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Disciplina: Direito Administrativo

Professor(a): Celso Spitzcovsky


Aula: 01 | Data 06/02/2021
/03/2018

ANOTAÇÃO DE AULA

SUMÁRIO

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
1. Definição
2. Elemento comum = dolo
3. Hipóteses
4. Modalidades – arts. 9°, 10, 11 da Lei
5. Ações

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Bibliografia:
Direito Administrativo Esquematizado – Editora Saraiva. Professor Celso Spitzcovsky.

Roteiro de aula:
1. Definição
2. Elemento comum
3. Hipóteses
4. Modalidades
5. Ações
6. Foro competente
7. Sanções
8. Prescrição

1. Definição

A improbidade é sinônimo de desonestidade.

Desrespeito ao princípio da moralidade.


Trata-se de uma imoralidade qualificada, potencializada pelo dolo (intenção do agente em praticar o ato
desonesto).

2. Elemento comum = dolo

Há a possibilidade de configuração da improbidade também na modalidade culposa.


Baseada nos conceitos de dolo e culpa.
A responsabilidade por ato de improbidade é subjetiva.
A matéria é regida pela Lei 8429/92.

3. Hipóteses

As hipóteses foram divididas em 3 grupos distintos.


O critério utilizado pelo legislador para essa divisão foi o da gravidade do ato.
Pode resultar de atos ou omissões praticadas pelo poder público.

Magistratura do Trabalho e MPT (fim de semana)


CARREIRAS JURÍDICAS
Damásio Educacional
O rol elencado pelo legislador é meramente exemplificativo (“notadamente”).

4. Modalidades – arts. 9°, 10, 11 da Lei

Art.9° – atos de maior gravidade – implicam em enriquecimento ilícito.

STJ consolidou tese, no sentido de que, para a configuração do art.9°, é necessário dolo específico.
Exemplos: desvio de verbas públicas, recebimento ou cobrança de propina, utilização de bens, equipamentos e
servidores públicos para obras particulares.

Art.10 – hipóteses de improbidade que causam danos ao erário (cofres públicos).


Há a possibilidade de configuração dessas hipóteses nas modalidades dolosa e culposa.

A modalidade culposa está positivada no art.10.


STJ consolidou entendimento no sentido em ser dolo específico ou culpa grave.

A partir de 2018, com a edição da Lei 13655 (LINDB) há uma controvérsia com relação à modalidade culposa para
a responsabilização do agente público se instaurou. A lei 13655, em seu art.28 estabeleceu a possibilidade de
responsabilização do agente público apenas em duas situações: dolo ou erro grosseiro, mas nada menciona em
relação à modalidade culposa.

“Art. 28, Lei 13655/18. O agente público responderá pessoalmente


por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro
grosseiro.
§ 1º (VETADO).
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).”

Essa polêmica sobre responsabilização na modalidade culposa já chegou ao STF.


Exemplos: alienação de bens públicos abaixo dos valores de mercado; aquisição de bens particulares acima dos
valores de mercado (sobrepreço).

Art.10-A – qualquer tipo de ação ou omissão que implique em atribuir benefícios tributários, fiscais ou financeiros
de forma ilegal.

Art.11 – hipóteses de improbidade que causam agressão aos princípios da administração.


O STF consolidou o entendimento de que, nesse caso, trata-se de dolo genérico.

Exemplos:
- Revelar fato que o agente tenha notícia em razão das atribuições do cargo e que deveria manter sigilo.
- Frustrar a licitude de concursos públicos – o administrador inclui no edital exigências totalmente estranhas ao
cargo colocado em disputa, de forma a direcionar o concurso para alguma/algumas pessoas.
- Revelar ou permitir que chegue a conhecimento de terceiros antes de divulgação oficial, medida de conteúdo
político ou econômico capaz de afetar os preços dos bens, da mercadoria ou dos serviços.

Art.13 – ninguém tomará posse em cargo público sem apresentação de declaração de bens.

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5. Ações

2 ações:
- Ação popular
- Ação civil pública

Ação popular
Polo ativo: art.5°, inciso LXXIII, CF/88.

Tem legitimidade para a propositura da ação popular qualquer cidadão (nacional que se encontra em pleno
exercício dos direitos políticos – capacidade para votar e ser votado).

Art.1° da Lei da Ação Popular – inicial deverá vir acompanhada do título de eleitor.

Excluído dessa possibilidade:


- O estrangeiro – enquanto mantiver essa condição, não estará na plenitude de seus direitos políticos.
- Pessoa jurídica – não tem condição de cidadania.
Súmula 365 do STF – pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular.
- O Ministério Público não pode propor ação popular. Poderá combater atos de improbidade por ação civil
pública.

O MP poderá substituir o autor popular no curso da ação quando, após proposta, ele desiste da ação popular.

Art.9° da Lei 4717/65 – se o autor popular desistir, serão publicados editais para encontrar outros autores. Se
nenhum se habilitar, o MP, entendendo que o ato de improbidade se configurou, substituirá o autor popular.

Art. 6° da Lei de Ação Popular – deverão figurar no polo passivo: a pessoa física, os terceiros que eventualmente
dele tenham se beneficiado, a pessoa jurídica.

Principais artigos de lei mencionados em aula:

“Art. 9°, Lei 8429/92. Constitui ato de improbidade administrativa


importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem
patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato,
função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1°
desta lei, e notadamente:
I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel,
ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título
de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha
interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por
ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a
aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a
contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço
superior ao valor de mercado;
III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a
alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de
serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado;

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IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas,
equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou
à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta
lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou
terceiros contratados por essas entidades;
V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou
indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de
lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer
outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem;
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou
indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em
obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso,
medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens
fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta
lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo,
emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor
seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente
público;
VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria
ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse
suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão
decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;
IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou
aplicação de verba pública de qualquer natureza;
X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou
indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a
que esteja obrigado;
XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1° desta lei;
XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores
integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art.
1° desta lei.

Art. 10, Lei 8429/92. Constitui ato de improbidade administrativa


que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou
culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades
referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:
I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao
patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas,
verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei;
II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada
utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo
patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a

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observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie;
III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente
despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens,
rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades
mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades
legais e regulamentares aplicáveis à espécie;
IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem
integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art.
1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por
preço inferior ao de mercado;
V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou
serviço por preço superior ao de mercado;
VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e
regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea;
VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância
das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie;
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo
para celebração de parcerias com entidades sem fins lucrativos, ou
dispensá-los indevidamente; (Redação dada pela Lei nº 13.019,
de 2014) (Vigência)
IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em
lei ou regulamento;
X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem
como no que diz respeito à conservação do patrimônio público;
XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular;
XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça
ilicitamente;
XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos,
máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de
propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas
no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público,
empregados ou terceiros contratados por essas entidades.
XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a
prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem
observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº
11.107, de 2005)
XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente
e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades
previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
XVI - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a incorporação,
ao patrimônio particular de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas,
verbas ou valores públicos transferidos pela administração pública a
entidades privadas mediante celebração de parcerias, sem a
observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à
espécie; (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

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XVII - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada
utilize bens, rendas, verbas ou valores públicos transferidos pela
administração pública a entidade privada mediante celebração de
parcerias, sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº
13.019, de 2014) (Vigência)
XVIII - celebrar parcerias da administração pública com entidades
privadas sem a observância das formalidades legais ou
regulamentares aplicáveis à espécie; (Incluído pela Lei nº
13.019, de 2014) (Vigência)
XIX - agir negligentemente na celebração, fiscalização e análise das
prestações de contas de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas; (Incluído pela Lei nº 13.019, de
2014, com a redação dada pela Lei nº 13.204, de 2015)
XX - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração pública
com entidades privadas sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014, com a redação dada
pela Lei nº 13.204, de 2015)
XXI - liberar recursos de parcerias firmadas pela administração
pública com entidades privadas sem a estrita observância das normas
pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação
irregular. (Incluído pela Lei nº 13.019, de 2014) (Vigência)

Art. 10-A, Lei 8429/92. Constitui ato de improbidade administrativa


qualquer ação ou omissão para conceder, aplicar ou manter
benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e
o § 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de
2003. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016) (Produção
de efeito)

Art. 11, Lei 8429/92. Constitui ato de improbidade administrativa


que atenta contra os princípios da administração pública qualquer
ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente:
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso
daquele previsto, na regra de competência;
II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício;
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das
atribuições e que deva permanecer em segredo;
IV - negar publicidade aos atos oficiais;
V - frustrar a licitude de concurso público;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;
VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro,
antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou
econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.
VIII - descumprir as normas relativas à celebração, fiscalização e
aprovação de contas de parcerias firmadas pela administração

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pública com entidades privadas. (Vide Medida Provisória nº 2.088-
35, de 2000) (Redação dada pela Lei nº 13.019, de 2014)
(Vigência)
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade
previstos na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015)
(Vigência)
X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de
serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato,
convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único
do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990.
(Incluído pela Lei nº 13.650, de 2018)

Art. 1º, Lei 4717/65. Qualquer cidadão será parte legítima para
pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia
mista (Constituição, art. 141, § 38), de sociedades mútuas de seguro
nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas
públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações
para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou
concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da
receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer
pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos.
§ 1º - Consideram-se patrimônio público para os fins referidos
neste artigo, os bens e direitos de valor econômico, artístico,
estético, histórico ou turístico. (Redação dada pela Lei nº 6.513,
de 1977)
§ 2º Em se tratando de instituições ou fundações, para cuja
criação ou custeio o tesouro público concorra com menos de
cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, bem como de
pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas, as consequências
patrimoniais da invalidez dos atos lesivos terão por limite a
repercussão deles sobre a contribuição dos cofres públicos.
§ 3º A prova da cidadania, para ingresso em juízo, será feita com
o título eleitoral, ou com documento que a ele corresponda.
§ 4º Para instruir a inicial, o cidadão poderá requerer às
entidades, a que se refere este artigo, as certidões e informações que
julgar necessárias, bastando para isso indicar a finalidade das
mesmas.
§ 5º As certidões e informações, a que se refere o parágrafo
anterior, deverão ser fornecidas dentro de 15 (quinze) dias da
entrega, sob recibo, dos respectivos requerimentos, e só poderão ser
utilizadas para a instrução de ação popular.
§ 6º Somente nos casos em que o interesse público,
devidamente justificado, impuser sigilo, poderá ser negada certidão
ou informação.

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§ 7º Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, a ação poderá
ser proposta desacompanhada das certidões ou informações
negadas, cabendo ao juiz, após apreciar os motivos do
indeferimento, e salvo em se tratando de razão de segurança
nacional, requisitar umas e outras; feita a requisição, o processo
correrá em segredo de justiça, que cessará com o trânsito em julgado
de sentença condenatória.

Art. 6º, Lei 4717/65. A ação será proposta contra as pessoas


públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as
autoridades, funcionários ou administradores que houverem
autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou
que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os
beneficiários diretos do mesmo.
§ 1º Se não houver benefício direto do ato lesivo, ou se for ele
indeterminado ou desconhecido, a ação será proposta somente
contra as outras pessoas indicadas neste artigo.
§ 2º No caso de que trata o inciso II, item "b", do art. 4º, quando
o valor real do bem for inferior ao da avaliação, citar-se-ão como
réus, além das pessoas públicas ou privadas e entidades referidas no
art. 1º, apenas os responsáveis pela avaliação inexata e os
beneficiários da mesma.
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado,
cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o
pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure
útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou
dirigente.
§ 4º O Ministério Público acompanhará a ação, cabendo-lhe
apressar a produção da prova e promover a responsabilidade, civil ou
criminal, dos que nela incidirem, sendo-lhe vedado, em qualquer
hipótese, assumir a defesa do ato impugnado ou dos seus autores.
§ 5º É facultado a qualquer cidadão habilitar-se como
litisconsorte ou assistente do autor da ação popular.

Art. 9º, Lei 4717/65. Se o autor desistir da ação ou der motiva à


absolvição da instância, serão publicados editais nos prazos e
condições previstos no art. 7º, inciso II, ficando assegurado a
qualquer cidadão, bem como ao representante do Ministério Público,
dentro do prazo de 90 (noventa) dias da última publicação feita,
promover o prosseguimento da ação.”

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