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FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE CASTANHAL

PROJETO DE EXTENSÃO
CURSO DE DIREITO

CAIO GABRIEL MATOS NASCIMENTO


EDGAR RODRIGUES DE SOUZA NETO
JAMILE VITÓRIA SARMENTO BRITO
JOÃO GUILHERME BEZERRA ALEIXO
LIVIA MARIA DA SILVA RABELO
RAISSA MARTINS MONTEIRO
VITÓRIA SILVA MARQUE
YAGOR MATHEUS ROCHA DE SOUSA

INGRESSO E TRATAMENTO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE

CASTANHAL/PA
2023
FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE CASTANHAL

INGRESSO E TRATAMENTO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE

Projeto de Extensão apresentado como


requisito de avaliação na disciplina de
Direitos Humanos do curso de Direito
do 9º período da Universidade Estácio
de Sá de Castanhal, sob orientação da
professora Larissa Lemos Garzon.

CASTANHAL/PA

2023
I- DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO

1. O grupo vulnerável escolhido pela equipe, trata-se de crianças e


adolescentes que se encontram no Centro de Acolhimento Municipal Alzira Celi
Cardoso Pinto – CEAMCA. As partes envolvidas no projeto são os alunos da
faculdade Estácio de Castanhal que escolheram fazer esse projeto para
levantar através de dados, as violações de direitos desse grupo vulnerável,
bem como, buscar dados sobre o conhecimento ou desconhecimento de
direitos (em percentual de entrevistados, por exemplo); perfil socioeconômico;
escolaridade, faixa etária, e entre outros.

O acolhimento institucional é definido como atendimento a crianças e


adolescentes que tiveram seus direitos violados e que necessitam ser
afastados temporariamente da convivência familiar. O acolhimento institucional
é uma medida excepcional e provisória e só deve ser utilizada como forma de
transição, uma vez que visa à reintegração familiar.

2. Etapas da construção do plano de trabalho:

2.1. Quais são os motivos de ingresso de crianças e adolescentes no Centro de


Acolhimento Municipal Alzira Celi Cardoso Pinto - CEAMCA?

Como as crianças e adolescentes são tratados na Casa de Acolhimento?

Quais são seus direitos aquiridos quando saem do Centro de acolhimento?

Tal problemática foi elaborada tendo em vista os questionamentos acerca


dos motivos pelos quais crianças e adolescentes vulneráveis se encontram em
Centros de Acolhimento. A partir do questionário do projeto de extensão,
verificou-se que, em sua maioria, são crianças e adolescente que estejam em
situação de vulnerabilidade, negligenciadas por familiares, maus-tratos,
abandono, violência física, abuso sexual, psicológica ou outra situação que
viole a garantia de proteção e dignidade.

Como foi observado segundo o questionário a negligência é atualmente


um dos principais motivos que levam a Justiça a decidir pelo acolhimento
institucional de crianças e adolescentes no Brasil. Apesar de amplo, refere-se à
violação dos direitos fundamentais, como a falta de alimentação adequada,
tratamento de saúde, de moradia e de frequência na escola. Ao se tratar dos
dias atuais, mais de 29,8 mil crianças estão em serviços de acolhimento no
país, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A casa de acolhimento é uma medida protetiva, excepcional e temporária.


Prevista em lei – tanto na Constituição Federal, quanto no Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA), tem como objetivo o abrigamento de meninas e
meninos que estejam em situação de vulnerabilidade, maus-tratos, abandono,
violência física, abuso sexual ou outra situação que viole a garantia de
proteção e dignidade.

Quando a criança e adolescente vai para o acolhimento, geralmente há


um histórico familiar de abandono e desassistência, que podem ser reflexo de
um “costume” de descaso. “Normalmente, não é a situação econômica da
família que afasta as crianças, mas uma condição mínima de cuidado que não
é observado por esses pais e mães.” De acordo com o questionário, meninos e
meninas são encontrados em diversas situações difíceis, como o uso na
mendicância, violência física e sexual. “A pobreza ou a falta de condições
econômicas é um fator que faz com que as redes de proteção sejam acionadas
para dar estrutura para essas famílias.”

Ao longo da pandemia da Covid-19, por exemplo, especialmente quando a


crise sanitária também impactou a economia e trouxe um momento de privação
e vulnerabilidade mais acentuado, foi registrado um aumento no número de
crianças acolhidas por negligência e abandono.

Há também que se considerar que a rotina complexa, além da mudança


do perfil dos abrigados, em que os problemas de saúde mental e das drogas
estão cada vez mais presentes, exige respostas institucionais multifacetadas e
dinâmicas, além de uma intensa articulação com o poder público,
especialmente com o Poder Judiciário, e integração com políticas públicas
variadas.

O espaço de acolhimento institucional tem como finalidade propiciar a


crianças e a adolescentes a reintegração às suas famílias de origem ou, na
impossibilidade, a inserção em família substituta

2.2. Este projeto de extensão descreve a experiência de um grupo de


estudantes de Direito do 9º semestre, diante da realidade das crianças e
adolescentes vítimas de maus-tratos, negligência, abandono, violência física,
abuso sexual, psicológica, usuários de drogas, exploração infantil, entre outros,
que vivem no Centro de Acolhimento Municipal Alzira Celi Cardoso - CEAMCA
do município de Castanhal/PA. A experiência evidenciou que através do
questionário do projeto que foi exigido pelo coordenador JOÃO e por sua
equipe técnica da instituição, foram incluídas perguntas relacionadas sobre
informações básicas, problemática, demanda, atendimento, serviços prestados,
tratamentos, ingressos, permanência, programas especializados e atividades
da Casa de acolhimento. Bem como foram atendidas algumas necessidades
como dinâmica entre os acolhidos respeitando o direito à imagem de acordo
com Art. 17 do ECA da Lei nº 8.069 de 13/07/90, ademais a instituição
necessita no momento para crianças e adolescente que são material de
higiene, no qual a equipe teve a ideia de fazer folder de adoção para adquirir o
máximo possível dos materiais exigidos.

Além disso, observa-se que o principal objetivo do projeto de extensão é


refletir e dialogar sobre os direitos, as especificidades e a realidade das
crianças e adolescentes que se encontram em casa de acolhimento e por quais
motivos são seus ingressos e como são tratados.

2.3. Tendo como principais objetivos dos serviços de acolhimento são:


ACOLHER E GARANTIR proteção integral.

PREVENIR o agravamento de situações de negligência, violência e


ruptura de vínculos, além de estabelecer vínculos familiares; possibilitar a
convivência comunitária, PROMOVER acesso à rede socioassistencial, aos
demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos e às demais políticas
públicas setoriais; fortalecer a autonomia; promover o acesso a programações
culturais, de lazer e esporte.

DISCUTIR o papel do Estado na proteção aos direitos fundamentais da


criança e do adolescente, compreendendo a evolução do envolvimento do
Estado brasileiro nessa proteção, o que inclui análise da legislação em vigor.

Um conjunto de legislações e diretrizes técnicas foi construído, nas


últimas décadas, com o intuito de regulamentar e qualificar o trabalho realizado
pelos serviços de acolhimento institucional. Importante destacar que essas
normas avançam para romper com a cultura da institucionalização de crianças
e adolescentes e fortalecer o paradigma da proteção integral.

2.4. Por meio da análise de algumas das obras de Norbert Elias, mas também
de outros autores pudemos compreender e linhas gerais, o desenrolar do
sentimento de infância, ingresso e tratamento no mundo e no Brasil e o cuidado
a ela dispensado ao longo do tempo. Foi também realizada análise de parte da
Constituição Federal, do Estatuto da Criança e do Adolescente e da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação no que diz respeito a defesa dos direitos da
criança e do adolescente.

2.5. Como previsto o Acolhimento da Criança ou adolescente vem de


Denúncias feitos para o conselho do telar e a partir disso eles entrarão na casa
de acolhimento por medida judicial, contudo garantir que a criança e o
adolescente tenham a proteção integral na casa de acolhimento, até que posso
fazer novamente o reintegramento novamente para sua família ou parentes
próximos.
A melhor maneira de evitar o abuso morais, fisicos e a negligência é
interrompê-los antes de eles começarem. Programas que oferecem apoio para
os pais e ensinam boas práticas para criação de filhos são muito importantes e
necessários.
Para promover e garantir a excepcionalidade do afastamento do convívio
familiar, o Art.130 do ECA estabelece que, nos casos de violência praticada por
familiar ou responsável com o qual a criança ou adolescente resida, a
autoridade judiciária poderá determinar o afastamento do agressor da moradia
comum. De forma a promover a qualidade dos serviços de acolhimento, o ECA
prevê, ainda, ações de fiscalização e controle social, ao exigir a inscrição das
entidades que ofertam “programas de acolhimento” no Conselho Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente (Art. 90) e estabelecer princípios para sua
organização partindo do (Art. 92). Do mesmo modo, como constituem serviços
que compõem a rede socioassistencial, os serviços de acolhimento devem
também possuir registro no Conselho Municipal de Assistência Social e
submeter-se também à sua fiscalização.
O papel do governo é criar e fiscalizar leis que proporcionem proteção a
criança e ao adolescente além de fazer campanhas relacionadas a possíveis
perigos que a mesma pode passar. Ou seja, no sentido de concretizar os
direitos e contribuir para a efetivação da cidadania, torna‐se indispensável a
implantação de políticas públicas, programas, atividades, ações do cotidiano
que atendam crianças e adolescentes nas demandas próprias do seu
desenvolvimento, atingindo de igual forma as suas famílias.

- Números de participantes:
Composto por 8 alunos do curso de Direito da disciplina de Direitos Humanos
do 9º semestre, coordenador da Centro de acolhimento de criança e
adolescente e sua equipe técnica formada por 3 pessoas que estavam
presente no momento da visita das resposta do questionário exigido.

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