestados são classificados como enunciativos, porque seu conteúdo expressa a existência de
certo fato jurídico. (certa) CESPE - 2010 - TRE-BA
• Quando a administração pública emite uma certidão para o particular, certificando situação existente, pratica um ato administrativo
ordinatórioENUNCIATIVO. (errada) CESPE – 2013
• Atos enunciativos, como as certidões, os atestados e os pareceres, são aqueles que atestam ou reconhecem uma situação de fato ou de
direito, sem manifestação de vontade produtora de efeitos por parte da administração pública. (certa) CESPE - 2013 – TRT
• Atos administrativos enunciativos são aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre
determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos públicos. (certa) FCC - 2013 - MPE-MA – ANALISTA
• Tanto os atos administrativos constitutivos quanto os negociais e os enunciativos dispõem do atributo da imperatividade. (errada) CESPE - 2015 -
TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• A imperatividade é o atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução. Dispensam esse atributo
os atos administrativos enunciativos. (certa) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA
• Tratando-se de parecer obrigatório, mas não vinculante, a autoridade competente para proferir a decisão poderá deixar de acolhê-lo, sendo-
lhe dispensável explicitar os motivos da recusa. (errada) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

No que tange às repercussões da natureza jurídico-administrativa do parecer jurídico, o STF entende que: quando a consulta é
facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, de modo que seu poder de decisão não se altera pela manifestação
do órgão consultivo; por outro lado, quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tal como
submetido à consultoria, com parecer favorável ou contrário, e, se pretender praticar ato de forma diversa da apresentada à
consultoria, deverá submetê-lo a novo parecer; por fim, quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante,
essa manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa, não podendo a decisão do administrador ir de encontro à
conclusão do parecer. (certa) CESPE - 2009 – AGU
• Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido no prazo fixado, o processo pode ter prosseguimento e ser decidido com sua
dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no atendimento. (errada) CESPE - 2010 – AGU
• No caso de ser obrigatória a emissão de parecer vinculante, não sendo ele emitido no prazo de quinze dias, o processo não terá seguimento
até a apresentação desse parecer, salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. (certa) CESPE - 2015 - PROCURADOR MUNICIPAL
• O parecer é ato administrativo em espécie que, quando obrigatório, vincula a decisão a ser proferida pela autoridade competente. (errada)
CESPE - 2015 - TCE-RN

• No parecer vinculante, a manifestação de teor jurídico deixa de ser meramente opinativa, não podendo a decisão do administrador colidir
com a sua conclusão. (certa) 2018 - MPE-MS

A respeito das repercussões da natureza jurídico-administrativa do parecer jurídico, o STF deixou assentado que (MS 24.631/DF,
Tribunal Pleno, DJE 1.º.02.2008):

elaborado por @fredsmcezar


(I) quando a consulta é facultativa, a autoridade não se vincula ao parecer proferido, sendo que seu poder de decisão não se
altera pela manifestação do órgão consultivo;

(II) quando a consulta é obrigatória, a autoridade administrativa se vincula a emitir o ato tal como submetido à consultoria, com
parecer favorável ou contrário, e, se pretender praticar ato de forma diversa da apresentada à consultoria, deverá submetê-lo a
novo parecer;

(III) quando a lei estabelece a obrigação de decidir à luz de parecer vinculante, essa manifestação de teor jurídico deixa de ser
meramente opinativa e o administrador não poderá decidir senão nos termos da conclusão do parecer ou, então, não decidir.

elaborado por @fredsmcezar


5. CLASSIFICAÇÕES

ATOS VINCULADOS Sem margem alguma de discricionariedade.

ATOS DISCRICIONÁRIOS Certa liberdade nos termos e limites da lei.

ATOS GERAIS Não possui destinatários determinados.

ATOS INDIVIDUAIS Destinatários determinados.

ATOS INTERNOS Produção de efeitos somente no âmbito interno da administração.

ATOS EXTENOS Atingem os administrados em geral, criando direitos ou obrigações.

ATO SIMPLES Uma única manifestação de vontade. Pode ser UNIPESSOAL ou COLEGIADO.

ATO COMPLEXO Vontade de mais de um órgão ou autoridade.

ATO COMPOSTO Manifestação de um único órgão, mas a sua edição depende de um outro ato que o aprove.

Impõe coercitivamente obrigações/obrigações. Supremacia do interesse público. Praticados de ofício.


ATOS DE IMPÉRIO
(ex officio)

São praticados na qualidade de gestora de bens e serviços. Não têm fundamento na supremacia no
ATOS DE GESTÃO
interesse público. Ex. Aluguel de um imóvel. Autorização ou permissão de uso de um bem público.

ATOS DE EXPEDIENTE São atos internos da administração. Ausência da conteúdo decisório.

ATO-REGRA (Celso) Criam situações gerais e abstratas.

ATO-CONDIÇÃO (Celso) Os que alguém pratica e se sujeitam às eventuais alterações criadas pelos atos-regras.

ATO-SUBJETIVO (Celso) Criam situações particulares.

ATO CONSTITUTIVO Cria uma situação jurídica nova.

ATO EXTINTITIVO Põe fim a uma situação jurídica.

ATO MODIFICATIVO Altera situações preexistentes.

ATO DECLARATÓRIO Afirma existência de fato ou situação.

5.1 ATOS DISCRICIONÁRIOS x VINCULADOS


A lei confere ao administrador margem de escolha. A discricionariedade se funda na lei e
DISCRICIONÁRIOS REVOGAÇÃO
não pode ser confundida com arbitrariedade. Não é um “vale tudo”.
A lei não confere ao administrador qualquer margem de escolha. Se preenchidos os
VINCULADOS ANULAÇÃO
requisitos legais, o agente tem o dever de praticar o ato.

Quando o direito positivo determinar os elementos e requisitos para a realização de um ato de competência da administração
pública, fala-se em poder vinculado ou regrado, ao passo que, quando o direito outorga à administração liberdade de escolha da
conveniência, oportunidade e conteúdo do ato, fala-se em poder discricionário. Em ambos os casos, porém, a administração deverá
observar a COMPETÊNCIA, a FORMA e a FINALIDADE do ato a ser praticado. (certa) CESPE – 2004
ATO DISCRICIONÁRIO ATO VINCULADO
COMPETÊNCIA VINCULADO VINCULADO QUEM PRATICOU O ATO?
FINALIDADE VINCULADO VINCULADO PARA QUE O ATO FOI PRATICADO?
FORMA VINCULADO VINCULADO COMO O ATO FOI PRATICADO?
MOTIVO DISCRICIONÁRIO VINCULADO POR QUE O ATO FOI PRATICADO?
OBJETO DISCRICIONÁRIO VINCULADO O QUE FOI FEITO?

elaborado por @fredsmcezar


A discricionariedade para a prática de atos administrativos pressupõe a existência de margem de autonomia atribuída pelo
direito ao disciplinar a função administrativa, permitindo a escolha entre duas ou mais soluções, todas válidas. (certa) VUNESP - 2016 -
PROCURADOR MUNICIPAL

• Sendo o ato administrativo discricionário, órgão público ou agente público tem liberdade para praticá-lo, respeitados os limites da lei e dos
princípios administrativos; sendo o ato vinculado, o administrador vincula-se às determinações da lei. (certa) CESPE - 2015 – PRF
• Quanto à discricionariedade dos atos administrativos, entende-se por oportunidade a avaliação do momento em que determinada providência
deverá ser adotada. (certa) CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO

Os elementos vinculados de um ato administrativo são sempre a competência, a finalidade e a forma. (certa) CESPE – 2013

• No ato administrativo vinculado, o motivo decorre da própria lei. (certa) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• Considerando que certos elementos do ato administrativo são sempre vinculados, não há ato administrativo inteiramente discricionário. (certa)
CESPE - 2010 – INSS

• Doutrina e jurisprudência majoritárias registram que o vocábulo “poder”, quando utilizado em relação à Administração, não alberga semântica
de absoluta discricionariedade, pois que, para o agente público, o “poder” significa “poder-dever”. (certa) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Porque sujeito a uma vinculação absoluta, ao agente público não é lícito valer-se dos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade para
pautar a atividade administrativa. (errada) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal
• Dentre as alternativas apresentadas, assinale a que corretamente aborda dois requisitos dos atos administrativos, que são sempre vinculados:
competência e finalidade. (certa) FCC - 2010 – PGM
• Conforme afirma a doutrina prevalente, o ato administrativo será sempre vinculado com relação à competência e ao motivo do ato. (errada)
CESPE - 2010 – MS

• A forma é requisito vinculado e imprescindível à validade do ato administrativo: sempre que a lei expressamente exigir determinada forma
para a validade do ato, a inobservância dessa exigência acarretará a nulidade desse ato. (certa) CESPE - 2011 – TCU
• Nos atos discricionários o motivo é prescindível, porque pode ser alterado em razão da margem de apreciação de conveniência e
oportunidade, inviabilizando o controle de finalidade. (errada) FCC - 2012 - PGE-SP
• O motivo, como pressuposto de fato que antecede a prática do ato administrativo, será sempre vinculado, não havendo, quanto a esse
aspecto, margem a apreciações subjetivas por parte da administração. (errada) CESPE - 2012 - TJ-AC - JUIZ SUBSTITUTO
• Ao praticar um ato vinculado, a administração goza de certa margem de discricionariedade, pois a lei regulou a matéria de modo a possibilitar
apreciação carregada de certo subjetivismo. (errada) CESPE - 2012 - TJ-AC – ANALISTA
• Com relação ao sujeito, o ato é sempre vinculado, ou seja, só poderá praticá-lo aquele a quem foi conferido competência por lei. (certa) CESPE
- 2013

• A lei estabelece todos os critérios e condições de realização do ato vinculado, sem deixar qualquer margem de liberdade ao administrador.
(certa) CESPE - 2013 – BACEN

• Nos atos discricionários, a competência, o motivo e o objeto são elementos vinculados, enquanto a forma e a finalidade são elementos
discricionários. (errada) CESPE - 2021 - MPE-AP

Ex.: A concessão de licença-paternidade aos servidores públicos, regulada pela Lei n.º 8.112/1990, é um exemplo de ato
administrativo discricionário, ou seja, cabe à administração negá-la ao servidor caso o seu afastamento seja considerado prejudicial
ao serviço. (errada) CESPE - 2012 - DPE-RO
Ex.: A concessão de aposentadoria voluntária, requerida por servidor público é ato administrativo em que não se faz presente
o atributo da discricionariedade. (certa) FCC - 2013 - DPE-AM
• Em se tratando de ato vinculado, a administração pública está obrigada a conceder o que seja requerido pelo particular, se ele cumprir todas
as condições necessárias para a prática do ato. (certa) CESPE - 2012 - TCE-ES
• O ato de aposentadoria compulsória constitui exemplo de ato administrativo vinculado e pode ser anulado por vício de legalidade. (certa) CESPE
– 2013

São exemplos de atos administrativos vinculados homologação do procedimento licitatório que se pretenda concluir e licença
de funcionamento. (certa) FCC - 2009 - DPE-MA

5.1.1 MÉRITO ADMINISTRATIVO


A atividade discricionária da Administração Pública caracteriza-se por um poder de escolha entre soluções diversas, todas
igualmente válidas para o ordenamento. Este juízo de conveniência e oportunidade corresponde à noção de mérito administrativo.
(certa) 2012 - MPE-SC

O controle que o Poder Legislativo exerce sobre a administração pública limita-se às hipóteses previstas na Constituição Federal
de 1988 (CF) e abrange aspectos de legalidade e de mérito do ato administrativo. (certa) CESPE - 2011 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA
A discricionariedade administrativa era tida como um âmbito infenso a controle judicial quanto ao mérito do ato. a conveniência
e a oportunidade não admitiam uma avaliação jurisdicional e encontravam óbice na teoria das questões políticas. Todavia, atualmente,
em relação, por exemplo, ao fornecimento de medicamentos, à matrícula de crianças em creche e à realização de obras em
penitenciária admite-se controle judicial, pois há parâmetros jurídicos aplicáveis. (certa) 2017 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA

elaborado por @fredsmcezar


• Mérito administrativo é a margem de liberdade conferida por lei aos agentes públicos para escolherem, diante da situação concreta, a melhor
maneira de atender ao interesse público. (certa) CESPE - 2014 - POLÍCIA FEDERAL
• Afirma-se que um ato é discricionário nos casos em que a Administração tem o poder de adotar uma ou outra solução, segundo critérios de
oportunidade, de conveniência, de justiça e de equidade, próprios da autoridade, porque não definidos pelo legislador, que deixa certa margem
de liberdade de decisão diante do caso concreto. (certa) VUNESP - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL

5.1.2 CONTROLE DO ATO DISCRICIONÁRIO


• O Judiciário pode adentrar o mérito do ato administrativo discricionário para examinar a ausência ou falsidade dos motivos que ensejaram a
sua edição. (certa) CESPE - 2012 – ANAC
• Nas demandas que envolvam discussão acerca de concurso público, é vedada, em regra, a apreciação pelo Poder Judiciário dos critérios
utilizados pela banca examinadora para a formulação de questões e atribuição de notas a candidatos, sob pena de incursão no d enominado
mérito administrativo. (certa) CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Nos atos discricionários, a superveniente comprovação da inexistência dos motivos que ensejaram sua edição não acarreta sua nulidade, em
razão da margem de apreciação que o permeia, cabendo convalidação. (errada) FCC - 2012 - PGE-SP
• Por ter sido adotado na CF o princípio da inafastabilidade da jurisdição, o mérito do ato administrativo pode ser controlado pelo Poder
Judiciário em qualquer circunstância. (errada) CESPE - 2013 - DPE-TO
• Conforme o STF, o Poder Judiciário não detém competência para substituir banca examinadora de concurso público para reexaminar o
conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados, admitindo-se, no entanto, o controle do conteúdo das provas ante os limites
expressos no edital. (certa) CESPE - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
• O ato administrativo discricionário não é passível de controle judicial. (errada) CESPE - 2018 – IPHAN

• O ato administrativo discricionário pode ser objeto de anulação por parte do Poder Judiciário. (certa) FCC - 2018 - PROCURADOR MUNICIPAL
• Tratando-se de ato discricionário em que se permite ao agente maior liberdade de aferição da conduta, segundo critérios de conveniência e
oportunidade, tem-se que, explicitada a motivação do ato, essa não pode ser revista pelo Poder Judiciário em nenhuma hipótese, visto não
ser possível o controle judicial do mérito do ato administrativo discricionário. (errada) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

5.1.3 “CONCESSÃO DE ALVARÁ”


Licença e autorização são atos administrativos que representam o consentimento da administração ao permitir determinada
atividade; o alvará é o instrumento que formaliza esses atos. (certa) CESPE - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL
Logo, a depender da natureza do ato, a concessão de alvará pode ser um ato vinculado ou discricionário. Alvará é apenas a
forma de exteriorização do ato.
• O alvará de funcionamento emitido inicialmente é considerado como ato vinculado e não, discricionário. (certa) CESPE - 2008 - STF – ANALISTA
• A concessão de alvará de funcionamento constitui ato administrativo discricionário, razão por que tal ato somente pode ser anulado por
autoridade administrativa. (errada) CESPE - 2013 – IBAMA
• Dado que o alvará é ato discricionário da administração, o Poder Judiciário não poderá se manifestar sobre sua legalidade. (errada) CESPE - 2013
- STM

5.1.4 CONCESSÃO DE LICENÇA


A licença é ato administrativo editado no exercício de competência vinculada; preenchidos os requisitos necessários a sua
concessão, ela não poderá ser negada pela administração pública. (certa) CESPE - 2013 - DPE-TO
• Trata-se a licença de espécie de ato administrativo negocial, mediante o qual o agente público competente, após verificar se o interessado
atende às exigências estabelecidas na legislação de regência, faculta-lhe, observados critérios de conveniência e oportunidade, o
desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais. (errada) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• A Carteira Nacional de Habilitação, devido a sua emissão decorrer de ato vinculado, caracteriza-se como uma licença. (certa) CESPE – 2010
• A licença para a construção de uma casa é exemplo de ato administrativo discricionário, pois o agente público tem total liberdade para a
concessão da licença ao valorar objetivamente o atendimento ou não das condições previstas em lei. (errada) CESPE - 2011 - AL-CE
• A concessão pela administração pública de licença ao cidadão para construir consiste em ato administrativo discricionário. (errada) CESPE - 2013
– MI

• A licença e a autorização são atos que decorrem do poder de polícia discricionário da administração púbica, podendo ser recusada por
conveniência e oportunidade. (errada) VUNESP - 2013 - TJ-RJ - JUIZ
• Uma licença para a edificação de um novo restaurante em uma cidade é um ato unilateral e discricionário da administração pública. (errada)
CESPE - 2013 – TRT

• AlvaráLICENÇA é o ato administrativo unilateral e vinculado, pelo qual a Administração faculta àquele que preenche os requisitos legais o exercício
de uma atividade. (errada) FCC - 2014 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
• A licença consiste em um ato administrativo unilateral e discricionário. (errada) CESPE - 2018 – STM
• Por meio da licença, ato unilateral e vinculado, a administração faculta aos interessados o exercício de determinada atividade. (certa) CESPE -
2021 - TC-DF – AUDITOR

elaborado por @fredsmcezar


Ex.: O estabelecimento que obtenha do poder público licença para comercializar produtos farmacêuticos não poderá, com
fundamento no mesmo ato, comercializar produtos alimentícios, visto que a licença para funcionamento de estabelecimento
comercial constitui ato administrativo vinculado. (certa) CESPE – 2012
Ex.: Considere que determinado cidadão tenha requerido administrativamente licença para exercer sua profissão, que é
regulamentada em lei. Tendo sido comprovado o cumprimento de todos os requisitos legais, a licença foi-lhe concedida. Nessa
situação, é correto afirmar que esse ato administrativo de concessão é considerado vinculado e irrevogável, por razões de
conveniência e oportunidade da administração pública. (certa) CESPE - 2013 – ANS

5.1.5 CONCESSÃO DE AUTORIZAÇÃO


A autorização é ato administrativo discricionário mediante o qual a administração pública outorga a alguém o direito de realizar
determinada atividade material. (certa) CESPE - 2013 - MPU – ANALISTA
Ex.: O município de Natal concedeu, por prazo indeterminado, autorização para que Fausto utilizasse parte de praça pública
municipal para explorar comércio de jornais e revistas. Sobrevindo interesse em dar outra destinação ao local, o município revogou
a autorização, consignando prazo de trinta dias para a desocupação. Fausto, então, ajuizou ação pleiteando a nulidade da revogação
da autorização, visando manter-se no local, com pedido alternativo de indenização por perdas e danos, em razão do fechamento de
seu negócio. Nessa situação hipotética, considerando-se a jurisprudência do STJ, a ação deverá ser julgada improcedente, pois a
autorização é ato precário revogável a qualquer tempo, sem qualquer ônus para a administração. (certa) CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ
• A autorização de uso de bem público por particular caracteriza-se como ato administrativo unilateral, discricionário e precário, para o
atendimento de interesse predominantemente do próprio particular. (certa) CESPE - 2013 - DPE-DF
• O porte de arma configura-se como exemplo de autorização, pois, tendo preenchido todos os requisitos legais, o ato administrativo é
vinculado, devendo a administração conceder a referida autorização. (errada) CESPE - 2013 – INPI
• A autorização de serviço público consiste em ato unilateral, discricionário e precário, por meio do qual se delega um serviço público a um
autorizatário, que o explorará, predominantemente, em benefício próprio. (certa) CESPE - 2014 – CAIXA
• O ato mediante o qual a administração pública consente a utilização privativa de uso de bem público por um particular é ato unilateral e, como
regra, discricionário e precário. (certa) CESPE - 2015 - TCE-RN
• A autorização administrativa consiste em ato administrativo vinculado e definitivo segundo o qual a administração pública, no exercício do
poder de polícia, confere ao interessado consentimento para o desempenho de certa atividade. (errada) CESPE - 2015 - DPE-RN
• A autorização de serviço público classifica-se como um ato unilateral, discricionário e precário. (certa) CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - ANALISTA

5.2 ATO SIMPLES x COMPOSTO x COMPLEXO

Depende de uma única manifestação de vontade para sua formação. Ainda que se trate de decisão colegiada,
SIMPLES
esse ato será simples. A vontade é unitária.

Depende de mais de uma manifestação de vontade. Existe uma vontade principal e a vontade que ratifica.
COMPOSTO Geralmente decorrem do mesmo órgão em patamar de desigualdade. A segunda manifestação deve ser
acessória.

Trata-se da soma da vontade de órgãos públicos independentes e em mesmo nível hierárquico. Não haverá
COMPLEXO
subordinação entre eles.

Ex.: Um decreto assinado pelo chefe do Poder Executivo e referendado por um ministro de Estado e uma dispensa de licitação
dependente de homologação por uma autoridade superior para produzir efeitos são exemplos, respectivamente, de ato complexo
e ato composto. (certa) CESPE - 2009 – ANAC
Enquanto no ato complexo as manifestações de dois ou mais órgãos se fundem para formar um único ato, no ato composto se
pratica um ato administrativo principal que depende de outro ato para a produção plena dos seus efeitos. (certa) CESPE - 2017 - TRF - 1ª
REGIÃO – ANALISTA

5.2.1 ATO SIMPLES

• Deliberações são atos emanados, em regra, de órgãos colegiados e caracterizam-se como atos simples coletivos, ao passo que as resoluções
são atos normativos individuais, provenientes de autoridades do alto escalão administrativo e têm natureza derivada. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-
MG

• Decisão proferida por órgão colegiado é exemplo de ato administrativo complexo SIMPLES. (errada) CESPE - 2018 - DPE-PE

elaborado por @fredsmcezar


5.2.2 ATO COMPOSTO
• O auto de infração expedido por fiscal e aprovado por sua chefia constitui exemplo de ato composto. (certa) CESPE – 2013
• Atos compostos resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, quando a vontade de um é instrumental em relação à do outro. Nesse
caso, praticam-se dois atos: um principal e outro acessório. (certa) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA
• Ato administrativo composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de um é instrumental em relação
ao outro que edita o ato principal. (certa) FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

5.2.3 ATO COMPLEXO


• Ato composto é aquele que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos independentes cuja vontade se funde para formar um ato único.
(errada) CESPE - 2006 - TCE-AC

• A nomeação de ministro do STF é um ato composto COMPLEXO, pois se inicia pela escolha do presidente da República e passa pela aprovação
do Senado Federal. (errada) CESPE - 2009 - PGE-AL
• O ato composto COMPLEXO é aquele que resulta de manifestação de dois ou mais órgãos, singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para
a formação de um único ato. (errada) CESPE - 2009 - DPE-AL
• Denomina-se ato composto COMPLEXO aquele que ocorre quando existe a manifestação de dois ou mais órgãos e as vontades desses órgãos
se unem para formar um só ato. (errada) CESPE - 2011 - STM – ANALISTA
• O processo de outorga dos serviços de radiodifusão e o decreto assinado pelo chefe do executivo e referendado pelo Ministro de Estado
são exemplos de atos administrativos complexos. (certa) FUNDEP - 2014 - DPE-MG
• São classificados como compostos COMPLEXOS os atos administrativos elaborados pela manifestação autônoma de agentes ou órgãos diversos
que concorrem para a formação de um único ato. (errada) CESPE - 2015 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
• Na classificação dos atos administrativos, um critério comum é a formação da vontade, segundo o qual, o ato pode ser simples, complexo
ou composto. O ato complexo se apresenta como a conjugação de vontade de dois ou mais órgãos, que se juntam para formar um único
ato com um só conteúdo e finalidade. (certa) CESPE - 2018 – ABIN

Ex.: A nomeação dos ministros de tribunais superiores no Brasil é um ato administrativo complexo. (certa) CESPE - 2018 - PGE-PE
Os atos normativos editados conjuntamente por diversos órgãos da administração federal, como as portarias conjuntas ou
instruções normativas conjuntas da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria da Fazenda Nacional, são exemplos de
ato administrativo complexo. (certa) CESPE - 2013 - TRE-MS
Embora os atos complexos sejam formados pela conjugação de vontades de mais de um órgão ou agente, sua revogação pode
concretizar-se com a manifestação de apenas um dos órgãos ou agentes nele envolvidos, sem a concordância dos demais. (errada)
CESPE – 2013

5.2.4 APOSENTADORIA SERVIDOR PÚBLICO – ATO COMPLEXO


• Ato administrativo complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de vontade de mais de um órgão, por exemplo, a
aposentadoria. (certa) CESPE - 2010 - TRE-BA
• O registro de aposentadoria dos servidores públicos, pelo Tribunal de Contas da União, é exemplo de ato composto , conforme
COMPLEXO

entendimento do STF. (errada) CESPE - 2009 - TCE-TO


• Quanto à formação da vontade administrativa, o ato administrativo é classificado em simples, composto ou complexo, sendo a aposentadoria
de servidor público, de acordo com o entendimento do STF, exemplo de ato composto. (errada) CESPE - 2012 - DPE-RO
• O ato que concede aposentadoria a servidor público classifica-se como ato complexo. (certa) CESPE – 2016
• Por ser um ato complexo, o reconhecimento da aposentadoria de servidor público se efetiva somente após a aprovação do tribunal de contas.
Por sua vez, a negativa da aposentadoria pela corte de contas não observa o contraditório e a ampla defesa. (certa) CESPE - 2018 - STJ - ANALISTA
JUDICIÁRIO

5.3 ATO GERAIS x INDIVIDUAIS

São de caráter abstrato e impessoal. Atingem uma quantidade indeterminada de pessoas e assim
GERAIS
dependem de publicação para que possam produzir efeitos.

INDIVIDUAIS São atos que se referem à determinados indivíduos especificados no próprio ato.

No tocante aos destinatários, os atos administrativos são classificados em gerais e individuais. Nesse sentido, se uma autoridade
federal editar um regulamento para disciplinar determinada matéria, tal regulamento será classificado como um ato administrativo
geral, pois atingirá todas as pessoas que se encontrem na mesma situação. (certa) CESPE - 2009 – TCU
Os regulamentos, portarias, resoluções, circulares, instruções, deliberações e regimentos são atos gerais, enquanto a
nomeação, demissão, tombamento, servidão administrativa, autorização e licença são atos individuais. (certa) 2013 - MPE-SC

elaborado por @fredsmcezar


• De acordo com a doutrina, as resoluções e as portarias editadas no âmbito administrativo são formas de que se revestem os atos gerais ou
individuais, emanados do chefe do Poder Executivo. (errada) CESPE - 2009 - DPE-ES
• São chamados de “gerais”, em oposição aos “individuais”, aqueles que têm por destinatários múltiplos sujeitos especificados. (errada) 2010 -
PGE-RS

• Os atos administrativos individuais não geram direitos subjetivos para seus destinatários. (errada) CESPE - 2013 – ANTT
• Os atos administrativos gerais, a exemplo dos atos normativos, podem ser objeto de impugnação direta por meio de recurso administrativo.
(errada) CESPE - 2013 - TRE-MS

• Os atos gerais e abstratos, como os regulamentos, são revogáveis a qualquer tempo, enquanto vigentes. (certa) FCC - 2014 - MPE-PA
• Atos gerais de caráter normativo não são passíveis de revogação, eles podem ser somente anulados. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE
POLÍCIA

5.4 ATO CONCRETOS x ABSTRATOS

São praticados com a finalidade de resolver uma situação específica, exaurindo seus efeitos. Ex. Aplicação de
CONCRETOS
uma multa ou uma penalidade de demissão.

ABSTRATOS Definem regras genéricas que deverá ser aplicada sempre que a situação descrita no ato ocorrer de fato.

. São exemplos de atos administrativos individuais ou concretos uma licença para construção e um decreto expropriatório. (certa)
CESPE - 2013

5.5 ATO IMPÉRIO x GESTÃO x EXPEDIENTE

Administração atua com prerrogativas de Poder Público. Supremacia do interesse público sobre o privado.
IMPÉRIO
Impõem obrigações e aplica penalidades sem a necessidade de determinação judicial.

Atua sem prerrogativas e atua em situação de igualdade com o particular. A atividade é regida pelo direito
GESTÃO
privado.

São praticados como forma de dar andamento à atividade administrativa, sem configurar uma manifestação
EXPEDIENTE
de vontade do Estado, mas a execução de condutas previamente definidas.

Atos administrativos de gestão são atos praticados pela administração pública como se fosse pessoa privada, o que afasta a
supremacia que lhe é peculiar em relação aos administrados. (certa) CESPE - 2016 - TCE-PA
Ex.: A locação de um imóvel pela administração de um particular é modalidade de ato de gestão. (certa) CESPE - 2009

Atos administrativos de império, por sua vez, são aqueles praticados de ofício pelos agentes públicos e impostos de maneira
coercitiva aos administrados, os quais estão obrigados a obedecer-lhes. (certa) CESPE - 2016 - TCE-PA
• Atos administrativos de expediente são aqueles que se destinam a dar andamento aos processos e papéis que tramitam pelas repartições
públicas, preparando-os para a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade competente. São atos da rotina interna, sem caráter
vinculante e sem forma especial, geralmente praticados por servidores subalternos, sem competência decisória. (certa) CESPE – 2005
• A obra de construção de um grande centro comercial, em adiantado estágio, foi embargada pelo departamento de obras e posturas do
município por invadir área pública. Nesse caso, a administração praticou ato de império. (certa) CESPE - 2009 - TRE-MA
• Quando atua nos atos de gestão, sujeitos ao regime do direito privado, a administração goza das prerrogativas do poder extroverso. (errada)
CESPE - 2009 - DPE-PI

• Quando a Administração Pública pratica atos administrativos em situação de igualdade com os particulares, sem usar sua supremacia sobre
os destinatários, para conservação de seu patrimônio e desenvolvimento de seus serviços, aqueles são classificados como atos de gestão.
(certa) 2012 - MPE-SC

• Quando o Estado pratica ato de gestão, ele atua no mesmo plano jurídico do particular, não dispondo da garantia da unilateral idade que
caracteriza os atos de império. (certa) CESPE – 2012
• Quando a administração exerce sua supremacia sobre os particulares para praticar um ato, fica caracterizado um ato de gestão. (errada) CESPE
- 2013

• Não são passíveis de questionamento por via recursal os atos administrativos de mero expediente. (certa) CESPE - 2014 - PGE-BA
• Ao praticar atos de gestão, a Administração Pública utiliza a sua supremacia sobre os destinatários. (errada) 2015 - MPE-MS
• Os atos administrativos de gestão são os que a Administração Pública pratica sem usar da sua supremacia sobre os destinatários. (certa) 2015
- MPE-MS

• Os atos administrativos que se destinam a dar andamento aos processos e papeis que tramitam pelas repartições públicas, preparando para
a decisão de mérito a ser proferida pela autoridade competente, são classificados como atos de expediente. (certa) IMA - 2017 - PROCURADOR
MUNICIPAL

elaborado por @fredsmcezar


5.6 ATO CONSTITUTIVO x DECLARATÓRIO

Criam uma nova situação jurídica, mediante a criação de novos direitos ou a extinção de prerrogativas
CONSTITUTIVO
anteriormente estabelecidas.

Afirmam um direito preexistente, mediante o reconhecimento de situação juridicamente previamente


DECLARATÓRIO
construída.
.
• Ato administrativo declaratório é aquele que implanta uma nova situação jurídica ou modifica ou extingue uma situação existente. (errada)
CESPE – 2017

• Considere que o chefe de determinado órgão público, após o devido processo legal, aplique a servidor a ele subordinado sanção disciplinar.
Nessa situação, o ato administrativo de aplicação da penalidade classifica-se em declaratório. (errada) CESPE - 2013 – MS
• O ato que aplica determinada sanção a um servidor público configura exemplo de ato constitutivo, que se caracteriza por criar, modificar ou
extinguir direitos. (certa) CESPE - 2015 - MPU
• Caso uma sociedade empresária solicite à administração uma autorização para a exploração de jazida e essa autorização seja-lhe concedida,
este ato administrativo será considerado, quanto aos efeitos, como declaratório. (errada) CESPE - 2013
• A nomeação de servidor em determinado cargo público é exemplo de ato administrativo declaratório. (errada) CESPE – 2013
• São declaratórios os atos administrativos que afirmam a preexistência de uma situação de fato ou de direito. (certa) FUNDEP – 2014

• A licença difere da autorização por ser um ato declaratório. (certa) VUNESP - 2014 – PGM

• Quanto aos efeitos do ato administrativo, a licença, a homologação e a isenção são exemplos de atos administrativos declaratórios. (certa)
CESPE - 2009 - PGE-PE

• O ato anulatório, por meio do qual se anula um ato administrativo ilegal vinculado ou discricionário, tem natureza meramente declaratória e
não constitutiva DESCONSTITUTIVA. (errada) CESPE - 2013 – AGU
• É ato administrativo constitutivo aquele que certifica o nascimento de uma pessoa. (errada) MPE-PR – 2011

• Ao aplicar sanção disciplinar a servidor público, a administração pública pratica, quanto aos efeitos, ato administrativo constitutivo. (certa)
CESPE - 2013

5.7 ATO AMPLIATIVO x RESTRITIVO

AMPLIATIVO Atribuem direitos e vantagens.

RESTRITIVO Impõem obrigações e penalidades


.
• Segundo o STF, em caso de ato administrativo ilegal ampliativo de direito que beneficia terceiro de boa-fé, a declaração de nulidade deve ter
efeitos ex nunc. (certa) CESPE - 2009 - DPE-PI
• Conforme decisão do STF, a invalidação do ato administrativo não terá necessariamente efeitos retroativos quando incidente sobre ato
ampliativo de direitos, caso seja comprovada a boa-fé do administrado beneficiado pela ilegalidade insanável.
• Ato administrativo ampliativo de direitos, que tenha sido praticado por usurpador de função, pode ser convalidado pela autoridade
competente, em face do princípio da segurança jurídica. (errada) FCC - 2014 - DPE-CE Obs.: O ato praticado por usurpador é inexistente.
• A renúncia é instituto afeto tanto aos atos restritivos quanto aos ampliativos. (errada) FCC - 2017 - DPE-PR

elaborado por @fredsmcezar


6. ELEMENTOS OU REQUISITOS DO ATO ADMINISTRATIVO

“De acordo com a disciplina prevista na Lei da Ação Popular, o ato administrativo apresenta os seguintes elementos ou requisitos:
competência, forma, objeto, motivo e finalidade”. (certa) CESPE - 2009 – TCU
A competência — ou sujeito —, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto — ou conteúdo — são elementos que integram os atos
administrativos. (certa) CESPE – 2017 / 2014 – MPE-SC

• Os elementos do ato administrativo são: a competência, a forma, a finalidade, o objeto e a motivação. (errada) 2019 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA

1.SUJEITO COMPETENTE
2. FINALIDADE
3. FORMA
4. MOTIVO
5. OBJETO
* Celso Antônio Bandeira de Melo (divergente)
De acordo com a doutrina , são considerados elementos do ato administrativo apenas o CONTEÚDO e a
CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELO

FORMA — os elementos internos formadores do todo —, devendo os demais ser designados como requisitos extrínsecos ou
pressupostos, os quais se classificam em pressupostos de existência e de validade. (errada) CESPE – 2013 – TRF – 5ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL
• Quanto aos elementos ou requisitos do ato administrativo, pode-se dizer que o motivo, estando relacionado aos pressupostos de fato e de
direito que o justificam, precede sua prática. (certa) 2010 – TRF – 4ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL
• Consoante a doutrina, são requisitos ou elementos do ato administrativo a competência, o objeto, a forma, o motivo e a finalidade. (certa)
CESPE – 2013 – TRT

• A vinculação, definida em lei, confere à administração pública o poder para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos
e os requisitos necessários à sua formalização. (certa) CESPE – 2013
• É válido e eficaz o ato administrativo praticado com observância do sujeito, objeto, forma, motivação e finalidade, pois que, como espécie
dos atos jurídicos em geral, demanda agente capaz, objeto lícito, forma prescrita em lei, motivação do seu conteúdo e finalidade. (certa) FUNDEP
- 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

• Motivação, finalidade, competência, forma e objeto constituem elementos obrigatórios do ato administrativo e requisitos de validade da sua
prática, de modo que a ausência de qualquer um desses elementos implica a nulidade do ato praticado. (errada) CESPE – 2016 – TCE-PA
.
ATO DISCRICIONÁRIO ATO VINCULADO
COMPETÊNCIA VINCULADO VINCULADO QUEM PRATICOU O ATO?
FINALIDADE VINCULADO VINCULADO PARA QUE O ATO FOI PRATICADO?
FORMA VINCULADO VINCULADO COMO O ATO FOI PRATICADO?
MOTIVO DISCRICIONÁRIO VINCULADO POR QUE O ATO FOI PRATICADO?
OBJETO DISCRICIONÁRIO VINCULADO O QUE FOI FEITO?

6.1 COMPETÊNCIA
A competência é estabelecida em lei, atos administrativos gerais ou na própria Constituição. A competência não pode ser
alterada pelas partes ou pelo administrador. Não basta ser agente público, é necessário que seja competente 1.
• O ato administrativo não surge espontaneamente e por conta própria. Ele precisa de um executor, o agente público competente, que recebe
da lei o devido dever-poder para o desempenho de suas funções. (certa) CESPE – 2007 – TCU
• A competência é requisito de validade do ato administrativo e se constitui na exigência de que a autoridade, órgão ou entidade administrativa
que pratique o ato tenha recebido da lei a atribuição necessária para praticá-lo. (certa) CESPE – 2009
• De acordo com a doutrina, a competência para a prática do ato administrativo decorre sempre de lei, não podendo o próprio órgão estabelecer,
por si, as suas atribuições. (certa) CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Elemento do ato administrativo, o sujeito é aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato, razão pela qual não pode o próprio
órgão estabelecer, sem lei que o determine, as suas atribuições. (certa) CESPE – 2011
• O poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das atribuições de seu cargo constitui um requisito do ato
administrativo, ou seja, o requisito da competência. (certa) CESPE – 2011
• A competência para a prática de atos administrativos pode ser presumida ou advir de previsão legal. (errada) CESPE – 2013 – STF

1
(Matheus Carvalho, p. 269, 7ª ed.)
elaborado por @fredsmcezar
A competência para a prática dos atos administrativos depende sempre de previsão constitucional ou legal. Quando prevista na
CF, é denominada competência primária e, quando prevista em lei ordinária, competência secundária ORDINÁRIA. (errada) CESPE – 2012 –
TCE-ES

COMPETÊNCIA PRIMÁRIA CONSTITUIÇÃO (EXCEÇÃO) E LEI (REGRA)


COMPETÊNCIA SECUNDÁRIA ATOS ADMINISTRATIVOS.

Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos
de delegação e avocação legalmente admitidos.
• A competência é intransferível e irrenunciável mas pode, por previsão legal, ser objeto de delegação ou avocação. (certa) FCC – 2012 – DPE-PR

• A competência administrativa é derrogável e passível de delegação ou avocação. (errada) CESPE – 2012 – MPE-RR

• A delegação e a avocação de competência são atos ligados ao poder de polícia administrativo. HIERÁRQUICO (errada) CESPE - 2014 - MPE-AC
• Duas características da competência do ato administrativo: Inderrogabilidade e improrrogabilidade. (certa) VUNESP – 2014 – TJ-RJ – JUIZ SUBSTITUTO
• Autoridade competente para a realização de ato administrativo pode escolher renunciar a tal competência, ainda que a tenha adquirido por
delegação. (errada) CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO – ANALISTA
• A delegação e a avocação são instrumentos de transferência temporária e excepcional de competências. (certa) 2017 - MPE-PR

• As competências públicas revelam-se em duas faces, poder e dever, e seu efetivo exercício pode ser delegado do superior hierárquico ao
subordinado, com possibilidade de retomada pelo delegante e desde que a lei o preveja. (certa) VUNESP – 2018 – TJ-SP – JUIZ SUBSTITUTO

Art. 2°. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
II - atendimento a fins de interesse geral, VEDADA a RENÚNCIA total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização
em lei;
• A competência atribuída ao órgão administrativo para exame do processo pode ser objeto de renúncia, delegação e avocação. (errada) CESPE -
2012 - DPE-RO

• A avocação de competência, assim como a delegação, são espécies de alteração de competência superveniente, de caráter temporário, sendo
possível quando não houver impedimento legal. Em caso de renúncia de competência de subordinado, o superior hierárquico se torna
automaticamente competente para a prática do ato, por expressa determinação legal. (errada) FUNCAB – 2016 – PC-PA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
• A competência administrativa pode ser renunciada em hipótese de acordo entre os órgãos públicos envolvidos. (errada) CESPE - 2018 - TJ-CE -
JUIZ SUBSTITUTO

• A competência admite a renúncia, desde que autorizada por ato do superior hierárquico. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

6.1.1 VÍCIO DE COMPETÊNCIA


Ato administrativo vinculado que tenha vício de competência poderá ser convalidado por meio de ratificação, desde que não
seja de competência exclusiva. (certa) CESPE – 2019 – PGM
• No caso de vício de incompetência em ato administrativo discricionário, há o dever de a administração invalidar o ato. (errada) CESPE - 2009 -
DPE-PI

• O vício de competência não admite qualquer tipo de sanatória. (errada) 2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
• De acordo com a doutrina, embora o impedimento constitua hipótese de incapacidade do sujeito para a prática do ato administrativo, a
atuação dele no processo administrativo configura vício passível de convalidação. (certa) CESPE – 2011 – TJ-ES – JUIZ SUBSTITUTO
• A competência é definida em lei, razão pela qual será ilegal o ato praticado por quem não seja detentor das atribuições fixadas na norma.
(certa) CESPE - 2011 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• O ato praticado com vício de competência não admite convalidação. (errada) CESPE – 2013 – TRT
• Caso um analista administrativo pratique ato cuja competência técnica incumba a seu superior hierárquico, tal ato será nulo em razão da
incompetência do agente. (errada) CESPE – 2014 – CÂMARA DOS DEPUTADOS – ANALISTA LEGISLATIVO
• Ao contrário dos atos praticados na vida civil, a incapacidade absoluta do agente nem sempre leva à nulidade do ato administrativo. (certa) FCC
– 2014 – DPE-CE

• Um ato administrativo praticado por pessoa que não tenha competência para tal não poderá ser convalidado, pois, assim como os vícios de
motivo e objeto, o vício de competência é insanável. (errada) CESPE – 2015 – TCE-RN
• Ato administrativo praticado por autoridade incompetente e que apresente defeito não pode ser convalidado. (errada) CESPE - 2017 - TRF - 1ª REGIÃO
- ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA

Quando um ministério pratica ato administrativo de competência de outro, fica configurado vício de incompetência em razão da
matéria, que pode ser convalidado por meio da ratificação. (errada) CESPE - 2013 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA
Explicação: O vício de competência com relação à pessoa, admite-se a convalidação. O vício de competência quanto à matéria,
não admite a convalidação.
elaborado por @fredsmcezar
“Exemplo de vício de competência quanto à matéria: o Ministro da Saúde pratica um ato cujo conteúdo diga respeito a assunto
de competência do Ministério da Fazenda. Esse ato sempre será nulo, isto é, não admite convalidação.”2

6.1.2 DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA


A delegação de competência é uma forma de desconcentração derivada, resultante de um ato de autoridade delegante, em
hipótese autorizada pelo ordenamento jurídico. (certa) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR SUBSTITUTO
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a
outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
CESPE - 2012 - TJ-PI – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2013 - POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO / 2014 - MPE-SC / CESPE – 2015 – TRF – 5ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

A competência para a prática de atos administrativos pode ser objeto de delegação, desde que não se trate de competência
atribuída a determinado órgão ou agente de modo exclusivo. (certa) 2012 - TJ-RS – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• A delegação de competência é o ato por meio do qual um órgão administrativo e/ou o seu titular podem, desde que não haja impedimento
legal expresso, transferir a integralidade de sua competência a outro órgão (ou outra pessoa), inferior ou equivalente na escala hierárquica.
(errada) 2011 - PGE-PR

• A Lei nº 9.784/99 impede a delegação de poderes de um órgão a outro que não lhe seja subordinado hierarquicamente. (errada) FCC - 2011 -
MPE-CE

• A Lei de Processos Administrativos (Lei Federal no 9.784/99) obsta a delegação de competências administrativas a órgãos não sujeitos à
subordinação hierárquica do órgão delegante. (errada) FCC - 2012 - MPE-AL
• A delegação de competência administrativa pode ser realizada ainda que não haja subordinação hierárquica. (certa) CESPE - 2014 - MPE-AC
• A delegação e avocação se caracterizam pela excepcionalidade e temporariedade, sendo certo que é proibida avocação nos casos de
competência exclusiva. (certa) FCC – 2017 – DPE-PR
• A relação de subordinação hierárquica entre os órgãos públicos envolvidos é condição imprescindível para a delegação da competência
administrativa. (errada) CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
• Um órgão administrativo ou o seu titular poderá delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que não haja
impedimento legal, e que a delegação seja feita com base na conveniência. (certa) CESPE - 2019 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO
• Um órgão administrativo ou o seu titular poderá delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, desde que estes sejam
hierarquicamente subordinados àqueles. (errada) CESPE - 2019 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO
• A Lei do Processo Administrativo prevê que um órgão administrativo e seu titular poderão delegar parte da sua competência a outros órgãos
ou titulares, desde que estes lhe sejam hierarquicamente subordinados, não haja impedimento legal, e quando for conveniente, em razão
de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. (errada) 2019 - MPE-SC
• O órgão delegatário não precisa ser hierarquicamente subordinado ao delegante. (certa) CESPE - 2021 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL

Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos
presidentes.
• Um órgão administrativo e seu titular estão autorizados a delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, não se admitindo,
porém, que órgãos colegiados deleguem competência a agentes singulares, como, por exemplo, a seus respectivos presidentes. (errada) CESPE
- 2012 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO

• Não se pode delegar aos presidentes de órgãos colegiados a competência administrativa atribuída a esses órgãos. (errada) CESPE - 2015 – TCU

• Um órgão colegiado poderá delegar parte de sua competência a seu presidente quanto for conveniente, em razão de circunstâncias de índole
jurídica, em não havendo impedimento legal. (certa) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial.
• O ato de delegação, assim como sua anulação, deve ser publicado em meio oficial, exceto no caso de revogação decorrente de fato
superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificá-la. (errada) CESPE - 2012 - TJ-PI – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• O ato de delegação deve ser publicado no meio oficial, mas não o de sua revogação. (errada) CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• A Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo), ao tratar da competência, prevê que os atos de delegação e de avocação deverão ser
publicados no meio oficial. (errada) 2017 - MPE-PR
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os
objetivos da delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada.
• Não se exige que o ato de delegação, que deve especificar as matérias e poderes transferidos, bem como sua revogação sejam publicados
no meio oficial. (errada CESPE - 2014 - MPE-AC

2
Direito Administrativo Descomplicado - 24ª Edição, p.565.

elaborado por @fredsmcezar


• É possível ato de delegação de competência genérico, desde que o órgão delegado seja hierarquicamente subordinado ao órgão delegante.
(errada) FUNCAB – 2016 – PC-PA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante.


• Uma vez publicado, o ato de delegação não pode ser revogado antes de decorrido o prazo de vigência fixado. (errada) CESPE – 2008

• O ato de delegação pode ser revogado a qualquer tempo pela autoridade delegante ou pela autoridade delegada. (errada) CESPE - 2017 - TJ-PR -
JUIZ SUBSTITUTO

• O ato de delegação, uma vez publicado no diário oficial, é irrevogável. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo
delegado.

SÚMULA 510-STF: Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de
segurança ou a medida judicial. FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
.
• A autoridade coatora em mandado de segurança impetrado em face de ato delegado é a autoridade delegante DELEGADO
. (errada) CESPE - 2013 -
STM - JUIZ-AUDITOR SUBSTITUTO

• Em caso de impetração de mandado de segurança em face de ato praticado por delegação, o agente delegante DELEGADO deverá figurar como
autoridade coatora, uma vez que a delegação não implica em renúncia de competência. (errada) FUNCAB – 2016 – PC-PA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
• Nos termos da jurisprudência do STJ, caso o procurador-geral do estado do Piauí delegue determinada função para o subprocurador-geral,
e este, no exercício da função delegada, pratique ato ilegal, a responsabilidade pela ilegalidade desse ato deverá recair apenas sobre a
autoridade delegada. (certa) CESPE – 2014 – PGE-PI
• O prefeito de um município brasileiro delegou determinada competência a um secretário municipal. No exercício da função delegada, o
secretário emitiu um ato ilegal. Nessa situação, a responsabilidade pela ilegalidade do ato deverá recair apenas sobre a autoridade delegada.
(certa) CESPE - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL

6.1.3 DELEGAÇÃO DENTRO DOS PODERES JUDICIÁRIO E LEGISLATIVO


Lei 9.784/99 § 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no
desempenho de função administrativa.

• Determinado órgão público, por intermédio de seu titular, pretende delegar parte de sua competência administrativa para outro órgão com a
mesma estrutura, seguindo os preceitos da Lei Federal n.º 9.784/1999. Nessa situação, o órgão delegante pertence necessariamente à
administração pública federal, e não ao Poder Judiciário ou ao Poder Legislativo. (errada) CESPE - 2021 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL

6.1.4 A DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA RETIRA A ATRIBUIÇÃO DA AUTORIDADE DELEGANTE?

O ato de delegação não retira a atribuição da autoridade delegante, que continua competente
CESPE – 2010 – AGU
cumulativamente com a autoridade delegada para o exercício da função. (certa)

FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE


O ato de delegação retira a competência da autoridade delegante. (errada)
POLÍCIA

CESPE - 2013 - PC-BA - DELEGADO DE


A transferência de competência ocorre quando um agente público delega a outro agente a competência POLÍCIA
para a realização de um ato.
[ANULADA*]

Por meio do ato de delegação, a autoridade delegante perde definitivamente a competência delegada. CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR
(errada) SUBSTITUTO

Ao delegar a prática de determinado ato administrativo, a autoridade delegante transfere a titularidade para
CESPE - 2015 - TCU
sua prática. (errada)

FUNCAB - 2014 - PC-RO - DELEGADO DE


A delegação dos atos administrativos retira a competência da autoridade delegante. (errada) POLÍCIA CIVIL

O ato de delegação da competência para a prática de determinado ato administrativo retira da autoridade
FCC – 2018 – DPE-RS
delegante a possibilidade de também praticá-lo. (errada)

O ato de delegação retira a competência da autoridade delegante e confere competência exclusiva ao


CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
órgão delegado. (errada)

* 79 E - Deferido com anulação por haver divergência doutrinária no que tange ao poder da delegação como ato que transfere
competência, opta-se pela anulação do item.

a) JOSÉ DOS SANTOS CARVALHO FILHO ensina que “Em algumas circunstâncias, pode a norma autorizar que um
agente TRANSFIRA a outro, normalmente de plano hierárquico inferior, funções que originariamente lhe são atribuídas. É o fenômeno
elaborado por @fredsmcezar
da ‘delegação de competência’” (Manual de Direito Administrativo – 23ª ed. – Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010, p. 118) (destacamos). Sendo assim, pode-se afirmar,
segundo o texto, que a delegação seria uma transferência de funções, ou seja, uma transferência de competência.

b) HELY LOPES MEIRELLES, por sua vez, diz que “A competência administrativa, sendo um requisito de ordem pública,
é intransferível e improrrogável pela vontade dos interessados. Pode, entretanto, ser delegada e avocada, desde que permitam as
normas reguladoras da Administração” (Direito Administrativo Brasileiro – 28ª ed. – São Paulo: Malheiros, 2003, p. 147). Ou seja, de acordo com o texto, a delegação
implicaria em uma transferência de competência. No mesmo sentido, o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA asseverou que:
“A competência é elemento do ato que advém diretamente da lei, e porque proveniente desta é intransferível e improrrogável, salvo
se a lei dispuser expressamente sobre a possibilidade de delegação ou avocação.” (REsp 724.196/RS, Rel. Ministro JOSÉ DELGADO, PRIMEIRA TURMA, julgado em
23/10/2007, DJ 19/11/2007, p. 185)

Fonte: comentários da Q315337

6.1.5 IMPOSSIBILIDADE DE DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA


Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: [CE-NO-RA]

I – A EDIÇÃO DE ATOS DE CARÁTER NORMATIVO;

II – A DECISÃO DE RECURSOS ADMINISTRATIVOS;

III – AS MATÉRIAS DE COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO ÓRGÃO OU AUTORIDADE.


.
• A autoridade administrativa superior, caso pretenda delegar a decisão de recursos administrativos, deverá fazê-lo mediante portaria a ser
publicada no Diário Oficial da União, de modo a garantir o conhecimento da delegação aos interessados, em consonância com o princípio da
publicidade. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvos os casos de d elegação e
avocação legalmente admitidos, dentre os quais a edição de atos de caráter normativo; (errada) 2011 - TJ-DFT – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• A decisão de recursos administrativos não poderá ser objeto de delegação de competência. (certa) CESPE – 2013

• Os atos do processo administrativo podem ser objeto de delegação quando sua edição tiver caráter normativo. (errada) FCC - 2013 - DPE-SP
• De acordo com a legislação aplicável à matéria, a decisão de recursos administrativos pela autoridade competente não pode ser objeto de
delegação. (certa) CESPE – 2012 – MPE-RR
• Se determinado particular interpuser recurso administrativo perante a autoridade competente, e esta delegar a subordinado seu a
competência para decisão, não haverá qualquer irregularidade no ato de delegação, pois, embora a competência configure requisito
vinculado do ato administrativo, a legislação de regência autoriza a delegação na hipótese em apreço. (errada) CESPE – 2013 – AGU
• A competência, um dos elementos do ato administrativo, é irrenunciável, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos; entre
as hipóteses cabíveis de delegação inclui-se a edição de decretos normativos. (errada) CESPE – 2012 – DPE-RO
• É proibido delegar a edição de atos de caráter normativo. (certa) CESPE - 2015 – TCU

• Não podem ser objeto de delegação os atos normativos, a decisão em recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva. (certa)
2015 - PGE-PR

• Conforme a Lei n.º 9.784 /1999, que trata dos atos administrativos, são indelegáveis a edição de atos normativos e as matérias de competência
exclusiva do órgão. (certa) CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO
• Segundo a Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo), não pode ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normativo, as
decisões de recurso administrativo e os atos de competência exclusiva. (certa) 2017 - MPE-PR
• A delegação de competência de órgãos colegiados é possível, desde que não se trate de matéria de competência exclusiva, de decisão de
recursos administrativos ou de edição de atos de caráter normativo. (certa) CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
• Pode ser objeto de delegação a decisão de recursos administrativos, desde que a mencionada delegação seja prévia à instauração do processo
administrativo, e haja publicação no meio oficial. (errada) 2019 - MPE-GO
• Podem ser objeto de delegação a edição de atos de caráter normativo e a decisão de recursos administrativos. (errada) VUNESP - 2019 -
PROCURADOR MUNICIPAL

• O objeto do ato pode ser a edição de atos normativos. (errada) CESPE - 2021 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL

6.1.6 SUBDELEGAÇÃO (DECRETO Nº 83.937/1979)


Art. 6º - O ato de delegar pressupõe a autoridade para subdelegar, ficando revogadas as disposições em contrário constantes de
decretos, regulamentos ou atos normativos em vigor no âmbito da Administração Direta e Indireta.
A Lei nº 9.784/99 (Lei do Processo Administrativo) não traz vedação expressa e absoluta à subdelegação de competência. (certa)
2017 - MPE-PR

elaborado por @fredsmcezar


6.1.7 AVOCAÇÃO DE COMPETÊNCIA
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de
competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
CESPE - 2009 - PGE-PE / CESPE - 2011 - DPE-MA / FUNCAB – 2016 – PC-PA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / CESPE - 2017 - DPE-AC / VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

• A avocação, que decorre do sistema hierárquico, independe de justificativa, sendo admitida sempre que a autoridade superior entender que
pode substituir-se ao agente subalterno. (errada) CESPE – 2012 – TJ-CE – JUIZ SUBSTITUTO
• Os atos do processo administrativo não podem ser objeto de avocação (errada) FCC - 2013 - DPE-SP

• Para atender relevante interesse público, poderá a autoridade superior avocar, por tempo indeterminado, competência atribuída a órgão
inferior. (errada) FCC - 2014 - MPE-PE
• Ao ato jurídico de atração, por parte de autoridade pública, de competência atribuída a agente hierarquicamente inferior dá-se o nome de
avocação. (certa) CESPE - 2014 - TJ-DFT – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• A avocação da competência, embora ocorra em caráter excepcional, dispensa motivação e a existência de uma relação hierárquica. (errada)
CESPE – 2015 – TRF – 1ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• Como decorrência da hierarquia existente no âmbito da administração pública, o órgão superior detém o poder de avocar atribuições de
competência exclusiva de órgão a ele subordinado. (errada) CESPE - 2017 - DPU
• A avocação temporária de competência é permitida, em caráter excepcional e por motivos justificados, entre órgãos da administração pública,
independentemente da relação hierárquica estabelecida entre eles. (errada) CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO

6.2 FINALIDADE
A finalidade é o escopo do ato. É tudo aquilo que se busca proteger com a prática do ato administrativo.3

Atendimento ao interesse público. Ex. Caso o ato seja praticado com a intenção de satisfazer
FINALIDADE GENÉRICA
interesses individuais ou egoísticos de algum particular, haverá vício insanável.

É definida em lei e estabelece qual a finalidade de cada ato especificamente. Quando se fala em
FINALIDADE ESPECÍFICA finalidade específica, não há margem de escolha, sendo elemento vinculado até mesmo nos atos
discricionários.
Matheus Carvalho, p. 274, 7ª ed.

Alguns doutrinadores entendem que o elemento finalidade do ato administrativo pode ser discricionário. Isso porque a finalidade
pode ser dividida entre finalidade em sentido amplo, que se identifica com o interesse público de forma geral, e finalidade em
sentido estrito, que se encontra definida na própria norma que regula o ato. Assim, a primeira seria discricionária e a segunda,
vinculada. (certa) CESPE – 2009 – TRF – 5ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL
Segundo entendimento doutrinário tradicional, a finalidade é um elemento sempre vinculado.4
Em determinadas situações, o ato é praticado no interesse público, mas com desvio de finalidade específica. Ex.: A exoneração
é uma forma de perda de cargo sem caráter punitivo. Valer-se da exoneração para tentar punir um servidor faltoso, haverá vício.
Mesmo que que o agente esteja buscando o interesse público, a finalidade específica do ato estará viciada. (Matheus Carvalho, p. 275)
• Sobre os elementos do ato administrativo, desde que atendido o interesse da Administração, fica descaracterizada a figura do desvio de
finalidade. (errada) FCC – 2016 – DPE-ES
• A causa do ato administrativo é a relação de adequação entre os pressupostos do ato e seu objeto, avaliada em função de sua finalidade.
(certa) 2014 - MPE-MA

• A finalidade reflete o fim mediato dos atos administrativos, enquanto o objeto, o fim imediato, ou seja, o resultado prático que deve ser
alcançado. (certa) CESPE – 2016 – TJ-AM – JUIZ SUBSTITUTO
• O ato administrativo praticado com desvio de finalidade pode ser convalidado pela administração pública, desde que não haja lesão ao
interesse público nem prejuízo a terceiros. (errada) CESPE – 2018

A conduta de remover servidor público, como forma de punição e perseguição, caracteriza vício no elemento motivo FINALIDADE do
ato. (errada) 2023 - MPE-RR

6.2.1 DESVIO DE FINALIDADE


O não atendimento a finalidade (genérica ou específica) configura vício insanável. O VÍCIO DE FINALIDADE também é chamado
de DESVIO DE PODER e é uma das modalidades de ABUSO DE PODER.
Com referência aos atos administrativos, o desvio de poder é vício que atinge a sua finalidade. (certa) FCC - 2022 - DPE-MT
A edição de ato administrativo por administrador público competente, visando fim diverso daquele a que a lei lhe permitiu,
caracteriza o desvio de finalidade. (certa) 2014 – MPE-SC

3
(Matheus Carvalho, p. 274, 7ª ed.)
4
(Marcelo Alexandrino, p. 559)
elaborado por @fredsmcezar
O desvio de finalidade é uma espécie de abuso de poder em que o agente público, apesar de agir dentro dos limites de sua
competência, pratica determinado ato com objetivo diverso daquele pautado pelo interesse público. (certa) CESPE - 2015 – STJ
• O desvio de finalidade constitui uma forma de abuso de poder. (certa) VUNESP - 2018

Mesmo nos atos discricionários, não há margem para que o administrador atue com excessos ou desvio de poder, competindo
ao Poder Judiciário o controle cabível. (certa) CESPE – 2008
Ex.: Considere que o prefeito de um município tenha determinado a desapropriação de uma fazenda de seu adversário político,
como forma de retaliação. Nesse caso, fica configurado o desvio de finalidade do ato. (certa) CESPE – 2012 – PC-AL – DELEGADO DE POLÍCIA
• Quanto à finalidade, é caracterizado como vício do ato administrativo o desvio de poder. (certa) FGV – 2010 – PC-AP – DELEGADO DE POLÍCIA

• A finalidade do ato administrativo, por envolver exame de mérito, escapa ao controle judicial. (errada) 2010 – TRF – 4ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL

• Quando o vício do ato administrativo atinge o motivo e a finalidade, não é possível a sua convalidação. (certa) CESPE – 2012 – MPE-PI – ANALISTA

• Nos atos discricionários é imprescindível a indicação da finalidade, a fim de que se possa realizar o controle de legalidade e se aferir se houve
desvio de poder. (certa) FCC – 2012 – PGE-SP
• A remoção de determinado servidor público com o objetivo de puni-lo configura desvio de finalidade, podendo ser invalidada pela própria
administração pública ou pelo Poder Judiciário. (certa) CESPE – 2013 – DPE-RR
• Ocorre desvio de poder, e, portanto, invalidade do ato administrativo, quando o agente público se vale de um ato para satisfazer finalidade
alheia à natureza desse ato. (certa) CESPE – 2013 – TJ-MA – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• Os vícios sanáveis do ato administrativo, que admitem convalidação, são aqueles relacionados à forma, à finalidade e ao motivo. (errada) CESPE
– 2015 – TRF – 1ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• Ato do qual autoridade se utilize para atingir finalidade diversa ao interesse público deverá ser revogado ANULADO
pela própria administração
pública, sendo vedado PERMITIDO ao Poder Judiciário decretar a sua nulidade. (errada) CESPE – 2018

Ex.: O prefeito de determinado município houve por bem desapropriar terreno com vistas a construir um hospital. No
entanto, em vez de hospital, foi construída uma escola pública. Na situação considerada, não houve desvio de finalidade, sendo o
decreto de desapropriação amparado pelo ordenamento jurídico. (certa) CESPE – 2008 [TREDESTINAÇÃO LÍCITA]
Ex.: Um diretor de tribunal de contas editou ato administrativo com desvio de finalidade. Após correição, o vício foi detectado
e comunicado ao presidente do tribunal. Nessa situação, o presidente poderá avocar para si a competência administrativa pertinente
e convalidar o ato administrativo. (errada) CESPE – 2016 – TCE-PA
Ex.: Caso uma autoridade da administração pública, como forma de punição, determine, de ofício, a remoção de um agente
público com quem tenha tido desavenças anteriormente, o ato administrativo em questão revelará vício na finalidade, sendo inviável
a convalidação. (certa) CESPE - 2019 - SEFAZ-RS – AUDITOR
Ex.: José é permissionário de uma lanchonete que funciona ao lado da prefeitura e atende aos servidores que ali trabalham. O
pequeno estabelecimento, construído dentro do terreno da prefeitura, vem sendo utilizado e conservado por José há mais de vinte
anos. O novo prefeito, que pretendia usar o espaço da lanchonete para ampliar o seu gabinete, expediu ato administrativo revogando
a permissão de uso do bem público. José procurou a DP para obter orientação jurídica com relação à situação, já que depende da
lanchonete para sustentar sua família. Caracterizando-se o ato do prefeito como unilateral, discricionário e precário, a única medida
possível é verificar a regularidade dos motivos do ato revogador, a fim de aferir possível desvio de finalidade em prejuízo do
permissionário. (certa) CESPE - 2011 - DPE-MA
Ex.: João detém uma autorização de exploração de um restaurante que funciona dentro de uma área pública de determinada
prefeitura, onde, há cerca de trinta anos, abre para o almoço e lanche dos servidores que ali trabalham. Contudo, o novo prefeito
deseja construir uma praça de convivência no local onde se situa o restaurante de João, de modo que expediu ato administrativo
revogando a autorização de uso do bem público, conferindo prazo de sessenta dias para que se desocupasse a área em questão.
João procurou a Defensoria Pública para obter orientação jurídica com relação à situação, já que depende do restaurante para
sustentar sua família. Considerando essa situação hipotética e de acordo com ordenamento jurídico, a doutrina e jurisprudências
pátrias, será orientado ao interessado que: caracterizando-se o ato do prefeito como unilateral e discricionário, a única medida
possível é verificar a regularidade do ato revogador, a fim de aferir possíveis vícios na sua constituição. (certa) 2014 - DPE-GO
João, observadas as formalidades legais, firmou ato de permissão de uso de bem público com o Estado Alfa, para instalação e
funcionamento de um restaurante em hospital estadual, pelo prazo de 24 meses. Passados seis meses, o Estado alegou que iria
instalar uma nova sala de UTI no local onde o restaurante está localizado, razão pela qual revogou unilateralmente a permissão de
uso. Três meses depois, João logrou obter provas irrefutáveis no sentido de que o Estado não instalou nem irá instalar a UTI no
local. Inconformado, João buscou assistência jurídica na Defensoria Pública, pretendendo reassumir o restaurante. Ao elaborar a
petição judicial, o defensor público informou a João que pleitear judicialmente a invalidação da revogação do ato de permissão é
viável, eis que, apesar de ser um ato discricionário, aplica-se a teoria dos motivos determinantes, de maneira que o Estado está
vinculado à veracidade do motivo fático que utilizou para a revogação. (certa) FGV - 2022 - DPE-MS

elaborado por @fredsmcezar


Ex.: Suponha que o chefe de uma determinada Seção Administrativa, agindo dentro de sua competência legal, opte por nomear
determinado servidor em função de confiança, sob a justificativa de que tal servidor possui as características pessoais ideais para o
desempenho da função. Imagine, porém, que, após algumas semanas da nomeação, venha a público a informação de que a
nomeação se deu com a principal finalidade de redistribuir a outro servidor processo administrativo cuja responsabilidade incumbia
à época da nomeação ao servidor contemplado com a função de confiança. A respeito dessa situação hipotética, é correto afirmar
que se trata de caso de desvio de finalidade, o qual se verifica quando o agente público, embora dentro de sua competência, afasta-
se da finalidade prevista na lei para a prática do ato. (certa) VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

6.2.2 DESVIO DE PODER x EXCESSO DE PODER


Configura-se abuso de poder por desvio de poder no caso de vício de finalidade do ato administrativo, e abuso de poder por
excesso de poder quando o ato administrativo é praticado por agente que exorbita a sua competência. (certa) CESPE - 2015 - TJ-DFT -
TÉCNICO

• O desvio de finalidade EXCESSO DE PODER é a modalidade de abuso de poder em que o agente público atua fora dos limites de sua competência,
invadindo atribuições cometidas a outro agente. (errada) CESPE - 2015 - DPE-RN
• Configura-se o abuso de poder quando o órgão ou o agente público extrapola os limites legais de sua atuação na prática de determinado ato
administrativo. (certa) CESPE - 2015 - PRF

6.3 FORMA
A forma é o modo de exteriorização do ato administrativo. Todo ato administrativo é, em regra, formal e exige a forma escrita.
• A forma é o meio pelo qual o ato administrativo se exterioriza, permitindo que a vontade pública se concretize na realidade administrativa.
(certa) FUNDATEC - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL

Lei 9.784/99, Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente
a exigir. 2014 - MPE-PR / 2019 - MPE-GO

§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura
da autoridade responsável.
Existem, entretanto, atos administrativos não escritos, como ordens verbais, sinais luminosos ou sonoros, gestos e placas que
expressam uma ordem da administração pública.5
A forma é elemento vinculado do ato administrativo, decorrente do princípio da solenidade, podendo ser exteriorizado de forma
escrita, que é a regra, por sinal luminoso e mesmo por sons e gestos. (certa) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no exercício de função administrativa e manifestando sua
vontade, não pode ser considerado ato administrativo. (errada) CESPE - 2019 - DPE-DF
• Por motivos de segurança e certeza jurídicas, os atos administrativos devem obrigatoriamente adotar a forma escrita, garantia de verificação
e controle desses atos. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Em obediência ao princípio da solenidade das formas, o ato administrativo deve ser escrito, registrado e publicado, não se admitindo no
direito público o silêncio como forma de manifestação de vontade da administração. (certa) CESPE - 2015 - DPE-PE
• Conforme o princípio do formalismo moderado, os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada, salvo por exigência
legal. (certa) CESPE - 2018 - TJ-CE – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

O “princípio do formalismo moderado”, que alguns também denominam de “princípio do informalismo”, consiste, de um lado,
na previsão de ritos e formas simples, suficientes para propiciar um grau de certeza, segurança, respeito aos direitos dos sujeitos,
o contraditório e a ampla defesa e, de outro lado, na exigência de interpretação flexível e razoável quanto a formas, prestigiando-se
o caráter instrumental do processo administrativo. Particularmente por esta última acepção, alguns o denominam de “princípio da
utilidade ou efetividade do processo”. (certa) 2013 - MPE-PR
Para os atos administrativos vale o princípio da solenidade. Contudo, é possível, excepcionalmente, contrato administrativo
verbal.
Lei 14.133/21. Art. 95. § 2º É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de PEQUENAS COMPRAS
ou o de PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE PRONTO PAGAMENTO, assim entendidos aqueles de valor não superior a R$ 10.000,00 (dez
mil reais).

6.3.1 VÍCIO DE FORMA


Em regra, vício de forma é passível de convalidação (sanável). Contudo, não será possível a convalidação quando a lei
estabelecer determinada forma como essencial à validade do ato administrativo.
• Os vícios decorrentes do descumprimento da forma legal para a prática do ato administrativo e de sua prática por agente público incompetente
não são passíveis de convalidação. (errada) FUMARC - 2011 - PROCURADOR MUNICIPAL

5
(Marcelo Alexandrino, p. 486)
elaborado por @fredsmcezar
• Sempre que a lei expressamente exigir determinada forma para que um ato administrativo seja considerado válido, a inobservância dessa
exigência acarretará a nulidade do ato. (certa) CESPE - 2010 – TCU
• Ambienta-se o vício de forma na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade
do ato administrativo. (certa) FUNDEP - 2011 - MPE-MG
• Se determinado imóvel for declarado de interesse social, para fins de reforma agrária, mediante resolução, em situação que contrarie
disposição legal segundo a qual o ato deve ser praticado mediante decreto, o vício de forma será sanável, por configurar mera
irregularidade passível de convalidação. (errada) CESPE – 2013
• Incorre em vício de forma a edição, pelo chefe do Executivo, de portaria por meio da qual se declare de utilidade pública um imóvel, para fins
de desapropriação, quando a lei exigir decreto. (certa) CESPE - 2014 - PGE-BA
• A forma é elemento essencial ao ato, uma vez sendo desrespeitada a forma prescrita em lei o ato é inexistente. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA -
DELEGADO DE POLICIA CIVIL

• A forma é elemento não essencial ao ato administrativo, sendo o seu vício sempre insanável. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLICIA
CIVIL

• Autorizam a convalidação os vícios de competência, de forma e de procedimento, quando não vulnerarem a finalidade do ato ou quando se
tratar de falta de ato de particular sanada posteriormente com expressa projeção retroativa. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
• O vício de forma consiste na omissão ou na inobservância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade
do ato administrativo. (certa) 2017 - PGE-AC
• É possível a convalidação de atos administrativos quando apresentarem defeitos relativos aos elementos competência e forma. (certa) CESPE -
2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

Ex.: O chefe do Poder Executivo estadual baixou RESOLUÇÃO pela qual declarou ser de utilidade pública para fins de
desapropriação determinado imóvel particular, situado no território do respectivo ente federado. Nessa situação hipotética, o referido
ato administrativo foi eivado de vício quanto à forma. (certa) CESPE - 2019 - MPE-PI
Na hipótese de uma autarquia realizar um contrato verbal com uma empresa prestadora de serviços de vigilância, pode- se dizer
que foi ferido o seguinte requisito do ato administrativo: forma. (certa) 2014 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA
Ex.: Com o fim de assegurar a adequação na prestação do serviço e o fiel cumprimento das normas previstas em contrato de
concessão de serviço público, o poder público concedente, mesmo sem autorização judicial, interveio na concessão por meio de
resolução que previu a designação de interventor, o prazo da intervenção e os objetivos e limites da medida interventiva. Nessa
situação hipotética, o ato administrativo de intervenção encontra-se eivado de vício quanto à forma. (certa) CESPE - 2020 - MPE-CE
Ex.: Jorge, servidor público federal ocupante de cargo de determinada carreira, foi, por meio administrativo, transferido para
cargo de carreira diversa. A forma de provimento do cargo público na referida situação — transferência para cargo de carreira
diversa — foi inconstitucional, por violar o princípio do concurso público; cabe à administração pública, no exercício do poder de
autotutela, anular o ato ilegal, respeitado o direito ao contraditório e à ampla defesa. (certa) CESPE - 2017 - DPU

É aquela descumprimento de padronização ou uniformização. Não compromete a validade do ato.


MERA IRREGULARIDADE
Mero formalismo.

VÍCIO SANÁVEL É um defeito que pode ser corrigido e que torna o ato anulável e que admite a convalidação.

VÍCIO INSANÁVEL É o defeito que torna o ato nulo. Não há convalidação o ato deve ser anulado.

6.3.2 MOTIVAÇÃO (VÍCIO DE FORMA)


A motivação do ato administrativo se consubstancia na exposição dos motivos, sendo a demonstração das razões que levaram
à prática do ato. (certa) FCC - 2018 - DPE-RS
• O princípio da motivação não tem matriz constitucional, ou seja, tem previsão apenas nos dispositivos infraconstitucionais, como, por
exemplo, a lei que regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Há formalidades que são essenciais ao ato administrativo; assim, a ausência de ampla defesa e contraditório acarreta a invalidade da
imposição de sanções administrativas, do mesmo modo que a ausência de motivação causa a nulidade da demissão de servidor público.
(certa) CESPE - 2015 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

Motivação e motivo são juridicamente equivalentes. (errada) CESPE - 2016 - TJ-AM - JUIZ SUBSTITUTO
É relevante pontuar que a motivação integra a forma do ato administrativo. A ausência de motivação, quando a motivação é
obrigatória, acarreta a nulidade do ato administrativo (insanável), por vício de forma.
Em outras palavras, ATO ADMINISTRATIVO SEM MOTIVAÇÃO DEVIDA É VÍCIO DE FORMA.
• Segundo a doutrina, integra o conceito de forma, como elemento do ato administrativo, a motivação do ato, assim considerada a exposição
dos fatos e do direito que serviram de fundamento para a respectiva prática do ato. (certa) CESPE - 2009 - DPE-ES

elaborado por @fredsmcezar


• A motivação de um ato administrativo deve contemplar a exposição de motivos de fato e de direito, ou seja, a regra de direito habilitante e
os fatos em que o agente se estribou para decidir. (certa) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Não se confundem motivo e motivação: esta integra o conceito de forma; aquele é elemento do ato administrativo. (certa) 2012 - PGE-SC

• O motivo é um requisito presente em todos os atos administrativos, enquanto a motivação, que não surge como dado necessário em todas
as decisões administrativas, é também considerada um princípio. (certa) FUNDATEC - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL

Em regra, a motivação é requisito de validade do ato administrativo, devendo envolver, para ser suficiente, o apontamento das
razões de fato e de Direito que o informam. (certa) FCC - 2016 - PGE-MT
• O motivo MOTIVAÇÃO é a justificativa escrita da ocorrência dos pressupostos jurídicos autorizadores da prática de determinado ato administrativo.
(errada) CESPE - 2013 – TRT

• Para motivar a edição de determinado ato administrativo, é suficiente a indicação da norma constitucional ou legal atributiva da competência
do servidor público. (errada) CESPE - 2013 - DPE-TO
• Nos atos vinculados denegatórios de direitos é prescindível a motivação, tendo em vista que os possíveis fundamentos constam da lei que
autorizaria sua edição. (errada) FCC - 2012 - PGE-SP
• A motivação não é obrigatória em todos os atos administrativos. (certa) FCC - 2018 - DPE-RS

• A indicação das circunstâncias fáticas supre a exigência de motivação do ato administrativo que decidir recurso administrativo. (errada) CESPE
– 2018 – PROCURADOR MUNICIPAL

• O ato administrativo praticado no uso do poder discricionário que nega, limita ou afeta direitos ou interesses dos administrados, deve ser
devidamente motivado, sendo suficiente indicar que se trata de interesse público. (errada) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

Nada impede a autoridade competente para a prática de um ato de motivá-lo mediante remissão aos fundamentos de parecer ou
relatório conclusivo elaborado por autoridade de menor hierarquia. Indiferente que o parecer a que se remete a decisão também se
reporte a outro parecer: o que importa é que haja a motivação eficiente, controlável a posteriori.” Tal afirmação, no contexto do
Direito brasileiro, é correta, compreendendo a motivação como elemento necessário ao controle do ato administrativo, porém sem
exageros de mera formalidade. (certa) FCC - 2013 - TJ-PE – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

6.3.3 MOTIVAÇÃO OBRIGATÓRIA


Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;

II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;

III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;

IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;

V - decidam recursos administrativos;

VI - decorram de reexame de ofício;

VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.


.
• Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando, entre outras hipóteses:
neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; dispensem ou declarem a
inexigibilidade de processo licitatório; deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas
e relatórios finais. (certa) FUNDEP - 2021 - MPE-MG

Conforme o Direito federal vigente, como regra, não há necessidade de motivação de atos administrativos que promovam a
exoneração de servidores ocupantes de cargos em comissão. (certa) FCC - 2011 - TJ-PE - JUIZ

6.3.4 MOTIVAÇÃO ALIUNDE – PER RELATIONEM


Art. 50 § 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.

§ 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das
decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.

É possível a motivação aliunde ou motivação per relationem.

elaborado por @fredsmcezar


Conquanto o Supremo Tribunal Federal já tenha afirmado em diversas ocasiões a legitimidade jurídica de fundamentação per
relationem em sede de processo judicial, no processo administrativo, por expressa determinação legal, a motivação deve ser
explícita, clara e congruente, não podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas. (errada) 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
• Quando um governador de estado edita uma norma, a motivação de seu ato poderá ser apresentada sob a forma de considerandos, que
será caracterizada como a narrativa do motivo. (certa) CESPE - 2009 - TCU
• A motivação do ato administrativo deve ser explícita, clara e congruente, não podendo, portanto, consistir em mera declaração de
concordância com argumentos e fundamentos constantes de pareceres e decisões anteriores à prática do ato. (errada) CESPE - 2012 - TJ-CE - JUIZ
SUBSTITUTO

• Motivação aliunde é fundamentação por remissão àquela constante em ato precedente. (certa) FCC - 2014 - PROCURADOR MUNICIPAL

• A adoção da chamada fundamentação per relationem em atos administrativos viola o princípio da motivação. (errada) CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ
SUBSTITUTO

Ex.: Quando o agente público motiva seu ato mediante declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres,
informações, decisões ou propostas, como parte integrante do ato, de acordo com a jurisprudência e com a Lei Federal nº 9.784/99,
sua conduta é lícita, pois é possível a utilização da motivação aliunde dos atos administrativos, quando a motivação do ato remete a
de ato anterior que embasa sua edição. (certa) FGV - 2018 - TJ-AL - ANALISTA JUDICIÁRIO
Ex.: O titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação redigiu e submeteu à análise de sua consultoria jurídica minuta
de despacho pelo indeferimento de pedido da empresa Salus à habilitação em dada política pública governamental. A despeito
de não apresentar os fundamentos de fato e de direito para o indeferimento, o despacho em questão invoca como fundamento
da negativa uma nota técnica produzida no referido ministério, cuja conclusão exaure matéria coincidente com aquela objeto do
pedido da empresa Salus. Na hipótese considerada, a minuta do ato do ministro apresenta vício de forma em razão da
obrigatoriedade de motivação dos atos administrativos que neguem direitos aos interessados. (errada) CESPE - 2015 - AGU
ENUNCIADO 12 CJF - A decisão administrativa robótica deve ser suficientemente motivada, sendo a sua opacidade motivo de
invalidação.

6.3.5 TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES


CESPE - 2015 - DPE-RN / 2012 e 2014 - MPE-SC / CESPE - 2010 - TRE-BA / CESPE - 2012 - DPE-RO / 2015 - PGE-PR / FCC - 2018 - DPE-AM / CESPE - 2018 - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL

A teoria dos MOTIVOS DETERMINANTES, desenvolvida no Direito francês, refere-se à indispensável correspondência dos
motivos com a REALIDADE FÁTICA. (certa) 2010 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• Havendo explicitação de pressupostos fáticos para a prática de ato administrativo, os motivos expostos como suporte à decisão tomada
pelo agente público condicionam sua validade, de modo que a invocação de fatos inexistentes ou inconsistentes vicia o ato. (certa) 2010 -
TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a administração pública o motivar, este ficará vinculado
aos motivos expostos. (certa) CESPE - 2018 – STJ
Ex.: Após o término de estágio probatório, a administração reprovou servidor público e editou ato de exoneração, no qual
declarou que esta se dera por inassiduidade. Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia faltado ao serviço ou se
atrasado para nele chegar. Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é nulo por ausência de motivo. (certa) CESPE
- 2017 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO

Ex.: Um servidor público efetivo indicado para cargo em comissão foi exonerado ad nutum sob a justificativa de haver cometido
assédio moral no exercício da função. Posteriormente, a administração reconheceu a inexistência da prática do assédio, mas persistiu
a exoneração do servidor, por se tratar de ato administrativo discricionário. Nessa situação, o ato de exoneração é válido por não
se aplicar a teoria dos motivos determinantes. (errada) CESPE - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
Ex.: Maria, Servidora Pública Municipal, em janeiro de 2017 foi nomeada para ocupar um cargo em comissão junto à Secretaria
Municipal de Turismo. Em julho de 2019, ao retornar das férias, ela tomou conhecimento de que havia sido exonerada e, após
consulta ao referido ato veiculado no Diário Oficial do Município, para sua maior surpresa, constava que sua exoneração ocorrera “a
pedido”. Com base na “Teoria dos Motivos Determinantes”, é correto afirmar: havendo comprovação de que o motivo expresso não
guarda compatibilidade com a realidade fática, o ato pode ser anulado pelo Poder Judiciário. (certa) FUMARC - 2021 - PC-MG - DELEGADO DE
POLÍCIA SUBSTITUTO

• A teoria dos motivos determinantes não se aplica ao caso de exoneração motivada de servidor ocupante de cargo em comissão, pois este
ato é discricionário. (errada) CESPE - 2013 - DPE-RR
• A teoria dos motivos determinantes aplica-se à exoneração ad nutum, desde que a Administração Pública declare o motivo do ato
administrativo. (certa) 2014 - MPE-MT
• Em razão da teoria dos motivos determinantes, no caso de exoneração ad nutum de ocupante de cargo em comissão, de livre nomeação e
exoneração, não há necessidade de motivação, mas, caso haja motivação, o administrador ficará vinculado a seus termos. (certa) CESPE - 2013
- TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• Por serem os ocupantes de cargo em comissão demissíveis ad nutum, é sempre inviável a anulação do ato de exoneração de ocupante de
cargo em comissão com fundamento na teoria dos motivos determinantes. (errada) CESPE - 2018 - PGE-PE

elaborado por @fredsmcezar


• Em sede de ação popular, foi proferida decisão judicial anulando o ato de fechamento de uma unidade básica de saúde, tendo em vista que
restou comprovado que os motivos declinados pelo Secretário da Saúde para a prática do ato − ausência de demanda da população local −
estavam em total desconformidade com a realidade. Referida decisão afigura-se legítima, com base na teoria dos motivos determinantes,
não extrapolando o âmbito do controle judicial. (certa) FCC - 2018 - DPE-AP
• A teoria dos motivos determinantes está assentada no princípio de que o motivo do ato administrativo deve ser compatível com a situação
de fato que gerou a manifestação de vontade. (certa) CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• Se um ato administrativo é realizado com motivo de fato inexistente, mesmo que exista motivação, ele é considerado ilícito com base na
teoria dos motivos determinantes. (certa) 2019 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA
• A exoneração ad nutum não necessita de explicitação do motivo para sua validade; todavia, se o administrador, por faculdade, declarar o
motivo, esse fato passará a ser determinante para a configuração lícita do ato administrativo exoneratório. (certa) 2019 - PC-ES - DELEGADO DE
POLÍCIA

6.4 MOTIVO
Quanto aos elementos ou requisitos do ato administrativo, pode-se dizer que o motivo, estando relacionado aos pressupostos
de fato e de direito que o justificam, precede sua prática. (certa) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
O motivo do ato administrativo pode ser conceituado como a ocorrência no mundo fenomênico de certo pressuposto fático,
relevante para o direito, que vai postular ou possibilitar a edição do ato administrativo. (certa) VUNESP - 2017 - TJ-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
Ex.: A construção irregular de um prédio pode ser o motivo para a prática de um ato administrativo com o objetivo de paralisar
a atividade de construir. (certa) CESPE - 2017
• O elemento motivo corresponde às razões de fato e de direito que servem de fundamento para o ato administrativo. (certa) 2009 - PC-RJ - DELEGADO
DE POLÍCIA

• Motivo é a situação fática ou a situação jurídica que autoriza ou impõe ao agente público a prática de ato administrativo. (certa) 2009 - PC-PI -
DELEGADO DE POLÍCIA

• A motivação MOTIVO de um ato administrativo é o pressuposto fático e jurídico que enseja a prática do ato. O motivo MOTIVAÇÃO
de um ato
administrativo é a exposição escrita da razão que determinou a prática do ato. (errada) CESPE - 2013 - TCE-RO
• De acordo com a corrente dominante na literatura, o motivo é requisito de validade do ato administrativo, denominado pressuposto objetivo
de validade. (certa) CESPE - 2013 - STF
• O motivo resulta das razões de fato ou de direito que conduziram à edição do ato administrativo. (certa) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA
..

MOTIVO É a situação prevista em lei que ocorre, de fato, justificando a prática de ato administrativo.

MÓVEL É a real intenção do agente público quando pratica a conduta estatal.


.
• Motivo ou móvel são expressões sinônimas, significando a realidade objetiva e externa do agente que corresponde àquilo que suscita a
vontade da administração pública. (errada) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA
• O motivo do ato administrativo não se confunde com a motivação estabelecida pela autoridade administrativa. A motivação é a exposição dos
motivos e integra a formalização do ato. O motivo MÓVEL é a situação subjetiva e psicológica que corresponde à vontade do agente público.
(errada) CESPE – 2013

• No ato administrativo, motivo e móvel são conceitos que se confundem. (errada) 2014 - MPE-MA
• O motivo MÓVEL do ato administrativo pode ser conceituado como o móvel ou intenção do agente ou, em outros termos, a representação
psicológica que levou o administrador a agir, e que tem especial importância no plano dos atos discricionários. (errada) VUNESP - 2017 - TJ-SP -
JUIZ SUBSTITUTO

“Quando um ato é VINCULADO, a lei descreve, completa e objetivamente, a situação de fato que, uma vez ocorrida no mundo
empírico, determina, obrigatoriamente, a prática de determinado ato administrativo.
Quando o ato é DISCRICIONÁRIO, uma vez constatado o fato, a administração pode ou não praticar o ato administrativo. Algumas
vezes a lei faculta à administração escolher entre diversos objetos.”6
Ex.: No caso da concessão de licença paternidade, o motivo da licença é o nascimento do filho do servidor.
• A concessão de licença-maternidade à servidora gestante é ato administrativo vinculado. (certa) CESPE - 2013 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA

• A concessão de licença-paternidade aos servidores públicos, regulada pela Lei n.º 8.112/1990, é um exemplo de ato administrativo
discricionário, ou seja, cabe à administração negá-la ao servidor caso o seu afastamento seja considerado prejudicial ao serviço. (errada) CESPE
- 2012 - DPE-RO

6
(Marcelo Alexandrino, p. 489)
elaborado por @fredsmcezar
6.4.1 VÍCIO DE MOTIVO
Lei 4.717/65. Art. 2º d) a INEXISTÊNCIA DOS MOTIVOS se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta
o ato, é MATERIALMENTE INEXISTENTE ou JURIDICAMENTE INADEQUADA ao resultado obtido;

• Tanto a inexistência da matéria de fato quanto a sua inadequação jurídica podem configurar o vício de motivo de um ato administrativo.
(certa) CESPE - 2019 - PRF

Ex.: Rodrigo é servidor público federal e chefe de determinada repartição pública. Rodrigo indeferiu as férias pleiteadas por um
de seus subordinados, o servidor José, alegando escassez de pessoal na repartição. No entanto, José comprovou, que há excesso
de servidores na repartição pública. No caso narrado, há vício de motivo no ato administrativo. (certa) FCC - 2017 - TRT

A norma prevê que somente quando ocorrer o fato “X”, deve-se praticar o ato “Y”. Se o ato “Y” for
MOTIVO INEXISTENTE
praticado sem que tenha ocorrido o fato “X”, o ato é viciado por inexistência material do motivo.

A administração diante do fato “Z”, enquadra-o erroneamente na hipótese legal e pratica o ato “Y”.
MOTIVO ILEGÍTIMO
Pode-se dizer que há incongruência entre fato e norma.
(Marcelo Alexandrino, p. 490)

Ex.: A autoridade administrativa responsável pela aplicação de penalidades disciplinares, advertiu determinado subordinado,
alegando, para tanto, que este recusou fé a documentos públicos. Entretanto, constatou-se que a matéria de fato em que se
fundamentou a sanção era materialmente inexistente. Em virtude da situação apresentada, o ato de punição poderá ser declarado
nulo por vício quanto aos motivos. (certa) FCC - 2006 - TRF - 1ª REGIÃO - ANALISTA
Ex.: Um município estabeleceu que somente seriam concedidos alvarás de funcionamento a restaurantes que tivessem instalado
exaustor de fumaça acima de cada fogão industrial. Na vigência dessa determinação, um fiscal do município atestou, falsamente,
que o restaurante X possuía o referido equipamento, tendo-lhe sido concedido o alvará. Dias após a fiscalização, a administração
verificou que não havia no referido estabelecimento o exaustor de fumaça. Nessa situação hipotética, considera-se nulo o alvará,
dada a inexistência de motivo do ato administrativo. (certa) CESPE - 2010 - ABIN
• Se os motivos expostos em um ato administrativo forem falsos ou inexistentes, o ato praticado é anulável NULO. (errada) 2014 - MPE-SC
• A inexistência do motivo no ato administrativo vinculado configura vício insanável, devido ao fato de, nesse caso, o interesse público
determinar a indicação de finalidade. (certa) CESPE - 2018 – ABIN

Ex.: A Administração pública concedeu autorização para porte de arma a servidor do Ministério Público do Estado da Paraíba.
Cumpre salientar, no entanto, que o ato administrativo foi fundamentado em motivo falso. Nesse caso, a autorização em questão
será nula, em razão do vício de motivo. (certa) FCC - 2015 - MPE-PB – ANALISTA
Ex.: Um gestor contratual atesta de forma definitiva, mediante termo detalhado, o recebimento de um produto nos autos do
processo administrativo dedicado à gestão contratual. Todavia, uma auditoria do órgão constata que o produto recebido, embora
embalado como se fosse da qualidade “A”, prevista no contrato, era na realidade da qualidade “B”, notoriamente inferior. Notificada,
a empresa contratada alega erro em seu processo produtivo e se dispõe a substituir o produto. De acordo com a situação acima, o
ato administrativo de recebimento do objeto contratual deve ser convalidado, uma vez que haja a substituição do material
equivocadamente fornecido. (certa) FCC - 2022 - PGE-AM
EXPLICAÇÃO: O motivo (recebimento da mercadoria) é o que permite o ato de recebimento. Contudo, o motivo, mercadoria
correta, não ocorreu no mundo fenomênico. Assim, O ATO DE RECEBIMENTO foi praticado COM VÍCIO DE MOTIVO. O ATO DE
RECEBIMENTO não pode ser convalidado já que o vício de MOTIVO é INSANÁVEL.
O MOTIVO do ato administrativo pode ser conceituado como a ocorrência no mundo fenomênico de certo pressuposto fático,
relevante para o direito, que vai postular ou possibilitar a edição do ato administrativo. (certa) VUNESP - 2017 - TJ-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

6.5 OBJETO
O objeto é o próprio conteúdo material do ato. Assim, é objeto do ato de exoneração a própria exoneração. “O objeto do ato
administrativo deve guardar estrita conformação com o que a lei determina”. (certa) CESPE - 2015 - STJ
• Objeto do ato administrativo significa o efeito prático pretendido com a edição do ato administrativo ou a modificação por ele trazida ao
ordenamento jurídico. (certa) FGV - 2014 - PGM

Nos atos VINCULADOS , um motivo corresponde um único objeto; verificado o motivo, a prática do ato é obrigatória. Nos atos
DISCRICIONÁRIOS , há liberdade de valoração do motivo e, como resultado, escolha do objeto, dentro dos possíveis, autorizados
na lei. O ato somente será praticado SE e QUANDO a administração considera-lo oportuno e conveniente, e com o conteúdo escolhido
pela administração, nos limites da lei. Sendo assim, conclui-se que os elementos MOTIVO e OBJETO permitem analisar se um ato

elaborado por @fredsmcezar


é discricionário ou vinculado. Ademais, nos atos discricionários, o binômio motivo-objeto determina o denominado “mérito
administrativo”7.
Ex.: A lei prevê, para a infração cometida por Francisco, que a Administração pode punir o servidor com as penas de suspensão
OU de multa. Há discricionariedade quanto ao objeto do ato administrativo, vez que a lei prevê dois objetos possíveis para atingir
o mesmo fim. (certa) [adaptada] FCC - 2016

6.5.1 VÍCIO DE OBJETO (INSANÁVEL)


O vício de objeto é insanável e, consequentemente, acarreta a nulidade do ato administrativo. Algumas hipóteses são o “objeto
impossível” e o “objeto proibido em lei”. Outras hipóteses de vício de objeto:

Ex.: A Lei 8.112/90 estabelece como sanção disciplinar a suspensão do servidor público
ATO PRATICADO COM CONTEÚDO
federal por até 90 dias. Se o ato administrativo editar um ato administrativo suspendendo
NÃO PREVISTO LEI
o servidor por 120 dias, esse ato será nulo por vício de objeto.

ATO PRATICADO COM OBJETO Ex.: Determinada lei municipal exige que o particular obtenha permissão para utilizar o
DIVERSO DAQUELE QUE A LEI passeio público. Contudo, a administração faculta essa utilização ao particular por meio de
PREVÊ PARA AQUELA SITUAÇÃO autorização. Esse ato será nulo por vício de objeto.
Marcelo Alexandrino & VP, p. 569, 27 ª ed.

Considere que a Administração Pública tenha aplicado a determinado servidor uma pena de suspensão quando, pela lei, a sanção
cabível seria a de repreensão. Corresponde ao elemento do ato administrativo viciado no fato narrado: objeto. (certa) FUNDEP - 2014 -
PROCURADOR MUNICIPAL

Ex.: Marlon, chefe de determinada repartição pública, ao aplicar penalidade ao servidor Milton, equivocou-se, e aplicou pena de
advertência, ao invés da pena de suspensão. No caso narrado, há vício relativo ao objeto do ato administrativo. (certa) FCC - 2015 - TRT
• A noção de ilicitude do objeto, no direito administrativo, não coincide exatamente com a noção de ilicitude do objeto no âmbito cível. (certa)
FCC - 2016 - DPE-ES

José dos Santos Carvalho Filho: “Também é possível convalidar os atos com vício de objeto, ou conteúdo, mas apenas quando
se tratar de conteúdo plúrimo, ou seja, quando a vontade administrativa se preordenar a mais de uma providência administrativa no
mesmo ato: aqui será viável suprimir ou alterar alguma providência e aproveitar o ato quanto às demais providências, não atingidas
por qualquer vício.”8
• É possível convalidar atos com vício no objeto, ou conteúdo, mas apenas quando se tratar de conteúdo plúrimo. (certa) FCC - 2017 - DPE-SC

7
(Marcelo Alexandrino & VP, p. 569, 27 ª ed.)
8
(Carvalinho, p. 276, 33ª ed.)
elaborado por @fredsmcezar
7. ATRIBUTOS DO ADMINISTRATIVO (CARACTERÍSTICAS)

São atributos do ato administrativo: Presunção de legitimidade e veracidade, imperatividade, autoexecutoriedade e tipicidade.
(certa) 2012 - MPE-SP

PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE

IMPERATIVIDADE

AUTOEXECUTORIEDADE

TIPICIDADE

Não se confundem atributos e elementos do ato administrativo porque os elementos se relacionam com a formação do ato,
enquanto os atributos são características que o apartam do ato jurídico de direito privado. (certa) 2009 - TJ-MG – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• Conforme a doutrina, os atributos do ato administrativo são presunção de legitimidade, imperatividade e autoexecutoriedade. (certa) CESPE -
2013 - TJ-RN - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

• Os atos administrativos são dotados dos atributos da veracidade e da legitimidade, havendo presunção absoluta de que foram editados de
acordo com a lei e com a verdade dos fatos. (errada) CESPE - 2015 - DPE-RN
• De acordo com a doutrina administrativista clássica e majoritária, são atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a
imperatividade e a autoexecutoriedade. (certa) CESPE - 2019 - TJ-PA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

7.1 PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE


FCC - 2009 - DPE-PA / CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ / 2014 - MPE-SC / FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
.

Presunção de legitimidade é atributo universal aplicável a todo ato administrativo. (certa) CESPE - 2017
• Em todo e qualquer ato administrativo pode-se observar a presença do seguinte atributo: presunção de legitimidade. (certa) FCC - 2010 - PGE-AM

A presunção de veracidade e legitimidade é instrumento necessário à satisfação das atividades administrativas, e admite
prova em sentido contrário, cabendo ao administrado o ônus de provar que se trata de ato ilegítimo. (certa) 2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

• A administração deverá fazer prova da legalidade do ato administrativo quando sobrevier impugnação pelo destinatário. (errada) FCC - 2014 - DPE-
RS

• A presunção de legitimidade dos atos administrativos admite prova em contrário, mas o ônus de provar a ilegitimidade é do particular. (certa)
2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• Os atos administrativos presumem-se legítimos, presunção relativa, pois que não se trata de presunção absoluta e intocável. (certa) 2018 - TJ-
MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

Em decorrência do atributo da presunção de veracidade, não pode o ato administrativo ter sua validade apreciada de ofício pelo
Poder Judiciário. (certa) CESPE - 2009 - DPE-AL
Enquanto não anulado, ou sustados temporariamente os seus efeitos, pela administração ou pelo Poder Judiciário, o ato
inválido será plenamente eficaz, como se fosse inteiramente válido, devendo ser fielmente cumprido.9
• A arguição de invalidade de ato administrativo por vícios ou defeitos impede a imediata execução e afasta a imperatividade. (errada) FCC - 2014
- DPE-RS

• O ato administrativo tem na presunção de legitimidade a autorização para imediata execução e permanece em vigor até prova em contrário.
(certa) VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

Para Maria Sylvia Di Pietro a presunção de LEGITIMIDADE / VERACIDADE abrange dois aspectos10:

“Se a Administração Pública se submete à lei, presume-se, até prova em contrário, que
PRESUNÇÃO DE LEGALIDADE todos os seus atos sejam verdadeiros e praticados com observância das normas
legais pertinentes”.

PRESUNÇÃO DE VERDADE “Diz respeito à certeza dos fatos”.

Em decorrência do atributo da presunção de legitimidade e do atributo da presunção de veracidade, presumem-se verdadeiros


os fatos alegados pela administração, tal como se verifica nas certidões, nos atestados e nas declarações emitidas pela
administração”. (errado) CESPE – 2013
Todos os fatos alegados pela administração pública são considerados verdadeiros, bem como todos os atos administrativos são
considerados emitidos conforme a lei, em decorrência das presunções de veracidade e de legitimidade, respectivamente. (certa) CESPE
- 2018 – STJ

9
(Marcelo Alexandrino & VP, p. 579, 27 ª ed.)
10
(Maria Sylvia Di Pietro, p. 226, 33ª ed.)
elaborado por @fredsmcezar
A legitimidade e a veracidade dos atos administrativos gozam da presunção juris tantum, cabendo ao administrado o ônus de
elidir tal presunção. (certa) FCC - 2012 - DPE-PR
• (...) presunção de veracidade, não admitindo prova em contrário no que diz respeito aos seus fundamentos de fato. (errada) FCC - 2011 - PGE-MT

• Os atos administrativos são dotados de presunção de legitimidade e veracidade, o que significa que há presunção absoluta de que foram
emitidos com observância da lei e de que os fatos alegados pela administração são verdadeiros. (errada) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• A imperatividade LEGITIMIDADE implica na presunção que os atos administrativos são verdadeiros e estão conformes ao direito, até que se prove
o contrário. (errada) CESPE - 2013 - TJ-MA – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• É atributo do ato administrativo a presunção de legalidade. Não se exige da Administração, ao editá-lo, a comprovação de que está conforme
a lei. A presunção, contudo, é relativa, podendo ser contestada, perante a própria Administração, o Tribunal de Contas, o Poder Judiciário
ou o órgão de controle competente. (certa) 2014 - MPE-SC
• A presunção de veracidade, considerada um dos atributos do ato administrativo, diz respeito aos fatos, razão pela qual, quando a administração
pública alega determinado fato, presume ser este verdadeiro, tal como sucede com os atestados, as declarações e as certidões. (certa) CESPE
- 2015 - TRE-RS

• A presunção de legitimidade dos atos administrativos está relacionada à sujeição da administração ao princípio da legalidade. (certa) CESPE
- 2016 - TCE-PA

• Os atos administrativos, quando editados, trazem em si uma presunção relativa de legitimidade. (certa) FCC - 2018 - DPE-RS
• Da presunção de veracidade decorre que são presumidos verdadeiros os fatos alegados pela Administração Pública para a prática de um
ato administrativo. (certa) FCC - 2018 – PROCURADOR MUNICIPAL
• A presunção de legitimidade de que goza o ato administrativo é relativa, já que pode ser superada caso o interessado consiga demonstrar a
ilegalidade do ato ou a não ocorrência dos seus pressupostos fáticos. (certa) CESPE - 2021 - MPE-AP

A prerrogativa de presunção de veracidade dos atos da administração pública autoriza a aplicação de penalidade disciplinar a
servidor público com base na regra da verdade sabida. (errada) CESPE - 2014 - PGE-BA
Explicação: A denominada “verdade sabida” não mais se revela compatível com nossa atual ordem constitucional. Tratava-se
de instituto por meio do qual o superior hierárquico que tivesse conhecimento, de forma direta, pessoal, do cometimento de
infração disciplinar por um subordinado seu, poderia lhe impor a sanção adequada (desde que brandas), também diretamente,
sem a necessidade de instauração de prévio procedimento administrativo. Ocorre que tal proceder não mais tem como ser adotado,
à luz do art. 5º, inciso LV, da CF/88, que assegura as garantias do contraditório e da ampla defesa nas esferas penal e
administrativa. Eventuais estatutos de servidores que ainda contemplarem a “verdade sabida” deverão ser tidos como não
recepcionados pela atual Constituição, ao menos neste ponto. 11
A administração pública pode produzir unilateralmente atos que vinculam os particulares. No entanto, tal vinculação não é
absoluta, devendo o particular, para eximir-se de seus efeitos e anular o ato, comprovar, em juízo ou perante a própria
administração, o defeito do ato administrativo contra o qual se insurge, por caber-lhe o ônus da prova. Essa descrição refere-se ao
atributo do ato administrativo denominado presunção de legalidade. (certa) CESPE - 2019 - TJ-PR – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

7.2 IMPERATIVIDADE
.
2009 - TJ-RS – JUIZ / CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2009 - DPE-PA / 2010 - TJ-SC - JUIZ / FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / 2012 - MPE-SP / 2013 - TJ-SC – JUIZ / 2013 -
MPE-SP / CESPE - 2013 - TJ-MA – JUIZ / CESPE - 2013 - TJ-RN – JUIZ / VUNESP - 2014 - TJ-RJ - JUIZ SUBSTITUTO / 2014 - MPE-SC / VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE - 2015 - TRF - 5ª
REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO / VUNESP - 2018 - TJ-MT - JUIZ SUBSTITUTO / CESPE - 2019 - TJ-PA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

“A imperatividade traduz na possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações para os administrados,
ou impor-lhes restrições. (...) A imperatividade decorre do “PODER EXTROVERSO”, que permite ao Poder Público editar provimentos
que vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de outras pessoas, constituindo-as
unilateralmente em obrigações”.12
Para a doutrina contemporânea do Direito Administrativo, levando em conta a eficácia normativa da Constituição, deve a
Administração Pública evitar que suas ações estejam inspiradas na imperatividade. (certa) FUNCAB - 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
A imperatividade é caracterizada pela sua imposição a terceiros, independentemente de concordância, constituindo,
unilateralmente, obrigações a estes imputáveis. (certa) FCC - 2011 - PGE-MT
• Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância, decorrência
do poder de polícia PODER EXTROVERSO inerente à ação administrativa. (errada) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Os atos administrativos unilaterais, também chamados de atos de autoridade, são fundamentados no princípio da supremacia do interesse
público, e sua prática configura manifestação do denominado poder extroverso. (certa) CESPE - 2012 - DPE-RO
• Denomina-se “extroverso” o poder que tem o Estado de constituir, unilateralmente, obrigações para os administrados. (certa) 2015 - MPE-BA

A imperatividade não está presente em todos os atos administrativos.


• Os atos administrativos são dotados de imperatividade, assim, os atos negociais e mesmo os atos unilaterais da Administração, podem
atingir esferas jurídicas do particular independente de intervenção Judicial. (errada) 2012 - PGE-AC

11
(Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região QConcursos)
12
(Marcelo Alexandrino & VP, p. 501, 27 ª ed.)
elaborado por @fredsmcezar
• A imperatividade, presente em todos os atos administrativos, é uma das características que distingue o ato administrativo do ato de direito
privado. (errada) CESPE - 2013 - MS – ANALISTA
• A imperatividade dos atos administrativos admite arbitrariedade da Administração em situações em que a atuação punitiva se imponha.
(errada) 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• Todos os atos administrativos possuem como atributos a presunção de legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade. (errada) FCC -
2014 - DPE-RS

• Todos os atos administrativos são imperativos, ou seja, obrigam de forma unilateral o particular, encontrando limite na legalidade em sentido
estrito. (errada) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
• A imperatividade é o atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução. Dispensam esse atributo
os atos administrativos enunciativos. (certa) VUNESP - 2018 - PC-BA - DELEGADO DE POLÍCIA
• Autoexecutoriedade IMPERATIVIDADE é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua
concordância. (errada) FCC - 2018 - PROCURADOR DO MUNICÍPIO

Por fim, a imperatividade nasce com a simples existência do ato, ainda que eivado de ilicitude. Enquanto o ato não for retirado
do mundo jurídico deverá ser obedecido e produzir seus efeitos normalmente.
• A arguição de invalidade de ato administrativo por vícios ou defeitos impede a imediata execução e afasta a imperatividade. (errada) FCC - 2014
- DPE-RS

Ex.: O tombamento, em suas várias modalidades, constitui ato administrativo que sempre ostenta a característica de
imperatividade. (certa) FCC - 2018 - PGE-AP

7.3 AUTOEXECUTORIEDADE
“Atos autoexecutórios são os que podem ser materialmente implementados pela administração, diretamente, inclusive mediante
o uso de força, se necessária, sem que a administração precise obter autorização judicial prévia. A autoexecutoriedade jamais
afasta a apreciação judicial do ato; apenas dispensa a administração de obter ordem judicial prévia para poder praticá-lo.”13
No âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos atos administrativos é caracterizada
pela possibilidade de a administração pública executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da
interferência do Poder Judiciário. (certa) CESPE - 2019 - TJ-SC - JUIZ SUBSTITUTO
• A auto-executoriedade dos atos administrativos consiste em que a própria Administração possa, por si mesma, executar a pretensão traduzida
no ato, independentemente de prévio socorro às vias judiciais. (certa) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

Nem todos os atos administrativos que impõem obrigações possuem o atributo da executoriedade. (certa) CESPE - 2009 - DPE-PI
• Há atos administrativos despidos de autoexecutoriedade. (certa) FCC - 2018 - DPE-RS

Com fundamento na autoexecutoriedade, a Administração Pública, nas hipóteses expressamente autorizadas pelo legislador a
agir independentemente de ordem judicial, não tem a faculdade de acionar o Poder Judiciário para executar a sua decisão. (errada)
2014 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• A autoexecutoriedade é atributo presente em qualquer ato administrativo. (errada) CESPE - 2009 - DPE-ES
• A auto-executoriedade dos atos administrativos consiste em que a própria Administração possa, por si mesma, executar a pretensão traduzida
no ato, independentemente de prévio socorro às vias judiciais. (certa) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Os atos administrativos são autoexecutáveis apenas em situações de extrema urgência. (errada) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Autoexecutoriedade, que autoriza a Administração a colocar o ato em execução, empregando meios diretos e indiretos de coerção, na forma
prevista em lei. (certa) FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO - ANALISTA
• No Direito Administrativo, o atributo da executoriedade consiste na possibilidade que tem a Administração de coagir materialmente o particular
a adimplir obrigação que lhe é imposta, nos termos da lei. (certa) FCC - 2012 - MPE-AL
• O atributo da autoexecutoriedade está presente em todos os atos administrativos, inclusive naqueles adotados no âmbito do poder de polícia
administrativa. (errada) CESPE - 2013 - DPE-RR
• A autoexecutoriedade é um atributo de alguns atos administrativos que autoriza a execução coercitiva, independente da concorrência da
função jurisdicional. (certa) FCC - 2014 - DPE-RS
• A legalidade da imediata execução de penalidade administrativa pauta-se no fato de que os atos administrativos funcionam como títulos
executivos e gozam de autoexecutoriedade, dispensando o trânsito em julgado da própria decisão administrativa, a menos que,
excepcionalmente, seja deferido efeito suspensivo a recurso. (certa) CESPE - 2015 - TCE-RN
• A autoexecutoriedade do ato administrativo independe de previsão legal, mas obedece estritamente ao princípio da proporcionalidade. (errada)
VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

• O poder público poderá executar atos administrativos diretamente ante a inexecução de obrigação pelo particular, atributo que recebe o nome
de autoexecutoriedade, que prescinde da participação do poder judiciário. (certa) FUNCAB - 2016 - PC-PA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
• A autoexecutoriedade é atributo restrito aos atos administrativos praticados no exercício do poder de polícia. (errada) CESPE - 2016

13
(Marcelo Alexandrino & VP, p. 582, 27ª ed.)
elaborado por @fredsmcezar
• O atributo do ato administrativo que depende de expressa previsão legal ou se justifica diante de necessidade urgente denomina-se
autoexecutoriedade. (certa) FCC - 2018
• A atuação da Administração Pública se dá sob diferentes formas, sendo o exercício do poder de polícia uma de suas expressões, dotada de
exigibilidade, que confere meios indiretos para sua execução, como a aplicação de multas, e admitindo, quando previsto em lei ou para evitar
danos irreparáveis ao interesse público, a autoexecutoriedade, com o uso de meios diretos de coação. (certa) FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

7.3.1 MULTA x AUTOEXECUTORIEDADE


A MULTA, como sanção resultante do exercício do poder de polícia administrativa, NÃO POSSUI a característica da
AUTOEXECUTORIEDADE. (certa) CESPE - 2015 – DPU
É vedada a autoexecutoriedade dos atos administrativos que imponham ao particular a obrigação de pagar dinheiro, devendo a
Administração valer-se da via judicial para a cobrança. (certa) FGV - 2012 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA
• A cobrança de multas, em caso de resistência do particular, é um ato administrativo autoexecutório. (errada) CESPE – 2013
• A demolição de obra acabada ou em andamento, a destruição de bens impróprios ao consumo e a cobrança de multas são exemplos de atos
autoexecutáveis. (errada) CESPE – 2013
• A demolição de obra que apresente risco iminente de desabamento e a cobrança de multa são exemplos de atos administrativos
caracterizados pela autoexecutoriedade. (errada) CESPE – 2013
• A multa administrativa goza de executoriedade na medida em que a administração pode obrigar o administrado a cumpri-la por meios
indiretos, como o bloqueio de documento de veículo. (errada) CESPE - 2013 - TRE-MS
• No processo administrativo para imposição de multa de trânsito, é necessária somente a notificação da autuação, com a consequente
imposição da pena se não houver defesa do autuado. (errada) VUNESP - 2014 - DPE-MS
• A autoexecutoriedade, como atributo, admite exceções, como nas hipóteses de cobrança de multa e de desapropriação. (certa) CESPE - 2017 -
TRE-PE

• Cobrança de multa imposta em sede de poder de polícia é exemplo de ato administrativo autoexecutório. (errada) CESPE - 2018 - DPE-PE

7.3.2 DEMOLIÇÃO DE CASA HABITADA x AUTOEXECUTORIEDADE


ADMINISTRATIVO. AUTO-EXECUTORIEDADE DOS ATOS DE POLÍCIA. Os atos de polícia são executados pela própria autoridade
administrativa, independentemente de autorização judicial. Se, todavia, o ato de polícia tiver como objeto a DEMOLIÇÃO de uma
CASA HABITADA, a respectiva execução deve ser autorizada judicialmente e acompanhada por oficiais de justiça. REsp 1217234 / PB,
DJe 21/08/2013

Conforme orientação do Superior Tribunal de Justiça, os atos de polícia podem ser executados pela própria autoridade ambiental,
independentemente de ordem judicial, mesmo quando tiverem por objeto a demolição de casa habitada. (errada) 2014 - TRF - 4ª REGIÃO -
JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

7.4 TIPICIDADE
“Segundo a Prof.ª Maria Sylvia Di Pietro, tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras
previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados resultados. Trata-se do corolário do princípio da legalidade e
tem o condão de afastar a possibilidade da administração praticar atos inominados. A tipicidade só é presente nos atos
unilaterais”.14
• No que se refere ao ato administrativo, possui, entre outros, os atributos de imperatividade e tipicidade. (certa) 2009 - TJ-RS – JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

• O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pratique atos sem previsão legal. (certa) CESPE - 2015 - STJ – ANALISTA

• Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato administrativo, devem-se observar figuras definidas previamente pela lei,
o que garante aos administrados maior segurança jurídica. (certa) CESPE – 2016

Os atos administrativos, assim considerados como espécie de ato jurídico, apresentam, em função do regime de direito público
que os informa, alguns atributos específicos. Nesse sentido, são dotados de tipicidade, que corresponde à obrigatoriedade de o ato
praticado corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados resultados. (certa) FCC – 2018

14
Marcelo Alexandrino & VP, p. 506, 27ª ed.
elaborado por @fredsmcezar
8. EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

ANULAÇÃO Ilegalidade (Autotutela ou Poder Judiciário) – Controle de legalidade. (ex tunc)

REVOGAÇÃO Conveniência e oportunidade. (ex nunc)

CASSAÇÃO Descumprimento de obrigações/requisitos por parte do administrado.

CADUCIDADE Edição de lei posterior em sentido oposto.

CONTRAPOSIÇÃO Edição de outro ato em sentido oposto

RENÚNCIA Renúncia do destinatário

EXTINÇÃO NATURAL Mero cumprimento de seus efeitos.

EXTINÇÃO SUBJETIVA Desaparecimento do sujeito que se beneficiou do ato.

EXTINÇÃO OBJETIVA Desaparecimento o próprio objeto do ato praticado.


.
• Revogação é o desfazimento do ato inoportuno ou inconveniente; anulação é o desfazimento do ato por motivo de ilegalidade. (certa) 2009 - TJ-
RS – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

• Um ato administrativo eficaz extingue-se pelo cumprimento de seus efeitos, seja pelo esgotamento do conteúdo jurídico, seja pela execução
material, seja pelo implemento de condição resolutiva ou termo final, assim como extingue-se pelo desaparecimento do sujeito ou objeto
da relação jurídica constituída pelo ato, pela retirada do ato ou ainda pela renúncia. (certa) 2010 - TJ-PR – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• Segundo jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, a Administração pode anular seus próprios atos, quando maculados por
defeitos que os façam ilegais, com eficácia, em geral, ex tunc. Pode ainda revogá-los, atenta a pressupostos de conveniência ou oportunidade,
sem prejuízo dos direitos adquiridos, com efeitos ex nunc. (certa) 2014 - MPE-SC
• A retirada é uma das formas de extinção dos atos administrativos e pode dar-se por anulação, revogação, cassação e caducidade. (certa) 2016
- MPE-SC

• Acerca da anulação e da revogação do ato administrativo ambas podem ser realizadas pela autoridade administrativa competente no exercício
da autotutela administrativa. (certa) 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
• As Súmulas n° 346 e n° 473 do Supremo Tribunal Federal, que tratam da declaração de nulidade dos atos administrativos pela própria
Administração e da revogação destes por motivos de conveniência e oportunidade, demonstram que o Direito Administrativo brasileiro não
adotou a autotutela como princípio. (errada) VUNESP - 2016 - TJ-RJ - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• Não é possível a autotutela sobre os atos administrativos após a sua impugnação no Poder Judiciário. (errada) VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO
DE POLÍCIA

• O poder de autotutela tem fundamento, preponderantemente, nos princípios da legalidade e da preponderância do interesse público e pode
ser exercido de ofício quando a autoridade competente verificar ilegalidade em ato da própria administração . (certa) CESPE - 2018 - POLÍCIA FEDERAL
• O princípio da autotutela consagra o controle interno que a administração pública exerce sobre seus próprios atos. Consiste no poder-dever
de retirada dos atos administrativos por meio da anulação e da revogação. (certa) 2019 - MPE-SC
• A representação e a reclamação administrativas, bem como o pedido de reconsideração de recursos administrativos, são meios que
possibilitam à administração pública exercer o controle de seus atos. (certa) CESPE - 2021 - TC-DF - AUDITOR

8.1 ANULAÇÃO
Lei nº 9.784/99.
# Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
CESPE - 2009 - PGE-AL / FGV - 2009 - TJ-PA – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2010 - MPE-SC / 2010 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2010 - TJ-PR – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2010 - MPE-BA / 2011
- PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2012 - MPE-AP / CESPE - 2013 - DPE-DF / FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO / 2014 - PC-SC -
DELEGADO DE POLÍCIA / 2014 - MPE-GO / 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO / CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA / FUNDATEC - 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA / 2018 - TJ-MG
- JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2018 - PC-SE - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE - 2019 - TJ-SC - JUIZ SUBSTITUTO / 2019 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA / 2021 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE
- 2021 - PGE-MS / 2022 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO / CESPE - 2022 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA /

A anulação é a retirada de ato ilegal. É sempre um controle de legalidade e nunca de mérito.15


• Anulação é o desfazimento do ato por motivo de ilegalidade. (certa) 2009 - TJ-RS – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• No sistema de administração pública adotado no Brasil, o ato administrativo é revisado por quem o praticou, não havendo proibição quanto
à revisão ser realizada por superior hierárquico ou órgão integrante de estrutura hierárquica inerente à organização administrativa. (certa)
CESPE - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL

15
Marcelo Alexandrino & VP, p. 520, 27ª ed.
elaborado por @fredsmcezar
A anulação de ato com vício insanável é considerada como um ato vinculado, por se tratar de medida obrigatória. (certa) VUNESP
– 2019

• O poder discricionário fundamenta o instituto da anulação. (errada) 2012 - TJ-DFT – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

Quanto ao desfazimento do ato administrativo a anulação produz efeitos retroativos à data em que o ato administrativo foi
realizado. (certa) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA
• A anulação do ato administrativo, em regra, opera efeitos ex nunc TUNC. (errada) 2012 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
• A anulação produz efeitos retroativos à data em que o ato administrativo foi realizado. (certa) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA

Segundo o STF, em caso de ato administrativo ilegal ampliativo de direito que beneficia terceiro de boa-fé, a declaração de
nulidade deve ter efeitos ex nunc. (certa) CESPE - 2009 - DPE-PI
O ato anulatório, por meio do qual se anula um ato administrativo ilegal vinculado ou discricionário, tem natureza meramente
declaratória e não constitutiva. (certa) CESPE - 2013 - AGU
• Conforme a classificação dos atos administrativos quanto aos seus efeitos, a anulação do ato administrativo configura exemplo de ato
constitutivo, por criar, modificar ou extinguir um direito ou situação do administrado. (errada) CESPE - 2012 - MPE-RR

8.1.1 SÚMULAS 346 E 473 DO STF


SÚMULA 346 STF - A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. (13/12/1963)
.
SÚMULA 473 STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
FCC - 2009 - MPE-CE / VUNESP - 2013 - TJ-SP – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / FAURGS - 2016 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2016 - MPE-PR /
FUNDATEC - 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA / FUNDEP - 2021 - MPE-MG / 2021 - MPE-RS /

Caso verifique que determinado ato administrativo se tornou inoportuno ao atual interesse público e, ao mesmo tempo, ilegal, a
administração pública terá, como regra, a faculdade de decidir pela revogação ou anulação do ato DEVERÁ ANULAR. (errada) CESPE - 2013 -
DPE-DF

• A Administração deve anular seus próprios atos quando eivados de vício de legalidade e pode revogá-los por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, mas, no que toca ao controle de legalidade, em se tratando de atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários, a autotutela está sujeita a limite temporal, ressalvados os casos de comprovada má-fé.
(certa) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• A Administração Pública deve anular os próprios atos quando constata vício de legalidade – mas, caso o ato tenha gerado efeitos perante
terceiros, a anulação deve ser antecedida do devido processo legal. (certa) 2011 - PGE-PR
• O ato anulatório, por meio do qual se anula um ato administrativo ilegal vinculado ou discricionário, tem natureza meramente declaratória e
não constitutiva. (errada) CESPE - 2013 – AGU
• Caso a administração pública revogue determinado ato administrativo e, posteriormente, se constate que o ato de revogação não fora
praticado em consonância com as exigências legais, tal revogação poderá ser anulada tanto pela própria administração pública quanto pelo
Poder Judiciário. (certa) CESPE - 2013 – AGU
• Segundo jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal, a Administração pode anular seus próprios atos, quando maculados por
defeitos que os façam ilegais, com eficácia, em geral, ex tunc. Pode ainda revogá-los, atenta a pressupostos de conveniência ou oportunidade,
sem prejuízo dos direitos adquiridos, com efeitos ex nunc. (certa) 2014 - MPE-SC
• Anulação REVOGAÇÃO é modalidade de extinção do ato administrativo por motivo de oportunidade ou conveniência, ao passo que revogação
ANULAÇÃO
é a extinção por ilegalidade do ato. (errada) 2018 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• A anulação de ato administrativo fundamenta-se na ilegalidade do ato, enquanto a revogação funciona como uma espécie de sanção para
aqueles que deixaram de cumprir as condições determinadas pelo ato. (errada) CESPE - 2018 - PC-SE - DELEGADO DE POLÍCIA
• A Administração Pública pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam
direitos. (certa) 2022 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ SUBSTITUTO

8.1.2 CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA


O princípio da autotutela administrativa, consagrado no Enunciado n.º 473 das Súmulas do STF, fundamento invocado pela
Administração para desfazer ato administrativo que afete interesse do administrado, desfavorecendo sua posição jurídica, exige
prévia instauração de processo administrativo, para assegurar o devido processo legal. (certa) VUNESP - 2013 - TJ-SP – JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

A Administração, à luz do princípio da autotutela, tem o poder de rever e anular seus próprios atos, quando detectada a sua
ilegalidade, consoante reza a Súmula 473/STF. Todavia, quando os referidos atos implicam invasão da esfera jurídica dos
interesses individuais de seus administrados, é obrigatória a instauração de prévio processo administrativo, no qual seja
observado o devido processo legal e os corolários da ampla defesa e do contraditório. STJ. 1ª Turma. AgInt no AgRg no AREsp 760.681/SC,
03/06/2019.

elaborado por @fredsmcezar


É necessária a prévia instauração de procedimento administrativo, assegurados o contraditório e a ampla defesa, sempre que
a Administração, exercendo seu poder de autotutela, anula atos administrativos que repercutem na esfera de interesse do
administrado. STF. 1ª Turma. RE 946481 AgR, 18/11/2016.

A anulação do ato administrativo que tenha produzido efeitos no campo dos interesses individuais não prescinde de prévio
contraditório que garanta o exercício da defesa da legitimidade do ato por aqueles que serão por ela atingidos. (certa) VUNESP - 2018 - TJ-
SP - JUIZ SUBSTITUTO

• A autoridade pública competente promoveu, deve instaurar processo administrativo, dando ao servidor direito de ampla defesa e observância
do princípio do contraditório para anular. (certa) 2009 - DPE-MG
• O Supremo Tribunal Federal entende que não é necessária a observância do devido processo legal para a anulação de ato administrativo que
tenha repercutido no campo dos interesses individuais. (errada) CESPE - 2017 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO
• A invalidação de atos administrativos de que decorram efeitos concretos favoráveis a particulares deve ser precedida de regular processo
administrativo. (certa) 2021 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA

Ex.: Jorge, servidor público federal ocupante de cargo de determinada carreira, foi, por meio administrativo, transferido para
cargo de carreira diversa. A forma de provimento do cargo público na referida situação — transferência para cargo de carreira
diversa — foi inconstitucional, por violar o princípio do concurso público; cabe à administração pública, no exercício do poder de
autotutela, anular o ato ilegal, respeitado o direito ao contraditório e à ampla defesa. (certa) CESPE - 2017 – DPU

8.1.3 PRAZO ANULAÇÃO


A administração pública pode, no exercício de seu poder de autotutela, anular atos que estejam em desacordo com o
ordenamento jurídico, dos quais decorram efeitos benéficos aos destinatários, observado o prazo decadencial de cinco anos, sendo
este último inaplicável quando o ato for praticado em dissonância com a CF, ou quando houver má-fé por parte do beneficiário.
(certa) CESPE - 2023 - MPE-PA

# Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / FCC - 2011 - PGE-MT / 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / CESPE - 2015 - DPE-PE / 2015 - PGE-RS / 2016 - PGE-MS
/ VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO / CESPE - 2019 - DPE-DF / CESPE - 2021 - PGE-MS / CESPE – 2023 – AGU /

§ 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade
do ato.

De acordo com o art. 54 da Lei n.º 9.784/1999, o direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
Trata-se de hipótese em que o legislador, em detrimento da legalidade, prestigiou outros valores. Tais valores têm por fundamento
o princípio administrativo da segurança jurídica. (certa) CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO
Ex.: Ato administrativo foi praticado com vício de legalidade há sete anos. Nesse caso, a Administração Pública está impedida
de anular o ato em virtude da decadência, desde que não tenha havido comprovada má-fé. (certa) 2012 - MPE-RJ
Ex.: Em março de 2017, o governo de determinado estado da Federação declarou nulo ato que, de boa-fé, havia concedido
vantagem pecuniária indevida aos ocupantes de determinado cargo a partir de janeiro de 2011. Nessa situação hipotética, a
declaração de nulidade do ato é nula de pleno direito, pois ocorreu a decadência do direito. (certa) CESPE - 2017 - PC-MT - DELEGADO DE POLÍCIA
SUBSTITUTO

• Em obediência ao princípio da segurança jurídica, o controle externo, oriundo dos Poderes Legislativo e Judiciário, está sujeito a prazo de
caducidade, assim como o controle interno, razão pela qual decai em cinco anos o direito ao controle dos atos administrativos dos quais
decorram efeitos favoráveis para os destinatários, ainda que comprovada a má-fé. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• O exercício, pela Administração Pública, do poder de anular seus próprios atos não está sujeito a limites temporais, por força do princípio da
supremacia do interesse público. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO
• Constatada a presença de ilegalidade, impõe-se a anulação do ato administrativo, cuja declaração não se sujeita a prazo decadencial. (errada)
CESPE - 2022 - TJ-MA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

• Ato administrativo eivado de nulidade do qual se tenham valido beneficiários hipossuficientes que deliberadamente tiraram proveito do erro
da administração, com comprovada má-fé, deverá ser anulado pela administração, a qualquer tempo. (certa) CESPE - 2023 - DPE-RO
Ex.: Pedro, proprietário de um pequeno comércio, teve seu estabelecimento interditado por autoridade da vigilância sanitária,
que consignou, no auto lavrado, como razão determinante para interdição, a existência de alimentos com prazo de validade vencido.
Inconformado com a medida, Pedro, comprovando sua situação de hipossuficiência, procurou a Defensoria Pública solicitando a
adoção das medidas cabíveis para levantar a interdição de seu estabelecimento. Diante de tal cenário, afigura-se juridicamente
cabível a anulação judicial do ato de interdição, caso demonstrada a inexistência ou falsidade do motivo declinado pela
Administração para a interdição. (certa) FCC - 2018 - DPE-AM
▪ AFRONTA DIRETA A CF
INFORMATIVO 741-STF: “O prazo decadencial do art. 54 da Lei n° 9.784/99 não se aplica quando o ato a ser anulado afronta
diretamente a Constituição Federal”.

elaborado por @fredsmcezar


O prazo decadencial de 5 anos para anulação de atos administrativos previsto na Lei 9.784/1999 não se aplica quando o ato a
ser anulado afronta diretamente a Constituição Federal. (certa) 2021 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
Ex.: Jorge, servidor público federal ocupante de cargo de determinada carreira, foi, por meio administrativo, transferido para
cargo de carreira diversa. O direito da administração pública de anular o referido ato administrativo se sujeita ao prazo decadencial
de cinco anos. (errada) CESPE - 2017 – DPU
Ex.: João, servidor público do Distrito Federal, ingressou no cargo público em 1986, sem ter realizado concurso público. Em
1991, foi editado ato da administração pública que declarou sua estabilidade no cargo. Passados dez anos, a administração pública
anulou o referido ato, por considerá-lo incompatível com o texto constitucional. Nessa situação hipotética, a anulação do ato
foi válida, uma vez que o ato administrativo que concedeu a estabilidade a João destoava do texto constitucional e, portanto, era
passível de anulação, não estando sujeito ao prazo para o exercício do poder-dever de autotutela administrativa, que é decadencial,
sem prejuízo do contraditório e da ampla defesa em favor do administrado. (certa) CESPE - 2023 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
▪ EFEITOS PATRIMONIAIS CONTÍNUOS

Art. 54. § 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
Ex.: Decai em 5 anos o direito da administração de anular atos que sejam favoráveis aos seus destinatários, sendo que este
prazo decadencial, na hipótese de efeitos patrimoniais contínuos, contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. (certa) 2019 - PC-
ES - DELEGADO DE POLÍCIA

▪ SÚMULA 633-STJ

SÚMULA 633-STJ: A Lei nº 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para a revisão de atos
administrativos no âmbito da Administração Pública federal, pode ser aplicada, de forma subsidiária, aos estados e municípios,
se inexistente norma local e específica que regule a matéria.

▪ INCONSTITUCIONAL LEI ESTADUAL QUE AMPLIA O PRAZO DECADENCIAL P/ ANULAÇÃO DE ATOS ADMS (DOD)
É inconstitucional lei estadual que estabeleça prazo decadencial de 10 (dez) anos para anulação de atos administrativos
reputados inválidos pela Administração Pública estadual. STF. Plenário. ADI 6019/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min. Roberto Barroso, julgado
em 12/4/2021 (Info 1012).

▪ É POSSÍVEL A ANULAÇÃO DO ATO DE ANISTIA PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, EVIDENCIADA A VIOLAÇÃO DIRETA DO ART.
8º DO ADCT, MESMO QUANDO DECORRIDO O PRAZO DECADENCIAL CONTIDO NA LEI 9.784/99 (DOD)
No exercício de seu poder de autotutela, poderá a Administração Pública rever os atos de concessão de anistia a cabos da
Aeronáutica relativos à Portaria n. 1.104/1964, quando se comprovar a ausência de ato com motivação exclusivamente política,
assegurando-se ao anistiado, em procedimento administrativo, o devido processo legal e a não devolução das verbas já recebidas.
STF. Plenário. RE 817338/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 16/10/2019 (Repercussão Geral – Tema 839) (Info 956). STJ. 1ª Seção. MS 20187-DF, Rel. Min. Manoel Erhardt
(Desembargador convocado Do TRF5), julgado em 10/08/2022 (Info 744).

8.1.4 ANULAÇÃO PELO PJ OU PELA PRÓRPRIA ADMINISTRAÇÃO


• O ato administrativo pode ser inquinado de vício de legalidade, podendo, assim, ser anulado somente pelo Judiciário. (certa) 2010 - TJ-SC - JUIZ
DE DIREITO SUBSTITUTO

• À Administração Pública não é dado anular seus próprios atos, sendo imprescindível PRESCINDÍVEL, para tanto, autorização do Poder Judiciário.
(errada) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• Enquanto a anulação dos atos administrativos compete apenas ao Poder Judiciário, a revogação somente pode ser feita pela Administração.
(errada) 2012 - PGE-SC

• O Poder Judiciário não pode rever ato administrativo anulado pela Administração. (errada) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA
• Caso a administração pública revogue determinado ato administrativo e, posteriormente, se constate que o ato de revogação não fora
praticado em consonância com as exigências legais, tal revogação poderá ser anulada tanto pela própria administração pública quanto pelo
Poder Judiciário. (certa) CESPE - 2013 – AGU
• Ao Poder Judiciário compete anular um ato administrativo em razão de sua ilegalidade. (certa) 2014 - MPE-SC
• Os atos administrativos eivados de vício que os tornem ilegais somente podem ser declarados inválidos ou revogados pelo Poder Judiciário.
(errada) FAURGS - 2016 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

• A anulação do ato administrativo ilegal pela própria Administração está imune ao controle jurisdicional. (errada) VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO

• A anulação de ato administrativo ampliativo de direitos só pode se dar por força de decisão judicial. (errada) VUNESP - 2018 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

Determinada prefeitura emitiu alvará de funcionamento de casa noturna solicitado pelo empresário dono do estabelecimento, e,
após o início das atividades, o MP verificou que o funcionamento desse tipo de estabelecimento não era permitido no bairro onde a
casa noturna havia sido instalada, local considerado essencialmente residencial pelas normas urbanísticas do município. Com base
nessa situação hipotética, o MP é parte legítima para interpor ação, perante o Poder Judiciário, solicitando a anulação do ato
administrativo em questão. (certa) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR SUBSTITUTO

elaborado por @fredsmcezar


8.1.5 CONTROLE EXTERNO
A reclamação para anular ato administrativo que confronte súmula vinculante é uma modalidade de controle externo da
atividade administrativa. (certa) CESPE - 2021 - POLÍCIA FEDERAL - DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
• A reclamação para anular ato administrativo que confronte súmula vinculante é uma modalidade de controle interno da atividade
administrativa. (errada) CESPE - 2022 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA
• Constitui exemplo do exercício da autotutela a anulação de ato administrativo pelo gestor em decorrência de decisão em reclamação julgada
pelo Supremo Tribunal Federal. (errada) CESPE - 2022 - TJ-MA – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• Apenas a Constituição Federal de 1988 pode prever modalidades de controle externo da administração pública. (certa) CESPE - 2022 - PC-RJ -
DELEGADO DE POLÍCIA

8.1.6 VEDAÇÃO À APLICAÇÃO RETROATIVA DE NOVA INTERPRETAÇÃO


Lei 9.784/1999, art. 2º, parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: (...)
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
aplicação retroativa de nova interpretação.
É vedada a aplicação retroativa de nova orientação geral, para invalidação de situações plenamente constituídas com base em
orientação geral vigente à época do aperfeiçoamento do ato administrativo que as gerou. (certa) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO
• De acordo com a Lei do Processo Administrativo Federal, é vedado à Administração Pública aplicar retroativamente nova interpretação de um
dispositivo legal. (certa) 2015 - PGE-RS

8.1.7 MANUTENÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO x LEGÍTIMA EXPECTATIVA DO ADMINISTRADO


Dado o princípio da confiança, caso verificada legítima expectativa do administrado, pode haver a manutenção de atos
administrativos antijurídicos. (certa) CESPE - 2021 - TC-DF – AUDITOR

8.1.8 RE 594296 & MPMG 2022


Por tudo visto até aqui, entendo que não dúvida que quando o ATO É ILEGAL, este deve-se ser ANULADO e a REVOGAÇÃO tem
como fundamentos a OPORTUNIDADE/CONVENIÊNCIA. Esse é o teor do art. 53 da Lei nº 9.784/99.
ATENÇÃO! Contudo, em 2022 na prova do MPMG a banca considerou correta a seguinte assertiva:
Ao Estado é facultada a revogação de atos que entenda ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já tiverem decorrido efeitos
concretos, seu desfazimento deve ser precedido de regular processo. (certa) FUNDEP - 2022 - MPE-MG
A assertiva foi extraída da ementa do RE 594296/MG. Confira-se:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO ADMINISTRATIVO. EXERCÍCIO DO PODER DE AUTOTUTELA ESTATAL. REVISÃO DE CONTAGEM DE
TEMPO DE SERVIÇO E DE QUINQUÊNIOS DE SERVIDORA PÚBLICA. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. 1. Ao Estado é FACULTADA a
revogação de atos que repute ilegalmente praticados; porém, se de tais atos já decorreram efeitos concretos, seu desfazimento
deve ser precedido de regular processo administrativo. 2. Ordem de revisão de contagem de tempo de serviço, de cancelamento
de quinquênios e de devolução de valores tidos por indevidamente recebidos apenas pode ser imposta ao servidor depois de
submetida a questão ao devido processo administrativo, em que se mostra de obrigatória observância o respeito ao princípio do
contraditório e da ampla defesa. 3. Recurso extraordinário a que se nega provimento. STF. Plenário. RE 594296, 21/09/2011 (repercussão geral).
Não sei por qual razão foi utilizado o verbo “revogar” na ementa. Nos votos dos Ministros foi feita a correta diferenciação
entre ANULAÇÃO e REVOGAÇÃO.
SÚMULA 346 STF - A Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos. (13/12/1963)
.
SÚMULA 473 STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque
deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos,
e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
FCC - 2009 - MPE-CE / VUNESP - 2013 - TJ-SP – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / FAURGS - 2016 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2016 - MPE-PR /
FUNDATEC - 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA / FUNDEP - 2021 - MPE-MG / 2021 - MPE-RS /

8.2 REVOGAÇÃO
Lei nº 9.784/99.
# Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo
de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
CESPE - 2009 - PGE-AL / FGV - 2009 - TJ-PA – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2010 - MPE-SC / 2010 - TJ-SC – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2010 - TJ-PR – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2010 - MPE-BA / 2011
- PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA / FCC - 2012 - MPE-AP / CESPE - 2013 - DPE-DF / FGV - 2013 - TJ-AM – JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / 2014 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO / 2014 - PC-SC -
DELEGADO DE POLÍCIA / 2014 - MPE-GO / 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO / CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA / FUNDATEC - 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA / 2018 - TJ-MG
- JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO / CESPE - 2018 - PC-SE - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE - 2019 - TJ-SC - JUIZ SUBSTITUTO / 2019 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA / 2021 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA / CESPE
- 2021 - PGE-MS / 2022 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO / CESPE - 2022 - PC-RO - DELEGADO DE POLÍCIA /

elaborado por @fredsmcezar


A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos devidamente externados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos. (certa) CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
A Administração Pública pode revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos. (certa) FGV - 2022 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• Na revogação, a Administração Pública atua com discricionariedade, exercendo o poder de autotutela quanto a motivos de mérito, avaliando
a conveniência e a oportunidade de suprimir o ato administrativo. (certa) FGV - 2009 - TJ-PA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• A revogação de um ato administrativo ocupa universo de oportunidade e conveniência, guardando, em princípio, índole discricionária. (certa)
2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• Dá-se a revogação quando a Administração pública extingue um ato administrativo válido por razões de conveniência e oportunidade. (certa)
2011 - MPE-MG

• O motivo da revogação é a inconveniência do ato e necessariamente também se reproduz numa ilegalidade. (errada) 2010 - TJ-PR – JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO

• Dá-se a revogação quando a Administração pública extingue um ato administrativo válido por razões de conveniência e oportunidade. (certa)
FUNDEP - 2011 - MPE-MG

• À administração é permitido revogar seus próprios atos quando eivados de vícios de legalidade. (errada) CESPE - 2011 - DPE-MA
• A revogação do ato administrativo, como poder que a administração dispõe para rever a sua atividade interna, incide sobre atos válidos e
inválidos e produz efeitos ex nunc. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Por meio da revogação, a administração extingue, com efeitos ex tunc, um ato válido, por motivos de conveniência e oportunidade, ainda que
esse ato seja vinculado. (errada) CESPE - 2012 - DPE-ES
• A administração pública pode revogar os atos por ela praticados por motivo de conveniência e oportunidade. (certa) CESPE - 2013 - TJ-MA - JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO

• Pode ser revogado, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. (certa) 2013 - MPE-SP

• A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivos de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. (certa) FAURGS - 2016 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• O exercício do controle interno pela administração pública não inclui a revogação de atos administrativos . (errada) 2018 - PC-RS - DELEGADO DE
POLÍCIA

• A revogação de atos administrativos possui três pressupostos: inoportunidade, invalidade e inconveniência. (errada) 2021 - PGE-RS

8.2.1 DEVER DE MOTIVAÇÃO


Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:

VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.

A revogação de um ato administrativo deve apresentar os seus motivos devidamente externados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos. (certa) CESPE - 2017 - TJ-PR - JUIZ SUBSTITUTO

8.2.2 PRAZO
A revogação dos atos administrativos é sempre possível, não havendo limites para tanto, uma vez que cabe à Administração
apreciar as razões de oportunidade e conveniência. (errada) 2017 - MPE-SP
• Agirá de acordo com a lei o servidor público federal que, ao verificar a ilegalidade de ato administrativo em seu ambiente de trabalho, revogue
tal ato, para não prejudicar administrados, que sofreriam efeitos danosos em consequência da aplicação desse ato. (errada) CESPE - 2015 – TCU
• A revogação dos atos administrativos é sempre possível, não havendo limites para tanto, uma vez que cabe à Administração apreciar as
razões de oportunidade e conveniência. (errada) 2017 - MPE-SP
• A administração pública pode revogar ato próprio discricionário, ainda que perfeitamente legal, simplesmente pelo fato de não mais o
considerar conveniente ou oportuno. (certa) CESPE - 2018 - MPU – TÉCNICO

8.2.3 EFEITOS DA REVOGAÇÃO


• A revogação opera efeitos ex tunc NUNC; portanto, caso o ato administrativo seja revogado, são considerados inválidos os efeitos por ele
produzidos a partir do momento de sua realização. (errada) 2009 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA
• A revogação do ato administrativo tem efeitos ex tunc. (errada) CESPE - 2012 - MPE-PI
• A revogação do ato administrativo tem efeitos ex nunc. (certa) 2012 - MPE-PR
• Por meio da revogação, a administração extingue, com efeitos ex tunc, um ato válido, por motivos de conveniência e oportunidade, ainda
que esse ato seja vinculado. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE
• A revogação é modalidade de extinção do ato administrativo, com efeitos ex tunc. (errada) 2012 - PGE-SC
• Se o órgão estadual competente para realizar a vigilância sanitária, após realizar fiscalização em um restaurante, revogar o alvará de
funcionamento dessa casa comercial, tal revogação terá efeitos ex tunc, ou seja, retroativos. (errada) CESPE - 2013 - DPE-RR

elaborado por @fredsmcezar


• Incorreria em ilegalidade uma autoridade administrativa que revogasse um ato administrativo, atribuindo a essa revogação efeitos ex tunc.
(certa) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA

• Ato administrativo pode ser revogado com fundamento em razões de conveniência e oportunidade, desde que observados os efeitos ex
tunc dessa extinção do ato. (errada) VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA
• Tanto a anulação como a revogação retiram do mundo jurídico atos com defeitos e produzem efeitos prospectivos. (errada) CESPE - 2018 - PC-
SE - DELEGADO DE POLÍCIA

Se o órgão estadual competente para realizar a vigilância sanitária, após realizar fiscalização em um restaurante, revogar o alvará
de funcionamento dessa casa comercial, tal revogação terá efeitos ex tunc, ou seja, retroativos. (errada) CESPE - 2013 - DPE-RR

8.2.4 PODER JUDICIÁRIO NÃO REVOGA ATOS ADMINISTRATIVOS EM SUA FUNÇÃO TÍPICA
Existem diversas alternativas possíveis quanto às hipóteses abstratas de extinção dos atos administrativos, EXCETO a revogação
pelo Poder Judiciário. (certa) 2017 - PGE-AC
• Ao Poder Judiciário compete revogar atos administrativos por razões de mérito, no atendimento do interesse público. (errada) 2012 - MPE-SC

• O ato administrativo é revogável pelo Poder Judiciário que é apto a fazer o controle de legalidade, sem ingressar em seu mérito administrativo.
(errada) VUNESP - 2014 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA

• Compete ao Poder Judiciário, mediante decisão fundamentada, revogar atos praticados pela Administração Pública.
• A revogação do ato administrativo pode ser decretada pelo Poder Judiciário como instrumento de controle da atividade administrativa. (errada)
[adaptada] 2016 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• No exercício do controle externo, é possível tanto a revogação quanto a invalidação dos atos administrativos. (errada) 2014 - TJ-MT – JUIZ DE
DIREITO SUBSTITUTO & 2015 - DPE-PA

• O Poder Judiciário pode revogar ANULAR


atos praticados pelo Poder Executivo eivados de ilegalidade. (errada) CESPE - 2021 - POLÍCIA FEDERAL -
DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL

8.2.5 REVOGAÇÃO DE ATO COMPLEXO


A revogação de ato complexo, ou seja, ato formado pela manifestação de dois ou mais órgãos, demanda a edição de ato
igualmente complexo; vale dizer, formado pela manifestação dos mesmos órgãos subscritores do ato a ser revogado. (certa) CESPE -
2017 - MPE-RR / CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO

8.2.6 ATOS QUE NÃO PODEM SER REVOGADOS


A revogação é ato discricionário pelo qual a administração extingue um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência;
entretanto, não podem ser revogados, entre outros, os atos administrativos que gerem direitos adquiridos. (certa) CESPE - 2012 - TJ-CE -
JUIZ SUBSTITUTO

Já exauriram seus efeitos, não sendo possível, revogar um ato que não tem mais nenhum efeito
ATOS CONSUMADOS
a produzir.

Não comportam juízo de oportunidade e conveniência. *Licença (ato vinculado) poderá ser
ATOS VINCULADOS
cassada, mas não revogada.

ATOS QUE GERARAM Ex. Uma vez realizada a nomeação de um candidato, não é mais possível sua revogação, visto
DIREITOS ADQUIRIDOS POR que o nomeado adquire o direito à investidura no cargo correspondente.
GARANTIA CF

Ex. No procedimento de licitação, o ato de adjudicação do objeto ao vencedor não pode ser
revogado quando já celebrado o respectivo contrato.
ATOS QUE INTEGRAM
PROCEDIMENTO Ex. Se uma pessoa apresentou recurso administrativo contra um decisão proferida em um
ADMINISTRATIVO processo administrativo, e o recurso já está sendo apreciado pela instância superior, a
autoridade que praticou o ato recorrido não mais poderá revoga-lo, porque já está exaurida sua
competência nesse processo.

Obs.: No que tange à competência para revogar atos administrativos, é correto afirmar que atos ineficazes, porque ainda não
implementada condição deflagradora de sua eficácia, estão sujeitos à revogação. (certa) FCC - 2015 - DPE-MA
Atos gerais de CARÁTER NORMATIVO não SÃO PASSÍVEIS de revogação, eles podem ser somente anulados. (errada) CESPE - 2016 -
PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA

Apenas podem ser revogados os atos administrativos praticados no exercício de competências discricionárias. (certa)
2019 - MPE-PR

• O ato administrativo integrativo de procedimento administrativo concluído é exemplo de ato insuscetível de revogação pela administração
pública. (certa) CESPE - 2012 - DPE-SE - DEFENSOR PÚBLICO

elaborado por @fredsmcezar


• Embora a revogação seja ato administrativo discricionário da administração, são insuscetíveis de revogação, entre outros, os atos vinculados,
os que exaurirem os seus efeitos, os que gerarem direitos adquiridos e os chamados meros atos administrativos, como certidões e atestados.
(certa) CESPE - 2012 – AGU

• A revogação é forma de extinção do ato administrativo válido, de caráter vinculado ou discricionário. (errada) 2011 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA
• A revogação é ato discricionário pelo qual a administração extingue um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência; entretanto,
não podem ser revogados, entre outros, os atos administrativos que gerem direitos adquiridos. (certa) CESPE - 2012 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO
• Embora a revogação seja ato administrativo discricionário da administração, são insuscetíveis de revogação, entre outros, os atos vinculados,
os que exaurirem os seus efeitos, os que gerarem direitos adquiridos e os chamados meros atos administrativos, como certidões e atestados.
(certa) CESPE - 2012 - AGU

• O ato administrativo integrativo de procedimento administrativo concluído é exemplo de ato insuscetível de revogação pela administração
pública. (certa) CESPE - 2012 - DPE-SE
• São suscetíveis de revogação os atos vinculados e os que geram direitos adquiridos. (errada) CESPE - 2013 - DPE-TO

• Os atos enunciativos, como as certidões, por adquirirem os seus efeitos por lei, e não pela atuação administrativa, não são passíveis de
revogação, ainda que por razões de conveniência e oportunidade. (certa) CESPE - 2014 - PGE-BA
• Tales, servidor público federal, praticou ato administrativo discricionário. Felipe, administrado, inconformado com o aludido ato, interpôs
recurso e o ato está sob apreciação da autoridade hierarquicamente superior a Tales. Entretanto, após a interposição do recurso, Tales
decide revogar o ato praticado. Na hipótese narrada, Tales não poderá revogar o ato, pois já exauriu sua competência relativamente ao
objeto do ato. (certa) FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO
• Pedro, servidor público, emitiu três atos administrativos distintos. O primeiro deles foi praticado com vício relativo ao objeto (aplicada pena
de advertência quando o correto seria a pena de suspensão). O segundo é válido, sendo totalmente vinculado. Por fim, o terceiro ato
administrativo corresponde a um atestado, emitido ao respectivo interessado. A propósito do instituto da revogação, não se aplica a quaisquer
dos atos administrativos. (certa) FCC - 2014 - TRF - 4ª REGIÃO
• Não podem ser revogados os atos vinculados. (certa) 2014 - PC-SC - DELEGADO DE POLÍCIA
• A revogação tem por objeto atos válidos e exequíveis. (certa) 2014 - PC-SC - DELEGADO DE POLÍCIA
• Os atos vinculados estão sujeitos à revogação por motivos de conveniência e oportunidade. (errada) FCC - 2014 - MPE-PA
• Certidões, atestados ou informações prestadas por agente público são passíveis de revogação. (errada) 2014 - PC-SC - DELEGADO DE POLÍCIA
• Os atos vinculados não são passíveis de revogação. (certa) 2015 - MPE-BA

• São passíveis de revogação os chamados atos meramente administrativos, tais como pareceres e certidões. (errada) CESPE - 2016 - TCE-PR

• Não se pode promover a revogação de atos vinculados. (certa) 2023 - MPE-RR

Atos ineficazes, porque ainda não implementada condição deflagradora de sua eficácia, estão sujeitos à revogação. (certa) FCC - 2015
- DPE-MA

Ex.: Um servidor público federal, Diretor administrativo de um órgão, concedeu, mediante processo administrativo, uma licença
para tratar de assunto de interesse particular a um subordinado, pelo prazo de 30 (trinta) dias. Ocorre que no último dia da licença,
o referido diretor decide revogá-la por motivos de oportunidade e conveniência. Não é possível, pois o ato já exauriu seus efeitos;
(certa) 2018 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

8.2.7 REVOGAÇÃO DO ATO REVOGADOR – INEXISTÊNCIA DE EFEITO REPRISTINATÓRIO


Caso haja a revogação de ato administrativo revogador, não poderão ser aproveitados os efeitos produzidos no período em
que vigorava o primeiro ato revogador. (certa) CESPE - 2015 - PROCURADOR MUNICIPAL
José dos Santos Carvalho Filho: “O problema surge quando a Administração se arrepende da revogação, pretendendo o retorno
do ato revogado para que ressurjam seus efeitos. Nesse caso, como bem averba DIÓGENES GASPARINI, a só revogação não terá
o efeito de repristinar o ato revogado, porque a isso se opõe o art. 2º, §3º, da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro,
conquanto destinada a norma às leis revogada e revogadora. Na verdade, não se pode mais conceber que o ato revogado, expungido
do universo jurídico, ressuscite pela só manifestação de desistência do ato revogador.” – Fonte: QConcursos (Q571811) Autor: Rafael Pereira,
Juiz Federal - TRF da 2ª Região

• Por ser a revogação um ato discricionário, ao se revogar um ato revogado, ocorrerá, por consequência lógica, a repristinação do ato
originário. (errada) CESPE - 2016 - TCE-PR
• (...) Nessa situação hipotética, a revogação da Portaria B pela Portaria C caracteriza a revogação da revogação, mas não reativa a vigência
da Portaria A. (certa) CESPE - 2021 - TC-DF - AUDITOR

Determinado ato administrativo revogou outro ato. Posteriormente, contudo, um terceiro ato administrativo foi editado, tendo
revogado esse ato revogatório. Nessa situação hipotética, o terceiro ato renovará os efeitos do primeiro ato somente se dele
constar expressamente tal intuito. (certa) CESPE - 2017 - TRE-PE
Determinado órgão público, no ano de 2007, expediu portaria para regulamentar assunto específico e, no ano de 2008, publicou
nova portaria, para regulamentar o mesmo assunto e revogar a publicada no ano anterior. Em 2009, esse órgão expediu nova
portaria, que revogou a de 2008 e determinou expressamente a restauração da vigência da portaria expedida em 2007.Nessa

elaborado por @fredsmcezar


situação hipotética, é correto afirmar que o primeiro ato normativo voltará a vigorar, dado que ocorreu repristinação. (certa) CESPE –
2013

8.3 CASSAÇÃO
.2010 - MPE-GO / 2012 - MPE-MT / 2013 - MPE-SC / 2015 - MPE-BA / 2016 - DPE-MT

A cassação de um ato administrativo corresponde a extingui-lo por descumprimento dos requisitos estabelecidos para a sua
execução. (certa) CESPE - 2018 - PC-SE - DELEGADO DE POLÍCIA
Cassação ocorre quando o ato administrativo, de início válido e legítimo, torna-se inválido e ilegítimo durante a sua execução,
via de regra por ato ou fato imputável ao beneficiado pelo ato. (certa) MPDFT - 2009 - MPDFT
Ex.: Caso o particular obtenha licença para construir e deixe de cumprir as condições que a lei exige para tanto, deve a
administração extinguir o referido ato administrativo por meio de cassação. (certa) CESPE - 2014 - TJ-DFT – CARTÓRIO
• A cassação é forma extintiva que se aplica quando o beneficiário descumpre condições que permitam a manutenção dos atos e seus efeitos.
(certa) 2010 - MPE-GO

• A cassação pode ser considerada hipótese de extinção das licenças administrativas. (certa) 2012 - MPE-MT
• Caducidade é a extinção do ato administrativo quando o seu beneficiário deixa de cumprir os requisitos que deveria permanecer atendendo.
(certa) 2015 - PGFN

• A caducidade CASSAÇÃO ocorre quando o beneficiado do ato administrativo deixa de cumprir os requisitos de quando teve o ato deferido. (errada)
2016 - MPE-SC

• É a forma de extinção do ato administrativo que ocorre quando o administrado deixa de cumprir condição necessária para dar continuidade
à determinada situação jurídica cassação. (certa) 2016 - DPE-MT
• A cassação é ato discricionário do agente público. (errada) CESPE - 2016 - TCE-PR
• Somente é admissível a cassação de ato administrativo em razão de conduta do beneficiário que tenha sido antecedente POSTERIORMENTE
à
outorga do ato. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

Ex.: A prefeitura de determinado município concedeu licença a um comerciante para que o restaurante dele funcionasse em
determinado imóvel. Alguns meses após a concessão da licença, o comerciante decidiu transformar seu restaurante em uma boate.
Considerando-se essa situação hipotética, a administração municipal deverá proceder à cassação da licença. (certa) CESPE - 2017 - DPE-AL
Ex.: O ex-governador Sérgio Cabral terá que devolver o colar do mérito que recebeu do Ministério Público estadual do Rio de
Janeiro. A decisão foi tomada no início da tarde desta sexta-feira (21) pelo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça.
De acordo com os procuradores, o ex-governador, preso desde novembro do ano passado, tem ainda que entregar à instituição a
medalha e diploma que tenha recebido. A propósito da notícia acima mencionada, o ato administrativo relatado é um exemplo de
cassação. (certa) FCC - 2018 - PGE-AP
Por serem atos de polícia administrativa, a licença e a autorização, classificadas, respectivamente, como ato vinculado e ato
discricionário, são suscetíveis de cassação pela polícia judiciária ADMINISTRATIVA. (errada) CESPE - 2012 – AGU
A cassação do ato administrativo pressupõe a prévia declaração da sua nulidade pela Administração Pública. (errada) 2015 - MPE-BA

Ex.: Considere que a administração pública deseje desfazer ato administrativo porque determinado destinatário descumpriu
condições obrigatórias para que continuasse a desfrutar de determinada situação jurídica. Nessa situação, a administração deverá
adotar a seguinte modalidade de desfazimento do ato: cassação. (certa) CESPE - 2018 - TCM-BA
Ex.: Indivíduo que possui licença para dirigir veículo automotor foi acometido por doença que o tornou incapacitado para conduzir
o tipo de veículo para o qual era habilitado. Nessa situação hipotética, caberá ao órgão administrativo competente extinguir o ato
administrativo concessivo da licença para dirigir por meio de cassação. (certa) CESPE - 2019 - TJ-DFT – CARTÓRIO
Ex.: Determinada empresa obteve licença do órgão ambiental competente para instalação de uma planta industrial em
determinada localidade do Estado. Todavia, fiscais do órgão ambiental constataram que a referida empresa não adotou nenhuma
das providências recomendadas, iniciando a execução das atividades industriais sem a obtenção da licença de operação necessária.
Em vista dessa situação irregular, os fiscais propõem à chefia do órgão ambiental a extinção da licença de instalação concedida. O
ato administrativo a ser emitido, no caso, é uma cassação. (certa) FCC - 2019 - DPE-AM - TÉCNICO

8.4 CADUCIDADE
A caducidade ocorre quando uma nova legislação impede a permanência da situação anteriormente consentida pelo poder
público. Surge uma nova norma jurídica que contraria aquela que respaldava a prática do ato. O ato, que passa a contrariar a nova
legislação, extingue-se.16
• A caducidade ocorre quando há o desaparecimento do objeto e do sujeito que se beneficiou do ato. (errada) 2010 - MPE-GO

• Caducidade ocorre quando uma nova legislação impede a permanência da situação anteriormente consentida pelo poder público. (certa) 2015
– PGFN

16
Marcelo Alexandrino & VP, p. 527, 27ª ed.
elaborado por @fredsmcezar
• A caducidade é a extinção do ato administrativo quando a situação nele contemplada não é mais tolerada pela nova legislação. (certa) 2021 - PC-
MS - DELEGADO DE POLÍCIA

Ex.: Permissionário de cantina localizada em estádio municipal obteve autorização do Município para venda de bebidas alcoólicas
no seu estabelecimento. Todavia, sobreveio lei estadual proibindo a venda e o consumo de bebidas alcoólicas nos estádios de
futebol localizados em território estadual. Dessa nova circunstância decorrerá a caducidade da autorização. (certa) FCC - 2012 - MPE-AL
Ex.: Na hipótese de concessão de permissão para exploração de uma atividade, que depois venha a ser incompatível com nova
lei de zoneamento, é correto afirmar que o referido ato administrativo será extinto por meio da caducidade. (certa) VUNESP - 2015 - MPE-SP
- ANALISTA

Ex.: Determinado servidor público, observando os termos das normas legais aplicáveis, apresentou pedido e obteve o direito de
ocupar um imóvel funcional para sua moradia, enquanto ocupasse determinado cargo comissionado. Antes de ingressar no imóvel,
sobreveio lei dispondo que o nível de cargo comissionado que ele ocupava não mais lhe dava direito ao benefício. A referida lei não
estabeleceu período de transição e teve aplicabilidade imediata. Nessa situação hipotética, o direito de ocupar o imóvel foi objeto de
caducidade. (certa) CESPE - 2021 - PGE-MS

8.5 CONTRAPOSIÇÃO (DERRUBADA)


Contraposição ocorre quando um ato, emitido com fundamento em determinada competência, extingue outro ato, anterior,
editado com base em competência diversa, ocorrendo a extinção porque os efeitos daquele são opostos aos deste. (certa) ESAF - 2015 –
PGFN

A derrubada é a extinção do ato administrativo, em razão de sua incompatibilidade material com ato administrativo posterior. (certa)
2021 - PC-MS - DELEGADO DE POLÍCIA

• Contraposição é a extinção de um ato administrativo válido em decorrência da edição de um outro ato posterior cujos efeitos são opostos.
(certa) IBFC - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

“O exemplo dado pela Prof.ª Maria Sylvia Di Pietro é a exoneração, que tem efeitos contrapostos aos da nomeação (o ato de
nomeação é extinto automaticamente pelo ato de exoneração, sem que seja necessário praticar um terceiro ato, afirmando que
ficou “cancelada”, ou que se tornou “sem efeitos” a nomeação do servidor exonerado)”.17

8.6 RENÚNCIA
A extinção de ato administrativo por renúncia se refere à extinção do ato administrativo eficaz em virtude de seu beneficiário
não mais desejar a sua continuidade. (certa) VUNESP - 2020
• A renúncia é instituto afeto tanto aos atos restritivos quanto aos ampliativos. (errada) FCC - 2017 - DPE-PR

17
Marcelo Alexandrino & VP, p. 527, 27ª ed.
elaborado por @fredsmcezar
9. CONVALIDAÇÃO
.
2009 - PC-PI – D ELEGADO DE POLÍCIA / 2009 - MPDFT / 2010 - TJ-SC - JUIZ / 2012 - TJ-DFT – JUIZ / 2014 - DPE-PR / 2015 - MPE-AM / CESPE - 2015 - DPE-RN / FCC - 2017 - DPE-SC / CESPE - 2017 - DPE-AC / 2018
- PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / CESPE - 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / CESPE - 2018 - TJ-CE - JUIZ SUBSTITUTO / 2019 - PC-ES - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
• Para que haja a convalidação de atos maculados por defeitos sanáveis, é necessário haver provocação do particular interessado, sob pena
de se violar o princípio da supremacia do interesse público. (errada) FCC - 2018 - PGE-AP

Em relação à convalidação dos atos administrativos, é correto afirmar tem efeitos retroativos. (certa) NUCEPE - 2018 - PC-PI - DELEGADO DE
POLÍCIA CIVIL

Só admite a existência de uma espécie de ato inválido: o ato nulo. Todo e qualquer elemento do ato
ESCOLA MONISTA
administrativo classifica-se como vício insanável, resultando, invariavelmente, em ato nulo.

ESCOLA DUALISTA Defende a possibilidade dos atos administrativos serem nulos ou anuláveis. Os atos anuláveis são
(majoritária) passíveis de convalidação.
(Marcelo Alexandrino & VP, p. 607, 27 ª ed.)

Segundo a Teoria Quaternária, os atos ilegais referem-se aos atos inexistentes, nulos, anuláveis e irregulares. Para referida
teoria, o atos irregulares ANULÁVEIS são os detentores de defeitos leves passíveis de convalidação. (errada) 2019 - MPE-SC

São aqueles que correspondem a condutas criminosas ofensivas a direitos fundamentais da pessoa
humana. Ex: ordem de autoridade policial para que seu subordinado torture uma dada pessoa sob sua
ATOS INEXISTENTES custódia.
Ex.: Um ato administrativo privativo de servidor público, como uma multa, for praticado por particular, o ato
administrativo será considerado inexistente. (certa) VUNESP - 2018 - PROCURADOR MUNICIPAL

ATOS NULOS São os que apresentam vícios insuscetíveis de convalidação. Ex: ato praticado com desvio de finalidade.

Contêm vícios passíveis de convalidação. Ex.: Ato expedido por agente incompetente, podendo seu
ATOS ANULÁVEIS
superior hierárquico, autoridade de fato competente, vir a ratificá-lo.

São aqueles que padecem de vícios materiais irrelevantes, reconhecíveis de plano. Referem-se a regras
que cumprem funções internas de uniformização, de modo que não têm função relacionada à segurança
ATOS IRREGULARES
e ao conteúdo do ato, à publicidade dele ou às garantias do administrado. Ex: ato expedido por aviso,
quando o correto seria por meio de portaria.
QConcursos (Q1008706) Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 30ªed. São Paulo: Malheiros, 2012.

Ato administrativo ampliativo de direitos, que tenha sido praticado por usurpador de função, pode ser convalidado pela
autoridade competente, em face do princípio da segurança jurídica. (errada) FCC - 2014 - DPE-CE
• A usurpação de função pública é causa de anulabilidade de ato administrativo emitido pelo usurpador, ficando o ato passível de convalidação
pelo agente público que teria originalmente a competência para realizá-lo. (errada) CESPE - 2021 - MPE-AP

Obs.: Ato praticado pelo usurpador é considerado inexistente.


Antônio, servidor que ingressou no serviço público mediante um ato nulo, emitiu uma certidão negativa de tributos para João.
Na semana seguinte, Antônio foi exonerado em função da nulidade do ato que o vinculou à administração. Nessa situação, a certidão
emitida por Antônio continuará válida. (certa) CESPE – 2017
São condições cumulativas para convalidação:

a) Defeito sanável;

b) Não acarretar lesão ao interesse público;

c) Não acarretar prejuízo a terceiros;

d) Decisão discricionária da administração acerca da conveniência e oportunidade de convalidar o ato;


(Marcelo Alexandrino & VP, p. 609, 27 ª ed.)

Ex.: Custódio Bocaiúva é Chefe de Gabinete de uma Secretaria de determinado Estado. Certo dia, em vista da ausência do
Secretário Estadual, que saíra para uma reunião com o Governador, Custódio assinou o ato de nomeação de um candidato aprovado
em primeiro lugar para cargo efetivo, em concurso promovido pela Secretaria Estadual. No dia seguinte, tal ato saiu publicado no
Diário Oficial do Estado. Sabendo-se que a legislação estadual havia atribuído ao Secretário a competência de promover tal

elaborado por @fredsmcezar


nomeação, permitindo que este a delegasse a outras autoridades hierarquicamente subordinadas, é correto concluir que o ato
praticado é inválido, porém sujeito à convalidação pelo Secretário de Estado, desde que não estejam presentes vícios relativos ao
objeto, motivo ou finalidade do ato. (certa) FCC – 2018 – PGE-TO

9.1 DA OBRIGATORIEDADE DE CONVALIDAÇÃO


“Tratando-se de ato vinculado praticado por autoridade incompetente, a autoridade competente não poderá deixar de
convalidá-lo, se estiverem presentes os requisitos para a prática do ato; a convalidação é obrigatória, para dar validade aos efeitos
já produzidos; se os requisitos legais não estiverem presentes, ela deverá necessariamente anular o ato. Se o ato praticado por
autoridade incompetente é discricionário e, portanto, admite apreciação subjetiva quanto aos aspectos de mérito, não pode a
autoridade competente ser obrigada a convalidá-lo, porque não é obrigada a aceitar a mesma avaliação subjetiva feita pela autoridade
incompetente; nesse caso, ela poderá convalidar ou não, dependendo de sua própria apreciação discricionária.” (DI PIETRO, Maria Sylvia
Zanella. Direito Administrativo. 13ª ed., São Paulo: Atlas, 2001, p. 228.)

• Convalidação ou saneamento é o ato administrativo pelo qual é suprido o vício existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em
que este foi praticado. Ainda sobre a convalidação, é correto afirmar que ela é ato discricionário, porque cabe à Administração, diante do
caso concreto, verificar o que atende melhor ao interesse público: a convalidação ou a decretação de nulidade do ato administrativo, quando
os efeitos produzidos forem contrários ao interesse público. (certa) VUNESP - 2012 - DPE-MS
• É obrigatória a convalidação de ato administrativo de permissão de uso de bem público eivado do vício de incompetência, pois tal convalidação
é ato vinculado. (errada) CESPE - 2013 - DPE-RR
• No caso de ato vinculado, praticado por autoridade incompetente, a convalidação é obrigatória pela autoridade competente se estiverem
presentes os requisitos para a prática do ato. (certa) 2017 - MPE-SP
• Em decorrência do poder de autotutela da administração, verificada a prática de ato discricionário por agente incompetente, a autoridade
competente estará obrigada a convalidá-lo. (errada) CESPE - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL
• A convalidação é um ato administrativo discricionário. (errada) CESPE – 2021 - MPE-AP

9.2 EFEITOS DA CONVALIDAÇÃO


A convalidação dos atos administrativos enseja a edição de novo ato administrativo, que produz efeitos desde a data em que foi
editado o ato viciado, salvo disposição expressa em sentido contrário. (certa) FCC - 2018
• A convalidação, ato administrativo por meio do qual se supre o vício existente em um ato eivado de ilegalidade, tem efeitos retroativos, mas
o ato originário não pode ter causado lesão a terceiros. (certa) CESPE - 2012 - DPE-ES
• O ato de convalidação, pelo qual é suprido vício existente em ato ilegal, opera efeitos ex tunc, retroagindo em seus efeitos ao momento em
que foi praticado o ato originário. (certa) CESPE - 2012 - TJ-PI - JUIZ
• A convalidação de ato administrativo tem como característica o efeito ex tunc, uma vez que será entendido o referido ato como se houvesse
sido realizado, desde seu nascedouro, como conforme ao direito. (certa) PGE-MS - 2014 - PGE-MS
• A convalidação é o suprimento da invalidade de um ato com efeitos retroativos. (certa) CESPE - 2016 - PC-PE

• A convalidação tem efeitos ex nunc, por não ser possível retroagir seus efeitos ao momento em que foi praticado o ato originário. (errada)
CONSULPLAN - 2018 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

• A convalidação de atos administrativos possui como pressuposto a impossibilidade de retroação dos efeitos à época em que o ato foi
praticado. (errada) CESPE - 2021 - TC-DF - PROCURADOR

9.3 IMPOSSBILIDADE DE CONVALIDAÇÃO DO ATO IMPUGNADO


Constituem barreiras à Convalidação: a impugnação do interessado, expressamente ou por resistência quanto ao cumprimento
dos efeitos; o decurso do tempo, com a ocorrência da prescrição, razão idêntica, aliás, à que também impede a invalidação.
Manual de Direito Administrativo, José dos Santos Carvalho Filho, 9ª Ed., 2002, Lumen Juris, pag. 136.

• Pode o agente administrativo convalidar um ato administrativo viciado, mesmo que este já tenha sido impugnado, tratando-se tal função de
consequência do poder de autotutela deferido à Administração Pública. (errada) 2010 - MPE-GO
• A impugnação do interessado não constituiu impedimento à convalidação do ato. (errada) VUNESP – 2017

• Ainda que o ato tenha sido objeto de impugnação é possível falar-se em convalidação, com o objetivo de aplicar o princípio da eficiência.
(errada) FCC - 2017 - DPE-SC

Ex.: Melinda, servidora pública, praticou ato administrativo com vício de competência. Cumpre salientar que a hipótese não trata
de competência outorgada com exclusividade pela lei, mas o ato administrativo competia a servidor público diverso. Em razão do
ocorrido, determinado particular impugnou expressamente o ato em razão do vício de competência. Nesse caso, o ato não comporta
convalidação, em razão da impugnação feita pelo particular. (certa) FCC - 2017 - TRT

9.4 CONVALIDAÇÃO PELO ADMINISTRADO (PARTICULAR)


Rodrigo, servidor público federal, ao praticar um ato administrativo, não observou determinada exigência legal. Isto porque a
edição do ato dependia de manifestação de vontade do administrado Nelson e tal exigência não foi observada. No caso narrado, a
convalidação do ato administrativo pode ser feita por Nelson, que emitirá sua manifestação de vontade posteriormente, convalidando
o ato. (certa) FCC - 2016

elaborado por @fredsmcezar


• Não se admite, ainda que excepcionalmente, que a convalidação seja feita pelo administrado. (errada) FCC - 2015 - TRE-SE

9.5 IMPOSSIBILIDADE DE CONVALIDAÇÃO JUDICIAL


A convalidação do ato administrativo é fundada na oportunidade e alicerçada pelo poder discricionário, podendo ser decretada
pelo Poder Judiciário, operando efeitos retroativos. (errada) VUNESP – 2018
Admite-se a convalidação de ato administrativo por meio de decisão judicial, desde que não haja dano ao interesse público nem
prejuízo a terceiros. (errada) CESPE - 2018 - PGE-PE
• Convalidados pela Administração ou pelo Poder Judiciário, em decisão na qual se evidencie que eles não acarretaram lesão ao interesse
público nem prejuízo a terceiros. (errada) VUNESP - 2018 - PROCURADOR MUNICIPAL

9.6 CONVALIDAÇÃO E MOTIVAÇÃO POSTERIOR


“DIREITO ADMINISTRATIVO. MOTIVAÇÃO POSTERIOR DO ATO DE REMOÇÃO EX OFFICIO DE SERVIDOR. O vício consistente na
falta de motivação de portaria de remoção ex officio de servidor público pode ser convalidado, de FORMA EXCEPCIONAL, mediante
a exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos e preexistentes que foram a razão determinante para a prática do ato,
ainda que estes tenham sido apresentados apenas nas informações prestadas pela autoridade coatora em mandado de segurança
impetrado pelo servidor removido. De fato, a remoção de servidor público por interesse da Administração Pública deve ser motivada,
sob pena de nulidade. Entretanto, consoante entendimento doutrinário, nos casos em que a lei não exija motivação, não se pode
descartar alguma hipótese excepcional em que seja possível à Administração demonstrar de maneira inquestionável que: o
motivo extemporaneamente alegado preexistia; que era idôneo para justificar o ato; e que o motivo foi a razão determinante da
prática do ato. Se esses três fatores concorrem, há de se entender que o ato se convalida com a motivação ulterior”. Precedentes citados:
REsp 1.331.224-MG, Segunda Turma, DJe 26/2/13; MS 11.862-DF, Primeira Seção, DJe 25/5/09. AgRg no RMS 40.427-DF, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, julgado em 3/9/2013.

De acordo com o entendimento do STJ, não existe a possibilidade de convalidação de ato administrativo cuja motivação seja
obrigatória, depois de emitido. Nesse caso, a administração deverá anular o ato e emitir um novo, instruído com as razões de
decidir. (errada) CESPE - 2014 - PGE-PI
O vício consistente na falta de motivação de portaria de remoção ex officio de servidor público pode ser convalidado? Sim. De
forma excepcional, mediante a exposição, em momento posterior, dos motivos idôneos e preexistentes que foram à razão
determinante para a prática do ato, mesmo após propositura de mandado de segurança contra o ato. (certa) IBEG - 2016 - PROCURADOR
MUNICIPAL

9.7 CONVALIDAÇÃO DE OBJETO DE CONTEÚDO PLÚRIMO


É possível convalidar atos com vício no objeto, ou conteúdo, mas apenas quando se tratar de conteúdo plúrimo. (certa) FCC - 2017 -
DPE-SC

José dos Santos Carvalho Filho, a presente assertiva se revela em perfeita sintonia com tais ensinamentos. A propósito, confira-
se: “Também é possível convalidar os atos com vício de objeto, ou conteúdo, mas apenas quando se tratar de conteúdo plúrimo,
ou seja, quando a vontade administrativa se preordenar a mais de uma providência administrativa no mesmo ato: aqui será viável
suprimir ou alterar alguma providência e aproveitar o ato quanto às demais providências, não atingidas por qualquer vício.” Qconcursos
(Q832331) Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26ª ed. São Paulo: Atlas, 2013.

9.8 VÍCIOS SANÁVEIS


São defeitos sanáveis:

a) o vício de competência quanto à pessoa (não quanto à matéria) desde que não se trate de competência exclusiva;
Ex.: Quando um ministério pratica ato administrativo de competência de outro, fica configurado vício de incompetência em razão da matéria,
que pode ser convalidado por meio da ratificação. (errada) CESPE - 2013 - POLÍCIA FEDERAL – DELEGADO

b) vício de forma, mas desde que não seja elemento essencial à validade do ato

Os atos administrativos anuláveis podem ter seus efeitos preservados mediante a expedição de ato administrativo de
convalidação. (certa) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
Um exemplo de convalidação de um ato administrativo é o saneamento do vício de competência por meio da ratificação do ato
pela autoridade competente. (certa) CESPE - 2017 - TCE-PE
Ex.: O Diretor-Geral da Agência Goiana de Obras Públicas baixou portaria pela qual nomeou servidores efetivos para compor
comissão de sindicância. O relatório final apontou para a aplicação de pena disciplinar leve. Constatou-se que a competência para
composição da comissão pertence ao presidente da agência. Aponte a solução administrativa aplicável à situação do ato
administrativo viciado é possível a convalidação do ato pela ratificação. (certa) UEG - 2008 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA
• É possível a convalidação de ato administrativo praticado por sujeito que não disponha de competência para praticá-lo, desde que não se
trate de competência outorgada com exclusividade. (certa) CESPE – 2012 – TJ-AC – JUIZ SUBSTITUTO

elaborado por @fredsmcezar


• Um ato administrativo que apresente defeitos sanáveis poderá ser convalidado quando não lesionar o interesse público, não sendo necessário
que a administração pública o anule. (certa) CESPE - 2017 - PROCURADOR MUNICIPAL
• Autorizam a convalidação os vícios de competência, de forma e de procedimento, quando não vulnerarem a finalidade do ato ou quando se
tratar de falta de ato de particular sanada posteriormente com expressa projeção retroativa. (certa) FUNDEP - 2017 - MPE-MG
• O ato administrativo, praticado por autoridade incompetente, investido irregularmente no cargo, não produz qualquer efeito. (errada) 2017 - MPE-
SP

• É possível a convalidação de atos administrativos quando apresentarem defeitos relativos aos elementos competência e forma. (certa) CESPE
- 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL

• Por ser a competência administrativa improrrogável, atos praticados por agente incompetente não se sujeitam a convalidação. (errada) CESPE -
2018 - PGE-PE

• O ato administrativo praticado por autoridade incompetente pode ser convalidado. (certa) CESPE - 2018 - IPHAN

• É possível a convalidação do ato administrativo vinculado que contenha vício relativo à competência, desde que não se trate de competência
exclusiva, hipótese em que ocorre a ratificação, e não a convalidação. (certa) CESPE - 2018 – ABIN

Não é possível convalidar ato administrativo cujos efeitos já tenham se exaurido. (errada) FCC - 2020 - TJ-MS - JUIZ SUBSTITUTO

Ex.: Determinado contrato público foi assinado por um funcionário subordinado à autoridade competente; um ano depois, ao
constatar o problema, a autoridade convalidou o ato, após certificar-se da ausência de potencial lesivo e verificar que os requisitos
contratuais haviam sido preenchidos. Assertiva: Nessa situação, a autoridade competente agiu ilicitamente ao convalidar o ato, uma
vez que este estava eivado de vício insanável. (errada) CESPE - 2017 - TCE-PE
Ex.: Suponha que a concessão de uma determinada permissão de instalação de empreendimento em um imóvel dependa,
conforme determinado em lei, da assinatura da autoridade administrativa em dois formulários distintos e que, em determinado caso
específico, em que pese o processo administrativo ter sido adequadamente instruído, a autoridade competente firmou apenas um
dos formulários, ordenando a publicação da autorização, apesar do vício, o qual era desconhecido no momento da publicação.
Identificado o vício após dois meses da publicação, a autoridade administrativa deverá convalidar o ato, corrigindo o defeito sanável
contido no ato anterior, garantindo, assim, a estabilidade das relações já constituídas. (certa) VUNESP - 2018 - PC-SP - DELEGADO DE POLÍCIA
Ex.: A concessão de benefício previdenciário por autoridade incompetente é ato administrativo inválido, passível de convalidação
pela autoridade competente. (certa) VUNESP - 2019
Ex.: Pedro, após ter sido investido em cargo público de determinado órgão sem a necessária aprovação em concurso público,
praticou inúmeros atos administrativos internos e externos. Atos administrativos externos praticados por Pedro em atendimento a
terceiros de boa-fé têm validade, devendo ser convalidados para evitar prejuízos. (certa) CESPE - 2018 - POLÍCIA FEDERAL
Ex.: Caso um servidor público seja empossado em cargo privativo de bacharel em direito, em razão da apresentação de diploma
falso, a administração pública ou o poder judiciário, após a comprovação da ilegalidade, deverá anular o ato da posse, estendendo-
se a anulação também aos atos que, praticados pelo servidor, envolvam terceiros, ainda que de boa-fé. (errada) CESPE - 2012 - DPE-RO

9.9 VÍCIOS INSANÁVEIS


São defeitos sanáveis:

a) finalidade

b) motivo

c) objeto
.
• Independentemente do tipo de vício em que incorra o ato administrativo, a convalidação será sempre possível, desde que assegurados os
efeitos retroativos à data em que o mesmo foi praticado. (errada) CESPE - 2009 - PGE-PE
• É possível a convalidação do ato administrativo quando o vício incide em qualquer um de seus elementos. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO -
JUIZ FEDERAL

• O ato administrativo eivado de vício de forma é passível de convalidação, mesmo que a lei estabeleça forma específica essencial à validade
do ato. (errada) CESPE - 2013 - TJ-DFT – TÉCNICO
• Os vícios sanáveis do ato administrativo, que admitem convalidação, são aqueles relacionados à forma, à finalidade e ao motivo. (errada) CESPE
– 2015 – TRF – 1ª REGIÃO – JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

• O ato administrativo com vício de finalidade admite convalidação. (errada) FCC - 2015 - TRE-SE
• A convalidação dos atos administrativos nem sempre é possível, sendo inviável, por exemplo, quando presente vício relacionado à finalidade
do ato. (certa) FCC - 2018
• A inexistência do motivo no ato administrativo vinculado configura vício insanável, devido ao fato de, nesse caso, o interesse público
determinar a indicação de finalidade. (certa) CESPE - 2018 – ABIN

elaborado por @fredsmcezar


9.10 REFORMA
Na reforma um novo ato é praticado, suprimindo-se a parte inválida do ato anterior, conservando-se, por outro lado, a parte
válida. (certa) 2014 - PGE-MS
Em um único ato administrativo, foram concedidas férias e licença a um servidor público da Secretaria de Estado de Economia
do Distrito Federal. Na semana seguinte, publicou-se outro ato, que ratificava as férias desse servidor e retirava-lhe a licença
concedida, por ter sido constatado que ele não fazia jus à licença. Nessa situação, realizou-se a convalidação do ato administrativo,
por meio de reforma. (certa) CESPE - 2020 - SEFAZ-DF

9.11 CONFIRMAÇÃO
Ao tratar de determinada espécie de ato administrativo, Maria Sylvia Di Pietro assim o descreve: No direito administrativo, já
vimos que a Administração não pode ficar sujeita à vontade do particular para decretar ou não a nulidade. Mas a própria administração
pode deixar de fazê-lo por razões de interesse público quando a anulação possa causar prejuízo maior do que a manutenção do ato.
[...] ela não corrige o vício do ato; ela o mantém tal como foi praticado. Somente é possível quando não causar prejuízo a terceiros,
uma vez que estes, desde que prejudicados pela decisão, poderão impugná-la pela via administrativa ou judicial. (Direito Administrativo, 31.
ed., 2018, item 7.11.2.11). Em sua obra, a autora está se referindo à confirmação. (certa) FCC - 2018 - MPE-PB

10. CONVERSÃO

A conversão é o ato administrativo pelo qual a Administração converte um ato inválido em ato de outra categoria, de maneira
a torná-lo válido, com efeitos retroativos à data do ato original. (certa) FCC - 2016 - SEGEP-MA
“Convalidação” e “conversão” não se confundem, uma vez que nesta, quanto à forma, o ato se transmuda, sendo realizado um
outro, este sim legal perante o ordenamento. (certa) PGE-MS - 2014 - PGE-MS
Pela conversão, a administração converte um ato inválido em ato de outra categoria, com efeitos retroativos à data do ato original.
(certa) CESPE - 2010 - MPE-ES

elaborado por @fredsmcezar


11. CONTROLE JURISDICIONAL DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

O controle judicial da administração pública, no Brasil, é realizado com base no sistema da unidade de jurisdição. (certa) CESPE - 2013
- DPE-TO

No Brasil é adotado o sistema anglo-americano de unidade de jurisdição para o controle jurisdicional da Administração Pública.
(certa) 2012 - MPE-SC

• Cada vez mais a doutrina e a jurisprudência caminham no sentido de admitir o controle judicial do ato discricionário. Essa evolução tem o
propósito de substituir a discricionariedade do administrador pela do Poder Judiciário. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• A evolução no controle judicial dos atos administrativos permite, atualmente, que o magistrado substitua o administrador e reavalie o mérito
do ato administrativo, com a finalidade de alterar a conveniência e oportunidade manifestadas pela administração na realização do referido
ato. (errada) CESPE - 2011 - TJ-PB - JUIZ

Todos os atos administrativos, inclusive os discricionários, são passíveis de controle jurisdicional. (certa) 2014 - PC-SC - DELEGADO DE
POLÍCIA

Os atos discricionários praticados na esfera do Poder Executivo poderão ser objeto de anulação no âmbito desse mesmo Poder,
em decorrência de vício insanável, portanto de ilegalidade, mas caberá também ao Poder Judiciário, em sua função típica, a
anulação, desde que provocado. (certa) FCC - 2012 - TRF - 2ª REGIÃO - ANALISTA
• Porque vedado ao Judiciário adentrar o mérito do ato administrativo, não pode o juiz sindicar sobre desvio de finalidade ou ausência de
motivação em sua gênese. (errada) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• É vedado ao Judiciário anular atos administrativos discricionários praticados por órgão do Executivo, pois, sendo harmônicos e independentes
os Poderes, não há possibilidade de controle judicial do mérito da ação administrativa de outro Poder. (errada) 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• A análise acerca de eventual ofensa do ato administrativo ao princípio da proporcionalidade exige juízo de valor acerca da conveniência e
oportunidade, razão pela qual não se revela passível de controle por parte do Poder Judiciário. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 1ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Como o Poder Judiciário não pode adentrar no exame de aspectos reservados à apreciação subjetiva da administração pública, por compor
o denominado mérito do ato, os motivos que levem a administração a praticar o ato não podem ser objeto de apreciação do referido poder.
(errada) CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• Quando uma situação concreta, no âmbito do juízo de mérito administrativo, estiver enquadrada na zona de indeterminação jurídica, poderá
o Poder Judiciário decidir ou não sobre a prática do ato administrativo. (errada) CESPE - 2012 - DPE-RO
• O Poder Judiciário pode exercer o controle dos atos administrativos, quer no que tange à conformidade dos elementos vinculados com a lei
(controle de legalidade stricto sensu) quer no que toca à compatibilidade dos elementos discricionários com os princípios constitucionalmente
expressos (controle da legalidade lato sensu), decretando sua nulidade, se necessário). (certa) VUNESP - 2012 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
• O Poder Judiciário não pode realizar o controle dos atos administrativos discricionários, sob pena de ofensa ao princípio da separação dos
poderes. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Todo e qualquer ato administrativo é susceptível de apreciação pelo Judiciário, não obstante a extensão do seu controle comporte limites em
face de sua classificação. (certa) 2013 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• O exame da legalidade de um ato administrativo deve ser levado a efeito à luz das regras jurídicas em vigor, sendo útil, mas não indispensável,
considerar também princípios jurídicos. (errada) 2013 - TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
• Ato administrativo expedido no exercício de competência discricionária é insusceptível de controle judicial, pois esse controle implicaria
exame do mérito do ato, o que é vedado ao Judiciário fazer sob pena de ofensa ao princípio da independência entre os Poderes. (errada) 2013 -
TRF - 3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

• Os atos administrativos decorrentes do exercício do poder discricionário não são passíveis de apreciação judicial. (errada) FCC - 2014 - DPE-RS

• Em nome do princípio da inafastabilidade da jurisdição, deve o Poder Judiciário apreciar o mérito do ato administrativo, ainda que sob os
aspectos da conveniência e da oportunidade. (errada) CESPE - 2015 - DPE-RN
• Têm natureza política e são excluídos de apreciação pelo Poder Judiciário os atos administrativos dotados de vinculação resultantes do
exercício do poder de polícia administrativa que limitam ou disciplinam direito, interesse ou liberdade dos administrados. (errada) FAURGS - 2016
- TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

• Embora exerça controle de atos administrativos ao avaliar os limites da discricionariedade sob os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder
Judiciário exercer o controle de mérito de atos administrativos, pois este é privativo da administração pública. (certa) CESPE - 2017 - TCE-PE
• Embora se distingam quanto ao grau de liberdade conferido pela lei ao administrador para a prática de determinado ato administrativo, tanto
o poder vinculado como o poder discricionário estão sujeitos ao controle jurisdicional. (certa) FUNDATEC - 2018 - PC-RS - DELEGADO DE POLÍCIA
• O controle jurisdicional dos atos administrativos pode recair sobre atos administrativos vinculados e discricionários, não cabendo ao Poder
Judiciário, entretanto, o controle do juízo de oportunidade e conveniência exercido com razoabilidade e motivação pela Administração Pública
dentro dos parâmetros legais. (certa) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL
• Tratando-se de ato discricionário em que se permite ao agente maior liberdade de aferição da conduta, segundo critérios de conveniência e
oportunidade, tem-se que, explicitada a motivação do ato, essa não pode ser revista pelo Poder Judiciário em nenhuma hipótese, visto não
ser possível o controle judicial do mérito do ato administrativo discricionário. (errada) FUNDEP - 2021 - MPE-MG
• Ato administrativo discricionário publicado pelo Poder Executivo de um estado poderá ser objeto de ação judicial, sendo vedado ao Poder
Judiciário apreciar os motivos da elaboração desse ato. (certa) CESPE - 2021 - TC-DF – AUDITOR

elaborado por @fredsmcezar


• É legítima a verificação, pelo Poder Judiciário, da regularidade do ato discricionário da administração, no que se refere às suas causas, motivos
e finalidade. (certa) CESPE - 2012 - MPE-PI

É defeso ao Poder Judiciário apreciar o mérito do ato administrativo, cabendo-lhe unicamente examiná-lo sob o aspecto de sua
legalidade, isto é, se foi praticado conforme ou contrariamente à lei. (certa) VUNESP - 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL
Não são desconhecidas as dificuldades encontradas, na prática, para tecer os contornos dos limites do controle judicial sobre a
atuação da Administração pública, principalmente no que diz respeito à atuação discricionária. Não obstante, a casuística apreciada
pelo Supremo Tribunal Federal permite extrair algumas premissas sobre o tema, tal como a lógica de preservação do mérito dos
atos administrativos, sendo possível, no entanto, exame mais amplo de legalidade, inclusive da relação de custo e benefício quando
se tratar de direitos difusos, como é o caso do meio ambiente. (certa) FCC – 2016 – PROCURADOR MUNICIPAL
Os motivos e a finalidade indicados na lei, bem como a causa do ato, fornecem as limitações ao exercício de discrição
administrativa e, portanto, estão sujeitos ao controle judicial. (certa) VUNESP - 2016 - TJM-SP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
Conforme o STF, o Poder Judiciário não detém competência para substituir banca examinadora de concurso público para
reexaminar o conteúdo das questões e os critérios de correção utilizados, admitindo-se, no entanto, o controle do conteúdo das
provas ante os limites expressos no edital. (certa) CESPE - 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO
Ex.: O prefeito de um pequeno município brasileiro decidiu construir, em praça pública, um monumento para homenagear a
própria família, fundadora da cidade. A obra seria construída em bronze e produzida por renomado artista plástico. O promotor de
justiça da cidade, contudo, ajuizou ação civil pública para impedir que recursos públicos fossem destinados a tal finalidade, alegando
que o dinheiro previsto para a obra seria suficiente para a construção de uma escola de ensino fundamental no município e que o
ato administrativo estava em desacordo com os princípios da moralidade, impessoalidade e economicidade. Os advogados do
município argumentaram que, embora não houvesse escola de ensino fundamental na cidade, a prefeitura disponibilizava transporte
para as crianças frequentarem a escola na cidade vizinha, destacando, também, que a obra teria a finalidade de preservar a memória
da cidade e que a alocação de recursos públicos era ato discricionário do Poder Executivo. O ato do prefeito, embora discricionário,
é passível de sindicância pelo Poder Judiciário, a fim de que este avalie a conformidade desse ato com os princípios que regem a
administração pública. (certa) CESPE - 2012 - TJ-BA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

12. ATO IMPERFEITO, EFICAZ, PENDENTE E CONSUMADO

É aquele que está pronto, terminado, que já concluiu o seu ciclo, suas etapas de formação; tem-se um ato
ATO PERFEITO
perfeito quando já se esgotaram todas as fases necessárias a sua produção.

É aquele que não completou o seu ciclo de formação, como a minuta de um parecer ainda não assinado,
ATO IMPERFEITO um ato não publicado, caso a publicação seja exigida por lei. Rigorosamente, o ato imperfeito ainda nem
existe como ato administrativo.

É aquele que já está disponível para a produção de seus efeitos próprios; a produção de efeitos não depende
ATO EFICAZ
de evento posterior, como uma condição suspensiva, um termo inicial ou um ato de controle.

É aquele que, embora perfeito, está sujeito a condição (evento futuro e incerto) ou termo (evento futuro e
ATO PENDENTE certo) para que comece a produzir efeitos. O ato pendente é um ato perfeito que ainda não está apto a
produzir efeitos.

ATO É o que já produziu todos os efeitos que estava apto a produzir, que já esgotou sua possibilidade de produzir
CONSUMADO efeitos.

É expressão genérica aplicável a qualquer ato que não tenha possibilidade efetiva de produzir efeito atuais.
Um ato pode ser ineficaz porque ainda não está formado, ou seja, todo ato imperfeito é ineficaz. Pode,
ATO INEFICAZ
também, um ato ser ineficaz porque já foi extinto. Por exemplo, um ato revogado é ineficaz a partir da sua
revogação.
Marcelo Alexandrino & VP, p. 553, 27 ª ed.

Ex.: O ato administrativo que se encontra sujeito a termo inicial e parcialmente ajustado à ordem jurídica, após ter esgotado o
seu ciclo de formação, é considerado perfeito, inválido e ineficaz. (certa) FCC - 2012 - DPE-SP
Um ato administrativo que completa todo o seu ciclo de formação, contendo seus elementos essenciais e existindo como
entidade jurídica, mas que não preencha todas as exigências legais, é denominado como ato perfeito. (certa) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE
POLÍCIA

• No que se refere à exequibilidade, o ato administrativo imperfeito e o ato pendente não estão aptos à produção de efeitos jurídicos, já que
não completaram o respectivo ciclo de formação. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

elaborado por @fredsmcezar


Abílio Silva foi empossado em cargo público efetivo e praticou diversos atos administrativos no exercício de tal cargo. Todavia,
o concurso que gerou o provimento do cargo foi anulado, sem que ele tenha contribuído para a nulidade. Nessa situação, os atos
praticados por ele são válidos, visto que atuou como funcionário de fato. (certa) FCC - 2019 - TRF - 3ª REGIÃO – ANALISTA
Um ato pode ser perfeito e ao mesmo tempo inválido. (certa) FCC - 2015 - DPE-SP – ADMINISTRADOR

Os efeitos atípicos dos atos administrativos subdividem-se em prodrômicos e reflexos. Os primeiros existem enquanto perdura
a situação de pendência do ato; os segundos atingem terceiros não objetivados pelo ato. (certa) CESPE - 2009 - PC-RN - DELEGADO DE POLÍCIA
A autorização dada ao Poder Público para ingressar em bem imóvel, objeto de desapropriação, para realizar medições, em
decorrência da expedição do decreto expropriatório, é um: efeito atípico prodrômico do ato administrativo. (certa) VUNESP - 2013 - MPE-ES

elaborado por @fredsmcezar

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