Você está na página 1de 59

DISPOSIÇÕES GERAIS:

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STF Prova: CESPE - 2008 - STF - Técnico Judiciário - Área
Administrativa

Texto associado

Considera-se agente público, para os efeitos da lei de improbidade administrativa, todo aquele que
exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.
(CERTO).

Ano: 2007 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2007 - AGU - Procurador Federal -
Prova 1

Texto associado

Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito,
caberá à autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a
indisponibilidade dos bens do indiciado. Ademais, a rejeição da representação realizada por particular à
administração pública, por não se cumprirem as formalidades legais, não impede a representação ao
Ministério Público. (CERTO).

CERTO. Tal assertiva é a junção do disposto nos arts. 7º e 14 da LIA, vejamos:"Art. 7º - Quando o ato
de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá à
autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a
indisponibilidade dos bens do indiciado. Ademais, a rejeição da representação realizada por particular
à administração pública, por não se cumprirem as formalidades legais, não impede a representação ao
Ministério Público"."Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de
improbidade.§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado,
se esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a
representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Público

Julgue os itens subsecutivos, referentes ao controle da administração pública.


A decretação de indisponibilidade de bens em decorrência da apuração de atos de improbidade
administrativa deve limitar-se à constrição dos bens necessários ao ressarcimento integral do dano, não
atingindo os bens adquiridos antes do suposto ato de improbidade (ERRADO).

Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico, Legislação dos
Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas

A presente questão exigiu conhecimentos específicos acerca da jurisprudência do STJ a proposição do


alcance da medida de indisponibilidade de bens, prevista na Lei 8.429/92, como mecanismo para
assegurar o ressarcimento dos danos ocasionados ao Erário.

Com efeito, ao contrário do afirmado pela Banca, a compreensão sedimentada por aquela E. Corte
Superior é na linha da plena possibilidade de que sejam abarcados todos os bens do patrimômio do
sujeito ativo da improbidade administrativa, inclusive aqueles adquiridos em momento anterior ao
cometimento do ilícito.

Na linha do exposto, dentre outros, confira-se o seguinte julgado:

"RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. EMBARGOS DE TERCEIRO OPOSTOS PELA ESPOSA DO ACIONADO.
CABIMENTO DA JUNTADA DE DOCUMENTOS NOVOS EM FASE DE APELAÇÃO, DESDE QUE OBSERVADO O
CONTRADITÓRIO. POSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DA CONSTRIÇÃO PATRIMONIAL SOBRE BENS
ADQUIRIDOS EM DATA ANTERIOR À SUPOSTA CONDUTA ÍMPROBA EM MONTANTE SUFICIENTE PARA O
RESSARCIMENTO INTEGRAL DO AVENTADO DANO AO ERÁRIO. PRECEDENTES DESTA CORTE. RECURSO
ESPECIAL DESPROVIDO.

1. A juntada de documentos, em fase de apelação, que não se enquadram naqueles indispensáveis à


propositura da ação e apresentam cunho exclusivamente probatório, com o nítido caráter de esclarecer
os eventos narrados, é admitida, desde que garantido o contraditório e ausente qualquer indício de má-
fé, sob pena de se sacrificar a apuração dos fatos sem uma razão ponderável.

2. É pacífica no Superior Tribunal de Justiça a orientação de que a medida constritiva deve recair sobre o
patrimônio dos réus em ação de improbidade administrativa, de modo suficiente a garantir o integral
ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, levando-se em consideração, ainda, o valor de possível
multa civil como sanção autônoma (REsp. 1.347.947/MG, Rel. Min. ELIANA CALMON, DJe 28.08.2013).
3. A indisponibilidade acautelatória prevista na Lei de Improbidade Administrativa tem como finalidade a
reparação integral dos danos que porventura tenham sido causados ao erário; trata-se de medida
preparatória da responsabilidade patrimonial, representando, em essência, a afetação de todos os bens
necessários ao ressarcimento, podendo, por tal razão, atingir quaisquer bens ainda que adquiridos
anteriormente ao suposto ato de improbidade. Precedentes.

4. Recurso Especial desprovido."

(RESP - RECURSO ESPECIAL - 1176440 2010.00.11214-3, NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, STJ - PRIMEIRA
TURMA, DJE DATA:04/10/2013)

Assim sendo, conclui-se pela incorreção da assertiva ora analisada.

Gabarito do professor: ERRADO

A fundamentação de que os bens conscritos podem satisfazer também o pagamento da multa está
expresso no Informativo 533 do STJ.

A INDISPONIBILIDADE DE BENS NA AÇÃO DE IMPROBIDADE PODE SER

DETERMINADA EM VALOR SUPERIOR AO PREJUÍZO CAUSADO AO ERÁRIO

A indisponibilidade de bens pode ser determinada com valor superior ao mencionado na petição inicial
da ação de improbidade (ex: a petição inicial narra um prejuízo ao erário de 100 mil reais, mas o MP
pede a indisponibilidade de 500 mil reais do requerido)?

SIM. É possível que se determine a indisponibilidade de bens em valor superior ao indicado na inicial da
ação visando a garantir o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, levando-se em
consideração, até mesmo, o valor de possível multa civil como sanção autônoma. Isso porque a
indisponibilidade acautelatória prevista na Lei de Improbidade Administrativa tem como finalidade a
reparação integral dos danos que porventura tenham sido causados ao erário.

STJ. 1ª Turma. REsp 1.176.440-RO, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, julgado em 17/9/2013.

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MC Prova: CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de
Suporte - Direito
A respeito de improbidade administrativa, julgue os itens que se seguem.

Se um agente público, que tiver enriquecido ilicitamente, vier a falecer no decorrer de um processo
administrativo relativo a ato de improbidade contra a administração pública, os sucessores desse agente
passarão a responder pela atitude praticada por ele, mas a responsabilidade será limitada ao quinhão no
valor da herança. (CERTO).

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Prova: CESPE - 2013 - TRT - 8ª
Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa

A propósito das disposições gerais da Lei n.º 8.429/1992, assinale a opção correta.

A Não será considerado agente público, para os efeitos da lei em pauta, aquele que exerça, sem
remuneração, função em autarquia federal.

B O dano deve ser ressarcido integralmente caso ocorra lesão ao patrimônio público por ação ou
omissão dolosa do agente público, sendo dispensável o ressarcimento na hipótese de omissão culposa.

C Estará sujeito às cominações da lei em questão o sucessor daquele que se enriquecer ilicitamente, até
o limite do valor das vantagens patrimoniais recebidas indevidamente.

D Na hipótese em que o ato de improbidade ensejar enriquecimento ilícito, caberá à autoridade


administrativa responsável pelo inquérito representar ao TCU, visando a indisponibilidade dos bens do
indiciado.

E Deve ser punido, na forma da lei em apreço, o ato de improbidade administrativa praticado por agente
público contra entidade para cuja criação o erário tenha concorrido com mais de

do patrimônio.

Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico, Legislação dos
Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas

Vejamos cada opção, separadamente:

a) Errado: a definição de agente público, constante do art. 2º, caput, Lei 8.429/92, expressamente
contempla aqueles que exerçam função pública, mesmo que sem remuneração, nas entidades
referidas no art. 1º, dentre as quais estão as autarquias. Logo, incorreta a presente afirmativa.
b) Errado: o art. 5º da Lei 8.429/92 impõe a necessidade de ressarcimento integral do dano em casa de
ação ou omissão, dolosa ou culposa. Assim sendo, havendo omissão culposa, o responsável pelo dano
deverá, sim, ser chamado a recompor o patrimônio do erário, de modo integral.

c) Errado: o limite correto, para efeitos de transmissão da responsabilidade aos herdeiros, consiste nas
forças da herança (Lei 8.429/92, art. 8º), e não no valor das vantagens patrimoniais recebidas
indevidamente.

d) Errado: a representação em tela não deve ser feita perante o TCU, e sim perante o Ministério
Público, conforme assevera o art. 7º, caput, Lei 8.429/92.

e) Certo: base legal expressa no art. 1º, caput, parte final, Lei 8.429/92.

Resposta: E

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2013 - TJ-DFT - Técnico Judiciário -
Área Administrativa

Texto associado

Com base no disposto na Lei n.º 8.429/1992, julgue os itens

seguintes.

As penalidades aplicadas ao servidor ou a terceiro que causar lesão ao patrimônio público são de
natureza pessoal, extinguindo-se com a sua morte. (ERRADO).

Autor: Dênis França, Juiz Federal, de Direito Administrativo

O que é probidade? é a observância rigorosa dos deveres, da justiça e da moral; é a honradez.

O tema é regulado pela Lei 8.429 e aquele que incorrer na prática de um ato de improbidade pode ser
punido nas instâncias penal, civil e administrativa, instâncias que não se comunicam, e podem alcançar,
conforme o caso, mesmo quem não for servidor.

No caso específico da instância cível, da qual cuida a lei de improbidade, o sujeito considerado ímprobo
poderá sofrer diversas sanções, a saber: perda da função, perda dos bens, ressarcimento ao erário,
suspensão dos direitos políticos, multa e proibição de contratar ou receber benefícios do poder público.

Claro, algumas dessas sanções possuem caráter personalíssimo e só podem ser aplicadas ao próprio
condenado por improbidade.

Mas você já imaginou que tragédia seria se um agente ímprobo causasse lesão ao patrimônio e, se
morresse, não se pudesse reaver aquele prejuízo no patrimônio dos sucessores, aqueles que herdaram
sua herança?

É por isso que o art. 8º da Lei de Improbidade assim previu:

"Art. 8° O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente está
sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança."

A previsão, aliás, está em consonância com o que preconiza o inciso XLV do art. 5º da CF/88:

"XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;"

Portanto, não sendo de natureza personalíssima todas as sanções e não se extinguindo todas as
consequências de um ato ímprobo com a morte de seu agente, o item está ERRADO.

Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: SERPRO Prova: CESPE - 2010 - SERPRO - Analista -
Advocacia
Texto associado

Julgue os itens a seguir, referentes ao direito administrativo.

A Lei de Improbidade Administrativa é aplicável somente aos agentes públicos, e desde que induzam ou
concorram para a prática do ato de improbidade administrativa ou dele se beneficiem sob qualquer
forma direta ou indireta. (ERRADO).

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: HEMOBRÁS Prova: CESPE - 2008 - HEMOBRÁS - Analista de
Gestão Administrativa - Administrador

Texto associado

Acerca da improbidade adminsitrativa, julgue os seguintes itens.

O objeto da ação de improbidade administrativa é a punição do agente e não a anulação do contrato.


(CERTO).

Essa é exatamente uma das diferenças entre a ação popular e ação civil pública por ato de improbidade
administrativa. Enquanto a ação popular tem como finalidade anular o ato imoral, a ACP por ato de
improbidade tem como finalidade responsabilizar o agente.

Anular ato: ação popular.

Punir: ação de improbidade administrativa.

Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: IFB Prova: CESPE - 2011 - IFB - Assistente de Administração

Texto associado

Acerca do processo administrativo no âmbito da administração pública federal, do instituto da


improbidade administrativa e dos crimes contra o patrimônio, julgue os itens seguintes.

Está sujeito às penalidades pela prática dos atos de improbidade o presidente de entidade associativa de
natureza privada que recebe valores de ente público a título de subvenção. (CERTO).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Técnico Ministerial -
Área Administrativa
Com relação ao que dispõe a Lei n.º 8.429/1992, que trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos
que praticarem atos de improbidade administrativa, julgue o seguinte item.

A lei em apreço visa coibir o enriquecimento ilícito de agentes públicos no exercício de cargo público e,
portanto, suas sanções recairão exclusivamente contra servidor efetivo que praticar ato de improbidade.
(ERRADO).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Técnico Ministerial -
Área Administrativa

Texto associado

José, servidor de um órgão público, autorizou a entrada de uma amiga, Cristina, trabalhadora sem
vínculo com o serviço público, em sua repartição. Cristina e José elaboraram conjuntamente um
documento falso que determinava a transferência de determinados bens para outro prédio do órgão, por
ordens superiores. Sob essa justificativa, Cristina obteve autorização dos seguranças para efetuar o
transporte desses bens, ocasião em que furtou equipamentos de tecnologia.

Nessa situação hipotética, conforme as disposições da Lei n.º 8.429/1992,

somente José, por ser agente público, estará sujeito às penalidades relativas aos atos de improbidade
administrativa previstas na lei em questão, enquanto Cristina, por não ter vínculo com o serviço público,
não estará sujeita a essa lei, devendo ser responsabilizada somente na esfera criminal. (ERRADO).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Técnico Ministerial -
Área Administrativa

Texto associado

José, servidor de um órgão público, autorizou a entrada de uma amiga, Cristina, trabalhadora sem
vínculo com o serviço público, em sua repartição. Cristina e José elaboraram conjuntamente um
documento falso que determinava a transferência de determinados bens para outro prédio do órgão, por
ordens superiores. Sob essa justificativa, Cristina obteve autorização dos seguranças para efetuar o
transporte desses bens, ocasião em que furtou equipamentos de tecnologia.

Nessa situação hipotética, conforme as disposições da Lei n.º 8.429/1992,

ao ter facilitado e concorrido para a incorporação, ao patrimônio particular de Cristina, de bens do


acervo patrimonial do órgão público, José praticou ato de improbidade administrativa que causa lesão ao
erário, devendo ser penalizado na forma da lei, independentemente da comprovação de dolo. (CERTO).
Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista Ministerial
- Área Processual

De acordo com a Lei n.º 8.429/1992, julgue o próximo item, relativo a improbidade administrativa.

Situação hipotética: Sávio, profissional liberal, induziu Jorge, servidor público, a cometer ato de
improbidade administrativa, mas não concorreu para tal prática e não se beneficiou dela. Assertiva:
Jorge poderá ser responsabilizado pelo ato ímprobo, mas Sávio estará isento de punição, por não ter sido
beneficiado com a conduta de Jorge. (ERRADO).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista Ministerial
- Área Processual

Texto associado

O estado do Piauí concedeu incentivo fiscal a determinada organização social (OS), visando fomentar a
execução de projeto social voltado à preservação do meio ambiente. Assim, foi firmado contrato de
gestão para o fomento e a execução de atividades, ficando consignado no ajuste que o ente federado
repassaria verba pública à OS. No início da execução da parceria, a OS contratou, sem concurso público,
um profissional para trabalhar na área de atuação da OS. No exercício de suas funções, esse profissional,
com o auxílio de um servidor público estadual, permitiu que sua esposa utilizasse, para fins particulares,
parte da verba pública transferida pela administração pública à entidade. O Ministério Público, ao tomar
ciência do fato, requereu ao juízo competente medida cautelar de indisponibilidade de bens do
trabalhador contratado e do servidor público que o havia auxiliado.

Com relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.

De acordo com o Superior Tribunal de Justiça, havendo indícios da prática de ato de improbidade, é
cabível o deferimento de medida cautelar de indisponibilidade de bens, sendo presumido o requisito do
periculum in mora. (CERTO).

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Provas: CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos
Básicos - Cargos: 1, 2, 3 e 4

Acerca da responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa, julgue o item a seguir, à
luz da Lei n.º 8.429/1992.

Sociedade de economia mista em que a União detenha mais de 50% das cotas sociais será considerada
sujeito ativo de improbidade administrativa caso um de seus dirigentes cometa conduta dolosa que
cause prejuízo ao erário. (ERRADO).
Autor: Thaís Netto, Advogada, Especialista em Direito Público - Puc-Minas, Especialista em Administração
Pública - UFJF e Mestranda em Direito e Inovação - UFJF, de Direito Administrativo, Princípios, Normas e
Atribuições Institucionais

A questão indicada está relacionada com a Lei nº 8.429 de 1992.

1) Elementos constitutivos do ato de improbidade administrativa:

Segundo Di Pietro (2018), o ato de improbidade, para acarretar a aplicação das sanções previstas no art.
37, §4º, da Constituição, exige a presença de determinados elementos:

• sujeito passivo: art. 1º da Lei nº 8.429 de 1992: Os atos de improbidade praticados por qualquer
agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, cuja criação ou custeio
o erário haja concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita
anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos
cofres públicos.

- Administração direta;

- Administração indireta (ou fundacional) de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal, dos Municípios e do Território;

- Empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual; e

- Entidades que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem
como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% do
patrimônio ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito
sobre a contribuição dos cofres públicos.

• sujeito ativo: "o agente ou terceiro que induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta (art.1º e 3º)" (DI PIETRO, 2018).

• Conforme indicado por Di Pietro (2018), "ocorrência de ato danoso descrito na lei, causador de
enriquecimento ilícito para o sujeito ativo, prejuízo para o erário, atentado contra os princípios da
Administração Pública ou concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário; o
enquadramento do ato pode dar-se isoladamente, em uma das quatro hipóteses, ou cumulativamente,
em duas, três ou quatro".

• Elemento: dolo ou culpa.

Referências:

DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 31 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.

NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2018.
Gabarito: ERRADO, uma vez que é sujeito ativo o agente ou terceiro que induza ou concorra para a
prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta, nos termos do
art. 1º e 3º, da Lei nº 8.429 de 1992. O sujeito passivo, por sua vez, pode ser a empresa incorporada ao
patrimônio público ou de entidade cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com
mais de 50% do patrimônio ou da receita anual. Assim, a sociedade de economia mista poderia ser
sujeito passivo.

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Provas: CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos
Básicos - Cargos: 1, 2, 3 e 4

Acerca da responsabilização pela prática de ato de improbidade administrativa, julgue o item a seguir, à
luz da Lei n.º 8.429/1992.

Estudante maior de vinte e um anos de idade que estagia sem remuneração em empresa pública
estadual estará sujeito a responder por ato de improbidade administrativa caso se utilize de sua
condição de estagiário para auferir vantagem econômica indevida. (CERTO).

DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PRF Prova: CESPE - 2008 - PRF - Policial Rodoviário Federal

Durante abordagem a um carro, um PRF, ao revistar o portamalas do automóvel, verificou que


mercadorias de comercialização proibida no território nacional haviam sido importadas pelo condutor e
estavam sendo transportadas. O condutor informou que era desempregado e fizera viagem a país
vizinho porque pretendia vender as mercadorias no DF e, ato contínuo, ofereceu ao PRF R$ 1.000,00
para que este possibilitasse a continuidade da viagem, livre de qualquer repressão.

Diante dessa situação hipotética e levando em consideração os ditames da Lei de Improbidade


Administrativa, assinale a opção correta.

A Caso o PRF aceitasse a oferta do condutor, estaria configurada a prática de improbidade administrativa
na modalidade dos atos que importam enriquecimento ilícito.

B Caso o PRF aceitasse a vantagem econômica oferecida, o condutor poderia responder criminalmente,
mas não responderia por improbidade administrativa, já que é particular, ou seja, não ocupa função
pública.

C Caso o PRF aceitasse a vantagem econômica oferecida, estaria sujeito às cominações previstas na lei
em questão, as quais impedem, para evitar a dupla penalização, a aplicação de outras sanções civis e
administrativas

D Caso o PRF aceitasse a propina oferecida, qualquer pessoa que viesse a ter ciência do fato poderia
representar à autoridade administrativa competente para a instauração de investigação destinada a
apurar a prática do ato de improbidade. Caso a representação atendesse aos requisitos legais, a
apuração dos fatos seria processada na forma do procedimento previsto no CPC.

E No caso de o PRF praticar o ato ímprobo, qualquer ação destinada a aplicar sanções previstas na lei em
apreço poderia ser proposta até cinco anos após o término do exercício do mandato do PRF.

Autor: Dênis França, Juiz Federal, de Direito Administrativo

Improbidade é o mesmo que imoralidade e desonestidade, sendo um conceito amplo. A própria


Constituição determinou que a lei previsse a punição para os agentes de atos ímprobos, e a Lei
8.429/92 regulamentou a aplicação de sanções.

Nesta lei há três categorias de atos de improbidade, distribuídos nos artigos 9 a 11, da seguinte
forma:

- Art. 9º → atos que importam enriquecimento ilícito: sua prática traz algum tipo de benefício para
o agente, ainda que indireto. É o caso de recebimento de propina ou até mesmo de utilização de um
bem ou serviço pelo agente, que se enriquece por aquele uso na medida em que aufere um benefício
sem ter que utilizar recursos próprios. Ex: uso de trator da prefeitura no terreno particular. Deve haver
dolo (vontade livre e consciente dirigida à prática do ato) por parte do agente.

- Art. 10 → atos que causam lesão ao erário: são situações em que apesar de o agente não auferir
algum benefício, ou seja, não se enriquecer ilicitamente, há prejuízo aos cofres públicos. Ex: dispensar
indevidamente a realização de uma licitação. Pode ser punido tanto nos casos de dolo quanto nos de
culpa do agente.

- Art. 11 → atos que atentam contra os princípios da administração pública:não há prejuízo ao


erário, nem enriquecimento ilícito do agente. Mas algum princípio administrativo é desrespeitado. Ex:
negar publicidade aos atos oficiais. Como acontece com os atos que importam enriquecimento ilícito,
também só pode ser punido a título de dolo.

Note que cada um desses artigos traz um rol, uma lista de atos que configuram cada uma das
três situações. Mas essa lista é exemplificativa, ou seja, atos semelhantes podem ser enquadrados
como ímprobos, ainda que não estejam expressamente descritos nos incisos. E é claro que os atos do
art. 9º são mais graves do que os do art. 10 e estes mais graves do que os do art. 11, razão pela qual se
determinada conduta puder se enquadrar ao mesmo tempo em mais de uma das situações deverá ser
encaixada na situação mais grave.

Vejamos, então, as alternativas:

- Alternativa A: é a correta, pois o ato de receber a oferta do particular configuraria, por parte do
policial, um ato ímprobo que causa seu enriquecimento ilícito.

- Alternativa B:errada, pois o particular também poderia pratica a improbidade, como se observa
do seguinte dispositivo da lei de regência: Art. 3° As disposições desta lei são aplicáveis, no que
couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de
improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.

- Alternativa C:errada, pois as instâncias de responsabilização – criminal, administrativa e civil –


são em regra independentes podem ser concomitantes. É o teor do seguinte dispositivo da lei de
improbidade: Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato (…).

- Alternativa D:de fato, qualquer pessoa pode dar notícia da irregularidade, como prevê o art. 14
da Lei de Introdução: Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
Porém, está errado dizer que a ação seguirá a forma prevista no CPC, porque os parágrafos do próprio
art. 14 determinam uma maneira própria de processamento das ações de improbidade.

- Alternativa E:errada, porque PRF não tem mandato, trata-se de um servidor efetivo. Portanto, o
prazo legal para propositura da ação de improbidade será, no caso, de acordo com o art. 23, II, da Lei
de Improbidade, o seguinte: II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas
disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo
ou emprego. No caso federal, o prazo previsto na lei até é de 5 anos, mas isso é uma coincidência, e a
alternativa ficou errada porque fundamentou o prazo como se fosse o PRF um agente investido de
mandato.

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RR Prova: CESPE - 2008 - MPE-RR - Promotor de
Justiça

Texto associado

Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a observar, de forma estrita, os
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos de sua
competência. (CERTO).
Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-BA Prova: CESPE - 2010 - TCE-BA - Procurador

No tocante à improbidade administrativa, julgue o item que se segue.

A configuração do ato de improbidade que viola princípios administrativos independe da ocorrência de


dano ou lesão ao erário público. (CERTO).

Apenas para ilustrar com um julgado do Superior Tribunal de Justiça do ano de 2010:

RECURSO ESPECIAL - ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO CIVIL PÚBLICA – IMPROBIDADE


ADMINISTRATIVA – VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC NÃO CARACTERIZADA – APLICAÇÃO DA LEI
8.429/1992 – AGENTES POLÍTICOS MUNICIPAIS – AUSÊNCIA DE DANO AO ERÁRIO – VIOLAÇÃO AOS
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS – ART. 11 DA LEI 8.429/1992 – ELEMENTO SUBJETIVO – DOLO GENÉRICO.

1. Não ocorre ofensa ao art. 535, II, do CPC, se o Tribunal de origem decide, fundamentadamente, as
questões essenciais ao julgamento da lide.

2. Aplica-se a Lei nº 8.429/1992 aos agentes políticos municipais.

Precedente do STJ.

3. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o ato de improbidade por lesão aos
princípios administrativos (art. 11 da Lei 8.249/1992), independe de dano ou lesão material ao erário.

4. Não caracterização do ato de improbidade tipificado no art. 11 da Lei 8.429/1992, exige-se o dolo lato
sensu ou genérico.

5. Compreensão dos princípios do Direito Romano jura novit curia e da mihi factum dabo tibi ius, em que
as leis são do conhecimento do juiz, bastando que as partes lhe apresentem os fatos.

6. Recurso especial conhecido e não provido.

(STJ, REsp 1192583/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/08/2010, DJe
08/09/2010).

Comentário:

O item está correto, nos termos do art. 21 da Lei 8.429/92:

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento;


II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de
Contas.

Por óbvio, o inciso I acima se refere apenas aos atos de improbidade que importam enriquecimento
ilícito e aos que atentam contra os princípios da Administração Pública, vez que os que causam prejuízo
ao erário, por definição, requerem a ocorrência de dano ou lesão ao patrimônio público. Já os
doisprimeiros podem se consumar sem que deles resultem qualquer prejuízo material para o patrimônio
público.

Ademais, perceba que a aplicação da pena de ressarcimento é prevista para as três categorias de atos de
improbidade, porém só é aplicável nos casos concretos em que ocorrer dano efetivo ao erário.

Gabarito: Certo

Prof. Erick Alves

O professor João Trindade comenta: " Sempre que houver prejuízo à Fazenda Pública ( ao erário), por
qualquer forma, deve-se dar a integral recomposição do dano causado. Essa previsão tem sede
constitucional ( art. 37, § 4º) - que, inclusive, determina que a obrigação de reparar o dano ao erário é
imprescritível. Logo, mesmo que haja a prescrição do ato de improbidade, a obrigação de compensar o
prejuízo causado não prescreve nunca. (art. 37 §5º CF).

Atenção: Segundo o entendimento do STJ, para configuração dos atos de improbidade administrativa
previstos no art. 10 da Lei 8429 exige a presença do efetivo dano ao erário. (STJ, AgRg no REsp
1199582/SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, 1ª Turma, jul. 15.12.2011,DJe 09.02.2012).

Entretanto, devemos estar atentos ao enunciado:

Orientação conforme a Lei 8429: independe da efetiva ocorrência do dano (Artigo 21, I).

Caso o enunciado seja omisso ou conforme a jurisprudência - devemos seguir o entendimento do STJ -
depende da comprovação do dano.

Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Provas: CESPE - 2011 - TJ-ES - Analista Judiciário -
Direito - Área Judiciária - específicos

Texto associado

Julgue os itens seguintes, considerando a Lei de Improbidade


Administrativa.

Os atos de improbidade administrativa estão taxativamente previstos em lei, não sendo possível
compreender que sua enumeração seja meramente exemplificativa. (ERRADO).

Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico, Legislação dos
Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas

Os atos de improbidade administrativa estão previstos nos arts. 9º ao 11 da Lei 8.429/92, sendo que, da
leitura dos caput's de tais dispositivos legais, fica muito claro que o legislador pretendeu estabelecer
elencos meramente exemplificativos, e não taxativos, como equivocadamente afirmado nesta questão.
Isto porque, nos três artigos de lei, utilizou-se a fórmula "e notadamente", o que revela não se cuidar de
numerus clausus. Qualquer conduta, portanto, que venha a se encaixar no que preveem os caput's de
tais dispositivos poderá ser enquadrada como ato ímprobo, nos termos da Lei 8.429/92.

Gabarito: Errado

Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRT - 21ª Região (RN) Prova: CESPE - 2010 - TRT - 21ª
Região (RN) - Analista Judiciário - Área Administrativa

Texto associado

Julgue os itens a seguir, relativos ao processo administrativo e à

improbidade administrativa.

O servidor público que lesionar o patrimônio público deve ressarcir integralmente o dano, ainda que sua
ação ou omissão seja culposa. (CERTO).

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPOG Prova: CESPE - 2013 - MPOG - Todos os Cargos -
Conhecimentos Básicos

Com base no disposto na Lei n.º 8.429/1992, que versa sobre improbidade administrativa, julgue o
próximo item.

Não configura improbidade administrativa a conduta do servidor público que, ciente de conduta ilícita de
colega ímprobo, de mesma hierarquia, não comunica o fato ao superior hierárquico. (ERRADO).

A questão em tela é interessante, pois não se limitou a exigir dos...


Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico, Legislação dos
Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas

A questão em tela é interessante, pois não se limitou a exigir dos candidatos o conhecimento sobre a
letra fria da lei. Foi além disso. Exigiu, também, um pouco mais de raciocínio jurídico. Vejamos: O
candidato deveria se recordar que, dentre o rol previsto no art. 11 da Lei 8.429/92, encontra-se, em seu
inciso II, a seguinte conduta: “retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício”. Pois bem,
acontece que os estatutos dos servidores públicos, de uma forma geral, estabelecem o dever de reportar
irregularidades de que venham a ter ciência. A Lei 8.112/90, por exemplo, contém norma dessa natureza
em seu art. 116, inciso VI. Trata-se, portanto, de ato que deve ser praticado de ofício pelos servidores
públicos federais, de modo que, acaso quedarem-se inertes, diante de eventual ilegalidade de que
tomem ciência no exercício de suas funções, estarão, em tese, incidindo na moldura do art. 11, II, da Lei
de Improbidade Administrativa. Com isso, conclui-se estar incorreta a afirmativa ora comentada.

Gabarito: Errado

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MI Prova: CESPE - 2013 - MI - Assistente Técnico
Administrativo

Com base na Lei de Improbidade Administrativa, julgue os itens subsecutivos.

Atos que atentem contra os princípios da administração pública constituem atos de improbidade
administrativa, independentemente de implicarem malversação de recursos públicos. (CERTO).

Ano: 2012 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ANAC Prova: CESPE - 2012 - ANAC - Técnico Administrativo

Texto associado

A respeito de processo administrativo e da legislação administrativa

brasileira, julgue os itens seguintes.

De acordo com a legislação, para que determinado ato seja caracterizado como ato de improbidade
administrativa, é necessário ter havido lesão ao erário, em virtude de ação ou omissão, desde que na
modalidade culposa. (ERRADO).

Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico, Legislação dos
Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas

Os atos de improbidade administrativa admitem três diferentes espécies, a saber: i) os que causam
enriquecimento ilícito; ii) os que ocasionam prejuízos ao erário; e iii) os que atentam contra os princípios
da Administração Pública. Tais atos encontram-se elencados, em caráter não exaustivo, respectivamente,
nos artigos 9º, 10 e 11 da Lei 8.429/92.

Ora, tanto os atos que ensejam enriquecimento ilícito como aqueles que se limitam a violar princípios da
Administração admitem suas práticas sem a necessidade de ter havido, também, lesão ao erário. Dito de
outro modo, não se trata de requisitos cumulativos.

Deveras, mesmo no que concerne aos atos que ocasionam prejuízos ao erário, é válido observar que
estes, é claro, também podem ser praticados mediante dolo (aliás, o dolo é, por excelência, o elemento
subjetivo mais frequentemente presente nos atos de improbidade). Isto fica evidente da simples leitura
do art. 10, caput, Lei 8.429/92, in verbis:

" Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:"

Fosse pouco, os artigos 9º e 11, por sua vez, sequer admitem a modalidade culposa. E sim, tão somente,
a dolosa.

Logo, não é verdade que somente a forma culposa seja passível de configurar os atos de improbidade.

Por todas as razões acima expostas, pode-se afirmar como incorreta a assertiva ora examinada.

Resposta: ERRADO

Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Correios Prova: CESPE - 2011 - Correios - Analista de
Correios - Administrador

Texto associado

Julgue os próximos itens, referentes aos poderes e deveres do

administrador público.

A dispensa indevida de processo licitatório por agente público, além de causar prejuízo ao erário,
constitui ato de improbidade administrativa que importa no enriquecimento ilícito daquele que o
pratica. (ERRADO).

Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-ES Prova: CESPE - 2011 - TJ-ES - Comissário da Infância e
da Juventude - Específicos

Considerando a Lei de Improbidade Administrativa, julgue os itens subsecutivos.

Os atos de improbidade administrativa estão taxativamente previstos em lei, não sendo possível
compreender que sua enumeração seja meramente exemplificativa. (ERRADO).

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: Prefeitura de Boa Vista - RR Prova: CESPE - 2019 -
Prefeitura de Boa Vista - RR - Procurador Municipal

A respeito de improbidade administrativa, processo administrativo e organização administrativa, julgue o


item seguinte.

Para a caracterização de ato de improbidade que cause dano ao erário, basta, com relação ao elemento
subjetivo, que seja constatada a culpa do agente com dever legal de evitar tal prejuízo. (CERTO).

Segundo Matheus Carvalho (2015), "o Superior Tribunal de Justiça definiu que apenas os atos de
improbidade que causam dano ao erário (art.10º) podem ser sancionados a título de dolo ou culpa,
sendo os demais atos de improbidade sancionados somente se comprovada a má-fé do agente, ou seja,
a atuação dolosa".

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Prova: CESPE - 2018 - MPE-PI - Analista Ministerial
- Área Processual

De acordo com a Lei n.º 8.429/1992, julgue o próximo item, relativo a improbidade administrativa.

De acordo com a lei em questão, o agente público que utilizar em serviço particular o trabalho de
servidores públicos cometerá ato de improbidade administrativa que causa prejuízo ao erário.
(ERRADO).

Lei n. 8.429:

Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer
tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou
atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente:

IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer


natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei,
bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades;

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Provas: CESPE - 2018 - MPE-PI - Conhecimentos
Básicos - Cargos de Nível Superior

De acordo com a Lei n.º 8.429/1992, julgue o próximo item, relativo a improbidade administrativa.

O agente público que contribuir para a aquisição, pela administração pública, de bem por preço superior
ao de mercado responderá por ato de improbidade administrativa, ainda que aja culposamente.
(CERTO).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-PI Provas: CESPE - 2018 - MPE-PI - Conhecimentos
Básicos - Cargos de Nível Superior

De acordo com a Lei n.º 8.429/1992, julgue o próximo item, relativo a improbidade administrativa.

O gestor público que deixar de cumprir, culposamente, exigência de requisitos de acessibilidade


previstos na legislação responderá por ato de improbidade administrativa, por ofender princípios da
administração pública. (ERRADO).

GAB: ERRADO!! Cuidado...

Realmente " deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibilidade previstos na legislação." é


ofensa aos princípios da administração pública.

Porém a questão fala "culposamente", esse é o erro da questão. Porque nesse caso, ofensa aos
princípios da administração pública se dá somente por dolo.

ART 9º é impar - então apenas uma forma - DOLO

ART 10º é par - então temos DUAS formas - DOLO E CULPA

ART 11º é impar - entao temos uma forma - DOLO

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-PE Provas: CESPE - 2019 - PGE-PE - Conhecimentos
Básicos - Cargos: 1, 2, 3 e 4

Com relação a licitações e contratos administrativos e às disposições da Lei de Improbidade


Administrativa, julgue o item que se segue.

A publicidade é condição de eficácia dos atos da administração pública, por isso a inobservância do
dever de publicação de atos oficiais pode caracterizar prática de ato de improbidade administrativa.
(CERTO).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB Provas: CESPE - 2018 - FUB - Conhecimentos Básicos -
Cargos de Nível Superior
Texto associado

José, servidor público federal estável, praticou, no ano de 2017, ato de improbidade administrativa no
exercício das atribuições de seu cargo, tendo causado prejuízo ao erário. Por isso, ele respondeu a
processo administrativo disciplinar, no qual teve assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Ao final do processo, José foi demitido e condenado ao ressarcimento integral do dano causado, nos
termos da lei.

Nessa situação hipotética, de acordo com os dispositivos do Regime Jurídico dos Servidores Públicos
Civis da União, da Lei n.º 8.429/1992 e os princípios e normas de ética do servidor público,

o ato de improbidade praticado por José teve natureza dolosa, uma vez que não se admite conduta
culposa para a configuração de ato administrativo que gere prejuízo ao erário. (ERRADO).

Autor: Ana Paula Querzé, Advogada Especialista em Direito Público e Tributário, Mestranda em Ciências
Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense - UFF., de Direito Administrativo

Os atos de improbidade que importam prejuízo ao erário estão elencados na lista exemplificativa do art.
10 da Lei 8.429/92.

Os referidos atos são os únicos que podem ser praticados sob a forma culposa, pois, a regra é a de que
as condutas do agente público ou do terceiro sejam intencionais (dolosas) para que se configure a
improbidade administrativa, como ocorre com aquelas que geram enriquecimento ilícito (art. 9), que
decorrem de concessão indevida de benefício financeiro / tributário (art. 10-A) ou que violam princípios
da Administração Pública (art. 11).

Vejamos o que diz, especificamente, o art. 10:

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou
omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou
dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente:

Portanto, no caso em tela, não podemos afirmar que o ato de improbidade que gerou prejuízo ao erário,
cometido por José, foi indubitavelmente doloso, uma vez que, existe a possibilidade de que sua conduta,
ainda que culposa, tenha sido processada, sim, como ato ímprobo, que gerou perdas patrimoniais para a
Administração.

DAS PENAS:
Q22887 Ano: 2007 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRT - 9ª REGIÃO (PR) Prova: CESPE - 2007 - TRT -
9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa

Texto associado

Considere a seguinte situação hipotética.

João, que tinha cargo exclusivamente em comissão na administração pública direta, praticou, entre
outros, ato de improbidade previsto na Lei n.º 8.429/1992. Em razão disso, foi exonerado do cargo,
alguns dias depois. Nessa situação, João não poderá mais sofrer a aplicação da penalidade administrativa
de destituição do cargo em comissão. (ERRADO).

Exoneração não é penalidade administrativa. Não tem caráter disciplinar. No entanto, a destituição de
cargo em comissão é penalidade para improbidade administrativa. Logo, poderá ser exonerado e
posteriormente, receber a punição de "destituição de cargo em comissão".

Lei 8.112 / 1990 (Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis Federais)

Capítulo V

Das Penalidades

Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos:

IV - improbidade administrativa;

Art. 135. A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será
aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão.

Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada nos termos do
art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão.

Capítulo II

Da Vacância

Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de função de confiança dar-se-á:

I - a juízo da autoridade competente;


II - a pedido do próprio servidor.

Assim, o João foi exonerado, ocorrendo APENAS a VACÂNCIA. E quanto ao ato de improbidade
praticado? Vai ficar “de graça”? Não. É o que nos explica os artigos da Lei 8.112 acima colacionados:
caso reste comprovado o ato ímprobo praticado pelo João, então o ato exoneratório (Art. 35) será
convertido em destituição de cargo em comissão (Art. 135). E qual o principal efeito que isso poderá
causar na vida do João? Simplesmente a PROIBIÇÃO VITALÍCIA DE RETORNO AO SERVIÇO PÚBLICO
FEDERAL, conforme manda o Parágrafo único do Art. 137:

Art. 137 - Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público federal o servidor que for demitido
ou destituído do cargo em comissão por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI.

Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RN Prova: CESPE - 2009 - MPE-RN - Promotor de
Justiça

Texto associado

De navio petroleiro que transitava pela costa brasileira, em

razão de seu péssimo estado de conservação e de negligência de

seus tripulantes, vazou grande quantidade de óleo, poluindo

diversas praias do litoral de determinado estado.

O péssimo estado de conservação do navio já havia sido

constatado pelos fiscais da autarquia responsável pela

fiscalização ambiental. Contudo, o presidente dessa autarquia

decidiu, contrariando a posição técnica dos fiscais, que o navio

estava apto a navegar.

Posteriormente, apurou-se que o irmão do presidente da

autarquia ambiental era um dos diretores da empresa dona do

petroleiro, levantando-se a suspeita de favorecimento à empresa.


Ainda com relação à situação hipotética apresentada, assinale a opção correta.

A Se, ao final da apuração, ficar constatado que a única responsabilidade do presidente da entidade
ambiental foi deixar de praticar indevidamente ato de ofício, sua conduta não terá repercussão na esfera
civil ou administrativa.

B O presidente da autarquia não pode responder por ato de improbidade administrativa por ser
considerado agente político.

C Se for comprovado que o presidente da autarquia atentou contra os princípios da administração


pública, ele estará sujeito à pena de perda de função pública e suspensão de direitos políticos pelo prazo
de oito a dez anos, entre outras.

D Os responsáveis pelo navio não podem figurar na ação de improbidade administrativa por não
exercerem cargos públicos.

E A ação de improbidade administrativa pode ser ajuizada pelo estado ou município interessado.

A - ERRADO - Art. 12. - Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que
podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato. LEMBRANDO QUE
O ATO ATENTA CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

B - ERRADO - Art. 3° - As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob
qualquer forma direta ou indireta.

C - ERRADO - Art. 12, III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da
função pública, suspensão dos direitos políticos de 3 a 5 anos, pagamento de multa civil de até cem
vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio
de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.

D - ERRADO - Art. 3° - As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não
sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob
qualquer forma direta ou indireta.
E - CORRETO - Art. 17. - A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público
ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

GABARITO ''E''

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MC Prova: CESPE - 2013 - MC - Atividade Técnica de
Suporte - Direito

A respeito de improbidade administrativa, julgue os itens que se seguem.

A suspensão dos direitos políticos poderá ser aplicada liminarmente ao agente político que responder
por ação judicial em razão de ter cometido ato de improbidade administrativa. (ERRADO).

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MI Prova: CESPE - 2013 - MI - Administrador

Com relação à responsabilidade civil da administração, ao abuso de poder e à improbidade


administrativa, julgue os itens a seguir.

A sanção a ser aplicada ao administrador público que praticar ato que importe em enriquecimento ilícito
e, ao mesmo tempo, cause prejuízo ao erário e atente contra os princípios da administração pública
deverá ser equivalente à cumulação das penalidades previstas para esses três tipos de atos de
improbidade. (ERRADO).

A questão se refere a ato praticado que se enquandra nos três tipos de improbidade administrativa
previstos na lei.

De acordo com a professora Di Pietro, um ato de improbidade administrativa pode enquadrar-se em


uma, duas ou nas tres modalidades tipificadas pela lei 8429/92. Nesses casos, serão cabíveis somente as
sanções previstas para a infração mais grave (no caso da nossa questão, o enriquecimento ilícito).

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: INPI Prova: CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento
- Direito

Texto associado

A Constituição Federal indica que as sanções aplicáveis aos atos de improbidade são a suspensão dos
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
Trata-se de elenco taxativo, que não permite, pela legislação infraconstitucional, a ampliação das
penalidades. (ERRADO).
ERRADO

Ora, a própria Lei 8429 estende esse rol, pois além das sanções expressas na CF - suspensão dos direitos
políticos, perda da função pública, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário - ela ainda
acrescenta multa e proibição de contratar com o poder público ou receber benefícios ou incentivos
fiscais ou creditícios.

Art. 12. Lei 8429/92

ERRADO. O rol na CF e na Lei de Improbidade são exemplificativos.

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2013 - MPU - Analista - Direito

Com base no disposto na Lei n.º 8.429/1992 (Lei de Improbidade Administrativa), julgue os itens
subsequentes.

A perda da função pública é sanção aplicável àqueles que pratiquem atos de improbidade administrativa
que importem enriquecimento ilícito ou que gerem lesão ao erário, mas não aos que pratiquem atos de
improbidade que atentem contra os princípios da administração pública. (ERRADO).

Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico, Legislação dos
Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas

A questão explora o tema relativo às penalidades passíveis de serem aplicadas, nos termos da Lei de
Improbidade Administrativa. No ponto, a matéria encontra-se disciplinada no art. 12 da Lei 8.429/92,
sendo certo que o inciso III deste mesmo dispositivo legal, ao elencar as sanções aplicáveis para os atos
ímprobos que resultem em violação aos princípios da administração pública, inclui a perda da função
pública dentre as possíveis conseqüências do ato. Não está correta, portanto, a assertiva da questão ora
comentada.

Gabarito: Errado.

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-DFT Prova: CESPE - 2013 - TJ-DFT - Técnico Judiciário -
Área Administrativa
Texto associado

Com base no disposto na Lei n.º 8.429/1992, julgue os itens

seguintes.

O servidor que estiver sendo processado judicialmente pela prática de ato de improbidade somente
perderá a função pública após o trânsito em julgado da sentença condenatória. (CERTO).

Autor: Dênis França, Juiz Federal, de Direito Administrativo

Caros,

Existe uma previsão que é uma construção histórica dificílima que possui imenso valor: a presunção de
inocência.

Apesar de essa previsão ter uma origem predominantemente penal, a tendência do Direito é abarcá-la
em todas as esferas, porque trata-se de um grande mecanismo para minimizar as injustiças. O Direito
existe para promover a justiça, e quando uma punição ocorre com pressa, antes da hora, antes de
estar madura e definitiva, e depois descobre-se que era equivocada, muitas vezes é tarde demais. A
injustiça já operou seus efeitos e nunca mais as coisas voltaram a ser como são.

Sei que para muitos pode parecer que esperar o trânsito em julgado, a existência de uma decisão
definitiva, para aplicar uma penalidade pode parecer impunidade. Mas não é. Você não come uma
banana verde, porque sabe que irá aproveitá-la melhor madura. E uma decisão judicial que não tenha
passado em julgado, que não tenha se revestido de definitividade é uma banana verde: traz mais
prejuízos do que benefícios.

Ou então vamos usar aquele outro dito da sabedoria popular: o apressado como cru.

É claro que uma sanção tão grave quanto a perda do cargo - o caro, ao menos a princípio, de ser o
ganha pão do servidor e às vezes de outras pessoas que dependem dele - deve ser efetivada apenas
quando não puder ser revestida, quando o processo em que se apurou o ato de improbidade
administrativa tiver transitado em julgado.

E é esse o sentido exato do art. 20 da Lei 8.429/92:


"Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito
em julgado da sentença condenatória."

mas eu afirmo para você: ainda que não houvesse esse artigo, em razão dos princípios constitucionais,
não poderia ser diferente.

E o nosso item, portanto, está CERTO. Certo e justo.

ATENÇÃO: a questão trata da aplicação de sanções civis da lei de improbidade administrativa, que
ocorre na via judicial. É possível, em outro paradigma, o servidor sofra sanções administrativas e seja
demitido por diversas razões, inclusive por improbidade administrativa. Mas trata-se de outra esfera,
com rito próprio, com garantias como contraditório e ampla defesa etc. São duas instâncias
independentes.

Prezados concursando,

Tenho um MACETE mais elaborado para gravar o tempo em que ficaria suspenso os direitos políticos:

Este é o telefone DO MEU APÊ: 3558-0810.

Os direitos políticos dos agentes públicos podem ser suspensos:

De 3 a 5 anos quando o ato atenta os Princípios Da Administração Pública.

De 5 a 8 anos quando o ato causa Prejuízo ao Erário.

De 8 a 10 anos quando o ato gera Enriquecimento Ilícito.

Bons estudos.

Também pode ser o telefone da Pri, que era o Enrique (travecão)

3558-0810

Pri = Princípios da Adm

Era = prejuízo ao ERÁRIO


Enrique = Enriquecimento ilícito

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TST Prova: CESPE - 2008 - TST - Analista Judiciário - Área
Judiciária

Texto associado

Considere-se que um servidor do TST esteja sendo submetido a processo administrativo disciplinar que
apura o recebimento de vantagem econômica para que fosse adiado um ato que ele deveria praticar de
ofício. Nessa situação, embora a conduta imputada ao servidor configure ato de improbidade
administrativa, o referido processo administrativo não pode resultar em aplicação de pena de suspensão
de direitos políticos. (CERTO).

O que decretará a suspensão dos direitos políticos é a condenação na Ação Civil de Improbidade
Administrativa. O processo administrativo apenas condena o réu em penas pecuniárias, advertência,
suspensão ou demissão do cargo público ocupado.

Ano: 2007 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-TO Prova: CESPE - 2007 - TJ-TO - Juiz

A Constituição de determinado estado da Federação atribuiu ao respectivo tribunal de justiça a


competência para processar e julgar os atos de improbidade dos procuradores do estado. Lúcia,
procuradora desse estado, encontra-se respondendo a processo de improbidade.

Com base nessa situação hipotética e nos precedentes do STF, assinale a opção correta acerca da
improbidade administrativa e do processo administrativo disciplinar.

A É inconstitucional a norma da Constituição estadual, pois somente a União tem competência para
legislar, por meio de lei federal, sobre competência em matéria de improbidade administrativa.

B Se Lúcia for diplomada em cargo eletivo federal, os auto deverão ser encaminhados ao STF.

C A natureza jurídica da ação de improbidade é penal.

D O Poder Executivo estadual não tem competência para aplicar administrativamente as penalidades
previstas na lei de improbidade administrativa federal.

A aplicação das penalidades é efetuada pelo poder judiciário. Dentro da administração instaura-se o
inquérido administrativo e o PAD, mas a aplicação da PENALIDADE por improbidade devem ser
penalizadas na forma da lei, aplicadas, se cabíveis, até o trânsito em julgado.
Então, o problema da questão não está no ente (se federal ou estadual) mas no poder (executivo não
executa pena, e sim o judiciário).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC-SE - Delegado de Polícia

Texto associado

Em fevereiro de 2018, o delegado de polícia de uma cidade determinou a realização de diligências para
apurar delito de furto em uma padaria do local. Sem mandado judicial, os agentes de polícia conduziram
um suspeito à delegacia. Interrogado pelos próprios agentes, o suspeito negou a autoria do crime e, sem
que lhe fosse permitido se comunicar com parentes, foi trancafiado em uma cela da delegacia. A ação
dos agentes foi levada ao conhecimento do delegado, que determinou a abertura de processo
administrativo disciplinar contra eles para se apurar a suposta ilicitude nos atos praticados.

Com referência a essa situação hipotética, julgue o item seguinte.

De acordo com o entendimento jurisprudencial do STJ, eventual punição dos agentes de polícia no
âmbito administrativo não impedirá a aplicação a eles das penas previstas na Lei de Improbidade
Administrativa. (CERTO).

CERTO

STJ (REsp 1.081.743-MG)

"Conforme orientação jurisprudencial do STJ, eventual punição administrativa do servidor faltoso não
impede a aplicação das penas da Lei de Improbidade Administrativa, porque os escopos de ambas as
esferas são diversos; e as penalidades dispostas na Lei 8.429/1992, mais amplas."

Lei nº 8.429/92

"Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser
aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (...)" - Lembrar:
Independência das instâncias.

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-MG Provas: CESPE - 2018 - TCE-MG - Analista de
Controle Externo - Ciências Atuariais

Um servidor aprovado em concurso público ingressou no cargo de analista de controle externo de


determinado órgão e começou a atuar em atividades relativas à fiscalização e ao controle externo da
arrecadação. Após o período de estágio probatório, ele passou a adulterar algumas decisões a pedido de
interessados, tendo recebido, em troca, expressiva vantagem econômica.

Conforme a Lei n.º 8.429/1992, em decorrência dessa conduta ímproba, o referido servidor está sujeito

A à perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos e pagamento de multa
civil.

B ao pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano causado e à perda da função pública.

C à punição de caráter penal, a multas e à reparação do dano ao erário.

D à pena de demissão, após processo administrativo disciplinar.

E à prisão preventiva ou domiciliar sem perda da função pública.

Embora a D possa ser considerada correta em virtude do artigo 132, inciso IV, da Lei nº. 8.212/90, essa
questão, conforme o enunciado, deve ser respondida em conformidade com as penas previstas
especificamente na Lei n.º 8.429/1992, a qual não trata sobre a demissão.

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: FUB Provas: CESPE - 2018 - FUB - Conhecimentos Básicos -
Cargos de Nível Superior

Texto associado

José, servidor público federal estável, praticou, no ano de 2017, ato de improbidade administrativa no
exercício das atribuições de seu cargo, tendo causado prejuízo ao erário. Por isso, ele respondeu a
processo administrativo disciplinar, no qual teve assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório.
Ao final do processo, José foi demitido e condenado ao ressarcimento integral do dano causado, nos
termos da lei.

Nessa situação hipotética, de acordo com os dispositivos do Regime Jurídico dos Servidores Públicos
Civis da União, da Lei n.º 8.429/1992 e os princípios e normas de ética do servidor público,

José não poderá ser responsabilizado pelo ato de improbidade administrativa que praticou nas esferas
civil e penal, uma vez que já foi apenado administrativamente. (ERRADO).

Autor: Ana Paula Querzé, Advogada Especialista em Direito Público e Tributário, Mestranda em Ciências
Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal Fluminense - UFF., de Direito Administrativo
Uma conduta pode ser classificada como ilícito penal, civil e administrativo, ao mesmo tempo.

No ordenamento jurídico brasileiro as instâncias de julgamento são independentes, ou seja, poderá


ocorrer a condenação em todas as esferas ou haver condenação em uma e absolvição na outra.

A única hipótese de vinculação desses juízos é a de absolvição na esfera penal, por negativa de autoria
ou por inexistência do fato – uma vez que, a absolvição por insuficiência de provas, não imporia
vinculação das demais esferas.

É o que dizem os artigos 125 e 126 da Lei 8.112/90:

Art.125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si.

Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que
negue a existência do fato ou sua autoria.

Vale lembrar que não há necessidade de suspensão do processo administrativo para aguardar o
julgamento no processo penal, segundo entendimento da jurisprudência, firmado na tese trazida pelo
Informativo 523 do STJ:

“DIREITO ADMINISTRATIVO. DESNECESSIDADE DE SUSPENSÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO


DISCIPLINAR DIANTE DA EXISTÊNCIA DE AÇÃO PENAL RELATIVA AOS MESMOS FATOS.

Não deve ser paralisado o curso de processo administrativo disciplinar apenas em função de ajuizamento
de ação penal destinada a apurar criminalmente os mesmos fatos investigados administrativamente. As
esferas administrativa e penal são independentes, não havendo falar em suspensão do processo
administrativo durante o trâmite do processo penal. Ademais, é perfeitamente possível que
determinados fatos constituam infrações administrativas, mas não ilícitos penais, permitindo a aplicação
de penalidade ao servidor pela Administração, sem que haja a correspondente aplicação de penalidade
na esfera criminal. Vale destacar que é possível a repercussão do resultado do processo penal na esfera
administrativa no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, devendo ser
revista a pena administrativa porventura aplicada antes do término do processo penal. MS 18.090-DF,
Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 8/5/2013."

Com isso, percebemos a incorreção da assertiva.

Gabarito do Professor: ERRADO

DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO JUDICIAL

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-CE Prova: CESPE - 2008 - DPE-CE - Defensor Público

Texto associado

Em relação à improbidade administrativa, julgue os itens

seguintes.

Uma vez proposta ação de improbidade administrativa, o juiz, verificada a observância dos requisitos da
petição inicial, determinará a citação dos réus para, querendo, oferecer contestação. (ERRADO).

Primeiro notifica (prazo de 15 dias para o rapaz se manifestar)

Depois que o juiz recebe a manifestação (ele tem 30 dias para decidir se rejeita a petição, ou se
recebe)

Se receber, 5é aí que ele vai citar o rapaz.

Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2009 - AGU - Advogado da União

Texto associado

Com relação ao controle jurisdicional da administração pública,

julgue os itens que se seguem.

Com base na Lei n.º 8.429, de 2 de junho de 1992, a AGU poderá, em litisconsórcio ativo com qualquer
cidadão, ajuizar ação de improbidade administrativa. Caso a conduta da parte ré da mencionada ação
não tenha importado enriquecimento ilícito, mas causado prejuízo ao erário, estará tal parte sujeita às
seguintes cominações: ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos
políticos durante o período de oito a dez anos e proibição de contratar com o poder público ou receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de
pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos. (ERRADO).

ERRADO, porque litisconsórcio é um vínculo que prende num processo duas ou mais pessoas que tem
legitimidade para propor a ação, tornando-as co-autoras (explicação a grosso modo, pois esse conceito
utiliza-se para co-réus também). "Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa
competente para que seja instaurada investigação" (art. 14), "qualquer pessoa" não tem legitimidade
para propor a ação! Só pode pedir que investiguem! Quem tem legitimidade para propor a ação é só o
MP e a pessoa jurídica interessada (art. 17).

A questão possui vários erros e vou só listá-los:

1º " ...litisconsórcio ativo com qualquer cidadão"... (Cidadão não tem legitimidade ativa para Ação de
improbidade)

2º "...suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos" (8 a 10 é enriquecimento ilícito. Prejuízo ao
Erário é 5 a 8).

3º "...Proibição de contratar....pelo prazo de dez anos" (10 anos para enriquecimento ilícito. Prejuízo
ao Erário é 5 anos).

4º " A questão não mencionou a pena de multa no valor de 2 vezes o valor do dano causado, para o
ato que resulte Prejuízo ao Erário.

5º A questão não mencionou outra penalidade, qual seja, a perda dos bens acrescidos ao patrimônio
ilicitamente.

Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MS Prova: CESPE - 2010 - MS - Analista Técnico -
Administrativo - PGPE 1
Texto associado

A notificação dos réus é fase prévia e obrigatória nos procedimentos previstos para as ações que visem à
condenação por atos de improbidade administrativa. Somente após a apresentação da defesa prévia é
que o juiz analisará a viabilidade da ação e, recebendo-a, mandará citar o réu. (CERTO).

RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 27.543 - RJ (2008/0175804-0)EMENTAADMINISTRATIVO.


RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. AÇAO CIVIL PÚBLICA POR IMPROBIDADE
ADMINISTRATIVA EM DESFAVOR DA UNIVERSIDADE DO RIO DE JANEIRO. NOTIFICAÇAO. ILEGALIDADE.
NAO OCORRÊNCIA. A notificação dos réus é fase prévia e obrigatória nos procedimentos previstos para
as ações que visem à condenação por atos de improbidade administrativa, já tendo sido a questão
assentada por esta Corte por ocasião dos seguintes julgados: REsp 883.795/SP, Rel. Ministro Francisco
Falcão, Rel. p/ Acórdão Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 26/3/2008; REsp 1008632/RS, Rel.
Ministro Francisco Falcão, Primeira Turma, DJe 15/9/2008. Somente após a apresentação da defesa
prévia é que o juiz analisará a viabilidade da ação e, recebendo-a, mandará citar o réu. A inclusão
desse dispositivo na lei de improbidade foi motivada para possibilitar o prévio conhecimento da
controvérsia ao réu e, sendo inverossímeis as alegações, possibilitar que o magistrado as rejeitasse, de
plano.

O Superior Tribunal de Justiça pacificou o entendimento de que a ausência de notificação para


oferecimento de defesa preliminar em Ação de Improbidade resultaria em nulidade apenas relativa,
exigindo a demonstração de prejuízo (EREsp 1008632/RS, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/02/2015, DJe 09/03/2015)

Ementa: IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. FASE PRELIMINAR DE JUSTIFICAÇÃO. NOTIFICAÇÃO PARA


DEFESA PRÉVIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. AUSÊNCIA DE PREJUÍZOS AOS AGRAVANTES. RECURSO
IMPROVIDO. I. A modificação advinda com a Lei nº 8.429 ⁄92 visa impedir a propositura de ações
destituídas de qualquer fundamento, sendo que a presente Ação de Improbidade fora erigida com base
em Inquérito Civil, que, por sua vez, iniciou-se com base em declarações prestadas nos autos de ação
penal, fatos esses que demostram de forma inequívoca que a inicial contara com fundamentos de fato e
de direito. II. As Egrégias Cortes pátrias já asseveraram que a ausência do contraditório preliminar não
é violadora do devido processo legal, desde que não seja comprovado o real prejuízo à defesa. III. Em
situações similares, envolvendo crimes em que é obrigatório o contraditório preliminar, o Excelso
Pretório já se manifestara no sentido de que a inexistência de notificação previa enseja apenas nulidade
relativa, devendo estar evidenciado o prejuízo ao acusado. IV. Contraditório e ampla defesa
resguardados, não restando demonstrando o efeito prejuízo advindo da ausência de notificação dos
agravantes. IV. A manutenção do provimento sob analise configura-se de imperiosa necessidade ante a
extensa repercussão para a sociedade com uma hipotética anulação do decisum. IV. Recurso desprovido
(, Jurisprudência•17/02/2006•).

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2008 - ABIN - Agente de Inteligência

Texto associado

Com relação aos princípios básicos da administração pública,

julgue os seguintes itens.

As sanções aplicáveis aos atos de improbidade têm natureza civil e, não, penal. (CERTO).

Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-SE Prova: CESPE - 2010 - MPE-SE - Promotor de
Justiça

Quanto aos aspectos materiais e processuais da Lei n.º 8.429/1992 (Lei de improbidade
Administrativa), assinale a opção correta.

A A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos, para os que foram condenados por ato
de improbidade, somente se podem efetivar após o trânsito em julgado da decisão.

B A exemplo do que ocorre com a ação popular, qualquer cidadão é parte legítima para propor a ação de
improbidade administrativa, assim como o são o MP e a pessoa jurídica prejudicada pela atuação do
gestor.

C As disposições da lei, aplicáveis apenas aos agentes públicos, alcançam os que exercem cargo,
emprego ou função pública, de modo efetivo ou transitório, e os que exercem, por eleição, mandato
eletivo.

D Qualquer pessoa pode representar à autoridade administrativa competente para ser instaurada
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade, não se exigindo identificação do
representante, como forma de resguardar sua identidade e evitar retaliações de qualquer natureza.

E Os atos de improbidade que importem enriquecimento ilícito sujeitam os responsáveis ao


ressarcimento integral do dano, se houver, à perda da função pública, à suspensão dos direitos políticos
de três a cinco anos, ao pagamento de multa civil e à proibição de contratar com o poder público pelo
prazo de três anos.

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGE-CE Prova: CESPE - 2008 - PGE-CE - Procurador do Estado

Francisco, presidente de determinada autarquia estadual, contratou os serviços de vigilância da empresa


Zeta, com dispensa de licitação, argumentando que não havia tempo hábil para realizar procedimento
licitatório e que a autarquia não poderia ficar sem aquele serviço. Posteriormente, descobriu-se que a
empresa Zeta pertencia a Carlos, amigo de Francisco, e que a emergência alegada fora criada
intencionalmente pelo próprio agente público, que deixou de iniciar processo licitatório mesmo ciente
de que o contrato anterior estava prestes a vencer. Os valores pagos à empresa Zeta eram 50% maiores
que os preços praticados no mercado. Descobriu-se, também, que Carlos depositara valores em dinheiro
nas contas de Francisco. Diante desses fatos, o governador demitiu Francisco da presidência da
autarquia e o Ministério Público (MP) do estado denunciou-o, juntamente com Carlos, por crimes de
dispensa ilegal de licitação e corrupção.

Com base nessa situação hipotética, assinale a opção correta.

A Francisco não poderá ser processado por improbidade administrativa com base na Lei n.º 8.429/1992
porque, em razão da demissão, não será considerado mais agente público.

B Carlos não pode ser sujeito passivo da ação de improbidade administrativa de que trata a Lei n.º
8.429/1992.

C A ação de improbidade administrativa só poderá ser ajuizada se ficar constatado prejuízo financeiro
aos cofres públicos.

D A ação de improbidade administrativa poderá ser proposta pelo MP ou pela pessoa jurídica
interessada. Caso a ação seja ajuizada pelo MP, a pessoa jurídica interessada poderá atuar ao lado do
autor da ação ou abster-se de contestar o pedido, desde que isso se afigure útil ao interesse público.

E Caso os envolvidos procurem o MP ou os representantes da pessoa jurídica lesada e proponham a


recomposição dos prejuízos causados, as partes poderão realizar transação com o objetivo de extinguir a
ação de improbidade administrativa.

a) Francisco não poderá ser processado por improbidade administrativa com base na Lei n.º 8.429/1992
porque, em razão da demissão, não será considerado mais agente público. ERRADA

ERRADO

Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas (demissão é sanção
administrativa) previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade
do fato:

c) A ação de improbidade administrativa só poderá ser ajuizada se ficar constatado prejuízo financeiro
aos cofres públicos.
ERRADO

Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento;

(até mesmo porque, além dos atos de improbidade que causam prejuízo ao erário, existem também os
que somente causam enriquecimento ilícito e os que somente atentam contra os princícpios da Adm.
Púb)

d) A ação de improbidade administrativa poderá ser proposta pelo MP ou pela pessoa jurídica
interessada. Caso a ação seja ajuizada pelo MP, a pessoa jurídica interessada poderá atuar ao lado do
autor da ação ou abster-se de contestar o pedido, desde que isso se afigure útil ao interesse público.

CERTO

§ 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que couber, o
disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. ("§ 3º A pessoas jurídica de direito
público ou de direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de contestar o
pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do
respectivo representante legal ou dirigente.")

e) Caso os envolvidos procurem o MP ou os representantes da pessoa jurídica lesada e proponham a


recomposição dos prejuízos causados, as partes poderão realizar transação com o objetivo de extinguir a
ação de improbidade administrativa.

ERRADO

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa
jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput.

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRT - 1ª REGIÃO (RJ) Prova: CESPE - 2008 - TRT - 1ª REGIÃO
(RJ) - Analista Judiciário - Área Judiciária

Quanto à improbidade administrativa, assinale a opção correta.

A Ação de improbidade proposta contra ministro do STF será processada e julgada nesse tribunal.

B Se o responsável pelas licitações de um tribunal tiver sido exonerado do cargo em 22/1/2004 por
improbidade administrativa, nessa situação, se a ação de improbidade tiver sido proposta em
30/12/2004 pelo Ministério Público contra atos lesivos ao patrimônio público estará prescrita.

C A rejeição de representação de improbidade por autoridade administrativa impede o particular de


requerê-la ao Ministério Público.

D Mediante concessões recíprocas em que haja recomposição do dano, será lícita a transação das partes
na ação de improbidade administrativa.

E Na ação de improbidade administrativa, o réu poderá apelar da decisão que receber a petição inicial.

A- O Supremo Tribunal Federal admitiu sua competência para julgar ação de improbidade administrativa
proposta contra um dos seus membros – Pet 3211 QO/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, Rel. P/ acórdão Min.
Menezes Direito, Tribunal Pleno, julgado em 13/03/2008, DJe 27/06/2008).

Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RN Prova: CESPE - 2009 - MPE-RN - Promotor de Justiça

Quanto à improbidade administrativa, assinale a opção correta à luz da Lei n.º 8.429/1992.

A É crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário,
quando o autor da denúncia tem conhecimento de que este é inocente.

B Ação culposa de terceiro não dará ensejo ao integral ressarcimento de dano, quando ocorrer lesão ao
patrimônio público.

C No caso de enriquecimento ilícito, o terceiro beneficiário não perde os valores acrescidos ao seu
patrimônio.

D Qualquer pessoa que tome conhecimento de prática de ato de improbidade administrativa deve
representar ao MP estadual.

E As ações de improbidade administrativa de atos que atentem contra os princípios da administração


pública podem ser propostas até dez anos após o término da função de confiança de quem as tenha
praticado.

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Provas: CESPE - 2008 - TJ-CE - Analista Judiciário -
Área Judiciária

Texto associado

Em relação à improbidade administrativa, julgue os itens que

se seguem.
Contra decisão que não receba a petição inicial da ação de improbidade cabe apelação para o autor.
(CERTO).

Caso o juiz não receba a ação, é cabível, por parte do autor, apelação porque o processo foi extinto (sem
resolução do mérito).

Por outro lado, se o juiz receber a ação, o réu pode recorrer dessa decisão (interlocutória) por meio de
um agravo de instrumento.

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ANTT Prova: CESPE - 2013 - ANTT - Analista Administrativo
- Direito

Texto associado

Com base nos critérios recursais, representações e manifestações consultivas no âmbito da


administração pública, julgue os itens a seguir.

Conforme a Lei de Improbidade Administrativa, uma reportagem da imprensa não é considerada


adequada como representação à autoridade administrativa competente para que seja instaurada
investigação destinada a apurar enriquecimento ilícito de agente público, decorrente de vendas
irregulares de túmulos em cemitério público. (CERTO).

Lembrando que no caso de inquérito policial é possível

"Regra geral, os crimes se processam mediante ação penal pública incondicionada, motivo pelo qual o
inquérito policial poderá ser instaurado de ofício por força do princípio da obrigatoriedade, estendendo-
se tal princípio à fase investigatória. Logo, caso o delegado de polícia tome conhecimento do fato
delituoso a partir de suas atividades rotineiras (p.ex. notícia veiculada na imprensa, registro de
ocorrência, etc.) surge o dever de instaurar o inquérito policial, independentemente de provocação, nos
termos do art. 5º, I, do Código de Processo Penal."

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-RO Prova: CESPE - 2013 - TCE-RO - Auditor de Controle
Externo - Direito

Com base nas disposições da Lei de Improbidade Administrativa, julgue o item seguinte.

A caracterização da prática de ato de improbidade que cause efetivo prejuízo econômico ao erário
dependerá da comprovação de que o agente público tenha obtido vantagem indevida. (ERRADO).
O ato de improbidade pode ter causado prejuízo econômico sem o agente ter obtido vantagem indevida,
por exemplo, por negligência...

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-RO Prova: CESPE - 2013 - MPE-RO - Promotor de
Justiça

Considerando os aspectos processuais da Lei de Improbidade Administrativa, assinale a opção correta à


luz da jurisprudência dos tribunais superiores.

A No pedido de indisponibilidade de bens, é imprescindível comprovar o periculum in mora, ou seja,


nesse caso, o perigo de dano não é presumido.

B A competência na ação de improbidade é definida pelo local de domicílio do réu.

C Na fase de admissibilidade da ação, a não observância da notificação prévia é causa de nulidade


absoluta.

D O juiz pode condenar o agente ímprobo a sanção não requerida pelo autor da ação de improbidade
administrativa.

E Com o propósito de garantir a tutela jurisdicional, a Lei de Improbidade Administrativa prevê espécies
de medidas cautelares que só podem ser adotadas na esfera judicial, como, por exemplo, o afastamento
do agente público do exercício do cargo, emprego ou função.

Autor: Patrícia Riani, Assistente Legislativa na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, Especialista em
Direito Público e Direito Constitucional Aplicado., de Direito Administrativo, Direito Constitucional,
Direito Internacional Público, Legislação Federal, Direito Ambiental, Estatuto da Pessoa com Deficiência -
Lei nº 13.146 de 2015

Quanto à lei 8429/92, que dispõe sobre os atos administrativos de improbidade, analisando as
alternativas:

a) INCORRETA. Segundo jurisprudência do STJ (Resp 1.482.495/PA): "verifica-se que o comando do art.
7º da Lei 8.429/1992 que a indisponibilidade dos bens é cabível quando o julgador entender presentes
fortes indícios de responsabilidade na prática de ato de improbidade que cause dano ao Erário, estando
o periculum in mora implícito no referido dispositivo, atendendo determinação contida no art. 37, 4º, da
Constituição".

b) INCORRETA. A lei não define regras de competência específica, de modo que deve-se seguir as regras
previstas no Código de Processo Civil.

c) INCORRETA. A nulidade será relativa, conforme jurisprudência do STJ (Resp 1184973/MG).

d) CORRETA. O juiz não está limitado ao que foi pedido pelo autor da ação.

e) INCORRETA. Conforme art. 20, parágrafo único, da Lei, é prevista medidas cautelares que podem ser
adotadas na esfera administrativa, tal como afastar o agente público do exercício do cargo, emprego ou
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

Gabarito do professor: letra D.

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ANS Prova: CESPE - 2013 - ANS - Analista Administrativo

Texto associado

Acerca do direito administrativo relacionado à ANS, julgue os itens

a seguir.

Caso procedimento administrativo da ANS identifique a prática de ato de improbidade administrativa por
um servidor da Agência, essa entidade não poderá ajuizar ação judicial de improbidade administrativa
contra o referido servidor, uma vez que cabe exclusivamente ao Ministério Público propor esse tipo de
ação. (ERRADO).

Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2006 - DPE-DF - Procurador -
Assistência Judiciária - Segunda Categoria

Julgue os próximos itens, considerando a legislação e a doutrina acerca da improbidade administrativa.

O juiz responsável pela tramitação de ação de improbidade administrativa deve, expressamente, decidir
se recebe ou não a inicial apresentada, sendo esse ato imprescindível para a regularização da marcha
processual nas ações de improbidade administrativa. (CERTO).

Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2006 - DPE-DF - Procurador -
Assistência Judiciária - Segunda Categoria
Julgue os próximos itens, considerando a legislação e a doutrina acerca da improbidade administrativa.

A notificação do agente público que responde ação de improbidade administrativa compete ao autor da
ação e não, ao magistrado responsável pelo trâmite do processo. (ERRADO).

Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa
jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar.

§ 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do


requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e
justificações, dentro do prazo de quinze dias. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 2001).

Ano: 2007 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AM Prova: CESPE - 2007 - MPE-AM - Promotor de
Justiça

De acordo com a Lei de Improbidade Administrativa, assinale a opção incorreta.

A Estão sujeitos às penalidades dessa lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público, a exemplo
das entidades beneficentes de assistência social.

B A referida lei aplica-se àquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo,
mandato, cargo, emprego ou função nas entidades beneficentes de assistência social.

C As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas na lei em questão podem ser propostas até
cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança ou
dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a
bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

D Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às
instituições e, notadamente, revelar fato ou circunstância de que se tenha ciência em razão das
atribuições e que deva permanecer em segredo.

E Quando a ação de improbidade administrativa for proposta por pessoa jurídica interessada e não pelo
MP, fica este desobrigado de intervir na ação.

Ano: 2011 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-MA Prova: CESPE - 2011 - DPE-MA - Defensor Público

O direito a um governo honesto, eficiente e zeloso das coisas públicas tem natureza transindividual,
sendo a probidade administrativa inerente à democracia. Acerca da ação de improbidade administrativa,
assinale a opção correta.
A No âmbito da ação de improbidade administrativa, não se aplica o princípio da presunção da
inocência, pois, uma vez tipificado o ato de improbidade, o acusado se torna culpado.

B De maneira semelhante à tutela ao direito transindividual, a CF estabelece que a ação de improbidade


visa, primordialmente, preservar ou recompor o patrimônio público.

CAs sanções legais a um ato de improbidade administrativa não incluem a suspensão dos direitos
políticos.

D A indisponibilidade de bens não constitui propriamente uma sanção, mas medida de garantia
destinada a assegurar o ressarcimento ao erário.

E As sanções aplicáveis aos atos de improbidade possuem natureza penal, com finalidade pedagógica e
intimidatória, com vistas a inibir novas infrações.

Letra A – INCORRETA – O princípio do estado de inocência (ou presunção de inocência), desdobramento


do princípio do devido processo legal, previsto no artigo 5°, LVII da Constituição Federal de 1988
determina que antes da sentença condenatória transitar em julgado não pode o acusado sofrer efeitos
da execução de pena. É a chamada “pena antecipada”.

Letra B – INCORRETA – Artigo 9° da lei 8427/92: Constitui ato de improbidade administrativa importando
enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de
cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei. Pelo que
se pode inferir visa a moralidade administrativa.

Letra C – INCORRETA – Artigo 15 da Constituição Federal: É vedada a cassação de direitos políticos, cuja
perda ou suspensão só se dará nos casos de: [...] V - improbidade administrativa, nos termos do artigo
37, § 4º.

Letra D – CORRETA – Artigo 7° da Lei 8427/92: Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio
público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito
representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Parágrafo único: A
indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que assegurem o integral
ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito.

Letra E – INCORRETA – Artigo 37, § 4º da Constituição Federal: Os atos de improbidade administrativa


importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e
o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-AL Prova: CESPE - 2008 - TJ-AL - Juiz

Texto associado

Ainda com relação à situação hipotética descrita no texto, assinale a opção correta acerca de
improbidade administrativa.

A Com o objetivo de extinguir a ação de improbidade, o MP pode firmar termo de ajustamento de


conduta com o servidor, desde que este indenize a administração pública pelos prejuízos causados.

B A ação de improbidade administrativa poderia ter sido ajuizada pelo próprio município interessado.

C Na situação considerada, não caberá recurso da decisão que receber a petição inicial.

D Caso o MP não tivesse ajuizado a ação, qualquer cidadão poderia tê-lo feito.

E A aplicação das sanções previstas na Lei de Improbidade depende da efetiva ocorrência de dano ao
patrimônio público.

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGM - Campo Grande - MS Prova: CESPE - 2019 - PGM -
Campo Grande - MS - Procurador Municipal
Considerando as disposições da Lei de Improbidade Administrativa (Lei n.º 8.429/1992) e o processo
administrativo disciplinar, julgue o item seguinte.

A ação principal relativa a procedimento administrativo que apure a prática de ato de improbidade terá
o rito ordinário e será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro do
prazo de sessenta dias no caso de efetivação de medida cautelar. (ERRADO).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPU Prova: CESPE - 2018 - MPU - Analista do MPU -
Direito

A respeito de mandado de segurança, ação civil pública, ação de improbidade administrativa e


reclamação constitucional, julgue o item que se segue.

Depois de ajuizada ação de improbidade administrativa, se o juiz tiver verificado que o processo está em
ordem, será determinada a notificação do requerido para apresentar manifestação por escrito. (CERTO).

DAS DISPOSIÇÕES PENAIS


Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGM - RR Prova: CESPE - 2010 - PGM - RR - Procurador
Municipal

Texto associado

A Lei n.º 8.429/1992 traz expressa disposição no sentido de admitir o afastamento do cargo do agente
público, quando a medida se mostrar necessária à instrução do processo. (CERTO).

Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-BA Prova: CESPE - 2010 - TCE-BA - Procurador

Texto associado

Considerando as disposições da CF referentes a improbidade

administrativa e direitos políticos, julgue os itens subsecutivos.

A comprovação da improbidade administrativa, que poderá ser declarada tanto pela via judicial quanto
por processo administrativo, gera a perda dos direitos políticos, que somente poderão ser readquiridos
por meio de ação rescisória. (ERRADO).

Pessoal, conforme os colegas colocaram acima e resumindo a historia. A questão apresenta 3 erros:
A comprovação da improbidade administrativa, que poderá ser declarada tanto pela via judicial quanto
por processo administrativo, gera a perda dos direitos políticos, que somente poderão ser readquiridos
por meio de ação rescisória.

Erro 1 = Somente via JUDICIAL

Erro 2 = Suspensao dos Direito Politicos (e nao perda que tentam confundir com a PERDA DA FUNÇÃO
PUBLICA)

Erro 3 = Lei possibilita a reaquisição dos direitos políticos, a qualquer tempo, mediante o cumprimento
das obrigações devidas

Os direito politicos serao readquiridos após:

Art 9 - Enriquecimento ilicito (8 a 10 anos)

Art. 10 - Lesão ao erário (5 a 8 anos)

Art. 11 - Contra os Principios da Adm. (3 a 5 anos)

Bons Estudos galera!!

A comprovação da improbidade administrativa somente ocorre com a sentença judicial que julgar
procedente a respectiva ação civil pública e

aplicar as devidas penalidades. Portanto, não poderá ser declarada por processo administrativo, daí o
erro. Em especial, a suspensão (e não a perda) dos direitos políticos só se efetiva com o trânsito em
julgado da sentença condenatória (art. 20), ou seja, depois de esgotadas todas as possibilidades
recursais.

Prof. Erick Alves

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Provas: CESPE - 2008 - TJ-CE - Analista Judiciário -
Área Judiciária

Texto associado

Em relação à improbidade administrativa, julgue os itens que

se seguem.
A aprovação das contas do agente público por tribunal de contas afasta a possibilidade de incidência em
ato ímprobo pelo servidor que o praticou. (ERRADO).

PRESCRIÇÃO

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-CE Prova: CESPE - 2008 - DPE-CE - Defensor Público

Texto associado

Em relação à improbidade administrativa, julgue os itens

seguintes.

A fluência do prazo prescricional de cinco anos para condenação por ato de improbidade administrativa
praticado por governador de estado não é iniciada no ato administrativo em si, mas somente começará a
ser contada após o término do exercício do mandato. (CERTO).

Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGM - RR Prova: CESPE - 2010 - PGM - RR - Procurador
Municipal

Texto associado

Acerca dos crimes previstos na Lei de Licitações e Contratos da

Administração Pública (Lei n.º 8.666/1993) e nas disposições da

Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº. 8.429/1992), julgue os

itens subsequentes.

As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas na Lei n.º 8.429/1992 prescrevem dez anos após
a ocorrência dos atos tidos como lesivos ao erário. (ERRADO).

STJ - INF. 454

ACP. PLEITO RESSARCITÓRIO. IMPRESCRITIBILIDADE. Na espécie, o tribunal a quo entendeu que,


remanescendo, em ação civil pública por ato de improbidade administrativa, o pleito ressarcitório, este,
por ser imprescritível, pode ser buscado em ação autônoma. É pacífico no STJ que as sanções previstas
no art. 12 e incisos da Lei n. 8.429/1992 prescrevem em cinco anos, o que não ocorre com a reparação
do dano ao erário por ser imprescritível a pretensão ressarcitória nos termos do art. 37, § 5º, da
CF/1988. Assim, quando autorizada a cumulação do pedido condenatório e do ressarcitório em ação por
improbidade administrativa, a rejeição do pedido condenatório abarcado pela prescrição não impede o
prosseguimento da demanda quanto ao segundo pedido em razão de sua imprescritibilidade. Com essas
considerações, a Turma deu provimento ao recurso do MPF para determinar o prosseguimento da ação
civil pública por ato de improbidade no que se refere ao pleito de ressarcimento de danos ao erário.
Precedentes citados: AgRg no REsp 1.038.103-SP, DJe 4/5/2009; REsp 1.067.561-AM, DJe 27/2/2009;
REsp 801.846-AM, DJe 12/2/2009; REsp 902.166-SP, DJe 4/5/2009, e REsp 1.107.833-SP, DJe 18/9/2009.
REsp 1.089.492-RO, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 4/11/2010.

Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: ABIN Prova: CESPE - 2010 - ABIN - Oficial Técnico de
Inteligência - Área de Direito

Texto associado

Foi proposta, em 5/6/1998, ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra um ex-
prefeito, por ilícito praticado na sua gestão. Na ação, foram requeridos não apenas a sua condenação por
ato de improbidade, mas também o ressarcimento dos danos causados ao erário. O término do mandato
do referido prefeito ocorreu em 31/12/1992. Nessa situação, de acordo com a Lei n.º 8.429/1992 e os
precedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o ex-prefeito não poderá ser punido pelo ato de
improbidade, já prescrito, mas não ficará impune da condenação pelos danos causados ao erário, que
são imprescritíveis. (CERTO).

Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico

Nos termos do art. 23, I, da Lei 8.429/92, é de cinco anos o prazo prescricional para a propositura de
ação de improbidade administrativa, a contar do término do mandato, em se tratando de ocupante de
cargo eletivo.

A propósito, confira-se:

" Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:

I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de
confiança;"

No caso em exame, como o término do mandato teria ocorrido em 31/12/1992, ao passo que a
demanda somente teria sido proposta em 5/6/1998, é de se concluir que o referido prazo quinquenal já
teria sido ultrapassado, razão por que, de fato, a hipótese seria de prescrição.

Nada obstante, no que tange ao ressarcimento ao erário, prevalece realmente a tese, de acordo com a
jurisprudência do STJ, de que tal pretensão se mostra imprescritível, a teor do art. 37, §5º, parte final, da
CRFB/88.

Nesta linha, dentre vários outros, confira-se o seguinte trecho de recente acórdão daquela E. Corte
Superior:

"(...) nos moldes da jurisprudência desta Corte, é imprescritível a pretensão de ressarcimento de danos
causados ao erário por atos de improbidade administrativa, único pedido formulado pelo autor da
subjacente ação civil pública."

(STJ, REsp. 1630958, Primeira Turma, relator Napoleão Nunes Maia Filho, DJE de 27.9.2017)

Refira-se, por fim, que tal entendimento não foi superado pela jurisprudência do STF que, de forma
geral, estabeleceu a prescritibilidade das ações de ressarcimento do erário (RE 669.069), porquanto, em
tal precedente, houve ressalva expressa quanto a ilícitos tidos como qualificados, notadamente os
decorrente de crimes ou atos de improbidade administrativa, em relação aos quais, pois, persistiria o
caráter imprescritível da pretensão de reparação de danos ocasionados ao erário.

Assim sendo, revela-se integralmente correta a presente assertiva.

Gabarito do professor: CERTO

Ano: 2008 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-CE Provas: CESPE - 2008 - TJ-CE - Analista Judiciário -
Área Judiciária

Texto associado

Em relação à improbidade administrativa, julgue os itens que

se seguem.

Considere a seguinte situação hipotética.


Antônio ocupou, de 1.º/1/2001 a 31/12/2006, exclusivamente, o cargo comissionado de diretor de
empresa pública, responsável direto por todas as licitações. Em janeiro de 2007, o MP ajuizou ação de
improbidade administrativa contra Antônio, por ilegalidade cometida em concorrência realizada no dia
20/2/2002. Nessa situação, em face da prescrição, a ação de improbidade não deve ser conhecida pelo
juízo a que couber tal matéria (ERRADO).

ERRADA

Prescrição As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas na Lei nº 8.429/92 podem ser
propostas:

1. até 5 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança;
ATENÇÃO QUANTO AO TERMO INICIAL DA CONTAGEM: APÓS O TÉRMINO DO MANDATO!!!!

2. dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com
demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. (GERALMENTE 5
ANOS APÓS O CONHECIMENTO DO FATO)

ATENÇÃO!!! Nos termos do art. 37, §5º, da CF, as ações civis de ressarcimento ao erário são
imprescritíveis.

Resumindo:

A prescrição pela lei 8429/92 para quem exerce mandato, cargo em comissão ou função de confiança: 5
anos após o término do exercício

para quem ocupa cargo efetivo ou emprego público: 5 anos após o conhecimento do fato improbo.

As ações civis de ressarcimento ao erário NÃO PRESCREVEM!!

FONTE: Prof Daniel Mesquita- Estratégia Concursos

Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2006 - DPE-DF - Procurador -
Assistência Judiciária - Segunda Categoria

Julgue os próximos itens, considerando a legislação e a doutrina acerca da improbidade administrativa.

Considerando-se que um prefeito municipal pratique ato de improbidade administrativa durante o


exercício de seu mandato,é correto afirmar que o termo final para que seja ajuizada ação de
improbidade contra ele será o término do seu mandato. (ERRADO).

Na verdade, o término do mandato é o termo inicial do prazo prescricional.

Ano: 2006 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2006 - DPE-DF - Procurador -
Assistência Judiciária - Segunda Categoria

Julgue os próximos itens, considerando a legislação e a doutrina acerca da improbidade administrativa.

A interrupção da prescrição da ação de improbidade administrativa retroage à data do recebimento da


ação. (ERRADO).

Sem mais nem menos: A questão esta errada pois a interrupção da prescrição retroage à data da
propositura da ação e não do recebimento da ação.

DE ACORDO COM A JURISPRUDÊNCIA DO STJ:

"EMENTA

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO. CITAÇÃO.


SÚMULA 106⁄STJ.

1. A mora na citação, atribuível exclusivamente aos serviços judiciários, não pode ser imputada à parte
quando ajuizada a ação no tempo adequado, nos moldes da Súmula 106⁄STJ.

2. A citação interrompe o prazo prescricional, retroagindo, nos termos do art. 219, § 1º, do CPC, à data
da propositura da ação, mesmo nos casos em que inexiste a notificação prévia mencionada no art. 17,
§ 7º, da Lei 8.429⁄1992. Precedentes do STJ.

3. Recurso Especial provido. RECURSO ESPECIAL Nº 730.264 - RS STJ 2008 "

CPC:

"Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda
quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.

§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação."

ITEM – ERRADO - O professor Márcio André Lopes (in Vade mecum de jurisprudência dizer o direito – 2
Ed. rev., e ampl. Salvador: JusPodivm, 2017, p. 194).

“Nas ações civis por ato de improbidade administrativa, o prazo prescricional é interrompido com o
mero ajuizamento da ação de improbidade dentro do prazo de 5 anos contado a partir do término do
exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança, ainda que a citação do réu seja
efetivada após esse prazo.

Assim, se a ação de improbidade foi ajuizada dentro do prazo prescricional, eventual demora na citação
do réu não prejudica a pretensão condenatória da parte autora. STJ. 2ª Turma. REsp 1.391.212-PE, Rei.
Min. Humberto Martins, julgado em 02/09/2014 (Info 546). ” (Grifamos).

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público

A respeito de improbidade administrativa e de prescrição e decadência administrativa, julgue o item


subsecutivo.

São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário relativas à prática de atos dolosos ou culposos
tipificados como improbidade administrativa. (ERRADO).

GABARITO ERRADO.

O STF decidiu que são imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato
doloso tipificado na lei de improbidade administrativa. Logo, a imprescritibilidade da ação de
ressarcimento, nesse caso, se restringe às hipóteses de atos dolosos de improbidade (RE 852.475/SP,
red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, agosto/2018).

Fonte: Cespe

A questão indicada está relacionada com a improbidade administrativa.

• Tese do STF:

RE 852475 / SP São Paulo

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

Rel. Min. Alexandre de Moraes

Rel. p/ Acórdão: Min. Edson Facchin

Julgamento: 08/08/2018 Órgão Julgador: Tribunal Pleno

Ementa:
DIREITO CONSTITUCIONAL. DIREITO ADMINISTRATIVO. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO.
IMPRESCRITIBILIDADE. SENTIDO E ALCANCE DO ART. 37, §5º, DA CONSTITUIÇÃO. (...) 4. A Constituição,
no mesmo dispositivo (art.37, §5º, CRFB) decota de tal comando para o Legislador as ações cíveis de
ressarcimento ao erário, tornando-as, assim, imprescritíveis. 5. São imprescritíveis as ações de
ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na Lei de Improbidade
Administrativa.

Referências:

STF: São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado
na lei de improbidade administrativa. Migalhas. 08 ago. 2018.

STF. RE 852475

Gabarito: ERRADO, uma vez que são imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário relativas à
prática de atos DOLOSOS tipificados como improbidade administrativa. Os atos culposos não fazem parte
da tese do STF.

Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2019 - DPE-DF - Defensor Público

No que se refere a mandado de segurança, ação civil pública, ação de improbidade administrativa e ação
rescisória, julgue o seguinte item.

De acordo com o STF, são imprescritíveis as ações de ressarcimento de danos ao erário decorrentes de
ato doloso de improbidade administrativa. (CERTO).

Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PGM - João Pessoa - PB Prova: CESPE - 2018 - PGM - João
Pessoa - PB - Procurador do Município

No que se refere a ação de improbidade administrativa, julgue os itens a seguir.

I Segundo entendimento do STJ, pessoa jurídica pode ser sujeito passivo de ação de improbidade
administrativa.

II Em ação de improbidade administrativa, embora se admita a concessão de tutela provisória para o


bloqueio de bens, não é possível o afastamento cautelar do agente, o que somente poderá ocorrer após
o trânsito em julgado da sentença que o reconhecer como autor do ato de improbidade.
III É imprescritível a pretensão de ressarcimento de danos causados ao erário pela prática de ato doloso
e tipificado na legislação que regula a ação de improbidade administrativa.

IV Agentes que pratiquem ato de improbidade administrativa que importe enriquecimento ilícito estarão
sujeitos às cominações de perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda da
função pública e suspensão dos direitos políticos pelo período de oito a dez anos.

Estão certos apenas os itens

A I e II.

B I e III.

C II e IV.

D I, III e IV.

E II, III e IV.

JURISPRUDÊNCIA:

Ano: 2009 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: AGU Prova: CESPE - 2009 - AGU - Advogado da União

Texto associado

Julgue os itens subsequentes, acerca dos atos de improbidade e

crimes contra a administração pública.

A contratação de advogado privado, às custas públicas, para a defesa de prefeito em ação civil pública,
ainda que haja corpo próprio de advogados do município, não configura ato de improbidade, mas mero
ilícito civil, segundo entendimento do STJ. (CERTO).

ADMINISTRATIVO. CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO PRIVADO PARA DEFESA DE PREFEITO EM AÇÃO CIVIL


PÚBLICA. ATO DE IMPROBIDADE CONFIGURADO. PRECEDENTES. 1. O Superior Tribunal de Justiça possui
diversos precedentes que, no âmbito de ações civis públicas movidas pelo Ministério Público,
reconheceram configurada improbidade administrativa na contratação por prefeito de advogado
privado, às expensas do erário, com o escopo de defender-se no âmbito de anterior ação civil pública. 2.
"Se há para o Estado interesse em defender seus agentes políticos, quando agem como tal, cabe a defesa
ao corpo de advogados do Estado, ou contratado às suas custas. Entretanto, quando se tratar da defesa
de um ato pessoal do agente político, voltado contra o órgão público, não se pode admitir que, por conta
do órgão público, corram as despesas com a contratação de advogado. Seria mais que uma demasia,
constituindo-se em ato imoral e arbitrário" (AgREsp 681.571/GO, Rel. Min. Eliana Calmon, DJU 29.06.06).
3. Agravo regimental não provido.

(AGRESP 200501909930, CASTRO MEIRA, STJ - SEGUNDA TURMA, 09/11/2009).

ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. CONTRATAÇÃO DE ADVOGADO PRIVADO


PARA IMPETRAÇÃO DE MANDADOS DE SEGURANÇA EM FAVOR DE AGENTE PÚBLICO. PAGAMENTO COM
VERBAS DA MUNICIPALIDADE. ALEGADO INTERESSE PÚBLICO NAS CONTROVÉRSIAS. AUSÊNCIA DE
PRÉVIA LICITAÇÃO. IMPROBIDADE CONFIGURADA.

1. Encontra-se sedimentada a orientação jurisprudencial deste Tribunal Superior no sentido de que


"quando se tratar da defesa de um ato pessoal do agente político, voltado contra o órgão público, não se
pode admitir que, por conta do órgão público, corram as despesas com a contratação de advogado"
(AgRg no REsp 681.571/GO, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJU 29.6.2006).

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: DPE-DF Prova: CESPE - 2013 - DPE-DF - Defensor Público

Julgue os itens subsecutivos, referentes ao controle da administração pública.

Segundo entendimento do STJ, se o governo do DF, amparado em legislação local, realizar contratações
temporárias de servidores sem concurso público, tal ação configurará, por si só, ato de improbidade
administrativa. (ERRADO).

Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico, Legislação dos
Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas

Da análise da jurisprudência firmada pelo STJ acerca do tema cobrado na presente questão, é de se
concluir pelo desacerto da proposição lançada pela Banca, conforme se extrai da leitura do seguinte
julgado daquela E. Corte Superior:

"ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. CONTRATAÇÃO DE SERVIDORES TEMPORÁRIOS.


AUSÊNCIA DE DOLO GENÉRICO.
1. Trata-se, na origem, de Ação Civil Pública contra ex-prefeito de Município por contratação irregular de
28 servidores públicos por meio de contratos administrativos temporários constantemente renovados.

2. A sentença de improcedência foi mantida pelo Tribunal a quo.

3. O dolo, ainda que genérico, é elemento essencial dos tipos previstos nos arts. 9º e 11 da Lei 8.429/92.

4. O STJ, em situações semelhantes, entende ser "difícil identificar a presença do dolo genérico do
agravado, se sua conduta estava amparada em lei municipal que, ainda que de constitucionalidade
duvidosa, autorizava a contratação temporária dos servidores públicos". Precedentes: AgRg no AgRg no
REsp 1191095/SP, Segunda Turma, Rel. Ministro Humberto Martins, DJe 25.11.2011 e AgRg no Ag
1.324.212/MG, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, DJe 13.10.2010.

5. Recurso Especial não provido."

(RESP - RECURSO ESPECIAL - 1231150 2011.00.06232-5, HERMAN BENJAMIN, STJ - SEGUNDA TURMA,
DJE DATA:12/04/2012)

Assim sendo, é de se concluir que, segundo o STJ, referidas contratações temporárias, sem concurso
público, quando amparadas em leis locais, não constituem, por si só, atos de improbidade
administrativa, face à inexistência de caracterização de conduta dolosa, ainda que em sua faceta
genérica.

Gabarito do professor: ERRADO

Ano: 2013 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TRT - 8ª Região (PA e AP) Prova: CESPE - 2013 - TRT - 8ª
Região (PA e AP) - Analista Judiciário - Área Judiciária

Com relação ao processo administrativo e à improbidade administrativa, assinale a opção correta à luz
da jurisprudência do STJ e da Lei de Improbidade Administrativa.

A É dispensável a demonstração do dolo lato senso ou genérico para a caracterização do ato de


improbidade administrativa por ofensa a princípios da administração pública.

B A decretação de indisponibilidade de bens do indiciado condiciona-se à comprovação de dilapidação


efetiva ou iminente de seu patrimônio.

C É indispensável a prova do dano ao erário para que o servidor público responda pela prática de ato de
improbidade que atente contra os princípios da administração pública.
D As sanções previstas na Lei de Improbidade Administrativa podem ter aplicação retroativa.

E A concessão de benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou


regulamentares aplicáveis à espécie configura hipótese elencada entre os atos de improbidade
administrativa que causam prejuízo ao erário; sendo indispensável, para a configuração dessa hipótese, a
demonstração de efetivo dano ao erário.

Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região, de Direito Administrativo, Ética na Administração
Pública, Legislação Federal, Legislação Estadual, Direito Ambiental, Direito Urbanístico, Legislação dos
Tribunais de Contas (TCU, TCEs e TCMs) e Ministérios Públicos de Contas

Eis os comentários de cada alternativa:

a) Errado: ao contrário do que está dito neste item, veja-se o seguinte trecho de julgado do STJ: "A
caracterização do ato de improbidade por ofensa a princípios da administração pública (art. 11 da Lei
8.249/1992) exige a demonstração do dolo lato sensu ou genérico. Ausente o elemento subjetivo,
inviável a condenação na hipótese." (AgRg no AREsp. 287.679/MG, Segunda Turma, rel. Ministra Eliana
Calmon, DJe 28.8.2013)

b) Errado: na verdade, eis o entendimento firmado pelo STJ sobre o tema: "A Primeira Seção do STJ (REsp
1.319.515/ES, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Rel. p/ acórdão Min. Mauro Campbell, DJe
21.9.2012) firmou a orientação de que a decretação deindisponibilidade de bens não se condiciona à
comprovação dedilapidação efetiva ou iminente de patrimônio, porquanto tal medidaconsiste em "tutela
de evidência, uma vez que o periculum in moranão é oriundo da intenção do agente dilapidar seu
patrimônio e, sim, da gravidade dos fatos e do montante do prejuízo causado ao erário, o que atinge
toda a coletividade". (REsp. 1373705/MG, Segunda Turma, rel. Ministro Herman Benjamin, DJe
25.9.2013)

c) Errado: bem ao contrário do afirmado nesta opção "c", os atos de improbidade previstos no art. 11,
Lei 8.429/92, violadores dos princípios da Administração Pública, não exigem a concomitante ocorrência
de dano ao erário. A propósito do tema, Maria Sylvia Di Pietro anota: "É exatamente o que ocorre ou
pode ocorrer com os atos de improbidade previstos no artigo 11, por atentado aos princípios da
Administração Pública. A autoridade pode, por exemplo, praticar ato visando a fim proibido em lei ou
diverso daquele previsto na regra de competência (inciso I do art. 11); esse ato pode não resultar em
qualquer prejuízo para o patrimônio público, mas ainda assim constituir ato de improbidade(...)" (Direito
Administrativo, 26ª edição, 2013, p. 904).

d) Errado: em franca oposição ao que está afirmado neste item, ofereço o seguinte julgado do STJ: " A Lei
de Improbidade Administrativa não pode ser aplicada retroativamente para alcançar fatos anteriores a
sua vigência, ainda que ocorridos após a edição da Constituição Federal de 1988." (REsp. 1129121,
Segunda Turma, rel. p/ acórdão Ministro Castro Meira, DJe 15.3.2013)

e) Certo: de fato, a conduta descrita amolda-se ao disposto no art. 10, VII, Lei 8.429/92. E, no tocante à
necessidade de demonstração efetiva da lesão ao erário, confira-se o seguinte precedente do STJ: " O STJ
entende que, para a configuração dos atos de improbidade administrativa, previstos no art. 10 da Lei n.
8.429/1992, exige-se a presença do efetivo dano ao erário (critério objetivo) e, ao menos, culpa
(elemento subjetivo). - Não caracterizado o efetivo prejuízo ao erário, ausente o próprio fato típico."
(REsp. 1233502/MG, Segunda Turma, rel. Ministro Cesar Asfor Rocha, DJe 23.8.2012)

Resposta: E

Ano: 2010 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: INSS Prova: CESPE - 2010 - INSS - Perito Médico
Previdenciário

Texto associado

Acerca do controle e responsabilização da administração, julgue os próximos itens.

Para a configuração do ato de improbidade decorrente de lesão a princípios administrativos, não se exige
a existência de dano ou prejuízo material.

Certo. O art. 21 da Lei n. 8.429/92 determina que aplicação das sanções independe da efetiva ocorrência
de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento.

O STJ já entendeu que para o enquadramento de condutas no art. 11 da Lei n. 8.429/92, é desnecessária
a caracterização do dano ao erário e do enriquecimento ilícito. (REsp 1163499/MT, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 21/09/2010, DJe 08/10/2010)

Você também pode gostar