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GRUPO:
Admite tentativa.
Admite tentativa.
c- Peculato culposo
O funcionário, através de negligência, imprudência ou imperícia,
infringe o dever de cuidado objetivo, criando condições favoráveis
à prática do peculato doloso.
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o Consumação: momento em que o agente, percebendo o erro de
funcionário autorizado, a terceiro, não o desfaz, apropriando-se da coisa recebida.
inserção de dados falsos, alterar
ou excluir indevidamente dados
corretos nos sistemas Admite-se a tentativa.
informatizados ou bancos de
dados da Administração Pública
com o fim de obter vantagem
Art. 313-A – Inserção de dados falsos em sistema de informações
indevida para si ou para outrem
ou para causar dano: (Incluído (Peculato eletrônico)
pela Lei nº 9.983, de 2000)) Tutela-se a Administração Pública no que concerne à guarda de
dados.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a
12 (doze) anos, e multa. (Incluído Sujeito ativo: funcionário público autorizado (aquele que estiver
pela Lei nº 9.983, de 2000)
lotado na repartição encarregada de cuidar dos sistemas
informatizados ou banco de dados da Administração Pública).
Art. 313-B. Modificar ou alterar, o
funcionário, sistema de Admite-se concurso de agentes (Art. 30 do CP).
informações ou programa de
informática sem autorização ou Conduta: inserir (introduzir, implantar) ou facilitar a inserção de
solicitação de autoridade dados falsos; ou alterar ou excluir, indevidamente, os dados
competente: (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
corretos.
Pena – detenção, de 3 (três) Elemento subjetivo: dolo, com fim específico de obter vantagem
meses a 2 (dois) anos, e indevida para si ou para outrem ou de causar dano. Não se pune
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, modalidade culposa.
de 2000)
Art. 324- Exercício funcional Elemento subjetivo: dolo, acrescido do intuito de satisfazer
ilegalmente antecipado ou
prolongado
interesse ou sentimento pessoal, colocando o seu interesse
particular acima do interesse público.
Art. 325- Violação de sigilo
funcional Consumação: com o retardamento, a omissão ou a prática do ato,
sendo dispensável a satisfação do interesse visado pelo servidor.
Art. 326- Violação do sigilo de
proposta de concorrência
Tráfico de
A norma do art. 331 do Código Penal, que tipifica o crime de
Influência (Redação dada pela Lei desacato, foi recepcionada pela Constituição de 1988.
nº 9.127, de 1995) Trata-se de arguição de descumprimento de preceito fundamental
em que se questiona a conformidade com a Convenção Americana
Art. 332 - Solicitar, exigir, de Direitos Humanos, bem como a recepção pela Constituição de
cobrar ou obter, para si ou para 1988, do art. 331 do Código Penal, que tipifica o crime de desacato.
outrem, vantagem ou promessa
De acordo com a jurisprudência da Corte Interamericana de
Ana Luiza Aguilar * Fernanda Castro* Fernanda* Gabriel Paraízo Braz *Isabel Cristina Prazeres * Isabela Santana* Ilzyane Lima Silva * Licia Reis * Lucas Gabriel* Marcus Vinicius
Soares * Mariana Malta *Pedro Klein* Tatiane Barreto *Thiago Pinheiro
§ 1º - A pena é aumentada
de sexta parte, se o agente se
serve de anonimato ou de nome
Art. 345 – Exercício arbitrário das próprias razões
suposto. O crime do art. 345 do CP pune a conduta de “fazer justiça pelas
próprias mãos, para satisfazer pretensão”.
§ 2º - A pena é diminuída de O tipo penal afirma que o sujeito age “para satisfazer”. Logo,
metade, se a imputação é de conclui-se ser suficiente, para a consumação do delito, que os
prática de contravenção.
atos que buscaram fazer justiça com as próprias mãos tenham
Art. 340 - Comunicação visado obter a pretensão, mas não é necessário que o agente
falsa de crime ou de tenha conseguido efetivamente satisfazê-la, por meio da
contravenção conduta arbitrária. A satisfação, se ocorrer, constitui mero
exaurimento da conduta.
Art. 341- Auto-acusação
falsa
Ex: o credor encontrou a devedora na rua e tentou tomar o seu
aparelho de celular como forma de satisfazer o débito. Chegou
Art. 342 Falso testemunho a puxar seu braço e seu cabelo, mas a devedora conseguiu fugir
ou falsa perícia levando o celular. O crime está consumado mesmo ele não
tendo conseguido o resultado pretendido.
Art. 344- Coação no STJ. 6ª Turma. REsp 1860791, Rel. Min. Laurita Vaz, julgado em
curso do processo
09/02/2021 (Info 685).
Art. 345- Exercício
arbitrário das próprias razões
Art. 349-A
Art. 359-C – Assunção de obrigação no último ano do mandato ou
Art. 350 - Exercício legislatura
arbitrário ou abuso de poder
João, prefeito de um Município do interior de São Paulo, foi
condenado pelo art. 359-C do CP porque, nos dois últimos
Art. 350 - (Revogado pela
Lei nº 13.869, de quadrimestres de seu mandato, contraiu diversas obrigações sem
2019) (Vigência) a necessária disponibilidade de caixa, o que fez com que o déficit
de caixa da prefeitura avançasse de R$ 1 milhão em 30/04/2012
(..._ para R$ 6 milhões em 31/12/2012.
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção de obrigação, nos dois
CAPÍTULO IV últimos quadrimestres do último ano do mandato ou legislatura,
DOS CRIMES CONTRA AS
cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício financeiro ou,
FINANÇAS PÚBLICAS
(Incluído pela Lei nº 10.028, de caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que não tenha
2000) contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 359-A Contratação de Vale ressaltar, contudo, que não se especificou, nem na denúncia,
operação de crédito nem nas decisões condenatórias, a ou as obrigações, autorizadas
ou ordenadas, que não puderam ser pagas naquele último
Art. 359-B Inscrição de
exercício financeiro do mandato, ou no exercício seguinte, por
despesas não empenhadas em
restos a pagar (Incluído pela Lei falta de contrapartida suficiente de caixa.
nº 10.028, de 2000) Diante disso, o STJ entendeu que não foram preenchidas todas as
elementares do art. 359-C do CP.
Art. 359-C Assunção de A condenação pelo art. 359-C do Código Penal deve especificar
obrigação no último ano do despesas contraídas nos dois últimos quadrimestres do mandato,
mandato ou legislatura (Incluído
pela Lei nº 10.028, de 2000)
que não puderam ser pagas no mesmo exercício financeiro ou no
exercício seguinte. Essa análise não pode ser global,
Art. 359-C. Ordenar ou considerando a iliquidez total do caixa, sob pena de prejudicar a
autorizar a assunção de ampla defesa.
obrigação, nos dois últimos STJ. 6ª Turma. HC 723644-SP, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior,
quadrimestres do último ano do julgado em 7/3/2023 (Info 766).
Ana Luiza Aguilar * Fernanda Castro* Fernanda* Gabriel Paraízo Braz *Isabel Cristina Prazeres * Isabela Santana* Ilzyane Lima Silva * Licia Reis * Lucas Gabriel* Marcus Vinicius
Soares * Mariana Malta *Pedro Klein* Tatiane Barreto *Thiago Pinheiro
Art. 359-F Não Sancionados com pena de 02 a 12 anos de reclusão, no caso dos
cancelamento de restos a incisos I e II; e com 03 meses a 03 anos de detenção nos demais
pagar (Incluído pela Lei nº 10.028,
de 2000)
incisos.
Juris:
(...) se revela imprópria a locução constitucional ‘crimes de
responsabilidade’, que compreende, na realidade, infrações de
caráter político-administrativo, em oposição à expressão
(igualmente inscrita no texto da Constituição) ‘crimes comuns’.
Com efeito, o crime comum e o crime de responsabilidade são
figuras jurídicas que exprimem conceitos inconfundíveis. O crime
comum é um aspecto da ilicitude penal. O crime de
responsabilidade refere-se à ilicitude político-administrativa. O
legislador constituinte utilizou a expressão crime comum,
significando ilícito penal, em oposição a crime de responsabilidade,
significando infração político-administrativa. (...) O Código Penal
está em vigor, cuidando dos crimes contra a administração pública,
que podem ser cometidos, inclusive por Prefeitos. O Prefeito pode
perfeitamente ser julgado, pelo Tribunal de Justiça, no caso de
cometer peculato, emprego irregular de verbas públicas,
concussão, prevaricação, tudo isso não é crime de
responsabilidade; tudo isso é crime comum que o Prefeito pode
cometer e ser julgado pelo Poder Judiciário. Ao lado disso, existe o
crime de responsabilidade, que é uma infração político-
administrativa (...)” (ADI 4.190-MC, Rel. Min. Celso de Mello,
decisão monocrática, DJE de 4-8-2009).