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Fundamentação teórica trabalho de solução de conflitos em grupo

De acordo com Spring,Hindle e Shulman (2008) a adoção envolve uma


constelação de forças emocionais distintas e complexas: com a família de origem, a
criança e a família adotante; as leis e o sistema legal; uma rede profissional; o
conjunto de valores e crenças sociais e culturais; além de ideologias e de mitos que
envolvem o assunto.

No Brasil a legislação contempla três documentos relacionados ao contexto


da adoção de crianças e adolescentes: O Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA, 1990), o Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos das
Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (PNCFC, 2006); Lei
de Adoção -Lei nº 12.010 (2009); (MACHADO, FERREIRA, SERON, 2015).

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), ressalta no item Dos


Direitos Fundamentais, Capítulo I - Do Direito à Vida e à Saúde, Art. 7º :

“A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e


à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais
públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento
sadio e harmonioso, em condições dignas de existência”. (ECA,
2019, Art 7º)

A Lei de adoção nº 12.010/09 assegura o direito à pessoa adotada de ter


conhecimento da origem biológica e total acesso ao processo de adoção e se for do
desejo dela, é permitido conhecer todas as etapas relacionadas com a sua adoção.
Os direitos dos menores envolvem seis êxitos garantidos a partir do movimento da
sentença constitutiva: a) constituição do vínculo de filiação; b) a relação de
parentesco com os parentes do adotante; c) a irrevogabilidade da adoção; d) o
exercício do poder familiar; e) a obrigação alimentar; f) os direitos sucessórios.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) também estabelecer no artigo


40, que qualquer pessoa maior de 18 anos, independente do seu estado civil, pode
ser legível para adotar, estabelecendo como restrição apenas a diferença de 16
anos entre o adotante e o adotado e a impossibilidade de adotar irmão ou neto do
adotante (Lei n° 8.069,1990). Para se tornar uma pessoa apta a entrar no processo
de adoção no Brasil é necessário que se esteja cadastrado no cadastro nacional de
adoção após a sua habilitação na vara de infância e juventude de sua comarca.
Quando falamos sobre a adoção de crianças e adolescentes por casais
homoafetivos entramos no assunto da homoparentalidade que é o fenômeno de
parentalidade de casais formados pelo mesmo gênero. Como o fim de orientar os
casais homoafetivos pretendentes a adoção, o conselho federal de psicologia em
2008 criou uma cartilha que contemplava artigos de pesquisas brasileiras a cerca do
assunto adoção, essa cartilha foi criada com o intuito de desmistifica os preconceitos
sobre o assunto adoção e de apresenta referencias que norteiam a atuação do
psicólogo nessa área.

Segundo Futino e Martins (2006) o processo de adoção no Brasil é cercado


de burocracias que visam a garantia do bem-estar do adotado no lar substitutivo,
entretanto esse exerço de burocracia por muita das vezes acaba afastando
candidatos à adoção, e no caso casais homoafetivos essa burocrasia parece se
assentua ainda mais em relação adotantes de cumulo solteiro ou formado por casais
heterossexuais.

Essa acentuação ocorre devido ao fator dos preconceitos existentes dentro da


nossa sociedade, onde podemos cita como um a “preocupação” dos demais
individuoas da sociedade a cerca de que essas duas figuras do mesmo gênero
possam influencia nas questões relacionadas a orientação sexual ou ao arbítrio da
sua sexualidade dessas crianças/adolescentes e a preocupação em relação aos
papéis sociais de gênero já que alguns acreditam que a dita “falta” de uma figura
feminina ou masculina possa afeta no desenvolvimento e educação dessa
criança/adolescente.

De acordo com Cecílio,Scorsolini-Comin e Santos (2013) que apesar de não


ser maioria existe uma quantidade considerável de artigos de origem empírica onde
vão destaca temáticas do tipo “a preocupação com as consequências da adoção
para as crianças (aspectos desenvolvimentais negativos e positivos)”, “as
alternativas na busca da parentalidade”.

Em alguns estudos realizados por Silva e Uziel em 2011 mostrou que para
algumas pessoas a adoção homopareantal é uma solução bem viável na comparção
da possibilidade de criança crescerem em lares adotivos, dita como uma ótima
opção em relação a falta de outras opções. Essa e uma concepção onde o discurso
do mal menor vigora, sendo assim seria um mal menor o desenvolvimento de uma
criança ocorrer em um lar homoparental, do que, em um abrigo.

Vela também lembramos que até o ano de 2011 quando o casamento entre
pessoas do mesmo gênero foi reconhecido pelo supremo tribunal federal (STF) a
adoção de criança por casais homoafetivos era que quase inexistente, a grande
maioria de adoção que era realizadas por casais homoafetivos eram feitas de foram
monoparental onde apenas um dos conjujes entrava na cadastro de adoção
nascional.

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