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SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E CIDADANIA

Jaboatão dos Guararapes,17 de setembro de 2018.

Projeto Família Acolhedora – Jaboatão dos Guararapes - Pernambuco

Contextualizando

Família colhedora é uma politica pública que garante o direito à convivência familiar e
comunitária e crianças e adolescentes separados de suas famílias. O serviço acolhe
crianças e adolescentes entre 0 a 18 anos em famílias voluntarias e essa proposta ve
de encontro a um olhar especifico, principalmente para a primeira infância em
acolhimento.

No Brasil existem mais de 46 mil crianças e adolescentes em situação de acolhimento,


que vivem atualmente nas quase 4 mil entidades credenciadas junto ao Judiciário de
todo o País, conforme dados do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA),
coordenado pela Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
 
As famílias acolhedoras se responsabilizam por cuidar da criança ou adolescente até
que ela retorne à família de origem ou, seja encaminhada para adoção. 

A modalidade de famílias acolhedoras, permite que famílias recebam, em suas casas,


crianças e adolescentes que foram afastados do convívio de sua família biológica. 
De acordo com o censo do Sistema Único de Assistência Social (Suas) de 2016, o
serviço de acolhimento está presente em 522 municípios brasileiros e, segundo o
Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), há 2,341 mil famílias cadastradas para
acolher 1,837 mil crianças e adolescentes. 

No Estado de Pernambuco, se houver viabilidade e recurso para implantação o


Munícipio de Jaboatão dos Guararapes será pioneiro.

As famílias acolhedoras não se comprometem a assumir a criança ou adolescente


como um filho, mas a acolher e prestar cuidados durante o período de acolhimento. A
família se torna, dessa forma, parceira do serviço de acolhimento na preparação da
criança para o retorno à convivência familiar ou para a adoção, se for o caso.

O projeto se propôs a realizar mais uma ação para a efetivação da Política de Proteção
as Crianças e Adolescentes em situação de um abandono. Partiu do princípio da
importância da preservação do vínculo familiar. Pretende, como meta, que crianças /
adolescentes acolhidos e com possibilidade de retornar ao convívio familiar, sejam
inseridos em uma família acolhedora. Em seu bojo ficou estabelecido que durante o
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período que as crianças e adolescentes estejam sob responsabilidade desta última,


seja realizado um trabalho com a família de origem no sentido de possibilitar sua
reorganização e reassumir seus filhos. Este trabalho será realizado de forma articulada
entre os diversos serviços da rede social da família, frente a um planejamento de
intervenção comum. Ressalta-se que durante todo o período que a criança /
adolescente permanecer com a família acolhedora, sua família de origem poderá
visitá-la para a preservação do vínculo familiar. A família acolhedora passará por um
processo de seleção, cadastramento e preparação, além de acompanhamento durante
todo o período que estiver acolhendo uma criança ou adolescente. Assim, entendemos
que estamos ampliando alternativas ao acolhimento, e realizando um trabalho em
rede e diferenciado, pois está se procurando garantir a articulação entre o Poder
Judiciário, o Poder Executivo e os demais parceiros envolvidos.

Quase sempre o acolhimento ocorre quando o Conselho Tutelar entende necessário o


afastamento do seu convívio familiar e comunica o fato ao Ministério Público,
prestando esclarecimento sobre os motivos de tal entendimento e sobre as
providências já tomadas no sentido da orientação, apoio e promoção social da família. 

O conselho tutelar deve ser formado para ser defensor da criança e do adolescente,
tem a capacidade de discernir qual o serviço a criança e o adolescente necessita,
requisita o serviço e o acompanhamento dentro da necessidade da criança e do
adolescente e da família, não faz estudo social.

1º Passo

 Para que o processo inicie é necessário que haja uma mudança cultural de
percepção do acolhimento, do fazer profissional, das mudanças de valores e do
trabalho integrado. É preciso exercitar empatia com as criança e adolescentes,
se colocar no lugar do outro, sair do racional. É necessária uma forma eficaz e a
pratica profissional, não basta esta na lei.

 A garantia da atuação e sucesso do Projeto a ser implantado, Família


acolhedora esta no desenvolvimento cognitivo.

 Criar um GT – Grupo de Trabalho de Convivência Familiar, sair da pratica do


isolamento, trabalhar em rede as relações humanas, sair da zona de conforto e
permitir que todos tenham espaço, o trabalho em rede precisa ser um habito.
Igualdade e democracia. Saímos da incompletude e assumimos a
complementariedade.

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 O desafio é abrir-se para acolher a participação de várias politicas, abrir espaço


de conexão, derrubar limites de serviços e equipamentos que agem
isoladamente. Desapegar-se as vaidades, egos e disputas, incluir a família, a
comunidade, a criança e adolescente, no diálogo permanente, acolher o
território e o trabalho em equipe, flexibilizar.

 O Estatuto da Criança e do Adolescente, fala do trabalho em Rede:


LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tutela ou


adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou adolescente,
nos termos desta Lei.
§ 1o  Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamente ouvido
por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvolvimento e grau
de compreensão sobre as implicações da medida, e terá sua opinião
devidamente considerada  (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
Ou seja, Eixo de Defesa dos Direitos Humanos:
Judiciário / Conselho Tutelar / MP / Ouvidoria / ONG

§ 5o  A colocação da criança ou adolescente em família substituta será


precedida de sua preparação gradativa e acompanhamento posterior,
realizados pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
Juventude, preferencialmente com o apoio dos técnicos responsáveis pela
execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar.         
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)  
Ou seja, Eixo de Promoção dos Direitos Humanos:
Técnicos e trabalhadores do SUAS que executam a politica

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder


público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária.

Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:

 primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;


 precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância
pública;
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 preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;


 destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com
a proteção à infância e à juventude.

4. Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de


negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido
na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos
fundamentais.
Ou seja, Eixo de Efetivação dos Diretos Humanos:
Conselhos de Direitos;
Bem como a Resolução 113/2016 do CONANDA, em anexo.

 É necessário que haja uma comunicação permanente com os facilitadores,


mapeando a rede pessoal da criança e do adolescente “melhor amigo,
madrinha, tios, avós, vizinhos, com ou sem laços consanguíneos”. Ouvindo
sempre a criança adolescente sobre essa rede pessoal ou nova rede de pessoal,
para ter orientação do que fazer em determinada situação. Conversar com a
criança ou adolescente o porque não e/ou validar as ações.

 Avaliar pacto de complementaridade entre os atores da Proteção Social


Especial, qual o papel e lugar de atuação. “Família Acolhedora / CREAS”. A
prioridade de atendimento e acompanhamento da família acolhedora, criança
e adolescente e possível retorno a família de origem ou adoção. De acordo
com LEI Nº 12.010, DE 3 DE AGOSTO DE 2009.
Seguir critérios de avaliação e validação:

 Seguir diretrizes da ONU como base, PROJETO DE DIRETRIZES DAS NAÇÕES UNIDAS
SOBRE EMPREGO E CONDIÇÕES ADEQUADAS DE CUIDADOS ALTERNATIVOS COM
CRIANÇAS APRESENTADO PELO BRASIL AO COMITÊ DOS DIREITOS DA CRIANÇA DA
ONU EM 31.05.2007, garantindo que nenhum bebê até 03 anos vá para acolhimento;
 Implementar reforma imediatas de Proteção “ equipe de acompanhamento para cada
serviço”;
 Para Lei Municipal de Atuação, comissão de implantação – Convocar a Rede – CT/ MP/
CMDDCA/ JUDICIÁRIO/ CMAS/ GESTOR/ SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA;
 Projeto para aprovação na Câmara – Implantação e Lei Municipal de
Operacionalização;
 Alocar recursos técnicos e financeiros;
 Padrões e protocolos de ações de cada serviço em acompanhamento a criança e
adolescente, de modo que possa subsidiar a efetividade dos Projetos, programas
serviços;

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 Mecanismo de monitoramento e avaliação.

2º Passo

 Capacitação inicial de Equipes profissionais para a busca de famílias;


 Formação continuada, para qualificação das equipes de atuação;
 Supervisão qualificada;
 Metodologia a ser seguida.

3º passo

 Plano de divulgação e captação de Famílias Acolhedoras;


 Equipe de divulgação e material gráfico e mídia, com informativos atraentes do
que é o projeto e equipe técnica de sensibilização para captação das famílias,
que conhece o programa e as crianças que estão aptas a esta modalidade de
acolhimento. Quais os veículos utilizados (cartazes, folders, palestras, rádio, tv,
reuniões...); quem financiará e será o responsável. “Prefeitura”

Pré-requisito para ser uma família acolhedora

 Homens e mulheres maiores de 25 anos, com rede de apoio familiar, que não
estão no cadastro nacional para adoção;
 Ter a concordância dos outros membros da família na participação;
 Residir na cidade de Pernambuco;
 Não ter antecedente criminais, comprometimento psiquiátrico e dependência
alcoólica ou de substâncias psicoativas;
 Ter disponibilidade de tempo, tanto nos cuidados com a criança, bem como
com as demandas para acompanhamento do projeto;
 Comprometer-se em exercer a função de proteção até o encaminhamento da
criança e do adolescente.

É importante definir os Critérios de seleção das famílias/indivíduos candidatas a


acolhedores e quem será responsável por esta etapa.

Esta etapa de seleção, preparação da família acolhedora devem esta atrelados aos
dados das famílias/indivíduos pré-selecionados pela prefeitura.

Este processo se dará através dos seguintes procedimentos:

 Entrevistas, visitas domiciliares e preparação;

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 Na motivação que levou à solicitação da guarda;


 Disponibilidade de tempo para cuidar da criança ou do adolescente e para
participar das ações do Projeto;
 Aceitação da acolhida da criança e/ou do adolescente pelos demais membros
da família;
 Avaliação da condição sócio-econômica da família/indivíduo;
 Presença de problemas psiquiátricos ou de uso abusivo de substâncias
psicoativas de qualquer membro da família;
 As relações interfamiliares;
 A questão do contato, da disposição e da relação que essa família pretende
estabelecer com a família de origem;
 Importância do sigilo sobre a história e a situação jurídica da criança ou do
adolescente, para pessoas estranhas à família;
 Eventuais diferenças culturais, de crenças religiosas e outras;
 Postura da família frente a eventuais situações emergenciais de saúde ou
mesmo em face de crianças ou adolescentes portadores de qualquer tipo de
deficiência;
 Espaço físico para receber e acomodar crianças e/ou adolescentes.

4º Passo

 Construir competência nos adultos, que vão acolher;


 Trabalhar outras politicas na Assistência Social, tendo como fator principal a
Mulher, figura principal no cuidado com os filhos;
 Traçar o plano de Convivência Familiar e Comunitária;
 Colocar em pratica o Plano Municipal da 1º Infância;
 Avaliar a prioridade, convocar as famílias de acordo com perfil e faixa etária;
 Formação das famílias – solidariedade transformando em cidadania, com o
trabalho ligado efetivamente aos processos judiciais, ampliando os horizontes
para compreensão.
 Cuidado e Proteção – independente da formação familiar da criança ou
adolescente;
 Parceria com o serviço, atenção à metodologia – começo, meio e fim, alertando
que cada situação é uma situação e deve ser observada, não rotulado e
diversificado, cada um consciente do seu papel. Não esquecer, de incluir a
opinião da criança ou do adolescente, fator primordial.

5º Passo

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 No sentido da atuação e perspectiva de implantação do projeto Família


Acolhedora precisamos tirar o melhor de cada um independente da posição, o
estigma de colaboração precisa esta incorporado a atuação;
 Fomentar dias de reunião de equipe, pensar coletivamente sobre atuação;
 Deixar livre para mudar o que foi planejado, de acordo com a necessidade da
criança ou adolescente;
 Trabalhar em rede todas as informações da guia de acolhimento, ter como
apoio inicial as competências da rede... Potencializar;
 Ter o estudo social como metodologia de trabalho dentro do serviço;
 Trabalhar a criança e a família no processo para reintegrar;
 Caminhar para acolher a necessidade das crianças e adolescentes uma vez que
o ponto principal é o retorno a família.

O projeto família acolhedora compreende em acolher em residências / Famílias, e


serão preparadas para cuidar e direcionar crianças e adolescentes com a necessidade
de serem afastadas do convívio familiar e comunitário por determinado circunstancia e
período. Entendendo que vai gerar um retorno familiar ou adoção após
acompanhamento.
A família que será preparada para acolher, precisa ter a ciência que presta um serviço
de apoio ao projeto Família acolhedora, que será monitorada e acompanhada durante
o período junto com a criança e/ou adolescente e que não poderá permanecer com os
mesmos sob hipótese alguma.
A família também receberá uma bolsa auxilio no valor de 1 salario mínimo vigente pra
custeio da criança e do adolescente e que todo trabalho da família é voluntário. Nessa
perspectiva cada família acolhe uma criança a não ser que seja grupo de irmãos.
Os primeiros dois anos do Projeto podem se custeados pelo Fundo da Infância,
implementação, equipe, efetivação ou pelo piso de alta complexidade. Com o projeto
já implementado necessita na inserção na LOA.

Na perspectiva de atendimento a cerca de 20 acolhidos que possuímos na Casa de


Acolhida Estação Feliz – CAEF, gestão Municipal, pontuamos a necessidade de
iniciarmos com 15 famílias acolhedoras.

Vamos compor necessidade de equipe para o projeto e impacto financeiro de


execução:

01 coordenação, 01 chefia de núcleo (supervisão), 01 pedagogo, 04 assistentes sociais


e 04 psicólogo, 02 motoristas, 01 administrativo, 01 auxiliar de serviços gerais. Desta
forma, dividimos uma dupla (assistente social e psicólogo) a cada 05 famílias.

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Mariana Inojosa
Secretária Municipal

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