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ECA [1990] E MUDANÇAS

‒ Mudanças de paradigmas: ECA – Art. 23: A falta ou a carência de


recursos materiais não constitui motivo suficiente para a perda ou a
suspensão do poder familiar.
Crianças e adolescentes têm o direito a uma família, cujos vínculos devem ser
protegidos pela sociedade e pelo Estado. Nas situações de risco e
enfraquecimento desses vínculos familiares, as estratégias de atendimento
deverão esgotar as possibilidades de preservação dos mesmos, aliando o apoio
socioeconômico à elaboração de novas formas de interação e referências
afetivas no grupo familiar. (Ibidem, pag. 15 e 16)
‒ No caso de ruptura desses vínculos, o Estado é o responsável pela proteção
das crianças e dos adolescentes, incluindo o desenvolvimento de programas,
projetos e estratégias que possam levar à constituição de novos vínculos
familiares e comunitários, mas sempre priorizando o resgate dos vínculos
originais ou, em caso de sua impossibilidade, propiciando as políticas
públicas necessárias para a formação de novos vínculos que garantam o
direito à convivência familiar e comunitária. (Ibidem)
2004
‒ O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – CONANDA
elegeu como uma de suas prioridades a promoção do direito de crianças e
adolescentes à convivência familiar e comunitária;
‒ Ministro Chefe da SEDH e o Ministro MDS se articularam e propuseram a
convocação de outros Ministérios e atores numa Comissão Intersetorial.
‒ A Comissão Intersetorial foi nomeada por decreto presidencial em 19 de outubro de
2004 e composta por cinco Ministérios, cada um com atribuição de orçar recursos para
a nova política. Foram também convidadas representações dos três poderes e da
sociedade civil.
DESTAQUE: Atuação do CONANDA e da CNAS [aprovar o plano].
COMISSÃO INTERSETORIAL
‒ A composição dessa Comissão obedeceu à lógica da intersetorialidade.
[...] Além da participação dos seus membros, a Comissão Intersetorial não
prescindiu da valiosa contribuição de colaboradores dos campos jurídico,
técnico, acadêmico e midiático, bem como dos diferentes atores sociais
do sistema de atendimento, entre eles as famílias que participaram deste
processo, que proferiram palestras ou deram seus depoimentos durante as
jornadas de trabalho, enriquecendo sobremaneira a discussão.
INTERSETORIALIDADE E INTERDISCIPLINARIEDADE
SISTEMAS [SGD E SUAS]
‒ Necessidade da criação de uma política perpassa ambos os
sistemas, sendo fundamental para o aprimoramento da interface
entre eles.
‒ Tanto CONANDA quanto CNAS são categóricos ao afirmar que este
direito só será garantido com a interação de todas as políticas
sociais, com centralidade na família para o acesso a serviços de
saúde, educação de qualidade, geração de emprego e renda,
entre outros. (Ibidem, pag. 19)
1. SISTEMA DE GARANTIA DE DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE [SGD]
Resolução nº 113, de 19 de abril de 2006;
Eixos: Promoção, Defesa e Controle;
Art. 1º O SGD constitui-se na articulação e integração das instâncias públicas
governamentais e da sociedade civil, na aplicação de instrumentos normativos e
no funcionamento dos mecanismos de promoção, defesa e controle para a
efetivação dos direitos humanos da criança e do adolescente, nos níveis Federal,
Estadual, Distrital e Municipal.

2. SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL [SUAS]


O SUAS materializa a LOAS, sendo caracterizado como um sistema descentralizado
e participativo, constituindo-se na regulação e organização em todo o território
nacional das ações socioassistenciais, com serviços, programas, projetos e
benefícios com foco na atenção às famílias, seus membros e indivíduos.
DESAFIO APRESENTADO PELO PNCFC
‒ Mobilizar [...] outros atores sociais [mídia] para que se integrem a esse
movimento, que deve ser coletivo e articulado na efetivação de direitos,
tornando efetiva a participação social e, sobretudo, possibilitando o avanço na
promoção, proteção e defesa do direito à convivência familiar e comunitária.
[...] envolvem o esforço de toda a sociedade e o compromisso com uma
mudança cultural que atinge as relações familiares, as relações comunitárias e
as relações do Estado com a sociedade. (Ibidem, pag. 19 e 20)
‒ Declaração Universal dos Direitos da Criança (1959); Mudanças “do olhar
e do fazer”
‒ Constituição Federal (1988);
‒ Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (1990);
‒ Ratificação da Convenção sobre os Direitos da Criança (1990);
‒ Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (1993);
‒ Política Nacional de Assistência Social (2004);
‒ Diretrizes Internacionais - crianças privadas de cuidados parentais (2006).
MARCOS
[1] LEGAL
[2] CONCEITUAL
[3] SITUACIONAL
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança,
ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão.
ECA [RESUMO]
Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:


V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação.

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