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DELEGADO DE POLÍCIA
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SIMULADO 01. COMENTÁRIOS
DIREITO ADMINISTRATIVO
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Turma 01. DELEGADO DE POLÍCIA
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O terceiro previsto no artigo 3º da Lei é a PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA que, mesmo não sendo
agente público, induziu ou concorreu para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficiou
direta ou indiretamente.
É o que a doutrina denominou de sujeito ativo IMPRÓPRIO.
Art. 3º da Lei 8429/1992. As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que,
mesmo não sendo agente público, INDUZA ou CONCORRA para a prática do ato de improbidade
ou dele SE BENEFICIE sob qualquer forma direta ou indireta.
2. Com base em disposição legal expressa, as sanções penais, civis e administrativas são
independentes, estando o responsável pelo ato de improbidade sujeito as cominações da Lei nº
8.429/92, que apenas podem ser aplicadas cumulativamente.
( )C ( x )E
3. Adriano, servidor público lotado em uma Secretaria Estadual, passou a utilizar de forma dolosa
o veículo do seu trabalho fora do horário de expediente, inclusive em viagens com a família e aos
finais de semana para visitar parentes. Considerando o previsto na Lei nº 8.429/1992, afirma-se
corretamente que sua conduta constitui ato de improbidade, sujeitando o responsável suspensão
dos direitos políticos de oito a dez anos e pagamento de multa civil de até três vezes o valor do
acréscimo patrimonial.
( x )C ( )E
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A assertiva está correta.
Adriano cometeu ato de improbidade na modalidade Enriquecimento Ilícito.
Art. 9º, IV, da Lei 8429/1992. UTILIZAR, em obra ou serviço particular, VEÍCULOS, MÁQUINAS,
EQUIPAMENTOS OU MATERIAL de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer
das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o TRABALHO DE SERVIDORES PÚBLICOS,
EMPREGADOS OU TERCEIROS CONTRATADOS por essas entidades;
Não confunda!
Tenha atenção aos verbos!
ENRIQUECIMENTO ILÍCITO LESÃO AO ERÁRIO
Art. 9º, IV. UTILIZAR, em obra ou serviço Art. 10, XIII. PERMITIR QUE SE UTILIZE, em obra
particular, VEÍCULOS, MÁQUINAS, ou serviço particular, veículos, máquinas,
EQUIPAMENTOS OU MATERIAL de qualquer equipamentos ou material de qualquer
Art. 12, I da Lei 8429/1992. na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função
pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três
vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
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ENRIQUECIMENTO LESÃO AO ERÁRIO CONTRA PRINCÍPIOS BENEFÍCIO
ILÍCITO FINANCEIRO OU
TRIBUTÁRIO
Suspensão dos direitos Suspensão dos direitos Suspensão dos direitos Suspensão dos
políticos de 8 a 10 políticos de 5 a 8 anos políticos de 3 a 5 anos direitos políticos de 5
anos CESPE CESPE CESPE CESPE CESPE CESPE FGV (UEPA – a 8 anos CESPE
VUNESP VUNESP (UEPA – PC/PA) PC/PA)
(UEPA – PC/PA)
Pagamento de multa Pagamento de multa Pagamento de multa Pagamento de multa
civil de até 3x o valor civil de até 2x o valor do civil de até 100x o valor civil de até 3 vezes o
do acréscimo dano CESPE CESPE da remuneração valor do benefício
patrimonial (UEPA – PC/PA) percebida pelo agente financeiro ou
(UEPA – PC/PA) CESPE FGV tributário concedido
(FAPEMS – PC/MS)
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INFORMAÇÃO EXTRA
STJ: Em regra, para a configuração dos atos de improbidade administrativa previstos no art. 10 da
Lei nº 8.429/92 exige-se a presença do EFETIVO DANO AO ERÁRIO. EXCEÇÃO: no caso da conduta
descrita no inciso VIII do art. 10, VIII não se exige a presença do efetivo dano ao erário. Isso porque,
neste caso, o dano é presumido (dano in re ipsa). (1ª Turma. AgInt no REsp 1542025/MG)
EXCEÇÃO:
STJ: A dispensa indevida de licitação ocasiona PREJUÍZO AO ERÁRIO IN RE IPSA. (AgRg nos EDcl no
AREsp 419769/SC)
Ou seja, NÃO precisa de dano comprovado.
5. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício configura ato de improbidade que
atenta contra os princípios.
( x )C ( )E
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improbidade administrativa prevista no art. 11, II, da Lei nº 8.429/92 (“retardar ou deixar de
praticar, indevidamente, ato de ofício”). (REsp 1312090/DF)
6. O agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado,
será punido com pena de suspensão pelo prazo de 30 dias.
( )C ( x )E
As bancas costumam trocar por suspensão, multa ou advertência. O que está errado.
7. Apenas o cidadão poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja
instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
( )C ( x )E
Assertiva está incorreta, logo, não possui respaldo no ordenamento jurídico pátrio.
Qualquer PESSOA poderá REPRESENTAR à autoridade administrativa competente.
Art. 14 da Lei 8429/1992. Qualquer PESSOA poderá REPRESENTAR à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de
improbidade.
Atenção!
Cobrado de forma recorrente em provas de Delegado!
PARA REPRESENTAR À AUTORIDADE PARA AJUIZAR A AÇÃO PRINCIPAL DE
ADMINISTRATIVA (art. 14) IMPROBIDADE (art. 17)
Qualquer pessoa Pessoa jurídica interessada ou Ministério
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Público
8. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo ministério público ou pela pessoa
jurídica interessada, dentro de sessenta dias da efetivação da medida cautelar.
( )C ( x )E
Assertiva está incorreta, logo, não possui respaldo no ordenamento jurídico pátrio.
O prazo é de 30 dias e é trocado de forma recorrente em provas.
Art. 17 da Lei 8429/1992. A ação PRINCIPAL, que terá o RITO ORDINÁRIO, será proposta pelo
MINISTÉRIO PÚBLICO ou pela PESSOA JURÍDICA INTERESSADA, dentro de TRINTA DIAS da
efetivação da medida cautelar.
A assertiva está incorreta por acrescentar a proibição de contratar com o poder público.
A Lei determina:
SÓ SE EFETIVAM COM O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA
perda da função pública suspensão dos direitos políticos
Art. 20 da Lei 8429/1992. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se
efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória.
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10. Higor Leonardo é prefeito de Campinas/SP e está sendo investigado por possíveis atos de
improbidade praticados durante o seu mandato. Nesse caso, a consequente ação de improbidade
poderá ser proposta até cinco anos após o início do exercício do seu mandato.
( )C ( x )E
O erro da questão não está no prazo prescricional. De fato, ele é de 5 (cinco) anos. O erro está no
termo inicial da prescrição. O prazo de cinco anos começa a ser contado a partir do término do
exercício do mandato.
Nesse caso, a consequente ação de improbidade poderá ser proposta até cinco anos após o FINAL
do exercício do seu mandato.
Art. 23 da Lei 8429/1992. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem
ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de
confiança;
DIREITO PENAL
11. No crime de Apropriação indébita previdenciária, é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena
se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que tenha promovido, após o início da
ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária,
inclusive acessórios.
( x )C ( )E
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A assertiva possui completa consonância com o artigo 168-A, § 3º, I, do Código Penal:
Apropriação indébita previdenciária
Art. 168-A do CP. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:
§ 3º É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for
primário e de bons antecedentes, desde que:
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da
contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; OU
II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido
pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.
12. O concurso de duas ou mais pessoas é causa de aumento de pena do crime de Extorsão e
circunstância qualificadora do Roubo.
( )C ( x )E
Em verdade, o concurso de duas ou mais pessoas é causa de aumento de pena do crime de Extorsão
e no crime de Roubo.
Roubo
Art. 157 do CP. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 2º A pena AUMENTA-SE de 1/3 (um terço) até metade:
II - se há o concurso de DUAS OU MAIS PESSOAS;
Porém, segundo Rogério Sanches, no crime de Extorsão, diferentemente do que ocorre no roubo,
só será majorada se houver, no mínimo, duas ou mais pessoas executando o crime, não se
computando eventuais partícipes.
Extorsão
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Art. 158 do CP. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter
para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é cometido por DUAS OU MAIS PESSOAS, ou com emprego de arma, aumenta-se a
pena de um terço até metade.
13. Sobre o crime de Furto, tipificado no artigo 155 do Código Penal, analise as seguintes
assertivas: (I) Se o agente é primário e a coisa furtada é de pequeno valor, há furto privilegiado,
caso em que é possível que o juiz aplique somente a pena de multa. (II) A energia elétrica ou
qualquer outra que tenha valor econômico equipara-se à coisa móvel para configuração do crime.
Há apenas uma assertiva correta.
( )C ( x )E
O § 2º do artigo 155 estabelece uma causa de diminuição de pena, chamada pela doutrina de “furto
privilegiado” se o bem é de pequeno valor e o agente é primário:
Furto
Art. 155 do CP. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
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§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena
de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar SOMENTE A PENA DE
MULTA.
Nos termos do §3º do art. 155 do Código Penal, equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou
qualquer outra que tenha valor econômico. Assim, a lei equiparou a energia elétrica a coisa móvel.
Engloba-se ainda a energia nuclear.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a ENERGIA ELÉTRICA ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
14. Joncleber cometeu crime de estelionato contra uma Autarquia Estadual, causando prejuízos
significativos à entidade, sendo condenado à pena de reclusão, porém sem trânsito em julgado.
Nessa situação, é possível afirmar que a causa de aumento prevista no art. 171, § 3º, do Código
Penal é aplicável ao caso por se tratar o ofendido de entidade de direito público, sendo a fração
de aumento sempre fixa, em 1/3 (um terço).
( x )C ( )E
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Súmula 24 do STJ. Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade
autárquica da previdência social, a qualificadora do § 3º, do art. 171 do Código Penal.
Furto
Art. 155 do CP. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz PODE SUBSTITUIR A
PENA DE RECLUSÃO PELA DE DETENÇÃO, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a
pena de multa.
INFORMAÇÃO EXTRA
NOVIDADE LEGISLATIVA (2019)
LEI 13.964/2019 (PACOTE ANTICRIME): ALTERAÇÕES NO CÓDIGO PENAL
AÇÃO PENAL NO CRIME DE ESTELIONATO (ART. 171, § 5º, DO CP)
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Turma 01. DELEGADO DE POLÍCIA
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b) criança ou adolescente;
c) pessoa com deficiência mental; ou
d) maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.
16. Há a configuração do crime de roubo na conduta de subtrair coisa móvel alheia, para si ou
para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer
meio, reduzido à impossibilidade de resistência. A pena aumenta-se de 2/3 terços se da violência
resulta morte.
( )C ( x )E
O resultado morte é uma QUALIFICADORA do crime roubo e não causa de aumento de pena.
Art. 157 do CP. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 3º Se da violência resulta:
I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa;
II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, e multa.
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Turma 01. DELEGADO DE POLÍCIA
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Assim, considera-se crime hediondo tanto roubo qualificado pelo resultado MORTE como
qualificado pelo resultado LESÃO CORPORAL GRAVE.
Art. 1º da Lei 8072/1990. São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
II - roubo:
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019)
17. É isento de pena quem comete qualquer crime contra o patrimônio em prejuízo do cônjuge,
na constância da sociedade conjugal; de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo
ou ilegítimo, seja civil ou natural.
( )C ( x )E
O art. 181 do CP trata das denominas ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS. As escusas absolutórias, também
conhecidas como imunidade absolutas, são circunstâncias de caráter pessoal, referente a laços
familiares ou afetivos entre os envolvidos, que por razões de política criminal, o legislador houve
por bem afastar a punibilidade.
A assertiva está incorreta, pois o artigo 183 excepciona a regra de isenção de pensa caso o crime
seja se roubo, extorsão ou quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa.
Art. 181 do CP. É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título, em
prejuízo:
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Art. 183 do CP. NÃO se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou
violência à pessoa;
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18. Somente se procede mediante representação se o crime de furto é cometido em prejuízo de
irmão, ainda que ilegítimo.
( x )C ( )E
O art. 182 do Código Penal prevê as chamadas IMUNIDADES RELATIVAS OU PROCESSUAIS, as quais
têm o papel de transformar crimes contra o patrimônio de ação penal pública incondicionada em
delitos de ação pública condicionada à representação.
Por corolário, as imunidades relativas não se aplicam aos crimes patrimoniais originariamente de
ação penal pública condicionada e nem mesmo aos crimes de ação penal privada.
A assertiva está conforme o artigo 182 do Código Penal.
Art. 182 do CP. Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste título é
cometido em prejuízo:
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo;
O artigo 183 excepciona a regra de isenção de pensa caso o crime seja se roubo, extorsão ou
quando haja emprego de grave ameaça ou violência à pessoa.
Art. 183 do CP. NÃO se aplica o disposto nos dois artigos anteriores:
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de grave ameaça ou
violência à pessoa;
19. Aquele que sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer
vantagem, como condição ou preço do resgate comete o crime de extorsão mediante sequestro.
( x )C ( )E
O crime de extorsão mediante sequestro é crime complexo, pois nele há a junção do crime de
extorsão com o sequestro ou cárcere privado.
No crime de extorsão mediante sequestro há uma finalidade específica, qual seja, com o fim de
obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate.
A conduta delitiva consiste em seqüestrar pessoa com o fim de obter para si ou para outrem
qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate.
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A assertiva possui embasamento no artigo 159 do Código Penal.
Extorsão Mediante Seqüestro
Art. 159 do CP. Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,
como condição ou preço do resgate:
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Cumpre destacar que o crime de extorsão mediante seqüestro é crime hediondo em quaisquer de
suas formas (art. 159, caput e §§ 1º a 3º)
20. Haverá dano qualificado se o crime for cometido contra o patrimônio da União, de Estado, do
Distrito Federal, de Município ou de autarquia, fundação pública, empresa pública, sociedade de
economia mista. O mesmo não ocorre se o crime é cometido contra o patrimônio de empresa
concessionária de serviços públicos.
( )C ( x )E
DIREITO AMBIENTAL
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21. SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Carlos capturou, para sua criação doméstica, um mico-leão-dourado,
espécie ameaçada de extinção. ASSERTIVA: No caso dessa guarda doméstica de espécie silvestre,
pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
( )C ( x )E
Esse é um dos artigos de predileção da banca CESPE. São raras as provas que ele não é cobrado.
Tenha atenção: o juiz APENAS pode deixar de aplicar a pena se o animal silvestre NÃO ESTIVER
AMEAÇADO DE EXTINÇÃO:
Art. 29 da Lei 9605/1998. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre,
nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade
competente, ou em desacordo com a obtida: Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre NÃO CONSIDERADA AMEAÇADA DE
EXTINÇÃO, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
A assertiva está errada, pois a prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou
à entidade pública ou privada com fim social e não a um fundo estadual.
Art. 12 da Lei 9605/1998. A prestação pecuniária consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à
entidade pública ou privada com fim social, de importância, fixada pelo juiz, não inferior a um
salário mínimo nem superior a trezentos e sessenta salários mínimos. O valor pago será deduzido
do montante de eventual reparação civil a que for condenado o infrator.
Pagamento em dinheiro
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Turma 01. DELEGADO DE POLÍCIA
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À vitima ou à entidade pública com ou privada com fim social
23. A Lei de Crimes Ambientais estabelece de forma expressa a possibilidade de aplicação da Lei
dos Juizados Criminais (Lei 9.099/1995) com as devidas modificações no caso de suspensão do
processo. Admite, ainda, a possibilidade de suspensão condicional da pena.
( x )C ( )E
Art. 16 da Lei 9605/1998. Nos crimes previstos nesta Lei, a suspensão condicional da pena pode ser
aplicada nos casos de condenação a pena privativa de liberdade não superior a três anos.
Admite também a suspensão do processo. No tocante a este instituto, a lei faz remissão à Lei de
Juizados Especiais (Lei 9.099/1995):
Art. 89 da Lei 9099/1995. Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um
ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a
suspensão do processo, por DOIS A QUATRO ANOS, desde que o acusado não esteja sendo
processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que
autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal).
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24. Dentre as circunstâncias que agravam a sanção penal, quando não constituem ou qualificam o
crime, considera-se o fato de o agente ter cometido a infração em sábados ou feriados e a
reincidência nos crimes de natureza ambiental.
( )C ( x )E
SOMENTE: em DOMINGOS OU FERIADOS a pena será agrava, pois dificulta a ação fiscalizatória.
Essa é uma pegadinha frequente em provas de Delegado.
Art. 15 da Lei 9605/1998. São CIRCUNSTÂNCIAS QUE AGRAVAM A PENA, quando não constituem
ou qualificam o crime:
I - reincidência nos crimes de natureza ambiental;
II - ter o agente cometido a infração:
h) em DOMINGOS ou FERIADOS;
25. A pessoa jurídica que realize atividades consideradas lesivas ao meio ambiente estará sujeita
à sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.
( x )C ( )E
Em um primeiro momento, o aluno deve compreender que o art. 225, § 3º, da CF/88 prevê a
TRÍPLICE RESPONSABILIZAÇÃO AMBIENTAL, estando, portanto, o causador de danos ambientais
sujeito à responsabilização administrativa, cível e penal, de modo independente e simultâneo:
Art. 225, § 3º, da CF. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da
obrigação de reparar os danos causados.
RESPONSABILIDADE CIVIL
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Turma 01. DELEGADO DE POLÍCIA
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A responsabilidade por danos ambientais na esfera CÍVEL É OBJETIVA. Isso significa que não é
preciso provar a culpa ou dolo do réu.
A RESPONSABILIDADE POR DANO AMBIENTAL É OBJETIVA, informada pela teoria do risco integral,
sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite que o risco se integre na unidade do
ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes
de responsabilidade civil para afastar sua obrigação de indenizar. (REsp 1374284/MG)
Art. 14 (...) §1º Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor
obrigado, INDEPENDENTEMENTE DA EXISTÊNCIA DE CULPA, a indenizar ou reparar os danos
causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União
e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos
causados ao meio ambiente.
RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
Por outro lado, para a aplicação de penalidades administrativas, não se obedece a essa mesma
lógica. A responsabilidade ADMINISTRATIVA ambiental apresenta CARÁTER SUBJETIVO, exigindo
dolo ou culpa para sua configuração.
A diferença entre os dois âmbitos de punição e suas consequências fica bem estampada da leitura
do art. 14, caput e § 1º, da Lei nº 6.938/81.
O caput do art. 14, que trata sobre a responsabilidade administrativa, não dispensa a existência de
culpa. Logo, interpreta-se que ele exige dolo ou culpa:
Art. 14. Sem prejuízo das penalidades definidas pela legislação federal, estadual e municipal, o não
cumprimento das medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos
causados pela degradação da qualidade ambiental sujeitará os transgressores:
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RESPONSABILIDADE CRIMINAL
A TUTELA PENAL do meio ambiente tem o seu núcleo na Lei 9.605/1998 (Lei dos Crimes
Ambientais). Essa lei regulamentou o quanto disposto no artigo 225, § 3.º, da Constituição Federal
de 1988. Eis o dispositivo regulamentador da Lei 9.605/1998:
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras,
coautoras ou partícipes do mesmo fato”.
26. As penas de interdição temporária de direito são a proibição de o condenado contratar com o
Poder Público, de receber incentivos fiscais ou quaisquer outros benefícios, bem como de
participar de licitações, pelo prazo de três anos, no caso de crimes dolosos.
( )C ( x )E
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CRIME DOLOSO CRIME CULPOSO
5 ANOS 3 ANOS
27. Julgue os itens que contemplam crimes ambientais: (I) Impedir ou dificultar a regeneração
natural de florestas e demais formas de vegetação, com pena de detenção de seis meses a um
ano e multa. (II) O abate de animal, para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação
predatória ou destruidora de animais, dispensada a autorização da autoridade competente.
Ambos são crimes com base na Lei nº 9605/1998.
( x )C ( )E
Art. 48 da Lei 9605/1998. Impedir ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas
de vegetação:
INFORMAÇÃO EXTRA
A CESPE considerou correta a seguinte assertiva: O crime ambiental que consiste em impedir o
nascimento de nova vegetação ou dificultar a regeneração natural de florestas e demais formas
de vegetação É CRIME PERMANENTE, visto que a consumação do delito se protrai no tempo,
violando o bem jurídico tutelado de forma contínua e duradoura, renovando-se, a cada momento a
consumação, consoante entendimento do STF.
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Turma 01. DELEGADO DE POLÍCIA
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Pois a conduta é atípica apenas se legal e expressamente autorizado pela autoridade competente.
( )C ( x )E
Art. 60 da Lei 9605/1998. Construir, reformar, ampliar, instalar ou fazer funcionar, em qualquer
parte do território nacional, estabelecimentos, obras ou serviços potencialmente poluidores, sem
licença ou autorização dos órgãos ambientais competentes, ou contrariando as normas legais e
regulamentares pertinentes:
29. A pena prevista para o crime de poluição é agravada caso dele decorra poluição hídrica que
torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de uma comunidade.
( )C ( x )E
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Turma 01. DELEGADO DE POLÍCIA
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A assertiva está incorreta.
Causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de
uma comunidade é uma QUALIFICADORA do crime de poluição e não agravante, conforme se
verifica do artigo 54, § 2º, inciso III, da Lei 9.605/1998:
Art. 54 da 9605/1998. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição
significativa da flora:
§ 2º Se o crime:
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público de água de
uma comunidade;
30. A responsabilidade civil da pessoa jurídica depende da infração ter sido cometida por decisão
de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da
sua entidade. Essa responsabilidade não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou
partícipes do mesmo fato.
( x )C ( )E
Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas NÃO EXCLUI a das pessoas físicas,
autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato.
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