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RESUMO
Esta pesquisa tem como ponto de partida o Estatuto da Criança e do
Adolescente e a Lei nº 12.010, de 3 de agosto de 2009, que dispõe sobre a adoção,
analisados comparativamente aos dados dos cadastros de adoção do Brasil obtidos
pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), enfocando os perfis menos
procurados pelos pretendentes à adoção, buscando compreender se o direito das
crianças e adolescentes à convivência familiar e comunitária tem sido, de fato,
concretizado. A partir de uma pesquisa bibliográfica e documental foi proposta uma
breve perspectiva histórica sobre o instituto da adoção, sua definição e panorama
jurídico, além de discorrer sobre a importância da família para o desenvolvimento do
indivíduo. Seguidamente realiza-se uma análise crítica dos dados e políticas públicas
que tratam da promoção e defesa dos direitos das crianças e adolescentes.
ABSTRACT
This research has as its starting point the Child and Adolescent Statute and Law nº
12.010, of August 3, 2009, which deals with adoption, analyzed in comparison with the
data from the adoption registers in Brazil obtained by the National Adoption System
and Refuge (SNA), focusing on the profiles least sought after by prospective adopters,
seeking to understand whether the right of children and adolescents to family and
community life has, in fact, been achieved. Based on a bibliographical and
documentary research, a brief historical perspective was proposed on the adoption
institute, its definition and legal panorama, in addition to discussing the importance of
the family for the development of the individual. Then, a critical analysis of the data
Introdução
A adoção hoje, não consiste em dar filhos para aqueles que por motivos de
infertilidades não os podem conceber, ou por “ter pena” de uma criança, ou
ainda, alívio para a solidão. O objetivo da adoção é cumprir plenamente às
reais necessidades da criança, proporcionando-lhe uma família, onde ela se
sinta acolhida, protegida, segura e amada. (DINIZ, 2010,apud SILVA, 2012)
Tratando sobre a Família substituta, o ECA (1990) define a adoção como “[...]
medida excepcional e irrevogável, à qual se deve recorrer apenas quando esgotados
os recursos de manutenção da criança ou adolescente na família natural ou extensa
[...]” (BRASIL, 1990). Sendo que em caso de conflitos de direitos entre os envolvidos
devem prevalecer os interesses do adotando.
4 Análise crítica
Figura 3: Idade atual das crianças e adolescentes disponíveis para adoção Vs Idade
desejada pelos pretendentes à adoção
Outro dado que merece destaque, é que segundo este diagnóstico, a maioria
dos pretendentes deseja crianças com até 4 anos de idade e apenas 0,3% dos
pretendentes têm intenção de adotar adolescentes, sendo que estes representam
77% dos cadastros sem vínculo, e seu número é superior ao de pretendentes
interessados. Nesse sentido, a média da idade desejada pelos pretendentes da
adoção verifica-se inferior em todos os estados brasileiros em relação à média de
idade das crianças e adolescentes cadastrados e não vinculados. Apresenta-se ainda
que o número de adolescentes que atingiram a maioridade sem serem adotados foi
de 30% em relação ao total, alcançando 2.991 adolescentes sem a garantia adequada
do convívio familiar.
(BRASIL, 2022)
Conclusão
ALMEIDA, Manuela Baltar Freire de. O perfil idealizado pelo adotante e a realidade
da adoção no Brasil – problemática da adoção necessária. Universidade Federal de
Pernambuco – UFPE. Recife, 2019. Disponível em:
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/36257/1/MANU%20-%20TCC%20-
%20VERS%C3%83O%20NUMERADA.pdf. Acesso em: 22 jul. 2022.
OLIVEIRA, Hélio Ferraz de. Adoção: Aspectos jurídicos, práticos e efetivos. 3a edição.
Leme, SP: Editora e Distribuidora de Livros Mundo Jurídico, 2020.