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ORIENTAÇÕES TÉCNICAS:
SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO PARA CRIANÇAS E
ADOLESCENTES
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SUMÁRIO
I. Introdução 04
II. Princípios
V. Parâmetros de Funcionamento
a) Abrigo Institucional
b) Casa-Lar
c) Famílias Acolhedoras
d) República
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INTRODUÇÃO
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O direito à convivência familiar e comunitária e a igualdade entre filhos biológicos e adotivos
já havia sido assegurado na Constituição Federal.
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I- preservação dos vínculos familiares; II – integração em família substituta, quando esgotados
os recursos de manutenção na família de origem; III – atendimento personalizado e em
pequenos grupos; IV – desenvolvimento de atividades em regime de co-educação; V – não
desmembramento de grupos de irmãos; VI – evitar, sempre que possível, a transferência para
outras entidades de crianças e adolescentes abrigados; VII – participação na vida comunitária
local; VIII – preparação gradativa para o desligamento; IX – participação gradativa para o
desligamento.
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A despeito dos direitos assegurados no ECA, pesquisa realizada pelo IPEA
(2003) identificou o descompasso entre a legislação e a realidade nos serviços
de acolhimento em abrigos para crianças e adolescentes3. A realização da
pesquisa foi um dos primeiros indicativos de uma maior preocupação por parte
do Estado brasileiro com a situação de crianças e adolescentes afastados do
convívio familiar4. Esse processo iniciado em 2002 com a Caravana da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados ganhou impulso,
em 2004, quando foi criada, por decreto presidencial, uma Comissão
Intersetorial, com a finalidade de construir subsídios para a elaboração do
“Plano Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do Direito de Crianças e
Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária”. O documento foi
apresentado ao CONANDA e ao CNAS que o analisaram e aprimoram,
disponibilizando-o, posteriormente, para consulta pública. Finalmente, em
2006, por meio de uma Resolução Conjunta, o CONANDA e o CNAS
aprovaram o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de
Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária”. Ressalte-se
que, além dos dois Conselhos e do Poder Público, a sociedade civil teve
também uma importante participação na construção coletiva do Plano Nacional.
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Dentre outros resultados a pesquisa apontou que 50,1% das crianças e dos adolescentes foram abrigados
por motivos relacionados à pobreza e 24,1% exclusivamente em função da situação de pobreza de suas
famílias; 86,7% tinham família, sendo que 58,2% mantinham vínculos familiares, com contato regulares;
apenas 43,4% tinham processo na justiça; e somente 10,7% estavam em condição legal de adoção; 20%
estava no serviço há mais de 6 anos. Para 35,5% das crianças e dos adolescentes a principal dificuldade
para o retorno ao convívio familiar.
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De acordo com PNAS, “A ênfase da proteção social especial deve priorizar a
reestruturação dos serviços de abrigamento dos indivíduos que, por uma série
de fatores, não contam mais com a proteção e o cuidado de suas famílias, para
as novas modalidades de atendimento. A história dos abrigos e asilos é antiga
no Brasil. A colocação de crianças, adolescentes, pessoas com deficiências e
idosos em instituições para protegê-los ou afastá-los do convívio social e
familiar foi, durante muito tempo, materializada em grandes instituições de
longa permanência, ou seja, espaços que atendiam a um grande número de
pessoas, que lá permaneciam por longo período – às vezes a vida toda. São os
chamados, popularmente, como orfanatos, internatos, educandários, asilos,
entre outros.”
Assim, um grande desafio que é colocado para a implementação do SUAS, é a
ruptura com essa antiga lógica de atendimento, incompatível com os marcos
regulatórios vigentes. O presente documento visa estabelecer parâmetros de
funcionamento e oferecer orientações metodológicas para que os serviços de
acolhimento de crianças e adolescentes venham a cumprir sua função protetiva
e de reestabelecimento de direitos, compondo uma rede de proteção que
favoreça o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários, o
desenvolvimento de potencialidades e a conquista de maior grau de
independência individual e social das crianças e adolescentes atendidos e suas
famílias.
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PRINCÍPIOS
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Preservação e Fortalecimento dos Vínculos Familiares e Comunitários:
Todos os esforços deverão ser empreendidos para preservar e fortalecer
vínculos familiares e comunitários das crianças e dos adolescentes atendidos
em serviços de acolhimento. Esses vínculos são fundamentais, nessa etapa do
desenvolvimento humano, para oferecer à criança e ao adolescente condições
para um desenvolvimento saudável que favoreça a formação de sua identidade
e constituição como sujeito e cidadão.
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Visando a garantia do direito à liberdade de crença e culto religioso,
assegurado no Art. 16 do ECA, os serviços de acolhimento devem propiciar,
ainda, que a criança e o adolescente possam satisfazer suas necessidades de
vida religiosa e espiritual. Nesse sentido, deve ser viabilizado o acesso às
atividades de sua religião, bem como o direito de não participar de atos
religiosos e recusar instrução ou orientação religiosa que não lhe seja
significativa.
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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS
• ESTUDO DIAGNÓSTICO
O estudo diagnóstico deve incluir uma criteriosa avaliação dos riscos a que
estão submetidos a criança ou o adolescente e as condições da família para a
superação das violações e o provimento de proteção e cuidados. Com a devida
fundamentação teórica, o estudo deve levar em conta o bem-estar e a
segurança imediata da criança e do adolescente, bem como seu cuidado e
desenvolvimento a longo prazo.
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Em conformidade com o Art. 23 do ECA, a falta de recursos materiais por si só
não constitui motivo suficiente para afastar a criança ou o adolescente do
convívio familiar, encaminhá-los para serviços de acolhimento ou, ainda, para
inviabilizar sua reintegração. Nessas situações o convívio familiar deve ser
preservado e a família, obrigatoriamente, incluída em programas oficiais de
auxílio. Os municípios devem proceder à imediata identificação daquelas
crianças e adolescentes cuja permanência em serviços de acolhimento decorra
exclusivamente da situação de pobreza de suas famílias. Um planejamento de
caráter intersetorial deve ser viabilizado para proporcionar sua reintegração no
menor tempo possível. A articulação intersetorial nesse caso deve primar pela
priorização dessas famílias em serviços, programas, projetos e benefícios que
se mostrem essenciais para o desenvolvimento do processo de reintegração
• PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
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O serviço deve estar localizado em áreas residenciais, sem distanciar-se
excessivamente, do ponto de vista geográfico e sócio-econômico, do contexto
de origem das crianças e adolescentes.
Todas os equipamentos da rede socioassistencial deverão respeitar as normas
de acessibilidade, de maneira a possibilitar o atendimento integrado a usuários
com deficiência. No caso de acolhimento de criança ou adolescente com
deficiência por família Acolhedora, deve-se avaliar se a infra-estrutura física da
casa oferece condições para sua segurança e locomoção. Nesses casos, o
Serviço de Família Acolhedora deverá fazer uma avaliação das habilidades e
recursos das possíveis famílias acolhedoras, bem como preparação específica
para a prestação dos cuidados necessários às crianças/adolescentes com
deficiência.
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história de vida, abrindo espaço para que expresse seus sentimentos, desejos,
angústias e dúvidas quanto às vivências pregressas, ao afastamento da família
de origem e sua situação familiar. Essas conversas não precisam ocorrer
imediatamente após a chegada da criança ou do adolescente. O fundamental é
que elas aconteçam em momentos de contato afetivo, nos quais a
criança/adolescente possa se expressar e ser ouvido, de uma forma sensível e
acolhedora. O interlocutor deve mostrar-se disponível e manter postura
acolhedora e respeitosa, sem culpabilizar ou julgar a família de origem. Um
acolhimento personalizado e de qualidade não deve recorrer ao silêncio e à
negação da realidade de cada criança ou adolescente ou, ainda, passar-lhe a
“ilusão” de que o serviço de acolhimento é “sua família”. O serviço deve contar
com profissionais capazes de fortalecer os recursos da criança e do
adolescente para enfrentar sua situação familiar, inclusive o sofrimento dela
decorrente, para que possam estruturar-se e desenvolver-se de modo mais
saudável.
No caso específico de crianças e adolescentes que estejam em situação de
rua, a acolhida inicial deve fazer parte de uma estratégia de sensibilização para
o acolhimento no serviço e construção de vínculo de confiança com o mesmo.
Ao longo do processo de trabalho pela saída da rua, além dos aspectos aqui
mencionados, deve-se trabalhar também o significado do “estar e não-estar na
rua”, expectativas, desejos e temores quanto à retomada do convívio familiar e
social, dentre outros aspectos.
Não-desmembramento de grupos de crianças/adolescentes com vínculos
de parentesco: crianças e adolescentes com vínculos de parentesco (irmãos,
primos, etc), com vínculos afetivos, não devem ser separados ao serem
encaminhados para serviço de acolhimento, salvo se isso for contrário a seu
desejo ou a seus interesses ou houver claro risco de abuso, tendo em vista o
melhor interesse da criança e do adolescente.
Relação afetiva e individualizada com cuidadores: Para que o serviço de
acolhida cumpra de fato sua função de proteção, é fundamental que seja
construída uma relação afetiva, segura e estável entre o cuidador/educador de
referência e a criança ou adolescente. Os cuidadores/educadores devem ter
qualificação específica para desempenhar esse papel e compreender sua
importância no desenvolvimento de relações afetivas positivas e seguras com
as crianças e adolescentes. As condições de trabalho e apoio, por parte da
equipe técnica e coordenação do serviço, são fundamentais para evitar a
rotatividade tanto de cuidadores / educadores de serviços de acolhimento.
Definição do papel e valorização dos cuidadores/educadores: Deve-se dar
atenção especial à qualidade da prestação de cuidados em serviços de
acolhimento, ofertados tanto em serviços de acolhimento em abrigos quanto
em Famílias Acolhedoras, particularmente no que se refere à seleção,
capacitação e acompanhamento / supervisão. O cuidador/educador deve ter
clareza quanto a seu papel: vincular-se afetivamente às crianças/adolescentes
atendidos e contribuir para a construção de um ambiente familiar, evitando,
porém, “apossar-se” da criança ou do adolescente, competir ou desvalorizar a
família de origem ou substituta. O serviço de acolhimento, não deve ter a
pretensão de ocupar o lugar da família de origem, mas contribuir para o
fortalecimento dos vínculos familiares, favorecendo o processo de reintegração
familiar ou o encaminhamento para família substituta, quando for o caso. É
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importante que o cuidador/educador tenha qualificação e possa desempenhar
seu papel com autonomia, evitando-se assim conflitos de autoridade que
podem ser prejudiciais ao desenvolvimento da criança e do adolescente. O
educador/cuidador deve participar e ter sua opinião ouvida pela equipe técnica
do abrigo na tomada de decisões sobre a vida da criança e do adolescente,
como, por exemplo, nas ocasiões em que se mostrar necessária a elaboração
de relatório para a Autoridade Judiciária com recomendação de reintegração
familiar ou adoção. Nesses casos, deve ser priorizada a participação daquele
cuidador/educador com o qual a criança/adolescente mantenha vinculação
afetiva mais significativa e que conheça seus desejos e interesses. Para que os
cuidadores/educadores consigam cumprir sua função é necessário que
disponham, ainda, de apoio e orientação por parte da equipe técnica do abrigo,
bem como de espaço para trocas, nos quais possam compartilhar entre si
experiências e angústias decorrentes da atuação, buscando a construção
coletiva de estratégias para o enfrentamento de desafios. Visando o constante
aprimoramento do cuidado prestado, devem ser realizados estudos de caso
periódicos com a participação da equipe técnica e cuidadores/educadores, nos
quais possam refletir sobre o trabalho desenvolvido com cada
criança/adolescente e as dificuldades encontradas. Esses estudos devem
propiciar também planejamentos de intervenções que tenham como objetivo a
melhoria do atendimento no serviço e da relação entre cuidador/educador e
criança/adolescente, bem como a potencialização de aspectos favorecedores
de seu processo de desenvolvimento, auto-estima e autonomia.
Organização de registros sobre a história de vida e desenvolvimento de
cada criança / adolescente: Devem ser organizados registros diários de cada
criança e adolescente, nos quais conste relato sintético sobre a rotina,
progressos observados no desenvolvimento, vida escolar, socialização,
necessidades emergentes, mudanças, encontro com familiares, dados de
saúde, etc. A equipe técnica do serviço de acolhimento deverá organizar
prontuários individuais com registros sistemáticos que incluam: histórico de
vida, motivo do acolhimento, data de entrada e desligamento, documentação
pessoal, informações sobre o desenvolvimento (físico, psicológico e
intelectual), condições de saúde, etc. Além dessas, o prontuário deve conter as
informações obtidas sobre a família de origem e resumo do trabalho
desenvolvido com vistas à reintegração familiar (visitas, encaminhamentos,
acompanhamento em grupo, encontros da família com a criança ou
adolescente, preparação para a reintegração, etc.). Esses registros devem ser
consultados apenas por profissionais devidamente autorizados e os serviços de
acolhimento devem ter uma política clara de confidencialidade desses dados,
observada por todos os profissionais.
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informações, fotografias e lembranças referentes a cada fase de sua vida, ao
qual poderão ter acesso ao longo do ciclo vital.
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o adolescente em atividades que possam continuar a freqüentar após a
reintegração familiar.
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separações abruptas e permitir a avaliação do momento mais adequado para a
ocorrência do desligamento. Sempre que possível e positivo para a criança e o
adolescente, contatos posteriores ao desligamento, com colegas,
cuidadores/educadores e outros profissionais do serviço deve ser viabilizado.
O desligamento não deve ser visto como um momento apenas, mas como
resultado de um processo contínuo de desenvolvimento da autonomia.
Particularmente no que diz respeito aos adolescentes, a preparação para o
desligamento deve incluir o acesso a programas de qualificação profissional e
inserção no mercado de trabalho, como aprendiz ou trabalhador – observadas
as devidas limitações e determinações da lei nesse sentido. Sempre que
possível, ainda, o serviço manterá parceria com programas de Repúblicas,
utilizáveis como uma forma de transição entre o abrigo e a aquisição de
autonomia e independência.
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A reintegração familiar deve ser concebida como um processo gradativo,
acompanhado pela equipe interprofissional do serviço de acolhimento, com o
objetivo de fortalecer as relações familiares e as redes sociais de apoio da
família. Para tanto, diversos métodos e técnicas podem ser utilizados, como,
por exemplo, visitas domiciliares e entrevistas, grupos de mães/pais/famílias,
encontros entre a família e a criança/adolescente, estudos de caso, etc. Além
das intervenções realizadas pela equipe técnica do serviço, deve ser realizado
encaminhamento da família para a rede de serviços local, segundo as
demandas identificadas.
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os encaminhamentos realizados foram viabilizados e qual tem sido a resposta
da família aos mesmos; as mudanças nos padrões violadores de
relacionamento; as reações da criança ao afastamento e ao acolhimento no
serviço; dentre outros. O processo de decisão acerca do retorno ao convívio
familiar deve envolver a equipe técnica do serviço de acolhimento e da Justiça
da Infância e da Juventude. Nesse processo deverá ser garantida a escuta da
família e, por meios adequados, da criança e do adolescente. Os
cuidadores/educadores ou famílias acolhedoras - que mantém contato mais
diretamente com a criança ou adolescente em questão - também deverão ser
ouvidos e suas impressões consideradas.
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comunidade que lhe sejam particularmente significativas. A integração da
criança e do adolescente ao convívio com familiares com os quais não
mantiveram contato prévio deve ser cuidadosamente avaliada. Quando essa
representar a melhor medida para a criança e o adolescente, deve ser
garantida uma aproximação gradativa para a construção da relação afetiva.
Tanto na reintegração para o convívio com pessoa significativa da comunidade
quanto com familiar sem contato prévio com a criança ou adolescente deverão
ser avaliadas as reais condições para responsabilizarem-se pelo cuidado
destes, bem como o desejo, por parte de todos os envolvidos – inclusive a
criança e o adolescente, pela relação afetiva. Essas observações serão
importantes para se avaliar se esse tipo de colocação é mais adequada do que
o encaminhamento para família substituta.
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modo a subsidiar o acompanhamento da situação jurídico-familiar de cada
criança/adolescente e a avaliação por parte da Justiça da possibilidade de
reintegração familiar ou necessidade de encaminhamento para família
substituta.
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respeitar o processo individual de apropriação da história de vida – devendo
ser conduzido por profissionais orientados e preparados, com os quais a
criança e o adolescente mantenham vinculação afetiva significativa.
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construção de projetos de vida ligados ao trabalho e aquisição futura de
autonomia financeira.
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• Mapeamento da Rede de serviços local e das instâncias do Sistema de
Garantia de Direitos
• conhecimento, por parte de todos os atores, do Plano Nacional de
Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à
Convivência Familiar e Comunitária;
• definição e delimitação de competências e papéis;
• compromisso dos diferentes atores com a garantia do direito à
conviivência familiar e comunitária;
• construção coletiva de estratégias para fortalecer os diferentes atores e
dar respostas às lacunas identificadas;
• prevenção de duplicidade ou sobreposição de ações;
• construção de fluxos e procedimentos complementares;
• elaboração conjunta de planejamentos para o acompanhamento caso-a-
caso;
• fortalecimento da comunicação entre os diversos atores, tanto por meios
formais (seminários, relatórios, etc.), quanto por meios informais
(comunicação telefônica, reuniões para discussão de caso);
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SELEÇÃO
CAPACITAÇÃO
6 As dinâmicas de grupo são um instrumento útil para se perceber características do candidato importantes no
exercício da função pretendida. É um momento de interação e por isso deve-se dirigir as dinâmicas para se
observar capacidade de liderança, autoridade, cooperação, resolução de problemas, mediação de conflitos,
criatividade, flexibilidade, tolerância, habilidades com crianças/adolescentes, disponibilidade e escuta para com este
público. Nesta etapa já se evidenciam candidatos que não demonstram perfil para a função de educador.
Interessante que os próprios candidatos possam falar da dinâmica e experienciada e tenha retorno do facilitador
sobre sua participação. Muitas vezes o próprio candidato se depara com dificuldades em determinados aspectos
enfatizados na dinâmica que são fundamentais para o cargo e percebe sua inadequação naquele momento.
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Para tanto, é indispensável que seja prevista capacitação inicial de qualidade, e
formação continuada dos profissionais, especialmente aqueles que têm contato
direto com as crianças e adolescentes e suas famílias.
A seguir, serão apresentados temas e metodologias para a capacitação dos
cuidadores/educadores, os quais devem ser adaptados às necessidades e
demandas específicas de cada serviço:
CAPACITAÇÃO INTRODUTÓRIA
CAPACITÇÃO PRÁTICA
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FORMAÇÃO CONTINUADA
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PARÂMETROS DE FUNCIONAMENTO
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ABRIGO INSTITUCIONAL
1. DEFINIÇÃO
2. PÚBLICO ALVO
Geral
Crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos sob medida protetiva de
abrigo8.
Especificidades
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• Abrigos especializados no acolhimento de adolescentes grávidas ou com
filhos, com metodologia focada na vinculação mãe–criança, no
desenvolvimento de habilidades para o cuidado, na construção de um projeto
de vida e desenvolvimento da autonomia, de modo a garantir a proteção à
adolescente e a seu(s) filho(s). Podem contribuir particularmente para a
prevenção da perpetuação de ciclos intergeracionais de ruptura de vínculos,
abandono, negligência ou violência, representando importante recurso para
garantir o direito à convivência familiar da adolescente e da criança. O cuidado
nesses serviços deve ser conduzido por profissionais qualificados e sensíveis
às necessidades das crianças e de suas mães adolescentes. Nesses casos é
importe que sejam viabilizadas condições para assegurar às mães
adolescentes os direitos inerentes a ambas as condições: maternidade e
adolescência. Desse modo, além do desenvolvimento de habilidades para o
cuidado com a criança e conscientização acerca do papel de mãe, é importante
que o funcionamento do serviço favoreça e estimule a continuidade dos
estudos por parte da adolescente, viabilize sua inserção em atividades
culturais, de esporte, lazer e qualificação profissional, além de oferecer
orientação especializada nas questões referentes ao desenvolvimento da
sexualidade e aos direitos sexuais reprodutivos. Desse modo, o serviço deve
manter articulação permanente com a rede de serviços local, em especial com
a educação, saúde e programas de qualificação profissional e geração de
renda. Ressalta-se, ainda, que todos os esforços deverão ser empreendidos no
sentido de fortalecimento dos laços familiares ou reconstrução de vínculos
familiares rompidos, de modo a que as adolescentes atendidas e seus filhos
possam retornar ao convívio com suas famílias de origem.
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profissional e na construção do projeto de vida. A preparação para o
desligamento deve incluir o acesso a programas de qualificação profissional e
inserção no mercado de trabalho, como aprendiz ou trabalhador – observadas
as devidas limitações e determinações da lei nesse sentido. Para tanto devem
manter articulação com a rede local, especialmente a educação, programas de
qualificação profissional e de geração de trabalho e renda. Sempre que
possível esses serviços devem funcionar em estreita articulação com serviços
de acolhida em República, visando a continuidade do apoio àqueles que após a
maioridade precisarem de um serviço que os acolha e trabalhe a transição do
abrigo para a autonomia e independência. Por meio de metodologia específica,
esses serviços poderão manter Programas de Apadrinhamento Afetivo, com
vistas à ampliação dos vínculos comunitários e construção de uma rede social
de apoio para os adolescentes.
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dentre outros - enquanto se realiza um estudo diagnóstico detalhado da
situação de cada criança e adolescente com a finalidade de: i. avaliar as
condições de manutenção do convívio familiar ou necessidade de afastamento
do mesmo; ii. identificar qual solução é mais adequada naquele momento:
retorno imediato ao convívio com a família de origem (nuclear ou extensa) ou
pessoas da comunidade que lhe sejam significativas; ou iii. encaminhamento
para outros serviços de acolhimento, no caso de impossibilidade imediata de
reintegração familiar. Destaca-se que, dependendo da demanda local, não há
necessidade da existência de um abrigo específico para o atendimento a tais
situações, o qual poderá ser realizado em abrigos para atendimento geral que
disponham de espaço físico, metodologia e pessoal adequados a tal
atendimento, de forma a que a chegada e saída constante de novas crianças e
adolescentes, a qualquer hora do dia e da noite, não venham a interferir
negativamente na rotina das crianças/adolescentes que permanecem acolhidos
por um período de tempo maior. Tal serviço deve contar com equipe técnica
qualificada para um trabalho ágil para o diagnóstico da situação, bem como
com cuidadores/educadores capacitados para acolher crianças e adolescentes
em momento de peculiar situação de vulnerabilidade. Para que a acolhida
inicial seja afetuosa e não represente uma re-vitimização de crianças e
adolescentes é preciso observar, ainda, os seguintes aspectos: i. destinar
espaço físico especificamente para o acolhimento daqueles que estão
chegando, uma vez que o acolhimento pode ocorrer a qualquer momento,
inclusive no período noturno; ii.. dispor de profissionais qualificados e capazes
de dialogar sensivelmente com crianças e adolescentes nesse momento que
envolve ruptura, incerteza, insegurança e transição, auxiliando-os a significar a
vivência do afastamento provisório. Ressalta-se que a organização de serviços
de acolhimento de caráter emergencial não significará, em nenhuma hipótese,
negligência ao princípio da excepcionalidade, ao qual também devem se
submeter, e que a criança e o adolescente só devem ser encaminhados para
esse serviço quando não for possível realizar tal estudo mantendo-os com a
família de origem (nuclear ou extensa) ou pessoas significativas da
comunidade.
NÚMERO MÁXIMO DE USUÁRIOS POR EQUIPAMENTO
• 20 crianças e adolescentes
3. ASPECTOS FÍSICOS
Localização
Áreas residenciais, sem distanciar-se excessivamente, do ponto de vista
geográfico e sócio-econômico, da realidade de origem das crianças e
adolescentes acolhidos9.
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Excepcionalmente, os abrigos poderão ter abrangência correspondente a um pequeno grupo de municípios, desde
que mantida a maior contigüidade possível dos locais de procedência de familiares e nas seguintes situações:
- por indicação técnica ou determinação judicial;
- quando a incidência da demanda e porte do município não justificarem a disponibilização de serviços de alta
complexidade no seu âmbito.
No caso de abrigamento fora do município de origem, deve ser viabilizado o transporte de familiares para visitas à
criança e ao adolescente, ou deste à sua família, de modo a que sejam preservados seus vínculos familiares.
Nesse caso, o plano de atendimento deverá garantir acompanhamento à família, envolvendo, necessariamente, a
rede de serviços do município de origem.
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Fachada e aspectos gerais da construção
Deverá manter aspecto semelhante ao de uma residência, seguindo o padrão
arquitetônico das demais residências da comunidade na qual estiver inserida.
Deve-se evitar a instalação de placas indicativas da natureza institucional do
equipamento.
4. RECURSOS HUMANOS
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Função Quantidade Atividades Desenvolvidas
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Função Quantidade Atividades Desenvolvidas
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5. INFRA-ESTRUTURA / ESPAÇOS MÍNIMOS PARA FUNCIONAMENTO
cômodo Características
• Nº de crianças / adolescentes por quarto: recomendado: até 4 por quarto;
máximo: até 6 por quarto
Quartos • Cada quarto deverá ter dimensão suficiente para acomodar as camas / berços /
beliches dos usuários e para a guarda dos pertences pessoais de cada criança
e adolescente de forma individualizada (armários, guarda-roupa, etc.).
• Metragem mínima: 2,25 m² para cada ocupante. Caso o ambiente de estudos
seja organizado no próprio quarto, a dimensão dos mesmos deverá ser
aumentada para 3,25 m² para cada ocupante)
• Com espaço suficiente para acomodar o número de usuários atendido pelo
equipamento e os cuidadores/educadores.
Sala de • Metragem mínima: 1,00 m² para cada ocupante.
Estar ou (Ex: - Abrigo para 15 crianças / adolescentes + 2 cuidadores/educadores: 17,0 m²;
similar - Abrigo para 20 crianças / adolescentes + 2 cuidadores/educadores: 22,0 m²;)
• Com espaço suficiente para acomodar o número de usuários atendido pelo
equipamento e os cuidadores/educadores.
Sala de • Pode tratar-se de um cômodo independente, ou estar anexado a outro cômodo
jantar / (p. ex. à sala de estar ou á cozinha)
copa • Metragem mínima: 1,00 m² para cada ocupante.
Ambiente • Poderá haver espaço específico para esta finalidade ou, ainda, ser organizado
para no próprio ambiente dos quartos, por meio de espaço suficiente e mobiliário
Estudo adequado, quando o número de usuários por quarto não inviabilizar que a
atividade de estudo/leitura seja nele realizada. Nesse caso, as dimensões dos
quartos deverão ser aumentadas para 3,25 m² para cada ocupante.
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cômodo Características
• 1 lavatório, 1 vaso sanitário e 1 chuveiro para cada 5 crianças e adolescentes.
Banheiro • Pelo menos 1 dos banheiros deverá ser adaptado a pessoas com deficiência10.
• 1 lavatório e 1 vaso sanitário para os funcionários
• Com espaço suficiente para acomodar utensílios e mobiliário para preparar
COZINHA alimentos para o número de usuários atendido pelo equipamento e os
cuidadores/educadores.
• Com espaço suficiente para acomodar utensílios e mobiliário para guardar
equipamentos, objetos e produtos de limpeza e propiciar o cuidado com a
Área de higiene do abrigo, com a roupa de cama, mesa, banho e pessoal para o
Serviço número de usuários atendido pelo equipamento.
• Espaços que possibilitem o convívio e brincadeiras, evitando-se, todavia, a
instalação de equipamentos que estejam fora do padrão sócio-econômico da
Área realidade de origem dos usuários, tais como piscinas, etc (de forma a não
externa dificultar a reintegração familiar dos mesmos).
(Varanda, • Deve-se priorizar a utilização dos equipamentos públicos ou comunitários de
quintal, lazer, esporte e cultura, proporcionando um maior convívio comunitário e
jardim,etc) incentivando a socialização dos usuários.
• Os abrigos que já tiverem em sua infra-estrutura espaços como quadra
poliesportiva, piscinas, praças, etc, deverão buscar, gradativamente,
possibilitar o uso dos mesmos também pelas crianças e adolescentes da
comunidade local, de modo a favorecer o convívio comunitário, observando-se,
nesses casos, a preservação da privacidade e da segurança do espaço de
moradia do abrigo.
• Com espaço e mobiliário suficiente para desenvolvimento de atividades de
SALA PARA natureza técnica (elaboração de relatórios, atendimento, reuniões, etc)
EQUIPE • Recomenda-se que este espaço funcione em edificação/localização específica
TÉCNICA para a área administrativa / técnica da instituição, separada da área de moradia
das crianças e adolescentes.
• Com espaço e mobiliário suficiente para desenvolvimento de atividades
SALA DE administrativas (área contábil / financeira, documental, logística, etc.) O espaço
COORDENA administrativo deve ter área reservada para guarda de prontuários das crianças
ÇÃO / e adolescentes, em condições de segurança e sigilo.
ATIVIDADES • Recomenda-se que este espaço funcione em edificação/localização específica
ADMINISTRA para a área administrativa / técnica da instituição, separada da área de moradia
TIVAS das crianças e adolescentes.
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Deverão ser executados de acordo com todas as especificações constantes da NBR 9050/ABNT,
dentre elas:
Ø deve ser prevista uma iluminação intensa e eficaz;
Ø não devem ser utilizados revestimentos que produzam brilhos e reflexos para evitar desorientação
visual;
Ø devem prever, no mínimo, um vaso sanitário para cada seis usuários;
Ø as portas dos compartimentos internos dos sanitários, deverão ser colocadas de modo a deixar vãos
livres de 0,20m na parte inferior;
Ø as barras de apoio deverão ser, preferencialmente, em cores contrastantes com a parede para fácil e
rápida identificação e uso.
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cômodo Características
• Com espaço e mobiliário suficiente para a realização de reuniões de equipe e
SALA / de atividades grupais com as famílias de origem.
ESPAÇO
PARA
REUNIÕES
• Deverá ser disponibilizado meio de transporte que possibilite a realização de visitas
domiciliares e reuniões com os demais atores do Sistema de Garantia de Direitos e da
Rede de Serviços
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CASA-LAR
1. DEFINIÇÃO
2. CARACTERÍSTICAS
A principal diferença entre esta modalidade de atendimento e o Abrigo Institucional,
além do menor número de crianças e adolescentes atendidos por equipamento, está na
presença do(a) cuidador/educador residente – pessoa ou casal que reside na casa-lar
juntamente com as crianças/adolescentes atendidos, sendo responsável pelos
cuidados prestados às crianças/adolescentes e pela organização da rotina da casa.
Tal profissional deve participar ativamente das decisões relacionadas à casa-lar, sendo
recomendável que o(a) mesmo(a) tenha autonomia para gerir a rotina “doméstica”,
inclusive as despesas da casa. Recomenda-se que também as crianças e
adolescentes tomem parte nas decisões acerca da rotina da casa, de modo a que
os(as) mesmos(as) reconheçam-se como parte integrante do grupo, com direitos e
deveres.
A presença do(a) cudador/educador residente visa proporcionar:
• o estabelecimento de uma relação estável no ambiente institucional,
uma vez que o/a cuidador/educador residente ocupa um lugar de referência afetiva
constante, facilitando o acompanhamento da vida diária/comunitária das
crianças/adolescentes (reuniões escolares, festas de colegas, etc.), diferentemente do
que ocorre no Abrigo Institucional, onde há maior rotatividade diária dos(as)
cuidadores/educadores.
39
• uma rotina mais flexível na casa, menos institucional e próxima a uma
rotina familiar, adaptando-se às necessidades da criança/adolescente.
Ressalta-se que tal tarefa exige muito deste cuidador/educador residente, por se tratar
de uma função desgastante, com elevada exigência psíquica e emocional, exigindo
uma atenção especial na seleção, capacitação e acompanhamento deste profissional,
sendo de fundamental importância a existência de equipe técnica especializada, para
acompanhamento constante das casas lares (apoio/orientação aos
cuidadores/educadores, atendimento às crianças/adolescentes e suas famílias,
articulação dom o SGD, etc), o que não significa que esta equipe deva estar sediada
na casa. Assim, para que o educador/cuidador consiga cumprir bem sua função é
necessário que disponha de apoio e orientação por parte da equipe técnica do abrigo,
bem como de espaço para trocas, onde possa reunir-se com outros educadores para
compartilhar as experiências e angústias decorrentes da atuação e encontrar soluções
conjuntas para os desafios.
É importante, também, que os/as cuidadores/educadores residentes contem com
condições dignas de trabalho e remuneração condizente, devendo haver condições
para a preservação da privacidade do trabalhador e construção de projetos pessoais.
Para tanto, deve-se prever períodos livres diários e um esquema de folgas semanais
que possibilite sua participação em atividades outras que não as da casa, além de
férias anuais fora do ambiente da Casa Lar.
Especial atenção deve ser dada à clarificação do papel a ser exercido por esse
profissional, de modo a que não se pretenda substituir o lugar e a função dos pais ou
da família de origem. É de suma importância que o educador/cuidador tenha clareza
quanto ao seu papel: deve vincular-se afetivamente e contribuir para a construção de
um ambiente próximo ao ambiente familiar, evitando, porém, “apossar-se” da criança
ou do adolescente, bem como competir ou desvalorizar a família de origem ou
substituta, quando for o caso. A casa-lar, assim como o educador/cuidador, não deve
ocupar o lugar da mãe ou da família de origem, mas contribuir para o fortalecimento
dos vínculos familiares, favorecendo o processo de reintegração familiar ou o
encaminhamento para família substituta, quando for o caso. Assim, recomenda-se a
substituição do termo largamente utilizado “mãe/pai social” por cuidador/educador
residente, de modo a evitar ambigüidade de papéis, disputa com a família de origem,
ou fortalecimento da idéia de permanência indefinida da criança/adolescente na
instituição e o investimento insuficiente na reintegração familiar.
Nessa modalidade de atendimento, deve-se dar especial atenção ao processo de
desligamento das crianças e adolescentes acolhidos por longos períodos, o qual
deverá ocorrer de forma gradual e incluir a participação de todos os envolvidos.
3. ASPECTOS FÍSICOS
Localização
Áreas residenciais, sem distanciar-se excessivamente, do ponto de vista geográfico e
sócio-econômico, da realidade de origem das crianças e adolescentes acolhidos.
A casa-lar deve funcionar em uma edificação residencial inserida no bairro de forma
análoga às demais residências locais, devendo ser evitadas estruturas que agreguem
diversas casas-lares em um terreno comum, visto que tais estruturas acabam por se
40
tornar ambientes “fechados” que dificultam a integração das crianças/adolescentes ali
acolhidos à vizinhança.
4. PÚBLICO ALVO
Geral
Crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos sob medida protetiva de abrigo11.
Especificidades
4. RECURSOS HUMANOS
41
Função Quantidade Atividades Desenvolvidas
42
Função Quantidade Atividades Desenvolvidas
43
Função Quantidade Atividades Desenvolvidas
44
Função Quantidade Atividades Desenvolvidas
mesmo ambiente
crianças e
adolescentes com os
mais diferentes
históricos, faixa etária
e gênero, faz-se
necessário que o
abrigo mantenha uma
equipe noturna
acordada e atenta à
movimentação.
cômodo Características
• Nº de crianças / adolescentes por quarto: recomendado: até 4 por quarto;
máximo: até 6 por quarto
Quartos • Cada quarto deverá ter dimensão suficiente para acomodar as camas / berços
/ beliches dos usuários e para a guarda dos pertences pessoais de cada
criança e adolescente de forma individualizada (armários, guarda-roupa, etc.).
• Metragem mínima: 2,25 m² para cada ocupante. Caso o ambiente de estudos
seja organizado no próprio quarto, a dimensão dos mesmos deverão ser
aumentadas para 3,25 m² para cada ocupante)
• Com metragem suficiente para acomodar cama (solteiro ou casal, no caso de
QUARTO casal social) e mobiliário para guarda de pertences pessoais.
PARA
CUIDADOR(A)
/EDUCADOR(
A)
RESIDENTE
• Com espaço suficiente para acomodar o número de crianças e adolescentes
da Casa-Lar e os cuidadores/educadores.
Sala de • Metragem mínima: 1,00 m² para cada ocupante.
Estar ou (Ex: - Casa-Lar para 10 crianças / adolescentes + 2 cuidadores/educadores: 12,0 m²;
similar
• Com espaço suficiente para acomodar o número de crianças e adolescentes
da Casa-Lar e os cuidadores/educadores.
Sala de • Pode tratar-se de um cômodo independente, ou estar anexado a outro
jantar / copa cômodo (p. ex. à sala de estar ou á cozinha)
45
cômodo Características
atividade de estudo/leitura seja nele realizada. Nesse caso, as dimensões dos
quartos deverão ser aumentadas para 3,25 m² para cada ocupante
• 1 lavatório, 1 vaso sanitário e 1 chuveiro para cada 5 crianças e adolescentes.
Banheiro
• Pelo menos 1 dos banheiros deverá ser adaptado a pessoas com
deficiência12.
• 1 lavatório e 1 vaso sanitário para os cuidadores/educadores
• Com espaço suficiente para acomodar utensílios e mobiliário para preparar
COZINHA alimentos para o número de usuários atendido pelo equipamento e os
cuidadores/educadores.
• Com espaço suficiente para acomodar utensílios e mobiliário para guardar
equipamentos, objetos e produtos de limpeza e propiciar o cuidado com a
Área de higiene do abrigo, com a roupa de cama, mesa, banho e pessoal para o
Serviço número de usuários atendido pelo equipamento.
• Espaços que possibilitem o convívio e brincadeiras, evitando-se, todavia, a
instalação de equipamentos que estejam fora do padrão sócio-econômico da
Área realidade de origem dos usuários, tais como piscinas, saunas, etc (de forma a
externa não dificultar a reintegração familiar dos mesmos).
(Varanda, • Deve-se priorizar a utilização dos equipamentos públicos ou comunitários de
quintal, lazer, esporte e cultura, proporcionando um maior convívio comunitário e
jardim,etc) incentivando a socialização dos usuários.
cômodo Características
Sala para • Com espaço e mobiliário suficiente para desenvolvimento de atividades de
equipe natureza técnica (elaboração de relatórios, atendimento, reuniões, etc)
técnica
• Com espaço e mobiliário suficiente para desenvolvimento de atividades
SALA DE administrativas (área contábil / financeira, documental, logística, etc. O
COORDENAÇ espaço administrativo deve ter área reservada para guarda de prontuários das
ÃO / crianças e adolescentes, em condições de segurança e sigilo.
ATIVIDADES
ADMINISTRAT
IVAS
Sala / • Com espaço e mobiliário suficiente para a realização de reuniões de equipe e
12
Deverão ser executados de acordo com todas as especificações constantes da NBR 9050/ABNT,
dentre elas:
Ø deve ser prevista uma iluminação intensa e eficaz;
Ø não devem ser utilizados revestimentos que produzam brilhos e reflexos para evitar desorientação
visual;
Ø devem prever, no mínimo, um vaso sanitário para cada seis usuários;
Ø as portas dos compartimentos internos dos sanitários, deverão ser colocadas de modo a deixar vãos
livres de 0,20m na parte inferior;
Ø as barras de apoio deverão ser, preferencialmente, em cores contrastantes com a parede para fácil e
rápida identificação e uso.
46
cômodo Características
espaço para de atividades grupais com as famílias de origem.
reuniões
47
SERVIÇOS DE FAMÍLIAS ACOLHEDORAS13
1. DEFINIÇÃO
Serviço que organiza o acolhimento, na residência de famílias acolhedoras, de crianças
e adolescentes afastados da família de origem mediante medida protetiva. O
acolhimento deve ocorrer paralelamente ao trabalho com a família de origem, com
vistas à reintegração familiar.
Representa uma modalidade de atendimento que visa oferecer proteção integral às
crianças e aos adolescentes até que seja possível a reintegração familiar ou, na sua
total impossibilidade, encaminhamento para adoção. Propicia o atendimento em
ambiente familiar, garantindo atenção individualizada e convivência comunitária,
permitindo a continuidade da socialização da criança/adolescente.
Embora ainda pouco difundida no País, esta modalidade de atendimento encontra-se
consolidada em outros países, principalmente nos europeus14, além de contar com
experiências exitosas no Brasil15 e América Latina. Tal serviço encontra-se
contemplado, expressamente, na Política Nacional de Assistência Social, como um dos
serviços de proteção social especial de alta complexidade.
ASPECTOS JURÍDICO-ADMINISTRATIVOS
13 Fontes: Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência
Familiar e Comunitária; e
Grupo de Trabalho Nacional Pró Convivência Familiar e Comunitária – Caderno 3 - Famílias Acolhedoras, 2007
14
Conforme estudos divulgados pela International Foster Care Organisation ( IFCO): GEORGE, Shanti &
OUDENHOVEN, Nico Van. (Trad) Maria Soledad Franco. Apostando al Acogimiento Familiar – Um estúdio
comparativo internacional. Bélgica: Garant, 2003.
15 Vide diversas experiências pelo país, como os projetos do Rio de Janeiro; SAPECA, de Campinas/SP; São Bento do Sul/SC,
etc:, In: CABRAL, Cláudia (Org.). Perspectivas do Acolhimento Familiar no Brasil. Acolhimento Familiar – experiências e
perspectivas.Rio de Janeiro: Booklink, 2004, p. 11.
48
comunicação com a Justiça da Infância e da Juventude e à articulação com a rede de
serviços.
Trata-se de um serviço de acolhimento provisório, até que seja viabilizada uma solução
de caráter permanente para a criança ou adolescente – reintegração familiar ou,
excepcionalmente, adoção. É uma modalidade de acolhimento diferenciada, que não
se enquadra no conceito de abrigo em entidade, nem no de colocação em família
substituta, no sentido estrito, porém podendo ser entendido como regime de colocação
familiar preconizado no artigo 90 do Estatuto da Criança e do Adolescente.
As famílias acolhedoras estão vinculadas a um Programa, que as seleciona, prepara e
acompanha para o acolhimento de crianças ou adolescentes. A aplicação da medida
de proteção consiste no encaminhamento da criança/adolescente para inclusão no
programa de Famílias Acolhedoras, competindo ao programa a indicação da família
que está disponível e em condições para acolhê-lo.
Dentro da sistemática jurídica, este tipo de acolhimento possui como pressuposto um
mandato formal – o termo de guarda provisória16 expedido para a família acolhedora,
fixada judicialmente e requerida pelo programa de atendimento ao Juízo, mediante
prévio cadastro e habilitação pela equipe técnica do serviço. A guarda será deferida
para a família indicada pelo programa, e terá sempre o caráter provisório. Ressalta-se
que a manutenção da guarda deve estar vinculada à permanência da família
acolhedora no Programa.
16 ECA, Art. 33 parágrafo 2º: “Escepcionalmente, deferir-se-á a guarda fora dos casos de adoção e tutela para
atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável...” (grifo nosso)
49
inclusive em relação à disponibilidade de todos os membros em participar dos
encontros de seleção, capacitação e acompanhamento.
50
crianças/adolescentes foram acolhidos pelo serviço e já retornaram ao lar, de modo a
dar concretude à proposta.
51
• DESLIGAMENTO: uma vez avaliada a possibilidade de reintegração familiar, a saída
da criança/adolescente da família acolhedora e retorno ao seu meio familiar deve
contar com preparação e apoio específico por parte da equipe técnica, com ações
como:
2. PÚBLICO ALVO
Geral
Crianças e adolescentes de 0 a 18 anos incompletos, cujas famílias ou responsáveis
encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e
proteção.
Especificidades
52
Número Máximo de Crianças e Adolescentes Acolhidos
Cada família acolhedora deverá acolher uma criança/adolescente por vez, exceto
quando se tratar de grupo de irmãos, quando esse número poderá ser ampliado.
Neste último caso, em se tratando de grupo de mais de dois irmãos, deverá haver
uma avaliação técnica para verificar se o acolhimento em família acolhedora é a
melhor alternativa para o caso, ou se seria mais adequado o acolhimento em outra
modalidade de serviço, como casa-lar, por exemplo.
3. RECURSOS HUMANOS
53
Função Quantidade Atividades Desenvolvidas
cômodo Características
Sala para • Com espaço e mobiliário suficiente para desenvolvimento de atividades de
equipe natureza técnica (elaboração de relatórios, atendimento, reuniões, etc)
técnica
54
Espaços Que Deverão Funcionar Em Área Específica Para Atividades Técnico-
Administrativas
cômodo Características
• Com espaço e mobiliário suficiente para desenvolvimento de atividades
SALA DE administrativas (área contábil / financeira, documental, logística, etc. O
COORDENAÇ espaço administrativo deve ter área reservada para guarda de prontuários das
ÃO / crianças e adolescentes, em condições de segurança e sigilo.
ATIVIDADES
ADMINISTRAT
IVAS
Sala / • Com espaço e mobiliário suficiente para a realização de reuniões de equipe e
espaço para de atividades grupais com as famílias de origem.
reuniões
55
REPÚBLICA
1. DEFINIÇÃO
2. CARACTERÍSTICAS
Os custos da locação do imóvel - no caso de imóvel alugado - e tarifas são
subsidiados e as demais despesas são cotizadas entre os moradores, com
subsídio quando necessário.
O grupo deve contar com supervisão técnico-profissional para a gestão coletiva
da moradia (regras de convívio, atividades domésticas cotidianas,
gerenciamento de despesas, etc), orientação e encaminhamento para outros
serviços / programas / benefícios da rede socioassistencial e das demais
políticas públicas, em especial programas de profissionalização, inserção no
mercado de trabalho, habitação e inclusão produtiva. O apoio técnico também
é essencial na organização de espaços de escuta e construção de soluções
coletivas por parte dos(as) jovens para as questões que lhes são próprias, na
construção de projetos de vida, no incentivo ao estabelecimento de vínculos
comunitários fortes e na participação nas instâncias de controle social e
espaços de participação social.
Caso desejem, os(as) jovens devem ter acesso a todas as informações que
lhes digam respeito que estiverem ao alcance das instituições que lhes
prestaram atendimento durante a infância e adolescência (prontuários e
documentos contendo informações sobre sua história de vida, possíveis
familiares, situação familiar e motivos do abrigamento, p.ex.). O acesso a essas
informações deverá respeitar o processo individual de apropriação da história
de vida - devendo ser conduzido por profissionais orientados e preparados.
O processo de transição do jovem do serviço de acolhimento para crianças e
adolescentes para o serviço de acolhimento em república deve desenvolver-se
de modo gradativo, com a participação ativa do mesmo no planejamento das
fases subsequentes. Transições dessa natureza devem sempre ser planejadas
56
o mais cedo possível.
Atenção especial deve ser dada a adolescentes atendidos em serviços de
acolhimento, sobretudo àqueles cujas possibilidades de reintegração à família
de origem foram esgotadas e têm reduzidas possibilidades de colocação em
família substituta. O atendimento, nesses casos, deve perseverar no apoio ao
fortalecimento dos vínculos comunitários, na qualificação profissional e na
construção do projeto de vida, bem como estar fundamentado em metodologia
participativa que favoreça o exercício de seu protagonismo.
Ações devem ser desenvolvidas visando o fortalecimento de habilidades,
aptidões, capacidades e competências de tais adolescentes, de modo a
fortalecer gradativamente sua autonomia de forma a que, preferencialmente,
os(as) jovens já estejam exercendo alguma atividade remunerada quando da
sua transferência para uma república.
Para tanto, deve-se viabilizar o acesso a i. projetos e serviços nos quais
possam desenvolver atividades culturais, artísticas e esportivas que propiciem
a vivência de experiências positivas e favorecedoras de sua auto-estima; ii.
programas de aceleração da aprendizagem, para os casos de grande distorção
série – idade; e iii. cursos profissionalizantes e programas de inserção
gradativa no mercado de trabalho (como estágios, programas de adolescente
aprendiz, etc), sempre respeitando-se seus interesses e habilidades.
2. PÚBLICO ALVO
Geral
Jovens entre 18 e 21 anos em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e
social, com vínculos familiares rompidos ou extremamente fragilizados e em
desligamento de serviços de acolhimento para crianças e adolescentes.
Especificidades
• As repúblicas devem ser organizadas em unidades femininas e unidades
masculinas, garantindo-se, na rede, o atendimento a ambos os sexos,
conforme demanda local, devendo ser dada a devida atenção à perspectiva
de gênero no planejamento político-pedagógico do serviço, inclusive no
que tange aos direitos sexuais e reprodutivos e à proteção à maternidade.
• Sempre que possível, os usuários deverão ter participação ativa na
escolha dos companheiros de república, de modo que, na composição dos
grupos, sejam respeitadas afinidades e vínculos previamente construídos.
• Assim como nos demais equipamentos da rede socioassistencial, as
edificações utilizadas no serviço de república deverão respeitar as normas
de acessibilidade, de maneira a possibilitar o atendimento integrado a
jovens com deficiência física.
57
3. ASPECTOS FÍSICOS
Localização
Áreas residenciais, sem distanciar-se excessivamente, do ponto de vista
sócio-econômico, da realidade de origem dos usuários.
Fachada e aspectos gerais da construção
O SERVIÇO DEVE FUNCIONAR EM CONSTRUÇÃO DESTINADA AO USO RESIDENCIAL,
SEGUINDO O PADRÃO ARQUITETÔNICO DAS DEMAIS RESIDÊNCIAS DA COMUNIDADE NA
QUAL ESTIVER INSERIDA.
58
Função Quantidade Atividades Desenvolvidas
cômodo Características
• Nº de jovens por quarto: recomendado: até 4 por quarto; máximo: até 6 por
quarto
Quartos • Cada quarto deverá ter dimensão suficiente para acomodar as camas /
beliches dos usuários e para a guarda dos pertences pessoais de forma
individualizada (armários, guarda-roupa, etc.).
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cômodo Características
similar
Sala de • Com espaço suficiente para acomodar o número de usuários.
jantar /
copa • Pode tratar-se de um cômodo independente, ou estar anexado a outro cômodo
(p. ex. à sala de estar ou á cozinha)
• Poderá haver espaço específico para esta finalidade ou, ainda, ser organizado
Ambiente no próprio ambiente dos quartos, por meio de espaço suficiente e mobiliário
para adequado, quando o número de usuários por quarto não inviabilizar que a
Estudo/leit atividade de estudo/leitura seja nele realizada.
ura
• 1 lavatório, 1 vaso sanitário e 1 chuveiro para cada 5 usuários.
Banheiro • Pelo menos 1 dos banheiros deverá ser adaptado a pessoas com deficiência18.
• Com espaço suficiente para acomodar utensílios e mobiliário para preparar
COZINHA alimentos para o número de usuários.
• Com espaço suficiente para acomodar utensílios e mobiliário para guardar
equipamentos, objetos e produtos de limpeza e propiciar o cuidado com a
Área de higiene da república, com a roupa de cama, mesa, banho e pessoal para o
Serviço número de usuários atendido.
18
Deverão ser executados de acordo com todas as especificações constantes da NBR 9050/ABNT,
dentre elas:
Ø deve ser prevista uma iluminação intensa e eficaz;
Ø não devem ser utilizados revestimentos que produzam brilhos e reflexos para evitar desorientação
visual;
Ø devem prever, no mínimo, um vaso sanitário para cada seis usuários;
Ø as portas dos compartimentos internos dos sanitários, deverão ser colocadas de modo a deixar vãos
livres de 0,20m na parte inferior;
Ø as barras de apoio deverão ser, preferencialmente, em cores contrastantes com a parede para fácil e
rápida identificação e uso.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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